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In me tota ruens Venus: as leituras dos discursos misógino e feminista em Hipólito de Eurípides / In me tota ruens Venus: readings of the misogynistic and the feminist discourse on the Euripides' Hippolytus

Pedro Ivo Zacuur Leal 29 March 2012 (has links)
In me tota ruens Venus Vênus derrubando-se inteira sobre mim, esse verso de Horácio representa claramente a posição dos personagens de Fedra e Hipólito na tragédia Hipólito de Eurípides. Em linhas gerais, Fedra, enfeitiçada por Afrodite, sofre de amor pelo seu enteado Hipólito, que a rejeita veementemente. Enfurecida pelo tratamento dispensado por Hipólito não só a ela, mas às mulheres em geral, Fedra acusa Hipólito de estupro, através de um bilhete e suicida-se logo em seguida. Teseu, pai de Hipólito, ao encontrar a esposa morta, exila o filho e providencia que ele seja morto. As tensões criadas pelos discursos de Fedra e Hipólito têm sido material de inúmeros debates críticos. A análise da fortuna crítica levanta mais perguntas que fornece respostas. De todas as linhas críticas, duas linhas antagônicas merecem ser ressaltadas. A leitura crítica do discurso misógino que irá defender que Eurípides não pregava a misoginia através dos seus textos, mas, muito pelo contrário, a combatia ao fazer mudanças no mito dando voz a personagens femininas tão fortes quanto Fedra. E a leitura do discurso feminista que irá defender que há um discurso misógino presente no texto de Eurípides, fruto de uma imposição ideológica vigente na Grécia do século V a.C.. O presente trabalho irá discutir ambos discursos e demonstrar, que a sua maneira, Eurípides não era misógino / In me tota ruens Venus Venus falling all over me, this verse of Horace clearly represents the position Phaedras and Hippolytus characters have in Euripides tragedy Hippolytus. In general lines, Phaedra, enchanted by Aphrodite, suffers because she loves her stepson Hippolytus, who rejects her strongly. Enraged for his treatment not only toward her, but to all women, Phaedra accuses Hippolytus, through a plate, of raping her and suicides right after. Theseus, Hippolytus father, while finding his dead wife, exiles his son and makes arrangements for his death. The tensions created by Phaedras and Hippolytus discourses have been used in countless debates by the critical scholarship. Analyzing Euripides critics raises more questions that enlighten answers. Of all critical postures, two opposed lines deserve to have a closer look. The readings of the misogynistic discourse, that will defend that Euripides did not preach the misogyny through his texts, but, on the contrary, stroke it while doing changes on the myths to give voice to female characters as strong as Phaedra. On the other hand, the readings of the feminist discourse that will defend that there is a misogynistic discourse in Euripides texts, product of an ideological imposition present in Ancient Greece. The present work will discuss both discourses and demonstrate that, in his own maner, Euripides was not a misogynist
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Recepción de Las troyanas de Eurípides en la adaptación de Jean Paul Sartre

Calderón Quiroz, Natalia January 2012 (has links)
Facultad de Filosofía y Humanidades / La recepción creativa de Las Troyanas a manos de Jean Paul Sartre, en constante relación con el hipotexto de Eurípides, es el tema que nos proponemos estudiar en este trabajo. Siguiendo los planteamientos de la teoría de la recepción de Jauss, para quien la obra literaria se define como el resultado del encuentro entre ésta y la recepción que recibe, planteamos que el horizonte de impacto, en tanto sistema que integra el momento de composición de la obra (la época histórica, el contexto sociológico, el contexto autorial y la recepción de la obra en su propio contexto de la Atenas clásica) encuentra profundas afinidades con el horizonte de recepción de Jean Paul Sartre, en relación a la circunstancia histórica específica en que este autor retoma Las Troyanas. Dicho horizonte de recepción considera, tanto el código estético que Sartre introduce en la obra, como el horizonte de los espectadores de su época, y la personal concepción del autor respecto a la misma.
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Eros e Bía em Helena e Cassandra : gênero e violência no imaginário clássico ateniense

Nólibos, Paulina Terra January 2006 (has links)
A presente pesquisa na área de estudos clássicos e de gênero aborda as figuras femininas do mito de Tróia, Helena e Cassandra, no universo da representação da sexualidade grega durante o século V a.C. articuladas aos conceitos de Eros e Bías. Os temas do rapto, adultério e estupro são estudados através de dois tipos de fontes documentais primárias: as tragédias de Eurípides e o material iconográfico dos vasos de figuras vermelhas, ambas artes produzidas em Atenas. Estes temas são articulados às fontes e confrontados com a tradição literária desde Homero e com a formação de modelos sociais do período clássico. O objetivo da Tese é apresentar as variantes narrativas e interpretativas do mito micênico na personificação de suas heroínas, e correlacionar os diversos modos de representação das cenas à ideologia e política sexual, às leis e práticas e ao modelo de sexualidade proporcionado pelas releituras do passado histórico-mítico operadas durante o século V a.C. em Atenas por seus pintores e poetas. / This Thesis, in the field of classics and gender studies, deals with the feminine figures of the Trojan myth, Helen and Kassandra, in the universe of sexual representation during the fifth-century b.C., articulating the concepts of Eros and Bías in tragic drama and iconology. The problems of kidnaping, adultery and rape of women are analyzed through two kinds of primary sources: the tragedy of Euripides and the iconographic material from the vases of red figures, both produced in classical Athens. These subjects are entwined and confronted with the literary tradition since Homer and within the formation of social patterns in the athenian classic period. The research’s goal is to discuss the narrative and interpretative variations of this Mycenaean myth of the fall of Troy in the impersonation of these heroines, and to relate the different aspects of the scenes’ representation to ideology and sexual politics, to law and social practices and with the sexuality standards in Athens, as observed during the fifthcentury by its poets and painters.
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As Metamorfoses de Helena nas Tragédias de Eurípides (Século V a.C.) / The Metamorphoses of Helen (Fifht Century BC)

SILVA, Tatielly Fernandes 27 April 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-29T16:17:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao Tatielly F Silva - Historia.pdf: 1616551 bytes, checksum: 0641bcf31840928437d46526f1ae2630 (MD5) Previous issue date: 2012-04-27 / The present Dissertation aims to understand the many representations of the mythic character Helen, as they have been elaborated by the tragedian Euripides. Selected as sources for this research, three tragedies shall be analysed in our work: The Trojan Women (415 AD), Orestes (408 AD) , and Helen (412 AD). Whenever it may come necessary, we will use the other tragedies as supporting documents to the subject we are attending to endorse, for which we may appeal also to the works of Homer, Hesiod and the sophist Gorgias of Leontini, as well as the plays of other great tragedians from the Classical Athens, Aeschylus and Sophocles. By the utilization of the concept representation , which have been largely discussed by most historians in the last decades of 20th century, we will be intending to make an association between representation and other common concepts used by the New Social History, such as memory and mythology. This is due to the multiple understanding we can achieve over the character Helen as a mytheme as it is presented both in narrative and interpretations in the Greek mythological system as it was known in the Classical Athens. The image of Helen was reinterpreted by Euripides tragedy, mainly because Helen s Pan-Hellenic characteristics, which were determinant for the tragedian s work as a ideal condition guaranteed by its eminent poetic/narrative style. By reinventing his Helens, Euripides has increased through the tragic mimesis a particular representation which was intertwined with the mythic traditions and the poetical and philosophical view of his contemporaries. / Esta Dissertação tem como objetivo compreender as representações da personagem mítica Helena elaboradas pelo tragediógrafo Eurípides. Selecionamos como fontes principais para análise as tragédias, As Troianas (415), Orestes (408) e Helena (412) e como aportes necessários à elaboração de nosso argumento recorremos às demais tragédias do poeta, bem como a Homero, Hesíodo, ao filósofo sofista Górgias de Leontinos e aos outros grandes tragediógrafos, Ésquilo e Sófocles. Utilizamos o conceito de representação, que tem sido amplamente discutido pela historiografia desde as últimas décadas do século XX, buscando aplicá-lo associado aos conceitos de memória e mitologia, principalmente, pois, entendemos as variantes narrativas e interpretativas do mitema de Helena, conhecidas no período clássico de Atenas e reelaboradas por Eurípides, como condições necessárias e determinantes do conjunto mitológico pan-helênico por seu caráter eminentemente poético narrativo. Eurípides ao reescrever suas Helenas através da mimese trágica desenvolve uma representação particular, mas entrelaçada com a tradição mítica e com as reelaborações poéticas e filosóficas desenvolvidas por seus contemporâneos.
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Os caminhos da paixão em Hipólito de Eurípides / The paths of passion in Euripide\'s Hippolytus.

Fernando Crespim Zorrer da Silva 19 September 2007 (has links)
A tragédia Hipólito de Eurípides é lida e analisada, sob o aspecto da paixão e sob as diversas perspectivas em que essa paixão se reflete e refrange. Hipólito incorre em hybris ao tratar a deusa Afrodite como a uma mulher mortal, pois não compreendeu que essa divindade deve ser respeitada e exige honras. Fedra apresenta-se como uma mulher que, dominada pela paixão por seu enteado Hipólito, incessantemente busca evitá-la e livrar-se dela; contudo, a rainha oscila nesse desejo amoroso, pois suas falas delirantes revelam desejos eróticos ocultos. Dotada de capacidade reflexiva e especulativa sobre a ação humana, ela é, no entanto, enganada pelo sofisticado discurso de sua aia. Examina-se ainda o longo discurso de Hipólito, que o mostra a odiar as mulheres e a desejar ora que não existissem, ora que não empregassem a linguagem verbal. A carta, deixada por Fedra ao suicidar-se, encontrada junto a seu cadáver, ganha, com a morte, ressonância como ponto de apoio da acusação contra Hipólito. Teseu comporta-se como um mau leitor desse documento e de seu contexto, ao pronunciar um injusto julgamento. A tradução, que acompanha o presente estudo analíticointerpretativo, serve-lhe tanto de fundamentação quanto de complemento e de esclarecimento, por ser-lhe simultânea na sua gênese e solidária na sua intenção. / The tragedy Hippolytus, by Euripide, is read and analysed, under the aspect of passion, and the different perspectives in which this passion reflects and refracts. Hippolytus incurs a hybris when he treats the goddess Aphrodite as a mortal woman, because he was not able to understand that this divinity must be respected and that she requires honors. Phaedra presents herself as a woman who, dominated by passion for his stepson Hippolytus, incessantly tries to avoid this feeling and get rid of it; however, the queen oscilates in this desire, since her delirious speeches reveal hidden erotic desires. Being able both to reflect and to especulate about human action, she is, however, cheated by the sophisticated discourse of her nurse. Hippolytus\'s long speech is examined, what shows him hating women, and, at the same time, desiring now that they don\'t exist at all, now that they couldn\'t use verbal language. The letter left by Phaedra when she commited suicide and which was found beside her corpse, assumes, with her death, the meaning of point of support for the accusation of Hippolytus. Theseus acts as a misreader of this document and its context, pronouncing an unfair judgment. The translation that follows the present analytic-interpretative study, works both as its basis and its complementation and explanation, since it is simultaneous to the study in its genesis and solidary in its intention.
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O lugar do poeta Eurípides na primeira estética de Nietzsche: tensões e ambiguidades na recepção da Tragédia grega

REIS, Ronney Alano Pinto dos 22 May 2017 (has links)
Submitted by Hellen Luz (hellencrisluz@gmail.com) on 2018-03-07T15:02:18Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertacao_LugarPoetaEuripides.pdf: 1188738 bytes, checksum: 89c38c663129139fe0b5fad192a78946 (MD5) / Approved for entry into archive by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2018-03-12T16:20:23Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertacao_LugarPoetaEuripides.pdf: 1188738 bytes, checksum: 89c38c663129139fe0b5fad192a78946 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-03-12T16:20:23Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertacao_LugarPoetaEuripides.pdf: 1188738 bytes, checksum: 89c38c663129139fe0b5fad192a78946 (MD5) Previous issue date: 2017-05-22 / Em seu primeiro livro, Nietzsche ensejou tocar nos temas mais candentes de seu tempo, entre os quais se encontra o problema da ciência como modelo de apreciação da vida, cujo reflexo mais significativo se expressa na figura do homem teórico – fruto do racionalismo oriundo da metafísica socrático-platônica. Embalado por suas esperanças de renovação das artes germânicas, o filósofo procurou na Grécia uma espécie de contramodelo. Tal empreendimento exigiu todo um estudo a respeito da origem e declínio da arte trágica, no qual Eurípides ocupa um papel de destaque. Assim, buscamos refazer este percurso em torno do “Nascimento da Tragédia” de modo a pensar o poeta, para além do lugar comum (quase sempre ligado a uma cerrada crítica), também como uma possível e importante referência para aquele momento, pondo em evidência as tensões e ambiguidades acerca da interpretação nietzschiana da tragédia. Neste sentido, nossa pesquisa apresenta os deslocamentos teóricos operados pela filosofia trágica do jovem Nietzsche, de maneira a apontar para as bases com que ele lança sua própria proposta estética fundada na metafísica de artista. Na sequência, defendemos que Eurípides ocupa um lugar dentro do projeto nietzschiano de um antiplatonismo. Por fim, analisamos as máscaras ou facetas do tragediógrafo com e para além da crítica de Nietzsche. / In his first book, Nietzsche attempted to touch on the most burning themes of his time, among which there is the problem of science as a model of appreciation of life, whose most significant reflection is expressed by the figure of the theoretical man - the fruit of rationalism from the Socratic-Platonic metaphysics. Balanced by his hopes for the renewal of the Germanic arts, the philosopher sought in Greece a kind of counter-model. This undertaking required a study of the origin and decline of the tragic art in which Euripides occupies a prominent role. Thus, we seek to retake this path around the “Birth of the Tragedy” in order to think the poet, beyond the common place (almost always linked to a closed critic), also as a possible and important reference for that moment, putting in evidence the tensions and ambiguities surrounding Nietzsche interpretation for tragedy. In this sense, our research intends to present the theoretical displacements operated by the tragic philosophy of the young Nietzsche, in order to point to the bases with which he launches his own aesthetic proposal based on the metaphysics of an artist. In the sequence, we argue that Euripides occupies a place within Nietzsche’s project of an anti-Platonism. Finally, we analyze the masks or facets of the tragedy with and beyond Nietzsche's critique.
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Enganos, enganadores e enganados no mito e na tragédia da Eurípides / Deceptions, deceivers and deceived in Myth and Euripides tragedy

Ribeiro Junior, Wilson Alves 05 August 2011 (has links)
O engano, enquanto reflexo da realidade, está representado em diversos gêneros literários e na literatura de várias épocas. Este trabalho analisa, primariamente, os antecedentes míticos, o léxico e a estrutura dramática dos enganos mencionados ou encenados em todas as tragédias conhecidas de Eurípides, completas ou fragmentárias. Precede a análise um breve estudo da teoria comportamental do engano e de sua presença na literatura antiga, notadamente a da Grécia (dos poemas homéricos até o fim do século -V), e um excurso sobre o engano na poesia pré-euripidiana e sua influência na tragédia grega. A última parte do estudo compreende uma sistematização da estrutura do engano euripidiano e de seu léxico. / Deception, as a reflex of our reality, can be found in many literary genres and literary compositions of all times. This work deals primarily with the mythical antecedents and with lexical and dramatical structure of deceits briefly described or staged in all known Euripides complete or fragmentary tragedies. A study on behavioral deception theory and its presence in ancient literature, specially in Greece from homeric poems until the fifth century B.C., with an excursus on deception in pre-euripidean poetry and its influence in Greek tragedy precedes the analysis. A systemization of lexical and structural characteristics of euripidean deception completes the study.
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Poesia, retórica e educação na Ifigênia em Áulis de Eurípides. / Poetry, rhetoric and education in Iphigenia in Aulis de Euripides.

Weffort, Luis Fernando 28 March 2008 (has links)
Trata-se de pesquisa teórica, de cunho filosófico-educacional, sobre o modo como Eurípides retrata, discute e problematiza, em sua obra, o debate intelectual e político que marcou a vida cultural de Atenas na segunda metade do século V a.C., assim como os seus desdobramentos no campo moral e educacional. Em virtude da dificuldade de tomarmos, neste estudo, como objeto de análise o conjunto da obra conservada de Eurípides, damos destaque à peça Ifigênia em Áulis. Além de abordar explicitamente o tema da educação, essa obra consta entre as últimas composições do poeta, o que nos permite analisar o amadurecimento de suas reflexões poético-filosóficas. A tragédia, embora com características bastante peculiares, insere-se na Grécia como herdeira da tradição poética grega - a épica e a lírica - e da sua missão educadora. Em face das grandes transformações de caráter político, social e cultural ocorridas na Grécia com o desenvolvimento e a consolidação do modelo de pólis democrática - que tem o seu apogeu no século V a.C., um novo perfil de homem, com características bastante diferentes daquelas projetadas em torno da nobreza aristocrática palaciana, vai ser exigido. Reconfigurando as estruturas do mito e valendo-se dos meios expressivos do teatro, a tragédia vai exercer em Atenas, que se tornara, então, o principal pólo cultural, político e econômico da Grécia, o seu ofício poético-pedagógico de direcionar o olhar dos homens para as questões essenciais da vida na pólis. A posição tradicional da arte dramática parece não satisfazer Eurípides. É certo que não lhe faltava a consciência de sua missão pedagógica. Não a exercia, porém, no mesmo sentido de seus antecessores, mas sim mediante a participação apaixonada nos problemas da política e da vida espiritual de seu tempo. A crítica euripidiana, cuja força purificadora reside na negação do convencional e na revelação do problemático, nos faz olhar para as contradições e as idiossincrasias de uma educação em tempos de crise. Na Ifigênia em Áulis, que ora examinamos, Eurípides põe em questão o próprio paradigma heróico, base da educação tradicional aristocrática, suscitando uma reavaliação do conceito de herói e de seu significado na formação do homem grego. Por outro lado, sempre sob o peso artístico de uma erística ousada e vigorosa, a dinâmica dialética desse drama, complexa e tão bem articulada, ilumina a questão dos limites da ação educativa e de seus fundamentos. E o imponderável, que paira sobre a existência do homem, é lembrado, como o grande obstáculo à elaboração de um modelo definitivo e seguro de educação. / This theoretical research, of philosophic-educational nature, aims to analyze the way as Euripides represents, discusses and brings into question, through his work, the intellectual and political debate which marked the cultural life of Athens in the second half of the 5th Century b. C., as well as its effects in the moral and educational field. Due to difficulty of analyzing, in this study, the whole preserved work of Euripides, we emphasize the play Iphigenia in Aulis. This play approaches the subject of the education and is one of the last compositions of the poet, which allows us to analyze the philosophical-poetic maturing of his reflections. The tragedy, although with a sufficient amount of peculiar characteristics, is inserted in Greece as an heiress of the poetical Greek tradition - the epic and the lyrical ones - and its educational mission. Due to great political, social and cultural transformations that occurred in Greece with the development and the consolidation of the model of pólis democratic - that has its highest point in the 5th century b. C. -, a new profile of man, with sufficiently different characteristics of those projected ones around the aristocratic nobility, would be demanded. Reconfiguring the structures of the myth and using the expressive means of the theater, the tragedy would play in Athens, that became, then, the main cultural, political and economical pole of Greece, its poetical-pedagogical role to conduct the attention of the men to the essential questions of the life in the pólis. The traditional position of the dramatic art seems not to satisfy Euripides. It is certain that he did not lack the conscience of a pedagogical mission. He did not practice it, however, in the direction of his predecessors, but by means of the passionate participation in the problems of the politics and the spiritual life. The euripidian criticism, whose purifying force inhabits in the negation of the conventional and in the revelation of the problematic, makes us look at the contradictions and the idiosyncrasies of an education in times of crisis. In the Iphigenia in Aulis, Euripides questions the heroic paradigm, base of the traditional aristocratic education, causing a revaluation of the concept of hero and of his meaning in the formation of the Greek man. However, under the artistic weight of a daring and vigorous eristic, the dialectical dynamic of this drama, complex and articulated, always illuminates the question of the limits of the educative action and of his bases. And the imponderable, which hovers over the existence of the man, is remembered, like the great obstacle to the preparation of a definite and secure model of education.
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Poesia, retórica e educação na Ifigênia em Áulis de Eurípides. / Poetry, rhetoric and education in Iphigenia in Aulis de Euripides.

Luis Fernando Weffort 28 March 2008 (has links)
Trata-se de pesquisa teórica, de cunho filosófico-educacional, sobre o modo como Eurípides retrata, discute e problematiza, em sua obra, o debate intelectual e político que marcou a vida cultural de Atenas na segunda metade do século V a.C., assim como os seus desdobramentos no campo moral e educacional. Em virtude da dificuldade de tomarmos, neste estudo, como objeto de análise o conjunto da obra conservada de Eurípides, damos destaque à peça Ifigênia em Áulis. Além de abordar explicitamente o tema da educação, essa obra consta entre as últimas composições do poeta, o que nos permite analisar o amadurecimento de suas reflexões poético-filosóficas. A tragédia, embora com características bastante peculiares, insere-se na Grécia como herdeira da tradição poética grega - a épica e a lírica - e da sua missão educadora. Em face das grandes transformações de caráter político, social e cultural ocorridas na Grécia com o desenvolvimento e a consolidação do modelo de pólis democrática - que tem o seu apogeu no século V a.C., um novo perfil de homem, com características bastante diferentes daquelas projetadas em torno da nobreza aristocrática palaciana, vai ser exigido. Reconfigurando as estruturas do mito e valendo-se dos meios expressivos do teatro, a tragédia vai exercer em Atenas, que se tornara, então, o principal pólo cultural, político e econômico da Grécia, o seu ofício poético-pedagógico de direcionar o olhar dos homens para as questões essenciais da vida na pólis. A posição tradicional da arte dramática parece não satisfazer Eurípides. É certo que não lhe faltava a consciência de sua missão pedagógica. Não a exercia, porém, no mesmo sentido de seus antecessores, mas sim mediante a participação apaixonada nos problemas da política e da vida espiritual de seu tempo. A crítica euripidiana, cuja força purificadora reside na negação do convencional e na revelação do problemático, nos faz olhar para as contradições e as idiossincrasias de uma educação em tempos de crise. Na Ifigênia em Áulis, que ora examinamos, Eurípides põe em questão o próprio paradigma heróico, base da educação tradicional aristocrática, suscitando uma reavaliação do conceito de herói e de seu significado na formação do homem grego. Por outro lado, sempre sob o peso artístico de uma erística ousada e vigorosa, a dinâmica dialética desse drama, complexa e tão bem articulada, ilumina a questão dos limites da ação educativa e de seus fundamentos. E o imponderável, que paira sobre a existência do homem, é lembrado, como o grande obstáculo à elaboração de um modelo definitivo e seguro de educação. / This theoretical research, of philosophic-educational nature, aims to analyze the way as Euripides represents, discusses and brings into question, through his work, the intellectual and political debate which marked the cultural life of Athens in the second half of the 5th Century b. C., as well as its effects in the moral and educational field. Due to difficulty of analyzing, in this study, the whole preserved work of Euripides, we emphasize the play Iphigenia in Aulis. This play approaches the subject of the education and is one of the last compositions of the poet, which allows us to analyze the philosophical-poetic maturing of his reflections. The tragedy, although with a sufficient amount of peculiar characteristics, is inserted in Greece as an heiress of the poetical Greek tradition - the epic and the lyrical ones - and its educational mission. Due to great political, social and cultural transformations that occurred in Greece with the development and the consolidation of the model of pólis democratic - that has its highest point in the 5th century b. C. -, a new profile of man, with sufficiently different characteristics of those projected ones around the aristocratic nobility, would be demanded. Reconfiguring the structures of the myth and using the expressive means of the theater, the tragedy would play in Athens, that became, then, the main cultural, political and economical pole of Greece, its poetical-pedagogical role to conduct the attention of the men to the essential questions of the life in the pólis. The traditional position of the dramatic art seems not to satisfy Euripides. It is certain that he did not lack the conscience of a pedagogical mission. He did not practice it, however, in the direction of his predecessors, but by means of the passionate participation in the problems of the politics and the spiritual life. The euripidian criticism, whose purifying force inhabits in the negation of the conventional and in the revelation of the problematic, makes us look at the contradictions and the idiosyncrasies of an education in times of crisis. In the Iphigenia in Aulis, Euripides questions the heroic paradigm, base of the traditional aristocratic education, causing a revaluation of the concept of hero and of his meaning in the formation of the Greek man. However, under the artistic weight of a daring and vigorous eristic, the dialectical dynamic of this drama, complex and articulated, always illuminates the question of the limits of the educative action and of his bases. And the imponderable, which hovers over the existence of the man, is remembered, like the great obstacle to the preparation of a definite and secure model of education.
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De exílio em exílio: um diálogo entre Eurípides e Clara de Góes na peça Medea en Promenade / From exile to exile:a dialogue between Euripides and Clara de Góes in the play Medea en Promenade

Silva, Francisca Luciana Sousa da January 2015 (has links)
SILVA, Francisca Luciana Sousa da. De exílio em exílio: um diálogo entre Eurípides e Clara de Góes na peça Medea en Promenade. 2015. 166f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Letras, Fortaleza (CE), 2015. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2016-08-05T16:39:01Z No. of bitstreams: 1 2015_dis_flssilva.pdf: 3767809 bytes, checksum: 6ba722a9950245ad0a7f31c2684e2366 (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2016-08-05T17:10:47Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_dis_flssilva.pdf: 3767809 bytes, checksum: 6ba722a9950245ad0a7f31c2684e2366 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-05T17:10:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_dis_flssilva.pdf: 3767809 bytes, checksum: 6ba722a9950245ad0a7f31c2684e2366 (MD5) Previous issue date: 2015 / This dissertation analyzes the unpublished text by Clara de Góes, Medea en Promenade (2012), based on the homonymous tragedy of Euripides' Medea (431 BC). The target text narrates the meeting of Glauce, (the young one), Medea (the woman) and the love of Medea (the old one), three women "in a sort of desert outside of time and space" according to the words of the author. Punctuating the speech of these women, the voice of Corifeu is perceived, often in the dark. Thus, we propose a critical reflection, turning our gaze to the protagonists of this poetic work, whose speeches are characterized by the following questions: "What is my place in exile? Do I belong to the exile ? "Such questions reinforce a longstanding demand of women, not only in Athens, but in many other places, especially the foreign ones. In order to understand these banks and the reason why there are so many crossings, many of them forced, we choose exile as a theme, considering it a object of interest not only of the Classics, but also of the cultural studies, for example. Our aim is to show, comparatively, how the so called "dialogue" between Euripides and Clara Garcia is constructed, trying also to discover another reading for the Medea myth, parallel or beyond the metaphor itself, concerning especially the heroin journeys. As pointed out by Jan Felix Gaertner, one of the authors that support our research, exile "has been one of the most productive literary themes in the literature of the twentieth century" (2007, p. 1) and has become a central theme in postcolonial literature or in association with another themes related to distance, separation, displacement, detachment and diaspora. Our hypothesis is to recognize the exile as a device, as Agamben would define (2009) – a key technical term in Foucault's thinking strategy, - not only a political device but also an existential one. All of this analysis, according to Medea, of Euripides, who immortalized her as an infanticide, but not without questioning her status as a foreign woman. In order to study this condition, we support ourselves especially in the works of Pierre Vidal - Naquet (1999) and Vernant (2009), Queiroz (1998) and Jasinski (2012). The following studies don’t seem to contradict our hypothesis, given their hybridization aspect: Sara Forsdyke (2005) and Gayatri C. Spivak (2014). The theoretical syllabus about the theater - from Greek tragedy to the contemporary scene – is based on the following works: Albin Lesky, Jacqueline Rommily, Marie - Claude Hubert and Patrice Pavis (2011). / A presente dissertação analisa o texto de Clara de Góes, Medea en Promenade (2012), a partir da tragédia homônima de Eurípedes, Medeia, (431 a.C.). O texto de chegada narra o encontro de Glauce, (Jovem), Medeia (Mulher) e a ama de Medeia (Velha), três mulheres “em uma espécie de deserto fora do tempo e do espaço”, nas palavras da autora. Pontuando a fala dessas mulheres, ouvimos a voz do Corifeu, quase sempre à penumbra. Propomos, assim, uma reflexão crítica, voltando nosso olhar para as protagonistas dessas poéticas, cujas falas são marcadas por questionamentos: “Qual meu lugar no exílio? Seria o exílio meu lugar?” Tais perguntas reforçam uma antiga reivindicação das mulheres, não só de Atenas, mas de muitos outros lugares, especialmente as estrangeiras. Foi buscando entender essas margens e o porquê de tantas travessias, muitas delas forçadas, que elegemos o tema do exílio, haja vista constituir objeto de interesse não só dos Estudos Clássicos, mas também dos Estudos Culturais, por exemplo. Nosso intuito é mostrar como ocorre o que ora chamamos “diálogo” entre Eurípides e Clara de Góes, numa perspectiva comparada, buscando imprimir outra leitura para o mito de Medeia, paralela ou além da metáfora, especialmente voltada para os constantes deslocamentos da heroína. Como salienta Jan Felix Gaertner, um dos autores que fundamentam nossa pesquisa, o exílio “tem sido um dos temas literários mais produtivos em literatura do século XX” (2007, p. 1) e tornou-se um tema central na literatura pós-colonial em associação a temas relacionados a distância, separação, deslocamento, desprendimento e diáspora. Nossa hipótese é reconhecer ou ler o exílio como dispositivo, conforme Agamben (2009) – termo técnico decisivo na estratégia do pensamento de Foucault, do qual foi tomado de “empréstimo” – não só político, mas também existencial, a partir da Medeia, de Eurípides, que a imortalizou como infanticida, não sem antes problematizar seu status de mulher estrangeira. A respeito dessa condição, apoiamo-nos, especialmente, em Pierre Vidal-Naquet (1999) e Vernant (2009), Queiroz (1998) e Jasinski (2012). A fim de confirmar, em parte, nossa hipótese, dado o hibridismo da análise, apoiamo-nos em Sara Forsdyke (2005) e Gayatri C. Spivak (2014). Como aporte teórico do teatro – da tragédia grega à cena contemporânea –, Albin Lesky (2010), Jacqueline de Romilly (2013), Marie-Claude Hubert (2013) e Patrice Pavis (2011).

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