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Etnia e coalizão: um estudo sobre categorização social em um contexto de conflito grupal / Etnicity and Coalition: a study about social categorization in group conflict context

Nascimento, Leandro Luis Santos e 22 October 2009 (has links)
Para uma comparação intercultural das influências do contexto sobre a codificação de etnia, duas variações do Protocolo de Confusão de Memória (PCM) foram aplicadas em brasileiros. Ambas as variações consistem em uma exibição de slides de uma discussão entre duas equipes esportivas rivais, com membros negros e brancos em ambos os times, em duas condições: Controle (times com roupas de cores idênticas) e Experimental (times com roupas de cores distintas). As variações são: Traduzida, com fotos de jogadores de basquete usadas no experimento original e diálogo traduzido; e Adaptada, com fotos de brasileiros com camisetas de futebol e com o diálogo reelaborado visando consistência com o esporte. O estudo foi dividido em três fases: (I) exposição de 84 participantes, do estado de São Paulo ao PCM Traduzido (II) exposição de 569 participantes em sete estados brasileiros (BA, ES, MT, RJ, RN, SC, SP) ao PCM Traduzido (III) exposição de 77 participantes do estado de São Paulo ao PCM Adaptado. Na Fase I, a codificação etnia acompanhou o aumento da intensidade da codificação de coalizão (condição experimental), em contraposição ao experimento original (Kurzban et al., 2001). Na Fase II, a codificação de etnia diminuiu de intensidade quando a codificação de coalizão aumentou, em taxa similar à da aplicação original, mas a codificação de coalizão manteve taxa mais baixa, em ambas as condições, em relação aos dados originais. Na Fase III os resultados em ambas as dimensões foram análogos aos da aplicação original. O conjunto de dados reforça a teoria da universalidade do módulo de codificação de coalizão e que a codificação de etnia seja subproduto deste. Também refletem a importância de uma adaptação cuidadosa em estudos interculturais. / For a cross-cultural comparison of context influences in ethnicity encoding, two variations of the Memory Confusion Protocol (MCP) were applied on Brazilians. Both variations consist in a slide-show exposition of a discussion between two rival teams, with black and white players on both sides, in two forms: Control (teams with identical grey colour) and Experimental (teams with different colours). The two variations were: Translated Only, with photographs of basketball players used in the original experiment, and the respective translated dialog; and Adapted, with photographs of Brazilian models with soccer uniforms and a re-elaborated dialog, more fitting to this sport. The research was divided, then, in three different phases: (I) a 84 participants experiment with the Translated MCP, in the state of São Paulo (II) a 569 participants experiment with the Translated MCP, in seven different Brazilian states (BA, ES, MT, RJ, RN, SC, SP); and (III) a 77 participants experiment with the Adapted MCP, in the state of São Paulo. In Phase I, the ethnicity encoding, contrary to the original experiment (Kurzban et al., 2001), accompanied the intensity grown of the coalition encoding. In Phase II ethnicity encoding lowered in intensity during a the raise of intensity of coalition encoding, but coalition encoding kept a lower intensity, in both conditions, if compared to the original experiment coalition encoding rates. In Phase III, the results of both dimensions are analogue to those of the Kurzban et al., 2001 experiment. The data obtained strengthens the theory of a universal coalition encoding module, and encoding ethnicity as a byproduct of it. The data also reveals the importance of a carefully planned adaptation in order to run cross-cultural studies.
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Nós versus eles, eles e elas: comparação intercultural e intersexual na detecção de coalizões e alianças / Us versus them, male and female: cross-cultural and sex-group comparisons in detecting coalitions and alliances

Cosentino, Leonardo Antonio Marui 19 March 2008 (has links)
Duas visões diferentes podem ser identificadas na literatura sobre codificação de raça no processo de formação de primeiras impressões (categorização social): 1) A codificação de raça é um processo automático, inevitável e obrigatório; 2) é um processo dependente do contexto, que diminui com a explicitação de pistas visuais indicativas da afiliação a grupos, mostrando que a codificação de raça não é obrigatória. O objetivo da presente pesquisa foi: medir a codificação de coalizão e raça e seus efeitos na presença e ausência de pistas visuais de coalizão, confrontar o desempenho de uma amostra brasileira com uma amostra norte-americana e comparar os resultados de homens e mulheres. No primeiro estudo, foi usado o protocolo de confusão de memória, uma medida discreta para revelar quais dimensões os participantes estão categorizando dos indivíduos-alvo. Através deste protocolo, 569 participantes de sete estados brasileiros (BA, ES, MT, RJ, RN, SC, SP), 280 homens e 289 mulheres de 17 a 58 anos, foram expostos a uma situação experimental de rivalidade entre dois times em duas condições distintas: pista visual de coalizão presente (camisetas com cores diferentes para cada time) versus ausente (camisetas com cores iguais para os dois times). Foi encontrado que a codificação de coalizão aumentou e de raça diminuiu quando pistas visuais de coalizão foram amplificadas. Esses resultados são semelhantes aos obtidos na amostra norte-americana. Além disso, encontramos, de maneira geral, semelhança entre o desempenho de homens e mulheres, mas uma sutil diferença na condição onde todos os jogadores vestiam camisetas com cores iguais. Adicionalmente, foi realizado um estudo avaliando características atribuídas por juízes aos indivíduos-alvo do primeiro estudo. Verificamos que o indivíduo-alvo mais escolhido pelos homens no primeiro estudo foi julgado como o mais forte no segundo, enquanto o avaliado como mais rico e bem-sucedido tendeu a ser mais escolhido pelas mulheres quando todos os jogadores vestiam camisetas da mesma cor. Os resultados gerais sugerem a universalidade do mecanismo de detecção de coalizões e alianças, que codificação de raça pode ser um subproduto da psicologia da coalizão e que diferenças intersexuais na codificação de informações ambientais podem ter evoluído a partir de diferentes pressões evolutivas relacionadas às dinâmicas da seleção sexual. / Two different perspectives could be identified in literature about race encoding in the formation of first impressions (social categorization): 1) race encoding is an automatic, inevitable and mandatory process. 2) race encoding is a context-dependent process which decreases with the amplification of visual cues indicating group affiliation. The objective of this work was to measure the coalition and race codification and their effects in the presence and absence of coalition visual cues, to compare the results of the Brazilian sample with a North American sample, and to compare the results of men and women. In the first study, the memory confusion protocol - an unobtrusive measure developed to investigate how people use the features of others as a basis of social categorization - was used to assess encoding. 569 participants from seven different states (BA, ES, MT, RJ, RN, SC, SP), 280 males and 289 females, between 17 to 58 years old, were exposed to an experimental context of rivalry between two teams in two different conditions: shared visual appearance (each team wore jerseys of different colors) versus absence of shared visual appearance (all individuals were wearing jerseys of same color). We found that coalition encoding increased and race encoding decreased when visual cues of coalition were amplified, which implies that race encoding is not an inevitable and mandatory process. These results are generally similar with the North-American findings. Moreover, we found, in general, resemblance in men and women performances, but a slight difference in the conditions where all individuals were wearing jerseys of same color. Additionally, another study was conducted to assess features of the experimental models attributed by judges. We verified that the model chosen more by men was judged as the strongest, and the model tended to be chosen more by women was judged as the richest and well succeed, when all models were wearing jerseys of same color. The general results suggest the universality of the detecting alliance and coalitions mechanism; that the encoding by race could be a byproduct of coalitional psychology, and sexual difference in the codification of environmental informations could have evolved by sexual selection.
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Etnia e coalizão: um estudo sobre categorização social em um contexto de conflito grupal / Etnicity and Coalition: a study about social categorization in group conflict context

Leandro Luis Santos e Nascimento 22 October 2009 (has links)
Para uma comparação intercultural das influências do contexto sobre a codificação de etnia, duas variações do Protocolo de Confusão de Memória (PCM) foram aplicadas em brasileiros. Ambas as variações consistem em uma exibição de slides de uma discussão entre duas equipes esportivas rivais, com membros negros e brancos em ambos os times, em duas condições: Controle (times com roupas de cores idênticas) e Experimental (times com roupas de cores distintas). As variações são: Traduzida, com fotos de jogadores de basquete usadas no experimento original e diálogo traduzido; e Adaptada, com fotos de brasileiros com camisetas de futebol e com o diálogo reelaborado visando consistência com o esporte. O estudo foi dividido em três fases: (I) exposição de 84 participantes, do estado de São Paulo ao PCM Traduzido (II) exposição de 569 participantes em sete estados brasileiros (BA, ES, MT, RJ, RN, SC, SP) ao PCM Traduzido (III) exposição de 77 participantes do estado de São Paulo ao PCM Adaptado. Na Fase I, a codificação etnia acompanhou o aumento da intensidade da codificação de coalizão (condição experimental), em contraposição ao experimento original (Kurzban et al., 2001). Na Fase II, a codificação de etnia diminuiu de intensidade quando a codificação de coalizão aumentou, em taxa similar à da aplicação original, mas a codificação de coalizão manteve taxa mais baixa, em ambas as condições, em relação aos dados originais. Na Fase III os resultados em ambas as dimensões foram análogos aos da aplicação original. O conjunto de dados reforça a teoria da universalidade do módulo de codificação de coalizão e que a codificação de etnia seja subproduto deste. Também refletem a importância de uma adaptação cuidadosa em estudos interculturais. / For a cross-cultural comparison of context influences in ethnicity encoding, two variations of the Memory Confusion Protocol (MCP) were applied on Brazilians. Both variations consist in a slide-show exposition of a discussion between two rival teams, with black and white players on both sides, in two forms: Control (teams with identical grey colour) and Experimental (teams with different colours). The two variations were: Translated Only, with photographs of basketball players used in the original experiment, and the respective translated dialog; and Adapted, with photographs of Brazilian models with soccer uniforms and a re-elaborated dialog, more fitting to this sport. The research was divided, then, in three different phases: (I) a 84 participants experiment with the Translated MCP, in the state of São Paulo (II) a 569 participants experiment with the Translated MCP, in seven different Brazilian states (BA, ES, MT, RJ, RN, SC, SP); and (III) a 77 participants experiment with the Adapted MCP, in the state of São Paulo. In Phase I, the ethnicity encoding, contrary to the original experiment (Kurzban et al., 2001), accompanied the intensity grown of the coalition encoding. In Phase II ethnicity encoding lowered in intensity during a the raise of intensity of coalition encoding, but coalition encoding kept a lower intensity, in both conditions, if compared to the original experiment coalition encoding rates. In Phase III, the results of both dimensions are analogue to those of the Kurzban et al., 2001 experiment. The data obtained strengthens the theory of a universal coalition encoding module, and encoding ethnicity as a byproduct of it. The data also reveals the importance of a carefully planned adaptation in order to run cross-cultural studies.
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Política de equidade de gênero e de raça/etnia na empresa Fersol Mairinque/SP: uma experiência em construção 1996/2010

Francisco, Eliana Aparecida 31 October 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T14:16:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Eliana Aparecida Francisco.pdf: 689094 bytes, checksum: cbf5382a4fb666a28214be0963b80eb2 (MD5) Previous issue date: 2011-10-31 / This dissertation aims the study of the trajectory of the construction of Fersol s Gender Equality Policy and Race/Ethnicity in the area of Corporate Social Responsibility between 1996-2010, as well as the changes occurred during this period. The guiding question of the research was: What are the meanings, from the perspective of the subjects speeches, of the experience of a Gender Equality Policy and Race/Ethnicity developed by the Company in the area of Corporate Social Responsibility? The hypothesis is that the experience turned out to be a viable alternative to a proposal for Corporate Citizenship and inclusion in the labor market, with advances of limits and possibilities, the prospect of a continuous realization process. The terms of reference were: the issue of gender, ethnicity/race and corporate social responsibility, based on contemporary writers in the areas of Social Sciences and Social Work. The methodology adopted was qualitative research, a case study including literature, documentary and field researches. 08 semistructured interviews were conducted with the following subjects: Fersol s President and employees. The survey results pointed to confirm the primary hypothesis, the meanings analysis revealed the materiality of a Corporate Social Responsibility action, peculiar to the institutional history and the social and political position of Fersol s President with boundaries, advances and contradictions / A presente dissertação tem por objeto de estudo a trajetória da construção da Política de Equidade de Gênero e de Raça/Etnia na Empresa Fersol, na área da Responsabilidade Social Empresarial, no período de 1996-2010, bem como das mudanças ocorridas nesse período. A pergunta norteadora da pesquisa foi: Quais os significados, a partir das falas dos sujeitos da pesquisa, da experiência de uma Política de Equidade de Gênero e de Raça/Etnia desenvolvida pela Empresa Fersol, na área da Responsabilidade Social Empresarial? A hipótese formulada é que a experiência da Política de Gênero e de Raça/Etnia desenvolvida pela Fersol, na área da Responsabilidade Social Empresarial, expressa ser uma alternativa viável de uma proposta de Empresa Cidadã e de inclusão no mercado de trabalho, com limites e possibilidades de avanços, na perspectiva de um processo contínuo de efetivação. Os conceitos de referência foram: questão de gênero, questão étnico/racial e responsabilidade social empresarial, com base em autores contemporâneos das áreas de Ciências Sociais e de Serviço Social. A metodologia de pesquisa adotada foi a qualitativa, um estudo de caso compreendendo a pesquisa bibliográfica, documental e de campo. Foram realizadas 08 entrevistas semi-estruturadas com os sujeitos da pesquisa a saber: o Presidente e os/as funcionários(as). Os resultados da pesquisa apontaram a confirmação da hipótese levantada, na medida em que a análise dos significados desvelou a materialidade de uma ação de Responsabilidade Social Empresarial, muito peculiar à história institucional e à postura política e social do Presidente da Fersol, com limites, possibilidades, avanços e contradições
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Negros e indígenas cotistas da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul: desempenho acadêmico do ingresso à conclusão de curso

Cordeiro, Maria José de Jesus Alves 14 May 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T14:32:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Maria Jose de Jesus Alves Cordeiro.pdf: 1375343 bytes, checksum: f64001e46d3d539156e81270579f71f3 (MD5) Previous issue date: 2008-05-14 / Brazil has an image of a tolerant and democratic nation that doesn't practice racial segregation. The ideology of miscegenation has been reproduced through repetition, generation after generation, using mainly the education system as vehicle, and the curriculum. The affirmative actions, in this case the policy of quotas, are questioning that image and making Brazilians think more critically about ethnic and racial justice and equity. The quotas are considered instruments for repairing, compensation and sociocultural inclusion. At UEMS, the quotas were established by the Law no. 2.589, of December 26, 2002, that reserves vacancies for indigenes and the Law no. 2.605, of January 6, 2003, that reserves 20% of the vacancies for blacks. They were regulated after debate with leaderships of the black movement, indigenes and the academic community. To follow up and evaluate the process of their implementation and their results, as the responsible manager for their implantation in UEMS, I accomplished this research as thesis of my doctorate in Education-Curriculum at PUC/SP, aiming to identify and to analyze to what or whom is attributed the success or academic failure of the students admitted in the quota system, from their admittance to graduation. It´s a qualitative research, that uses the case study methodology, but also quantitative data. Thirty seven (37) courses of the university were focus of the investigation. I analyzed and compared the performance of whites, blacks and indigenes from their admittance tests on December 2003, 2004, 2005 and 2006, to the final averages of their school years of 2004, 2005, 2006 and 2007, when the first students under the quota system concluded the four year courses. There were also applied questionnaires to identify the profile of those students. The results demonstrate that there isn t any significant difference between white and black students' academic performance under quota system. That conclusion disassembles the nucl / O Brasil tem uma imagem de nação tolerante e democrática que não pratica segregação racial. A ideologia da mestiçagem vem sendo reproduzida no sentido da repetição, geração após geração, usando principalmente como veículo de transmissão/reprodução o sistema de educação e dentro deste o currículo. As ações afirmativas, neste caso a política de cotas, vêm questionando essa imagem e fazendo com que os brasileiros pensem mais criticamente em justiça e eqüidade étnica e racial. As cotas são consideradas medidas de reparação, compensação e de inclusão sócio-cultural. Na UEMS, as cotas chegaram por meio da Lei nº. 2.589, de 26/12/2002, que dispõe sobre a reserva de vagas para indígenas, e a de nº. 2.605, de 06/01/2003, que dispõe sobre a reserva de 20% das vagas para negros. Foram regulamentadas mediante discussão com lideranças do movimento negro, indígenas e comunidade acadêmica. Para acompanhar e avaliar o processo de sua implementação e seus resultados, tendo sido eu a gestora responsável por sua implantação na UEMS, realizei esta pesquisa no doutorado em Educação-Currículo da PUC/SP, tendo como objetivo identificar e analisar o que ou a quem se atribui o sucesso ou insucesso acadêmico dos cotistas, do ingresso à formatura. É uma pesquisa qualitativa, que utiliza o estudo de caso como metodologia e também dados de natureza quantitativa. Foram pesquisados os trinta e sete (37) cursos da universidade, analisando-se e comparando-se o desempenho de brancos, negros e indígenas desde os dados dos vestibulares realizados no mês de dezembro dos anos de 2003, 2004, 2005 e 2006, bem como todas as médias finais dos anos letivos de 2004, 2005, 2006 e 2007, ano em que os primeiros cotistas concluíram os cursos de quatro anos. Também foram aplicados questionários para identificação do perfil dos cotistas. Os resultados apurados demonstram que não existem diferenças dignas de destaque entre o desempenho de brancos e negros cotistas. Essa conclusão desmonta o núcleo do argumento da meritocracia, demonstrando ademais que, diferentemente do que muitos apregoaram em tom de alerta e ameaça, o desempenho dos negros cotistas foi inteiramente satisfatório na média dos cursos, tendo sido superior ao dos brancos em vários deles. Quanto aos indígenas, o alto índice de abandono dos cursos é o que mais sobressai na pesquisa e se sobrepõe em importância aos resultados do seu desempenho acadêmico, que se mostrou insatisfatório. De modo geral, os resultados da pesquisa também mostram que a permanência no sistema de ensino superior é o maior desafio para brancos pobres, negros e indígenas
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Médicos e pacientes tem sexo e cor? A perspectiva de médicos e residentes sobre a relação médico-paciente na prática ambulatorial

Santos, Mafoane Odara Poli 26 June 2012 (has links)
Embora sejam grandes os progressos com a promulgação da Constituição de 1988, que garante constitucionalmente a saúde como direito de todos e dever do Estado, esse direito não tem sido assegurado no mesmo nível e com a mesma qualidade de atenção, em especial, para a população negra. Depois de uma revisão sobre a história a influência das teorias racialistas e de gênero como categoria de análise na medicina, discute-se uma síntese da história recente das práticas médicas no Brasil e a reflexão critica sobre essas práticas centradas no tecnicismo. O objetivo deste estudo, parte da linha de pesquisa Pesquisa Psicossocial da Desigualdade: Relações Étnico-raciais, foi descrever que sentidos e significados médicos e médicas conferem aos temas médico-sociais na sua trajetória e formação, especialmente como concebem os determinantes sociais de gênero e raça Foram entrevistados 25 médicos (13 médicos e 12 médicas) que orientam e são preceptores de alunos da residência médica em um hospital universitário. O roteiro abordava o perfil sócio-demográfico e sua trajetória profissional; o seu nível de conhecimento e contato com os determinantes sociais (pobreza, gênero, cor/raça, nacionalidade, religião dos diferentes grupos populacionais) durante a formação acadêmica; que fatores consideravam relevantes para uma boa relação médico-paciente; seu conhecimento sobre Direitos Humanos e os princípios do Sistema Único de Saúde; as experiências na relação médico-paciente e de cuidado. Depois de um aquecimento propiciado pela situação da entrevista, entre os resultados, o estudo permitiu observar como os médicos entrevistados reconhecem alguns marcadores sociais da diferença que se transformam em desigualdade, os lugares sociais diferentes para homens e mulheres, brancos, amarelos e negros, lugares de maior ou menor privilégio e de obstáculo para o sucesso técnico. As diferenças e desigualdade de gênero foram mais fáceis de serem explicitadas e os entrevistados articulavam um repertório levemente maior para o tema. Todos os entrevistados, em algum momento, usaram o discurso sobre o instintivo e natural, e a maior parte deles compreende o masculino e o feminino de um modo muito conservador, com problemas para encontrar definições para perguntas supostamente simples. No caso da desigualdade racial, observamos que houve uma polarização: de um lado a negação das desigualdades entre brancos e não brancos, do outro temos a valorização da identidade branca, compondo bem com o racismo à brasileira. O contexto social foi associado à pobreza mais que qualquer outro indicador da desigualdade social. Cenas de racismo e sexismo institucional foram frequentes. Os poucos entrevistados que tinham uma noção mais sofisticada sobre gênero e raça eram aqueles que contaram com a oportunidade de desenvolver uma atividade de extensão, a iniciação científica ou que tiveram uma formação mais generalista, mais social. A trajetória trilhada na faculdade contribui, portanto, para a formação / Brazil\'s 1988 Constitution grants health as a human right to all and a duty of the State. Although great progress has been made since its enactment, this right has not been ensured at the same level and with the same service quality, particularly with regard to Afro-Brazilians. With close attention to history and the influence of racial and gendered theories, this article discusses the recent history of medical practices in Brazil and provides critical reflection on those practices that are centered on technique. The main purpose of this study, a part of the Psycho-social research on inequality: ethnic-racial relations research line, is to describe the meanings and significance that doctors give to medical social issues in their education. Special attention is given to their conception of the social determinants of gender and race. Twenty-five doctors (13 men and 12 women) were interviewed. All of them mentor medical students pursuing their residency at a University Hospital. The interviews script centered on their socio-demographic profile, their professional path and the degree of knowledge or contact with social determinants (poverty, gender, race/color, nationality, religion of the different population groups) during their academic formation, the factors they considered as relevant to a good doctor-patient relationship, their knowledge of Human Rights and the principles of the Sistema Único de Saúde (SUS) and their experiences in the care and doctor-patient relationships. Among its results, the study shows how the interviewed doctors recognize several social markers of difference that convert into inequity, the different social places for men and women, the white, the people of Asian descent and the black, places of greater or lower privilege and obstacle for technical success. The gender differences and inequalities were more easily explained and respondents articulated a slightly larger repertoire for the topic. All of the interviewees, at some moment, used the discourse on the instinctive and the natural, and most of them have a very conservative comprehension of the feminine and the masculine, and encountered problems in finding definitions for apparently simple questions. With regards to racial inequality, there was a polarization: on the one hand, the denial of inequalities among the white and the non white, on the other, a consistent evaluation of white identity, linked to the Brazilian racism. The social context was associated with poverty rather than any other indicator of social inequality. Evidence of racism and sexism were frequently observed in the interviews. The few interviewees that had a more sophisticated notion of gender and race were those who had had the chance to develop an extracurricular activity, the scientific initiation, or those who had had a more generalist and social education. Thus, the experience acquired during university contributes to the formation of their notions of social determinants in health
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Fatores genéticos associados ao clareamento espontâneo e resposta ao tratamento da infecção pelo vírus da hepatite C / Genetic factors associated with spontaneous clearance and response to treatment of hepatitis C infection

Nastri, Ana Catharina de Seixas Santos 17 October 2016 (has links)
O vírus da hepatite C (HCV) é uma importante causa de doença hepática crônica e de complicações associadas, tais como cirrose e hepatocarcinoma (HCC). Fatores virais e do hospedeiro são conhecidos preditores da terapia antiviral. Fatores do hospedeiro preditores da resposta viral sustentada (RVS) foram descobertos por estudos de associação genômica ampla (GWAS), correspondendo a polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) nos genes IFNL3 e IFNL4 (rs8099917, rs12979860 e rs368234815). O objetivo do presente trabalho foi verificar as frequências genotípicas dos SNPs rs8099917, rs12979860 e rs368234815 e avaliar a associação entre estes SNPs e a evolução clínica e a resposta ao tratamento da infecção pelo HCV tendo em conta a ancestralidade genética da população estudada. Neste estudo, foi observada a associação dos três polimorfismos tanto com o desfecho clínico quanto com a resposta ao tratamento com interferon peguilado (PEG-IFN) e ribavirina (RBV). Os polimorfismos rs12979860 e rs368234815 foram associados com aumento da sensibilidade (respectivamente 97,7%, IC 95% 87,2-100, e 93,3%, IC 95% 81,3-98,3) e com um maior valor preditivo de uma resposta positiva ao tratamento. Na análise multivariada ajustada por sexo, idade e ancestralidade genética, o haplótipo G/T/?G foi relacionado com a não-resposta ao tratamento (OR = 21,09, IC 95% 5,33-83,51; p < 0,001) e com uma chance maior de desenvolver infecção crônica (OR = 5,46, IC 95% 2,06-14,46; p=0,001), quando comparado com haplótipo T/C/TT. Estes resultados podem ajudar a ajustar políticas de tratamento para a infecção por HCV em populações com tais características genéticas, assim como nos permitem conhecer o perfil genético da nossa população em relação a esses polimorfismos / Hepatitis C virus (HCV) infection is a major cause of chronic liver disease and associated complications such as liver cirrhosis and hepatocellular carcinoma (HCC). Viral and host factors are known to be predictors for anti-viral therapy. Host factors predictors of sustained viral response (SVR) were discovered by Genome-Wide Association Studies (GWAS), including single nucleotide polymorphisms (SNPs) near or on genes IFNL3 and IFNL4 (rs8099917, rs12979860 and rs368234815). The aim of the present work was verify the genotype frequencies of SNPs rs8099917, rs12979860 and rs368234815, and evaluate the association between these SNPs and HCV infection outcome taking into account the genetic ancestry of the population. In this study, there was an association of the three polymorphisms with both clinical outcome and response to treatment with pegylated interferon (PEG-IFN) and ribavirin (RBV). The polymorphisms rs12979860 and rs368234815 showed increased sensitivity (97.7%, 95% CI 87.2-100, and 93.3%, 95% CI 81.3-98.3 respectively) and greater predictive value of a positive response to treatment. In multivariable analysis adjusted by gender, age and genetic ancestry, the haplotype G/T/?G was related to non-response to treatment (OR = 21.09, 95% CI 5.33-83.51; p < 0.001) and to a higher chance to develop chronic infection (OR = 5.46, 95% CI 2.06-14.46; p=0.001) when compared to haplotype T/C/TT. These findings may help to adjust our treatment policies for HCV infection in populations with such genetic characteristics, as well as allowing us to get to know the genetic profile of our population for these polymorphisms
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O campo tem cor?: presença/ausência do negro no currículo da educação do campo no Pará

MAGALHÃES, Leila de Lima 05 October 2009 (has links)
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Identidade brasileira e condição do negro em "Viva o Povo Brasileiro" de João Ubaldo Ribeiro / identidade brasileira; raça; etnia; racismo; hibridismo; discurso literário; negro; linguagem; inferioridade

Grecchi, Rosana Bignami 01 March 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-03-15T19:47:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rosana Bignami Grecchi.pdf: 838834 bytes, checksum: 5fae7dcc9db542c34630e2cedc6c6591 (MD5) Previous issue date: 2010-03-01 / The present work is based on the conception that the Brazilian identity has been constructed in accordance with the "Myth of the Three Races" White, Indian and Black, and in which pillar the condition of each component element is structured. It is affirmed that racial prejudice doesn't exist in Brazil and that Brazilian is a homogeneous and crossbred fusing of people, originated from the mixture of the three mentioned races. It is also believed that Brazil, in having racial prejudice, its manifestations are less severe than in other regions of the World. The study seeks to deepen the racial question in the hybrid composition of the Brazilian cultural identity. It describes terms like race and ethnicity, identity and hybridism, literary discourse and degradation (lowering). It reports on the condition of the Black in the composition of the Brazilian identity, verifying the circumstances in which the national identity has been formed. It analyzes the racial, social and cultural theories and the discourse on the inferiority of the Black race. It analyzes Viva o Povo Brasileiro by João Ubaldo Ribeiro. It questions the use of the term race and seeks to identify in the literary discourse the evidential elements regarding racism in the language, bringing them to the light of the contemporary context, in the guise of conclusion. / O presente trabalho apoia-se na concepção de que a identidade brasileira foi construída à vista do "mito das três raças", a saber, branca, amarela e negra. Tal composição híbrida satisfaz a ideia de que cada uma das três raças serviu de suporte à constituição do povo brasileiro, sendo que a dissipação dos primeiros dá ensejo ao florescimento deste último. Afirma-se que não há preconceito racial no Brasil e que o povo brasileiro é uma fusão homogênea e mestiça, originária da mistura das raças citadas. Acredita-se também que, em havendo preconceito, as suas manifestações são menos severas do que as manifestações racistas em outras regiões do mundo. O estudo procura aprofundar a questão racial na composição híbrida da identidade cultural brasileira. Descreve termos como raça e etnia, identidade e hibridismo, discurso literário e rebaixamento. Relata a condição do negro na composição da identidade brasileira, verificando as condições em que se deu a formação da identidade nacional. Analisa as teorias raciais, sociais e culturais e o discurso sobre a inferioridade da raça negra. Analisa a obra Viva o Povo Brasileiro de João Ubaldo Ribeiro. Questiona a utilização do termo raça e procura identificar no discurso literário os elementos comprobatórios na linguagem, a respeito do racismo, trazendo-os à luz do contexto contemporâneo, à guisa de conclusão.
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Nós versus eles, eles e elas: comparação intercultural e intersexual na detecção de coalizões e alianças / Us versus them, male and female: cross-cultural and sex-group comparisons in detecting coalitions and alliances

Leonardo Antonio Marui Cosentino 19 March 2008 (has links)
Duas visões diferentes podem ser identificadas na literatura sobre codificação de raça no processo de formação de primeiras impressões (categorização social): 1) A codificação de raça é um processo automático, inevitável e obrigatório; 2) é um processo dependente do contexto, que diminui com a explicitação de pistas visuais indicativas da afiliação a grupos, mostrando que a codificação de raça não é obrigatória. O objetivo da presente pesquisa foi: medir a codificação de coalizão e raça e seus efeitos na presença e ausência de pistas visuais de coalizão, confrontar o desempenho de uma amostra brasileira com uma amostra norte-americana e comparar os resultados de homens e mulheres. No primeiro estudo, foi usado o protocolo de confusão de memória, uma medida discreta para revelar quais dimensões os participantes estão categorizando dos indivíduos-alvo. Através deste protocolo, 569 participantes de sete estados brasileiros (BA, ES, MT, RJ, RN, SC, SP), 280 homens e 289 mulheres de 17 a 58 anos, foram expostos a uma situação experimental de rivalidade entre dois times em duas condições distintas: pista visual de coalizão presente (camisetas com cores diferentes para cada time) versus ausente (camisetas com cores iguais para os dois times). Foi encontrado que a codificação de coalizão aumentou e de raça diminuiu quando pistas visuais de coalizão foram amplificadas. Esses resultados são semelhantes aos obtidos na amostra norte-americana. Além disso, encontramos, de maneira geral, semelhança entre o desempenho de homens e mulheres, mas uma sutil diferença na condição onde todos os jogadores vestiam camisetas com cores iguais. Adicionalmente, foi realizado um estudo avaliando características atribuídas por juízes aos indivíduos-alvo do primeiro estudo. Verificamos que o indivíduo-alvo mais escolhido pelos homens no primeiro estudo foi julgado como o mais forte no segundo, enquanto o avaliado como mais rico e bem-sucedido tendeu a ser mais escolhido pelas mulheres quando todos os jogadores vestiam camisetas da mesma cor. Os resultados gerais sugerem a universalidade do mecanismo de detecção de coalizões e alianças, que codificação de raça pode ser um subproduto da psicologia da coalizão e que diferenças intersexuais na codificação de informações ambientais podem ter evoluído a partir de diferentes pressões evolutivas relacionadas às dinâmicas da seleção sexual. / Two different perspectives could be identified in literature about race encoding in the formation of first impressions (social categorization): 1) race encoding is an automatic, inevitable and mandatory process. 2) race encoding is a context-dependent process which decreases with the amplification of visual cues indicating group affiliation. The objective of this work was to measure the coalition and race codification and their effects in the presence and absence of coalition visual cues, to compare the results of the Brazilian sample with a North American sample, and to compare the results of men and women. In the first study, the memory confusion protocol - an unobtrusive measure developed to investigate how people use the features of others as a basis of social categorization - was used to assess encoding. 569 participants from seven different states (BA, ES, MT, RJ, RN, SC, SP), 280 males and 289 females, between 17 to 58 years old, were exposed to an experimental context of rivalry between two teams in two different conditions: shared visual appearance (each team wore jerseys of different colors) versus absence of shared visual appearance (all individuals were wearing jerseys of same color). We found that coalition encoding increased and race encoding decreased when visual cues of coalition were amplified, which implies that race encoding is not an inevitable and mandatory process. These results are generally similar with the North-American findings. Moreover, we found, in general, resemblance in men and women performances, but a slight difference in the conditions where all individuals were wearing jerseys of same color. Additionally, another study was conducted to assess features of the experimental models attributed by judges. We verified that the model chosen more by men was judged as the strongest, and the model tended to be chosen more by women was judged as the richest and well succeed, when all models were wearing jerseys of same color. The general results suggest the universality of the detecting alliance and coalitions mechanism; that the encoding by race could be a byproduct of coalitional psychology, and sexual difference in the codification of environmental informations could have evolved by sexual selection.

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