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Aspectos funcionais da deglutição na população com trauma cranioencefálico / Swallowing functional aspects in the severe traumatic brain injury populationJuliana Lopes Ferrucci 27 March 2018 (has links)
Objetivo: Caracterizar os aspectos funcionais de deglutição na população com trauma cranioencefálico (TCE) de um hospital de grande porte, considerando as características clínicas e a gravidade dos indivíduos no momento da admissão hospitalar, utilizando sistemas prognósticos usualmente aplicados no ambiente das unidades de terapia intensiva. Métodos: Participaram do estudo 113 adultos, admitidos em um hospital terciário, com diagnóstico de TCE, submetidos à avaliação fonoaudiológica à beira-leito. As etapas de coleta de dados envolveram: a avaliação fonoaudiológica clínica do risco de broncoaspiração, determinação do nível funcional da deglutição (American Speech-Language-Hearing Association National Outcome Measurement System), determinação da gravidade do indivíduo de acordo com a Escala de Coma de Glasgow no momento da avaliação fonoaudiológica, Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) no momento da admissão na Unidade de Terapia Intensiva e no dia da avaliação fonoaudiológica. Foram realizadas duas análises com a mesma população: análise 1- de acordo com a gravidade do TCE, análise 2- de acordo com a funcionalidade da deglutição. Resultados: Indicaram que as pontuações baixas na Escala de Coma de Glasgow têm relação com o aumento do tempo de intubação orotraqueal e na piora da funcionalidade da deglutição na avaliação fonoaudiológica. Houve associação entre o maior tempo de intubação, maior tempo de hospitalização, maior número de atendimentos fonoaudiológicos até a reintrodução da dieta via oral e pior funcionalidade da deglutição. A tosse e o escape extraoral foram os sinais clínicos preditores de broncoaspiração no TCE. Após a intervenção fonoaudiológica, o grupo com pior Glasgow apresentou piores resultados na evolução da funcionalidade da deglutição. Em relação ao escore SOFA, os sistemas orgânicos respiratório, cardiovascular e neurológico foram as principais alterações encontradas na população com TCE. É importante entender os mecanismos do TCE nos aspectos neurológico, cognitivo e comportamental para poder utilizar as melhores estratégias na identificação dos indivíduos com pior funcionalidade da deglutição e com necessidade de terapia fonoaudiológica precoce. Conclusão: Ao estabelecer os parâmetros clínicos que podem prever os aspectos relacionados à funcionalidade da deglutição durante a internação hospitalar, é possível auxiliar no gerenciamento e planejamento da reabilitação / Objective: to characterize the swallowing functional aspects in the severe traumatic brain injury (TBI) population in a large hospital considering the clinical features and the subjects\' severity at the moment of hospital admission adopting prediction models usually applied in the intensive care unit environment. Methods: 113 adults participated in the study; they were admitted at a tertiary referral hospital with a TBI diagnosis and were submitted to a bedside speech-language assessment. The data collection steps included: a clinical speech-language assessment for risk of bronchoaspiration, determination of swallowing functional level (American Speech-Language-Hearing Association National Outcome Measurement System), determination of individual\'s severity according to the Glasgow Coma Scale at the moment of the speech-language assessment, Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) at the moment of admission at the intensive care unit and on the day of the speech-language assessment. Two analyses were carried out with the same population: analysis 1 - according to the trauma severity, analysis 2 - according to the swallowing functionality. Results: The results indicated that low scores in the Glasgow Coma Scale are related to higher orotracheal intubation time and worsening of swallowing functionality in the speech-language assessment. There was a link between higher intubation and hospitalization periods, higher number of speech-language therapies until the reintroduction of oral diet and worse swallowing functionality. Cough and extraoral escape were found as clinical risk factors for bronchoaspiration in the TBI. After the speech-language intervention, the group with worst Glasgow presented worst results in the swallowing functionality progress. With regard to the SOFA score, the respiratory, cardiovascular and neurological organic systems were the main alterations found in the TBI population. It is important to understand the TBI mechanisms in the neurological, cognitive and behavioral aspects to adopt the best strategies in the identification of the subjects with worst swallowing functionality and in need of early speech-language therapy. Conclusion: By establishing the clinical parameters that may foresee aspects related to the swallowing functionality during hospitalization, it is possible to help in the management and planning of rehabilitation
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Cervicalgia, discapacidad cervical y factores asociados en estudiantes y músicos del Conservatorio Nacional de MúsicaManrique Olivares, Diego Andres, Quispe Montoya, Karla Giannina 02 February 2017 (has links)
Objetivos: determinar la presencia de cervicalgia y el índice de discapacidad cervical en los estudiantes del Conservatorio Nacional de Música, así como evaluar sus factores asociados. Materiales y métodos: se realizó un estudio de corte transversal en Lima, Perú. La población fue conformada por estudiantes del conservatorio nacional de música, a quienes se les evaluó mediante encuesta de auto reporte de cervicalgia en los últimos 3 meses, discapacidad cervical, además de evaluar la presencia de trastornos temporomandibulares. Se evaluó la asociación calculando las razones de prevalencia ajustadas. Resultados: Se incluyó a 211 personas, cuya edad media ± desviación estándar fue de 22,0 ± 2,0 años y la mayoría fueron varones (70,0%). La prevalencia de cervicalgia fue de 69,4%; el 45,6% presentó discapacidad moderada y 45,0% presentó discapacidad leve. Tocar instrumentos de cuerda frotada estuvo asociado a cervicalgia (RP 1,34 IC 95% 1,15 – 1,57). Se encontró asociación entre Trastornos Temporomandibulares (TTM) y cervicalgia (TTM moderada-grave (RP 1,65 IC 95% 0,99 – 2,75). Se evidencio la asociación entre TTM con discapacidad cervical (TTM ausente- leve: RP 2,81 IC95% 1,00-7,84 y p=0,048; TTM Moderado/Grave: RP 3,86 IC95%: 1,39-10,70 y p=0,009) Conclusión: Se corroboró la asociación de cervicalgia asociada a la práctica con instrumentos de cuerda frotada, se halló asociación de TTM con cervicalgia y con discapacidad cervical. Así también se corroboro la asociación entre discapacidad cervical. La elaboración de pausas activas y programas de actividad física son herramientas que ayudan en la disminución de la cervicalgia conllevando así que menos personas sean predispuestas a padecer discapacidad cervical. / Objectives: to determine the presence of neck pain and the neck disability index in the students of the National Conservatory of Music as well as to evaluate their associated factors. Materials and methods: A cross-sectional study was conducted in Lima, Peru. The population was formed by students from the National Conservatory of Music, who were evaluated through a self-report survey of neck pain in the last 3 months, neck disability, as well as evaluating the presence of temporomandibular disorders. The association was assessed by calculating the adjusted prevalence ratios. Results: A total of 211 individuals were included, mean age ± standard deviation was 22.0 ± 2.0 years and the majority were male (70.0%). The neck pain prevalence was 69.4%; 45.6% had moderate disability and 45.0% presented mild disability. Playing bowed string instruments was associated with neck pain (RP 1.34 95% CI 1.15 - 1.57). An association between Temporomandibular Disorders (TMD) and neck pain(TMD moderate-severe) was found (RP 1.65 95% CI 0.99 - 2.75). The association between TMD with neck disability (TMD (absent-slight) was demonstrated: RP 2.81 CI 95% 1.00-7.84 and p = 0.048; TMD Moderate / Severe: RP 3.86 CI 95%: 1.39- 10.70 and p = 0.009) Conclusion: The association between neck pain and the practice with bowed string instruments was corroborated. An association of TMD with neck pain and neck disability was found. This also supports the association with neck disability. The active pauses and physical activity programs are tools that help to reduce neck pain. This leads to have less people predisposed to suffer neck disability. / Tesis
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Desempenho de indivíduos acometidos por traumatismo cranioencefálico no teste n-back auditivo / Performance of individuals after trauma brain injuries in N-Back auditory taskCalado, Vanessa Tome Gonçalves 06 December 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: O termo memória operacional (MO) refere-se a um constructo cognitivo capaz de armazenar e manter a informação acessível para uso determinado por um tempo limitado, possibilitando a manipulação de diversas informações simultâneas e sequenciais como operações matemáticas longas ou complexas, compreensão de palavras pouco frequentes, extensas ou frases complexas. A linguagem está entre as funções cognitivas que dependem do funcionamento da memória operacional e pode estar comprometida em várias condições patológicas, dentre elas o traumatismo cranioencefálico (TCE). Dados da literatura referentes a essa população ainda são restritos ou pouco consistentes. OBJETIVOS: investigar se o teste n-back é uma medida válida para identificar o déficit de memória em pacientes com TCE, estabelecer nota de corte e curva ROC do teste n-back, comparar o desempenho entre os indivíduos saudáveis e aqueles que sofreram TCE, comparar o teste n-back com os testes de linguagem e aspectos da lesão neurológica, tais como gravidade e tempo, tempo de coma e localização hemisférica da lesão nos resultados para verificar o desempenho e a relevância na separação dos casos em pacientes e controles.MÉTODOS: 53 indivíduos brasileiros (26 adultos com TCE e 30 adultos saudáveis) foram avaliados por bateria de estímulos verbais auditivos para verificar diferenças inter-grupos na capacidade de processamento da memória operacional, quanto ao numero de respostas corretas (acurácia), capacidade máxima de processamento na memória operacional (span) e também verificar a relação da memória operacional com habilidades linguísticas, através da comparação de testes. RESULTADOS: na comparação entre os pacientes e os indivíduos do grupo controle observou-se diferença estatisticamente significante entre os grupos tanto para os testes de base quanto para os resultados do n-back. Os grupos foram estatisticamente pareados em relação às variáveis sócio-demográficas (idade, escolaridade e gênero). O modelo estatístico com as variáveis do teste n-back demonstrou ótima separação dos casos em pacientes/ controle com a área sob a curva ROC de 89%. O modelo também mostrou convergência com os testes de linguagem para compreensão auditiva de sentenças, fluência verbal e aspectos discursivos-pragmáticos e com o nível cognitivo. O lado da lesão foi estatisticamente significante para o n-back, fluência verbal e discurso conversacional. CONCLUSÃO: Os resultados mostram que o n-back na maneira como foi desenhado é capaz de diferenciar os indivíduos alterados e os normais na habilidade de memória operacional. No estudo foi possível discriminar o comportamento de indivíduos com lesão encefálica adquirida e indivíduos saudáveis quanto à medida de acurácia e capacidade máxima de manipulação da informação na memória operacional. Esse comportamento reflete o funcionamento linguístico e cognitivo que se correlaciona com o mecanismo de memória operacional / INTRODUCTION: The term working memory (WM) refers to a construct cognitive capability of storing and keeping information on line to a determined use for a limited time, enabling the manipulation of diverse simultaneous and sequential information such as long or complex mathematical operations, comprehension of less frequent words, extensive or complex sentences. The language is among the cognitive functions which depends on the operational memory behavior and may be engaged in many pathological conditions, among them the TBI (traumatic brain injury). Literature dada relative to such population are still restrict or weak. AIM: investigate whether the n -back task is a valid measure for identifying memory deficits in patients with TBI; establish cutoff and ROC curve of n-back task; to compare performance between normals individuals and those who have suffered TBI; to compare n-back task with tests of language and aspects of neurological injury, such as severity, coma and hemispheric laterality of the lesion to verify the performance and relevance in the separation of cases. METHODOS: 53 individuals Brazilians (26 adults with TBI and 30 healthy adults) were assessed by a battery of auditory verbal stimuli for detecting differences between groups in the processing capacity of working memory, as the accuracy and span also check the relationship of working memory to language skills, through the comparison tests. RESULTS: in the comparison between patients and control subjects was observed statistically significant differences between groups thus to the tests as the basis tests as to results of the n -back. The groups were statistically matched in relation to socio-demographic variables (age, education and gender). The statistical model with variables of the n -back test showed good separation of cases where patients / control with the area under the ROC curve of 89 % . The model also showed convergence with language tests for auditory comprehension of sentences, verbal fluency and pragmatic - discursive aspects and the cognitive level. The side of the lesion was statistically significant for the n -back, verbal fluency and conversational discourse. CONCLUSION: the results demonstrated that the n-back on the way it was designed is able to distinguish the changed individuals and the normal on the working memory ability. On the study it was possible to discriminate the behaviors of individuals with acquired brain injury and healthy individuals regarding the accuracy and maximum capacity of manipulating information on the working memory. Such behavior reflects the linguistic and cognitive function which correlates with the working memory mechanism
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Desempenho de indivíduos acometidos por traumatismo cranioencefálico no teste n-back auditivo / Performance of individuals after trauma brain injuries in N-Back auditory taskVanessa Tome Gonçalves Calado 06 December 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: O termo memória operacional (MO) refere-se a um constructo cognitivo capaz de armazenar e manter a informação acessível para uso determinado por um tempo limitado, possibilitando a manipulação de diversas informações simultâneas e sequenciais como operações matemáticas longas ou complexas, compreensão de palavras pouco frequentes, extensas ou frases complexas. A linguagem está entre as funções cognitivas que dependem do funcionamento da memória operacional e pode estar comprometida em várias condições patológicas, dentre elas o traumatismo cranioencefálico (TCE). Dados da literatura referentes a essa população ainda são restritos ou pouco consistentes. OBJETIVOS: investigar se o teste n-back é uma medida válida para identificar o déficit de memória em pacientes com TCE, estabelecer nota de corte e curva ROC do teste n-back, comparar o desempenho entre os indivíduos saudáveis e aqueles que sofreram TCE, comparar o teste n-back com os testes de linguagem e aspectos da lesão neurológica, tais como gravidade e tempo, tempo de coma e localização hemisférica da lesão nos resultados para verificar o desempenho e a relevância na separação dos casos em pacientes e controles.MÉTODOS: 53 indivíduos brasileiros (26 adultos com TCE e 30 adultos saudáveis) foram avaliados por bateria de estímulos verbais auditivos para verificar diferenças inter-grupos na capacidade de processamento da memória operacional, quanto ao numero de respostas corretas (acurácia), capacidade máxima de processamento na memória operacional (span) e também verificar a relação da memória operacional com habilidades linguísticas, através da comparação de testes. RESULTADOS: na comparação entre os pacientes e os indivíduos do grupo controle observou-se diferença estatisticamente significante entre os grupos tanto para os testes de base quanto para os resultados do n-back. Os grupos foram estatisticamente pareados em relação às variáveis sócio-demográficas (idade, escolaridade e gênero). O modelo estatístico com as variáveis do teste n-back demonstrou ótima separação dos casos em pacientes/ controle com a área sob a curva ROC de 89%. O modelo também mostrou convergência com os testes de linguagem para compreensão auditiva de sentenças, fluência verbal e aspectos discursivos-pragmáticos e com o nível cognitivo. O lado da lesão foi estatisticamente significante para o n-back, fluência verbal e discurso conversacional. CONCLUSÃO: Os resultados mostram que o n-back na maneira como foi desenhado é capaz de diferenciar os indivíduos alterados e os normais na habilidade de memória operacional. No estudo foi possível discriminar o comportamento de indivíduos com lesão encefálica adquirida e indivíduos saudáveis quanto à medida de acurácia e capacidade máxima de manipulação da informação na memória operacional. Esse comportamento reflete o funcionamento linguístico e cognitivo que se correlaciona com o mecanismo de memória operacional / INTRODUCTION: The term working memory (WM) refers to a construct cognitive capability of storing and keeping information on line to a determined use for a limited time, enabling the manipulation of diverse simultaneous and sequential information such as long or complex mathematical operations, comprehension of less frequent words, extensive or complex sentences. The language is among the cognitive functions which depends on the operational memory behavior and may be engaged in many pathological conditions, among them the TBI (traumatic brain injury). Literature dada relative to such population are still restrict or weak. AIM: investigate whether the n -back task is a valid measure for identifying memory deficits in patients with TBI; establish cutoff and ROC curve of n-back task; to compare performance between normals individuals and those who have suffered TBI; to compare n-back task with tests of language and aspects of neurological injury, such as severity, coma and hemispheric laterality of the lesion to verify the performance and relevance in the separation of cases. METHODOS: 53 individuals Brazilians (26 adults with TBI and 30 healthy adults) were assessed by a battery of auditory verbal stimuli for detecting differences between groups in the processing capacity of working memory, as the accuracy and span also check the relationship of working memory to language skills, through the comparison tests. RESULTS: in the comparison between patients and control subjects was observed statistically significant differences between groups thus to the tests as the basis tests as to results of the n -back. The groups were statistically matched in relation to socio-demographic variables (age, education and gender). The statistical model with variables of the n -back test showed good separation of cases where patients / control with the area under the ROC curve of 89 % . The model also showed convergence with language tests for auditory comprehension of sentences, verbal fluency and pragmatic - discursive aspects and the cognitive level. The side of the lesion was statistically significant for the n -back, verbal fluency and conversational discourse. CONCLUSION: the results demonstrated that the n-back on the way it was designed is able to distinguish the changed individuals and the normal on the working memory ability. On the study it was possible to discriminate the behaviors of individuals with acquired brain injury and healthy individuals regarding the accuracy and maximum capacity of manipulating information on the working memory. Such behavior reflects the linguistic and cognitive function which correlates with the working memory mechanism
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Caracterização do perfil de síndromes dolorosas, psicofísica e medidas de excitabilidade cortical em doentes com neuromielite óptica controlada / Characterization of pain, psychophysics and cortical excitability profile in patients with controlled neuromyelitis optica spectrum disordersSilva, Fernanda Valerio da 03 April 2019 (has links)
Introdução: Neuromielite óptica (NMO) é uma doença inflamatória desmielinizante do sistema nervoso central associado com auto anticorpo anti-aquaporina 4 (AQP4-Ab) em até 90% dos casos e com anticorpo anti glicoproteína de mielina oligodendrocítica (MOG-IgG) em cerca de 20% dos indivíduos negativos para AQP4-Ab. A apresentação clínica típica do NMO inclui neurite óptica grave (ON), mielite transversa longitudinalmente extensa (MTLE) e lesões do tronco encefálico conhecidas por causar náuseas,vômitos e soluços intratáveis. A dor é um dos sintomas mais frequentes e incapacitantes dessa síndrome. Sabe-se que afeta até 85% dos indivíduos, que é mais intensa e responde menos aos tratamentos usuais quando comparados aos pacientes com esclerose múltipla. O objetivo deste estudo foi caracterizar as síndromes dolorosas em indivíduos na fase crônica livre de recidiva da NMO. A doença também foi considerada um bom modelo para estudar os mecanismos de dor após lesão medular. Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal, composto por duas avaliações. A avaliação para entrada no estudo consistiu em um exame neurológico complete padronizado, a fim de determinar as síndromes dolorosas principal e secundária de acordo com seu mecanismo e nível. Os pacientes foram convidados a preencher questionários avaliando a dor (Inventário breve de dor [BPI], Questionário de dor McGill [MPQ], inventário de sintomas de dor neuropática [NPSI]), espasmos tônicos dolorosos, sinal de Lhermitte, incapacidade (EDSS, Barthel ADL), ansiedade e depressão (escala hospitalar de ansiedade e depressão [HADS]), catastrofização (escala de pensamentos catastróficos na dor [PCTS]), disfunção urinária e fecal (questionário de bexiga hiperativa [OABV8], escore de sintomas prostáticos internacionais [IPSS]). Também foram realizados teste quantitativo sensitivo (QST) em área controle (com sensibilidade normal) e área de maior dor e medidas de excitabilidade cortical bilaterais (CE). Imagens prévias de ressonância magnética de encéfalo e medula espinhal foram revistos. Foi realizada uma consulta de acompanhamento entre 6 e 18 meses após a primeira visita, na qual a síndrome dolorosa principal foi reavaliada e os pacientes foram solicitados a preencher questionários (DN-4, BPI, MPQ, BPI, NPSI) sobre a dor. Resultados: Setenta e dois pacientes foram incluídos. Foram identificados 53 (73,6%) indivíduos com dor crônica e 19 (26,3%) sem dor. Quarenta (55,6%) pacientes apresentaram dor neuropática (NP) e 13 (18,1%) dor não neuropática (não-NP). Entre os 53 indivíduos com dor crônica, 38 (71,7%) tinham mais de uma síndrome dolorosa. Dor neuropática no nível sensitivo foi a síndrome dolorosa mais prevalente, sendo observada em 31 doentes (58,5% do total de pacientes com dor). O grupo com dor não-neuropática teve dor lombar como a síndrome mais comum, afetando 8 (61,5%) indivíduos. O grupo com dor neuropática teve um número significativamente maior de dermátomos afetados por alodínea dinâmica (0,8 ± 1,6, comparado a zero dermátomos nos outros 2 grupos, p = 0,004) e estática (0,7 ± 1,3 comparado a 0 no grupo com dor não-neuropática e 0,1 ± 0,5 dermátomos no grupo sem dor). A hiperpatia em nível foi significativamente mais prevalente no grupo com dor neuropática: 39 (97,5%) nesse grupo, contra 10 (76,9%) e 12 (68,4%) nos grupos dor não-neuropática e sem dor (p = 0,013). Os pacientes com dor neuropática apresentaram desempenho significativamente pior quando comparados aos sem dor, no PCS-12 (componente físico do SF-12), (32,5 ± 8 e 43,3 ± 11, respectivamente). O PCS-12 correlacionou-se com a intensidade da dor no BPI nos grupos dor neuropática (r = -0,387, p = 0,014) e não-neuropática (r = -0,734, p = 0,004). Dentro do grupo com dor neuropática, 16 (80%) pacientes relataram prurido na área de dor, enquanto apenas 1 (33,3%) paciente com dor não neuropática relatou o mesmo (p < 0,001). O QST apresentou maiores limiares para a detecção de estímulos quentes dentre aqueles com dor neuropática, quando comparado ao grupo com dor não-neuropática (41,3 ± 5,6 e 36,9 ± 3, respectivamente, p = 0,045). As amplitudes do potencial evocado motor a 120 e 140% foram significativamente menores nos dois grupos com dor quando comparados aos pacientes sem dor. A avaliação de acompanhamento foi realizada em 68 pacientes e 50 (73,5%) relataram dor. A dor neuropática do nível foi novamente a síndrome dolorosa mais prevalente, afetando 29 (58%) indivíduos. Três pacientes inicialmente sem dor relataram na o sintoma na segunda visita. A taxa de incidência de dor foi de 17,7 por 100 pessoas-ano. Onze pacientes que haviam relatado dor na entrada do estudo tinham uma síndrome de dor diferente na segunda avaliação (20,8% da amostra original). O grupo com dor neuropática teve uma diminuição significativa na intensidade do BPI (de 5,6 ± 1,9 para 4,8 ± 2, p = 0,039). O escore total do MPQ diminuiu significativamente em ambos os grupos com dor neuropática (de 9 ± 2,4 para 8 ± 3,1, p = 0,014) e naqueles com dor não-neuropática (9,2 ± 2,5 a 7 ± 4, p = 0,031). Conclusão: A dor é prevalente em pacientes com NMO e a dor neuropática de nível é a síndrome mais comum. A incidência de novas dores e alterações nas síndromes dolorosas não está relacionada à nova atividade inflamatória, mas ao dano estrutural permanente crônico na medula espinhal e tronco cerebral secundário à atividade autoimune prévia. A avaliação das síndromes dolorosas é importante para o tratamento correto desse sintoma e deve ser reavaliada regularmente, mesmo em pacientes sem novas recidivas clínicas / Introduction: Neuromyelitis optica (NMO) is an inflammatory demyelinating disease of the central nervous system. It is associated with anti-aquaporin 4 autoantibody (AQP4-Ab) in up to 90% of cases and with anti-myelin oligodendrocyte glycoprotein (MOG-IgG) in around 20% of subjects negative to AQP4-Ab. The typical clinical presentation of NMOSD includes severe optic neuritis (ON), longitudinally extensive transverse myelitis (LETM) and brainstem lesions known to cause intractable nausea, vomiting and hiccups. Pain is one of the most frequent and disabling symptoms in this syndrome. It is known to affect up to 85% of subjects with NMO which is more intense and less responsive to usual treatments when compared to multiple sclerosis patients. The aim of this study was to fully characterise all pain syndromes in individuals in the chronic relapse-free phase of NMO. The disease was also deemed a good model to study pain mechanisms in spinal cord injuries. Methods: This is a longitudinal study, comprised by 2 evaluations. The Baseline study entry visit consisted of a full standardized neurological examination, in order to determine the main and secondary pain syndrome according to its mechanism and level. Patients were requested to fill questionnaires evaluating pain (Douleur Neuropathique-4 [DN-4], brief pain inventory [BPI], Short-form McGill Pain Questionnaire [MPQ], Neuropathic pain symptoms inventory [NPSI]), painful tonic spasms, Lhermitte sign, hiccups, orthostatic intolerance, persistent nausea, pruritus, fatigue (modified fatigue scale), Uhthoff phaenomenon, quality of life (SF-12), disability (EDSS, Barthel ADL), anxiety and depression (Hospital anxiety and depression scale [HADS]), catastrophizing (PCTS), urinary and faecal dysfunction(OABV8,IPSS). Quantitative sensory test (QST) and measures of cortical excitability (CE) were performed. Previous brain and spinal cord MRIs were reviewed. A follow up visit was done between 6 and 18 months after the first visit, in which the main pain syndrome was reassessed and patients again were requested to fil pain questionnaires (DN-4, BPI, MPQ, BPI, NPSI) and report painful tonic spasms and Lhermitte sign. Results: Seventy-two patients were included. We identified 53 (73.6%) patients with chronic pain and 19 (26.3%) without any chronic pain syndrome. Forty (55.6%) patients had neuropathic pain (NP) and 13 (18.1%) had non-neuropathic pain (non-NP). Amongst those 53 subjects with chronic pain, 38 (71.7%) had more than one pain syndrome. NP at the sensory level was the most prevalent pain syndrome, being observed in 31 patients (58.5% of the total pain patients). Amid the non-NP patients, low back pain was the most common pain syndrome, affecting 8 (61.5%) subjects. NP group had a significantly higher number of dermatomes affected by allodynia to brush (0.8 ± 1.6, compared to zero dermatomes in the other 2 groups, p = 0.004) and to pressure (0.7 ± 1.3 compared to no 0 in the non-NP group and 0.1 ± 0.5 dermatomes in the no pain group). At-level hyperpathia affected a significantly proportion of patients with NP: 39 (97.5%) in this group, versus 10 (76.9%) and 12 (68.4%) in the non-NP and no pain groups (p= 0.013). Patients with NP had significantly worse performance when compared to those without pain, in the PCS-12 (physical component of the SF-12), (32.5 ± 8 and 43.3 ± 11, respectively). PCS-12 correlated with BPI intensity pain amid NP (r= -0.387, p= 0.014) and non-NP (r= -0.734, p= 0.004) groups. Within the group with neuropathic pain, 16 (80%) of patients reported itching on the pain area, whereas only 1 (33.3%) patient with non-neuropathic pain reported the same (p < 0.001). QST showed higher thresholds for warm stimuli detection within NP group, when compared to non-NP (41.3 ± 5.6 and 36.9 ± 3, respectively, p= 0.045) group. Motor evoked potential amplitudes at 120 and 140% were significantly lower in both groups with pain when compared to those without pain. The follow up assessment was done in 68 patients and 50 (73.5%) reported pain. At-level NP was the most prevalent syndrome, affecting 29 (58%) subjects. Three patients initially without pain reported it in the follow up visit. Incidence rate of pain was 17.7per 100 persons-year. Eleven patients who had reported pain upon study entry had a different pain syndrome on the second evaluation (20.8% of the original sample). NP group had a significant decrease in BPI intensity (from 5.6± 1.9 to 4.8±2, p= 0.039). MPQ total score significantly decreased in both groups with NP (from 9±2.4 to 8±3.1, p=0.014) and in those with non-NP (9.2±2.5 to 7±4, p=0.031). Conclusion: Pain is prevalent in patients with NMO and at-level NP is the most common syndrome. The incidence of new pain and changes in its syndromes is not related to new inflammatory activity but to the permanent chronic structural damage in the spinal cord and brainstem secondary to previous autoimmune activity. Assessment of pain syndromes is important for its treatment and they should be re-evaluated regularly even in patients without new clinical relapses
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Avaliação da excitabilidade cortical em pacientes com lesão axonial difusa tardia / Cortical excitability assessment on patients with chronic diffuse axonal injuryHayashi, Cintya Yukie 17 August 2018 (has links)
Introdução: Ativação exacerbada de processos excitatórios mediados por NMDA e excesso de inibição mediada por GABA são descritos, respectivamente, nas fases agudas e subagudas após o traumatismo cranioencefálico (TCE). No entanto, existem poucos estudos a respeito do funcionamento desses circuitos na fase crônica do TCE. Objetivo: Avaliar a excitabilidade cortical (EC) de pacientes em fase crônica que sofreram TCE, especificamente diagnosticados com lesão axonial difusa (LAD). Métodos: Todos os 31 pacientes adultos foram avaliados após 1 ano, pelo menos, do TCE moderado ou grave. Inicialmente, os pacientes foram submetidos à avaliação de funções executivas - atenção, memória, fluência verbal e velocidade de processamento de informação - por meio de bateria neuropsicológica. Em seguida, a avaliação da EC foi realizada utilizando-se uma bobina circular para aplicar pulsos simples e pareados de estimulação magnética transcraniana na região cortical representativa do abdutor curto do polegar (pollicis brevis) na área M1 de ambos hemisférios. Os parâmetros de EC medidos foram: Limiar Motor de Repouso (LMR), Potenciais Evocados Motores (PEM), Inibição Intracortical de Intervalo Curto (IICIC) e Facilitação Intracortical (FIC). Todos os dados foram comparados aos dados normativos de EC já descritos na literatura e também aos de um grupo controle de pessoas saudáveis. Resultados: Não houve diferença significativa entre os hemisférios direto e esquerdo. Desta forma, os dados foram analisados de forma agrupada (\"pooled data\"). Os valores de LMR e FIC dos pacientes com LAD estavam dentro dos valores de normalidade. No entanto, os valores de PEMs a 120% do LMR, a 140% do LMR e IICIC estavam aumentados (respectivamente p=0,013; p=0,012; p < 0,001): PEM-120% LAD 524,95 [365,42 ; 616,66] versus Controles 303,50 [241,49 ; 399,19]; PEM-140% LAD 1150,00 [960,56 ; 1700,00] vs Controles 670,5 [575,43 ; 1122,78] e IICIC LAD 1,09 [0,82 ; 1,35] vs Controles 0,34 [0,28 ; 0,51]; pp02-Rel LAD 0,85 [0,64 ; 1,36] vs Controles 0,28 [0,20 ; 0,37]; pp04-Rel LAD 1,03 [0,88 ; 1,34] vs Controles 0,38 [0,29 ; 0,62] - sugerindo um possível desarranjo no sistema inibitório (p < 0.001). Os achados neuropsicológicos mostraram alterações na memória, atenção e velocidade de processamento de informação, mas possuíam correlação fraca com os dados de EC. Conclusão: Como os processos inibitórios envolvem circuitos mediados por GABA, além de outros, existe a possível inferência de que a própria fisiopatologia do LAD (rompimento de axônios) possa depletar GABA contribuindo com a desinibição do sistema neural na fase crônica do LAD / Background: Overactivation of NMDA-mediated excitatory processes and excess of GABA-mediated inhibition are described after a brain injury on the acute and subacute phases, respectively. Nevertheless, there are few studies regarding the circuitry on the chronic phase of brain injury. Objective: To evaluate the cortical excitability (CE) on the chronic phase of Traumatic Brain Injury (TBI) victims, specifically diagnosed with Diffuse Axonal Injury (DAI). Method: All 31 adult patients were evaluated after one year, at least, from the moderate and severe TBI. First, all patients underwent a broad neuropsychological assessment to evaluate executive functions - attention, memory, verbal fluency and information processing speed. Then, subsequently, the CE assessment was performed with a circular coil applying single-pulse and paired-pulse transcranial magnetic stimulation over the cortical representation of the abductor pollicis brevis muscle on M1 of both hemispheres. The CE parameters measured were: Resting Motor Threshold (RMT), Motor-Evoked Potentials (MEP), Short Interval Intracortical Inhibition (SIICI), and Intracortical Facilitation (ICF). All data were compared to normative data previously described on literature and to a control group that consisted of healthy subjects. Results: No significant difference between Left and Right hemispheres were found on these DAI patients. Therefore, parameters were analyzed as pooled data. Values of RMT and ICF from DAI patients were found within the normality. However, MEPs and SIICI values were higher on DAI patients (respectively p=0,013; p=0,012; p < 0,001): MEP-120% DAI 524,95 [365,42 ; 616,66] versus Control 303,50 [241,49 ; 399,19]; MEP-140% DAI 1150,00 [960,56 ; 1700,00] vs Control 670,5 [575,43 ; 1122,78] and SIICI DAI 1,09 [0,82 ; 1,35] vs Control 0,34 [0,28 ; 0,51]; pp02-Rel DAI 0,85 [0,64 ; 1,36] vs Control 0,28 [0,20 ; 0,37]; pp04-Rel DAI 1,03 [0,88 ; 1,34] vs Control 0,38 [0,29 ; 0,62] - suggesting a disarranged inhibitory system (p < 0.001). The neuropsychological findings had weak correlation with CE data. Conclusion: As inhibition processes also involve GABA-mediated circuitry, it is likely to infer that DAI pathophysiology itself (disruption of axons) may deplete GABA contributing to a disinhibition of the neural system on the chronic phase of DAI
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Atendimento ao trauma de face por telemedicina. Validação de modelo de videoconferência com uso de smartphone e análise da concorância com atendimento presencial / Facial trauma assessment through telemedicine. Validation of a videoconference via smartphones model and analysis of agreement between telemedicine and face-to-face attendingFonseca, Alexandre Siqueira Franco 13 May 2014 (has links)
As dimensões continentais de alguns países e a distribuição heterogênea da rede hospitalar dificultam o acesso ao atendimento inicial adequado ao trauma de face principalmente aos pacientes residentes em regiões mais remotas. Um modelo de atendimento por telemedicina pode ser uma opção ao atendimento especializado presencial. Os objetivos deste trabalho são apresentar um modelo de atendimento por especialistas à distância, por meio de videoconferência utilizando-se smartphone, e analisar a concordância deste atendimento por telemedicina com o atendimento presencial, considerado padrão ouro. Cinquenta pacientes com trauma de face e suspeita de fratura de face (n=50) foram atendidos, por duas equipes independentes, uma presencialmente e outra por telemedicina. A equipe presencial, que era formada pela equipe de plantão de cirurgia plástica na unidade de emergência, prestou o atendimento à beira do leito (história, exame físico e análise de imagens por tomografia computadorizada). A equipe telemedicina, composta por um médico generalista atendendo à beira do leito, prestou atendimento em conjunto com um cirurgião plástico à distância através de videoconferência com um smartphone. Após cada atendimento as duas equipes responderam a um questionário, com informações sobre dados epidemiológicos, dados do exame físico, sobre indicações de tomografia computadorizada, achados radiológicos da tomografia e conduta. Os dados foram analisados e comparados quanto à concordância das respostas através da análise estatística kappa, cálculo de acurácia, especificidade e sensibilidade. A amostra estudada foi representativa e concordante com a literatura, com predomínio de homens jovens. Acidentes de trânsito e violência interpessoal foram os principais mecanismos causadores do trauma. A concordância das respostas para os achados de exame físico foi considerada substancial (kappa=0,720), para a indicação da tomografia computadorizada foi quase perfeita (kappa=0,957), para os achados na tomografia foi quase perfeita (kappa=0,899) e para definir a conduta também foi quase perfeita (kappa=0,891). A alta concordância dos achados radiológicos nas tomografias computadorizadas de face também foi observada ao se calcular os valores preditivo positivo (VPP=89,9%), preditivo negativo (VPN=99,3%), sensibilidade (94,2%), especificidade (98,8%) e acurácia (98,3%). O estudo concluiu que o modelo de atendimento ao trauma de face à distância por videoconferência via smartphone é factível, encontrando altos índices de concordância quando comparados ao atendimento padrão ouro presencial, sendo uma opção ao atendimento para a triagem de pacientes vítimas de trauma de face em áreas remotas que não têm à disposição o atendimento especializado presencial / The continental size of some countries and heterogeneous distributed hospital network prevent many patients who live in remote areas from getting adequate initial assessment of facial trauma. The author presents a model for trauma assessment through telemedicine, which may be an alternative to face-to-face specialized attending. The goals of this study are presenting a model for non-attending specialized assessment through video conference via smartphones, and analyzing a comparison between telemedicine and face-to-face management, the latter currently being the gold standard. Fifty patients with either a confirmed or suspected diagnosis of facial trauma (n=50) were evaluated by two teams of physicians, one face-to-face and the other one telemedicine-based. The face-to-face team, which was made up by the attending plastic surgery team in the emergency unit, attended the patients at the bedside (physical examination and CT-scan analysis). The telemedicine team was made up by an in-house general practitioner working together with an on-call plastic surgeon through videoconference via smartphones. After each evaluation, both teams answered a similar questionnaire, which contained data concerning the patient\'s epidemiology, physical examination, CT-scan indications and findings, and the treatment option to be followed. The data were analyzed and compared regarding the similarity of answers, with the use of kappa statistics and analysis of data accuracy, sensitivity and specificity. The sample studied was representative and consistent with the literature, showing a predominance of young males. Traffic accidents and personal violence were the main causes of trauma. The agreement of answers for physical examination findings was considered substantial (kappa=0.720). For CT-scan indications, it was considered almost perfect (kappa=0.957); for CT-scan findings, it was almost perfect (kappa=0.899); and for defining the treatment option, it was also almost perfect (kappa=0.891). High concurrency of face CT-scan findings was also observed after we calculated the positive predictive value (PPV=89.9%), negative predictive value (NPV=99.3%), sensitivity (94.2%), specificity (98.8%) and accuracy (98.3%). The study concluded that the model for non-attending assessment of facial trauma through video conference via smartphones is feasible, showing high concurrence rates when compared to gold-standard in-house assessment, thus being an option for first assessment of facial trauma patients who live in remote areas, where specialized medical teams are not available
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Influência do ambiente escolar na ocorrência de traumatismos dentários e qualidade de vida relacionada à saúde bucal em crianças de 12 anos da cidade de Quito, Equador / Influence of school environment on the occurrence of dental traumatic injuries and oral health-related quality of life in 12-year-old children from Quito, EcuadorConde, Maritza Del Carmen Quezada 30 November 2018 (has links)
O objetivo geral deste estudo transversal foi realizar um levantamento epidemiológico de traumatismos dentários em crianças de 12 anos de Quito, no Equador e investigar a associação de fatores relacionados ao ambiente escolar e a ocorrência de traumatismos e na qualidade de vida relacionada a saúde bucal dessas crianças. Para isso, um levantamento epidemiológico em escolares de escolas públicas de Quito foi realizado para avaliar diferentes agravos de saúde bucal. A tese foi dividida em dois capítulos, com os seguintes objetivos: avaliar se alguns fatores relacionados ao ambiente escolar possuem associação com a ocorrência de traumatismos (Capítulo I), e avaliar se fatores positivos relacionados ao ambiente físico, social e de práticas de atividades relacionadas à saúde em escolas exercem efeito no impacto na qualidade de vida relacionada à ocorrência de traumatismos dentários (Capítulo II). O estudo foi realizado com uma amostra representativa de crianças de 12 anos de idade em escolas públicas da zona urbana de Quito, no Equador. Seis examinadores calibrados avaliaram as crianças com relação à presença de traumatismos dentários, cárie dentária e maloclusão. Um inquérito relacionado às condições socioeconômicas da família foi respondido. Os diretores das escolas também responderam a questões relacionadas à estrutura física da escola, à promoção de práticas de promoção de saúde e à ocorrência de episódios negativos na escola. O Child Perceptions Questionnaire (CPQ11-14) foi respondido pelas crianças. Para as análises, regressão de Poisson de multinível foi utilizada, e as razões de taxas (RT) e intervalos de confiança a 95% (95%IC) foram calculados (p < 0,05). A prevalência de traumatismo foi de 20,7%. Escolas com pátio de piso de grama e com rampas de acesso tiveram menor prevalência de traumatismos do que as escolas com pátio de piso de cimento e com apenas com escadas, respectivamente. A prevalência de traumatismo também foi menor em escolas que ofereciam refeições saudáveis ou local apropriado para escovação dentária. Já com relação à qualidade de vida, a ocorrência de traumatismos severos foi associada à maiores escores do CPQ11-14, mesmo no modelo múltiplo ajustado por outros problemas de saúde bucal, sexo, variáveis socioeconômicas e variáveis contextuais. As crianças de escolas que promoviam a escovação dos dentes de seus alunos apresentaram menor impacto na qualidade de vida, mesmo quando ajustada pela presença de traumatismos e outras variáveis. Conclui-se que escolas com um ambiente mais favorável apresentam menor prevalência de traumatismos e exercem efeito positivo na qualidade de vida relacionada à saúde bucal, mesmo na ocorrência de traumatismos dentários. / The overall objective of this cross sectional study was to carry out an epidemiological survey of dental trauma in 12-year-old children from Quito, Ecuador, and to investigate the association of variables related to school environment and occurrence of dental traumatic injuries and on oral health-related quality of life of these children. For this, an epidemiological survey with 12-year-old scholars from public schools of Quito was conducted to evaluate several oral health problems. The thesis was divided in two chapters, with the following aims: to evaluate if some variables related to the school environment have association with occurrence of dental traumatic injuries (Chapter I), and to evaluate if positive factors related to the physical and social environment, and to practices of health-related activities in the schools exert some influence on the quality of life related to the occurrence of dental traumatic injuries. (Chapter II). The study was conducted with a representative sample of children with 12 years old in public schools in the urban area of Quito, Ecuador. Six calibrated examiners evaluated children for dental traumatic injuries, dental caries and malocclusion. A questionnaire related to the socioeconomic conditions of the family was answered by the parents. School principals also responded to questions about the school\'s physical structure, the promotion of health practices and the occurrence of negative episodes at school. The Child Perceptions Questionnaire (CPQ11-14) was answered by the children. For the analyzes, multilevel Poisson regression was used, and the rate ratios (RT) and 95% confidence intervals (95% CI) were calculated (p <0.05). The prevalence of dental traumatic injuries was 20.7%. Schools with grass-floor yard and access ramps had a lower prevalence of injuries than schools with cement-walled yard and with only stairs, respectively. The prevalence of dental trauma was also lower in schools that offered healthy meals or an appropriate place for dental brushing. With regard to the quality of life, the occurrence of severe traumatic injuries was associated with higher CPQ11-14 total scores, even in the multiple model adjusted for other oral health problems, sex, socioeconomic variables and contextual variables. The children of schools that promoted the tooth brushing of their students presented less impact on quality of life, even when adjusted for the presence of trauma and other variables. In conclusion, schools with a more favorable environment present a lower prevalence of dental traumatic injuries and have a positive effect on the quality of life related to oral health, even in the occurrence of dental traumatic injuries.
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Estudo da correlação entre a razão de transferência de magnetização e a volumetria em pacientes com lesão axonal traumática / Correlation between the magnetization transfer ratio and brain volume in patients with traumatic axonal injuryMacruz, Fabíola Bezerra de Carvalho 08 February 2019 (has links)
Introdução: A lesão axonal traumática (LAT) ou lesão axonal difusa (LAD) esta presente em grande parte dos traumatismos crânio-encefálicos (TCE), sendo importante causa de mortalidade e morbidade das suas vítimas. A LAT dispara uma sequência de mudanças neurodegenerativas encefálicas que são, paradoxalmente, acompanhadas por recuperação cognitiva. Objetivo: Avaliar quantitativamente a LAT, através da razão de transferência de magnetização (RTM) e de medidas volumétricas para caracterizar a evolução temporoespacial das mudanças macroscópicas e microscópicas e investigar possível correlação entre elas, auxiliando no entendimento da sua fisiopatologia. Este estudo ainda investigou correlação entre atrofia e dano axonal/mielínico e a evolução funcional. Métodos: Imagens 3D-T1, 3DGE (PRESTO) e de transferência de magnetização (ITM) foram obtidas de 26 pacientes vítimas de TCE moderado e grave e de 26 controles, de idade e sexo semelhantes. Os pacientes foram submetidos a RM com 2 (fase aguda tardia/subaguda), 6 (crônica precoce) e 12 (crônica tardia) meses do TCE. A RM foi realizada nos controles em apenas uma única ocasião. Através de métodos automatizados, calculou-se o volume da substancia cinzenta (SC), da substancia branca (SB) e do encéfalo total (ET), ajustando-os pelo volume intracraniano. A partir de histogramas da RTM obtidos das mesmas regiões, calculou-se a média e os percentis 25, 50 e 75% da RTM. As imagens PRESTO foram usadas na exclusão dos focos hemorrágicos da análise da RTM, nos pacientes. A evolução funcional foi medida pela escala prognostica de Glasgow (EPG), realizada um ano após o TCE. Resultados: A RTM media e o volume foram significativamente diferentes nos pacientes e nos controles. Os pacientes apresentaram RTM media maior (p < 0,05) e volume menor na SC e ET, desde o primeiro exame (fase aguda tardia/subaguda precoce). Na SB, valores menores tanto da RTM media (p=0,02) quanto do volume (p=0,009) foram observados nos pacientes apenas no terceiro exame (fase crônica tardia). Redução progressiva da RTM media dos pacientes foi observada em todos os compartimentos, estimada em 1,14% na SC, 1,38% na SB e 1,40% no ET durante todo o estudo. Houve também redução volumétrica gradual da SB e do ET, com taxa de atrofia total de 3,20% e 1,50%, respectivamente. Não houve relação entre redução da RTM media e atrofia. Nenhum dos parâmetros mostrou valor prognostico nas fases subaguda ou crônica precoce. Conclusões: A LAT resulta numa rarefação axonal/mielínica e redução volumétrica progressiva do tecido encefálico, que se perpetua por até um ano do trauma. As mudanças são mais expressivas e prolongada na SB. A redução do volume e da RTM media se mostraram independentes na LAT. Isso sugere que os dois parâmetros reflitam aspectos complementares da fisiopatologia da LAT, em níveis micro e macroestrutural / Introduction: Traumatic axonal injury (TAI) or diffuse axonal injury (DAI) is a frequent component of traumatic brain injury (TBI) and a major cause of mortality and morbidity in this population. It triggers a sequence of degenerative changes in the brain, that are paradoxically accompanied by cognitive recovery. Purposes: The present study used magnetization transfer ratio (MTR) and volumetric data to appreciate the spatiotemporal evolution of macroscopic and microscopic changes and investigate possible correlation between them, enhancing the knowledge about its pathophysiology. It also investigated correlation between atrophy and axonal/myelin damage and functional outcome. Methods: Volumetric T1-weighted, 3DGE (PRESTO) and magnetization transfer images (MTI) were obtained from 26 patients who experienced moderate to severe TBI and 26 age- and sex-matched controls. Patients were scanned at 2 (late acute/subacute stage), 6 (early chronic) and 12 months (late chronic) postinjury and controls, only once. Whole brain (WB), gray matter (GM) and white matter (WM) volumes were measured using automated technique and adjusted for intracranial volume. Histogram analysis was performed in the same regions, with calculation of the mean MTR and its 25, 50 and 75% percentiles. The PRESTO images were used to exclude the small lesions from the MTR analysis in the patients. Functional outcome was assessed 12 months after injury using the Glasgow Outcome Scale (GOS). Results: Mean MTR and volume were significantly different between patients and controls. Patients presented higher mean MTR values (p < 0,05) and smaller volume (p < 0,05) in the GM and WB, as of the first exam (late acute/subacute stage). In the WM, reduction of both, the mean MTR (p=.02) and volume (p=.009), was observed only in their third exam (late chronic stage). Progressive decrease of patients\' mean MTR was observed in all compartments, with rates of 1.14% for the GM, 1.38% for the WM and 1.40% for the WB across the study. Continuing reduction of the WM and WB volume was also observed, with total atrophy rate of 3.20% and 1.50%, respectively. No correlation between mean MT and the volumetric changes was found. None of the parameters showed prognostic value during the subacute and early chronic stages. Conclusions: TAI results in a progressive axonal/myelinic rarefaction and volumetric brain reduction that continues until a year postinjury. The changes are greater and lasts longer in the WM. The reduction in the volume and mean MTR were independent between them in TAI. This suggests that the two parameters reflect complementary aspects of the TAI pathologic lesion at macro and microstructural levels
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Evolução da vítima com trauma cranioencefálico na sala de emergência / Evolution of the victim with traumatic brain injury in the emergency room.Silva, Hosana da 04 July 2018 (has links)
Introdução: A frequência de vítimas de traumatismo cranioencefálico (TCE) nos serviços de emergência vem aumentando no mundo e conhecer a evolução dessas vítimas nas primeiras horas após lesão é um caminho importante para padronizar sua avaliação e alcançar melhores resultados no seu tratamento. Objetivos: Analisar, durante permanência na sala de emergência (SE), a evolução das vítimas que apresentaram TCE contuso como lesão principal e identificar, entre as variáveis demográficas, os indicadores de gravidade e as características do atendimento pré e intra-hospitalar, os fatores associados ao tempo de permanência na SE dessas vítimas. Método: Estudo do tipo corte prospectivo, com dados coletados na admissão da vítima de TCE na SE e 2, 4 e 6 horas após, ou até a transferência para tratamento definitivo em unidades específicas, ou óbito. Participaram desse estudo vítimas de TCE contuso como lesão principal, com idade 15 anos, admitidas em serviço de emergência referência para neurocirurgia, até 1 hora após trauma. A evolução das vítimas foi descrita pelas diferenças na pontuação Rapid Emergency Medicine Score (REMS) entre as avaliações na admissão na SE e 2, 4 e 6 horas após. Análises descritivas foram utilizadas para caracterização dos casos e descrever a evolução das vítimas. Testes estatísticos foram aplicados para verificar associação entre tempo de permanência na SE e idade, sexo, gravidade e características do atendimento pré e intra-hospitalar. Resultados: A casuística foi composta de 46 vítimas, 84,7% do sexo masculino, idade média de 34,7 anos (dp=15,1), 63% envolvidas em acidentes de trânsito. Na admissão na SE, o REMS médio dessas vítimas foi de 4,0 (dp=2,5), as médias do Injury Severity Score (ISS) e New Injury Severity Score (NISS) foram de 11,8 (dp=7,7) e 17,2 (dp=12,7), respectivamente. A Escala de Coma de Glasgow(ECGl) indicou 54,4% de casos de TCE grave e o Maximum Abbreviated Injury Scale/ região cabeça (MAIS/cabeça) apresentou média de 2,7 (dp=1,1). Entre a admissão na SE e 2 horas após, foram observadas mudanças desfavoráveis em 35,1% das vítimas e favoráveis em 27%; entre 2 e 4 horas, a evolução desfavorável foi constatada em 13,6% e favorável em 27,3%; entre 4 e 6 horas, constatou-se piora em 42,8% dos casos e melhora em 28,6%. Em média, as vítimas que tiveram piora apresentaram diferença de 2,8 (dp=2,3) no REMS entre admissão e 2 horas, de 2 (dp=0) entre 2 e 4 horas e de 2,3 (dp=0,5) entre 4 e 6 horas. Houve diferença estatisticamente significativa no tempo de permanência na SE somente em relação à variável uso de suporte hemodinâmico nesse serviço. Conclusão: A melhora de cerca de mais de ¼ das vítimas de TCE contuso ocorreu em todos os períodos de avaliação, porém a frequência dos casos de evolução desfavorável foi maior do que favorável entre admissão e 2 horas e ainda mais elevada após permanência de 4 horas na SE. O maior tempo de permanência na SE esteve relacionado com uso de suporte hemodinâmico nesse serviço. / Introduction: The frequency of traumatic brain injury (TBI) in emergency services is increasing worldwide and knowing the evolution of these victims in the first hours after injury is an important way to standardize their evaluation and achieve better treatment outcomes. Objectives: To analyze the evolution of the victims whose main lesion was blunt TBI and to identify, among demographic variables, severity indicators and characteristics of pre and in-hospital care, as well as factors associated with length of stay in the emergency room (ER) of these victims. Method: A prospective study, with data collected at the admission of the TBI victim at ER and 2, 4 and 6 hours after, or until transfer to definitive treatment in specific units, or death. Participants of this study presented blunt TBI as the main lesion, age 15 years and were admitted at ER for neurosurgery up to 1 hour after trauma. The evolution of the victims was described by the differences in the Rapid Emergency Medicine Score (REMS) among the assessments on admission at ER and 2, 4 and 6 hours after. Descriptive analyzes were used to characterize the cases and describe the evolution of the victims. Statistical tests were applied to verify the association between length of stay in ER and age, sex, severity and characteristics of pre and in-hospital care. Results: The casuistry consisted of 46 victims, 84.7% were male, mean age was 34.7 years (SD=15.1), and 63% were involved in traffic accidents. On admission at ER, the mean REMS of these victims was 4.0 (SD=2.5), the mean Injury Severity Score (ISS) and New Injury Severity Score (NISS) were 11.8 (SD=7.7) and 17.2 (SD=12.7), respectively. Glasgow Coma Scale (GCS) indicated 54.4% of cases of severe TBI and the Maximum Abbreviated Injury Score/ head region (MAIS/head) showed an average of 2.7 (SD=1.1). From admission at ER until 2 hours later, unfavorable changes were observed in 35.1% of the victims and favorable changes were seen in 27%; between 2 and 4 hours, the unfavorable evolution was observed in 13.6% and favorable evolution was noted in 27.3%; between 4 and 6 hours, it was found worsening in 42.8% of the cases and improvement in 28.6%. On average, patients who experienced worsening had a difference of 2.8 (SD=2.3) in REMS from admission to 2 hours, 2 (SD=0) between 2 and 4 hours and 2.3 (SD=0.5) between 4 and 6 hours. There was a statistically significant difference in the lenght of stay in ER only in relation to the variable use of hemodynamic support in this service. Conclusion: The improvement of more than ¼ of the victims of blunt TBI occurred in all the evaluation periods, but the frequency of unfavorable cases was higher than favorable between admission and 2 hours and even higher after 4 hours in ER. The longer time in ER was related to the use of hemodynamic support in this service.
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