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EDUCAR, VIVER, TRABALHAR: OS SIGNIFICADOS DO FAZER OS ARTESANATOS ENTRE OS KAINGANG DA ËMÃ POR FI GA

Severo, Diego Fernandes Dias 14 March 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This paper seeks to identify the meanings of hand crafting among the kaingang of ëmã (fixed village) Por Fi Ga, located in the municipality of São Leopoldo - RS. The research starts with an ethnographic work that gathered participant observations, interviews, photographs, legal documents and an array of field notes. Accordingly, the research intends to interpret the meaning of hand crafting used by the kaingang, craft that, according to the Amerindians, demands qualities other than economic revenue, which are unfolded in living, education and work. Thus, the research shows the Amerindian perspective about the production of objects and the importance of its learning through the description and analysis of this process, which involves the gathering of materials, division of labors, etc. Among the Amerindian occupation in the city, this paper seeks to contextualize the Kaingang presence during the year 1994, the year of the fixed wãre (temporary camp) consolidation, until the fruition of the ëmã Por Fi Ga, in 2007. It's concluded, from the Amerindian point of view, that the hand crafting is a knowledge that goes throughout the kaingang life and, currently in the city, they revive, through the production of objects, the ways of the ancients and trigger, different from the fóg (non-indians) society, native perspectives about education and work. / Este trabalho busca identificar os significados do fazer artesanato entre os kaingang da ëmã (aldeia fixa) Por Fi Ga, situada no município de São Leopoldo RS. A investigação parte de trabalho etnográfico que reuniu observações participantes, entrevistas, fotografias, documentos jurídicos e um conjunto de anotações de campo. Nesse sentido, a pesquisa propõe interpretar o sentido empregado pelos kaingang no fazer artesanato, fazer que, do ponto de vista dos ameríndios, empenha atributos que extrapolam o ganho econômico e se desdobram no viver, educar e trabalhar. Assim, a pesquisa apresenta a perspectiva ameríndia sobre a produção de objetos e a importância de seu aprendizado por meio da descrição e análise desse processo, que envolve a coleta de material, divisão de tarefas, etc. Acerca da ocupação ameríndia na cidade, o trabalho visa contextualizar a presença Kaingang no período de 1994, ano de consolidação do wãre (acampamento provisório) fixo, até a materialização da ëmã Por Fi Ga, em 2007. Conclui-se, a partir do entendimento ameríndio, que o fazer artesanato é um saber que percorre toda a vida kaingang e, atualmente na cidade, revivem, por meio da produção dos objetos, a maneira dos antigos e acionam, no contraste com a sociedade fóg (não índios), perspectivas nativas sobre educação e trabalho.
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Dois Irmãos e seus precursores: um diálogo entre o romance de Milton Hatoum, a Bíblia e a mitologia ameríndia / Dois Irmãos and its precursors: a dialogue between the novel by Milton Hatoum, the Bible and the Amerindian mythology

Lucius Flavius de Mello 02 December 2013 (has links)
Esta dissertação detém-se na análise e na comparação do romance Dois Irmãos (2006), de Milton Hatoum, com a narrativa bíblica dos embates fraternos presentes no livro do Gênesis, especialmente o episódio dos gêmeos Esaú e Jacó. O relacionamento conflitante entre irmãos é um constante leitmotiv, um foco de interesse que se desenvolve de diversas formas ao longo de todo primeiro livro da Bíblia Hebraica. Hatoum vai à narrativa bíblica, considerada matriz do pensamento ocidental e da memória cultural da Humanidade pelo impulso do seu tema, logo, ele não parte da Bíblia. Como, então, o autor brasileiro trabalha o seu romance em que o fulcro é justamente o embate entre irmãos em torno da primogenitura (o que nos remeteria ao texto matricial bíblico Gênesis) para alinhavar sua ficção? A nossa viagem em busca dessa resposta é iluminada por um caminho tateante e trôpego. Como numa dança folclórica, narrador e protagonistas giram, trocam de lugar e se revezam nos papéis de Esaú, Jacó, Caim, Abel e José. Nossa pesquisa vai aproximar as narrativas ora por semelhanças ora por estranhamentos com base no romance de Hatoum. Buscaremos os vestígios da narrativa bíblica presentes na obra do autor brasileiro seguindo os rastros de Omar, Yaqub e, especialmente, Nael, um narrador intervalar, meio índio, meio árabe, filho bastardo de um dos gêmeos do romance com a cunhantã, empregada da família de origem libanesa. Diante de Nael, flertaremos o tempo todo com os olhos da memória. Nael nos conduzirá a uma surpreendente descoberta: é ele quem acende o foco nacional na nossa pesquisa e, como descendente do povo indígena do Amazonas, revela-se o mais legítimo herdeiro de toda ancestralidade mitológica, originária das lendas e mitos que envolvem gêmeos inimigos em narrativas tão ou mais milenares que a Bíblia. De certa forma, então, Nael rouba para si a luz, a princípio lançada sobre os gêmeos Omar e Yaqub, e se apropria da primogenitura quando estão em jogo o poder e o nome seja do patriarca da família libanesa, seja do mito original. / The following dissertation focuses on the analysis and comparison of Milton Hatoums novel Dois Irmãos (The Brothers, 2006) and the biblical narrative of the fraternal clashes in the book of Genesis, especially that of the twins Jacob and Esau. The conflict-ridden relationship between brothers is a constant leitmotiv, a point of interest that develops in different ways throughout the first book of the Hebrew Bible. Hatoum seeks the biblical narrative matrix for Western thought and Humanitys cultural memory through the impulse of his theme, therefore he does not set out from the Bible. How then, does the Brazilian author progress through his novel, whose fulcrum is the clash between brothers in respect to their primogeniture, which brings us back to the generative biblical text of Genesis to baste his fiction? Our journey in search of this answer is brightened by a fumbling and stumbling path. As in a folkloric dance, narrator and protagonists spiral, trade places and take turns in the roles of Esau, Jacob, Cain, Abel, and Joseph. Our research will approximate these narratives either through similarities or through the estrangement from the Hatounian novel. We will seek the vestiges from the biblical narrative present in the Brazilian authors work following the trails of Omar, Yaqub, and especially the narrator, Nael. An interspersed narrator, half Indian, half Arab; bastard son, progeny of one of the novels twins and a young Indian girl, the Lebanese family\'s maid. Led by Nael\'s narrative, we will constantly flirt with the eyes of memory. Nael leads us to a surprising discovery: it is he who brings into focus the national scope in our research and, as a descendant to the indigenous Amazonian peoples, he reveals himself as the most legitimate heir to all mythological ancestrality born from folktales and myths of rival twins narratives that are as ancient if not more than the Bible. So, to a certain extent, Nael steals the light originally shined upon the twins Omar and Yaqub for himself and embraces the primogeniture, while the power and name are at stake, be it from the familys patriarch, or the original myth.
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A dádiva e o círculo:- um ensaio sobre reciprocidade a\'uwe-xavante / The gift and the circle: an essay about a\'uwe-xavante reciprocity

Guilherme Lavinas Jardim Falleiros 02 March 2006 (has links)
Esta pesquisa se apresenta como um ensaio sobre a reciprocidade a\'uw?-xavante e a dádiva, analizando relações que abarcam também elementos como predação e tradição. Os dados e assuntos tratados foram selecionados através da leitura de etnografias sobre o povo A?uw?-Xavante, orientada também por análises de etnologia ameríndia amazônica e do Brasil Central. A partir de uma recuperação da noção de dádiva com seus paradoxos constituintes e suas transformações, aplicada a uma variedade de aspectos como o parentesco, a casa, o tangível e o intangível ? igualmente simbólicos ? e assim por diante, também procurou-se reconstruir o interesse teórico de Mauss, seja para a antropologia em geral, seja para a etnologia ameríndia em particular. Com esses elementos, circuitos de dádiva e reciprocidade ameríndios podem ser repensados a partir da aplicação ao caso estudado. / This research presents itself as an essay about a\'uw?-xavante reciprocity and the gift, analyzing relations which also encompass elements such as predation and tradition. The data and issues treated here were selected through the reading of ethnographic works about the A?uw?-Xavante people, also oriented by analysis of Amazonian Amerindian and Central Brazilian ethnology. Through a recuperation of the notion of gift with its paradoxes and transformations, applied to a variety of aspects like kinship, the house, the material and immaterial ? equally symbolical ? and so on, a reconstruction of the theoretical interest in Mauss was searched too, on behalf of anthropology in general or of Amerindian ethnology in particular. With such elements, the Amerindian reciprocity and gift circles can be thought over by its application to the studied case.
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Desfazer e refazer coletivos. O movimento tupi guarani / Undo  and redo collectives: the tupi guarani movement

Camila Mainardi 27 February 2015 (has links)
A recorrência da palavra conflito em meus cadernos de campo e suas variações em expressões do tipo: é muita desunião, não têm mais paz ou em falas como ela está sendo perseguida são o ponto de partida dessa tese realizada entre as famílias tupi guarani da T.I. Piaçaguera, litoral sul do Estado de São Paulo. Trato do movimento tupi guarani a partir de diversos contextos relacionais tais como a escola indígena, as festas, apresentações para não indígenas, gravação de um CD/DVD de modo a mostrar o conflito como princípio da conjunção e disjunção de coletivos, que perpassa os modos de adquirir conhecimentos e captura os não indígenas tanto por torná-los parentes como por pacificá-los em iniciativas de turismo em que cultura é objetificada. / The recurrence of the word conflict in my fieldwork notebooks and variations of the word in expressions such as: \"there is much disunion\", \"there is no more peace\" or phrases like \"she\'s being chased\", are the starting point of this thesis conducted among Tupi Guarani families who live at the Piaçaguera indigenous reservation, at the southern coast in São Paulo State. I approach the Tupi Guarani movement from various relational contexts: indigenous schools, festivals, presentations to non-Indians and the recording of a CD / DVD. To show conflict as a principle of conjunction and disjunction of groupings of people that pervades the modes of acquiring knowledge and capturing the non-indigenous, both by turning them into relatives and by pacifying them in tourism initiatives where \"culture\" is objectified.
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Seguir, ou sair de sua história: ramificação e antagonismos narrativos entre os Paiter Suruí (tupi-mondé) / Suivre, ou sortir de son histoire: ramification et antagonismes narratifs chez les Paiter Suruí (tupi-mondé)

Nicodème Renesse 12 June 2017 (has links)
Cette thèse examine les modes suruí de construction et d\'élaboration du savoir véhiculées par la production de récits. Chez les Suruí, les enseignements tirés d\'une série de faits accomplis qui composent ce qu\'ils appellent chacun pour soi leur \"histoire\" constituent l\'essence même du savoir d\'origine humaine. Ces enseignements peuvent être véhiculés de plusieurs manières, notamment par des actes verbaux et non verbaux, mais dans la mesure où les formes les plus codifiées telles que l\'exécution de certains rôles rituels et guerriers ont pratiquement disparues, ce sont aujourd\'hui essentiellement les récits et autres formes d\'expression narrative qui assument ce rôle. Or les mêmes faits produisent des enseignements, donc des récits très différents selon la personne qui les évoque, ainsi que les circonstances et la personne à qui ces récits sont adressés. Face à la multiplication des versions, la thèse se propose d\'examiner les conditions d\'élaboration narrative par les différents acteurs non d\'un point de vue téléologique, en tant que stratégie ou modalité d\'action sociale ou politique, mais d\'un point de vue épistémologique: en vertu de quels principes un récit peut-il varier et, malgré cela, ou justement grâce à cela, satisfaire aux exigences épistémologiques en fonction desquelles il peut prétendre véhiculer un savoir, et de quelle manière une configuration précise du récit peut-elle représenter pour son narrateur une solution au problème que l\'élaboration narrative visait à résoudre en premier lieu? Il s\'agit par là de montrer que les divergences et les antagonismes entre les récits sont produits en exploitant les propriétés des événements tels que les Suruí conçoivent la notion d\'événement. Sous cet angle, le discours et la production narrative ne sont plus des modalités d\'action sur la configuration sociale et politique, mais c\'est la configuration sociale et politique qui est elle-même issue de cette façon particulière dont les Suruí pensent l\'événement, laquelle engendre également la production narrative. / Esta tese se debruça sobre os modos suruí de construção e comunicação do conhecimento veiculadas pela produção de narrativas. Entre os Suruí, os ensinamentos extraídos de uma série de fatos acontecidos compondo o que eles chamam, cada um por si, de sua \"história\" constituem a essência do conhecimento de origem humana. Esses ensinamentos podem ser veiculados de diversas maneiras, que incluem performances verbais e não verbais, mas, na medida em que as modalidades mais codificadas, como o desempenho de certos papéis cerimoniais e guerreiros, deixaram de ter curso, ou de ter curso regularmente, são hoje essencialmente os relatos e outras formas narrativas que assumem este papel. Ora, os mesmos acontecimentos engendram ensinamentos, logo, relatos diferentes em função do contexto, do interlocutor e da pessoa que os evoca. Diante da multiplicação das versões, a tese se propõe a examinar as condições da elaboração narrativa pelos diferentes atores não de uma perspectiva teleológica, enquanto estratégia ou modalidade de ação social ou política, mas de uma perspectiva epistemológica: em virtude de quais princípios um relato pode variar e, ainda assim, ou justamente por isso, satisfazer os requisitos epistemológicos em função dos quais ele pode pretender veicular um conhecimento, e sobre que base uma determinada configuração do relato pode oferecer para seu narrador uma solução ao problema que a elaboração narrativa visava resolver em primeiro lugar? A análise enseja mostrar que as divergências e os antagonismos entre as versões são produzidos ao explorar as propriedades dos eventos tais como os Suruí pensam a noção de evento. Sob este ângulo, o discurso e a produção narrativa deixam de ser modalidades de ação sobre a configuração social e política, mas é a própria configuração social e política que procede desta maneira particular como os Suruí pensam o acontecimento, a qual também engendra a produção narrativa.
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Pessoas, Sereias e Divindades: um estudo etnológico, mitológico e etnooceanográfico em uma Colônia de Pescadores no Sul do Rio Grande do Sul / People, Divinities and Mermaids: an ethnological, mythological and ethno-oceanographic study in a fishing colony in the south of Rio Grande do Sul

Bittencourt, Coralina Amorim da Silva 31 August 2017 (has links)
Submitted by Kenia Bernini (kenia.bernini@ufpel.edu.br) on 2018-03-01T21:51:19Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Carolina_Amorim_Silva_Bittencourt_Dissertação.pdf: 3717906 bytes, checksum: d05e6e3625a354ab3235621833ddcbb8 (MD5) / Approved for entry into archive by Aline Batista (alinehb.ufpel@gmail.com) on 2018-03-05T21:40:02Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Carolina_Amorim_Silva_Bittencourt_Dissertação.pdf: 3717906 bytes, checksum: d05e6e3625a354ab3235621833ddcbb8 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Aline Batista (alinehb.ufpel@gmail.com) on 2018-03-05T21:40:09Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Carolina_Amorim_Silva_Bittencourt_Dissertação.pdf: 3717906 bytes, checksum: d05e6e3625a354ab3235621833ddcbb8 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-03-05T21:40:16Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Carolina_Amorim_Silva_Bittencourt_Dissertação.pdf: 3717906 bytes, checksum: d05e6e3625a354ab3235621833ddcbb8 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2017-08-31 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Esta dissertação de mestrado constitui-se em um diálogo entre as áreas da Etnologia Afro-Indígena, da Mitologia e da Etnooceanografia sobre as narrativas mitológicas dos pescadores e das pescadoras da Colônia de Pescadores Z-3, ligada a Lagoa dos Patos, município de Pelotas, Brasil. Valendo-se do método etnográfico, esse estudo apresenta as trajetórias de vida de homens e mulheres que pescam, bem como revela os personagens Nossa Senhora dos Navegantes, Iemanjá, Sereias e Tritões no extremo sul do Rio Grande do Sul, entre outros territórios. Esse estudo partirá das categorias empíricas que possam ser reconhecidas no cotidiano e nas narrativas dos pescadores e das pescadoras da Colônia Z-3, no esforço de compreensão dos sentidos atribuídos por essa comunidade pesqueira aos personagens míticos e aos ambientes aquáticos e costeiros situados na região sul do Rio Grande do Sul e alhures. Portanto, essa análise tem em vista os desdobramentos da mitologia na ordem política, econômica e social dessa população. Por fim, concluo que os conhecimentos dessas pessoas, através da mitologia e dos rituais, evidenciam o respeito à diversidade de cosmologias que compõe um mesmo território, neste caso, o território das águas. Dessa forma, esse trabalho propõe que os saberes tradicionais sejam tomados como exemplo na produção de conhecimentos pela ciência moderna e na produção de políticas públicas pelo Estado / This dissertation consists in a dialogue between the areas of Ethnology African-Native American Mythology and Etnooceanografia on mythological narratives of fishermen and fisherwomen of the Colônia de Pescadores Z-3, linked to the Patos Lagoon, municipality of Pelotas, Brazil. Based on the ethnographic method, this study presents the life trajectories of men and women who fish, as well as reveals the characters of the Nossa Senhora dos Navegantes, Iemanjá, Mermaids and Tritões in the extreme south of Rio Grande do Sul, among other territories. This study will build on the empirical categories that can be recognized in everyday life and in the narratives of fishermen and fisherwomen Colônia Z-3 in an effort to understand the meanings attributed by this fishing community to the mythical characters and aquatic and coastal environments located in the southern region of Rio Grande do Sul and elsewhere. Therefore, this analysis has in view the unfolding of mythology in the political, economic and social order of this population. Finally, I conclude that their knowledge, through mythology and rituals, shows respect for the diversity of cosmologies that make up the same territory, in this case, the territory of the waters. In this way, this work proposes that traditional knowledge be taken as an example in the production of knowledge by modern science and in the production of public policies by the State
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Ética e estética de survivance na literatura e nas artes visuais indígenas contemporâneas do Canadá

Westphalen, Flávia Carpes January 2013 (has links)
O objetivo desta tese é retornar a um corpus artístico produzido em um contexto histórico extremamente ativo nas artes indígenas canadenses. Depois de uma primeira onda de ativismo político nos anos 1970, incorporada no movimento Red Power e na literatura da chamada Native American Renaissance, o final do século XX constituiu-se em um novo contexto de mobilização. Em grande medida impulsionada pela proximidade do aniversário de 500 anos da chegada de Colombo às Américas, uma nova geração de escritores e artistas visuais indígenas se engajou em reexaminar a história que levou a tal contexto. A publicação de suas obras coincidiu com um momento de extrema popularidade de estudos acadêmicos póscoloniais, pós-estruturalistas e focados em cultura e, consequentemente, foi extensamente analisada dessas perspectivas. Especialmente desde o início do século XXI, passaram a ser publicadas obras críticas de intelectuais indigenas nacionalistas, que se opõem a noções como hibridação e identidades fragmentadas para afirmar a especificidade dos diversos povos e culturas indígenas. Além disso, esses autores dedicam-se a produzir uma obra crítica engajada em refletir a longa história das tradições intelectuais e narrativas indigena, evidenciando que estas não se iniciaram com a colonização, com as residential schools – internatos para educação de indígenas – ou com a Native American Renaissance. A fim de refletir sobre esse contexto, localizo e relaciono as obras de Tomson Highway – escritor Cree – e Jim Logan – artista plástico Métis – na longa história da narrativa indígena. No segundo capítulo, introduzo o conceito de survivance do escritor Anishinaabe Gerald Vizenor e proponho que tal conceito pode servir de centro para a definição de uma ética e estética indígenas refletidas nas narrativas. Contrasto o referido conceito com alguns termos de teorias ocidentais sobre sobrevivência – experiência, trauma, testemunho – e considero suas limitações para tratar de obras fundadas em outras visões de mundo. Assim, também, busco na especificidade da cultura Anishinaabe o esclarecimento de como a teoria literária de survivance pode ser aplicada às artes visuais e, assim, ampliar o próprio conceito de narrativa. No terceiro capítulo, apresento o debate corrente na crítica indígena e trato de examinar os motivos pelos quais Gerald Vizenor é criticado na crítica nacionalista e explico como seu fazer artístico e crítico pode, de fato, revelar uma identidade Anishinaabe profundamente nacionalista, fundada na tradição. Em seguida, aplico os fundamentos da crítica nacionalista para examinar o romance Kiss of the Fur Queen e pinturas de Jim Logan, a fim de propor interpretações fundadas nas tradições culturais indígenas que foram em grande medida obscurecidas pela aplicação do marco teórico ocidental. Em conclusão, reflito sobre a importância das histórias de Criação, que aparecem como traço em todo o corpus artístico e crítico e proponho que a survivance pode servir de centro para a compreensão dos parâmetros éticos e estéticos que guiam os seus autores. / The aim of this thesis is to revisit an artistic corpus produced in an extremely active historical context in Canadian First Nations Art. After a first wave of political activism in the 1970s, embodied in the Red Power movement and the so-called Native American Renaissance, the late twentieth century gave new momentum to social engagement. Largely driven by the imminence of the 500th anniversary of Columbus' arrival to the Americas, a new generation of First Nation writers and visual artists engaged in revisiting the history leading to that scenario. The publication of their works coincided with a time when postcolonial, poststructuralist and cultural academic studies enjoyed especial popularity. Consequently, they have been extensively analyzed from these perspectives. Especially in the 21st century, an increasing body of criticism by Native American nationalist intellectuals has been published, questioning the implications of notions such as hybridization and postmodern, fragmented identities to assert the specificity of various indigenous peoples and cultures. Furthermore, these authors produce critical work geared to stressing the long history of indigenous intellectual and narratives traditions. Thus, they show that history did not begin with colonization, residential schools, or the Native American Renaissance. In order to reconsider this context, I locate the works of Cree author Tomson Highway and Métis painter Jim Logan in the long history of indigenous narrative. In Chapter 2, I introduce Gerald Vizenor’s concept of survivance and propose it can center an understanding of the ethics and aesthetics in Native American narratives. I confront the concept with key terms in Western theories on survival – namely, experience, trauma, testimony – and ponder on their limitations to study works founded on different worldviews. Thus, I also rely on the specificity of Anishinaabe culture to bridge the application of the literary theory of survivance to the visual arts and ultimately expand the concept of narrative. In Chapter 3, I present the current debate in Native American criticism and examine the reasons why Gerald Vizenor has criticized by nationalist critics. I then seek to expose how his creative and critical works may indeed be reflective of a deeply nationalist Anishinaabe identity, grounded in tradition. Finally, I seek to apply the principles of nationalist criticism to study Tomson Highway’s Kiss of the Fur Queen and paintings by Jim Logan in order to propose interpretations stemming from Native American cultural traditions which have been largely obscured by the application of Western theoretical frameworks. In conclusion, I reflect upon the importance of Creation stories as they appear as traces in the creative and critical corpus of this thesis and propose survivance can center the understanding of the ethical and aesthetic parameters guiding the authors.
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Ética e estética de survivance na literatura e nas artes visuais indígenas contemporâneas do Canadá

Westphalen, Flávia Carpes January 2013 (has links)
O objetivo desta tese é retornar a um corpus artístico produzido em um contexto histórico extremamente ativo nas artes indígenas canadenses. Depois de uma primeira onda de ativismo político nos anos 1970, incorporada no movimento Red Power e na literatura da chamada Native American Renaissance, o final do século XX constituiu-se em um novo contexto de mobilização. Em grande medida impulsionada pela proximidade do aniversário de 500 anos da chegada de Colombo às Américas, uma nova geração de escritores e artistas visuais indígenas se engajou em reexaminar a história que levou a tal contexto. A publicação de suas obras coincidiu com um momento de extrema popularidade de estudos acadêmicos póscoloniais, pós-estruturalistas e focados em cultura e, consequentemente, foi extensamente analisada dessas perspectivas. Especialmente desde o início do século XXI, passaram a ser publicadas obras críticas de intelectuais indigenas nacionalistas, que se opõem a noções como hibridação e identidades fragmentadas para afirmar a especificidade dos diversos povos e culturas indígenas. Além disso, esses autores dedicam-se a produzir uma obra crítica engajada em refletir a longa história das tradições intelectuais e narrativas indigena, evidenciando que estas não se iniciaram com a colonização, com as residential schools – internatos para educação de indígenas – ou com a Native American Renaissance. A fim de refletir sobre esse contexto, localizo e relaciono as obras de Tomson Highway – escritor Cree – e Jim Logan – artista plástico Métis – na longa história da narrativa indígena. No segundo capítulo, introduzo o conceito de survivance do escritor Anishinaabe Gerald Vizenor e proponho que tal conceito pode servir de centro para a definição de uma ética e estética indígenas refletidas nas narrativas. Contrasto o referido conceito com alguns termos de teorias ocidentais sobre sobrevivência – experiência, trauma, testemunho – e considero suas limitações para tratar de obras fundadas em outras visões de mundo. Assim, também, busco na especificidade da cultura Anishinaabe o esclarecimento de como a teoria literária de survivance pode ser aplicada às artes visuais e, assim, ampliar o próprio conceito de narrativa. No terceiro capítulo, apresento o debate corrente na crítica indígena e trato de examinar os motivos pelos quais Gerald Vizenor é criticado na crítica nacionalista e explico como seu fazer artístico e crítico pode, de fato, revelar uma identidade Anishinaabe profundamente nacionalista, fundada na tradição. Em seguida, aplico os fundamentos da crítica nacionalista para examinar o romance Kiss of the Fur Queen e pinturas de Jim Logan, a fim de propor interpretações fundadas nas tradições culturais indígenas que foram em grande medida obscurecidas pela aplicação do marco teórico ocidental. Em conclusão, reflito sobre a importância das histórias de Criação, que aparecem como traço em todo o corpus artístico e crítico e proponho que a survivance pode servir de centro para a compreensão dos parâmetros éticos e estéticos que guiam os seus autores. / The aim of this thesis is to revisit an artistic corpus produced in an extremely active historical context in Canadian First Nations Art. After a first wave of political activism in the 1970s, embodied in the Red Power movement and the so-called Native American Renaissance, the late twentieth century gave new momentum to social engagement. Largely driven by the imminence of the 500th anniversary of Columbus' arrival to the Americas, a new generation of First Nation writers and visual artists engaged in revisiting the history leading to that scenario. The publication of their works coincided with a time when postcolonial, poststructuralist and cultural academic studies enjoyed especial popularity. Consequently, they have been extensively analyzed from these perspectives. Especially in the 21st century, an increasing body of criticism by Native American nationalist intellectuals has been published, questioning the implications of notions such as hybridization and postmodern, fragmented identities to assert the specificity of various indigenous peoples and cultures. Furthermore, these authors produce critical work geared to stressing the long history of indigenous intellectual and narratives traditions. Thus, they show that history did not begin with colonization, residential schools, or the Native American Renaissance. In order to reconsider this context, I locate the works of Cree author Tomson Highway and Métis painter Jim Logan in the long history of indigenous narrative. In Chapter 2, I introduce Gerald Vizenor’s concept of survivance and propose it can center an understanding of the ethics and aesthetics in Native American narratives. I confront the concept with key terms in Western theories on survival – namely, experience, trauma, testimony – and ponder on their limitations to study works founded on different worldviews. Thus, I also rely on the specificity of Anishinaabe culture to bridge the application of the literary theory of survivance to the visual arts and ultimately expand the concept of narrative. In Chapter 3, I present the current debate in Native American criticism and examine the reasons why Gerald Vizenor has criticized by nationalist critics. I then seek to expose how his creative and critical works may indeed be reflective of a deeply nationalist Anishinaabe identity, grounded in tradition. Finally, I seek to apply the principles of nationalist criticism to study Tomson Highway’s Kiss of the Fur Queen and paintings by Jim Logan in order to propose interpretations stemming from Native American cultural traditions which have been largely obscured by the application of Western theoretical frameworks. In conclusion, I reflect upon the importance of Creation stories as they appear as traces in the creative and critical corpus of this thesis and propose survivance can center the understanding of the ethical and aesthetic parameters guiding the authors.
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Ética e estética de survivance na literatura e nas artes visuais indígenas contemporâneas do Canadá

Westphalen, Flávia Carpes January 2013 (has links)
O objetivo desta tese é retornar a um corpus artístico produzido em um contexto histórico extremamente ativo nas artes indígenas canadenses. Depois de uma primeira onda de ativismo político nos anos 1970, incorporada no movimento Red Power e na literatura da chamada Native American Renaissance, o final do século XX constituiu-se em um novo contexto de mobilização. Em grande medida impulsionada pela proximidade do aniversário de 500 anos da chegada de Colombo às Américas, uma nova geração de escritores e artistas visuais indígenas se engajou em reexaminar a história que levou a tal contexto. A publicação de suas obras coincidiu com um momento de extrema popularidade de estudos acadêmicos póscoloniais, pós-estruturalistas e focados em cultura e, consequentemente, foi extensamente analisada dessas perspectivas. Especialmente desde o início do século XXI, passaram a ser publicadas obras críticas de intelectuais indigenas nacionalistas, que se opõem a noções como hibridação e identidades fragmentadas para afirmar a especificidade dos diversos povos e culturas indígenas. Além disso, esses autores dedicam-se a produzir uma obra crítica engajada em refletir a longa história das tradições intelectuais e narrativas indigena, evidenciando que estas não se iniciaram com a colonização, com as residential schools – internatos para educação de indígenas – ou com a Native American Renaissance. A fim de refletir sobre esse contexto, localizo e relaciono as obras de Tomson Highway – escritor Cree – e Jim Logan – artista plástico Métis – na longa história da narrativa indígena. No segundo capítulo, introduzo o conceito de survivance do escritor Anishinaabe Gerald Vizenor e proponho que tal conceito pode servir de centro para a definição de uma ética e estética indígenas refletidas nas narrativas. Contrasto o referido conceito com alguns termos de teorias ocidentais sobre sobrevivência – experiência, trauma, testemunho – e considero suas limitações para tratar de obras fundadas em outras visões de mundo. Assim, também, busco na especificidade da cultura Anishinaabe o esclarecimento de como a teoria literária de survivance pode ser aplicada às artes visuais e, assim, ampliar o próprio conceito de narrativa. No terceiro capítulo, apresento o debate corrente na crítica indígena e trato de examinar os motivos pelos quais Gerald Vizenor é criticado na crítica nacionalista e explico como seu fazer artístico e crítico pode, de fato, revelar uma identidade Anishinaabe profundamente nacionalista, fundada na tradição. Em seguida, aplico os fundamentos da crítica nacionalista para examinar o romance Kiss of the Fur Queen e pinturas de Jim Logan, a fim de propor interpretações fundadas nas tradições culturais indígenas que foram em grande medida obscurecidas pela aplicação do marco teórico ocidental. Em conclusão, reflito sobre a importância das histórias de Criação, que aparecem como traço em todo o corpus artístico e crítico e proponho que a survivance pode servir de centro para a compreensão dos parâmetros éticos e estéticos que guiam os seus autores. / The aim of this thesis is to revisit an artistic corpus produced in an extremely active historical context in Canadian First Nations Art. After a first wave of political activism in the 1970s, embodied in the Red Power movement and the so-called Native American Renaissance, the late twentieth century gave new momentum to social engagement. Largely driven by the imminence of the 500th anniversary of Columbus' arrival to the Americas, a new generation of First Nation writers and visual artists engaged in revisiting the history leading to that scenario. The publication of their works coincided with a time when postcolonial, poststructuralist and cultural academic studies enjoyed especial popularity. Consequently, they have been extensively analyzed from these perspectives. Especially in the 21st century, an increasing body of criticism by Native American nationalist intellectuals has been published, questioning the implications of notions such as hybridization and postmodern, fragmented identities to assert the specificity of various indigenous peoples and cultures. Furthermore, these authors produce critical work geared to stressing the long history of indigenous intellectual and narratives traditions. Thus, they show that history did not begin with colonization, residential schools, or the Native American Renaissance. In order to reconsider this context, I locate the works of Cree author Tomson Highway and Métis painter Jim Logan in the long history of indigenous narrative. In Chapter 2, I introduce Gerald Vizenor’s concept of survivance and propose it can center an understanding of the ethics and aesthetics in Native American narratives. I confront the concept with key terms in Western theories on survival – namely, experience, trauma, testimony – and ponder on their limitations to study works founded on different worldviews. Thus, I also rely on the specificity of Anishinaabe culture to bridge the application of the literary theory of survivance to the visual arts and ultimately expand the concept of narrative. In Chapter 3, I present the current debate in Native American criticism and examine the reasons why Gerald Vizenor has criticized by nationalist critics. I then seek to expose how his creative and critical works may indeed be reflective of a deeply nationalist Anishinaabe identity, grounded in tradition. Finally, I seek to apply the principles of nationalist criticism to study Tomson Highway’s Kiss of the Fur Queen and paintings by Jim Logan in order to propose interpretations stemming from Native American cultural traditions which have been largely obscured by the application of Western theoretical frameworks. In conclusion, I reflect upon the importance of Creation stories as they appear as traces in the creative and critical corpus of this thesis and propose survivance can center the understanding of the ethical and aesthetic parameters guiding the authors.
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Seguir, ou sair de sua história: ramificação e antagonismos narrativos entre os Paiter Suruí (tupi-mondé) / Suivre, ou sortir de son histoire: ramification et antagonismes narratifs chez les Paiter Suruí (tupi-mondé)

Renesse, Nicodème 12 June 2017 (has links)
Esta tese se debruça sobre os modos suruí de construção e comunicação do conhecimento veiculadas pela produção de narrativas. Entre os Suruí, os ensinamentos extraídos de uma série de fatos acontecidos compondo o que eles chamam, cada um por si, de sua \"história\" constituem a essência do conhecimento de origem humana. Esses ensinamentos podem ser veiculados de diversas maneiras, que incluem performances verbais e não verbais, mas, na medida em que as modalidades mais codificadas, como o desempenho de certos papéis cerimoniais e guerreiros, deixaram de ter curso, ou de ter curso regularmente, são hoje essencialmente os relatos e outras formas narrativas que assumem este papel. Ora, os mesmos acontecimentos engendram ensinamentos, logo, relatos diferentes em função do contexto, do interlocutor e da pessoa que os evoca. Diante da multiplicação das versões, a tese se propõe a examinar as condições da elaboração narrativa pelos diferentes atores não de uma perspectiva teleológica, enquanto estratégia ou modalidade de ação social ou política, mas de uma perspectiva epistemológica: em virtude de quais princípios um relato pode variar e, ainda assim, ou justamente por isso, satisfazer os requisitos epistemológicos em função dos quais ele pode pretender veicular um conhecimento, e sobre que base uma determinada configuração do relato pode oferecer para seu narrador uma solução ao problema que a elaboração narrativa visava resolver em primeiro lugar? A análise enseja mostrar que as divergências e os antagonismos entre as versões são produzidos ao explorar as propriedades dos eventos tais como os Suruí pensam a noção de evento. Sob este ângulo, o discurso e a produção narrativa deixam de ser modalidades de ação sobre a configuração social e política, mas é a própria configuração social e política que procede desta maneira particular como os Suruí pensam o acontecimento, a qual também engendra a produção narrativa. / Cette thèse examine les modes suruí de construction et d\'élaboration du savoir véhiculées par la production de récits. Chez les Suruí, les enseignements tirés d\'une série de faits accomplis qui composent ce qu\'ils appellent chacun pour soi leur \"histoire\" constituent l\'essence même du savoir d\'origine humaine. Ces enseignements peuvent être véhiculés de plusieurs manières, notamment par des actes verbaux et non verbaux, mais dans la mesure où les formes les plus codifiées telles que l\'exécution de certains rôles rituels et guerriers ont pratiquement disparues, ce sont aujourd\'hui essentiellement les récits et autres formes d\'expression narrative qui assument ce rôle. Or les mêmes faits produisent des enseignements, donc des récits très différents selon la personne qui les évoque, ainsi que les circonstances et la personne à qui ces récits sont adressés. Face à la multiplication des versions, la thèse se propose d\'examiner les conditions d\'élaboration narrative par les différents acteurs non d\'un point de vue téléologique, en tant que stratégie ou modalité d\'action sociale ou politique, mais d\'un point de vue épistémologique: en vertu de quels principes un récit peut-il varier et, malgré cela, ou justement grâce à cela, satisfaire aux exigences épistémologiques en fonction desquelles il peut prétendre véhiculer un savoir, et de quelle manière une configuration précise du récit peut-elle représenter pour son narrateur une solution au problème que l\'élaboration narrative visait à résoudre en premier lieu? Il s\'agit par là de montrer que les divergences et les antagonismes entre les récits sont produits en exploitant les propriétés des événements tels que les Suruí conçoivent la notion d\'événement. Sous cet angle, le discours et la production narrative ne sont plus des modalités d\'action sur la configuration sociale et politique, mais c\'est la configuration sociale et politique qui est elle-même issue de cette façon particulière dont les Suruí pensent l\'événement, laquelle engendre également la production narrative.

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