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Por cima do mar eu vim, por cima do mar eu vou voltar : políticas angoleiras em performance na circulação Brasil-França

Gravina, Heloisa Corrêa January 2010 (has links)
Ce travail est une expérimentation ethnographique du monde de la capoeira Angola transnational basée sur le choix méthodologique de suivre les flux de personnes, de pratiques, d'idées et d'images dans le transit Brésil-France. Je conçois ce monde comme un paysage (dans le sens proposé par Appadurai), approprié et agencé de manière dynamique à partir de chaque contexte spécifique. Le paradigme de la performance en anthropologie fournit le cadre théorique pour l'ensemble de la recherche. En dynamisant sa caractéristique de collaboration entre disciplines, j'explore spécialement le potentiel des savoirs, techniques et procédés anthropologiques en inter-locution avec ceux de la danse. Dans ce dialogue, je m'inscris dans la tradition de l'anthropologie de la performance (et de la danse contemporaine) pour mettre en question la place du corps dans la production de savoir. Dans ce sens, je considère mon investissement dans l'apprentissage de la capoeira Angola comme partie intégrante de la méthode ethnographique, poursuivant une ethnographie à partir du corps. Le terme « expérimentation », dans ce cas; se réfère tant au caractère expérimental du projet qu'à la dimension de l'expérience comme instance réflexive. J'organise le texte à la façon d'un parcours narratif passant par différents points de vue qui configurent cet univers plus vaste – le paysage – de la capoeira Angola: un voyage initiatique à Salvador de Bahia, avec l'accueil du Grupo Nzinga de Capoeira Angola; le processus quotidien d'apprentissage de la pratique – entraînements, rondes, rencontres – au sein de l'Escola de Capoeira Angola Áfricanamente, à Porto Alegre, et les dynamiques de la circulation internationale, vécues à partir du groupe Filhos de Angola, à Marseille (France). Au long de ce parcours, je mobilise les notions-clefs de corporéité (Csordas), corpsconscience (Gil) et performance (Turner) pour comprendre les dynamiques de l'expérience corporelle en tant que constitution du sujet dans le monde et du monde dans le sujet. J'articule le vécu spécifique du corps dans l'espace circonscrit de la ronde de capoeira avec les différents contextes sociaux et politiques en interaction avec cette pratique dans le monde contemporain. Au travers des circulations qu'elle promeut, la capoeira inscrit de nouveaux espaces – imaginaires et concrets – de France, Brésil et Afrique dans l'expérience corporelle des pratiquants. Je conçois la capoeira Angola comme une pratique diasporique noire, dans les termes proposés par Paul Gilroy. J'observe l'engagement des pratiquants dans la lutte antiraciste au travers de la capoeira. A partir des spécificités de la pratique elle-même – le transit, la circularité, la réversibilité – j'explore également son potentiel politique, en tant que piste pour désessentialiser des catégories (corps-esprit, blancs-noirs, esthétique-politique) et inscrire des espaces disruptifs (Bhabha) capables de faire émerger des narratives divergentes au sein d'une modernité occidentale hégémonique. / Este trabalho é uma experimentação etnográfica do mundo da capoeira Angola transnacional baseada na escolha metodológica de seguir os fluxos de pessoas, práticas, ideias e imagens na circulação Brasil-França. Compreendo esse mundo como uma paisagem (no sentido proposto por Appadurai), apropriada e agenciada dinamicamente a partir de cada contexto. O paradigma da performance na antropologia é o enquadramento teórico para a pesquisa como um todo. Dinamizando sua própria característica de colaboração entre disciplinas, exploro especialmente o potencial dos saberes, técnicas e procedimentos antropológicos em interlocução com os da dança. Pretendo, neste diálogo, seguir a tradição da antropologia da performance (e da dança contemporânea) enquanto ferramenta para problematizar o lugar do corpo na produção de conhecimento. Nesse sentido, incluí meu investimento no aprendizado da capoeira Angola como parte do método etnográfico, buscando uma etnografia desde o corpo. “Experimentação”, nesse caso, refere-se tanto ao caráter experimental do projeto quanto à dimensão da experiência enquanto instância reflexiva. Organizo o texto como um percurso narrativo por diferentes pontos de vista que configuram esse mapa mais amplo – a paisagem – da capoeira Angola: uma viagem iniciática a Salvador, experimentada sob a acolhida do Grupo Nzinga de Capoeira Angola; o processo diário de aprendizado da prática – treinos, rodas, convivência – na Áfricanamente Escola de Capoeira Angola, em Porto Alegre, e as dinâmicas da circulação internacional, vividas a partir do grupo Filhos de Angola, em Marseille (França). Ao longo do percurso, mobilizo as noções-chave de corporeidade (Csordas), corpoconsciência (Gil) e performance (Turner) para compreender as dinâmicas da experiência corporal enquanto constituição do sujeito no mundo e do mundo no sujeito. Articulo a vivência específica do corpo no espaço circunscrito da roda de capoeira com os diferentes contextos sociais e políticos em interação com esta prática hoje. Através das circulações que promove, a capoeira inscreve novos espaços – imaginários e concretos – de França, Brasil e África na experiência corporal dos praticantes. Compreendo a capoeira Angola como uma prática diaspórica negra, nos termos colocados por Paul Gilroy. Observo o engajamento dos praticantes na luta antirracista através da capoeira. A partir das especifidades da própria prática – o trânsito, a circularidade, a reversibilidade – exploro também seu potencial político como via para desessencializar categorias (corpo-mente, brancos-negros, estético-político) e inscrever espaços disruptivos (Bhabha) capazes de propiciar a emergência de narrativas divergentes no seio de uma modernidade ocidental hegemônica. / This thesis stands as a form of ethnographically experience transnational Capoeira Angola. The methodology that serves as a basis for this work includes following the fluxes of people, practices, ideas and images along the France-Brazil circuit. I understand this realm of capoeira as a landscape as in Appadurai´s work; that is, dynamically held and managed from specific contexts. The research as a whole is framed within the performance paradigm in anthropology. As I bring diverse disciplines together in an effort to enhance the very spirit of the performance theory – its collaboration among disciplines – I explore the anthropological knowledge, techniques and procedures as they engage in a dialogue with the realm of dancing. I, therefore, follow the traditions of both anthropology of performance and contemporary dance as a means of problematizing the lieu of the body in the production knowledge. Therefore, I included my own learning of Capoeira Angola as a part of the ethnographic method, in a search for an ethnography from the body. Thus, the term experience refers both to the experimental character of this project and to its reflexive dimension as well. The text is organized in such a way that it moves through the diverse viewpoints that configure the broader map of the landscape of capoeira: an initial encounter with the realm of capoeira aided by the Grupo Nzinga de Capoeira Angola, in the city of Salvador, was followed by daily training sections and experience sharing with Africanamente Escola de Capoeira Angola, in the city of Porto Alegre. The process ended with the experiencing of the international circuit dynamics in a Marseille-based group named Filhos de Angola. Along the process, I resorted to the notions of embodiment (Csordas), corporal awareness (Gil) and performance (Turner), in order to comprehend the dynamics of corporal experience as a composition of an in-the-world-subject and of the world that dwells within this subject. I articulate the specific experience of the body, as it is circumscribed to the capoeira circle, with the diverse social and political contexts that presently interact with the practice of capoeira. In the face of the international circulation that the practice of capoeira encourages, the practice of capoeira installs imaginary and concrete spaces of Africa, France and Brazil on the subjects´corporal experiences. I understand capoeira as a black and diasporic practice, as in Paul Gilroy´s works. I point to the subjects´ engagement in the struggle against racism through the practice of capoeira. On the bases of the specificities of the capoeira practice – transit, circularity and reversibility – I also explore its political potentiality as a means of dismantling certain long essentialized categories (body-mind, black-white, aesthetic-politic) and install disruptive spaces (Bhabha) that can enable the arousal of diverse narratives in the core of an hegemonic western modernity.
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Por cima do mar eu vim, por cima do mar eu vou voltar : políticas angoleiras em performance na circulação Brasil-França

Gravina, Heloisa Corrêa January 2010 (has links)
Ce travail est une expérimentation ethnographique du monde de la capoeira Angola transnational basée sur le choix méthodologique de suivre les flux de personnes, de pratiques, d'idées et d'images dans le transit Brésil-France. Je conçois ce monde comme un paysage (dans le sens proposé par Appadurai), approprié et agencé de manière dynamique à partir de chaque contexte spécifique. Le paradigme de la performance en anthropologie fournit le cadre théorique pour l'ensemble de la recherche. En dynamisant sa caractéristique de collaboration entre disciplines, j'explore spécialement le potentiel des savoirs, techniques et procédés anthropologiques en inter-locution avec ceux de la danse. Dans ce dialogue, je m'inscris dans la tradition de l'anthropologie de la performance (et de la danse contemporaine) pour mettre en question la place du corps dans la production de savoir. Dans ce sens, je considère mon investissement dans l'apprentissage de la capoeira Angola comme partie intégrante de la méthode ethnographique, poursuivant une ethnographie à partir du corps. Le terme « expérimentation », dans ce cas; se réfère tant au caractère expérimental du projet qu'à la dimension de l'expérience comme instance réflexive. J'organise le texte à la façon d'un parcours narratif passant par différents points de vue qui configurent cet univers plus vaste – le paysage – de la capoeira Angola: un voyage initiatique à Salvador de Bahia, avec l'accueil du Grupo Nzinga de Capoeira Angola; le processus quotidien d'apprentissage de la pratique – entraînements, rondes, rencontres – au sein de l'Escola de Capoeira Angola Áfricanamente, à Porto Alegre, et les dynamiques de la circulation internationale, vécues à partir du groupe Filhos de Angola, à Marseille (France). Au long de ce parcours, je mobilise les notions-clefs de corporéité (Csordas), corpsconscience (Gil) et performance (Turner) pour comprendre les dynamiques de l'expérience corporelle en tant que constitution du sujet dans le monde et du monde dans le sujet. J'articule le vécu spécifique du corps dans l'espace circonscrit de la ronde de capoeira avec les différents contextes sociaux et politiques en interaction avec cette pratique dans le monde contemporain. Au travers des circulations qu'elle promeut, la capoeira inscrit de nouveaux espaces – imaginaires et concrets – de France, Brésil et Afrique dans l'expérience corporelle des pratiquants. Je conçois la capoeira Angola comme une pratique diasporique noire, dans les termes proposés par Paul Gilroy. J'observe l'engagement des pratiquants dans la lutte antiraciste au travers de la capoeira. A partir des spécificités de la pratique elle-même – le transit, la circularité, la réversibilité – j'explore également son potentiel politique, en tant que piste pour désessentialiser des catégories (corps-esprit, blancs-noirs, esthétique-politique) et inscrire des espaces disruptifs (Bhabha) capables de faire émerger des narratives divergentes au sein d'une modernité occidentale hégémonique. / Este trabalho é uma experimentação etnográfica do mundo da capoeira Angola transnacional baseada na escolha metodológica de seguir os fluxos de pessoas, práticas, ideias e imagens na circulação Brasil-França. Compreendo esse mundo como uma paisagem (no sentido proposto por Appadurai), apropriada e agenciada dinamicamente a partir de cada contexto. O paradigma da performance na antropologia é o enquadramento teórico para a pesquisa como um todo. Dinamizando sua própria característica de colaboração entre disciplinas, exploro especialmente o potencial dos saberes, técnicas e procedimentos antropológicos em interlocução com os da dança. Pretendo, neste diálogo, seguir a tradição da antropologia da performance (e da dança contemporânea) enquanto ferramenta para problematizar o lugar do corpo na produção de conhecimento. Nesse sentido, incluí meu investimento no aprendizado da capoeira Angola como parte do método etnográfico, buscando uma etnografia desde o corpo. “Experimentação”, nesse caso, refere-se tanto ao caráter experimental do projeto quanto à dimensão da experiência enquanto instância reflexiva. Organizo o texto como um percurso narrativo por diferentes pontos de vista que configuram esse mapa mais amplo – a paisagem – da capoeira Angola: uma viagem iniciática a Salvador, experimentada sob a acolhida do Grupo Nzinga de Capoeira Angola; o processo diário de aprendizado da prática – treinos, rodas, convivência – na Áfricanamente Escola de Capoeira Angola, em Porto Alegre, e as dinâmicas da circulação internacional, vividas a partir do grupo Filhos de Angola, em Marseille (França). Ao longo do percurso, mobilizo as noções-chave de corporeidade (Csordas), corpoconsciência (Gil) e performance (Turner) para compreender as dinâmicas da experiência corporal enquanto constituição do sujeito no mundo e do mundo no sujeito. Articulo a vivência específica do corpo no espaço circunscrito da roda de capoeira com os diferentes contextos sociais e políticos em interação com esta prática hoje. Através das circulações que promove, a capoeira inscreve novos espaços – imaginários e concretos – de França, Brasil e África na experiência corporal dos praticantes. Compreendo a capoeira Angola como uma prática diaspórica negra, nos termos colocados por Paul Gilroy. Observo o engajamento dos praticantes na luta antirracista através da capoeira. A partir das especifidades da própria prática – o trânsito, a circularidade, a reversibilidade – exploro também seu potencial político como via para desessencializar categorias (corpo-mente, brancos-negros, estético-político) e inscrever espaços disruptivos (Bhabha) capazes de propiciar a emergência de narrativas divergentes no seio de uma modernidade ocidental hegemônica. / This thesis stands as a form of ethnographically experience transnational Capoeira Angola. The methodology that serves as a basis for this work includes following the fluxes of people, practices, ideas and images along the France-Brazil circuit. I understand this realm of capoeira as a landscape as in Appadurai´s work; that is, dynamically held and managed from specific contexts. The research as a whole is framed within the performance paradigm in anthropology. As I bring diverse disciplines together in an effort to enhance the very spirit of the performance theory – its collaboration among disciplines – I explore the anthropological knowledge, techniques and procedures as they engage in a dialogue with the realm of dancing. I, therefore, follow the traditions of both anthropology of performance and contemporary dance as a means of problematizing the lieu of the body in the production knowledge. Therefore, I included my own learning of Capoeira Angola as a part of the ethnographic method, in a search for an ethnography from the body. Thus, the term experience refers both to the experimental character of this project and to its reflexive dimension as well. The text is organized in such a way that it moves through the diverse viewpoints that configure the broader map of the landscape of capoeira: an initial encounter with the realm of capoeira aided by the Grupo Nzinga de Capoeira Angola, in the city of Salvador, was followed by daily training sections and experience sharing with Africanamente Escola de Capoeira Angola, in the city of Porto Alegre. The process ended with the experiencing of the international circuit dynamics in a Marseille-based group named Filhos de Angola. Along the process, I resorted to the notions of embodiment (Csordas), corporal awareness (Gil) and performance (Turner), in order to comprehend the dynamics of corporal experience as a composition of an in-the-world-subject and of the world that dwells within this subject. I articulate the specific experience of the body, as it is circumscribed to the capoeira circle, with the diverse social and political contexts that presently interact with the practice of capoeira. In the face of the international circulation that the practice of capoeira encourages, the practice of capoeira installs imaginary and concrete spaces of Africa, France and Brazil on the subjects´corporal experiences. I understand capoeira as a black and diasporic practice, as in Paul Gilroy´s works. I point to the subjects´ engagement in the struggle against racism through the practice of capoeira. On the bases of the specificities of the capoeira practice – transit, circularity and reversibility – I also explore its political potentiality as a means of dismantling certain long essentialized categories (body-mind, black-white, aesthetic-politic) and install disruptive spaces (Bhabha) that can enable the arousal of diverse narratives in the core of an hegemonic western modernity.
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Corporeidade, cultura e territorialidades negras: a Congada em Catalão Goiás / Mode de réalisation, de la culture noire et de la territorialité: une Congada dans Catalão - Goiás

RODRIGUES, Ana Paula Costa 04 July 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-29T15:32:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ana Paula Costa 1.pdf: 3539425 bytes, checksum: b34edab816d37038d9df8c8316693dc3 (MD5) Previous issue date: 2008-07-04 / L espace public au Brésil est marqué pour les differences sociales, ethniques, raciales, de genre, de l âge et d autres, en constituant territorialités fixes ou transitoires. La corporéité, aussi differencée pour la condition sociale, appartenance ethnique-raciale, de genre et de l âge, deviens um elément central dans cette observation du processus de l apropriation de l espace. Cet dissertation montre la relation entre corporalité noire et l espace public dans la congada à Catalão, vue comme um rituel du catolicisme afro-brésilien avec la fête de Nossa Senhora do Rosário. Il s agit d une étude geografique d une expression culturelle d origine noir. A partir des dernières décades la géographie passe a s interesser pour la complexité et l espeficité des différentiations culturelles à l espace. Au commencement, les espaces publics devraient être lieux où tous étaient égales, mais la population noire brésilienne, qui porte dans leur corps une trajectoire de racisme, ne vie pas ces espaces de la même façon que la population blanche. Dans la fête de Nossa Senhora do Rosário la population noire, par moyen de la congada, des groupes noirs avec participation de personnes d autres appartenances ethniques e raciales, délimitent avec leur corporéité un territoire que s'il exprime au moyen d'une territorialité. Ainsi, on peut considérer que la congada n est pas seuleument une manifestation réligieuse, mais aussi une expression de la culture brésilienne et noire ou on observe des rélations de pouvoir. / O espaço público no Brasil é marcado pelas diferenças sociais, étnico-raciais, de gênero, faixa etária e outras, constituindo por vezes territorialidades fixas ou transitórias. A corporeidade, também diferenciada por condição social, pertencimento étnico-racial, gênero, faixa etária, torna-se um elemento central nessa observação do processo de apropriação do espaço. A pesquisa focaliza a relação entre corporeidade e cultura negras e o espaço público na congada de Catalão, realizada em meio a Festa de Nossa Senhora do Rosário. Trata-se de um estudo geográfico de uma expressão cultural de origem negra. Em princípio, os espaços públicos devem ser locais nos quais os direitos de todos devem ser iguais, mas a população negra brasileira por trazer em seu corpo toda uma trajetória de racismo, não vivencia estes espaços da mesma maneira que a população branca. Em todo o sudeste goiano há congadas, mas a de Catalão é a que tem maior visibilidade e apelo turístico. No entanto, a população negra não está devidamente representada nos segmentos de decisão econômicos, políticos e culturais do município. Na Festa de Nossa Senhora do Rosário, por meio da congada, grupos negros com participação de pessoas de outros pertencimentos étnicos e raciais, demarcam com sua corporeidade um território que se expressa por meio de uma territorialidade. Desta forma podemos considerar que a congada não é somente uma manifestação religiosa, mas também uma expressão da cultura brasileira e negra na qual se observam relações de poder.
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Le corps transcendantal comme site de production d'injustices épistémiques

Pierre-Jérôme, Yanie 08 1900 (has links)
La visée de ce mémoire est d’explorer la manière dont la notion de schéma corporel proposée par Merleau-Ponty et Fanon permet de faire la lumière sur le type d’injustices épistémiques que vivent les personnes noires. Le rapport entre corps et conscience permet d’informer la magnitude des injustices expérimentées par les individus de ce groupe. Le corps comme site de transcendance tel que présenté par Merleau-Ponty permet de lier la conscience et la corporéité de manière si indissociable qu’il devient nécessaire de considérer l’aspect purement physique de l’expérience vécue. La production de connaissance et la reconnaissance de cette dernière par autrui est aussi intimement liée à notre capacité à reconnaitre la personne devant nous comme un sujet et non simplement un objet. L’approche existentialiste de la rencontre avec l’Autre dans un espace où tous deux sont sujets de leur propre réalité permet d’illuminer une partie de la discussion sur les différents types de discrimination et d’injustice. La place des stéréotypes, des habitudes corporelles et de l’agentivité épistémique dans la sphère intersubjective nous permettra d’utiliser ces concepts pour tracer le pont entre corporéité transcendantale et injustices épistémiques. La question de l’authenticité noire nous permettra de mettre de l’avant une argumentation qui établit l’hésitation et la marge comme des éléments clés d’une société démocratique inclusive. La culture de la diversité et la résistance sont donc nécessaires pour le maintien de la tension qui permet le développement d’agent épistémique responsable et vertueux dans nos sociétés démocratiques. / The aim of this thesis is to explore how the notion of body schema proposed by Merleau-Ponty and Fanon sheds light on the type of epistemic injustices that black people experience. The relationship between body and consciousness helps inform the magnitude of the injustices experienced by individuals in this group. The body as a site of transcendence as presented by Merleau-Ponty makes it possible to link consciousness and corporeality in such a way that it becomes necessary to consider the purely physical aspect of the lived experience. The production of knowledge and the recognition of it by others is also intimately linked to our ability to recognize the person in front of us as a subject and not simply an object. The existentialist approach to encountering the Other in a space where both are subjects of their own reality helps illuminate part of the discussion about different types of discrimination and injustice. The place of stereotypes, bodily habits and epistemic agency in the intersubjective sphere will allow us to use these concepts to bridge the gap between body schema and epistemic injustices. The issue of black authenticity will allow us to put forward an argument that establishes hesitation and margin as key elements of an inclusive democratic society. The culture of diversity and resistance are therefore necessary for the conservation of the tension which allows the development of responsible and virtuous epistemic agent in our democratic societies.
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Not just drunks : agency and aspirations of Eeyou drinkers in Chisasibi, Quebec

Vallée, Jacky 10 1900 (has links)
La présente recherche vise à ajouter la vision et l’expérience de vie des buveurs autochtones à la littérature anthropologique portant sur ces derniers. La documentation publiée à ce jour démontre un lien entre les habitudes de consommation d’alcool chez les autochtones et les conséquences de siècles de perturbations coloniales. Toutefois, la perception qu’ont les buveurs autochtones demeure absente de ces ouvrages d’analyse. Des entrevues, des observations participatives et des analyses par les médias locaux ont été menées entre 2010 et 2011 dans la communauté crie (eeyou) de Chisasibi, au Québec, auprès de membres répondants de la communauté prenant part à un large éventail d’habitudes relatives à l’alcool. Une attention particulière a été portée aux Eeyouch âgés de 18 à 60 ans se définissant eux-mêmes comme des buveurs d’alcool. Une approche phénoménologique axée sur l’expérience vécue et sur les concepts d’agentivité et de corporéité a été utilisée pour démontrer la manière dont les buveurs interagissent avec les idées et les personnes pour donner un sens à leurs expériences et à leurs identités. La possession et la consommation d’alcool sont interdites à Chisasibi et l’opinion générale au sein de la communauté est que l’alcool est à la fois un résultat et un facteur de perturbation sociale et culturelle. La recherche a démontré que de nombreux membres de la communauté craignent d’interagir avec des individus en état d’ébriété, tout en ressentant de la compassion à leur égard en raison des traumatismes intergénérationnels qu’ils ont vécus. Les participants à la recherche qui se sont définis comme des buveurs actuels ou anciens ont exprimé des sentiments positifs associés à la consommation d’alcool et à l’ivresse, tout en reconnaissant que leurs raisons de boire découlaient d’émotions douloureuses liées aux effets de la colonisation sur leur communauté et leurs familles. Au cours des observations participatives et des entrevues, ces participants ont exprimé une certaine prise de décision par rapport à leur choix de boire; la plupart d’entre eux ont estimé qu’ils avaient le droit et la capacité de choisir, et beaucoup considèrent qu’une consommation responsable demeure possible. En outre, lorsqu’ils décident d’arrêter ou de réduire leur consommation d’alcool, ils mesurent la moralité de leurs actions par rapport aux normes et aux valeurs locales. Malgré l’opinion populaire selon laquelle les gens ne sont pas eux-mêmes lorsqu’ils sont ivres, ils ont revendiqué la responsabilité de leur choix de boire et de leurs actions lorsqu’ils étaient ivres. Enfin, ces participants se sont qualifiés eux-mêmes en termes qui allaient au-delà de celui de buveur et qui étaient axés sur le maintien de la culture eeyoue, l’épanouissement spirituel ou religieux, les rôles familiaux et la réussite professionnelle. / This research aimed to add the perspectives and life experiences of Indigenous drinkers to the anthropological literature on Indigenous drinking. Existing literature demonstrates links between current rates and patterns of drinking and centuries of colonial disruption. However, the perspectives of drinkers are largely absent from these analyses. Interviews, participant-observation, and an analysis of local media were conducted in the Eeyou (Cree) community of Chisasibi, Quebec, from 2010 to 2011 with interested community members of all drinking statuses. A focus was placed on the experiences of Eeyouch between the ages of 18 and 60 who identified as current or former drinkers. A phenomenological approach, focusing on lived experience, and the concepts of agency and embodiment were employed to demonstrate the ways in which drinkers interact with ideas and people to give meaning to their experiences and identities. Possession and consumption of alcohol are banned in Chisasibi, and the dominant community view is that alcohol is both a result of and contributor to social and cultural disruption. Research demonstrated that many community members feared interacting with drunken individuals while expressing compassion toward them due to their own experiences of inter-generational trauma. Research participants who identified as current and former drinkers expressed positive feelings associated with drinking and drunkenness, while recognizing that their reasons for drinking stemmed from painful emotions related to the impacts of colonization on their community and families. During both participant-observation and interviews, these participants expressed a sense of volition in relation to their choice to drink; most participants felt that they had the right and capacity to choose, and many felt that responsible drinking was possible. Further, when deciding whether to quit or reduce their drinking, they measured the morality of their actions against local norms and values. Despite the popular view that people are not themselves when drunk, they claimed responsibility for both their choice to drink and actions performed while drunk. Finally, these participants expressed identities that went beyond that of “drunk” and that focused on the maintenance of Eeyou culture, spiritual or religious fulfilment, familial roles, and professional achievement. / ᐆ ᑎᐹᒋᒧᐧᐃᓐ ᐋᐦ ᒌᐦ ᒥᒫᐅᐦᑐᓂᑭᓂᐧᐃᒡ ᑭᔮᐦ ᐋᐦ ᒌᐦ ᓈᓂᑐᑭᒋᔅᒑᔨᐦᑖᑭᓂᐧᐃᒡ ᐋᐅᒄ ᐊᓐ ᑳ ᒥᓯᓂᐦᐄᑭᓂᐧᐃᒡ ᑖᓐ ᐊᓐ ᐋᑎ ᐃᔅᐱᔨᒡ ᐄᔨᔨᐅᐱᒫᑎᓯᐧᐃᓐ ᐅᐦᒋ ᐋᐦ ᒥᓂᐦᐧᑳᒡ ᐊᐧᐋᓂᒌ᙮ ᑖᓐ ᐊᓐ ᐋᑎ ᐃᔅᐱᔨᐦᐄᐧᐋᒡ ᑭᔮᐦ ᐋᑎ ᐄᔑᓈᑯᐦᐄᐧᐋᒡ ᐊᓅᐦᒡ ᑭᔮᐦ ᐊᓂᑖᐦ ᐹᒋ ᐅᑖᐦᒡ ᐅᐦᒋ ᐊᓐ ᒥᓂᐦᐧᑳᐧᐃᓐ ᓂᓈᐦᑭᐤ ᐋᐦ ᐄᔑᓈᑯᓂᔨᒡ᙮ ᓂᒧᐃ ᒫᒃ ᓈᔥᒡ ᒥᐦᒑᑐᐧᐃᒡ, ᒥᔥᑎᐦ ᓂᒥ ᐃᐦᑖᐧᐃᒡ ᐊᓂᒌ ᐊᐧᐋᓂᒌ ᐋᐦ ᒌᐦ ᓂᔅᑯᒧᒡ ᒑ ᐧᐄᒋᐦᐄᐧᐋᒡ ᑖᓐ ᐊᓐ ᐋᐦ ᐃᔑ ᐊᔨᐧᒫᐅᐦᐄᐧᐋᒡ ᐅᑎᐦ ᐆ ᐋᐦ ᒌᐦ ᐃᔑ ᓈᓂᑐᑭᒋᔅᒑᔨᐦᑖᑭᓂᐧᐃᒡ ᑭᔮᐦ ᐋᐦ ᒌᐦ ᓄᑯᐦᑖᑭᓂᐧᐃᒡ ᒥᒄ ᐅᑎᐦ ᐄᔨᔨᐅᐃᐦᑖᐧᐃᓂᐦᒡ, ᒋᓵᓰᐲ, ᑯᐯᒃ, 2010 ᐲᐦᐃᒻ 2011᙮ ᐊᓂᒌ ᐊᐧᐋᓂᒌ ᓈᔥᒡ ᑳ ᑭᓂᐧᐋᐱᒫᑭᓂᐧᐃᒡ ᐋᐅᑯᓂᐦᒡ ᐊᓂᒌ 18 ᐲᐦᐃᒻ 60 ᐋᐦ ᐄᐦᑐᐱᐳᐧᓈᓯᒡ, ᐊᓂᒌ ᑭᔨᐧᐹ ᒫᐧᑳᒡ ᐋᐦ ᒥᓂᐦᐧᑳᓰᐧᐃᒡ ᑭᔮᐦ ᒫᒃ ᐊᓂᒌ ᐧᐋᔥᑭᒡ ᔖᔥ ᐋᐦ ᒌᐦ ᐹᒋ ᐋᐱᒋᐦᑖᒡ ᐃᔅᑯᑖᐧᐋᐳᐃᔨᐤ᙮ ᐊᓐ ᒫᒃ ᒋᔥᒋᓂᐧᐋᒡ ᐋᐦ ᓄᑯᐦᒡ ᐊᓐ ᑭᔨᐧᐹ ᐋᑎ ᐄᔅᐱᔨᐦᐄᐧᐋᒡ ᐊᓐ ᒥᓂᐦᐧᑳᐧᐃᓐ, ᑖᓂᑖᐦ ᑳ ᒫᒃ ᒑ ᒌᐦ ᐄᔑᑳᐳᐧᐃᔥᑎᑭᓂᐧᐃᒡ ᒥᒄ ᐋᐦ ᑭᓂᐧᐋᐱᐦᑖᑭᓂᐧᐃᒡ ᐊᓐ ᑖᓐ ᐧᐋᒋᐦᒡ ᓂᐦᐋᐤ ᐋᐦ ᐃᔅᐱᔨᐦᐄᐧᐋᒡ ᐊᓐ ᐅᐦᒋ ᒥᓂᐦᐧᑳᐧᐃᓐ ᑭᔮᐦ ᑖᓂᑖᐦ ᒑ ᒌᐦ ᐃᔨᐦᑎᓈᓂᐧᐃᒡ ᐋᐦ ᐧᐄᐦ ᐧᐄᒋᐦᐄᐧᐋᐱᔨᒡ ᒑ ᒌᐦ ᒌᐦᑳᓈᑯᐦᒡ ᐋᐦ ᐋᐱᑎᔒᔥᑖᑭᐧᐃᒡ ᑭᔮᐦ ᐋᐦ ᐧᐋᐱᐦᑖᑭᓂᐧᐃᒡ ᑖᓐ ᐋᐦ ᐄᔑᑳᐳᐧᐃᔥᑎᐦᒡ ᐊᓂᒌ ᐋᐦ ᐋᐱᒋᐦᑖᒡ ᐃᔥᑯᑖᐧᐋᐳᐃᔨᐤ᙮ ᑭᔮᐦ ᐊᓂᒌ ᑯᑎᑭᒡ ᐊᐧᐋᓂᒌ ᑖᓂᑖᐦ ᐋ ᐃᔑ ᒦᐧᐋᒡ ᒋᔅᒑᔨᐦᑎᒧᐧᐃᓂᔨᐤ ᑖᓂᔮ ᑳ ᐃᔅᐱᔨᐦᐄᑯᒡ ᑭᔮᐦ ᐧᐃᔨᐧᐋᐤ᙮ ᐊᓂᑎᐦ ᒫᒃ ᐃᐦᑖᐧᐃᓐ ᒋᓵᓰᐲ ᓂᒧᐃ ᓈᔥᑎᔨᒡ ᓂᑎᐧᐋᔨᐦᑖᑯᓯᐤ ᐊᐧᐋᓐ ᐋᐦ ᐋᐱᒋᐦᑖᑦ ᐃᔥᑯᑖᐧᐋᐳᐃᔨᐤ ᑭᔮᐦ ᒑ ᐊᑎ ᓂᓄᑯᐦᐄᓱᒡ ᐊᓂᑖᐦ ᒥᒄ ᐋᑎ ᐃᔨᐦᑖᑦ ᑭᔮᐦ ᐊᓐ ᐄᔨᔨᐅᐃᐦᑖᐧᐃᓐ ᐋᑯᑖᐦ ᐋᔑ ᑭᓂᐧᐋᐱᐦᑎᑭᓂᐧᐃᒡ ᐃᔥᑯᑖᐧᐋᐳᔨᐤ ᓈᔥᒡ ᐋᐦ ᐅᓈᒋᐦᑖᐱᔨᒡ᙮ ᐋᐅᒄ ᒫᒃ ᐧᐋᐦᒋ ᐋᑳ ᓂᑎᐧᐋᔨᐦᑖᑯᐦᒡ ᐊᓐ ᐃᔥᑯᑖᐧᐋᐳᐃ ᒑ ᐱᔨᐦᑖᐱᔨᒡ ᐊᓂᑎᐦ ᐄᔨᔨᐅᐃᐦᑖᐧᐃᓂᐦᒡ᙮ ᐊᓐ ᒫᒃ ᑳ ᐃᔑ ᒥᔅᑭᐧᐋᐦᑖᑭᓂᐧᐃᒡ ᑳ ᓈᓂᑐᒋᔅᒑᔨᐦᑖᑭᓂᐧᐃᒡ, ᐋᐦ ᓄᑯᐦᒡ ᒥᐦᒑᑐ ᐊᐧᐋᓂᒌ ᐊᓂᑎᐦ ᐃᐦᑖᐧᐃᓂᐦᒡ ᐋᑳ ᐧᐃᔨᐦᑖᐧᐹᐅᒑᔨᒫᒡ ᐊᓂᔮᐦ ᐊᐧᐋᔨᐤᐦ ᐋᐦ ᐋᐱᒋᐦᑖᔨᒡ ᒥᓂᐦᐧᑳᐧᐃᓂᔨᐤ ᐋᐦ ᐧᐄᐦ ᐊᔨᒥᐦᐄᑯᐧᑖᐤ ᐅᐦᒋ ᐊᓂᔮ ᐧᐄᐧᐋᐤ ᑳ ᐃᔑ ᐹᒋ ᓂᑎᔥᑭᐦᒡ ᐧᐄᐧᐋᐤ ᐊᓂᑖᐦ ᐹᒋ ᐅᑖᐦᒡ ᑭᔮᐦ ᒫᒃ ᐊᓂᔮᔨᐤ ᑳ ᐄᑖᔨᒧᒡ ᐅᐦᒋ ᒥᓂᐦᐧᑳᐧᐃᓂᔨᐤ ᑭᔮᐦ ᒫᒃ ᑯᑎᒋᔨᐤ ᒑᐧᑳᔨᐤ᙮ ᐊᓂᒌ ᒫᒃ ᑳ ᐧᐄᒋᐦᐄᐧᐋᒡ ᐅᔮ ᑳ ᐃᔑ ᓈᓂᑐᒋᔅᒑᔨᐦᑖᑭᓂᐧᐃᒡ ᐊᓂᒌ ᑳ ᐹᒋ ᒋᔅᒑᔨᐦᑖᑯᓯᒡ ᐋᐦ ᐋᐱᒋᐦᑖᑦ ᒥᓂᐦᐧᑳᐧᐃᓂᔨᐤ ᑭᔮᐦ ᒫᒃ ᐊᓂᒌ ᐋᔥᒄ ᒥᓂᐦᐧᑳᓯᐤ ᐋ ᐄᑎᐧᐋᑖᑭᓂᐅᐧᐃᒡ ᑭᔮᐦ ᐋᐦ ᒌᐦ ᐧᐄᐦᑎᐦᒡ ᐋᐦ ᐄᑖᔨᐦᑎᒥᐦᐄᑯᒡ ᐋᐦ ᒥᓂᐦᐧᑳᒡ ᑭᔮᐦ ᒫᐧᑳᒡ ᐋᐦ ᒌᔥᐧᑳᐹᒡ ᐋᑯᑎᐦ ᑭᔮᐦ ᐧᐋᐦᑎᐦᒡ, ᐧᐃᔮᐱᐦᑎᔨᐧᐋᒡ ᑭᔮᐦ ᑯᑎᑭᒡ ᐄᐦᐱᓂᐦᒡ ᐋᐦ ᐋᐦᑯᐦᐄᑯᒡ ᒑᐧᑳᔨᐤ ᐊᓂᑎᐦ ᐅᐱᒫᑎᓰᐧᐃᓂᐧᐋᐦᒡ ᐅᐦᒋ ᐊᓂᑎᐦ ᐅᐹᔨᑯᑖᐅᓯᐧᐃᓂᐧᐋᐦᒡ ᑭᔮᐦ ᒫᒃ ᑯᑎᒋᔨᐤ ᒑᐧᑳᔨᐤ ᐋᐦ ᒌᐦ ᐃᔅᐱᔨᐦᐄᑯᒡ ᐊᓂᑎᐦ ᐅᐱᒫᑎᓯᐧᐃᓂᐧᐋᐦᒡ᙮ ᐊᔨᐧᒫᐅᐦᐄᐧᐋᐤ ᑭᔮᐦ ᐅᑎᐦ ᑎᐹᒋᒧᐧᐃᓂᐦᒡ, ᒫᐧᑳᒡ ᒫᒃ ᑳ ᑭᓂᐧᐋᐱᒫᑭᓂᐧᐃᐧᐃᒡ ᐊᓂᒌ ᑳ ᐧᐄᒋᐦᐄᐧᐋᒡ ᑭᔮᐦ ᐊᓂᒌ ᑳ ᐊᔨᒥᐦᐋᑭᓂᐧᐃᐧᐃᒡ, ᐅᒌ ᒫᒃ ᐊᐧᐋᓂᒌ ᐱᔥᒡ ᒌᐦ ᓄᑯᐦᑖᐧᐃᒡ ᒋᓯᐧᐋᓱᐧᐃᓂᔨᐤ ᑭᔮᐦ ᒌ ᐧᐄᐦᑎᒧᒡ ᐧᐄᐧᐋᐤ ᐋᐦ ᒌᐦ ᐄᑖᔨᐦᑎᐦᒡ ᒑ ᐅᑎᓂᐦᒡ ᐊᓂᔮᐦ ᐃᔥᑯᑖᐧᐋᐳᐃᔨᐤ ᓵᐦᒑᐃ᙮ ᑰᑎᑭᒡ ᑭᔮᐦ ᐊᐧᐋᓂᒌ ᐊᔨᐧᒫᐅᐦᐄᐧᐋᐧᐃᒡ ᐋᐦ ᐄᑖᔨᐦᑎᐦᒡ ᐋᑳ ᐅᔮᔑᓂᔨᒡ ᐃᔥᑯᑖᐧᐋᐳᐃᔨᐤ ᐋᐦ ᐋᐱᑎᓂᔨᒡ ᑭᔮᐦ ᒥᒄ ᑖᓐ ᐧᐋᐦ ᐃᔥᐱᔥ ᒥᓂᐦᐧᑳᔮᐦᒡ ᐋᐦ ᐄᑖᔨᐦᑎᐦᒡ᙮ ᒦᓐ ᒫᒃ ᐊᑎᑎᐤ ᐧᐄᐦᑖᑯᓐ ᑭᔮᐦ ᑯᑎᑭᒡ ᐊᐧᐋᓂᒌ ᐋ ᐃᔑ ᒥᔥᑭᐧᐃᐧᐋᐦᑖᑭᓂᐧᐃᒡ ᐧᐄᐧᐋᐤ ᓵᐦᒑᐃ ᐋᐦ ᐄᑖᔨᐦᑎᐦᒡ ᐋᑳ ᐧᐄᐦ ᐋᐱᒋᐦᑖᒡ ᐊᓂᔮ ᐃᔥᑯᑖᐧᐋᐳᐃᔨᐤ ᑭᔮᐦ ᐊᓂᒌ ᐋᑳ ᓈᔥᒡ ᐧᐄᐦ ᐋᐱᒋᐦᑖᑦ ᐋᐦ ᑭᓂᐧᐋᐱᐦᑎᐦᒡ ᐅᑎᐦ ᐅᐱᒫᑎᓰᐧᐃᓂᐧᐋᐤ ᑭᔮᐦ ᐋᐦ ᒌᐦᑳᔮᐱᐦᑎᐦᒡ ᐧᐄᐧᐋᐤ ᑭᔮᐦ ᒫᒃ ᐊᓂᔮ ᐋᐦ ᐄᑎᔅᑳᓈᓯᒡ ᐋᐦ ᒋᓯᒑᔨᐦᑎᐦᐄᑯᒡ᙮ ᐋᑳ ᒫᒃ ᒫᑯᔥᑳᒑᒡ ᐊᓐ ᐋᐦ ᐃᔑ ᐧᐋᐱᐦᑖᑭᓂᐧᐃᒡ ᓄᑯᓐ ᐱᔥᒡ ᐋᑳ ᒋᔅᒋᓯᑦ ᑯᑎᒃ ᐊᐧᐋᓐ ᒫᐧᑳᒡ ᐋᐦ ᒋᒋᔥᑳᑯᑦ ᒥᓂᐦᐧᑳᐧᐃᓂᔨᐤ᙮ ᑭᔮᐦ ᐅᒌ ᑯᑎᒃ ᐊᐧᐋᓂᒌ ᓄᑯᓂᔨᐤ ᐋᐦ ᒋᔅᒑᔨᐦᑎᐦᒡ ᑖᓐ ᐋᐦ ᐄᑎᔅᑳᓈᓯᒡ ᑭᔮᐦ ᑭᔨᐧᐹ ᒑᓯᒑᔨᐦᑎᒥᐦᐄᑯᒡ ᐅᑎᐄᔨᔨᐅᐃᔨᐦᑎᐧᐃᓂᔨᐤᐦ, ᐅᑎᐊᔨᒥᐦᐋᐧᐃᓂᐧᐋᐤᐦ, ᐅᐹᔨᑯᑖᐅᓰᐧᐋᐧᐃᓂᐧᐋᐤᐦ ᑭᔮᐦ ᐅᑖᐱᑎᓰᐧᐃᓂᐧᐋᐤᐦ᙮
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Vers une phénoménologie féministe et critique de la sexualité

Perreault, Marie‐Anne 12 1900 (has links)
This thesis offers an analysis of Maurice Merleau-Ponty’s phenomenology of the body in the light of feminist philosophy. It reconstructs this philosopher’s account of corporeity, before showing its main weaknesses: that of obscuring the gendered dimension of the body, in particular in its sexual aspect. Thus, I point out the blind spots of a phenomenology of the body widely criticized for its phallocentrism. However, by focusing largely on the Phenomenology of perception, feminist phenomenology obscures an ontology of the flesh which is nevertheless rich for thinking the body in its gendered and sexual dimensions. By then focusing on a critical and feminist reformulation of a phenomenology of the erotic, this dissertation offers to analyze the later reformulations of the concept of corporeality in that of flesh in order to respond to certain issues localized in the Phenomenology of Perception, notably that of the very possibility of a thought of sexual difference. Finally, I apply the revised concepts of body and intentionality in a contemporary debate in feminist philosophy of sexuality: I propose a redefinition of the concept of sexual consent from a phenomenological perspective drawing from Merleau-Ponty, in order to show the emancipatory potential of thinking sexuality and the erotic in phenomenological, critical, and feminist terms. / Ce mémoire propose une analyse de la phénoménologie du corps de Maurice Merleau-Ponty à l’aune de la philosophie féministe. Il reconstitue la pensée de ce philosophe sur le concept de corporéité, avant de montrer ses faiblesses notoires : celles d’occulter la dimension genrée des corps, en particulier dans la sexualité. Ainsi, ce mémoire relève les angles morts d’une phénoménologie du corps largement critiquée pour son phallocentrisme. Or, en se concentrant sur la Phénoménologie de la perception, la phénoménologie féministe oublie l'ontologie de la chair pourtant riche pour penser le corps dans sa dimension genrée et sexuelle. En s’intéressant à une reformulation critique et féministe d’une phénoménologie de l’érotique, ce mémoire propose en somme d’analyser les reformulations tardives du concept de corporéité dans celui de chair pour répondre à certains problèmes inhérents à la Phénoménologie de la perception, notamment celui de la possibilité même d’une pensée de la différence sexuelle. Finalement, ces concepts de corps et d’intentionnalité sont appliqués à un débat actuel en philosophie féministe et en philosophie de la sexualité sur les limites du concept de consentement sexuel. Dans une perspective phénoménologique de tradition merleau-pontienne, ce mémoire a pour but de montrer le potentiel émancipateur issu d'une pensée de la sexualité et de l’érotique en des termes critiques et féministes.
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Le retour de l'art mural à l'époque contemporaine / The return of the Mural art in the contemporary period

Malbranche, Chloë 01 October 2011 (has links)
Le retour de l'Art mural à l'époque contemporaine" tourne autour de la problématique suivante: en quoi l'Art Mural est-il une nouvelle forme de métaphysique puisqu’elle permet à l'homme de projeter son âme sur un support et se retrouve ainsi dévoilée aux yeux de tous sous cette forme qui s’apparente à l" ekstase "soit un au dehors mis en mouvement par une "corporéité habitée" car le peintre muraliste est celui qui revendique l'esprit d'une époque et fusionne avec le mur pour créer une image, celle de l'invisible rendue visible. Le concept de « mur » sera abordé comme une pierre angulaire au travers des âges, comme support dans l’art moderne, art qui permet de faire un lien avec le passé mais surtout se démarque des arts contemporains car il sera nécessaire d’approcher les œuvres murales et le graffiti en général qui sera défini et fera l’objet d’une étude approfondie. Ainsi l’art rupestre qu’il est possible de comprendre d’après les études de Henri LHOTE, d’André LEROI-GOURHAN et de l’Abbé BREUIL pourra être mis en lumière notamment en décrivant les peintures pariétales retrouvées dans la grotte de Niaux, de Kapova, de Altamira, de Lascaux et de Chauvet qui représentent la première forme d’art humain et le commencement d’une spiritualité naissante. Le lien pourra être fait avec le symbolisme de l’Art égyptien et sa construction de l’image pour arriver à l’art décoratif des fresques de Pompéi et d’Herculanum où les graffitis de ces villes ont été étudiés par Eva CANTARELLA. De manière chronologique il sera intéressant de rappeler que le Moyen Age fut l’époque de la naissance des fresques romanes en vue de promouvoir une spiritualité qui évolue au cours des âges. Il existe aussi des techniques selon Cennino CENNINI qui explique les procédés de l’« intonaco » et de la fresque « a fresco » associés au père Ignazio POZZO. Enfin la période contemporaine fera l’objet de cette réflexion car les mouvements en peinture sont faits de liens mais surtout font rupture avec ce qui précède pour s’établir dans le temps selon l’expression de Valérie DUPONT, historienne de l’Art. / The return of Mural Art in the contemporary period” revolves round the following issue: In what way can one consider art to be a new form of metaphysics, since it allows man to project his soul on a support thus unveiling it to all in this form, which is close to a kind of “ecstasy”, i.e. an outside that is made to move through a “lived-in corporality”, for the mural painter claims the spirit of a period and merges with the wall so as to created an image – that of the invisible made visible. The “wall” concept will be examined as a foundation stone through the ages, as a support in modern art, a type of art that can create a link with the past but which especially stands out from contemporary art types, since we'll be studying mural works made by muralists as well as graffiti in general, which will be defined and studied in depth. Thus, rupestral art, which may be understood through the studies of Henri LHOTE, André LEROI-GOURHAN and Abbot BREUIL, can be explained most notably by looking at parietal paintings found in the Niaux, Kapova, Altamira, Lascaux and Chauvet caves, which represent the first form of human art and the beginning of a nascent spirituality. A link may be made to the symbolism of Egyptian art and its construction of image before reaching the decorative art of the Pompei and Herculanum frescoes – graffitis in those cities were studied by Eva CANTARELLA. It will be interesting, from a chronological point of view, to remember that the Middle Ages were the period when romanesque frescoes were born in order to further foster that age-old evolving spirituality. Such art was considered by Cennino CENNINI, who, along with father Ignazio POSSO explains the processes of “intonaco and the “a fresco” fresco. Finally, we'll have to study the modern period, since painting movements are made up of links and, more importantly, make a break with what preceded them, in order to last in time, as Valérie DUPONT, an arti historian, says.
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Le geste martial comme expérience : esthétique de l’« être-là »-ninja / The martial gesture as experience : aesthetics of "being-here"-ninja

Hmida, Salah 29 September 2018 (has links)
Il s’agit, dans ce travail, de trouver le geste qui renouvelle l’identité cicatrisée que le «guerrier » en nous recherche, à travers la pratique martiale définie comme habitation holiste d’un corps-soit, ce que Varela appelle « l’inscription corporelle de l’esprit ».Un être, par l’effet d’un art et par la compréhension de « l’expérience de l’expérience » que constitue la performativité du geste en général, peut-il jamais faire Un avec les choses qui l’entourent et qui l’enveloppent ? Il y a à parier que s’il y arrivait, il lui serait donné de saisir à la fois le caractère mythique des choses en tant qu’il est immanent à leur présence et cette présence en tant qu’oeuvre existentielle. L’art martial ninja constitue une telle réussite. Cette thèse en interroge les effets … / This work consists in finding the gesture that renovates the healed identity, a “worrior” withinus is looking for, through a martial practice defined as a holistic dwelling of a body-being.This is what Varela calls “the corporeal inscription of the spirit”.Is a being able to make one with the things surrounding and covering it, through the effect ofart and the comprehension of “the experience of the experience”, that the performativity of thegesture generally constitutes? It would bet, if possible, that it would be able of creating, at thesame time, the mythic aspect of things, having been inherent to their presence, and creatingthis presence as an existential art-workNinja martial art builds such a success, the effects of which are questioned by this thesis...

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