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Manejo de esquivas emocionais na psicoterapia analítica funcional: Delineamento experimental de caso único / Management of emotional avoidance in Functional Analytic Psychotherapy: single-case experimental design

Milena Carvalho de Godoy Geremias 03 October 2014 (has links)
A partir do estudo e consolidação empírica da Psicoterapia Analítica Funcional (FAP) tem-se explorado cada vez mais a relação estabelecida entre terapeuta e cliente, no intuito de se compreender e aprimorar os processos de mudança clínica ocorridos em terapia. A literatura enfatiza que respostas emitidas por parte do terapeuta no decorrer do processo de autorrevelação do cliente podem impactar seu desfecho, facilitando ou dificultando exposições e verbalizações. Considerando que a FAP tem se ajustado bem a casos clínicos que apresentam dificuldades no estabelecimento de relações de intimidade, o objetivo central desta pesquisa foi investigar se o responder contingente do terapeuta às respostas de esquivas emocionais emitidas pelo cliente, aumenta a emissão de relatos sobre sentimentos, assim como o de autorrevelações em sessão e em seus relacionamentos extra consultório. Para isso, uma cliente com queixa de dificuldade em estabelecer relações interpessoais e uma terapeuta (com experiência clínica no manejo da FAP) foram selecionadas. O delineamento experimental de caso único apresentou o formato: A1-B1-A2-B2. As sessões foram filmadas e transcritas e os dados coletados foram analisados pela Escala de Classificação da Psicoterapia Analítica Funcional (FAPRS) adaptada. Doze sessões foram categorizadas e 4.094 (quatro mil e noventa e quatro) unidades de análises foram avaliadas. Os resultados indicaram que a variável independente (FAP) foi a responsável pela diminuição na emissão de comportamentos problema (CRBs1) e, principalmente, pelo aumento na emissão de comportamentos de melhora (CRBs2). Em outras palavras, durante a fase FAP, após a evocação da terapeuta, a cliente passou a entrar em contato com seus sentimentos e se autorrevelar mais efetivamente em terapia, de modo que seus comportamentos de esquiva emocional diminuíram. De maneira geral, as diferenças entre as fases FAP e não-FAP ficaram evidentes com os dados dos CRBs2 e não com os dos CRBs1. Os resultados corroboram a hipótese do estudo, fortalecem as evidências clínicas promovidas pela Psicoterapia Analítica Funcional e replicam os dados apresentados pelas pesquisas realizadas no Programa de Psicologia Clínica da USP com o uso da FAP e com delineamento experimental de caso único / Based on studies and empirical consolidation of Functional Analytic Psychotherapy (FAP), the relationship between therapist and client has been extensively explored in order to understand and enhance the process of clinical change that occurs during therapy sessions. The literature emphasizes that feedback provided by the therapist to the process of clients self-disclosure might affect and impact outcome by facilitating or hindering interpersonal exposure and verbalizations. Considering that FAP presents satisfactory results with clinical cases characterized by difficulties to establish intimate relationships, the aim of this research was to investigate whether the therapist contingent responding to clients emotional avoidance increases clients report of feelings, self-disclosure in therapy and in out-of-session relationships. For this study, a client with problems to establish interpersonal relationships and a therapist with clinical expertise on FAP were chosen. The single-case experimental design had the format: A1-B1-A2-B2. The sessions were recorded and transcribed and the data collected were coded using an adaptation of the Functional Analytic Psychotherapy Rating Scale (FAPRS). Twelve sessions were coded and 4.094 (four thousand and ninetyfour) units of analysis were analyzed. Results indicated that the independent variable (FAP) was responsible for decreasing the emission of problem behaviors (CRBs1) and above all for increasing the emission of improvements (CRBs2). In other words, during FAPs phase, after the therapist evoking, the client began to get in touch with her feelings and to self-disclose more effectively in therapy. As a result, her emotional avoidance behaviors decreased. In general, the differences between FAP and non-FAP phases were clearly showed in the data of the CBRs2 and not in the data of the CRBs1. The results corroborate the hypothesis of the study, strengthen clinical evidence of FAP and replicate the data presented in other research studies conducted in the Clinical Psychology Program at University of São Paulo using FAP and single-case designs
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Variabilidade comportamental reforçada negativamente sob contingência de esquiva / Behavioral variability negatively reinforced under an avoidance contingency

Amilcar Rodrigues Fonseca Júnior 29 June 2015 (has links)
O presente trabalho teve como objetivo investigar se padrões variáveis de respostas podem ser instalados e mantidos por reforçamento negativo intermitente em um procedimento de esquiva em tentativas discretas. Seis ratos machos Wistar foram submetidos à modelagem e fortalecimento da resposta de pressão à barra com reforçamento positivo em uma caixa de condicionamento operante com duas barras (direita, D, e esquerda, E). Em seguida, essa resposta passou a ser reforçada negativamente em um procedimento de esquiva em tentativas discretas no qual um estímulo elétrico (US) de 0,5 s e 0,5 mA (em média) podia ocorrer ao final de um período de luz (CS). A emissão da resposta de pressão à barra durante o CS produzia o seu desligamento e um tom de 0,5 s e 10 Hz, cancelando o próximo US programado e iniciando um período de blackout sem qualquer contingência programada, após o qual um novo CS era apresentado. Duzentos US foram programados a cada sessão. O procedimento de esquiva se iniciou com reforçamento em FR 1 e FR 2 (com alternação das barras a cada 50 US programados). Posteriormente, sequências de três respostas foram reforçadas (com as duas barras disponíveis). Inicialmente, o reforçamento era contingente à variabilidade na emissão das sequências, avaliada pela disposição das respostas que as compõem entre as barras D e E: DDD, EED, DED etc. O variar foi reforçado de acordo com uma contingência Lag n, na qual apenas as sequências que diferiam das n anteriormente emitidas pelo sujeito evitavam o US, sendo o valor de n igual a 1, 2 ou 3. Uma vez que o desempenho se mostrou estável nessas fases, os sujeitos foram expostos ao procedimento Aco, no qual a distribuição de reforços foi acoplada àquela obtida na última sessão de Lag n, porém sem exigência de variação. Alguns sujeitos foram reexpostos à contingência Lag n após essa fase. Os resultados mostraram que todos os sujeitos apresentaram esquiva e altos índices variabilidade na emissão de sequências nas fases Lag n (medida pelo valor U), havendo queda sistemática desses índices sob o procedimento Aco. Os sujeitos reexpostos à Lag n mostraram recuperação dos altos índices de variação. Esses resultados sugerem que a variabilidade comportamental foi controlada pelo reforçamento negativo na contingência de esquiva proposta / This study aimed to investigate if variable patterns of responses can be acquired and maintained by intermittent negative reinforcement under a discrete-trial avoidance contingency. Six male Wistar rats were submitted to a lever-press response shaping session in an operant conditioning chamber with two levers (right, R, and left, L). Then, that response was negatively reinforced in a discrete-trial avoidance procedure in which a 0.5 s and 0.5 mA (average) shock (US) could occur after a light period (CS). Lever-press response emission during CS presentation turned off the CS, produced a 0.5 s and 10 Hz tone, canceled the next programmed US, and initiated a blackout period with no programmed contingency, after which a new CS was presented. Two hundred US were programmed per session. Initially, negative reinforcement occurred under FR 1 and FR 2 schedules (with levers alternation each 50 programmed US). Following, three response sequences were reinforced (with the two levers available). Reinforcement was contingent to behavioral variability, which was examined by comparing three-response sequences across R and L levers: RRR, LLR, RLR etc. Varying was reinforced according to a Lag contingency, in which only sequences that differed from n previous sequences avoided US (n was equal to 1, 2 or 3). After steady states were obtained in those contingencies, subjects were submitted to a yoke procedure, in which reinforcer distribution was yoked to the last Lag session, but without varying exigency. Some subjects were re-exposed to the Lag contingency after yoke procedure. Results showed that all the subjects avoided shocks and presented high levels of behavioral variability under the Lag contingency (measured by U value). During the yoke procedure, behavioral variability decreased systematically. Subjects that were re-exposed to the Lag contingency after yoke procedure recovered high levels of variation. These results suggest that behavioral variability was controlled by negative reinforcement under the proposed avoidance contingency
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Déficits de memória e estresse oxidativo na isquemia e reperfusão cerebral: papel neuroprotetor do exercício físico e da suplementação com chá verde

Schimidt, Helen Lidiane 20 June 2014 (has links)
Submitted by Marcos Anselmo (marcos.anselmo@unipampa.edu.br) on 2016-04-08T16:03:25Z No. of bitstreams: 1 Helen Schimidt.pdf: 1449145 bytes, checksum: 45e0910b8692b3c06106da08de6216cb (MD5) / Made available in DSpace on 2016-04-08T16:03:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Helen Schimidt.pdf: 1449145 bytes, checksum: 45e0910b8692b3c06106da08de6216cb (MD5) Previous issue date: 2014-06-20 / O acidente vascular cerebral isquêmico é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. Entre os prejuízos observados nos sobreviventes, estão os déficits cognitivos para aprendizagem e memória. Acredita-se que essas deficiências são resultantes de danos secundários provocado pelo processo de isquemia-reperfusão, incluindo o estresse oxidativo. Estratégias para neuroproteção são investigadas para minimizar tais déficits após um evento isquêmico, especialmente aquelas capazes de modular o estresse oxidativo, seja melhorando a atividade antioxidante, ou diminuindo a produção de espécies reativas de oxigênio. Nesse estudo, nós investigamos o potencial neuroprotetor do exercício físico e do chá verde em um modelo animal de isquemia-reperfusão. Para isso, 80 ratos Wistar machos foram divididos em 8 grupos de acordo com a presença das intervenções para neuroproteção (8 semanas de exercício físico e/ou suplementação de chá verde) e para isquemia (oclusão, ou não, bilateral das carótidas comuns por 30 minutos). O exercício físico baseou-se em corrida, realizada em esteira, durante 30 minutos por dia, 5 vezes na semana. Para a suplementação com chá verde, a infusão foi colocada no lugar da água de beber, sendo trocada diariamente. Ao final das 8 semanas de intervenções foi realizado a cirurgia e 24h depois a memória foi avaliada em uma tarefa não aversiva e um teste de memória aversiva. Passados os testes comportamentais, o hipocampo e córtex pré-frontal foram removidos para análise bioquímica de marcadores de estresse oxidativo. Os resultados mostraram que a isquemia-reperfusão prejudica a aprendizagem e a memória, além de aumentar espécies reativas de oxigênio no hipocampo e no córtex pré-frontal. Oito semanas de exercício físico e/ou suplementação com chá verde antes do evento de isquemia-reperfusão foram capazes de promover neuroproteção; ambos os tratamentos, por separado ou em conjunto, reduziram os déficits cognitivos e foram capazes de manter o nível funcional das enzimas antioxidantes. / Ischemic stroke is a major cause of morbidity and mortality all over the world. Among impairments observed in survivors is a significant cognitive learning and memory deficit. It is believed that these deficits are due to oxidative stress caused by ischemia-reperfusion. Neuroprotective strategies are investigated to minimize such deficits after an ischemic event, especially those strategies that modulate oxidative stress by improving the antioxidant activity or decreasing the production of reactive oxygen species. Here we investigated the neuroprotective potential of physical exercise and green tea in an animal model of ischemia-reperfusion. Eighty male Wistar rats were divided into 8 groups and subjected to 8 weeks of exercise and / or supplementation with green tea before submission to a surgery and transient cerebral ischemia or a sham operation. The physical exercise was treadmill running performed 5 times per week during 30 minutes and the green tea was put in place of drinking water and daily changed. Ischemia-reperfusion was performed by occlusion of the bilateral common carotid arteries during 30 min. Later, memory was evaluated in aversive and in a non-aversive tasks. Hippocampus and prefrontal cortex were removed for biochemical analyses of possible oxidative stress effects. Ischemia-reperfusion impaired learning and memory and reactive oxygen species were increased in the hippocampus and prefrontal cortex. Eight weeks of physical exercise and/or green tea supplementation before the ischemia-reperfusion event showed a neuroprotective effect; both treatments by separate or together reduced the cognitive deficits and were able to maintain the functional level of antioxidant enzymes and glutathione.
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A consolida??o pr?via de informa??o conflitante e n?o aversiva ? necess?ria para a reconsolida??o da mem?ria de esquiva inibit?ria no hipocampo

Moura, Juliana Cavalcante de 22 March 2016 (has links)
Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2016-08-27T00:05:27Z No. of bitstreams: 1 JulianaCavalcanteDeMoura_DISSERT.pdf: 760946 bytes, checksum: 79fcb1d384593cd9eac3c22ff91eda87 (MD5) / Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2016-08-31T23:24:44Z (GMT) No. of bitstreams: 1 JulianaCavalcanteDeMoura_DISSERT.pdf: 760946 bytes, checksum: 79fcb1d384593cd9eac3c22ff91eda87 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-31T23:24:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 JulianaCavalcanteDeMoura_DISSERT.pdf: 760946 bytes, checksum: 79fcb1d384593cd9eac3c22ff91eda87 (MD5) Previous issue date: 2016-03-22 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico (CNPq) / A reativa??o pode levar as mem?rias consolidadas a um novo estado de labilidade, tornando-as suscet?veis ? incorpora??o de nova informa??o atrav?s de um processo de reestabiliza??o dependente da express?o g?nica e da s?ntese de novas prote?nas conhecido como reconsolida??o. A interrup??o da reconsolida??o usualmente produz amn?sia. Contudo, algumas mem?rias s?o particularmente resistentes a agentes bloqueadores da reconsolida??o, indicando que este processo ocorre somente quando ? dada uma s?rie espec?fica de condi??es. Utilizando ferramentas farmacol?gicas e comportamentais, neste trabalho demonstramos que a consolida??o pr?via de informa??o n?o aversiva ? essencial para a reconsolida??o da mem?ria de esquiva inibit?ria em ratos. / Reactivation can render consolidated memories labile again, making them prone to incorporate new information through a gene-expression and protein synthesis dependent restabilization process referred to as reconsolidation. Disruption of reconsolidation usually produces amnesia. However, some memories are particularly resilient to reconsolidation blockers, indicating that this process is not a pervasive quality of memory but happens only when a precise set of conditions occurs. Using pharmacological and behavioral tools we demonstrated that previous consolidation of non-aversive information is essential for aversive memory reconsolidation.
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Modulação noradrenérgica do núcleo mediano da rafe

Lucinda, Aparecida Márcia January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Neurociências. / Made available in DSpace on 2012-10-22T16:37:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 228516.pdf: 393717 bytes, checksum: 447596fb3b42f1119779263f46ebb07c (MD5) / O presente estudo avaliou o efeito da microinjeção de noradrenalina (NA) e clonidina (CLO) na região supra-lemniscal (SL) e no núcleo mediano da rafe (MR) sobre a aquisição de memória emocional em ratos submetidos a duas exposições (E) ao labirinto em cruz elevado (LCE). Ratos wistar machos (Rattus norvegicus; 250-270g), com cânula guia implantada na região SL e no MR, foram microinjetados com salina (0.9%), NA (2 e 20nmol) ou CLO (20 e 40 nmol) e, após dez minutos, foram submetidos a cinco minutos de exploração no LCE (E1). No dia seguinte os animais foram re-expostos ao LCE pelo mesmo período (E2), sendo posteriormente submetidos à anestesia profunda (Nembutal; 40 mg/kg) e perfusão com formol 10%. Os cérebros foram removidos e submetidos à análise histológica. Animais cujos pontos de injeção estavam nos núcleos pontinos (PN) foram usados como controle.Os resultados mostraram que a microinjeção de NA (2 e 20nmol) nos PN, na região SL e no MR não alterou o comportamento dos animais, nem durante a E1, nem durante a E2 no LCE. A microinjeção de CLO foi ansiogênica nos PN (20nmol) e ansiolítica no MR (20nM) e na região SL (40nmol) durante a E1 ao LCE. Não houve alteração no comportamento dos animais durante a E2. Na comparação E1 x E2, a microinjeção de NA (40nmol) na região SL e no MR, mas não de CLO, prejudicou a aquisição de memória emocional, visto que os animais exibiram o mesmo nível de ansiedade nas duas exposições ao LCE. Os resultados são discutidos considerando-se a modulação noradrenérgica de neurônios serotonérgicos na região SL e no MR e a liberação de serotonina em áreas de projeção.
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Efeitos de metabólitos acumulados na doença do xarope do bordo e na acidemia metilmalônica sobre o comportamento cognitivo de ratos adultos nas tarefas de campo aberto e esquiva inibitória, bem como sobre a captação de glutamato e a viabilidade celular em fatias de hipocampo e córtex cerebral

Vasques, Vilson de Castro January 2005 (has links)
As deficiências de aprendizado são características comuns em pacientes afetados pela doença do xarope do bordo (DXB) ou pela acidemia metilmalônica. Os sintomas predominantemente neurológicos destas doenças incluem o retardo mental, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, convulsões e alterações neuroradiológicas variadas. Na DXB, a deficiência da atividade do complexo enzimático desidrogenase dos a-cetoácidos de cadeia ramificada acarreta o acúmulo tecidual dos aminoácidos leucina, valina e isoleucina, dos a-cetoácidos correspondentes, ácido a-cetoisocapróico, a-cetoisovalérico e a-ceto-b-metilvalérico, bem como dos a-hidroxiácidos que destes se derivam, ácido a-hidroxiisocapróico, ácido a-hidroxiisovalérico e ácido a-hidroxi-b- metilvalérico. Na acidemia metilmalônica, por sua vez, ocorre um acúmulo tecidual do ácido metilmalônico devido à deficiência da enzima metilmalonil-CoA mutase. Os níveis teciduais destes metabólitos aumentam ainda mais durante crises de descompensação metabólica. No presente trabalho investigamos o efeito da administração intrahipocampal dos metabólitos ácidos acima citados sobre o comportamento de ratos adultos, dez minutos antes ou imediatamente após o treino, em tarefas aversivas (esquiva inibitória) e não aversivas (habituação ao campo aberto). Déficits de aprendizado nas tarefas da esquiva inibitória e da habituação ao campo aberto foram observados para os metabólitos supracitados quando administrados antes do treino, mas não quando foram injetados após o treino. O o ácido metilmalônico injetado dez minutos antes do treino provocou déficit somente no teste de memória espacial, não surtindo efeito sobre a memória quando os animais foram testados na tarefa de esquiva inibitória. O pré-tratamento destes animais com substratos energéticos foi capaz de prevenir o déficit de memória causado por metabólitos acumulados nas doenças estudadas. Quando utilizou-se a creatina monohidratada ou o ácido succínico evidenciou-se prevenção do déficit de memória espacial causado pela administração do ácido a-hidroxiisovalérico no hipocampo de ratos adultos. Por sua vez, apenas o prétratamento com creatina monohidratada foi o único capaz de prevenir o déficit de memória de ratos administrados intrahipocampalmente com o ácido metilmalônico. Os estudos de captação de glutamato por fatias de córtex cerebral de ratos jovens evidenciaram diminuição na captação de L-[3H]glutamato quando as fatias eram incubadas por 23 minutos na presença dos ácidos CIC e HMV (25-50% de diminuição). Em contrapartida, a incubação com o ácido HIV aumentou a captação em 110%, acréscimo que foi prevenido quando ao meio de incubação foi adicionado 1mM de creatina monohidratada. Por último, verificamos que a viabilidade de células de córtex cerebral ou de hipocampo de ratos jovens não foi alterada quando medida através do método do MTT e da determinação da DHL no meio de incubação onde as fatias eram imersas. Em resumo, nossos resultados apontam para alterações importantes no aprendizado de animais tratados intrahipocampalmente com os metabólitos ácidos da DXB em tarefas aversivas e não aversivas, bem como alterações de aprendizado não essencial quando da administração do principal metabólito que se acumula na acidemia metilmalônica (MMA). Além disso, estes déficits comportamentais parecem estar ligados a um comprometimento do metabolismo energético cerebral, visto que o prétratamento com creatina em estudos com metabólitos que se acumulam nas duas doenças (HIV para a DXB e MMA para a acidemia metilmalônica) preveniu o déficit de memória destes animais, bem como o pré-tratamento com succinato evitou o déficit de aprendizado espacial causado pelo HIV nos animais. Por outro lado, antioxidantes ou o antagonista do receptor glutamatérgico NMDA MK-801 não preveniu esses efeitos. Além disso, apresentamos evidências de que o CIC e o HMV ativam o sistema glutamatérgico, bloqueando a captação de glutamato por fatias de córtex cerebral de ratos jovens, levando a um aumento da quantidade dos neurotransmissores na fenda sináptica. / Learning disability is a common feature of patients affected by maple syrup urine disease (MSUD) or methylmalonic acidaemia. The neurological symptoms include mental retardation, delay on neuropsychomotor development, seizures and alteration on neuroradiological images. MSUD is caused by severe deficiency of the branched-chain L-a-keto acid dehydrogenase complex (BCKAD) activity leads to tissue accumulation of aminoacids leucine, valine and isoleucine, the branched chain keto acids, a-ketoisocaproic, a-ketoisovaleric and a-keto-b-methylvaleric, and corresponding a-hydroxyacids, a-hydroxyisocaproic, a-hydroxyisovaleric and a- hydroxy-b-methylvaleric. The tissual accumulation of methylmalonic acid is the biochemical hallmark of the methylmalonic acidaemia because the methylmalonyl-CoA mutase is defective on this disease. The tissual levels of these metabolites are more proeminents in crisis of metabolic decompensation. In the present study we investigated the effect of acute administration of the acid metabolites cited above on the behavior of adult rats in the inhibitory avoidance and open field habituation tasks. The DXB acid metabolites producing learning deficits on aversive and spatial learning when infused 10 minutes before the training session of the tasks but not when infused immediatelly after training. The MMA injected 10 minutes before training provokes deficit only in the spatial task, and do not caused any effect on animals submitted to inhibitory avoidance task. The pretreatment with energetic substrates was the only effective on prevent the memory deficit caused by metabolites accumulating on MSUD or methylmalonic acidaemia. The prevention of the spatial memory deficit caused by a-hydroxyisovaleric acid was achieved by administration of creatine monohydrated or succinic acid. The creatine monohydrated was the only effective on prevention of learning deficit of open field habituation provoked by methylmalonic intrahippocampal administration. The results of cerebral glutamate uptake of 30 day-old rats showed a reduction of 25-50% by 30 min treatments with a-ketoisocaproic acid and a-hydroxy-b-methylvaleric acid, respectively. Differently, the a-hydroxyisovaleric acid elevated by 110% the glutamate uptake and the creatine monohydrated pretreatment (1mM) was effective on prevented this effect. We veryfied that cellular viability of cerebral cortical slices incubated with acid metabolites of MSUD was normal when the studies on cellular viability were performed by MTT method and by mean of the LDH activity in the incubation bath of the cells. The results of cerebral glutamate uptake of 30 day-old rats showed a reduction of 25- 50% by 30 min treatments with a-ketoisocaproic acid and and a-hydroxy-b- methylvaleric acid, respectively. Differently, the a-hydroxyisovaleric acid elevated by 110% the glutamate uptake on cortical slices of yang rats, and the creatine monohydrated pretreatment was effective on the prevention of this effect. In conclusion, our results pointing to strong alterations on learning of animals treated with MSUD acids metabolites on aversive and non aversive tasks., and suggest that non essential alterations occur on learning of animals treated with methylmalonic acid, which may be of value to elucidate some aspects of the neurological dysfuncion occuring on these diseases. The behavioral deficits may be linked to a compromise on cerebral energetic metabolism because the pre treatment with energetic substrates was effective on prevention in memory deficits caused by HIV and MMA. Otherwise, focal effects on glutamatergic system may be the causative of learning deficits provoked by administration of CIC and HMV, it is reasonable because the uptake of glutamate was reduced on rats treated with these metabolites, and it is causative of elevation on neurotransmitter levels in the synaptic cleft.
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Prejuízo de memória em animais privados de sono paradoxal: efeitos de drogas que alteram o padrão de sono / Memory impairment in paradoxical sleep deprived rats: effect of drugs that modify sleep pattern

Ota, Simone Marie [UNIFESP] January 2012 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-12-06T23:45:25Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2012 / Associação Fundo de Incentivo à Psicofarmacologia (AFIP) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Existem diversas evidencias acerca do papel do sono na memoria. Entre os varios trabalhos que investigam essa relacao, muitos utilizam a privacao de sono paradoxal (PSP) para demonstrar a importancia dessa fase nos processos mnemonicos. Entretanto, observa-se que a PSP por 96h antes do treino da tarefa de esquiva inibitoria por multiplas tentativas (EIMT) causa prejuizo na aquisicao da tarefa. Mesmo quando os animais sao treinados ate atingirem um criterio de aquisicao, apresentam deficit de desempenho no teste realizado 24 h depois. Em estudo de nosso laboratorio observa-se que a PSP por 96 h induz um rebote de SP e uma reducao de sono de ondas lentas (SOL) nas 24 h subsequente ao termino da privacao de sono. Nossa hipotese foi de que esse aumento de sono paradoxal (SP) e/ou diminuicao de SOL tenha prejudicado a consolidacao da memoria no periodo entre o treino e o teste de EIMT. Para testa-la, uilizamos duas drogas que aumentam o SOL e/ ou diminuem SP, o gaboxadol e o litio. Na primeira etapa do estudo, verificamos os efeitos da administracao de tres doses de cada uma dessas substancias sobre o desempenho na tarefa de EIMT, em animais controle e privados de de sono. Na segunda etapa, observamos os efeitos das drogas no padrao de sono/vigilia de outros animais sob as mesmas condicoes. Observou-se que a maior dose de litio, mas nenhuma de gaboxadol, reverteu os efeitos da privacao. Alem disso, essa dose da droga diminuiu o SP e o sono de transicao dos animais do grupo PS. A partir dos resultados obtidos conclui-se que o aumento de SP apos o treino da tarefa de EIMT prejudica a consolidacao da memoria, e esse prejuizo e prevenido pela administracao da dose de litio que diminui o rebote dessa fase de sono / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Efeitos de metabólitos acumulados na doença do xarope do bordo e na acidemia metilmalônica sobre o comportamento cognitivo de ratos adultos nas tarefas de campo aberto e esquiva inibitória, bem como sobre a captação de glutamato e a viabilidade celular em fatias de hipocampo e córtex cerebral

Vasques, Vilson de Castro January 2005 (has links)
As deficiências de aprendizado são características comuns em pacientes afetados pela doença do xarope do bordo (DXB) ou pela acidemia metilmalônica. Os sintomas predominantemente neurológicos destas doenças incluem o retardo mental, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, convulsões e alterações neuroradiológicas variadas. Na DXB, a deficiência da atividade do complexo enzimático desidrogenase dos a-cetoácidos de cadeia ramificada acarreta o acúmulo tecidual dos aminoácidos leucina, valina e isoleucina, dos a-cetoácidos correspondentes, ácido a-cetoisocapróico, a-cetoisovalérico e a-ceto-b-metilvalérico, bem como dos a-hidroxiácidos que destes se derivam, ácido a-hidroxiisocapróico, ácido a-hidroxiisovalérico e ácido a-hidroxi-b- metilvalérico. Na acidemia metilmalônica, por sua vez, ocorre um acúmulo tecidual do ácido metilmalônico devido à deficiência da enzima metilmalonil-CoA mutase. Os níveis teciduais destes metabólitos aumentam ainda mais durante crises de descompensação metabólica. No presente trabalho investigamos o efeito da administração intrahipocampal dos metabólitos ácidos acima citados sobre o comportamento de ratos adultos, dez minutos antes ou imediatamente após o treino, em tarefas aversivas (esquiva inibitória) e não aversivas (habituação ao campo aberto). Déficits de aprendizado nas tarefas da esquiva inibitória e da habituação ao campo aberto foram observados para os metabólitos supracitados quando administrados antes do treino, mas não quando foram injetados após o treino. O o ácido metilmalônico injetado dez minutos antes do treino provocou déficit somente no teste de memória espacial, não surtindo efeito sobre a memória quando os animais foram testados na tarefa de esquiva inibitória. O pré-tratamento destes animais com substratos energéticos foi capaz de prevenir o déficit de memória causado por metabólitos acumulados nas doenças estudadas. Quando utilizou-se a creatina monohidratada ou o ácido succínico evidenciou-se prevenção do déficit de memória espacial causado pela administração do ácido a-hidroxiisovalérico no hipocampo de ratos adultos. Por sua vez, apenas o prétratamento com creatina monohidratada foi o único capaz de prevenir o déficit de memória de ratos administrados intrahipocampalmente com o ácido metilmalônico. Os estudos de captação de glutamato por fatias de córtex cerebral de ratos jovens evidenciaram diminuição na captação de L-[3H]glutamato quando as fatias eram incubadas por 23 minutos na presença dos ácidos CIC e HMV (25-50% de diminuição). Em contrapartida, a incubação com o ácido HIV aumentou a captação em 110%, acréscimo que foi prevenido quando ao meio de incubação foi adicionado 1mM de creatina monohidratada. Por último, verificamos que a viabilidade de células de córtex cerebral ou de hipocampo de ratos jovens não foi alterada quando medida através do método do MTT e da determinação da DHL no meio de incubação onde as fatias eram imersas. Em resumo, nossos resultados apontam para alterações importantes no aprendizado de animais tratados intrahipocampalmente com os metabólitos ácidos da DXB em tarefas aversivas e não aversivas, bem como alterações de aprendizado não essencial quando da administração do principal metabólito que se acumula na acidemia metilmalônica (MMA). Além disso, estes déficits comportamentais parecem estar ligados a um comprometimento do metabolismo energético cerebral, visto que o prétratamento com creatina em estudos com metabólitos que se acumulam nas duas doenças (HIV para a DXB e MMA para a acidemia metilmalônica) preveniu o déficit de memória destes animais, bem como o pré-tratamento com succinato evitou o déficit de aprendizado espacial causado pelo HIV nos animais. Por outro lado, antioxidantes ou o antagonista do receptor glutamatérgico NMDA MK-801 não preveniu esses efeitos. Além disso, apresentamos evidências de que o CIC e o HMV ativam o sistema glutamatérgico, bloqueando a captação de glutamato por fatias de córtex cerebral de ratos jovens, levando a um aumento da quantidade dos neurotransmissores na fenda sináptica. / Learning disability is a common feature of patients affected by maple syrup urine disease (MSUD) or methylmalonic acidaemia. The neurological symptoms include mental retardation, delay on neuropsychomotor development, seizures and alteration on neuroradiological images. MSUD is caused by severe deficiency of the branched-chain L-a-keto acid dehydrogenase complex (BCKAD) activity leads to tissue accumulation of aminoacids leucine, valine and isoleucine, the branched chain keto acids, a-ketoisocaproic, a-ketoisovaleric and a-keto-b-methylvaleric, and corresponding a-hydroxyacids, a-hydroxyisocaproic, a-hydroxyisovaleric and a- hydroxy-b-methylvaleric. The tissual accumulation of methylmalonic acid is the biochemical hallmark of the methylmalonic acidaemia because the methylmalonyl-CoA mutase is defective on this disease. The tissual levels of these metabolites are more proeminents in crisis of metabolic decompensation. In the present study we investigated the effect of acute administration of the acid metabolites cited above on the behavior of adult rats in the inhibitory avoidance and open field habituation tasks. The DXB acid metabolites producing learning deficits on aversive and spatial learning when infused 10 minutes before the training session of the tasks but not when infused immediatelly after training. The MMA injected 10 minutes before training provokes deficit only in the spatial task, and do not caused any effect on animals submitted to inhibitory avoidance task. The pretreatment with energetic substrates was the only effective on prevent the memory deficit caused by metabolites accumulating on MSUD or methylmalonic acidaemia. The prevention of the spatial memory deficit caused by a-hydroxyisovaleric acid was achieved by administration of creatine monohydrated or succinic acid. The creatine monohydrated was the only effective on prevention of learning deficit of open field habituation provoked by methylmalonic intrahippocampal administration. The results of cerebral glutamate uptake of 30 day-old rats showed a reduction of 25-50% by 30 min treatments with a-ketoisocaproic acid and a-hydroxy-b-methylvaleric acid, respectively. Differently, the a-hydroxyisovaleric acid elevated by 110% the glutamate uptake and the creatine monohydrated pretreatment (1mM) was effective on prevented this effect. We veryfied that cellular viability of cerebral cortical slices incubated with acid metabolites of MSUD was normal when the studies on cellular viability were performed by MTT method and by mean of the LDH activity in the incubation bath of the cells. The results of cerebral glutamate uptake of 30 day-old rats showed a reduction of 25- 50% by 30 min treatments with a-ketoisocaproic acid and and a-hydroxy-b- methylvaleric acid, respectively. Differently, the a-hydroxyisovaleric acid elevated by 110% the glutamate uptake on cortical slices of yang rats, and the creatine monohydrated pretreatment was effective on the prevention of this effect. In conclusion, our results pointing to strong alterations on learning of animals treated with MSUD acids metabolites on aversive and non aversive tasks., and suggest that non essential alterations occur on learning of animals treated with methylmalonic acid, which may be of value to elucidate some aspects of the neurological dysfuncion occuring on these diseases. The behavioral deficits may be linked to a compromise on cerebral energetic metabolism because the pre treatment with energetic substrates was effective on prevention in memory deficits caused by HIV and MMA. Otherwise, focal effects on glutamatergic system may be the causative of learning deficits provoked by administration of CIC and HMV, it is reasonable because the uptake of glutamate was reduced on rats treated with these metabolites, and it is causative of elevation on neurotransmitter levels in the synaptic cleft.
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? a estampa temporal um fen?meno generalizado para todos os tipos de mem?rias?

Mac?do, Valcicl?nio Val?rio Pereira da Costa 10 June 2014 (has links)
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O processo mnem?nico onde a coincid?ncia da fase circadiana influencia o processo de evoca??o ? conhecido como Estampa Temporal O objetivo do presente estudo foi investigar se o fen?meno de estampa temporal pode ser generalizado para os diversos tipos de mem?ria. Para isto, investigamos a exist?ncia de estampa temporal na mem?ria de habitua??o ao campo aberto (CA), de reconhecimento de objeto (RO), de reconhecimento de objeto no espa?o (ROE) e na esquiva passiva (EP) em ratos Wistar. Foram utilizados 30 machos com 4 meses de idade, divididos em 5 grupos com 6 animais cada. Todos os grupos passam por duas exposi??es ao CA (sess?o 1 e sess?o 2), duas ao RO (treino e teste), duas ao ROE (treino e teste) e duas na esquiva passiva (treino e teste) em hor?rios coincidentes (G1 ZT14-14, G2 ZT22-22, G5 ZT14-14 horas; ZT0 indica o in?cio da fase de claro e ZT12, o in?cio do escuro) e em hor?rios n?o coincidentes (G4 ZT14-22, G5 ZT22-14). Para a an?lise da habitua??o ao Campo aberto, registramos o deslocamento (n? de quadrantes percorridos) nas duas sess?es. Adicionalmente, utilizamos um ?ndice de habitua??o (raz?o entre o deslocamento na sess?o 2 e o deslocamento na sess?o 1). Para o Reconhecimento de objeto, registramos o tempo de explora??o dos objetos no treino (objetos id?nticos) e no teste (objeto familiar e objeto novo), e utilizamos o ?ndice de reconhecimento (porcentagem do tempo de explora??o de um dado objeto em rela??o ao tempo total de explora??o dos dois objetos), o mesmo procedimento foi utilizado para o Reconhecimento de objeto no espa?o. Para a esquiva passiva foi medido a lat?ncia para descer da plataforma (tempo em segundos para descer da plataforma) como medida de mem?ria. Usamos o teste T de student pareado para compara??es dentro dos grupos e ANOVA para compara??es entre os grupos com post hoc de Tukey, posteriormente n?o encontrando nenhuma diferen?a entre os grupos coincid?ncia ou n?o coincid?ncia, fizemos a uni?o dos dados afim de criar dois grandes grupos (HC e HNC), para essa an?lise utizamos o teste T para amostras independentes. Para a esquiva passiva foi utilizado o teste de Kruskal-wallis para an?lise entre os grupos com post hoc de Mann-Whitney. Os resultados apontam que na tarefa de habitua??o os grupos HC apresentaram uma habitua??o significativa, enquanto n?o observamos diferen?as para os grupos HNC. Foi poss?vel observar no reconhecimento de objeto, que os animais do grupo hor?rio coincidente exploraram mais o objeto novo, quando comparado com o antigo, com exce??o do grupo 3. J? o grupo hor?rio n?o coincidente exploraram os objetos da mesma forma. No ROE n?o foi poss?vel observar nenhum resultado significativo nos grupos, com exce??o do grupo 3. J? na esquiva passiva, os grupos HC (G1 ZT14-14, G2 ZT22-22) e um do HNC (G4 ZT14-22) apresentaram aumento significativo na lat?ncia para descer da plataforma durante o teste, independente da coincid?ncia das fases circadianas ou n?o. Estudos pr?vios tem mostrado que a estampa temporal ? observada em tarefas comportamentais com condicionamento de lugar e esquiva. Nossos resultados mostram que a estampa temporal ? um fen?meno que ocorre tamb?m na habitua??o e reconhecimento de objeto. ? poss?vel que esse fen?meno seja generaliz?vel para o aprendizado e a recupera??o de informa??es. / Ritmos circadianos influenciam a vida dos organismos e ocorrem a n?vel celular, fisiol?gico e comportamental. O processo mnem?nico onde a coincid?ncia da fase circadiana influencia o processo de evoca??o ? conhecido como Estampa Temporal O objetivo do presente estudo foi investigar se o fen?meno de estampa temporal pode ser generalizado para os diversos tipos de mem?ria. Para isto, investigamos a exist?ncia de estampa temporal na mem?ria de habitua??o ao campo aberto (CA), de reconhecimento de objeto (RO), de reconhecimento de objeto no espa?o (ROE) e na esquiva passiva (EP) em ratos Wistar. Foram utilizados 30 machos com 4 meses de idade, divididos em 5 grupos com 6 animais cada. Todos os grupos passam por duas exposi??es ao CA (sess?o 1 e sess?o 2), duas ao RO (treino e teste), duas ao ROE (treino e teste) e duas na esquiva passiva (treino e teste) em hor?rios coincidentes (G1 ZT14-14, G2 ZT22-22, G5 ZT14-14 horas; ZT0 indica o in?cio da fase de claro e ZT12, o in?cio do escuro) e em hor?rios n?o coincidentes (G4 ZT14-22, G5 ZT22-14). Para a an?lise da habitua??o ao Campo aberto, registramos o deslocamento (n? de quadrantes percorridos) nas duas sess?es. Adicionalmente, utilizamos um ?ndice de habitua??o (raz?o entre o deslocamento na sess?o 2 e o deslocamento na sess?o 1). Para o Reconhecimento de objeto, registramos o tempo de explora??o dos objetos no treino (objetos id?nticos) e no teste (objeto familiar e objeto novo), e utilizamos o ?ndice de reconhecimento (porcentagem do tempo de explora??o de um dado objeto em rela??o ao tempo total de explora??o dos dois objetos), o mesmo procedimento foi utilizado para o Reconhecimento de objeto no espa?o. Para a esquiva passiva foi medido a lat?ncia para descer da plataforma (tempo em segundos para descer da plataforma) como medida de mem?ria. Usamos o teste T de student pareado para compara??es dentro dos grupos e ANOVA para compara??es entre os grupos com post hoc de Tukey, posteriormente n?o encontrando nenhuma diferen?a entre os grupos coincid?ncia ou n?o coincid?ncia, fizemos a uni?o dos dados afim de criar dois grandes grupos (HC e HNC), para essa an?lise utizamos o teste T para amostras independentes. Para a esquiva passiva foi utilizado o teste de Kruskal-wallis para an?lise entre os grupos com post hoc de Mann-Whitney. Os resultados apontam que na tarefa de habitua??o os grupos HC apresentaram uma habitua??o significativa, enquanto n?o observamos diferen?as para os grupos HNC. Foi poss?vel observar no reconhecimento de objeto, que os animais do grupo hor?rio coincidente exploraram mais o objeto novo, quando comparado com o antigo, com exce??o do grupo 3. J? o grupo hor?rio n?o coincidente exploraram os objetos da mesma forma. No ROE n?o foi poss?vel observar nenhum resultado significativo nos grupos, com exce??o do grupo 3. J? na esquiva passiva, os grupos HC (G1 ZT14-14, G2 ZT22-22) e um do HNC (G4 ZT14-22) apresentaram aumento significativo na lat?ncia para descer da plataforma durante o teste, independente da coincid?ncia das fases circadianas ou n?o. Estudos pr?vios tem mostrado que a estampa temporal ? observada em tarefas comportamentais com condicionamento de lugar e esquiva. Nossos resultados mostram que a estampa temporal ? um fen?meno que ocorre tamb?m na habitua??o e reconhecimento de objeto. ? poss?vel que esse fen?meno seja generaliz?vel para o aprendizado e a recupera??o de informa??es.
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Efeitos de metabólitos acumulados na doença do xarope do bordo e na acidemia metilmalônica sobre o comportamento cognitivo de ratos adultos nas tarefas de campo aberto e esquiva inibitória, bem como sobre a captação de glutamato e a viabilidade celular em fatias de hipocampo e córtex cerebral

Vasques, Vilson de Castro January 2005 (has links)
As deficiências de aprendizado são características comuns em pacientes afetados pela doença do xarope do bordo (DXB) ou pela acidemia metilmalônica. Os sintomas predominantemente neurológicos destas doenças incluem o retardo mental, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, convulsões e alterações neuroradiológicas variadas. Na DXB, a deficiência da atividade do complexo enzimático desidrogenase dos a-cetoácidos de cadeia ramificada acarreta o acúmulo tecidual dos aminoácidos leucina, valina e isoleucina, dos a-cetoácidos correspondentes, ácido a-cetoisocapróico, a-cetoisovalérico e a-ceto-b-metilvalérico, bem como dos a-hidroxiácidos que destes se derivam, ácido a-hidroxiisocapróico, ácido a-hidroxiisovalérico e ácido a-hidroxi-b- metilvalérico. Na acidemia metilmalônica, por sua vez, ocorre um acúmulo tecidual do ácido metilmalônico devido à deficiência da enzima metilmalonil-CoA mutase. Os níveis teciduais destes metabólitos aumentam ainda mais durante crises de descompensação metabólica. No presente trabalho investigamos o efeito da administração intrahipocampal dos metabólitos ácidos acima citados sobre o comportamento de ratos adultos, dez minutos antes ou imediatamente após o treino, em tarefas aversivas (esquiva inibitória) e não aversivas (habituação ao campo aberto). Déficits de aprendizado nas tarefas da esquiva inibitória e da habituação ao campo aberto foram observados para os metabólitos supracitados quando administrados antes do treino, mas não quando foram injetados após o treino. O o ácido metilmalônico injetado dez minutos antes do treino provocou déficit somente no teste de memória espacial, não surtindo efeito sobre a memória quando os animais foram testados na tarefa de esquiva inibitória. O pré-tratamento destes animais com substratos energéticos foi capaz de prevenir o déficit de memória causado por metabólitos acumulados nas doenças estudadas. Quando utilizou-se a creatina monohidratada ou o ácido succínico evidenciou-se prevenção do déficit de memória espacial causado pela administração do ácido a-hidroxiisovalérico no hipocampo de ratos adultos. Por sua vez, apenas o prétratamento com creatina monohidratada foi o único capaz de prevenir o déficit de memória de ratos administrados intrahipocampalmente com o ácido metilmalônico. Os estudos de captação de glutamato por fatias de córtex cerebral de ratos jovens evidenciaram diminuição na captação de L-[3H]glutamato quando as fatias eram incubadas por 23 minutos na presença dos ácidos CIC e HMV (25-50% de diminuição). Em contrapartida, a incubação com o ácido HIV aumentou a captação em 110%, acréscimo que foi prevenido quando ao meio de incubação foi adicionado 1mM de creatina monohidratada. Por último, verificamos que a viabilidade de células de córtex cerebral ou de hipocampo de ratos jovens não foi alterada quando medida através do método do MTT e da determinação da DHL no meio de incubação onde as fatias eram imersas. Em resumo, nossos resultados apontam para alterações importantes no aprendizado de animais tratados intrahipocampalmente com os metabólitos ácidos da DXB em tarefas aversivas e não aversivas, bem como alterações de aprendizado não essencial quando da administração do principal metabólito que se acumula na acidemia metilmalônica (MMA). Além disso, estes déficits comportamentais parecem estar ligados a um comprometimento do metabolismo energético cerebral, visto que o prétratamento com creatina em estudos com metabólitos que se acumulam nas duas doenças (HIV para a DXB e MMA para a acidemia metilmalônica) preveniu o déficit de memória destes animais, bem como o pré-tratamento com succinato evitou o déficit de aprendizado espacial causado pelo HIV nos animais. Por outro lado, antioxidantes ou o antagonista do receptor glutamatérgico NMDA MK-801 não preveniu esses efeitos. Além disso, apresentamos evidências de que o CIC e o HMV ativam o sistema glutamatérgico, bloqueando a captação de glutamato por fatias de córtex cerebral de ratos jovens, levando a um aumento da quantidade dos neurotransmissores na fenda sináptica. / Learning disability is a common feature of patients affected by maple syrup urine disease (MSUD) or methylmalonic acidaemia. The neurological symptoms include mental retardation, delay on neuropsychomotor development, seizures and alteration on neuroradiological images. MSUD is caused by severe deficiency of the branched-chain L-a-keto acid dehydrogenase complex (BCKAD) activity leads to tissue accumulation of aminoacids leucine, valine and isoleucine, the branched chain keto acids, a-ketoisocaproic, a-ketoisovaleric and a-keto-b-methylvaleric, and corresponding a-hydroxyacids, a-hydroxyisocaproic, a-hydroxyisovaleric and a- hydroxy-b-methylvaleric. The tissual accumulation of methylmalonic acid is the biochemical hallmark of the methylmalonic acidaemia because the methylmalonyl-CoA mutase is defective on this disease. The tissual levels of these metabolites are more proeminents in crisis of metabolic decompensation. In the present study we investigated the effect of acute administration of the acid metabolites cited above on the behavior of adult rats in the inhibitory avoidance and open field habituation tasks. The DXB acid metabolites producing learning deficits on aversive and spatial learning when infused 10 minutes before the training session of the tasks but not when infused immediatelly after training. The MMA injected 10 minutes before training provokes deficit only in the spatial task, and do not caused any effect on animals submitted to inhibitory avoidance task. The pretreatment with energetic substrates was the only effective on prevent the memory deficit caused by metabolites accumulating on MSUD or methylmalonic acidaemia. The prevention of the spatial memory deficit caused by a-hydroxyisovaleric acid was achieved by administration of creatine monohydrated or succinic acid. The creatine monohydrated was the only effective on prevention of learning deficit of open field habituation provoked by methylmalonic intrahippocampal administration. The results of cerebral glutamate uptake of 30 day-old rats showed a reduction of 25-50% by 30 min treatments with a-ketoisocaproic acid and a-hydroxy-b-methylvaleric acid, respectively. Differently, the a-hydroxyisovaleric acid elevated by 110% the glutamate uptake and the creatine monohydrated pretreatment (1mM) was effective on prevented this effect. We veryfied that cellular viability of cerebral cortical slices incubated with acid metabolites of MSUD was normal when the studies on cellular viability were performed by MTT method and by mean of the LDH activity in the incubation bath of the cells. The results of cerebral glutamate uptake of 30 day-old rats showed a reduction of 25- 50% by 30 min treatments with a-ketoisocaproic acid and and a-hydroxy-b- methylvaleric acid, respectively. Differently, the a-hydroxyisovaleric acid elevated by 110% the glutamate uptake on cortical slices of yang rats, and the creatine monohydrated pretreatment was effective on the prevention of this effect. In conclusion, our results pointing to strong alterations on learning of animals treated with MSUD acids metabolites on aversive and non aversive tasks., and suggest that non essential alterations occur on learning of animals treated with methylmalonic acid, which may be of value to elucidate some aspects of the neurological dysfuncion occuring on these diseases. The behavioral deficits may be linked to a compromise on cerebral energetic metabolism because the pre treatment with energetic substrates was effective on prevention in memory deficits caused by HIV and MMA. Otherwise, focal effects on glutamatergic system may be the causative of learning deficits provoked by administration of CIC and HMV, it is reasonable because the uptake of glutamate was reduced on rats treated with these metabolites, and it is causative of elevation on neurotransmitter levels in the synaptic cleft.

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