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Representações sociais sobre violência conjugal por homens acusados no contexto da Lei Maria da PenhaMadureira, Alexandra Bittencourt January 2016 (has links)
Orientadora: Profª Drª Maria de Fátima Mantovani / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Defesa: Curitiba, 16/12/2016 / Inclui referências : f. 91-100 / Área de concentração: Prática profissional de enfermagem / Resumo: A violência é um evento que transpõe toda a ordem das relações pessoais, sociais e institucionais e apresenta um grande impacto para a vida dos sujeitos envolvidos. Assume contornos importantes em nossa sociedade na medida em que não se restringe a determinados locais, classes sociais, gênero ou faixas etárias, gerando representações sociais. Este estudo teve como objetivo apreender as representações sociais da violência contra as mulheres na perspectiva de homens autores. Trata-se de estudo descritivo qualitativo, à luz da abordagem das representações sociais, desenvolvido em uma Delegacia da Mulher de município do interior do Estado do Paraná. A coleta ocorreu no período de fevereiro de 2015 a abril de 2016, mediante aplicação de dois métodos de coleta de dados: a evocação livre de palavras e a entrevista focalizada. A evocação livre de palavras foi aplicada a 71 homens acusados pela prática de violência contra as mulheres; e a entrevista focalizada a 12, selecionados entre os primeiros. Utilizou-se, tanto na coleta quanto na análise dos dados, a triangulação, que possibilitou a verificação dos resultados de diferentes aspectos. A análise lexical dos dados foi realizada com auxílio do programa IRAMUTEQ (Interface de R pourles Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires) e a estrutural com o Ensemble de Programmes Permettant l'Analyse de Évoctioons empregado para a análise da evocação das palavras. Os participantes eram adultos jovens, que conviviam/conviveram com as denunciantes pelo período de 1 a 5 anos, e tinham filhos com elas. Praticaram violência moral ou física e não tinham registros anteriores de violência. A análise estrutural trouxe os vocábulos agressão, covardia e errado como elementos centrais, sendo complementados por desrespeito, respeito, ciúme, conversa, medo, mentira, não cometer e traição. Já a análise lexical deu origem a quatro classes que foram denominadas como: De geração a geração: o propagar da violência na resolução de conflitos familiares"; Sentimentos e comportamentos diante da violência; Repercussões da violência para o agressor; O agressor e a sua vitimização. Considera-se que as situações de violência vivenciadas pelos participantes ao logo da vida, colocam-na na condição de um agravo crônico, o que gera sentimentos e comportamentos dúbios, pois, mesmo esforçando-se para ter o diálogo como meio para a resolução dos conflitos e a igualdade nas relações, o poder sobre o outro e a violência estavam arraigados em suas concepções de mundo sendo retratada nos depoimentos. A naturalização da violência, levou-os a constituir a imagem das situações de violência como algo injusto para os homens e a buscarem justificativas para sua prática e vitimizarem-se diante dos acontecimentos. Palavras Chave: Violência. Violência de gênero. Violência por parceiro íntimo. Homens. Representações Sociais. / Abstract: Violence is an event, which transposes every order of personal, social and institutional relations, and shows a huge impact to the lives of the subjects involved, it assumes important contours in our society as long as do not restrict specific places, social classes, gender or age range, resulting in social representations. This study has as objective: To learn the social representations of violence against women in the male authors' perspective. It is a descriptive qualitative study according to social representation approach, developed at a Police Office for Women of interior city in the state of Paraná, in a period of February 2015 to April 2016 under application of two data collection methods the free evocation of words and the focussed interview. The free evocation of words was applied to 71 denounced men by practicing of violence against women, and the focussed interview to 12, selected among the first ones. Were used in the collection as well as in the analyse of data the triangulation, which made the verification of results in different aspects possible. The lexical data analyses was realized with support of the program IRAMUTEQ (Interface de R pourles Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires) and the structural with Ensemble de Programmes Permettant l'Analyse de Évoctioons used to the evocation of words analyses. The Profile of the participants disclose that were mainly young adults who live/lived together with the complainants by the period of 1 to 5 years, and had children with them. Committed moral or physics violence and did not have precedent registers of violence. The structure analyses brought the words aggression, cowardice, and wrong like central elements, being completed with disrespect, jealous, conversation, fear, lie, do not commit and betrayal. The lexical analyses gave rise to four classes that were denominated as: From generation to generation: spread violence to solve familiar conflicts; Feeling or behaviour before violence; Repercussions of violence to the aggressor; The aggressor and your victimization. Is considerate that violence situations lived lifelong by the participants, put it in the condition of a chronic injury. Creating dubious behaviour, because, even (trying hard, struggling, effort) to have a conversation to resolve the conflicts and the equality in the relationship, power on the other and the violence were rooted in yours conceptions of world and was mentioned in the interviews. Naturalize the violence, brought them to create an image of situations of violence as something unfair to men and search excuses to practice it and victimize themselves before the events. Keywords: Violence. Gender violence. Intimate partner violence. Men. Social representations.
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Relação da violência na gestação e o processo de abortamento: uma perspectiva da gestante / Relationship of the violence in the gestation and the abortion process: a perspective of the pregnant womanAndré Guayanaz Lauriano 19 March 2009 (has links)
O estudo tem como objeto as relações estabelecidas pela mulher entre o processo de abortamento e as situações de violência vivenciadas durante a gestação. A violência e o aborto caracterizam-se por serem temáticas de grande complexidade, envolvendo questões interdisciplinares de gênero, saúde, saúde reprodutiva, religião, movimentos sociais, ética e direitos humanos. No aprofundamento do objeto de estudo, traçamos os seguintes objetivos: identificar os tipos de situações de violência vivenciados, durante a gravidez, pela mulher em processo de abortamento; descrever a vivência de violência sob a ótica da gestante em processo de abortamento e analisar as relações estabelecidas pela gestante em processo de abortamento e a ocorrência de situações de violência na gestação. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que teve como sujeitos 15 mulheres com o diagnóstico de abortamento, internadas em maternidades públicas da cidade de Niterói/Rio de Janeiro. A coleta de dados foi iniciada com a busca nos prontuários do diagnóstico e, posteriormente, foram realizadas entrevistas com roteiro semi-estruturado, gravadas atendendo à legislação vigente acerca das diretrizes de pesquisas com seres humanos. Na análise dos dados utilizamos a técnica de Análise de Conteúdo de Bardin. Os resultados demonstraram a visão ampliada da mulher sobre a violência, sendo de gênero e psicológica as mais apontadas. O aborto foi indicado como uma das manifestações de violência contra a mulher, tanto nos processos espontâneos como nos induzidos. Esse fenômeno, assim como o da violência, é permeado por determinantes sociais, éticas, morais e religiosas. Quando espontâneo, pode ser visto como um fracasso da mulher diante de sua capacidade vital de ser mãe gerando culpa e derrota diante de companheiros e familiares, além da possibilidade de ser vista como pecadora e/ou criminosa, em decorrência do princípio social, religioso e legal do aborto como crime, acarretando o desgaste psicológico. As relações estabelecidas pelas mulheres acerca da violência na gestação e o processo de abortamento versaram basicamente sobre os dilemas vivenciados nas gestações indesejadas; sobre o cotidiano feminino nos espaços públicos e privados, refletidos em conflitos; o excesso da dupla jornada de trabalho; e sobre a violência institucional perpetuada pelos serviços de saúde, principalmente na busca por uma assistência digna e humanizada nas unidades de emergência. / The study has as object the established relationships for the woman between the abortion process and the violence situations lived during the gestation. The Violence and the Abortion are characterized for they be thematic of great complexity, involving interdisciplinary subjects of gender, health, reproductive health, religion, of the social movements, of the ethics and of the human rights. In the deepen of the study object we drew the following objectives: to identify the types of violence situations during the gestation lived by the woman in abortion process; to describe the violence existence under the pregnant woman's optics in abortion process and to analyze the established relationships for the pregnant woman in abortion process and the occurrence of violence situations in the gestation. It is a qualitative research, that had as subjects 15 women with the abortion diagnosis, interned at public maternities of the city of Niterói/Rio of January. The collection of data was initiate with the search in the handbooks of the diagnosis and, later we accomplished interviews with semi-structured itinerary, which were recorded assisting the effective legislation that dispose concerning the guidelines of researches with human beings. In the analysis of the data we used the technique of Analysis of Content of Bardin. The results demonstrated that women possess a vision enlarged concerning the violence, being the gender violence and psychological the most pointed. The abortion was indicated as being one of the manifestations of the violence against the woman, so much in the spontaneous processes as induced us. That phenomenon, as well as the one of the violence, possesses determinations social, ethical, moral and religious that permeate them. When spontaneous it can be seen as a failure of the woman due to her vital capacity to be mother - generating fault and failure before companions and family, beyond, of the possibility to see as sinner and or criminal, due to the social beginning, religious and legal of the abortion as crime, carting the psychological wear. The established relationships for the women concerning the violence in the gestation and the abortion process turned basically, in the dilemmas lived in the undesired gestations; in the daily feminine of the public and private spaces, contemplated in conflicts; in the couple's work day excess; and in the violence institutional eternalized for the services of health, mainly in the search for a worthy attendance and humanized in the units of emergency.
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Histórias de violência atrás das gradesSilva, Gisleine Crepaldi 10 December 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-12-10 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Esta tesis tiene como objetivo analizar la historia de vida y el involucramiento con la violencia de las mujeres que cumplen condena en una cárcel de mujeres en Cuiabá, Mato Grosso. Para comprender esta realidad se utilizó la teoría histórico-cultural de Vigotsky como marco teórico. Las categorías teóricas de esta tesis son: violencia de género, la subjetividad y el contexto social. La herramienta metodológica para el análisis del material fue El ALCESTE. Así se formó un corpus de entrevistas y enseguida los datos fueron analizados. Las mujeres que colaboraron con la búsqueda contaron sus historias de vida a través de entrevistas con preguntas abiertas con la finalidad de investigar el contexto social de la niñez, la adolescencia hasta llegar a la etapa de la edad adulta. Todas las mujeres entrevistadas hicieron relatos de violencia ocurridos durante la niñez, la adolescencia y la edad adulta. El objetivo general de esta tesis es analizar la historia de la vida y la implicación con la violencia de las mujeres que cumplen condena en una cárcel de mujeres en Cuiabá. Por lo tanto, los objetivos específicos son: a) caracterizar el contexto social de la niñez y la adolescencia de las mujeres apenadas b) caracterizar la violencia como una dimensión de género, c) identificar los elementos que llevaron a la transgresión d) identificar la delincuencia que cometieron y la pena recibida e) caracterizar la organización social establecida por estas mujeres dentro de la prisión como una forma de hacer frente a las dificultades cotidianas. Los resultados fueron presentados en cuatro dendrogramas. El primero presentó diferentes tipos de violencia en todas las etapas de la vida. El segundo mostró los sentimientos antagónicos, a veces expresadas por la desesperanza, a veces expresadas por el deseo de un futuro mejor. El tercero identificó crímenes de tráfico de drogas, asesinato, robo, hurto, robo y robo y violación con penas que van de provisional a 66 años. Los factores de motivación están relacionados con los derechos económicos, sociales y culturales. El cuarto tenía relaciones de solidaridad y los conflictos en el día a día. Todos los dendrogramas mostraron la violencia de género. La historia de vida de estas mujeres compone todo su proceso subjetivo de la niñez a la edad adulta en la cárcel. / Esta tese tem como objetivo analisar a história de vida e o envolvimento com a violência de mulheres que cumprem pena num presídio feminino em Cuiabá, Mato Grosso. Para compreender esta realidade, foi utilizada a Teoria Histórico-Cultural de Vygotsky como arcabouço teórico. As categorias teóricas enfocadas nesta tese são violência, violência de gênero, subjetividade e contexto social. O ALCESTE foi a ferramenta metodológica para a análise do material. Assim foi constituído um corpus das entrevistas e logo em seguida a análise dos dados. As mulheres que colaboraram com a pesquisa contaram suas histórias de vida através de entrevista com questões abertas que pretendiam investigar o contexto social da infância, da adolescência até chegar à fase da vida adulta. Todas as mulheres entrevistadas contaram histórias de violência ocorrida durante a infância, a adolescência e a vida adulta. O objetivo geral desta tese é analisar a história de vida e o envolvimento com a violência de mulheres que cumprem pena num presídio feminino em Cuiabá. Para tanto, os objetivos específicos são: a) caracterizar o contexto social da infância e da adolescência das mulheres apenadas; b) caracterizar a violência como uma dimensão de gênero; c) identificar os elementos que as levaram à transgressão; d) identificar o crime que cometeram e a pena imputada; e) caracterizar a organização social implantada por essas mulheres dentro do presídio como forma de enfrentar as dificuldades cotidianas. Os resultados foram apresentados em 4 dendrogramas,sendo que o primeiro apresentou diferentes tipos de violência em todas as fases a vida. O segundo apresentou antagônicos sentimentos, ora expressos pela falta de esperança, ora expressos pelo desejo de um futuro melhor. O terceiro identificou os crimes de: tráfico de drogas, homicídio, latrocínio, estelionato, roubo, furto e estupro, com penas variando entre provisórias até 66 anos. Os elementos motivadores estão ligados a questões econômicas, sociais e culturais. O quarto apresentou as relações de solidariedade e de conflitos no dia-a-dia. Todos os dendrogramas apresentaram violência de gênero. A história de vida dessas mulheres compõe todo o seu processo de subjetivação desde a infância até a vida adulta dentro da prisão.
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Suicídio em municípios do sul do Brasil : um enfoque de gêneroHesler, Lilian Zielke January 2013 (has links)
Neste estudo investigou-se o suicídio sob a perspectiva de gênero em municípios da região sul do Brasil, descreveu-se as características sociodemográficas das pessoas que cometeram suicídio e identificou-se a presença de violência de gênero na história de vida destas pessoas. Trata-se de um estudo qualitativo, e faz parte de uma pesquisa multicêntrica intitulada “É possível prevenir a antecipação do fim? Suicídio de Idosos no Brasil e possibilidades de Atuação do Setor Saúde”. Realizaram-se 19 autópsias psicossociais mediante entrevistas em profundidade com familiares de pessoas que cometeram suicídio nos municípios de Candelária, Venâncio Aires, São Lourenço do Sul e Porto Alegre, localizados no estado do Rio Grande do Sul/Brasil. O método de análise foi o de conteúdo na modalidade temática, com o auxílio do software NVivo versão 7. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e todas as recomendações e cuidados éticos foram respeitados. No que tange às desigualdades de gênero nas relações de conjugalidade observou-se na história de homens e mulheres suicidas, o rígido desempenho dos papéis tradicionais de gênero, em que as mulheres eram responsáveis pelos afazeres domésticos e cuidados da família, e os homens pelo comando e sustento da casa. Algumas mulheres acresciam à sobrecarga do cuidado da casa e filhos, o trabalho na lavoura e a responsabilidade econômica com a família. A violência de gênero esteve presente na história de vida de homens e mulheres que cometeram suicídio, e essa violência, nas relações conjugais, produziu consequências negativas à saúde, bem-estar e qualidade de vida das mulheres que se suicidaram. Os homens suicidas exerceram durante toda a vida conjugal relações de poder e violência de gênero contra as esposas. Assim, entende-se que as desigualdades de gênero são fator de vulnerabilização de mulheres e homens, e não pode deixar de ser analisado quando se estuda o suicídio. Frente a esses resultados destaca-se a importância de estudos e discussões sobre o suicídio na perspectiva de gênero, pois as desigualdades de gênero e as violências contribuem para os comportamentos autoagressivos de homens e mulheres na sociedade. / This study carried out a research on suicide under the perspective of gender in municipalities from the south region of Brazil. It also established the social and demographic characteristics of suicide within these places and it identified the presence of gender violence in the life history of people who committed suicide. It is a qualitative study that makes part of a multicentric research with the title “Is it possible to prevent the anticipation of the end? Suicide of Elderly in Brazil and possibilities of Performance by the Health Sector.” A total of 19 psychosocial autopsies were carried out by means of interviews in depth with family members of people who committed suicide in the municipalities of Candelária, Venâncio Aires, São Lourenço do Sul and Porto Alegre, located in the state of Rio Grande do Sul, Brazil. The method of analysis was that of content in the thematic mode with the support of the 7. Version NVivo software. The project was approved by the Ethics and Research Committee of the Federal University of Rio Grande do Sul and all of the recommendations and ethics aspects were observed. With respect to gender inequalities in marital relations, it has been noted, in the history of suicide men and women, the rigid performance of the traditional gender roles, the women responsible for the home tasks and family care while men were in charge of the home command and provisions for the house. Some women added yet to the overload of the house and children care, the tillage work and the economic responsibility of the family. Gender violence was present in the life history of men and women who committed suicide and such violence in the marital relations have produced consequences to health, well being and quality of life of the women who committed suicide. The suicide men performed all over the marital life, relations of power and gender violence against their spouses. Thus, it is understood that gender inequalities are a vulnerabilization factor for women and men and it must be also analyzed upon studies on suicide. In view of these results, the importance of studies and discussions on suicide under the gender perspective stands out because gender inequalities and violence contribute for autoagressive behaviors of men and women in society. / En este estudio se investiga el suicidio bajo la perspectiva de género en municipalidades de la región sur del Brasil. También se establecieron las características sociales y demográficas del suicidio en estos pueblos y se identificó la presencia de violencia de género en la historia de vida de las personas que se suicidaron. Se trata de un estudio cualitativo que hace parte de una pesquisa multicéntrica titulada”¿Es posible prevenir la anticipación del fin? Suicidio de Mayores en Brasil y posibilidades de Actuación del Sector de Salud.” Se realizaron 19 autopsias psicosociales mediante entrevistas en profundidad con familiares de personas que acometieron suicidio en las municipalidades de Candelária, Venâncio Aires, São Lourenço do Sul y Porto Alegre, ubicadas en el estado del Rio Grande do Sul, Brasil. El método de análisis fue él de contenido en la modalidad temática, con el soporte del software NVivo versión 7. El proyecto fue aprobado por el Comité de Ética y Pesquisa de la Universidad Federal del Rio Grande do Sul y todas las recomendaciones y cuidados éticos fueron respectados. En lo que se refiere a las desigualdades de género en las relaciones de conyugalidad, se observó, en la historia de hombres y mujeres suicidas, el rígido desempeño de los papeles tradicionales de género, mujeres responsables por las tareas domésticas y cuidados de la familia; hombres por el comando y sustento de la casa. Algunas mujeres acrecentaban, a la sobrecarga del cuidado de la casa y de los hijos, el trabajo en la labranza y la responsabilidad económica con la familia. La violencia de género estuvo presente en la historia de vida de hombres y mujeres que acometieron suicidio, y esa violencia, en las relaciones conyugales, produjo consecuencias a la salud, bien estar y calidad de vida de las mujeres que se suicidaron. Los hombres suicidas ejercieron durante toda la vida conyugal relaciones de poder y violencia de género contra las esposas. Así, se entiende que las desigualdades de género son factor de vulnerabilización de mujeres y hombres y no se puede dejar de ser analizarlas cuando uno estudia el suicidio. Delante de eses resultados, se destaca la importancia de estudios y discusiones acerca del suicidio bajo la perspectiva de género, pues las desigualdades de género y las violencias contribuyen para los comportamientos autoagresivos de hombres y mujeres en la sociedad.
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Concepções de profissionais de equipes de saúde da família sobre violência de gênero / Workers from the family health program and conceptions about gender violenceNeusa Maria Franzoi 01 June 2007 (has links)
Este estudo investigou a concepção de violência de gênero em 12 equipes de saúde da família do Município de Araraquara. Para tanto, os objetivos do estudo foram: conhecer e analisar à luz de gênero a visão dos profissionais das equipes de Saúde da Família acerca de homem e mulher; identificar e analisar, à luz de gênero, a percepção dos membros das equipes sobre a violência de gênero e detectar e analisar, à luz de gênero, as contradições que permeiam as concepções dos profissionais em relação a mulher, homem e violência de gênero. Os dados foram coletados durante uma oficina de trabalho e submetidos à análise de conteúdo, resultando em duas categorias empíricas Homem e mulher no mesmo barco social e Violência de gênero. Foram priorizados os temas mais relevantes de acordo com o objeto de estudo, aderentes às categorias analíticas gênero e violência de gênero. Os resultados evidenciaram que a violência de gênero não é percebida pelos profissionais como originárias da construção social da masculinidade e da feminilidade. Ao mesmo tempo em que se percebe avanços no sentido de uma visão mais crítica a respeito da influência dos processos de construção da masculinidade e da feminilidade na identidade de gênero, coexistem com esta, visões conservadoras respaldadas na concepção de homem-provedor e mulher-reprodutora, condizentes com o senso comum. Da mesma maneira comportam-se os temas relacionados à violência de gênero, coexistindo percepções conservadoras e transformadoras. Esta mescla de concepções e posicionamentos confirma a necessidade de ampliar a qualificação profissional para capacitar os trabalhadores para lidar com um fenômeno tão complexo embora comum na realidade do território abrangido pelo Programa de Saúde da Família / This study investigated gender-related violence in 12 family health staffs in Araraquara city. The objectives were to get to know and to analyze, from the gender perspective: the health professionals point of view about man and woman, the professionals´ perceptions about gender-related violence and the contradictions that exist in the professionals´ conceptions about woman, man and violence against woman. Data were collected during a workshop and the content was analyzed through two different empirical categories: \"man and woman in the same \'social boat\" and \"gender-related violence\". The more relevant themes related to the object of this study received more attention, and were included in two analytical categories: gender and gender-related violence. The results showed that the participants do not perceive gender-related violence as something that comes from the social construction of masculinity and femininity. They do have a critical view about those processes of social construction, but they still have conservative opinions about man and woman´s roles: the provider-man and the reproducer-woman; and this is in agreement with the common sense. Discussions about gender-related violence follow the same pattern: with conservative and transforming perceptions at the same time. This mixture of different positionings shows the need to broaden the professional qualifications to deal with this complex, still common, reality of domestic violence inside the territories of the Brazilian Family Health Program
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Violência contra o adolescente: uma análise à luz das categorias gênero e geração / Violence against adolescents: an analysis based on gender and generation categoriesRafaela Gessner 10 December 2013 (has links)
Introdução: A violência contra o adolescente é um fenômeno atual, que desperta grande preocupação, sobretudo devido aos altos índices de morbimortalidade a que está associada. Objetivo: Analisar o fenômeno da violência contra o adolescente à luz das categorias gênero e geração. Os objetivos específicos foram: conhecer as características da violência contra o adolescente a partir das notificações no município de Curitiba, identificar, analisar o perfil e conhecer a realidade da violência contra adolescentes abrigados. Método: Estudo exploratório e descritivo de abordagem quantitativa e qualitativa. Compuseram os cenários de estudo a Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente em Situação de Risco para a Violência de Curitiba e quatro instituições de abrigamento do município. A fonte secundária foi constituída pela base de dados da Rede de Proteção, correspondente aos anos de 2010 a 2012. Os dados foram analisados pelo software SPSS, versão 20.0. Os dados das fontes primárias foram coletados por meio de entrevistas semi-estruturadas com 16 adolescentes abrigados, com idade entre 12 e 17 anos. As entrevistas foram gravadas e as falas submetidas à análise de conteúdo. Resultados: Entre os anos de 2010 e 2012 foram notificados 6.677 casos de violência contra adolescentes: 2.093 em 2010; 2.322 em 2011 e 2.262 em 2012. Em 76,97% dos casos, a violência ocorreu no domicílio, incidindo discretamente mais sobre vítimas do sexo feminino (50,5%) e com idade entre 10 e 14 anos (63,95%). O principal tipo de violência foi a negligência (58,32%), seguida pela física (19,22%) e sexual (14,49%). A mãe foi a principal agressora (34,54%), contudo, o agressor altera-se a depender da natureza da violência praticada. A maioria das notificações (50,73%) foi realizada pelo sistema de saúde municipal, representado por Hospitais e Unidades Básicas de Saúde. Os dados permitiram ampliar o conhecimento da problemática no município no período analisado, embora falhas relacionadas ao processo de notificação e à qualidade dos dados gerados levaram a limitações do estudo. Os resultados qualitativos revelaram que os adolescentes estão expostos à violência cometida no ambiente doméstico e fora dele, podendo ora atuar como vítimas, ora como expectadores da violência. O medo, o temor e a impotência perante o agressor subjugam os adolescentes na relação violenta, condição essa imposta pela posição que ocupam nas relações de gênero e geração. Foi constatado também que os adolescentes naturalizam a violência sofrida, especialmente a física, dificultando, assim, a possibilidade de ruptura da situação. O abrigo emergiu como recurso institucional que pode auxiliar o processo de superação da situação de subalternidade dos adolescentes abrigados. Conclusão: Mais que constatar a magnitude do problema, o estudo pode fornecer subsídios para melhorar a assistência prestada aos sujeitos vitimizados e o enfrentamento do fenômeno, sobretudo na saúde, se privilegiadas medidas de promoção da equidade entre os gêneros e que valorizem o adolescente como cidadão e portador de direitos nas relações sociais / Introduction: Violence against adolescents is a current phenomenon that arouses great concern, especially due to high rates of morbidity and mortality that is associated. Objective: To analyze the phenomenon of violence based on gender and generation categories. The specific objectives were to understand the characteristics of violence against adolescents through reports recorded in the city of Curitiba, southern Brazil, as well as to identify, analyze profile and know the reality of violence against adolescents living in shelters. Methods: This is a descriptive study based on quantitative and qualitative methods. The scenario of the study was the Network for the Protection of Children and Adolescents at Risk for Violence and four shelters in the city. The secondary source consisted of data collection from the Network for the Protection of Children and Adolescents of this city regarding years 2010 to 2012. These data were analyzed using SPSS software 20.0. The primary data source was collected from semi- structured interviews of 16 sheltered adolescents, from 12 to 17 years of age. The interviews were taped and then submitted for content analysis. Results: Between the years 2010 and 2012 were reported 6.677 cases of violence against adolescents: 2.093 happened in 2010; 2.322 in 2011 and 2.262 in 2012. In 76.97% of these cases violence occurred at home, with a slight majority happening to the female gender (50.5%) from 10 to 14 years of age (63.95%). Neglect (58.32%) was the major form of maltreatment in the rank, followed by physical (19.22%) and sexual aggression (14.49%). The mother was the main aggressor (34.54%), however, the aggressor is altered according to the nature of the violence practiced. Most reports (50.73%) were made by the municipal health system such as hospitals and primary healthcare centers. The data allowed the expansion of knowledge on this issue in Curitiba over the analyzed period, although failures in the reporting system and quality of generated data led to limitations in this study. The qualitative outcome showed that adolescents are exposed to violence in their home and outside the home, and can be victims or viewers of violence. Fear and a sense of impotence in face of the aggressor dominate the adolescents in the violent relationship, caused by the position they hold in their gender and generation relationships. Moreover, adolescents naturalize the violence suffered, mainly physical violence, making it more difficult to stop the situation. The shelter came as an institutional resource which can aid in the process to overcome the subalternity situation of sheltered adolescents. Conclusion: More than indicate the magnitude of the issue, this study could give information to improve the assistance given to victimized people and address how to face this phenomenon, especially in health, if measures to promote gender equality and to value teenagers as citizens and as having rights in social relationships are privileged
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Morra para se libertar: estigmatização e violência contra travestis / Die to free yourself: stigmatization and violence against transvestitesValeria Melki Busin 28 April 2015 (has links)
Por meio desta pesquisa, busco investigar a dinâmica psicossocial das violências cotidianas sofridas por travestis, chamando atenção para o gênero articulado a outros marcadores sociais de diferença. Descrevo como as diferentes violências marcam a experiência cotidiana das travestis que participaram do estudo. A abordagem qualitativa permitiu compreender a fluidez das suas relações sociais por meio das suas histórias de vida. Oito travestis com características diversas: cor de pele, classe social, origem geográfica, escolaridade, inserção no ativismo LGBTT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) foram entrevistadas. Como a prostituição é parte importante do cotidiano de violências das travestis brasileiras, as colaboradoras desta pesquisa têm trajetórias profissionais distintas: algumas são profissionais do sexo e vivem da profissão, outras foram profissionais do sexo e agora exercem outras profissões e há quem nunca atuou como profissional do sexo. Inspirada pelo construcionismo social, utilizo as cenas como unidades de análise privilegiada, descrevo como as violências simbólica, física e econômica, incluindo as expressões de violência sexual e psicológica, perpassam a trajetória singular de cada uma delas desde o momento em que expressaram rupturas com os scripts de sexo e gênero em que foram socializadas. Analiso essa diferença em termos de identidade, experiência, relações sociais e subjetividade. A diferença expressa pela ruptura com os scripts de gênero hegemônicos desencadeou processos de estigmatização e experiências de violência que as colocaram em um lugar simbólico marginal e desqualificado. Formas diversas de morte física e simbólica acompanham a vida das colaboradoras desta pesquisa. A interseccionalidade contribui para compreender as trajetórias de vida e a violência experienciada, pois outros marcadores sociais (raça/cor da pele, classe social) coproduzem desigualdade e exclusão, mas também resistência e diversidade. A violência de gênero como violência simbólica produz roteiros intrapsíquicos e interpessoais que tentam aprisionar e impedir que diferenças de gênero se expressem como diversidade, tanto no nível da experiência, como das relações sociais, das subjetividades e das identidades / Through this research, I seek to investigate the psychosocial dynamic of everyday violence suffered by transvestites, calling attention to gender and other social markers of difference. I describe how the different experiences of violence marked the everyday experience of the transvestites that participated in the study. This qualitative approach allowed for a fluid understanding of their social relationships through their life stories. Eight transvestites were interviewed with diverse characteristics: skin color, social class, geographic origin, education background, and level of activism within the LGBTT (Lesbian, Gay, Bisexual, Transgender & Transsexual) communities. As prostitution is an important aspect of the everyday violence among the Brazilian transvestites, the collaborators of this research had distinct professional trajectories: some are sex workers and make a living from the profession, others had been sex workers and are no longer engaged with the profession, and there were those that had never been sex workers. Inspired by social constructionism, I use these scenes as prime units of analysis, I describe how symbolic violence - physical and economic, including expressions of sexual and psychological violence - has commonly permeated the single trajectory of each life since the moment they expressed breaks in socialized sex and gender roles. I analyze this difference in terms of identity, experience, social relations and subjectivity. The difference expressed by the break with hegemonic gender scripts is triggered by stigmatization process and experiences of violence that placed them in a marginal symbolic place and disqualified them. Diverse forms of physical and symbolic death accompany the lives of the collaborators of this research. The intersectionality contributes to understand the trajectories of life and the violence experienced, for the other social markers (race/skin color, social class) coproduced inequality and exclusion, but also resistance and diversity. The gender violence as a symbolic violence produces intrapsychic and interpersonal scripts that attempt to trap and prevent gender differences are expressed as diversity, both in experience level, as social relations, subjectivities and identities
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Percepções de puérperas acerca da violência obstétrica / Perceptions of puerperas about obstetric violenceAlves, Vittória Braz de Oliveira 24 August 2017 (has links)
Submitted by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2017-10-03T11:32:15Z
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Previous issue date: 2017-08-24 / The obstetric violence is one of genre violence types, which has been prominent in Brazil and the
world due to its consequences in reproductive women’s health. The mistreatment and disrespect
on the pregnancy and puerperal cycle care assistance are directly related to cultural, biological and
social issues that involve the women’s health care. The aim of this research was to analyze the
meanings of obstetric violence by puerperal women. This was a qualitative approach of social
strategic research. The data was collected by semi-structured interview with 14 puerperal women
from two Health Districts of Goiânia, Goiás, Brazil. All the qualitative material from the interviews
was analyzed through the Content analysis thematic mode. From this analysis emerged the main
thematic category entitled “experience of obstetric violence in prenatal, childbirth and postpartum"
that is formed by other two subcategories. In the first one “health care process in pre-natal, delivery
and postpartum”, women reported their experiences and most of them were marked by violence on
each care phase. The second one, entitled "the feelings of experience" portray the feelings of the
participants in face of the assistance received, especially sadness, anger and hurt. Feelings of
victory, support and strength were reported by a minority of women. The study contributed to an
important reflection about obstetric care at each stage of the pregnancy-puerperal cycle, through
the meanings attributed by the women participating in the study. Evident that the fragility of
prenatal care has negative repercussions for the woman in childbirth and puerperium. It is important
to invest in replanning and improvements in women's reproductive health care, especially at the
time of prenatal care, since focusing on quality educational actions aimed at the empowerment of
women in childbirth and puerperium will total difference. / A violência obstétrica constitui um dos tipos de violência de gênero que tem sido destaque no Brasil
e no mundo nos últimos anos por suas consequências e seu impacto na saúde reprodutiva dasmulheres. Os maus-tratos e o desrespeito durante a assistência ao ciclo gravídico-puerperal se
relacionam diretamente a questões culturais, biológicas e sociais que envolvem a assistência à
mulher. O objetivo desta pesquisa foi analisar os significados atribuídos por puérperas à violência
obstétrica. Pesquisa social do tipo estratégica, com abordagem qualitativa. Os dados foram
coletados por meio de entrevistas semiestruturadas com 14 puérperas que fazem parte de dois
Distritos Sanitários de Saúde no munícipio de Goiânia, Goiás. O material proveniente das
entrevistas foi analisado por meio da Análise de Conteúdo dentro da modalidade temática proposta
por Bardin, e, desta análise, emergiu uma categoria temática principal intitulada “Experiência da
violência obstétrica no pré-natal, parto e pós-parto”, composta de duas subcategorias. Na primeira,
“processo assistencial: pré-natal, parto e pós-parto”, as mulheres relataram suas experiências, em
sua maioria marcadas pela violência em cada etapa do processo do cuidar: pré-natal, parto e pós-
parto. Na segunda subcategoria intitulada “os sentimentos da experiência” retratam os sentimentos
que ficaram diante da assistência recebida, sobretudo tristeza, raiva e mágoa.Sentimentos de
vitória, apoio e força foram relatados por uma minoria de mulheres.O estudo contribuiu para uma
reflexão importante acerca da assistência obstétrica em cada etapa do ciclo gravídico-puerperal,
por meio dos significados atribuídos pelas mulheres participantes do estudo.Evidenciando que a
fragilidade da assistência no pré-natal traz repercussões negativas para a mulher no parto e
puerpério. Ressalta-se ser premente investir no replanejamento e em melhorias no que diz respeito
à assistência à saúde reprodutiva da mulher, principalmente no momento do pré-natal, uma vez que
focar em ações educativas de qualidade visando o empoderamento da mulher no parto e puerpério
fará total diferença.
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As ambiguidades no conceito da violência: o caso das mulheres manauaras que buscam a delegacia especializada de crimes contra a mulherSantos, Danielle Lima dos 25 May 2015 (has links)
Submitted by Napoleana Barros Martins (napoleana_martins@hotmail.com) on 2016-08-01T15:20:28Z
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Previous issue date: 2015-05-25 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This study aims to understand the ambiguities in the concept of violence. The State through its law defines domestic violence as physical, verbal, psychological aggression, and property in general is faced by women who experience this kind of violence define. For this analysis, we interviewed the employees of the Bureau of Specialized Crimes Against Women and victims seeking help women in that precinct. Through the discourse of both, we analyze what the state defines as a form of violence and intervention to combat this type of crime, as well as the procedure adopted by the state in an attempt to adapt to meet the victims. On the other hand, we have women who experience violence in their homes and that define, through their perceptions, which was understood by her as aggression or not , as well as his conception of the police handling of cases of domestic violence function. / Esta pesquisa tem o objetivo primordial de analisar e compreender as ambiguidades existentes no conceito de violência. O Estado define, através das leis, a significação dos termos violência doméstica: agressão física, verbal, psicológica e patrimonial que, em geral, defronta-se à vivência das mulheres vítimas desses delitos. Para tal análise, entrevistamos as funcionárias da Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher e as vítimas que buscam auxílio nesta delegacia. Mediante o discurso de ambas, analisamos como o Estado define violência doméstica, bem como sua forma de intervenção ao combate deste tipo de crime, e o procedimento adotado pelo Estado na tentativa de adequação ao atendimento das vítimas. Do outro lado, estão as mulheres agredidas em seus lares, elas interpretam a violência à seu próprio modo, por meio da percepção e, sobretudo, experiência nesta condição. Faz parte deste corpus, a análise do que as vítimas consideram como agressão, como também sua concepção sobre a função policial no atendimento dos casos de violência doméstica.
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Violência de gênero e necessidades em saúde: limites e possibilidades da estratégia saúde da família / Gender violence and health needs: limitations and possibilities of the Family Health StrategyOliveira, Rebeca Nunes Guedes de 12 December 2011 (has links)
Estudo exploratório, com abordagem qualitativa, que teve como objetivo geral compreender os limites e as possibilidades avaliativas no que tange ao reconhecimento e enfrentamento de necessidades em saúde de mulheres que vivenciam violência no espaço de concretização das práticas da Estratégia Saúde da Família (ESF). Foi realizado em uma Unidade Básica de Saúde que opera sob a ESF em São Paulo (SP). Os dados foram coletados por meio de entrevistas em profundidade com vinte e dois profissionais de saúde que compõem as equipes multiprofissionais e com treze mulheres usuárias do serviço que vivenciaram situações de violência de gênero. As entrevistas foram gravadas, transcritas e submetidas à análise de discurso. Os resultados foram analisados segundo as categorias analíticas gênero, violência de gênero e necessidades em saúde. Os resultados revelaram a violência enquanto problema que tem interfaces com o processo saúde doença das mulheres. Entretanto, o fenômeno raramente aparece enquanto uma demanda imediata sendo expressiva como demanda implícita e submersa em outras queixas. Houve o reconhecimento de necessidades relacionadas às condições de vida e o contexto de exclusão social do território; necessidades que remetem à autonomia; medicalização das necessidades em saúde revelando a dicotomia mente-corpo no trabalho em saúde; e necessidades relacionadas à escuta e à criação de vínculos enquanto possibilidade de fortalecimento das mulheres que vivenciam violência. A prática biologicista, ainda hegemônica, limita o campo de ação das práticas profissionais, levando usuárias e profissionais a não reconhecerem os serviços de saúde enquanto possibilidade de apoio e enfrentamento da violência. A medicalização foi constatada enquanto a limitação mais significativa das práticas profissionais. As possibilidades relacionadas ao vínculo propiciado pela lógica de atenção instaurada com a ESF encontram-se ainda cerceadas pelas limitações do modelo biomédico e a ausência de tecnologias específicas para lidar com a violência. Concluiu-se que é premente o reconhecimento da violência enquanto problema cuja atenção deve ser inerente aos serviços de saúde, assim como a tradução das demandas trazidas pelas mulheres nas necessidades que a produziram. O reconhecimento dessas necessidades pressupõe ainda considerar a violência e a subalternidade de gênero como generativos desse processo. O trabalho que qualifica a atenção à saúde das mulheres em situação de violência deve superar o modelo biomédico de atenção, o que implica rever a prática profissional, posto que, na perspectiva da emancipação da opressão das mulheres, o saber crítico sobre as necessidades em saúde como conseqüência da situação de opressão que a abordagem de gênero encerra, constitui um de seus elementos, um dos instrumentos que deve orientar todo o trabalho das práticas profissionais nessa área. / The general objective of this exploratory study with a qualitative approach was to understand the limitations and possibilities of the Family Health Strategy (EFS) to recognize and meet the health needs of women experiencing violence. The study was carried out in a Primary Health Care Unit working within the ESF in São Paulo, SP, Brazil. Data were collected through in-depth interviews with 22 health professionals who compose the multidisciplinary teams and with 13 women who use the service and had experienced violence. Interviews were recorded, transcribed and submitted to discourse analysis. The results were analyzed according to analytical categories of gender violence and health needs. The results revealed that violence is an issue that interfaces with the womens health-disease continuum, although the phenomenon rarely appears as an immediate demand; it rather emerges as an implicit demand underlying other complains. The following was identified: needs related to living conditions and the context on social exclusion; needs related to autonomy; medicalizalization of health needs revealing a dichotomy between body-mind in health care delivery; and the need related to active listening and the establishment of bonds as an alternative to empower women experiencing violence. The biologicist practice is still predominant and limits the field of actions of professional practices, hindering users and professionals the possibility to recognize health services as a space where to seek support to cope with violence. Medicalization was identified as the most significant limitation of professional practices. The possibilities related to bonds enabled by the logic of care delivery established within the ESF are still surrounded by the limitations of the biomedical model and the absence of specific technologies to deal with violence. We conclude that acknowledging violence as a problem whose care should be inherent to the health services is urgent as well as the need to translate the demands of these women into the needs that produce them. Acknowledging these needs requires considering violence and gender subordination as elements that generate such a process. The work that qualifies care delivered to women experiencing violence should overcome the biomedical model. It implies a review of professional practices since, from the perspective of emancipation of womens oppression, critical knowledge concerning health needs as a consequence of oppression implied in gender approach, constitutes one of the instruments that should guide the work of professional practice in this field.
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