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Olhar africano: aspectos da África ao sul do Saara na vida de africanos residentes em São PauloSilva, Alessandro Ferreira da 15 October 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-10-15 / This dissertation is about the history of black and non-black Africans who are in São Paulo and lived through the process of impendence in their original countries. These people carry in their living important memories about this period of African history, as well as ancient cultural practices, which are present in the many black-African cultures. These are presented in the many personal narratives and bring some light to rituals such as the cult of the ancestors, the existence of large kin and rites of passage, as discussed by Leite (2008). Likewise, the use of memory-based narratives is theoretically based on the works by Halbwachs (2004), Bosi (1999) and Pollak (1989, 1992) who argue that memory is a rich source of data, as legitimate as writing. Here, I analyse these "African voices" aiming at contributing to deconstruction of an Africa that was invented through centuries of stereotypes created to justify the exploitation made upon her territory, people and the Diaspora, which were determinants to the establishment of racism against the black people and their impoverishment. Throughout my research, I perceived the existence of some room for privileges in some colonies as Mozambique and Angola, those characterised by the absence of black population. One of the most important outcomes of this research is the fact that the collapse of the colonial world left deep scars in the memory of my interviewees. Such scars may be credited to the social space each of them occupied in this colonial world. If, on one hand the end of the colonial world brought sadness and a feeling of loss, on the other, it brought, for many others, the hope of changes / Esta dissertação versa sobre a História de Vida de africanos negros e não negros residentes em São Paulo que vivenciaram o processo de Independência ou pós-independência de seus países. Pessoas que trazem na memória vivências reveladoras de aspectos importantes da história africana no período mencionado, bem como práticas ancestrais presentes nas várias culturas negro-africanas e percebidas nos relatos que revelam, entre outros, o culto aos ancestrais, a existência da família extensa e os ritos de iniciação, fundamentados teoricamente por Leite (2008). Nesse sentido, o uso das narrativas construídas com base na memória tem como embasamento teórico os trabalhos de Halbwachs (2004), Bosi (1999) e Pollack (1989, 1992) que apontam ser a memória uma seiva social riquíssima e tão legítima quanto a escrita. Analiso essas vozes africanas com o intuito de contribuir com a desconstrução de uma África inventada ao longo de séculos de estereotipias criadas para justificar a exploração praticada sobre o território, seu povo e os filhos da diáspora, e que foram determinantes para a construção do racismo contra o negro e o seu empobrecimento material. Ao longo da pesquisa foi observada a existência de espaços de privilégios nas colônias de Moçambique e Angola, sendo esses marcados pela ausência da população negra, destinada ao espaço indígena, como eram chamados pejorativamente. Têm-se como uma das principais observações feitas, ao término do trabalho, o fato de que o desmoronamento do mundo colonial deixara marcas profundas na memória dos entrevistados, determinadas pelo espaço que cada um ocupava no mundo colonial. E esse acontecimento, se por um lado representou tristeza e sentimento de perda para uns, em contrapartida trouxe esperança de mudanças para outros
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Olhar africano: aspectos da África ao sul do Saara na vida de africanos residentes em São PauloSilva, Alessandro Ferreira da 15 October 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-10-15 / This dissertation is about the history of black and non-black Africans who are in São Paulo and lived through the process of impendence in their original countries. These people carry in their living important memories about this period of African history, as well as ancient cultural practices, which are present in the many black-African cultures. These are presented in the many personal narratives and bring some light to rituals such as the cult of the ancestors, the existence of large kin and rites of passage, as discussed by Leite (2008). Likewise, the use of memory-based narratives is theoretically based on the works by Halbwachs (2004), Bosi (1999) and Pollak (1989, 1992) who argue that memory is a rich source of data, as legitimate as writing. Here, I analyse these "African voices" aiming at contributing to deconstruction of an Africa that was invented through centuries of stereotypes created to justify the exploitation made upon her territory, people and the Diaspora, which were determinants to the establishment of racism against the black people and their impoverishment. Throughout my research, I perceived the existence of some room for privileges in some colonies as Mozambique and Angola, those characterised by the absence of black population. One of the most important outcomes of this research is the fact that the collapse of the colonial world left deep scars in the memory of my interviewees. Such scars may be credited to the social space each of them occupied in this colonial world. If, on one hand the end of the colonial world brought sadness and a feeling of loss, on the other, it brought, for many others, the hope of changes / Esta dissertação versa sobre a História de Vida de africanos negros e não negros residentes em São Paulo que vivenciaram o processo de Independência ou pós-independência de seus países. Pessoas que trazem na memória vivências reveladoras de aspectos importantes da história africana no período mencionado, bem como práticas ancestrais presentes nas várias culturas negro-africanas e percebidas nos relatos que revelam, entre outros, o culto aos ancestrais, a existência da família extensa e os ritos de iniciação, fundamentados teoricamente por Leite (2008). Nesse sentido, o uso das narrativas construídas com base na memória tem como embasamento teórico os trabalhos de Halbwachs (2004), Bosi (1999) e Pollack (1989, 1992) que apontam ser a memória uma seiva social riquíssima e tão legítima quanto a escrita. Analiso essas vozes africanas com o intuito de contribuir com a desconstrução de uma África inventada ao longo de séculos de estereotipias criadas para justificar a exploração praticada sobre o território, seu povo e os filhos da diáspora, e que foram determinantes para a construção do racismo contra o negro e o seu empobrecimento material. Ao longo da pesquisa foi observada a existência de espaços de privilégios nas colônias de Moçambique e Angola, sendo esses marcados pela ausência da população negra, destinada ao espaço indígena, como eram chamados pejorativamente. Têm-se como uma das principais observações feitas, ao término do trabalho, o fato de que o desmoronamento do mundo colonial deixara marcas profundas na memória dos entrevistados, determinadas pelo espaço que cada um ocupava no mundo colonial. E esse acontecimento, se por um lado representou tristeza e sentimento de perda para uns, em contrapartida trouxe esperança de mudanças para outros
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Olaudah Equiano : a vida de um marinheiro negro no atlântico do século XVIII e a memória de ÁfricaCanto, Rafael Antunes do January 2015 (has links)
O presente trabalho tem por objetivo estudar e compreender a trajetória e o contexto de vida de Gustavus Vassa (que se auto denominava, também, Olaudah Equiano) (1750- 1797), um africano que atuou como marinheiro nas embarcações do Atlântico, tendo por base sua autobiografia escrita e editada em 1789. O objetivo principal é verificar a validade desse texto enquanto fonte histórica, analisar a vida desse sujeito como marinheiro durante o período e discutir sua memória em relação ao continente africano. Pretende-se a partir de tal texto reconstruir aspectos do cotidiano dos marinheiros que trabalhavam no Atlântico durante o século XVIII, e analisar a maneira pela qual o seu autor apresenta a memória de sua comunidade de origem, a comunidade Igbo, da atual República da Nigéria, na África ocidental. Esse trabalho foi baseado principalmente na autobiografia desse homem que se intitulava Olaudah Equiano, o africano, mas que possuía um nome de batismo ocidental, Gustavus Vassa. A obra desse marinheiro tem sido reeditada desde sua primeira edição em 1789 e hoje faz parte do cânone de textos conhecidos como literatura afro-americana. São diversos os estudos ligados a outras áreas de pesquisa, como Literatura, que utilizam desse relato para estudar o cotidiano dos escravos e ex-escravos no período em questão. Nossos principais objetivos nesse trabalho foram verificar a validade desse texto enquanto fonte histórica, analisar a vida desse sujeito como marinheiro durante o período e discutir sua memória em relação ao continente africano. Procuramos colocar à prova o texto de Gustavus Vassa enquanto fonte histórica acerca do cotidiano dos marinheiros e também em relação a seu passado em África. Pretendemos, a partir do texto desse africano, reconstruir um pouco do cotidiano dos marinheiros que trabalhavam no Atlântico durante o século XVIII. Além disso, podemos também observar que muitos desses marinheiros eram africanos ou afro-americanos que engajavam-se nessa lide com o objetivo de ascender socialmente, ou mesmo para sobreviver de uma forma mais digna do que os outros escravizados nas plantations do novo mundo. / The paper aims to study and understand the biography and life context of Gustavus Vassa (who also called himself Olaudah Equiano) (1750-1797), an African who worked as a sailor in the vessels of the Atlantic. Our study is based on his autobiography, written and edited in 1789. Our main objectives in this work were to verify the validity of the text as a historical source, analyze the life of this subject as a sailor during the period of his life and discuss his memory in relation to the African continent. By analyzing the text, we also seek to reconstruct aspects of the daily life of sailors that worked in the Atlantic during the 18th century and analyze the way the author presents the memory of his native community, the Igbo who currently reside in the Republic of Nigeria in West Africa. The work was based on the autobiography of this man, who called himself Olaudah Equiano, the African, but had a western forename, Gustavos Vassa. This sailor‟s work has been reedited since its first edition in 1789 and today is part of the canon of known texts of african-american literature. There are several studies connected to other research areas, such as Literature, that use this account to study the daily life of slaves and former slaves in the period in question. We tried to put to the test Gustavus Vassa‟s text as a historical source about the lives of sailors, as well as his past in Africa. Based on this African man‟s text, we sought to reconstruct a bit of the everyday life of sailors who worked in the Atlantic during the eighteenth century. In addition, we also observed that many of these sailors were African or African-Americans who commited to this activity in order to ascend socially or even seeking a better life than other slaves in the plantations of the New World.
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Relações sul-sul e a perspectiva brasileira da détente : uma análise histórica da “correção de rumos para a África” do Brasil (1974-1979)Feijó, Brunna Bozzi January 2016 (has links)
A partir de 1974, a política externa brasileira em relação à África foi reformulada, o que, nas palavras do então ministro de relações exteriores do Brasil, tratou-se de uma “correção de rumos para a África”. O aumento de representações diplomáticas em países africanos, assim como a política de reconhecimento irrestrito das independências e dos governos de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, rompendo com um padrão histórico de ambivalências quanto ao colonialismo português, consistiram nas principais medidas tomadas. A questão que orienta a presente pesquisa é a de compreender de que forma a “correção de rumos para a África” se relacionou ao processo mais abrangente de criação de convergências, políticas e econômicas, com países em desenvolvimento e/ou países pós-coloniais, elemento característico da política externa brasileira desenvolvida durante o governo do presidente Ernesto Geisel. Trata-se de uma pesquisa eminentemente documental, cujas fontes primárias foram produzidas no âmbito do Ministério de Relações Exteriores do Brasil e de outros órgãos vinculadas ao Poder Executivo, em sua maioria depositadas junto ao CPDOC/FGV. O argumento central da pesquisa é que o autoproclamado “pragmatismo” da política externa do governo Geisel foi sintomática da revisão ao padrão de inserção internacional do país, o qual, desde a II GM, tornara-se cognoscível por meio da prioridade dada às relações com o Norte industrial em matéria de cooperação econômica, tanto quanto da urgência concedida à segurança compartilhada do hemisfério ocidental. O argumento parte da constatação de que a détente da Guerra Fria foi interpretada, no Brasil, como um tipo de consenso, ainda que precário, entre potências industriais em prol da consolidação de áreas de influência no Terceiro Mundo. A revisão ao então “pertencimento ocidental” em matéria de desenvolvimento e de segurança teve na grande janela de oportunidade das relações Sul-Sul na década de 1970 uma condição de emergência. No Atlântico Sul, essa revisão mostrou-se em seus contornos mais nítidos, dado o papel pregresso de resguardo ao “avanço comunista” conferido ao Brasil em suas relações com o continente africano. A partir de 1974, o agenciamento, político e econômico, de países africanos pós-coloniais, sobretudo em matéria de descolonização portuguesa, foi crucial para estabelecer um novo sentido à inserção do Brasil no Atlântico, em que tanto a noção de segurança, quanto a de desenvolvimento, se deram por bases mais autóctones – em que o próprio socialismo africano passou a ser lido como manifestação de “pragmatismo”. / In 1974, Brazil reshaped its foreign policy towards Africa, which, in the words of the Brazilian secretary of state at the time, meant a “correction of course towards Africa.” The main steps taken were an increase in the number of diplomatic outposts in African countries and the unbound recognition of the independences of Angola, Guinea-Bissau and Mozambique, which broke away from a historical pattern of ambivalence toward Portuguese colonialism. The issue that guides this research is understanding the role that this “correction of course towards Africa” played in the overarching process of economic and political convergence with developing and/or post-colonial countries, a defining component of Brazilian foreign policy during the Ernesto Geisel administration. This is chiefly an archival research, whose primary sources where retrieved from Brazil’s Department of State and other offices associated with the country’s Executive Branch, most of which are archived in the Contemporary Brazilian History Research and Documentation Center of the Getulio Vargas Foundation (CPDOC/FGV). This paper main argument is that the self-proclaimed “pragmatism” in Geisel’s foreign policy was a manifestation of an overhaul of the country’s pattern of international involvement. Since World War II, this pattern had been marked by a high priority given to the relations with the industrial North in issues of economic cooperation as well as by a sense of urgency for shared security in the Western Hemisphere. The leading thread of the analysis assumes that the Cold War’s deténte was interpreted in Brazil as an agreement, albeit precarious, among industrial powers over their respective zones of influence in the Third World. The critical revision of Brazil’s “belonging to the West” in issues of development and security found solid ground in the major window of opportunity presented by the South-South relations of the 1970’s. This revision was the most evident in the South Atlantic due to Brazil’s previous role in the thwarting the “spread of communism” in Africa. From 1974, the economic and political pursuit of newly independent African countries, especially of former Portuguese colonies, was central in establishing a new sense of Brazilian insertion in the South Atlantic, in which both security and development ties were locally founded – and in which African socialism began, on its turn, to be conveyed by the Brazilian government as an instance of “pragmatism.”
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Análise da arquitetura africana de paz e segurança : o papel da IGAD na estabilização do chifre da ÁfricaCardoso, Nilton César Fernandes January 2015 (has links)
A busca pela pacificação da África pode ser considerada como um dos principais desafios encontrados pelos países africanos no imediato pós-independência. Em certa medida, romper com guerras civis e garantir a estabilidade continental foram se tornando algumas das principais preocupações das lideranças africanas. Reflexo disso pode ser encontrado nas várias iniciativas propriamente africanas criadas no continente no período pós-colonial visando à estabilidade e à promoção do desenvolvimento econômico e social do continente. Nesse sentido, o presente trabalho busca compreender a evolução da Arquitetura Africana de Paz e Segurança (AAPS) desde a criação da Organização da Unidade Africana (OUA), em 1963 – primeiro mecanismo africano de segurança –, até os dias atuais, com foco na Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD) na estabilização do Chifre da África. / The search for the pacification of Africa may be considered as one of the main challenges found by African countries in the post-independence immediate period. To some extent, to break off civil wars and guarantee continentall estability increasingly became a major concern of African leaderships. The impact of this can be found in several truly African initiatives created in the post-colonial period, aiming to ensure stabilty and promotion of economic and social development on the continent. In this sense, this work seeks to comprehend the evolution of the African Architecture of Peace and Security (AAPS) since the creation of the Organization of the African Unity in 1963 - first African security mechanism - up to this day, focusing in the Intergovernmental Authority on Development (IGAD) in the estabilisation of the Horn of Africa.
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Homens de ferro. Os ferreiros na África central no século XIX / Men of iron. Blacksmiths in central Africa in the nineteenth centuryJuliana Ribeiro da Silva 22 August 2008 (has links)
Essa monografia tem como objetivo compreender a atuação dos ferreiros frente às transformações ocorridas no século XIX na África central. As inúmeras modificações ocorridas na região afetaram diretamente a vida dos ferreiros. A intensificação do chamado comércio legal e o acesso às áreas mais interioranas levaram ao aumento da solicitação do trabalho desses especialistas, que rapidamente se adequaram às novas demandas e souberam aproveitar as oportunidades surgidas. A introdução da metalurgia do ferro na África central proporcionou intensas modificações nas sociedades africanas, contribuindo para colocar os ferreiros num lugar privilegiado dentro das suas comunidades. O trabalho do ferreiro, além de ser exclusivamente masculino, era cercado por segredos inacessíveis à maioria. A visão de mundo baseada no equilíbrio entre homem e natureza exigia desse profissional, não apenas o conhecimento profundo do meio-ambiente, mas também das forças espirituais que o regem. Por isso, esses especialistas desempenhavam inúmeros papéis além daqueles ligados propriamente ao seu ofício, como a participação nas cerimônias de entronização e morte de chefes e, em algumas regiões, nos rituais ligados à fertilidade. / The subject of this work is to understand the role of blacksmiths within the transformations of the nineteenth century in Central Africa. The many modifications that took place in the region directly changed the way of life of the blacksmiths. The intensification of the so called legal trade in the region and the access to inland areas led to the increase request of these professionals which rapidly adequate their selves to the new demands, benefiting from the new opportunities. The introduction of iron metallurgy in Central Africa provided intense modifications in African societies and contributed to put the blacksmiths in a special place. Ironworking was exclusively masculine and surrounded by secrets hidden to most people. The African vision of world based on the balance between men and nature required from the blacksmiths not only a profound knowledge about the environment but also a vast perception of the spiritual forces that regulate it. Therefore the blacksmiths played innumerous roles besides their professional and technical assignments. They participate as key figures in inauguration and death ceremonies of chiefs and in some regions also in fertility rituals.
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A África por ela mesma: a perspectiva africana na História Geral da África (UNESCO) / Africa by itself: the african perspective in the collection General History of Africa (UNESCO)Muryatan Santana Barbosa 15 October 2012 (has links)
Esta tese traz uma análise da perspectiva africana na coleção História Geral da África (UNESCO). Para isto, baseia-se no exame da história institucional do projeto que lhe originou e da escrita da história ali presente, em seus oito volumes. Tais considerações levaram a definição da perspectiva africana como uma perspectiva que privilegia os fatores internos ao continente, em oposição aos externos, na explicação histórica, científica, da África. Ademais, constatou-se que esta perspectiva se diversifica, na História Geral da África (HGA), em três abordagens complementares da história da África: a) regionalismo; b) difusionismo intra-africano; c) sujeito africano. A partir de tal investigação, reflete-se sobre algumas consequências teóricas e metodológicas que tal perspectiva africana traz para uma visão científica contemporânea e tendencialmente pós-eurocêntrica da história da África. / This thesis presents an analysis of the African perspective in the project General History of Africa (UNESCO). It examines the institutional history of the project and the writing of history in this collection of eight volumes. Such considerations have led to the definition of the African perspective as a perspective that focuses on the internal factors of the continent, as opposed to external ones, in its scientific explanation of Africa history. In addition, this study concluded that this perspective unfolds into three complementary approaches of the General History of Africa (GHA): a) regionalism b) intra-African diffusionism c) African subject. This analysis provides the basis for a discussion on some theoretical and methodological outcomes that such an African perspective brings to a scientific view on the history of Africa that is contemporary and potentially post-Eurocentric.
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O Egito como componente curricular de história: desafios e possibilidades no ensino de história da África / Egypt as a curricular component of history: challenges and possibilities in the teaching of African historyPaiva, Viviane Aparecida da Silva 06 December 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-12-06 / Studies of ancient Egypt has traditionally figured in the curriculum of history. The textbooks of
history have built representations of Egypt and through them spread a perspective that hides the
africanity of Egypt, it hides important chapter of the history of the contributions of African
populations to the construction of human societies. This study will analyze these images and also it
to propose the development of teaching materials concerning the history of this society that seeks
to highlight the africanity of Egypt and the importance of the history of ancient African societies to
the deconstruction of racist stereotypes that sought to build a representation of the inferiority of
African populations and African descent in relation to European and Euro descendants. Textbooks
will be analyzed produced from Law 10.639 / 3: and it will seek to verify that the law has changed
or not the images of Egyptian society, if the authors repositioned studies of Egypt in the spirit of
the law as and how they did it. / Os estudos sobre o Egito antigo têm, tradicionalmente, figurado nos currículos de história. Os
livros didáticos de história têm construído imagens do Egito e através delas disseminado uma
perspectiva que oculta a africanidade do Egito, logo oculta importante capítulo da história das
contribuições das populações Africanas para a construção das sociedades humanas. Este trabalho
buscará analisar estas representações e também propor a elaboração de material didático relativo à
história dessa sociedade que busque ressaltar a africanidade do Egito e a importância da história
das antigas sociedades africanas para a desconstrução dos estereótipos racistas que procuraram
construir uma imagem da inferioridade das populações africanas e afrodescendentes em relação às
europeias e euro descendentes. Serão analisados livros didáticos produzidos a partir da lei 10.639/3
e se procurará verificar se a lei alterou ou não as representações da sociedade egípcia, se os autores
reposicionaram os estudos sobre o Egito dentro do espírito da lei como e o quanto o fizeram.
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A produção, o desempenho e o comércio internacional do setor agrícola da África Ocidental / Production, performance and international trade in West Africa\'s agricultural sectorAnsu Mancal 09 March 2018 (has links)
Na África Ocidental iniciou-se desde a década de 1940, com a criação da União Econômica e Monetária do Oeste Africano (UEMOA) em 1945, uma transformação socioeconômica centrada na redefinição das relações entre os países da região. Antes restritas à laços coloniais, com a criação da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) em 1975 as mudanças transcenderam aspectos coloniais. Nesses esforços, o setor agrícola mereceu destaque, que resultou em compilação e harmonização das políticas agrícolas dos países da região para formar políticas regionais do setor - políticas agrícolas da UEMOA e da CEDEAO -. A produção agrícola é a base do desenvolvimento dos países da África Ocidental, constitui importante determinante das dinâmicas socioeconômicas desses países. Assim, o objetivo neste trabalho é investigar a estrutura de produção, desempenho e comércio internacional do setor agrícola da África Ocidental. Utilizou-se a fronteira estocástica na forma funcional transcendental para estimação dos parâmetros estruturais da produção agrícola. Buscou-se detectar o esforço pró-desenvolvimento agrícola por meio de adaptação do modelo de Lei Dinâmica de Verdoorn, com inclusão de fontes locais disponíveis para o financiamento da melhoria de produtividade agrícola. Por meio de teste de raiz unitária aplicado aos dados em painel, foi analisada a convergência da produtividade agrícola entre os países da África Ocidental. E, foi utilizado o modelo gravitacional estrutural expandido para investigar comércio internacional agrícola da região. Os resultados mostraram que, as transformações da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) constituem principais causas da quebra estrutural no setor agrícola regional. As participações relativas dos fatores na produção agrícola entre os subperíodos antes e depois das mudanças políticas da CEDEAO são diferentes, a área é o mais importante determinante da evolução desta produção. Quanto a produtividade, embora convergentes, os países da região não alocaram prioritariamente os recursos disponíveis para o desenvolvimento agrícola, em particular no setor privado. E, o padrão global das transações agrícolas internacionais desta região é dominantemente definido pelas transações extra-regionais e existem diferenças entre os determinantes intra e extra-regionais. Nas transações globais, os fluxos são maiores entre os países membros da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e União Econômica e Monetária do Oeste Africano (UEMOA) não afeta significativamente esses fluxos. Ao passo que, no comércio agrícola intra-regional a CEDEAO não impacta significativamente e os fluxos são maiores entre os países membros da UEMOA. A distância geográfica não exerce efeitos significativos no comércio internacional agrícola extra-regional da África Ocidental. / In West Africa, it began since 1940s with fundation of West African Economic and Monetary Union (UEMOA) in 1945, a socioeconomic transformation centered on the redefinition of relations between the countries of the region. Previously restricted to colonial ties, with the creation of the Economic Community of West African States (ECOWAS) in 1975 the changes transcended colonial aspects. In these efforts, the agricultural sector was highlighted, which resulted in the compilation and harmonization of the agricultural policies of the countries of the region to form regional policies of the sector - agricultural policies of UEMOA and ECOWAS -. Agricultural production is the basis of development of West African countries, an important determinant of the socioeconomic dynamics of these countries. Thus, the objective in this work is to investigate production structure, performance and international trade of West African agricultural sector. The stochastic frontier was used in the transcendental functional form to estimate the structural parameters of agricultural production. It was sought to detect the pro-agricultural development effort by adapting the Verdoorn Dynamic Law model, with the inclusion of local sources available to finance the improvement of agricultural productivity. Using a unit root test applied to the panel data, the convergence of agricultural productivity among West African countries was analyzed. And, the expanded Structural Gravity Model was used to investigate the region\'s international agricultural trade. The results showed that the transformations of the Economic Community of West African States (ECOWAS) are the main causes of the structural break in the regional agricultural sector. The relative participation of factors in agricultural production between the subperiods before and after the ECOWAS political changes are different, the area is the most important determinant of the evolution of this production. In terms of productivity, although convergent, the countries of the region did not allocate the resources available to agricultural development as priority, particularly in the private sector. And, the overall pattern of international agricultural transactions in this region is dominantly defined by extra-regional transactions and there are differences between intra- and extra-regional determinants. In global transactions, flows are higher among member countries of the Economic Community of West African States (ECOWAS) and West African Economic and Monetary Union (WAEMU) does not significantly affect these flows. Whereas, in intra-regional agricultural trade, ECOWAS does not have a significant impact and flows are greater among WAEMU member countries. Geographical distance has no significant effect on West African extra-regional agricultural international trade.
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Dos terreiros ao Hip-Hop: às voltas com os ancestrais / From the holy ground to Hip Hop: spinning with ancestorsMarcos Vinicius Puttini 24 September 2015 (has links)
Esta dissertação de mestrado é uma reflexão sobre uma pesquisa educacional de campo que contemplou o hip-hop como cultura juvenil e cujo objetivo era construir fazeres educacionais que se valem do hip-hop. O texto discute a experiência educacional que teve lugar na organização não governamental Casa do Zezinho, no extremo sul da cidade de São Paulo. A instituição oferecia oficinas de hip-hop a jovens de ambos os sexos, entre 13 e 17 anos e regularmente matriculados na rede pública, e minha intervenção se deu nesse contexto, em parceria com a professora de hip-hop. Descrevo o itinerário da pesquisa contemplando aspectos institucionais, subjetivos e de articulação do projeto durante sua realização. Minha intervenção consistiu em exercícios e atividades de natureza cultural como a produção de textos, grafitti e coreografias matizados pela motivação e pelo despertar de uma consciência crítica, artística e, principalmente, de pertença à ancestralidade africana, arrancada de suas raízes pelo processo histórico escravagista colonial cujos resquícios perduram até hoje, em parceria com a professora de hip-hop da Instituição. Os exercícios visavam sobretudo conectar esses jovens com sua ancestralidade perdida, pois pensamos o hip-hop como cultura juvenil legítima e procuramos valorizá-lo como percurso educacional, inclusive a jornada heroica que se narra em suas letras, análoga à dos jovens em seu cotidiano e à minha própria como pesquisador. No processo de construção das oficinas, consubstanciou-se a presença da religiosidade africana, de sua arte e de seu pensamento, traduzidos e atualizados pela cultura hip-hop. O resultado foi um percurso formativo que se valeu de uma cultura juvenil praticada principalmente por jovens pobres das periferias do Brasil e, compartilhando essa experiência, procurou-se resgatar a autoestima desses jovens e favorecer a integração social e geracional de membros das comunidades. / This master dissertation is a reflection of an educational research in the field that faced hip hop as a youth culture, which goal was to build educational procedures from hip hop. The text discusses the experience that took place at the Non-Governmental Organization Casa do Zezinho, in the far south of São Paulo City. The institution offered hip-hop workshops for young people of both sexes, between 13 and 17 years old, who were officially enrolled at the schools of the public system, and my intervention took place in this context, in partnership with the teacher of hip-hop. I shall narrate the itinerary of the research, considering institutional, subjective and articulatory aspects of it, along its making. My intervention consisted of exercises and cultural activities such as the production of texts, graffiti and choreography tinted by motivation and the awakening of a critical conscience, artistic awareness and especially the feeling of belonging to African ancestry, torn from its roots through the historic slave process which colonial remnants linger to the present days. The exercises were aimed, above of all, to connect these young people to their lost ancestry, because we believed hip hop as a legitimate youth culture and we struggle to value it as an educational route, including the heroic journey that is described in its lyrics, analogous to the youth struggles in their everyday life, and my own as a researcher. It was embodied into the workshops the process of construction to reveal the presence of African religiosity, its art and its thinking, translated and updated by the hip hop culture. As a result, I developed a training path that drew upon a youth culture mainly practiced by poor young people from the outskirts of Brazil and when sharing this experience, we tried to rescue the self-esteem of these young people and promote social and generational integration of community members.
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