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Perfil das adolescentes privadas de liberdade no interior do Estado de São PauloPenacci, Fernanda Augusta January 2017 (has links)
Orientador: Carmen Maria Casquel Monti Juliani / Resumo: Objetivo. Descrever o perfil sociodemográfico da população adolescente feminina privada de liberdade no interior do Estado de São Paulo. Descrever o perfil epidemiológico da população adolescente feminina privada de liberdade no interior do Estado de São Paulo. Descrever o perfil infracional e uso de substâncias psicoativas por adolescentes privadas de liberdade no interior do Estado de São Paulo. Método. Estudo transversal com base de dados secundários desenvolvido no período de janeiro a dezembro do ano de 2015 e janeiro e fevereiro de 2016. Foi realizada uma descrição da população por meio de medidas resumo: mediana, mínimo e máxima e estimativa de percentuais. Para análise estatística foi utilizado o Software SPSS ® versão 21.0. A amostra foi composta por 374 adolescentes em privação de liberdade na faixa etária de 12 a 21 anos incompletos dos Centros de Atendimento Socioeducativos do município de Cerqueira César. Resultados. A média de idade foi de 17anos, com predominância da cor parda. Em relação à escolarização preponderou o ensino fundamental (69,8%) e evidente evasão escolar (92%). Observou-se grande quantidade de adolescentes com atendimento pelo Conselho Tutelar (64,7%) e o maior contingente de procedência das adolescentes pertence à Rede Regional de Atenção à Saúde-RRAS 12. Referente às condições de saúde, as morbidades de maior prevalência foram relacionadas às geniturinárias (27,8%) seguida das morbidades em saúde mental (24,3%). As condições de moradia e famíl... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Doutor
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Análise das práticas e das habilidades sociais educativas maternas na interação com os filhos adolescentes /Sabbag, Gabriela Mello. January 2010 (has links)
Orientador: Alessandra Turini Bolsoni-Silva / Banca: Maura Gloria de Freitas / Banca: Ligia Ebner Melchiori / Resumo: A literatura nacional e internacional, especializada no relacionamento entre pais e filhos, aponta para a importância de se investigar os estilos e as práticas parentai para o estudo das habilidades sociais e dos problemas de comportamento dos adolescentes. As práticas parentais referem-se às diferentes estratégias que os pais utilizam para educação e socialização de seus filhos. As habilidades sociais utilizadas pelos pais com o intuito educativo são denominadas de habilidades sociais educativas parentais. Essas permitem a transmissão de padrões, valores e condutas ao filho, tornando possíveis a socialização do adolescente e a competência em suas interações sociais. Com base nos estilos maternos de risco e não risco para problemas de comportamento em adolescentes, obtidos pelo Inventário de Estilo Parental - IEP -, a presente pesquisa busca descrever o perfil de interações sociais estabelecidas entre mães e filhos adolescentes, utilizando como instrumento a análise funcional do comportamento. Foram investigadas as habilidades sociais educativas maternas, as práticas negativas, as variáveis contextuais, as habilidades sociais e os problemas de comportamento dos adolescentes. Participaram do estudo 24 mães, das quais 14 foram relatadas pelos seus filhos como tendo estilo de risco e 10, estilo de risco e 10, o que foi identificado pelo Inventário de Estilo Parental - IEP. Essas mães responderam o Roteiro de Entrevista de Habilidades Sociais Educativas Parentais - RE-HSE-P - e o Child Behavior Checklist - CBCL. As análises globais apontaram diferenças na comparação das habilidades sociais educativas maternas - HSE-P - do grupo de risco e de não risco para quase todas as categorias do RE-HSE-P: habilidades sociais educativas maternas, práticas negativas maternas, situações de contexto, frequência de práticas negativas maternas, total de práticas... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The investigation of parental styles and practices and the relation with adolescent's behavior problems and adolescent's social skills, is being studied by national and international literature of parents and adolescents relationship. The parent's practices are the different strategies who they use for children and adolescent socialization. The social skills that the parents use with educative intention are called parental educative social skills, which allow the transmission of standards, values and behaviors that make possible the socialization of the child or adolescent and the ability in social interactions. In this context, the present study investigated from the maternal risk style and not risk style, by Parental Styles Inventory - IEP -, this research makes the functional analysis of the mother and adolescent interaction, taking account the maternal educative social skills, the negative practices, the context variables, the adolescent's social skills and the adolescent's behavior problems. The participants were 24 mothers, of wich 14 were related by sons like being risk style and 10 like being no risk style, that was identified by Parental Style Inventory. These mothers answered the Parental Social Educative Skills Script Interview - RE-HSE-P -and the Child Behavior Checklist- CBCL. The global analyses showed differences in the comparison of maternal social educative skills from the risk group and the non risk group for almost all the categories from RE-HSE-P: mother's educative social skills, maternal negatives practices, context situations, maternal negative practices frequencies, overall negative practices, overall positive practices, son's social skills and son's behavior problem. In general way, the non risk mother's told more often being educative social skills and less negative practices. By consequence your sons showed more social skills and less behavior problems... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Efeitos do consumo de cafeína na avaliação subjetiva da qualidade do sono em adolescentes / Effects of caffeine on the subjective assessment of sleep quality in adolescentsSilva, Fernanda Ribeiro Pinheiro da [UNIFESP] 29 June 2011 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2011-06-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Objetivos: Avaliar os efeitos do consumo de cafeina sobre a qualidade do sono em adolescentes e suas implicacoes sobre Sonolencia Diurna e ansiedade. Metodos: Estudo realizado com 34 adolescentes de ambos os sexos, com idade entre 12 e 18 anos, de uma escola privada do municipio de Sao Bernardo do Campo, SP (Brasil). Foram avaliados, por meio de questionarios, o consumo de cafeina (Frequencia Alimentar), a Qualidade do Sono (Indice de Qualidade do Sono de Pittsburgh ¡V PSQI), a Sonolencia Diurna (Escala de Sonolencia Epworth ¡V ESE) e os Niveis de Ansiedade (Inventario de Ansiedade Traco e Estado ¡V IDATE). Resultados: A amplitude da amostra de idade encontrada no sexo feminino foi de 12,4 a 18 anos e no masculino de 12,7 a 18,2 anos. A media de horas de sono durante a noite foi de oito horas (8 h). Observou-se associacao entre idade e horario de ir dormir. O grupo de idade (14,1„b1,5) que dorme entre 21 e 22 h e significativamente mais novo que o grupo (17,0„b0,7) que dorme depois das 00 h (meia-noite), p = 0,043. O refrigerante tipo cola foi a bebida-fonte de cafeina mais consumida. A Qualidade do Sono apresentou associacao com a frequencia de consumo de chocolate preto e uso de bebidas energeticas. Em relacao ao consumo de cafe e ansiedade observou-se que a medida que aumentam os Niveis de Ansiedade aumenta o volume de ingestao. Houve associacao com refrigerantes e ansiedade. Nao houve associacao entre o consumo de alimentos e bebidas cafeinadas para avaliar sono e ansiedade. O uso diario de cola se associou com o Alto Nivel de Ansiedade Traco (p = 0,037). Conclusoes: O aumento da frequencia de consumo de chocolate ao leite e meio amargo interfere na Qualidade do Sono. Nao ha associacao entre consumo de cafeina e Sonolencia Diurna. A medida que aumenta a ingestao de cafe e a frequencia do consumo de refrigerantes do tipo cola aumentam os Niveis de Ansiedade. / Purpose: Evaluate the effects of caffeine consumption on sleep quality in adolescents and its implications on daytime sleepiness and anxiety. Methods: A study was conducted with 34 adolescents of both sexes, aged between 12 and 18 years, of a private school in Sao Bernardo do Campo city, SP (Brazil). Questionnaires were used to assess the caffeine consumption (Food Frequency), the Sleep Quality (Pittsburgh Sleep Quality Index ¡V PSQI), the Daytime Sleepiness (Epworth Sleepiness Scale ¡V ESS) and the Anxiety Levels (State-Trait Anxiety Inventory ¡V STAI). Results: The age range of the sample was from 12.4 to 18 years in females and from 12.7 to 18.2 years in males. Average hours of sleep at night was eight hours (8 h). Relation between age and bedtime was observed. The group (14.1„b1.5) that sleeps between 21 and 22 h is significantly younger than the group (17.0„b0.7) that sleeps after 00 h (midnight), p = 0.043. The cola soft drink was the most consumed caffeine source-beverage. Sleep Quality was related to the frequency of dark chocolate consumption and energetic beverages use. In relation to coffee consumption and anxiety, it was observed that as the Anxiety Levels increase, the intake volume increases. There was relation between soft drinks and anxiety. There was no relation between caffeinated foods and beverages consumption to assess sleep and anxiety. The daily cola use was related to the High Level of Trait Anxiety (p = 0.037). Conclusions: The frequency increase of dark chocolate consumption interferes in Sleep Quality. There is no relation between caffeine consumption and Daytime Sleepiness. As coffee intake and the frequency of cola soft drinks consumption increase, the Anxiety Levels increase. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Autolesão deliberada em crianças e adolescentes : prevalência, correlatos clínicos e psicopatologia maternaSimioni, André Rafael January 2017 (has links)
Contexto: Pouco se sabe a respeito da prevalência e correlatos de autolesão deliberada em jovens de países em desenvolvimento. Além disso, existe uma escassez de estudos avaliando associações clínicas e com psicopatologia familiar ajustando-se para outras comorbidades, especialmente numa faixa etária mais jovem da população (dos 6 aos 14 anos). Objetivos: Nós investigamos a prevalência e as associações de autolesão deliberada em jo- vens desta faixa etária com fatores de risco demográficos (idade, gênero, status socioeconô- mico e etnicidade), clínico (diagnóstico psiquiátrico das crianças) e familiar (diagnóstico psiquiátrico materno) em um grande estudo comunitário no Brasil. Métodos: Participantes (n=2.508) e suas mães (n=2,295) da Coorte de Alto-Risco para Transtornos Psiquiátricos foram avaliados através da Development and Well Being Assess- ment (DAWBA) e Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI) respectivamente. Autolesão atual (no último mês) e ao longo da vida foram estimadas, incluindo análises estratificadas por faixa etária. Regressões logísticas foram realizadas investigando o papel do diagnóstico clínico de crianças e adolescentes e da psicopatologia materna sobre as estimativas de autolesão, ajustando-se para potenciais fatores confundidores. Resultados: A prevalência de autolesão deliberada atual foi de 0,8% (0,6% para crianças e 1% para adolescentes) e ao longo da vida foi de 1,6% (1,8% e 1,5% respectivamente). Estas estimativas não variaram de acordo com a idade, sexo e etnicidade. No entanto, pertencer à classe média esteve associado a uma diminuição de 70% na probabilidade de se relatar um episódio de autolesão ao longo da vida comparando-se com a classe mais favorecida. Autolesão atual e ao longo da vida foram mais frequentes em jovens com Depressão Maior, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno Opositor Desafiante (TOD), mesmo em modelos múltiplos ajustado para variáveis demográficas e co- ocorrência de transtornos psiquiátricos. Além disso, a presença de transtorno de ansiedade nas mães esteve fortemente associada com autolesão deliberada recente e ao longo da vida em seus descendentes. Ao estratificar-se a análise por faixa etária, esta associação tornou- se não significativa para crianças com autolesão recente e adolescentes com autolesão ao longo da vida; ao passo que, especificamente em crianças, autolesão recente foi associada com transtorno de humor materno. Conclusão: A autolesão deliberada é um problema importante em crianças e adolescen- tes. Os diagnósticos de Depressão Maior, TDAH e TOD estão consistentemente associados com este comportamento, bem como ter uma mãe com um transtorno de ansiedade. Nos- sos resultados salientam a importância de se perguntar a respeito de comportamentos suicidas em jovens com comportamentos disruptivos, independentemente da comorbidade com depressão, e também realçam a necessidade de estratégias preventivas com um en- volvimento familiar. / Background: Little is known about the prevalence and correlates of deliberate self-harm (DSH) in youngsters from low and middle-income countries. In addition, there is a shortage of studies evaluating clinical associations and family psychopathology adjusting for other comorbidities, especially in a younger age-group (from 6 to 14 years). Objectives: We investigated prevalence and associations of DSH in youngsters of that age range with demographic (age, gender, socioeconomic status and ethnicity), clinical (children psychiatric diagnosis) and familial risk factors (maternal psychiatric diagnosis) from a community-based study from Brazil. Methods: Participants (n=2,508) and their mothers (n=2,295) from the High Risk Co- hort for Psychiatric Disorders (HRC) were assessed through the Development andWell Be- ing Assessment (DAWBA) and the Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI) respectively. Current (last month) and lifetime DSH were estimated, including analysis stratified by age-groups. Logistic regressions were performed investigating the role of youths’ clinical diagnoses and maternal psychopathology on prevalence estimates of DSH adjusting for potential confounding factors. Results: Prevalence of current DSH was 0.8% (0.6% for children and 1% for adolescents) and life-time DSH was 1.6% (1.8% and 1.5% respectively). These estimatives did not vary with age, gender and ethnicity. However, being from middle class was associated with a 70% decrease in the odds of reporting a lifetime episode of DSH comparing to the wealthiest class. Current and life-time DSH was more frequent in youth with Major Depression, Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD) and Oppositional Defiant Disorder (ODD), even in multiple models accounting for demographic variables and co- occurring psychiatric disorders. Anxiety in mothers was strongly associated with current and life-time DSH in the offspring but when stratifying by age-group this association becomes non-significant for children with current DSH and for adolescents with lifetime DSH, whereas current DSH was associated with maternal mood disorder specifically in young children. Conclusion: Diagnoses of Major Depression, ADHD and ODD are consistently associated with DSH as well as having a mother with anxiety disorder. Our results emphasize the necessity to ask about suicidal behavior in young people with disruptive behaviors, regard- less of comorbidity with depression, and also highlight the need for preventive strategies with a family component.
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Análise das práticas e das habilidades sociais educativas maternas na interação com os filhos adolescentesSabbag, Gabriela Mello [UNESP] 26 February 2010 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:29:00Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2010-02-26Bitstream added on 2014-06-13T19:58:29Z : No. of bitstreams: 1
sabbag_gm_me_bauru.pdf: 613320 bytes, checksum: 8f1dc710d06a86267f43703e39de5e88 (MD5) / A literatura nacional e internacional, especializada no relacionamento entre pais e filhos, aponta para a importância de se investigar os estilos e as práticas parentai para o estudo das habilidades sociais e dos problemas de comportamento dos adolescentes. As práticas parentais referem-se às diferentes estratégias que os pais utilizam para educação e socialização de seus filhos. As habilidades sociais utilizadas pelos pais com o intuito educativo são denominadas de habilidades sociais educativas parentais. Essas permitem a transmissão de padrões, valores e condutas ao filho, tornando possíveis a socialização do adolescente e a competência em suas interações sociais. Com base nos estilos maternos de risco e não risco para problemas de comportamento em adolescentes, obtidos pelo Inventário de Estilo Parental - IEP -, a presente pesquisa busca descrever o perfil de interações sociais estabelecidas entre mães e filhos adolescentes, utilizando como instrumento a análise funcional do comportamento. Foram investigadas as habilidades sociais educativas maternas, as práticas negativas, as variáveis contextuais, as habilidades sociais e os problemas de comportamento dos adolescentes. Participaram do estudo 24 mães, das quais 14 foram relatadas pelos seus filhos como tendo estilo de risco e 10, estilo de risco e 10, o que foi identificado pelo Inventário de Estilo Parental - IEP. Essas mães responderam o Roteiro de Entrevista de Habilidades Sociais Educativas Parentais - RE-HSE-P - e o Child Behavior Checklist - CBCL. As análises globais apontaram diferenças na comparação das habilidades sociais educativas maternas - HSE-P - do grupo de risco e de não risco para quase todas as categorias do RE-HSE-P: habilidades sociais educativas maternas, práticas negativas maternas, situações de contexto, frequência de práticas negativas maternas, total de práticas... / The investigation of parental styles and practices and the relation with adolescent's behavior problems and adolescent's social skills, is being studied by national and international literature of parents and adolescents relationship. The parent's practices are the different strategies who they use for children and adolescent socialization. The social skills that the parents use with educative intention are called parental educative social skills, which allow the transmission of standards, values and behaviors that make possible the socialization of the child or adolescent and the ability in social interactions. In this context, the present study investigated from the maternal risk style and not risk style, by Parental Styles Inventory - IEP -, this research makes the functional analysis of the mother and adolescent interaction, taking account the maternal educative social skills, the negative practices, the context variables, the adolescent's social skills and the adolescent's behavior problems. The participants were 24 mothers, of wich 14 were related by sons like being risk style and 10 like being no risk style, that was identified by Parental Style Inventory. These mothers answered the Parental Social Educative Skills Script Interview - RE-HSE-P -and the Child Behavior Checklist- CBCL. The global analyses showed differences in the comparison of maternal social educative skills from the risk group and the non risk group for almost all the categories from RE-HSE-P: mother's educative social skills, maternal negatives practices, context situations, maternal negative practices frequencies, overall negative practices, overall positive practices, son's social skills and son's behavior problem. In general way, the non risk mother's told more often being educative social skills and less negative practices. By consequence your sons showed more social skills and less behavior problems... (Complete abstract click electronic access below)
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Autolesão deliberada em crianças e adolescentes : prevalência, correlatos clínicos e psicopatologia maternaSimioni, André Rafael January 2017 (has links)
Contexto: Pouco se sabe a respeito da prevalência e correlatos de autolesão deliberada em jovens de países em desenvolvimento. Além disso, existe uma escassez de estudos avaliando associações clínicas e com psicopatologia familiar ajustando-se para outras comorbidades, especialmente numa faixa etária mais jovem da população (dos 6 aos 14 anos). Objetivos: Nós investigamos a prevalência e as associações de autolesão deliberada em jo- vens desta faixa etária com fatores de risco demográficos (idade, gênero, status socioeconô- mico e etnicidade), clínico (diagnóstico psiquiátrico das crianças) e familiar (diagnóstico psiquiátrico materno) em um grande estudo comunitário no Brasil. Métodos: Participantes (n=2.508) e suas mães (n=2,295) da Coorte de Alto-Risco para Transtornos Psiquiátricos foram avaliados através da Development and Well Being Assess- ment (DAWBA) e Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI) respectivamente. Autolesão atual (no último mês) e ao longo da vida foram estimadas, incluindo análises estratificadas por faixa etária. Regressões logísticas foram realizadas investigando o papel do diagnóstico clínico de crianças e adolescentes e da psicopatologia materna sobre as estimativas de autolesão, ajustando-se para potenciais fatores confundidores. Resultados: A prevalência de autolesão deliberada atual foi de 0,8% (0,6% para crianças e 1% para adolescentes) e ao longo da vida foi de 1,6% (1,8% e 1,5% respectivamente). Estas estimativas não variaram de acordo com a idade, sexo e etnicidade. No entanto, pertencer à classe média esteve associado a uma diminuição de 70% na probabilidade de se relatar um episódio de autolesão ao longo da vida comparando-se com a classe mais favorecida. Autolesão atual e ao longo da vida foram mais frequentes em jovens com Depressão Maior, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno Opositor Desafiante (TOD), mesmo em modelos múltiplos ajustado para variáveis demográficas e co- ocorrência de transtornos psiquiátricos. Além disso, a presença de transtorno de ansiedade nas mães esteve fortemente associada com autolesão deliberada recente e ao longo da vida em seus descendentes. Ao estratificar-se a análise por faixa etária, esta associação tornou- se não significativa para crianças com autolesão recente e adolescentes com autolesão ao longo da vida; ao passo que, especificamente em crianças, autolesão recente foi associada com transtorno de humor materno. Conclusão: A autolesão deliberada é um problema importante em crianças e adolescen- tes. Os diagnósticos de Depressão Maior, TDAH e TOD estão consistentemente associados com este comportamento, bem como ter uma mãe com um transtorno de ansiedade. Nos- sos resultados salientam a importância de se perguntar a respeito de comportamentos suicidas em jovens com comportamentos disruptivos, independentemente da comorbidade com depressão, e também realçam a necessidade de estratégias preventivas com um en- volvimento familiar. / Background: Little is known about the prevalence and correlates of deliberate self-harm (DSH) in youngsters from low and middle-income countries. In addition, there is a shortage of studies evaluating clinical associations and family psychopathology adjusting for other comorbidities, especially in a younger age-group (from 6 to 14 years). Objectives: We investigated prevalence and associations of DSH in youngsters of that age range with demographic (age, gender, socioeconomic status and ethnicity), clinical (children psychiatric diagnosis) and familial risk factors (maternal psychiatric diagnosis) from a community-based study from Brazil. Methods: Participants (n=2,508) and their mothers (n=2,295) from the High Risk Co- hort for Psychiatric Disorders (HRC) were assessed through the Development andWell Be- ing Assessment (DAWBA) and the Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI) respectively. Current (last month) and lifetime DSH were estimated, including analysis stratified by age-groups. Logistic regressions were performed investigating the role of youths’ clinical diagnoses and maternal psychopathology on prevalence estimates of DSH adjusting for potential confounding factors. Results: Prevalence of current DSH was 0.8% (0.6% for children and 1% for adolescents) and life-time DSH was 1.6% (1.8% and 1.5% respectively). These estimatives did not vary with age, gender and ethnicity. However, being from middle class was associated with a 70% decrease in the odds of reporting a lifetime episode of DSH comparing to the wealthiest class. Current and life-time DSH was more frequent in youth with Major Depression, Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD) and Oppositional Defiant Disorder (ODD), even in multiple models accounting for demographic variables and co- occurring psychiatric disorders. Anxiety in mothers was strongly associated with current and life-time DSH in the offspring but when stratifying by age-group this association becomes non-significant for children with current DSH and for adolescents with lifetime DSH, whereas current DSH was associated with maternal mood disorder specifically in young children. Conclusion: Diagnoses of Major Depression, ADHD and ODD are consistently associated with DSH as well as having a mother with anxiety disorder. Our results emphasize the necessity to ask about suicidal behavior in young people with disruptive behaviors, regard- less of comorbidity with depression, and also highlight the need for preventive strategies with a family component.
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Entre a proteção e a vulnerabilidade: significados atribuídos ao uso de drogas entre adolescentes de escola pública de período integral / Between protection and vulnerability: meanings attributed to the use of drugs among adolescents of full-time public schoolPires, Laurena Moreira 09 July 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-07-09 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / Objectives: To identify and to analyze aspects related to the relational and labor insertion of
adolescents attending a full-time school; and to investigate the relationship between
adolescents' social vulnerability and the abusive and harmful use of psychoactive drugs.
Methodology: This is a social research, with a qualitative approach of a strategic type,
developed from January 2016 to December 2017. For data collection, we used the technique
of focus groups guided by a predetermined script. A total of 49 adolescents aged 15 to 19
years attending a Full-time Education Center (CEPI), located in the eastern region of Goiânia-
Goiás, participated in the study. Focus groups were held in the school environment. Results
and discussion: The content analysis of the participants' speeches allowed the construction
of four categories of analysis: "Tell us where it came from"; "With whom you walk"; "If you
study, how to work?"; "Drugs: non-parallel universe". The family, the school and the group of
friends were pointed out as the main groups for the relational insertion of these subjects. The
adolescents presented themselves influenced by the context of economic fragility to which
their families were exposed, which, in turn, motivated that they were inserted in groups of
equals in that context. The meanings attributed to the world of work involved the search for
family emancipation and the acquisition of consumer items. The duality faced by the
adolescents resided in the impossibility of attending to the immediate desire to enter the labor
market given the insertion in a full-time school, becoming an important conflict for these
subjects. On the other hand, psychoactive drugs were widely present in the social context of
these adolescents, permeating the meanings attributed to their relational insertions. In this
sense, even if they did not use them, they felt their effects, even capable of leading them to
disaffiliation. Final considerations: Finally, it was concluded that the social vulnerability of
the group of participating adolescents, and of many other Brazilians, is related to the effects
of poor income distribution, and this is expressed in families because of precariousness and
insecurity. insertion in work, fragility of social relations permeated and subsidized by the
harmful use of psychoactive substances, as well as inefficiency of social protection institutions
and the State, in this case, full-time public school. / Objetivos: Identificar e analisar os aspectos relacionados à inserção relacional e laboral de
adolescentes frequentadores de uma escola de tempo integral; e investigar a relação entre
vulnerabilidade social de adolescentes ao e o uso abusivo e prejudicial de drogas psicoativas.
Metodologia: Trata-se de uma pesquisa social, de abordagem qualitativa de tipo estratégica,
desenvolvida no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2017. Para coleta de dados,
utilizou-se a técnica de grupos focais orientados por um roteiro predeterminado. Participaram
do estudo 49 adolescentes de 15 a 19 anos frequentadores de um Centro de Ensino em
Período Integral (CEPI), localizado na região Leste de Goiânia-Goiás. Os grupos focais foram
realizados no próprio ambiente escolar. Resultados e discussão: A análise de conteúdo dasfalas dos participantes possibilitou a construção de quatro categorias de análise: "Diga de
onde veio"; "Com quem tu andas"; "Se estudar, como trabalhar?"; "Drogas: universo não
paralelo". A família, a escola e o grupo de amigos foram apontados como os principais
agrupamentos para a inserção relacional desses sujeitos. Os adolescentes apresentaram-se
influenciados pelo contexto de fragilidade econômica a que suas famílias estavam expostas, o
que, por sua vez, motivou que se inserissem em grupos de iguais naquele contexto. Os
significados atribuídos ao mundo do trabalho envolveram a busca pela emancipação familiar e
a aquisição de bens de consumo. A dualidade enfrentada pelos adolescentes residiu na
impossibilidade de atenderem à vontade imediata de ingressarem no mercado de trabalho
dada a inserção em uma escola de período integral, tornando-se um importante conflito para
esses sujeitos. Por outro lado, as drogas psicoativas mostraram-se amplamente presentes no
contexto social desses adolescentes, permeando os significados atribuídos às suas inserções
relacionais. Nesse sentido, ainda que não as utilizassem, sentiam seus efeitos, capazes,
inclusive, de conduzi-los à desfiliação. Considerações finais: Assim, a partir dos discursos
apreendeu-se que a vulnerabilidade social do grupo de adolescentes participantes, e de
muitos outros brasileiros, está relacionada aos efeitos da má distribuição de renda e isso se
expressa nas famílias por precariedade e insegurança para inserção no trabalho, fragilidade
de relações sociais permeadas e subsidiadas pelo uso nocivo de substâncias psicoativas, bem
como ineficiência das instituições de proteção social e do Estado, neste caso, a escola pública
em período integral.
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Qualidade de vida, adolescência e doença crônica / Quality of life, adolescence and chronical diseasesSilvia Maria Balieiro Nigro 25 April 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: Novas abordagens terapêuticas possibilitaram a sobrevida de crianças com doenças graves permitindo que atinjam a adolescência. O impacto da doença crônica no adolescente afeta seu desenvolvimento e qualidade de vida. OBJETIVO: Analisar a percepção de adolescentes com doença crônica acerca das interações da sua condição de saúde com as peculiaridades biopsicossociais da adolescência e seu impacto na qualidade de vida, identificando as estratégias de enfrentamento utilizadas, e avaliar os escores de resiliência e qualidade de vida.MÉTODOS: O estudo qualiquantitativo transversal e exploratório, envolveu 31 adolescentes (12-18 anos) em tratamento de doenças crônicas no ambulatório de especialidades pediátricas do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Coleta de dados utilizou: autoavaliação, questionário sociodemográfico, WHOQOL-BREF, RS14-Escala e grupos focais.RESULTADOS: Idade média dos participantes foi 15,1±1,5 anos, 20 adolescentes eram do sexo feminino (64,5%) e 11 masculino (35,5%). A percepção da qualidade de vida por autoavaliação não variou em relação ao sexo, grupo etário, ano letivo perdido e grau de escolaridade dos pais. Menores escores de resiliência estavam associados ao atraso escolar. Os adolescentes com doença crônica percebem suas limitações e experimentam o desenvolvimento pessoal a partir do processo de adoecimento e tratamento, que gera sentimentos ambíguos como revolta pelo desconforto e dor, em contraste com a auto-percepção do desenvolvimento de resiliência. Valorizam de modo ambivalente a rede de suporte representada pela família e amigos. Destacam sentimentos de constrangimento referentes à imagem corporal e seus efeitos sobre a autoestima. Apreciam as oportunidades de lazer como esporte, mídias e atividades relacionadas à música. Reconhecem os relacionamentos sociais e têm vínculos e modelos entre amigos, família e parceiros. Atividades básicas como comer e dormir foram consideradas fatores de promoção de bem-estar. Os adolescentes com doenças crônicas têm projetos de vida, sonhos mágicos e planos reais que remetem a futuras profissões no campo da saúde e cuidado. CONCLUSÕES: A despeito da doença crônica, os adolescentes que participaram do estudo têm sonhos, desejos e comportamentos sociais esperados nesta fase do ciclo vital. A doença crônica tem impacto na sua socialização e escolarização. Aqueles com maiores escores de resiliência tiveram menos atraso escolar. Desenvolvem comportamentos sociais adaptativos e contam com apoio de pais e amigos. Desejam e têm condições de participar do seu processo terapêutico / INTRODUCTION: New therapeutic approaches have made possible for children with serious diseases to live up until adolescence. The impact of a chronical disease in an adolescent affects its development and quality of life. OBJECTIVE: to analyze the perception of adolescents with chronical diseases of the interactions of their life conditions with the biopsychosocial peculiarities of the adolescence and its impact in their quality of life, indicating strategies utilized and evaluating resilience and quality of life scores.METHODS: the qualiquantitative, transversal and exploratory study involved 31 adolescents (12-18 years old), who have been having treatment of their chronical diseases in the pediatric specialties ambulatory of the Pediatrics Department of the Medical Sciences School of Santa Casa of São Paulo. The data collect involved: auto evaluation, sociodemographic questionnaires, WHOQOL-BREF, RS-14-scale and focus groups.RESULTS: the participants were 15 years old in average (±1,5), there were 20 adolescents female gender (64,5%) and other 11 (35,3%) male. Their perception of quality of life in their auto evaluation did not vary according to their gender, age, lost school year or degree of education of their parents. The lowest resilience scores were associated with school delay. The adolescents notice their limitations and try the social development through the process of sickening and treatment, generating ambiguous feelings like revolt and pain, contrasting with their auto-perception of the development of resilience. They value ambivalently the support network composed of family and friends. They highlight feelings of embarrassment due to their corporal image and their impacts on the self-stem. They appreciate leisure opportunities like sports, medias and music. They acknowledge their social relationships and their models among friends, family and partners. Basic activities like eating and sleeping were considered promoting factors of well-being. The adolescents with chronical disease have life projects, magical dreams and real plans that remit to future careers in health and care fields.CONCLUSIONS: In spite of their chronical diseases, the adolescents studied have dreams, desires and social behaviors expected of them in their age range. However, their condition impacts on their socialization and education. Those with lower resilience scores had less school delay. The adolescents develop social adaptive behaviors e count on their friends and family support. They wish and have conditions to participate of their therapeutic process
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Vulnerabilidade social: fenômenos das drogas e da violência vivenciados por adolescentes / Social vulnerability: drug and violence phenomena experienced by adolescentsOliveira, Patrícia Carvalho de 10 May 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-05-10 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / Adolescents are sensible about family and social-community phenomena, as drugs and violence, which make their social cohesion and integration more fragile. These issues predispose adolescents of this age range to social vulnerability. In marginalized communities, adolescents experience this phenomenon more intensively that get worse due to limited access to school, working and other goods and services. To understand this of social vulnerability complex context between members of a community represents a challenge that precedes the elaboration of intervention and protection proposals to help their development and for their families and community in the same way. In this research, we sought to understand the social vulnerability of adolescents attended on a Social Assistance and Care Center. This research has been leaded by Grounded Theory and was fulfilled in a Social Assistance Care Center of Aparecida de Goiânia city, state of Goiás, Brazil, with twenty adolescents from thirteen to eighteen years old. The data was collected on ten meetings of focus groups and field observations, everything registered in the researcher’s diary. The data collection process and its analysis were performed simultaneously, in a way that after every meeting, all data were recorded, written, analyzed and codified followed by the writing of the memorandum, according to Grounded Theory’s precepts. In this process of analysis emerged three theoretical categories which have been discussed according to the Human Development Bioecologic Model and Social Vulnerability. The first theoretical category “presenting the dynamic context of social-community” shows the fragilities of the community and in social relations, the incipience of protective actions and the presence of violence, drug dealing and use, which aggravates the social vulnerability. The second theoretical category “revealing the oppression in the context of developing”, presents the straight relation between violence and drugs in every system of the research participants’ development, that means their family, school and community. The last category, “manifesting bindings for overcoming”, addresses ways that promotes inclusion and developments’, represented by the family, above all by the mother, in the perspectives presented by drug dealing, at work, while studying and practicing sports. The results allow us to understand that despite overcoming factors found in this research, they are incipient facing social vulnerability conditioned to the oppression factors. According to theoretical categories, the adolescents’ social context reveals a lack of observance of Federal Constitution guarantees in shape of negligence, discrimination, exploration, violence, cruelty and oppression. However, the social vulnerability inside the adolescents’ universe may be reverted by protective, intersectional, governmental, community and family approaches. / Adolescentes são sensíveis aos fenômenos sociocomunitários e familiares, como as drogas e a violência, que fragilizam a coesão e integração social. Estes, por sua vez, predispõem os indivíduos desta faixa etária a vulnerabilidade social. Em comunidades marginalizadas, os adolescentes vivenciam fenômenos em maior intensidade, agravados acesso limitado a escola, ao trabalho e outros bens e serviços. Compreender este complexo contexto de vulnerabilidade social entre os membros de uma comunidade representa um desafio que antecede a elaboração de propostas de intervenção e proteção em prol do desenvolvimento do indivíduo, da família e da comunidade. Assim, neste estudo, buscamos compreender a vulnerabilidade social vivenciada por adolescentes atendidos em um Centro de Referência em
Assistência Social. Trata-se de uma pesquisa conduzida com base na Teoria Fundamentada em Dados - TFD, realizada em uma unidade de assistência social de Aparecida de Goiânia, Goiás com vinte adolescentes de 13 a 18 anos. Os dados foram coletados por meio de dez encontros de grupos focais e observação de campo, registradas em um diário do pesquisador. O processo de coleta e análise ocorreu simultaneamente, de modo que em cada encontro os dados eram gravados, transcritos, analisados e codificados, com subsequente redação dos memorandos conforme os preceitos da TFD. Deste processo de análise emergiram três categorias teóricas que foram discutidas com base no Modelo Bioecológico do Desenvolvimento Humano e da Vulnerabilidade Social. Na primeira, categoria teórica “apresentando a dinâmica do contexto sociocomunitário”, são apresentadas as fragilidades presentes na comunidade e nas relações sociais, a incipiência de ações protetivas e a presença da violência, do tráfico e uso de drogas, que agravam a vulnerabilidade social. A segunda categoria teórica, “revelando a opressão no contexto do desenvolvimento”, apresenta a estreita relação entre os fenômenos da violência e das drogas, presentes em todos os sistemas do desenvolvimento dos participantes da pesquisa, isto é a família, a escola e a comunidade. A última categoria, “manifestando vínculos para a superação”, aborda os mecanismos que promovem a inclusão e o desenvolvimento, representados pela família, sobretudo na figura materna; nas perspectivas apresentadas no tráfico de drogas; no trabalho; no estudo; e por fim, na prática de esportes. Os resultados permitem apreender que, apesar dos fatores de superação encontrados no estudo, estes são incipientes diante a vulnerabilidade social condicionada aos fatores de opressão. Segundo as categorias teóricas, o contexto social dos adolescentes revela a não observância de garantias constitucionais sob formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Entretanto, a vulnerabilidade social presente no universo adolescente pode ser revertida por meio de abordagens protetivas, intersetoriais, governamentais, comunitárias e familiares.
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Adolescentes usuários de drogas que buscam tratamento: as diferenças entre os gêneros / Adolescents drug users in treatment: the gender differences.Jackeline Suzie Giusti 16 March 2004 (has links)
Embora adolescentes do sexo masculino e feminino consumam drogas na mesma proporção, a procura por tratamento especializado é maior entre o sexo masculino. Poucos são os estudos sobre as diferenças entre os sexos dos adolescentes usuários de drogas, principalmente no Brasil. O objetivo deste estudo é descrever as características e investigar possíveis diferenças entre os gêneros dos adolescentes usuários de drogas em tratamento quanto ao padrão de consumo de drogas, conseqüências do uso e evolução no tratamento. Foram avaliadas as diferenças entre os gêneros de 124 adolescentes em tratamento. As variáveis estudadas foram: idade de início do uso de drogas e quando procurou tratamento, companhia do primeiro uso, antecedente familiar, tipos de drogas consumidas, envolvimento em atos ilícitos, problemas com a polícia, atraso escolar, comorbidades, tempo de abstinência durante o tratamento e tempo de tratamento. O sexo masculino foi mais prevalente do que o feminino (81,5% e 18,5%, respectivamente). A idade média na admissão foi de 15,4 ± 1,3 ano e a idade de primeiro uso foi de 13,3 ± 1,5 ano. Setenta e oito porcento dos adolescentes tinham antecedente familiar de uso de drogas. A primeira droga ilícita consumida foi a maconha, sendo esta também a principal droga consumida no ano anterior ao tratamento. Aproximadamente 78% dos adolescentes tinham envolvimento em atividades ilegais, 1,6% tinham comorbidade com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e 5,6% com transtorno de conduta. A média de permanência em tratamento foi de 21,1 ± 19,7 semanas e ____ estavam abstinentes ao final do tratamento. Em todas estas variáveis não houve diferenças entre os gêneros. O sexo feminino apresentou maior prevalência de uso de benzodiazepínico na vida (17,4%), primeiro uso de drogas com familiares (21,1%), outros diagnósticos além do transtorno por uso de substância (25,4%), transtorno depressivo maior (43,5%), tentativa de suicídio (35,5%) e maior período de abstinência durante o tratamento (média de 30,2 ± 24,4 semanas). Entre o sexo masculino foi observado maior prevalência de repetência (87,1%) e problemas com a polícia (48,5%). As conseqüências do uso de drogas (problemas com a polícia e atraso escolar) são mais evidentes entre o sexo masculino, o que poderia explicar a maior prevalência do sexo masculino em tratamentos especializados. Apesar disso, o sexo feminino consome drogas e pratica atividades ilegais nas mesmas proporções do sexo masculino. Tentativas de suicídio e depressão são mais prevalentes entre o sexo feminino, o que parece ser um fator precipitante para a busca de tratamento especializado neste sexo. Estas diferenças observadas justificam a necessidade de diferentes abordagens terapêuticas para ambos os sexos, assim como o desenvolvimento de programas para ajudar a identificação de problemas relacionados ao uso de drogas principalmente entre o sexo feminino. / Although male and female adolescents consume drugs in the same proportion, male adolescents are referred for specialized treatment more frequently than females. There are a few studies about the differences among genders of adolescent drug abusers, especially in Brazil. The objective of this study is to describe the characteristics and access possible differences in the drug using between genders of adolescents in treatment considering the pattern of drug abuse, consequences of this use, and treatment outcome. The differences among genders of 124 adolescents in treatment were accessed. The following variables were accessed: age at the first drug use and they looked for treatment, with whom they first use drugs, family history of drug use, drugs ever consumed, illegal behaviours, court problems, scholar delay, co-morbidities, abstinence during treatment, and treatment period. Male were more prevalent than female (81.5% vs. 18.5%, respectively). The mean age at the admission to the program was 15,4 ± 1,3 years, the mean age at the first time they used illegal drug was 13,3 ± 1,5 years. Seventy eight percent had family history of drug use. The first illegal drug consumed was marijuana, and this was the most drugs consumed during the last year before the treatment admission, as well. Almost 78% of the adolescents had history of illegal behaviours, 5,6% had co-morbidity with conduct disorder and 1,6% had attention deficit and hyperactivity disorder. The mean permanence in treatment was 21,1 ± 19,7 weeks, and ____% was abstinent at the end of treatment. No differences between genders were found considering these variables. Among female adolescents there were more prevalence of benzodiazepine use, at least once in their lives (17,4%), first drug use with family members (21,1%), prevalence of co-morbidities (25,4%), major depression disorder (43,5%), suicidal attempt (35,5%), and period of abstinence during treatment (mean of 30,2 ± 24,4 weeks). Among males, scholar delay (87,1%) and court problems (48,5%) were more frequent than among females. Consequences of drug abuse (court problems and scholar delay) are much more evident among male, which could explain the higher prevalence of males in specialized treatment sets. However, females consume the same amount of drugs and engage in illegal behavior as males. Suicidal attempts and depression are higher among female abusers, which may be the precipitant factor for female specialized treatment. These differences may justify different treatment approach for each gender, as well as, the development of programs to identify problems related to drug use, especially among female adolescents.
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