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Tem repetição, professora? ... : um estudo sobre a prática da merenda escolar e seus significados

Amaro, Lúcia Elena Matos January 2002 (has links)
Essa dissertação, que consiste em um estudo sobre a merenda escolar em uma escola do ensino fundamental da rede pública municipal de Porto Alegre-RS, tem como objetivo buscar significados e representações que circulam entre alunos e alunas, na sua realização e a partir dela. A abordagem desenvolve-se na perspectiva dos Estudos Culturais, tomando-se a prática da merenda escolar na sua dimensão cultural, enquanto prática social plena de significação, sendo fundamentais para o estudo os conceitos de linguagem, discurso e cultura. Primeiramente, o tema é apresentando, mostrando a gênese do interesse da pesquisadora, assim como as questões de pesquisa e o desenho metodológico, inspirado em estudos etnográficos. Os discursos correntes sobre a merenda escolar, assim como informações sobre a escola em que se realizou o estudo são, a seguir, trazidos. As relações entre a constituição do refeitório da escola — espaço em que acontece a prática da merenda — seu uso e a constituição da própria prática da merenda são fundamentais para que se encontrem os significados relacionados ao ato de comer na escola. A partir das observações e registros feitos acerca dessa prática, são destacadas cinco cenas exemplares em que significados como o cotejo comer na escola/comer em casa, preferências por uma ou outra comida, "ser pobre", a importância da comemoração, a "boa educação" à mesa emergem consistentemente. O estudo reafirma, assim, as múltiplas dimensões culturais da merenda escolar, que vão muito além de uma simples questão nutricional.
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Identidades capturadas : gênero, geração e etnia na hierarquia territorial dos livros didáticos de geografia

Tonini, Ivaine Maria January 2002 (has links)
Esta Tese realiza uma leitura sobre a produção das identidades de gênero, de geração e de etnias nos livros didáticos de Geografia, do ensino fundamental. Ela se inscreve no terreno das discussões que examinam as relações entre poder e produção de significados, ancorada em ferramentas teóricas fornecidas pela vertente pós-estruturalista dos Estudos Culturais. A investigação pretende demonstrar que as invenções identitárias são engendradas através de discursos, que produzem significados por meio de diversos referentes: origem, sexo, idade, cor da pele, configuração geográfica. A problematização e a discussão desenvolvida durante a pesquisa permitiram evidenciar que há uma regularidade na maneira de produzir as identidades. Também demonstram que as identidades são posicionadas com significados fixos, cristalizados e universais, predominando uma homogeneização de sentido. As diferenças entre as identidades são produzidas em diversas dimensões e constantemente alteradas, mas sempre seguindo uma política interessada em permitir que sejam posicionadas como distintas. Pelas diferenças, as identidades são definidas e classificadas, autorizando e legitimando uma hierarquia territorial binária entre elas. Entre uma série de relações traçadas a partir dessa leitura, argumenta-se que essa produção identitária é uma continuidade do projeto da Modernidade e do processo civilizatório ocidental, nos quais a diferença é vista com estranhamento, sendo inferiorizada. Esta pesquisa estabelece os seguintes focos para análise: Uma divisão do mundo— examino como os discursos dos livros didáticos de Geografia fabricam o território como uma matriz, para a partir daí estabelecer as identidades. Procuro demonstrar como os discursos constroem essa matriz bipolar —“desenvolvida” e “subdesenvolvida”— diante de tantas diversidades históricas, socioeconômicas, culturais, étnicas, etc. e conseguem erguer fronteiras impenetráveis, que funcionam para conformar as identidades em dois territórios, anulando outras possibilidades; Gênero – a reafirmação da polaridade— descrevo e problematizo o funcionamento dos discursos que procuram produzir identidades distintas entre homens e mulheres por meio de uma sexualização dos espaços doméstico e do mercado de trabalho. Essa separação espacial captura homens e mulheres em territórios opostos, disponibilizando uma hierarquia socioeconômica entre eles; Gerações – aprisionadas em “etapas da vida”— centro o foco analítico na constituição das identidades das crianças e dos/as idosos/as por meio das idades da vida, para dar sustentação a uma racionalidade capitalista-moderna. Também mostro que o rompimento das definições etárias dessa 14 lógica implica numa política identitária que os inventa como diferentes; Etnia – a naturalização das diferenças— mostro a forma como os discursos dos livros didáticos de Geografia acionam estratégias estruturadas por meio de um esquema epidérmico e da configuração geográfica para produzir, posicionar as identidades étnicas e capturá-las para territórios: ocidentais e Outros. Também comento que a movimentação de algumas identidades étnicas para outros
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Uma boa forma de ser feliz : representações de corpo feminino na revista Boa Forma

Andrade, Sandra dos Santos January 2002 (has links)
Nesta dissertação, discuto e problematizo representações de corpo feminino produzidas e/ou veiculadas em revistas voltadas para o público feminino. Para isso, tomo como corpus de análise um programa de dieta alimentar e exercícios físicos, denominado Desafio de Verão, editado pela revista Boa Forma, nos anos de 1999, 2000 e 2001. O referencial teórico-metodológico utilizado é o dos Estudos Feministas e dos Estudos Culturais que recorrem a uma aproximação com a perspectiva pós-estruturalista de análise. Discuto a conexão entre corpo e pedagogia, a fim de analisar como o corpo feminino aparece representado na mídia. Entendo a mídia como uma instância onde o poder se exercita. Ela educa, disciplina e regula os corpos como qualquer outra instância educativa e, por isso, é tratada, aqui, como uma Pedagogia Cultural. Nessa perspectiva, entende-se que a revista faz parte de uma pedagogia que visa à produção de identidades, à produção de um determinado tipo de corpo feminino. Utilizando-me, então, da análise cultural, exploro os textos da revista, operando com os conceitos de representação, gênero, corpo como projeto, discurso, poder e identidade com o intuito de descrever e problematizar os diferentes modos pelos quais o corpo é representado, descrito, classificado, nomeado e produzido na revista em questão. A investigação realizada permite argumentar que há um ostensivo estímulo por parte da mídia para que a mulher empreenda uma busca incessante de si mesma, ao mesmo tempo em que se evidencia a provisoriedade das identidades e a flexibilidade do corpo. Permite argumentar, também, que discursos de diversas áreas do conhecimento, articulando-se com o senso comum, reforçam a representação da maleabilidade do corpo e o quanto este pode ser re/construído e transformado de acordo com o design mais atual, o que indica a necessidade de se problematizar o noção contemporânea do corpo projeto.
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A invenção de uma nova ordem para as cartilhas : Ser Maternal, Nacional e Mestra : Queres Ler?

Trindade, Iole Maria Faviero January 2001 (has links)
Esta Tese trata de discursos e representações presentes nas cartilhas ou primeiros livros usados na alfabetização no Estado do Rio Grande do Sul, entre 1890 e 1930. A partir do campo dos Estudos Culturais e das contribuições dos estudos pós-modernos, pósestruturalistas e da Análise Crítica do Discurso, em sua vertente foucaultiana, analiso discursos e representações que aparecem nessas obras, examinando também de que forma se harmonizam/circulam por outros discursos da época ou por narrativas que hoje se fazem deles/as. Metodologicamente, privilegio a interpretação textual, incluindo, além das cartilhas, outras fontes documentais, para contextualização desse período histórico. Organizo a análise em seis capítulos. No capítulo Em busca dos começos, discuto a “originalidade” da Cartilha maternal e do método de ensino da leitura que a orienta, de autoria do poeta luso João de Deus, considerando que tal obra é produto da interconexão de discursos e textos lusos, sob forte influência da produção metodológica francesa. Tal análise tem em vista contextualizar, em parte, a opção que o governo gaúcho fez de adoção oficial do método João de Deus. Cabe ao capítulo Progredir, melhorando a contextualização do projeto de Instrução Pública do Estado durante a primeira república, em seus contornos positivistas de valorização da pedagogia moderna A construção de escolas monumentais, a substituição da mobília escolar e a aquisição de material didático, próprios ao método de ensino intuitivo, ao método de leitura João de Deus e ao modo de ensino simultâneo, dão materialidade à reforma instituída. O capítulo O circuito cultural das cartilhas contempla a discussão de prescrições para o exame, aprovação e adoção de cartilhas e a análise de documentos de controle de sua distribuição às escolas públicas nesse período, já que custos de importação e edição impediam a aquisição da cartilha lusa, sendo esta substituída por cartilhas gaúchas. O capítulo A unidade de métodos e de doutrinas através de contrafações, similaridades e adaptações visibiliza, pela análise das lições de cartilhas adotadas - Maternal, Nacional e Mestra -, métodos de ensino da leitura e da escrita que orientavam a sua produção e de que maneira elas se aproximavam da obra “original” de João de Deus e de discursos que vigoravam à época Deslocamentos nos discursos sobre leitura e escrita podem ser evidenciados no primeiro livro Queres ler?, que suplantaria a Cartilha maternal. O capítulo A formação da identidade nacional nas páginas das cartilhas discute a valorização da língua, vultos e símbolos, para construção da unidade nacional republicana, bem como a comemoração de datas cívicas e o uso de apetrechos escolares nacionalizadores. O capítulo A escolarização da educação e da alfabetização trata da reinvenção desses conceitos, transpostos também para as lições das cartilhas, evidenciando como esses textos culturais contribuíram para formar o sujeito “civilizado”, isto é, o/a bom filho/a, bom/a aluno/a, e, por conseqüência, o/a bom/a trabalhador/a, o/a bom/a cidadão e o/a bom/a brasileiro/a. Concluo, por fim, com esta pesquisa, que as cartilhas fizeram parte de uma cadeia de produção cultural, sendo sua intertextualidade marcada pelo impacto da interdiscursividade da modernidade republicana.
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Entre a política e a poética do texto cultural : a produção das diferenças na revista Nova Escola

Costa, Gilcilene Dias da January 2003 (has links)
Ao partir de discussões que tomam como eixo central a temática da diferença na educação, a presente Dissertação busca problematizar o multiculturalismo e a retórica da diversidade cultural em suas “respostas” ao problema da diferença, bem como suas formas de “entrada” na educação. Situando a Revista Nova Escola – corpus de estudo desta pesquisa – no campo das pedagogias culturais e suas conexões com o currículo, analisa a produção cultural, os modos de ver e de narrar as diferenças, e os processos de produção/interação entre a revista e seu público leitor, estabelecendo, para tanto, uma articulação entre a política e a poética do texto cultural. Os aportes teóricos da pesquisa partem das contribuições dos Estudos Culturais, do Pós-Colonialismo e de autores/as que transitam por diversas teorias da diferença na educação, onde se busca dialogar sobre multiculturalismo, identidade, diferença, alteridade, cultura, currículo, pedagogias culturais, texto, discurso, imagem. As análises da pesquisa apontam percepções amplamente ambíguas a respeito da presença/ausência do outro na revista: por um lado, as imagens e narrativas do outro aparecem como invenções e fabricações culturais e discursivas instituídas a partir de determinados espaços de “referência” e/ou “normalidade”; por outro lado, tais invenções se mostram permanentemente perturbadas pela presença do outro na revista que emerge como linguagem outra e/ou de resistência. Ao finalizar, aponta a existência de uma multiplicidade de modos de produzir e nomear os “diferentes” na revista, ressaltando-se que essa produção não acontece independente de complexos jogos de poder e espaços de disputas em torno de significados e modos de ver, os quais precisam estar sempre abertos a incertezas e negociações. Tal reconhecimento torna possível, portanto, pensar as diferenças culturais para além das rígidas dicotomias entre identidade/diferença, eu/outro, nós/eles, norma/desvio... que freqüentemente povoam o pensamento educacional moderno.
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A pedagogia nas malhas de discursos legais

Costa, Jociane Rosa de Macedo January 2002 (has links)
Esta dissertação se ocupa de discursos da legislação educacional brasileira e documentos correlatos de uma formação particular (em que aconteceram mudanças significativas na sociedade e na cultura)  a pedagogia. Seu objetivo é mostrar como esses discursos, ao prescreverem sobre a formação da pedagoga, produzem uma pedagogia que se constitui como prática de governo. Trata-se de uma pedagogia específica, fabricada nas malhas dos discursos legais e colocada a serviço da nação para a produção de sujeitos de determinado tipo. Ao tomar como objeto de estudo os discursos que produzem a pedagogia como prática de governo, esta dissertação está tratando de poder; um poder sobre a ação das pessoas; um poder, que atinge tanto a pedagoga através de sua formação, quanto o alunado por intermédio dos efeitos de sua atuação. Enfim, um poder que incita, constitui o que a pedagoga deve ser e saber, e que move suas ações para a participação numa operação que não cessa, até que todos sejam atingidos, atravessados e, finalmente, engajados em um modelo de sociedade em formação. Para realização das análises que desenvolvo neste trabalho, busquei inspiração em algumas formulações desenvolvidas pelo filósofo francês Michel Foucault, bem como em autoras e autores que concebem, organizam e inscrevem suas idéias na perspectiva dos Estudos Culturais. Compõem o corpus dessa pesquisa, os seguintes documentos: a) Parecer 252/1969 do Conselho Federal de Educação  Currículo de Pedagogia: Estudos Superiores. Mínimo de Currículo e duração para o curso de graduação em Pedagogia; b) Parecer 632/1969 do Conselho Federal de Educação  Conteúdo Específico da Faculdade de Educação; c) Exposição de Motivos do Ministro Jarbas Passarinho  Acompanha o anteprojeto de lei que fixa diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º graus (Lei nº 5.692/1971).
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Gênero e sexualidade na revista Sexy : um roteiro para a masculinidade heterossexual

Câmara, Adriane Peixoto January 2007 (has links)
Esta dissertação tem como objetivo principal problematizar a revista Sexy como um roteiro para a masculinidade heterossexual. Para tal, foi selecionado como corpus de análise o ano de 2005 da referida revista, num total de doze edições. O referencial teórico deste trabalho é o dos Estudos Feministas e dos Estudos Culturais de inspiração pós-estruturalista. Este trabalho opera um conjunto de conceitos, tais como gênero, sexualidade, masculinidade, representação. O recurso que orientou a aproximação com o material empírico foi analisar, ao longo das doze edições, tudo o que a revista disponibilizou (mensalmente) para seus leitores masculinos, a saber: as reportagens sobre comportamento, sexualidade, viagens, consumo, as entrevistas, informações sobre livros, cinema e DVD, além dos ensaios fotográficos de nu feminino, centrais para a publicação. Também lança um olhar para a relação entre os profissionais que trabalham na revista (homens e mulheres) e os possíveis leitores, observando paulatinamente o desenvolvimento de uma relação de ensinoaprendizagem que a revista estabelece com seus leitores masculinos. Este tipo de exploração do material empírico, que buscou fundamentalmente regularidades, permitiu argumentar que a masculinidade heterossexual, construída culturalmente, é orientada pelos roteiros disponíveis no mercado (ou seja, as inúmeras revistas masculinas que existem atualmente, visam basicamente o entretenimento masculino, incluindo a revista Sexy) em que se exerce com o leitor masculino uma relação pedagógica, ou seja, de ensino-aprendizagem sobre o que é ser um homem heterossexual (em termos de preferências, incluindo as preferências sexuais) e especialmente como se comportar sexualmente. Embora haja um esforço por parte da revista, em sempre delimitar bem os espaços do masculino e do feminino, através da noção de essência, os sentidos atribuídos ao que é ‘essencialmente’ do homem e ao que é ‘essencialmente’ da mulher escapam, sobretudo quando analisamos os lugares das mulheres na publicação. Ou seja, se por um lado, as mulheres ocupam o centro dos desejos eróticos masculinos (especialmente as modelos, atrizes ou cantoras muito jovens), por outro lado, as jornalistas mulheres escreveram e orientaram não somente como os homens devem se relacionar com as outras mulheres, mas também como os homens devem se comportar sexualmente. / This dissertation aims to question the Sexy magazine as a script for the heterosexual masculinity. In order to do so, I selected the magazine’s twelve editions of the year of 2005. The theoretical referential of the work are the Feminist Studies and the Cultural Studies with a post-structuralist influence. This study works with a group of concepts, such as gender, sexuality, masculinity and representation. The resource that guided the approach with the empiric material was the analysis, along the magazine’s twelve editions, of everything that was shown to its male readers, such as reports about behavior, sexuality, trips, consumption, interviews, information on books, movies and DVD, besides the photographies of female nude, the main topic of the magazine. This work also looks at the relationship among the professionals who work in the magazine (men and women) and the possible readers, observing the development of a ‘teachinglearning’ relation that the magazine establishes with its male readers. This type of exploration of the empiric material, which looked for some regularities, enabled me to argue that the heterosexual masculinity - built culturally - is guided by the routes available in the market. In other words, the countless masculine magazines existent nowadays aim at the male entertainment, including the Sexy Magazine. There is a pedagogical relation with the masculine reader, a ‘teaching-learning’ relation concerning what means being a heterosexual man (in terms of preferences, including the sexual preferences), especially how he should behave sexually. Although there is an effort by the magazine in delimiting the spaces of the masculine and the feminine through the notion of essence, the senses attributed to what belongs 'essentially’ to the man and what belongs ‘essentially’ to the woman escape, especially when we analyze the women's places in the magazine. On the one hand, women occupy the center of the masculine erotic desires (especially top models, actresses or very young singers); on the other hand, journalists women wrote and guided not only how men should relate with other women, but also how men should behave sexually.
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O corpo na escola : discursos e práticas pedagógicas das professoras dos anos iniciais do ensino fundamental

Marques, Márcia Regina Xavier January 2008 (has links)
Nesta dissertação, investigamos os discursos e as práticas pedagógicas das professoras dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, do município do Rio Grande/RS, com relação aos corpos. Com o objetivo de discutir e problematizar os corpos, estabelecemos algumas conexões com os Estudos Culturais numa perspectiva pós-estruturalista, entendendo-os, como sendo produzidos pela história e pela cultura e, portanto, resultantes de um processo social. Para análise de como os corpos são representados e trabalhados pelas professoras dos Anos Inicias do Ensino Fundamental, utilizamos algumas estratégias metodológicas; dentre elas, a realização de entrevistas individuais semi-estruturadas com quatorze professoras de três escolas do município do Rio Grande: uma municipal, uma estadual e uma particular, com o objetivo de investigar qual era o entendimento que tinham de corpo e como trabalhavam com seus/as alunos/as em suas práticas pedagógicas. A outra estratégia foi analisar os materiais produzidos pelas professoras com seus/as alunos/as sobre os corpos. A seguir, foram analisados, em alguns livros didáticos de Ciências utilizados pelas professoras, a apresentação dos corpos e algumas questões de gênero. Posteriormente, oferecemos um curso, - (Re)pensando os corpos com as professoras dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental - , às professoras participantes desta pesquisa, com o objetivo de analisar as pedagogias escolares utilizadas nas salas de aula pelas professoras dos Anos Iniciais com relação aos corpos, gêneros e sexualidades. O curso funcionou como um espaço narrativo, em que as professoras participaram de um processo de contar, ouvir e contrapor algumas histórias a respeito de suas práticas escolares relacionadas ao corpo. A partir das análises, foi possível perceber que os corpos aparecem na maioria das vezes, nos livros didáticos de Ciências, fragmentados, desvinculados do contexto social e histórico. Com relação às questões de gênero, normalmente são enfatizados os padrões universais que se estabelecem indicando como devem ser e agir os homens e as mulheres. No que diz respeito às representações de corpos das professoras, através das entrevistas, estas mostram um “modelo” de como devem ser ensinados os corpos. Nas análises das narrativas das professoras, durante o curso, quando falam de corpo, as questões são direcionadas à sexualidade e ao gênero. Assim, os discursos que predominam são os biológicos, vinculando a sexualidade ao discurso da famíliareprodução e da criança inocente e assexuada. Tal discurso científico é dito, “autorizado” nas práticas pedagógicas das professoras. / In this dissertation, we have investigated the speeches and the pedagogical practices of the female teachers towards bodies in the first years of primary school in Rio Grande, RS,. Aiming at discussing and problematizing the bodies, we have established some connections with the Cultural Studies in a post-structuralist perspective, broadening their view, as produced by history and culture and, thus, resulting from a social process. For the analysis of how the bodies are represented and viewed by the female teachers in the first years of primary school, we applied some methodological strategies. Among them, semi-structured interviews with fourteen female teachers in three schools of the city of Rio Grande, comprising one private school and two public schools, one ruled by the state and the other ruled by the municipality, in order to investigate their understanding of body and how they dealt with their students in their pedagogical practices. Another strategy was to analyze the material produced by the female teachers with their students about bodies. Then, it was analyzed the presentation of the bodies and some issues related to gender in some Science textbooks used by the teachers. Later, we offered the course - (Re)thinking the bodies with the female teachers in the first years of primary school - , to the female teachers who took part in the survey, aiming at analyzing the school pedagogies applied in the classroom by the female teachers in the first years of primary schools, regarding to bodies, genders and sexualities. The course was a narrative space where the female teachers made part of a process of telling, listening and opposing some stories regarding their school practices related to the body. It was possible, then, to understand that the bodies are, most of the times, seen in the Science textbooks, fragmented, detached of the historical and social context. Regarding to the issues of gender, it is usually highlighted the universal standards, which indicate how men and women must behave. As for the representations of bodies of the teachers, through the interviews, they show a “model” of how the bodies must be taught. In the analysis of the narratives of the teachers, during the course, whenever they spoke about body, the questions were towards sexuality and gender. Thus, the predominant discourses are considered biological, linking sexuality to the discourse family-reproduction and about the innocent and asexual child, such scientific discourse is so-called, “allowed” in the pedagogical practices of the teachers.
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Entre a saudade do passado e os desafios do presente : representações da velhice, saúde e doença entre homens

Silva, Alessandra Dartora da January 2008 (has links)
Esta dissertação de mestrado analisa as representações de velhice, saúde e doença entre homens em um contexto específico, que são as casas de passagem. O corpus empírico desta pesquisa foi constituído por homens acima de 60 anos em situação de adoecimento que vieram para Porto Alegre fazer tratamento, permanecendo em casas de passagem. A pesquisa qualitativa e a realização de entrevistas semi-estruturadas constituíram-se em estratégias metodológicas que permitiram estabelecer um diálogo entre a aprendiz de pesquisadora e os participantes, possibilitando que estes (re)construíssem sentidos e significados relativos às situações vividas; também foi elaborado um diário de campo. O enfoque dado a este trabalho está em um dos possíveis modos de olhar para as situações consideradas, a partir do campo dos Estudos Culturais e de Gênero que se aproximam da perspectiva pós-estruturalista. Foi possível a criação de categorias analíticas que abordam as questões relativas ao processo de construções de identidades masculinas. Outra categoria buscou trabalhar as masculin-“idades” e representações sobre velhice, algo para muitos impensado. O engendramento entre saúde, doença e masculinidades articula as questões relativas às construções das identidades masculinas e as distintas representações de saúde e doença. As viagens para Porto Alegre carregam consigo dificuldades e esperança. Este trabalho busca a discussão de situações cotidianas, de modo a refletir sobre algumas variáveis e possibilidades de viver determinadas situações de vida. / This dissertation has analyzed representations of old age, health and disease among men living in the specific context of hostels. The empirical corpus of this research has consisted of men over 60 years old who were experiencing a disease and had to come to Porto Alegre for treatment, staying in hostels. A qualitative research and semi-structured interviews are the methodological strategies that have allowed for establishing a dialogue between this research learner and the participants, enabling them to (re)construct senses and meanings relating to their experiences; a field diary has also been used. This work has focused on one of possible ways of looking to the situations considered, from the fields of Cultural Studies and Gender Studies in a post-structuralist perspective. It has been possible to envision analytical categories approaching issues related to the construction of male identities. Another category has worked with masculinities and representations of old age, an aspect about which many of the participants had not thought. The engendering of health, disease and masculinities has articulated issues related to the construction of male identities and distinct representations of health and disease. The trips to Porto Alegre include difficulties and hope. This work has attempted to discuss daily situations so as to reflect upon some variables and possibilities of experiencing certain life situations.
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Por que os homens nunca ouvem e as mulheres não sabem estacionar? : analisando a rede de discursos das neurosciências quanto às questões de gênero em alguns artefatos culturais

Magalhães, Joanalira Corpes January 2008 (has links)
Esta dissertação tem como objetivo investigar alguns artefatos culturais - revistas de divulgação científica e programas de TV - que abordam as temáticas relacionadas às neurociências, analisando na rede de discursos, presentes em suas pedagogias, a constituição das identidades de gênero. Este estudo fundamenta-se a partir dos campos teóricos dos Estudos Culturais e de Gênero, pelo viés de suas vertentes pós-estruturalistas. Por esse viés, entendemos os corpos e os gêneros como construções sócio-históricas e culturais engendradas em relações de poder-saber, sendo as feminilidades e as masculinidades não somente constituídas pelas características biológicas, mas, sim, por tudo que se diz ou se representa a respeito destas características. Neste sentido, as diferentes instituições, os discursos, os códigos, as práticas educativas, as leis e as políticas de uma sociedade são espaços constituídos e atravessados pelas representações de gênero e, ao mesmo tempo, também produzem, expressam e/ou (re)significam tais representações. A análise da rede de discursos científicos presentes nas pedagogias culturais investigadas nesta dissertação - artigos publicados nas revistas de divulgação científica Viver, Mente e Cérebro e Scientific American Brasil, e os programas de TV Globo Repórter e Fantástico (série Sexo Oposto) - me possibilitou perceber o quanto estas apontam, justificam e naturalizam comportamentos, posicionamentos sociais, padrões cognitivos, habilidades, condutas, entre outros aspectos relacionados aos gêneros, focando no cérebro a origem das distinções/diferenciações entres eles. Possibilitou, também, perceber o quanto esses discursos nos interpelam e nos ensinam modos de ser homem e mulher, de viver nossas masculinidades e feminilidades. Nesta investigação, ficou evidenciado que esses discursos construídos pela linguagem da Ciência, reforçados e (re)produzidos pela mídia impressa e televisiva, são tomados como "verdades", imprimindo nos corpos femininos e masculinos as diferenças que justificam as relações desiguais entre os gêneros na sociedade. Ao falar do cérebro de meninos e meninas, adolescentes, homens e mulheres, estes discursos regulam, normatizam, instauram saberes e instituem verdades. / This dissertation aims at investigating a few cultural artefacts - science-related magazines and TV programmes - which refer to themes that are related to neurosciences, analysing how gender identity is constituted in the discourse which is present in their pedagogies. This study is based on the theoretical fields of Gender and Cultural Studies, in their post-structuralism branches, where body and gender are understood as socio-historical and cultural constructions, born from power-knowledge relationships, and where femininity and masculinity are not only constituted by biological characteristics but also by all that is said or represented about these characteristics. In this sense, the several different institutions, discourses, codes, education practices, laws and policies with a certain society are spaces that are constituted and crossed by gender representations. The analysis of the net of scientific discourses that are present in the cultural pedagogies that were investigated in this dissertation - articles published in the popular science magazines Viver, Mente e Cérebro and Scientific American Brasil and in the TV programmes Globo Repórter and Fantástico (Sexo Oposto series) allowed the realization of how they point to, justify and naturalise behaviours, social positioning, cognitive standards, skills and actions, among other gender-related aspects, focusing on the brain as the origin of distinctions among them. He study allowed also the realization of how such discourses call on and teach us the ways of being a man or a woman, of living our masculinity and femininity. In this investigation, there is evidence that these discourses that are built through the language of Science, reinforced and (re)produced by the press and TV media, are taken as the "truth", printing on male and female bodies the differences that justify the unequal relationships between genders in our society. When such discourses speak about the brains of girls and boys, teenagers, adult males and females, they regulate and create knowledge and institute the truth.

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