• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 1009
  • 164
  • 35
  • 15
  • 12
  • 5
  • 3
  • 1
  • Tagged with
  • 1252
  • 545
  • 313
  • 226
  • 221
  • 219
  • 209
  • 192
  • 164
  • 160
  • 137
  • 132
  • 131
  • 122
  • 121
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
601

Escola indígena e ensino de história : um estudo em uma escola Kaingang da terra indígena Guarita/RS

Medeiros, Juliana Schneider January 2012 (has links)
A educação escolar indígena específica e diferenciada vem sendo construída por diversos povos indígenas do país desde a promulgação da Constituição Federal (1988), marco de sua conquista pelo direito à diferença. A pesquisa aqui apresentada buscou investigar de que forma a escola kaingang vem se constituindo e, mais especificamente, como está ocorrendo o ensino de História. A investigação se realizou a partir de uma convivência com os Kaingang da Terra Indígena Guarita, tendo como cenário principal a escola indígena Toldo Campinas, no setor Estiva. Após um processo de Conquista, ocidentalização e mestiçagem (GRUZINKSI, 2001), que teve início no século XIX, os Kaingang mantiveram-se e mantêmse até hoje, conforme a dinâmica da tradição (BALANDIER, 1997). Considerando essa história de luta para permanecerem em seu estar indígena (KUSCH, 2009), procuro compreender a construção da escola kaingang específica e diferenciada. Centrada principalmente em uma metodologia etnográfica, procurei fazer uma descrição densa (GEERTZ, 1989) não só da escola e seus sujeitos, mas de seu entorno e de outras tantas pessoas implicadas no processo escolar. Além do diário de campo e de um caderno de notas, utilizei-me de outros recursos: entrevistas, questionários (a alunos e professores), atividades de aula, conversas com velhos “contadores de histórias”, cópias dos cadernos de alunos, documentos da escola, fotos. Descrevo o funcionamento da escola, com um enfoque especial na gestão escolar. Analiso as matérias específicas da escola (Kaingang, Artesanato e Valores Culturais), mostrando que, apesar de não serem responsáveis pela aprendizagem dos conhecimentos da tradição por parte das crianças, elas cumprem um papel importante na valorização desses saberes. Dedico um capítulo às aulas de História e a uma discussão acerca da relação entre os velhos e a escola. Explicito que o ensino de História na escola ainda está muito pautado pelo livro didático, mas aponto que há uma disposição do professor em ensinar uma outra história, a kaingang. Constato que as narrativas kaingang estão vivas, no entanto há pouco diálogo entre os velhos “contadores de histórias” e a escola. A partir destas “descobertas”, busco propor alguns caminhos para que a escola seja, de fato, de autoria indígena e para que as narrativas kaingang continuem sendo transmitidas. Mais do que isso, aponto questionamentos para que os próprios Kaingang reflitam sobre a educação escolar indígena que almejam. / A specific and differentiated indigenous school education is being developed and implemented by many of Brazil’s indigenous peoples since the Federal Constitution promulgation (1988), a landmark in the conquest of their right to be different. The present research has tried to investigate how the Kaingang school is being constituted and, more specifically, how History is being taught. The investigation was carried out in a Kaingang community in the Indigenous Reservation of Guarita, and the main setting for the study was the indigenous school Toldo Campinas. After processes of Conquest, westernization and mestizoization (GRUZINKSI, 2001), that began in the XIX century, the Kaingang people have maintained their identity, and still do until the present day, according to the dynamics of tradition (BALANDIER, 1997). Considering their history of struggle to maintain their indigenous being [estar indígena] (KUSCH, 2009), this work tries to understand the construction of the specific and differentiated kaingang school. Using ethnography, a thick description (GEERTZ, 1989) was built, not only of the school and its subjects, but also of its surroundings and of other people involved in the school’s educational processes. In addition to a field journal and a notebook, other resources were used: interviews, questionnaires (to students and teachers), classroom activities, talks to the elderly “story tellers”, copies of the students’ notebooks, school documents, photographs. The school dynamics, focusing on the management of the school, is described. The school’s specific disciplines are analyzed (Kaingang Language, Handicraft and Cultural Values), showing that despite the fact that they are not responsible for the students’ learning of the traditional knowledge, they fulfill an important role in highlighting that knowledge. One chapter is dedicated to the History classes and to a discussion on the relationship between the elderly and the school. The research shows that the teaching of History is still based on the regular textbook, but a willingness to teach another history, the Kaingang one, is noticed. Another conclusion is that the Kaingang narratives are still alive; however, there is little dialogue between the elderly “story tellers” and the school. Considering these “findings,” this work tries to propose ways for the school’s authorship to become indigenous, so that Kaingang stories continue to be transmitted. Above all, the sudy raises questions and urges the Kaingang themselves to reflect upon what indigenous shcool education they want and need.
602

Alegorias etnográficas do mbyá rekó em cenários interétnicos no Rio Grande do Sul (2003-2007) : discurso, práticas e holismo mbyá frente ás políticas públicas diferenciadas

Pires, Daniele de Menezes January 2007 (has links)
As comunidades Mbyá-Guarani no Rio Grande do Sul possuem trajetórias que consolidam seu reconhecimento enquanto grupo culturalmente diferenciado e reforçam sua autodeterminação étnica, através do jeguatá (caminhada), apesar de viverem hoje reduzidos em pequenas áreas descontínuas (entre aldeias e acampamentos), mas interligadas etnicamente, num espaço geográfico dominado pela propriedade privada e pela ocupação por descendentes de imigrantes europeus que deles se contrastam. A perda de seu território original e a decomposição ambiental foram fatores que impuseram transformações mais drásticas – radicalizando os efeitos da sua própria historicidade – no Mbyá rekó (modo tradicional de vida), obrigando as pessoas Mbyá-Guarani a estabelecerem um convívio cada vez mais estreito e cotidiano com representantes externos, desde aqueles que fazem intervenções dentro das Tekoá (aldeias), até suas relações de vizinhança, na participação em reuniões promovidas pelos poderes públicos e em negociação com diversas instituições, participando de cenários que geram mudanças no processo de manutenção do Mbyá rekó, mas que não substituem os cenários que fundam seu habitus original. Ao mesmo tempo, os primeiros anos do século XXI estão marcados pela necessidade administrativa do Estado brasileiro em dar conta das demandas diferenciadas dos diversos grupos que constituem a sociedade nacional. A pesquisa etnográfica procurou focalizar, inicialmente, algumas dimensões de interação estabelecidas entre os Mbyá e os representantes das instituições governamentais, particularmente demonstrando sua capacidade de se fazerem visíveis e tornarem-se atores nos espaços abertos pelos mecanismos governamentais, através de estratégias próprias – singularidades do Mbyá rekó também trazidas pela etnografia desta pesquisa –, articulando parceiros que viabilizem o atendimento de suas demandas específicas. Faz-se o registro desse diálogo e da conseqüente costura interinstitucional por ela gerada, o que possibilita uma maior “sustentabilidade” e valorização do patrimônio cultural Mbyá. / The Mbyá-Guarani communities in Rio Grande do Sul have been through paths which consolidate their knowledge as a culturally diverse group and confirm their ethnic selfdetermination, through jeguatá (walk), despite of the fact that these days they are living in small discontinued areas (among villages and campings), but ethnically connected, in a geographic space dominated by private properties and by descendent of European immigrants that contrast from them. The loss of their original territory and the environmental decomposition were facts that imposed drastic transformations – radicalizing the effects of their own historic consciousness – in Mbyá rekó (traditional way of life), obligating Mbyá- Guarani people to establish a conviviality very narrow and daily with external representatives, from the ones who intervene inside the Tekoá (villages), to their neighborhood relations, participating of meetings promoted by government authorities and in negotiation with several institutions, being part of sceneries that generate changes in the process of maintenance of Mbyá rekó, but do not replace the sceneries that fund their original habitat. In the other hand, the first years of the XXI century are marked by the administrative need of the Brazilian State in matching the different expectations of several groups that constitute the national society. The ethnographic research intended to focus, initially, some dimensions of interaction established between the Mbyá and representatives of government institutions, particularly demonstrating their capacity to make themselves visible and become actors in spaces opened by governmental mechanisms, through their own strategies – singularities of Mbyá rekó that were also brought by the ethnography of this research –, joining partners that make the attendance of their specific demands possible. There is a register of this dialog and of the consequent interinstitucional sewing generated by it, what makes possible that there is a larger approach with the Mbyá holism, when actions are taken between institutions as different as the ones that attend rubrics as diverse as “health”, “land”, “sustenance” and “cultural heritage”.
603

Análise dos potenciais de desenvolvimento sustentável gerados pela instalação de hidrelétrica no rio Cotingo as comunidades indígenas da área Raposa Serra do Sol em Roraima

Silva, Luis Cláudio de Jesus January 2009 (has links)
Desde o início da década de 70 que se discute a exploração dos recursos hídricos da bacia do rio Cotingo, hoje, localizado no interior da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, no Estado de Roraima. Perseguir a disposição de energia limpa e sustentável, como alavanca propulsora do desenvolvimento regional, foi o argumento a justificar ações e projetos governamentais ao longo destes quase 40 anos. Infelizmente, nem sempre respeitando os instrumentos normatizadores, o meio ambiente e as comunidades diretamente afetadas. O assunto voltou a ser destaque após a aprovação pelo Senado Federal do Decreto Lei 434/06, autorizando a exploração dos recursos hídricos e potenciais energéticos do rio Cotingo com a condição de prévia consulta as comunidades indígenas afetadas. Conhecer os recursos disponíveis é o primeiro ato na intenção de produção ou desenvolvimento. A identificação dos recursos naturais disponíveis na região do rio Cotingo, bem como, os potenciais de desenvolvimento sustentável pós instalação de Hidrelétrica na região são elementos de informação essenciais a sensibilização das comunidades envolvidas e nortearam o posicionamento consciente e responsável para tomada de decisão quando da discussão do tema. / Since the beginning of the 70’s the exploration of the hydric resources of the basin of the Cotingo river is discussed, today, located in the Amerindian’s Land called Raposa Serra do Sol, in the State of Roraima. To pursue the disposal of clean and sustainable energy, as propeller of the regional development it was the argument to justify the government actions and projects throughout these almost 40 years. Unfortunately, hardly ever respecting the instrument rules, the environment and the communities directly affected. The subject came back to be discussed after the approbation by the Federal Senate of the Decree Law 434/06, authorizing the exploration of the hydric resources and potential energy of the Cotingo river with the previous condition of consulting the amerindians communities affected. To know the available resources is the first act in the production intention or development. The identification of the available natural resources in the region of the Cotingo river, as well as, the potencial of sustainable development after installation of Hydroelectric in the region are essential elements for information the and sensibilization of the involved communities and will guide the conscientious and responsible positioning to make a decision about the discussion of the subject.
604

Análise de um corpus de produção escrita em português por crianças e adultos indígenas bilíngues/monolíngues de Dourados/MS a partir da linguistíca de corpus

Espindola, Sandra January 2014 (has links)
Com a finalidade de entender a origem das dificuldades apresentadas por crianças e adultos indígenas na produção de textos em português, surgiu a presente investigação. a partir da Linguística de Corpus. Para tanto, foi construído um corpus de 483 textos de crianças e 349 textos de adultos escritos em língua portuguesaproduzidos por crianças e adultos indígenas e não indígenas. A amostra do grupo das crianças contou um total de 175 crianças, sendo 111 indígenas (71 bilíngues Guarani/Kaiowá e 40 Terena monolíngues) e 64 não indígenas, falantes monolíngues de português, alunos do 4º e do 5º ano do Ensino Fundamental. O grupo de adultos foi formado por um total de 118 adultos, sendo 74 indígenas (36 bilíngues Guarani/Kaiowá e 38 Terena monolíngues) e 44 não indígenas, falantes monolíngues de português, do1o e do último ano do Ensino Superior. Os objetivos específicos da pesquisa foram: (a) verificar se existem diferenças entre o tipo de dificuldades reveladas pelos indígenas monolíngues e bilíngues de diferentes etnias – Kaiowá/Guarani e Terena – em comparação com os monolíngues não indígenas na produção de textos narrativos em português; (b) na comparação entre os dois grupos etários, crianças e adultos, observar em que medida o caminho percorrido do ensino básico à formação acadêmica interferiu no desenvolvimento da habilidade de escrita de textos; e (c) no caso dos grupos de participantes adultos, investigar se o tempo de permanência no curso de graduação (alunos que estão no primeiro e no quarto ano de curso) interfere no nível de dificuldade na produção de textos. Os dados foram analisados através da ferramenta AntConc, a partir do viés teórico da Linguística de Corpus. A partir dessa proposta de pesquisa espera-se contribuir para que os professores, tanto os que atendem os acadêmicos quanto os que atendem as crianças, compreendam como a escrita desses dois grupos indígenas se estrutura. Essas informações são essenciais para futuras orientações nos trabalhos de leitura e escritas propostos pela escola e pelos cursos universitários que recebem acadêmicos indígenas. / In order to underste the origin of the difficulties faced by indigenous children e adults in the production of texts in Portuguese, this research emerged, from Corpus Linguistics. To that end, was built a corpus of 483 children e 349 adults texts of texts written in Portuguese produced by children e indigenous e non-indigenous adults.The sample of children group counted a total of 175 children, with 111 indigenous (71 bilingual Guarani / Kaiowá e Terena 40 monolingual) e 64 non-indigenous, monolingual speakers of Portuguese, students of the 4th e 5th year of elementary school.The adult group consisted of a total of 118 adults, with 74 indigenous (36 bilingual Guarani / Kaiowá e Terena 38 monolingual) e 44 non-indigenous, monolingual speakers of Portuguese, the first e last years of higher education.The specific objectives of the research were: (a) determine whether there are differences between the kinds of problems revealed by monolingual e bilingual indigenous ethnic groups - Kaiowá / Guarani e Terena - compared to non-indigenous monolingual in the production of narrative texts in Portuguese;(b) the comparison between the two age groups, children e adults, to observe to what extent the traveled way of basic education to academic interfered in the development of written texts skill;e (c) in the case of adults participating groups, to investigate whether the time spent in the undergraduate course (students who are the first e fourth year of course) interferes with the level of difficulty in producing texts.Data were analyzed by AntConc tool from the theoretical bias of Corpus Linguistics. From this research proposal is expected to contribute to teachers, both those who meet the academic e the attending children, underste how the writing of these two indigenous groups structure.This information is essential for future guidance in reading e written work proposed by schools e university courses receiving indigenous academics.
605

Reterritorializando a educação escolar indígena : reflexões acerca dos territórios etnoeducacionais

Sousa, Fernanda Brabo January 2013 (has links)
A criação da categoria político-jurídica território etnoeducacional, por meio do Decreto Presidencial nº 6.861/2009, inaugura um novo capítulo na história da educação escolar indígena no Brasil, no que diz respeito ao reconhecimento da afirmação e identidades étnicas dos povos indígenas e a possibilidade de uma gestão mais autônoma de seus processos educativos escolares. Isso significa dizer, em linhas gerais, que a educação escolar indígena passa a ser organizada em consonância à territorialidade de seus povos, independentemente da divisão territorial entre estados e municípios que compõem o Estado brasileiro. Considerando o caráter recente do documento em questão e a escassez de estudos sobre a construção dessa política, esta dissertação propõe algumas reflexões acerca da criação, implementação e pactuação de territórios etnoeducacionais. Alguns dos meios utilizados para tal foram a elaboração de uma metáfora, denominada “território das formigas”, pensada a partir da visualização da obra “Nosso Norte é o Sul”, de Yanagi Yukinori, exposta na 8ª Bienal do Mercosul. Outro dispositivo foi o mostrar consciente que, mais do que buscar respostas, convida a conhecer e pensar coletivamente sobre sentidos e significados que as noções de territórios e territorialidades assumem para essa política, articulando-os às noções de identidade e afirmação étnica, aliadas ao viés educacional. Para isso, foram estudados documentos legais referentes à questão indígena etnoterritorial, entrecruzando seus sentidos com os significados propostos a partir das conversas com três intelectuais indígenas e um atuante de longa data na questão indígena. Utilizando os métodos de descrição de Michel Maffesoli, bem como a leveza da narrativa de Ítalo Calvino e a tomada de consciência étnica descrita por José Bengoa, este estudo teve por questões norteadoras a relevância do Decreto nº 6.861/2009 para a educação escolar indígena específica e diferenciada e os possíveis sentidos e significados que ele assume na história da educação escolar indígena no Brasil. Vislumbramos como possíveis significados um maior controle social sobre a educação escolar indígena, o funcionamento do regime de colaboração entre as diferentes esferas de governo e a valorização étnico-cultural das identidades indígenas, entre vários outros mais ou menos implícitos nas falas governamentais, intelectuais e indígenas, suscitando novas questões a partir das reflexões presentes neste estudo e, quiçá, anunciando também uma reterritorialização da educação escolar indígena. / The creation of political-legal category etnoeducacional territory, through Presidential Decree No. 6.861/2009, opens a new chapter in the history of indigenous education in Brazil, with regard to the recognition and affirmation of ethnic identity of indigenous peoples and the possibility of a more autonomous school of their educational processes. This means, roughly, that the indigenous education shall be organized in accordance to the territoriality of their people, regardless of territorial division between states and municipalities that make up the Brazilian state. Given the recent nature of the document and the scarcity of studies on the construction of this policy, this paper proposes some reflections on the creation, implementation and negotiation of territories etnoeducacionais. Some of the means used to do so were the creation of a metaphor, called "ant territory," thought from viewing the work "Our North is the South," Yukinori Yanagi of exposed in the 8th Mercosul Biennial. Another device was aware that the show rather than seek answers, invites you to discover and think collectively about meanings that notions of territory and territoriality to assume that policy, linking them to the notions of identity and ethnic affirmation, combined with the bias educational. For this, we studied legal documents relating to indigenous issues etnoterritorial, crisscrossing your senses with the proposed meanings from conversations with three indigenous intellectuals and a longtime active on indigenous issues. Using the methods of description of Michel Maffesoli, as well as the lightness of the narrative of Italo Calvino and ethnic awareness described by José Bengoa, this study was guiding questions the relevance of Decree No. 6.861/2009 for indigenous education specific and differentiated and the possible meanings it assumes in the history of indigenous education in Brazil. We see how possible meanings greater social control over indigenous education, the functioning of the system of collaboration between the different spheres of government and ethno-cultural appreciation of indigenous identities, among many other more or less implicit in the speeches of government, intellectuals and indigenous raising new questions from the reflections in this study and, perhaps, also announcing a reterritorialization of indigenous education.
606

Educação escolar indígena na terra indígena Apiaká-kayabi em Juara – MT : resistências e desafios / Indigenous school education in Apiaká-Kayabi indigenous land in Juara-MT : resistance and challenges

Ferreira, Waldinéia Antunes de Alcântara January 2013 (has links)
A Educação Escolar Indígena na atualidade das Comunidades Mayrob, Apiaká e Kayabi tem vivenciado uma constante ressignificação no intuito de se tornar diferenciada, específica e bilíngue. A mesma vem se constituindo num processo de negociações que ocorrem com as instituições do Estado: a Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), na formação de professores indígenas; o Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica (CEFAPRO), na formação continuada; e diálogos entre os saberes indígenas e os da academia, na perspectiva da interculturalidade crítica. Há na constituição da mesma o esforço da afirmação étnica de cada povo que ocorre pelas práticas educativas pedagógicas na valorização da cultura. Uma educação construtora de um currículo articulado à vida, à interculturalidade, à sobrevivência da memória, da cultura e da língua materna num mundo globalizado e diverso, um currículo negociado com tensões e protagonismo. Em outras palavras, uma educação própria, diferenciada, intercultural, feita pela Pedagogia Cosmo- Antropológica. Na construção dessa pedagogia, o professor/a indígena é uma liderança que tem responsabilidades definidas, dentre elas, e, talvez a maior, a de construir uma educação escolar que consiga intermediar espaços específicos da cultura étnica com a cultura não indígena. Utiliza a escola como locus de resistência pelos processos educativos culturais protagonizando o universo indígena. Nesse espaço, e junto ao movimento indígena, é que se formam os guerreiros. Assim, a escola, o movimento indígena e o contexto das salas de aula são espaços de fortalecimento e de construção da Pedagogia Cosmo-Antropológica. Para se chegar a essas considerações foi preciso analisar a especificidade da cultura indígena dos povos Munduruku, Kayabi e Apiaká, identificando as formas de resistência no processo de invasão cultural a partir de uma educação escolar Cosmo-Antropológica. O caminho delineado contou com as contribuições da pesquisa qualitativa do tipo etnográfico, com as orientações de Geertz (1989) e André (2003); a observação participante e as narrativas, para que fosse possível descrever e dialogar com significados culturais, tanto na dimensão escolar como nas interfaces da dimensão da cultura. A palavra descrição foi experienciada de forma que possibilitasse uma aproximação significativa e interpretativa da realidade, evidenciando suas contradições. Assim, a análise dialética e interpretativa, nesta abordagem de vertente antropológica e etnográfica. A pesquisa foi realizada diretamente com os professores/as indígenas (formados pela Faculdade Indígena Intercultural - UNEMAT – Campus de Barra do Bugres) de três escolas indígenas do Estado de Mato Grosso, na Terra Indígena Apiaká- Kayabi localizada no município de Juara-MT, e indiretamente com as pessoas da comunidade. E tem como objeto de estudo a educação escolar indígena. Os principais autores que auxiliaram na construção desta pesquisa foram: Kusch (1999), Dussel (1993), Paulo Freire(1996; 2005) e Viveiros de Castro (2002). / The indigenous school education nowadays in Mayrob, Apiaká and Kayabi communities has been living a constant re-signification to become differentiate, specific and bilingual. It is being constituted through a process of negotiations that happens with state institutions such as: University of the State of Mato Grosso (UNEMAT) in the indigenous teachers graduation, Center of Formation and Updating of Professionals of Basic Education (CEFAPRO) in the continuous formation, and some dialogues between the indigenous knowledge and the academy knowledge in the perspective of critical interculturality. In the constitution of this process there is strength for ethnical affirmation of each people, which occurs through pedagogical education practices valuing the culture. An education that builds a curriculum articulated to life, to the interculturality, to the memory survival, to the culture and to the mother tongue in a globalized and diverse world, a curriculum built through tension and protagonism. In other words, a proper education, differentiated, intercultural, done by the Cosmo-anthropological Pedagogy. In this pedagogical construction, the indigenous teacher is a leadership that has defined responsibilities, among all of them, maybe the greatest one, that is to build a school education that searches to interlace specific spaces of ethnical culture and the non-indigenous culture. These indigenous people have the school as a locus of resistance against cultural educational process, advocating the indigenous universe. This place and together with the indigenous movement that are being formed warriors. Thus, the school, the indigenous movement and the classroom context are places of strengthen and of Cosmoanthropological Pedagogy construction. In order to achieve these considerations, was analyzed the specificity of the indigenous culture of Munduruku, Kayabi and Apiaká people, identifying the resistance forms in the process of cultural invasion since the Cosmoanthropological school education. It was of great importance the contributions of qualitative research of ethnographic kind, considering Geertz (1989) and André (2003), also the participant observation and the narratives, to be able to describe dialogues with cultural meanings, in the school dimension as in the interfaces of cultural dimension. The word description was lived in a way, which made possible a significantly and comprehensible approximation of the reality, putting in evidence its contradictions. Therefore, it was utilized in the doctoral dissertation an interpretative and dialectical analyses, based on anthropologic and ethnographic fields. The research has as investigated subjects eight indigenous teachers (graduate and undergraduate at Indigenous Intercultural College – UNEMAT – Barra do Bugres Campus) of three indigenous schools of Mato grosso in the indigenous land Apiaká- Kayabi in Juara city –MT and indirectly the people from the community, the study object was the indigenous school education. The main authors who helped to build the research were: Kusch (2000), Dussel (1993), Paulo Freire (1996; 2005) and Viveiros de Castro (2002).
607

Bebendo entre amigos: um estudo antropológico sobre uso de bebidas alcoólicas na casa de apoio à saúde indígena de Roraima.

Hermano, Brasilina Morais 05 December 2013 (has links)
Submitted by Felipe Lapenda (felipe.lapenda@ufpe.br) on 2015-03-11T13:52:42Z No. of bitstreams: 2 DISSERTAÇÃO BRASILINA MORAIS HERMANO.pdf: 2003370 bytes, checksum: b492b811eb781fc4cafe8adf203d5852 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-11T13:52:42Z (GMT). No. of bitstreams: 2 DISSERTAÇÃO BRASILINA MORAIS HERMANO.pdf: 2003370 bytes, checksum: b492b811eb781fc4cafe8adf203d5852 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2013-12-05 / O presente trabalho é um estudo sobre o uso de bebidas alcoólicas pelos internos pacientes e acompanhantes indígenas na CASAI/RR. Assim, tem como objetivo conhecer os fatores que estão envolvidos no uso de bebidas alcoólicas e suas implicações na CASAI/RR. A base desse estudo está voltada para o Povo Yanomami. O estudo tem como metodologia a pesquisa etnográfica, que envolveu uma revisão bibliográfica sobre uso de álcool e uma leitura das principais etnografias. O referencial etnográfico utilizado de diversos estudos sobre os Yanomami entre eles Albert, Ramos, Ramirez, Smiljanic, Lizot, Pellegrini e outros. Na temática o uso de bebidas alcoólicas entre os povos indígenas, os estudos foram pautados em estudiosos como Langdon, Menendez, Oliveira, Souza, Garnelo entre outros. O trabalho de campo foi realizado a partir da observação participante e utilização de entrevistas não estruturadas, com pacientes e acompanhantes, profissionais de saúde e lideranças Yanomami. A partir destes estudos e da pesquisa de campo foi possível chegar a algumas conclusões como entender o sentido de beber para os Yanomami, os meios de aquisição da bebida alcoólica a partir do contato e hoje o consumo da bebida alcoólica na CASAI/RR. O entendimento sobre o papel da instituição CASAI/RR, na visão dos Yanomami, pode contribuir para fomentar o uso da bebida alcoólica. Além disso, outros fatores, de ordem institucional, foram identificados como preponderantes para as diversas carreiras do uso de bebidas alcoólicas e, consequentemente, desencadeadoras de situações de “conflitos e violência” prejudicial ao tratamento de saúde, aos quais estão submetidos, resultando inclusive em casos irreversíveis que levam a óbito.
608

Diversidades etnicorraciais e a política educacional em Pernambuco: a inclusão da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena como conteúdo curricular

SILVA, Ana Cláudia Oliveira da 31 January 2012 (has links)
Submitted by Amanda Silva (amanda.osilva2@ufpe.br) on 2015-04-10T12:58:50Z No. of bitstreams: 2 Ana cLÁUDIA Silva.pdf: 7566115 bytes, checksum: e4edbd48b4808eac11ca683ae5b9d6f8 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-10T12:58:50Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Ana cLÁUDIA Silva.pdf: 7566115 bytes, checksum: e4edbd48b4808eac11ca683ae5b9d6f8 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2012 / A pesquisa propôs-se a examinar o processo de implementação da Lei 11.645/08, que determina a obrigatoriedade da inclusão da temática História e Culturas Afro-Brasileira e Indígena nos currículos oficiais, na rede Estadual de Ensino de Pernambuco, no recorte temporal de 2007 a 2010. Tomou-se como ponto de partida a problematização de como as diferenças socioculturais foram assumindo contornos de desigualdades desde a colonização no Brasil e os modos como se apresentam na atual conjuntura educacional, levando-se em conta, todavia, que as lutas por reconhecimento e valorização das diferenças tem inscrito na agenda pública a definição de políticas que visam promover a igualdade etnicorracial brasileira também no campo educacional. Neste estudo, o destaque é para as políticas de ações valorativas, grupo ao qual pertence a Lei supramencionada. O principal objetivo deste estudo foi investigar as ações governamentais do âmbito estadual para que os princípios registrados na legislação fossem seguidos, procurando identificar possíveis distâncias entre o que foi proclamado nos termos da Lei e as formas de sua assimilação pela política educacional de Pernambuco. Para tanto, optou-se por desenvolver uma pesquisa de enfoque qualitativo por meio da análise de documentos e da realização de entrevistas semiestruturadas com professores e gestores envolvidos neste processo, além de pesquisa no Ministério Público de Pernambuco - MPPE. Os resultados apontaram que a atuação dos Movimentos Sociais e do MPPE tiveram grande relevância para que conquistas, ainda que limitadas, acontecessem no âmbito estadual. Revelaram ainda que as ações da Secretaria de Educação de Pernambuco – SEDUC-PE no período investigado foram pontuais e descontínuas, em consonância com os projetos do governo estadual que tem privilegiado a obtenção de resultados com menor aplicação de recursos desconsiderando as especificidades do campo educativo e a centralidade das temáticas afro-indígenas. Estas constatações reafirmam o quão contraditório é o processo de implementação das políticas que visam combater as desigualdades e as discriminações etnicorraciais, face às posturas tradicionais referentes ao tratamento dessas questões. Entretanto, a pesquisa aponta que a Lei 11.645/08 pode configurar-se como um importante instrumento de luta para o questionamento das desigualdades historicamente postas.
609

Discurso como prática de transformação social: o político e o pedagógico na educação intercultural Pankaká

BARBALHO, José Ivamilson Silva 31 January 2012 (has links)
Submitted by Amanda Silva (amanda.osilva2@ufpe.br) on 2015-04-13T13:12:19Z No. of bitstreams: 2 JoséIvamilson_Tese.pdf: 2997865 bytes, checksum: 8b07787fd3fad429d28bb7900a86fe9c (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-13T13:12:19Z (GMT). No. of bitstreams: 2 JoséIvamilson_Tese.pdf: 2997865 bytes, checksum: 8b07787fd3fad429d28bb7900a86fe9c (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2012 / FACEPE / Nosso estudo analisa o lugar do discurso como prática de transformação social, baseado nos pressupostos conceituais e analíticos instituídos por Norman Fairclough (mudança discursiva em relação à mudança social e cultural); as repercussões de sentido sobre o papel da escola para os povos indígenas do Nordeste; a influência e profusão do debate acadêmico quanto aos muitos significados e representações da educação diferenciada, pleiteada pelos povos indígena do país; a relevância da perspectiva intercultural da educação no campo da diversidade cultural e os processos de formações discursivas e interdiscursivas no âmbito da práxis político-pedagógica desenvolvida por professores/as e lideranças do povo Pankará. Argumenta-se, nesta tese, que práticas discursivas estabelecem conexões com formações discursivas, gerando novas práticas, em torno de determinados campos de saber e poder. Tal partilhamento pode favorecer, inclusive, sistemas discursivos a favor da participação dos sujeitos, na luta por direitos fundamentais e pela implementação de projetos educacionais congruentes. Trata-se, entre outras coisas, de uma análise que procura explicitar a prática dos educadores/as Pankará, a partir do lugar social requerido a educação; as muitas respostas a discursividade da identidade cultural; a ação conscientizadora realizada por tais atores no interior de suas escolas; e as proposições/propostas/projetos em educação diferenciada orientados para assegurar maior legimitidade e autonomia no plano das atividades políticopedagógicas. Nesse sentido, definimos a educação intercultural Pankará (e suas implicações epistemológicas) como parte de um movimento social e cultural destinado a promover mudanças no sistema educacional vigente, de modo a favorecer, no seio da comunidade educativa, o desenvolvimemto de valores, posturas, atitudes e conhecimentos necessários para atuarem vivamente, seja dentro de sua cultura étnica, seja próximo da sociedade circundante, (res)situando-os em contextos próprios ou diferentes. Defendemos nessa tese que o conjunto de ações perspectivadas e delineadas por professores/as Pankará tem se caracterizado como discurso e prática de transformação social, conferindo aos processos de educação (relativas à prática pedagógica desencadeadas em salas de aula), uma dimensão excepcional, factível ao projeto de sociedade instituído pela comunidade indígena; que as demandas de educação escolar em andamento (perspectivas didático-metodológicas), mostram ser possível desenvolver um sistema educacional alternativo, enquanto movimento ativo de linguagens, rupturas e produção de sentido. Tal posicionamento busca se configurar numa maneira particular de prática de transformação social, sob mote de formações discursivas, posicionando e reposicionando constantemente seus principais consecutores/as. Isso supõe localizar, no plano dos argumentos delineados nessa investigação, as “opções” dos sujeitos por relações interculturais, em oposição de assimetrias ideológicas e políticas. Por fim, arguimos que há entre esses atores, ampla, profunda e crescente consciência política, ancorada por um intenso, porém renovado, compromisso com valores democráticos populares, prefigurados no espírito de construção e realização de uma sociedade cada vez mais justa, solidária, livre da dominação e exploração econômica ou cultural; projeto, porquanto, que se encontra intimamente ligado aos apelos específicos da educação escolar Pankará. Ressaltamos, assim, como maneira de incorporar o discurso na perspectiva da educação intercultural Pankará, se faz necessário compreender as principais necessidades educativas dos sujeitos da pesquisa.
610

Padrões de caça, pesca e uso de animais silvestres pela etnia Truká, no semiárido brasileiro / Patterns of hunting, fishery and use of wild animals by ethnic group Truká, in the brazilian semiarid

SANTOS, Carlos Alberto Batista dos 27 February 2016 (has links)
Submitted by Mario BC (mario@bc.ufrpe.br) on 2016-05-13T13:21:49Z No. of bitstreams: 1 Carlos Alberto Batista dos Santos.pdf: 4547753 bytes, checksum: 4f43293e4e7deca1b56274100202ec1a (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-13T13:21:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Carlos Alberto Batista dos Santos.pdf: 4547753 bytes, checksum: 4f43293e4e7deca1b56274100202ec1a (MD5) Previous issue date: 2016-02-27 / The exploitation of natural resources by traditional communities is grounded in a set of knowledge, practices and human beliefs based on empirical experimentation of the closest environment that is part of the cultural traditions. This study adds to the recent researches about the indigenous peoples in Brazil and, especially, in the Northeast region, from oral memories of the indigenous Truká, who lives in the Brazilian Northeast semiarid and depend directly or indirectly of the natural resources of the environment in which they live, having an intimate association with the local wildlife, on which they developed indispensable knowledge for survivor of their culture. This study was developed in four indigenous settlements of the Truká people, located in the Lower-Middle São Francisco, in the cities of Sobradinho and Paulo Afonso, Bahia State, and in the cities of Cabrobó and Orocó, Pernambuco State. The indigenous people Truká has its original territory in the Assunção Island, Cabrobó`s city. Land and political conflicts led many families out of its original territory searching for new spaces. Thus, the settlements of Orocó, Paulo Afonso and Sobradinho arose. The migration process involves the adaptation to the news environment occupied, including the way to use the biodiversity available. This way, this study aimed to characterize the hunting activities, and to analyze the use of wild animals from the cultural practices of the Truká indigenous, investigate the influence of the migration process on medicinal use of wildlife, based on the hypothesis that the medicinal use of wildlife by different occupational center is influenced by new occupied environments, and to record the wealth of species caught, their uses, fishing techniques used, the ecological knowledge on these and the indigenous perception in relation to environmental impacts that influence the local fishery. The information on knowledge and local use of the wildlife resources were obtained through semi-structured questionnaires, complemented by free interviews and informal conversations. The data were collected in monthly visits lasting three days in each settlement, from February 2013 to December 2014. The four settlements of the indigenous people Truká share several knowledge on wildlife and its use, important components of the livelihood strategies of this people, among them the hunting and the fishing that remain as cultural traits of the ethnic group and are transmitted from one generation to another through orality. Our results also reveal that zootherapy practices among the Truká people persist as alternative therapy in all settlements investigated; however, each settlement has an idiosyncratic knowledge on the medicinal animals, which certainly is influenced by physical environment, by contact with other cultures and by maintenance or reduction of the contact with the Main Settlement of Cabrobó, place of origin of this people. The understanding of the local cultural practices that involve the wildlife resources and the conservation consequences of such activities on local biodiversity are essential for implementation of conservation strategies and handling actions truly effective and participatory, mainly focused on most exploited species, besides to contribute for an understanding of the wildlife usage modes by human people of the Northeast semiarid. / A exploração dos recursos naturais por comunidades tradicionais, se fundamenta num conjunto de conhecimentos, práticas e crenças humanas, fundadas na experimentação empírica do ambiente próximo que integra as tradições culturais. Este estudo vem somar-se às recentes pesquisas sobre os povos indígenas no Brasil e, em particular, na região Nordeste, a partir das memórias orais dos índios Truká, que habitam o semiárido do Nordeste brasileiro, e dependem direta e indiretamente dos recursos naturais do ambiente em que vivem, mantendo uma associação intima com a fauna local, sobre a qual desenvolveram conhecimentos indispensáveis para a sobrevivência de sua cultura. Este trabalho foi desenvolvido em quatro aldeias indígenas do Povo Truká, situadas na região do Submédio São Francisco, nos municípios de Sobradinho e Paulo Afonso, Estado da Bahia, e nos municípios pernambucanos de Cabrobó e Orocó. O povo indígena Truká tem seu território original na Ilha de Assunção, município de Cabrobó. Conflitos pela terra e políticos levaram muitas famílias a saírem de seu território original em busca de novos espaços, assim formaram-se as aldeias de Orocó, Paulo Afonso e Sobradinho. O processo migratório implica em adaptação aos novos ambientes ocupados, incluindo a forma de se apropriar da biodiversidade disponível. Dessa forma, este estudo teve como objetivos, caracterizar as atividades cinegéticas, e analisar o uso de animais silvestres a partir das práticas culturais dos índios Truká, investigar a influência do processo de migração sobre o uso medicinal de animais, partindo da hipótese de que o uso de animais medicinais pelos diferentes núcleos de ocupação sofre a influência dos novos ambientes ocupados, e registrar a riqueza de espécies pescadas, seus usos, técnicas de pesca utilizadas, o conhecimento ecológico sobre estas e a percepção dos índios em relação aos impactos ambientais que influenciam a pesca local. As informações sobre o conhecimento e uso local dos recursos faunísticos foram obtidas através de questionários semiestruturados, complementadas por entrevistas livres e conversas informais. Os dados foram coletados em visitas mensais com duração de 3 dias em cada aldeia, no período de fevereiro de 2013 a dezembro de 2014. Os quatro aldeamentos do povo indígena Truká, partilham diversos conhecimentos sobre a fauna silvestre e seus usos, componentes importantes das estratégias de subsistência desse povo, entre elas a caça e a pesca que permanecem como traços culturais da etnia, e são transmitidos de uma geração a outra através da oralidade. Nossos resultados também revelam que as práticas zooterápicas entre os povos Truká persistem como alternativa terapêutica entre todos os aldeamentos investigados, no entanto, cada aldeia apresenta um conhecimento idiossincrático sobre os animais medicinais, o qual certamente é influenciada pelo ambiente físico, pelo contato com outras culturas e pela manutenção ou redução do contato com a Aldeia Mãe de Cabrobó, lugar de origem deste povo. A compreensão das práticas culturais locais que envolvem os recursos faunísticos e as implicações conservacionistas de tais atividades sobre a biodiversidade local, são essenciais para a implementação de estratégias de conservação e ações de manejo verdadeiramente eficazes e participativas, voltadas principalmente para as espécies mais exploradas, além de contribuir para uma compreensão dos modos de utilização da fauna pelas populações humanas do semiárido Nordestino.

Page generated in 0.0581 seconds