• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 270
  • 37
  • 4
  • 4
  • 3
  • 1
  • 1
  • Tagged with
  • 331
  • 331
  • 331
  • 235
  • 231
  • 110
  • 92
  • 88
  • 78
  • 49
  • 46
  • 45
  • 42
  • 35
  • 35
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
181

Consumo de refrigerantes e salgadinhos de pacote por crianças de 12 a 59 meses e fatores associados / Soft drinks and chips intake by 12 to 59-month-old children and associated factors

Silva, Lana Angélica Braudes 06 March 2015 (has links)
Submitted by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2015-04-20T11:52:23Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Lana Angélica Braudes Silva - 2015.pdf: 2582509 bytes, checksum: a1d50e6dd6aa27091401b7168b128495 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2015-04-20T11:54:05Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Lana Angélica Braudes Silva - 2015.pdf: 2582509 bytes, checksum: a1d50e6dd6aa27091401b7168b128495 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-20T11:54:05Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Lana Angélica Braudes Silva - 2015.pdf: 2582509 bytes, checksum: a1d50e6dd6aa27091401b7168b128495 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2015-03-06 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The excessive consumption of ultra-processed products is associated with the obesity emergence and comorbities and this problem is increasingly in children population. The aim of this study was to investigate the prevalence and associated factors with the consumption of soft drinks and chips by children less than five years old. This is a population and household-based cross-sectional study with 653 children (aged 12 to 59 months) in 2011 and 2012. Cluster sampling in multistage and standardized questionnaire with socioeconomics, demographics, life style and anthropometrics questions were used. The dietary intake was assessed by a Food Frequency Questionnaire. Regular consumption of soft drinks and chips outcomes were dichotomized and classified as regular those who reported eating five times a week or more. The prevalence ratios were obtained using Poisson regression following a hierarchical model. At the month that preceded the interview, the prevalence of soft drinks intake was 79.3% and the chips consumption was 68.0%; and the frequencies of regular intake of these products were 27.1% and 9.5%, respectively. Children among 24 and 59 months, maternal education with 12 or more years of study, eating breakfast less than 3 times a week, time spent in front of television greater than or equals to two hours a day and chips regular consumption were associated with the soft drinks regular intake. The low socioeconomic status, maternal age greater than or equals to 35 years and soft drinks regular consumption were associated with chips regular intake. Soft drinks and chips regular intake was high among the children. Age, watching TV and chips regular intake were positively associated with the soft drinks regular consumption, and maternal education and eating breakfast were negatively associated. Soft drinks regular consumption was positively associated with chips regular intake, and socioeconomic status and maternal age were negatively associated. / O consumo excessivo de produtos ultraprocessados associa-se ao surgimento de obesidade e comorbidades, e essa problemática está cada vez mais frequente na população infantil. O objetivo do estudo foi investigar a prevalência do consumo de refrigerantes e salgadinhos de pacote por crianças menores de cinco anos e seus fatores associados. Trata-se de estudo transversal de base populacional e domiciliar com 653 crianças (12 a 59 meses), realizado em 2011 e 2012. Utilizou-se amostragem por conglomerados em múltiplos estágios e questionário padronizado com questões socioeconômicas e demográficas, de estilo de vida e perfil antropométrico. Avaliou-se o consumo alimentar por meio de Questionário de Frequência Alimentar. Os desfechos, consumo regular de refrigerantes e consumo regular de salgadinhos de pacote, foram dicotomizados e classificados como regular a ingestão referida em cinco dias por semana ou mais. As razões de prevalência foram obtidas por regressão de Poisson segundo modelo hierárquico. No mês antecedente à entrevista, a prevalência do consumo de refrigerantes foi de 79,3% e de salgadinhos de pacote, 68,9%; e as frequências do consumo regular destes produtos foram 27,1% e 9,5%, respectivamente. A faixa etária entre 24 e 59 meses, escolaridade materna igual ou superior a 12 anos de estudo, realizar o café da manhã menos de três vezes por semana, assistir TV por duas horas ou mais por dia e a ingestão regular de salgadinhos de pacote foram associadas ao consumo regular de refrigerantes. Associaram-se ao consumo regular de salgadinhos de pacote: pertencer à classe econômica baixa, idade materna maior ou igual a 35 anos e a ingestão regular de refrigerantes. O consumo de refrigerantes e salgadinhos de pacote foi elevado entre as crianças. A idade, tempo diante da TV e consumo regular de salgadinhos de pacote foram associados positivamente à ingestão regular de refrigerantes, e a escolaridade materna e a realização do café da manhã foram negativamente associados. O consumo regular de refrigerantes associou-se positivamente ao consumo regular de salgadinhos de pacote, e a classe econômica e a idade materna, associaram-se negativamente. Os achados podem fornecer subsídios para nortear estratégias de promoção e redução de riscos de doenças crônicas associadas ao consumo alimentar de crianças.
182

Epidemiologia dos subtipos de depressão: análise de classes latentes dos sintomas depressivos em uma amostra populacional da região Metropolitana de São Paulo / Epidemiology of subtypes of depression: latent class analysis of depressive symptoms in a population-based sample of São Paulo Metropolitan Area

Clovis Alexandrino da Silva Junior 31 August 2012 (has links)
Introdução. A depressão é uma síndrome clínica heterogênea caracterizada por perfis sintomatológicos distintos. Contudo, raros são os estudos que investigaram subtipos depressivos na comunidade e seus correlatos sociodemográficos e clínicos, diferenciando-os quanto à apresentação de acordo com o gênero. Métodos. Utilizou-se o banco de dados do Estudo São Paulo Megacity. Entraram na análise 1.212 sujeitos (869 mulheres e 343 homens) que responderam sobre a presença ou ausência dos sintomas constantes no módulo de depressão do questionário WMH-CIDI. Foi usado o método de análise de classes latentes (ACL). Critérios estatísticos (como o Critério de Informação Bayesiano [BIC] e a entropia) foram empregados para a determinação do número de classes que melhor classificava os sujeitos. Após a obtenção dos modelos mais adequados, as classes foram validadas por correlatos sociodemográficos e clínicos, utilizando-se regressão logística multinomial. Posteriormente, examinou-se a associação entre os subtipos depressivos e a utilização dos serviços de saúde ao longo da vida. Todas as análises foram realizadas no programa Mplus 6.12. Resultados. O melhor modelo de ACL para a amostra geral foi o de 3 classes denominadas Melancólica (37,8%), Atípica (17,83%) e Leve (44,37%). Os sujeitos da classe Atípica apresentaram elevada probabilidade de irritabilidade (81,8%) e ansiedade (90,7%). No modelo final ajustado, pertencer à classe Melancólica associou-se significativamente com: transtorno do espectro bipolar; transtorno de ansiedade; dependência de álcool e drogas; maior incapacitação; e maior escolaridade. Mulheres na classe Atípica foram mais propensas a ter maior escolaridade e comorbidade com transtorno do espectro bipolar e transtorno de ansiedade. Na análise da subamostra de mulheres, o melhor modelo de ACL foi o de 3 classes, semelhantes ao modelo da amostra total: Melancólica (39,34%), Atípica (19,53%) e Leve (41,13%). No modelo final ajustado para o sexo feminino, a classe Melancólica associou-se significativamente com: transtorno do espectro bipolar; transtorno de ansiedade; dependência de álcool e drogas; transtorno disfórico pré-menstrual; e maior incapacitação. Mulheres desta classe, comparadas com às das outras classes, foram mais propensas a ter maior escolaridade e estarem separadas, divorciadas ou viúvas. A classe Atípica associou-se significativamente com: transtorno do espectro bipolar; transtorno de ansiedade; dependência de álcool e drogas; e maior escolaridade. Para o sexo masculino, o melhor modelo de ACL foi também o de 3 classes: Melancólica (40,37%), Agitada (19,56%) e Leve (40,07%). Praticamente todos os homens pertencentes à classe Agitada apresentaram agitação e ansiedade, e uma grande proporção (ao redor de 84%), irritabilidade. Ainda, os sujeitos desta classe apresentaram as maiores proporções de pensamento acelerado (43,9%), aumento de energia (10,6%) e tentativa de suicídio (10,5%), em um perfil de sintomas semelhante aos estados mistos. A classe Agitada associou-se significativamente com os transtornos do espectro bipolar, embora esta associação não tenha permanecido no modelo ajustado. A classe Melancólica entre os homens associou-se com transtorno de ansiedade e dependência de nicotina. Mesmo os sujeitos das classes mais sintomáticas relataram baixo uso de serviços ao longo da vida. Conclusões. Nosso estudo confirma que subtipos depressivos, como melancólico, atípico e agitado podem ser identificados em amostras da população geral, corroborando a heterogeneidade sintomatológica do construto de depressão das classificações atuais. Tanto os perfis sintomatológicos, como as comorbidades com outros transtornos psiquiátricos, como espectro bipolar, ansiedade e dependência de substâncias, têm implicações na escolha do tratamento. Estes resultados podem também contribuir para a determinação de melhores critérios e especificadores dos subtipos depressivos nas próximas edições do DSM e da CID / Introduction. Depression is a heterogeneous clinical syndrome characterized by distinct symptom profiles. However, few studies have investigated depressive subtypes in the community and their sociodemographic and clinical correlates, differentiating them on the presentation according to gender. Methods. Data comes from the São Paulo Megacity Mental Health Survey. One thousand two hundred and twelve subjects (869 women and 343 men) entered in the analysis and responded to the presence or absence of symptoms of the depression module of the WMH-CIDI questionnaire. Latent class analysis (LCA) was used. Statistical criteria (such as the Bayesian Information Criteria [BIC] and entropy) were applied to the determination of the number of classes that best classified the subjects. After obtaining the most suitable models, the classes were validated by clinical and sociodemographic correlates, using multinomial logistic regression. We also later examined the association between depressive subtypes and lifetime health service utilization. All analyses were performed in the program Mplus 6.12. Results. The best LCA model for the overall sample was a 3-class model, which were named Melancholic (37.8%), Atypical (17.83%) and Mild (44.37%). Those in the Atypical class had a high probability of irritability (81.8%) and anxiety (90.7%). In the final adjusted model, being in the Melancholic class was significantly associated with: having a bipolar spectrum disorder; an anxiety disorder; alcohol and drug dependence; greater disability; and higher education. Women in the Atypical class were more likely to have higher education and comorbidity with bipolar spectrum disorder and anxiety disorder. In the analysis of the subsample of women, the best LCA model was a 3-class model, with classes similar to the model of the overall sample: Melancholic (39.34%), Atypical (19.53%) and Mild (41.13%). In the final adjusted model for females, the Melancholic class was significantly associated with: bipolar spectrum disorder; anxiety disorder; alcohol and drug dependence; premenstrual dysphoric disorder; and greater disability. Women in this class, as compared to those in other classes, were more likely to have higher education and be separated, divorced or widowed. The Atypical class was significantly associated with: bipolar spectrum disorder; anxiety disorder; alcohol and drug dependence; and higher education. For males, the best LCA model was also a 3-class model: Melancholic (40.37%), Agitated (19.56%) and Mild (40.07%). Virtually all men belonging to Agitated class endorsed agitation and anxiety, and a large proportion (around 84%), irritability. In addition, respondents belonging to this class presented the highest proportions of racing thought (43.9%), increased energy (10.6%), and suicide attempt (10.5%), in a symptom profile similar to mixed states. The Agitated class was significantly associated with bipolar spectrum disorders, although this association did not remain in the adjusted model. The Melancholic class among men was associated with anxiety disorder and nicotine dependence. Even subjects of more symptomatic classes reported low lifetime use of services. Conclusions. Our study confirms that depressive subtypes such as melancholic, atypical and agitated can be identified in samples from the general population, corroborating the symptomatologic heterogeneity of the construct of depression of current classifications. Both symptom profiles and comorbidity with other psychiatric disorders, such as bipolar spectrum, anxiety and substance dependence, have implications for the choice of treatment. These results may also contribute to establishing better criteria and specifiers of depressive subtypes in future editions of DSM and ICD
183

Custo econômico e social do transtorno obsessivo-compulsivo e outros transtornos mentais na infância / Cost-effective programs of treatment of the childhood with mental disorders and obsessive-compulsive disorder

Daniel Graça Fatori de Sá 22 June 2016 (has links)
Os transtornos mentais na infância são prevalentes e causam prejuízo para o indivíduo, família e sociedade. Informações acerca do custo dos transtornos mentais na infância são úteis para o planejamento do sistema de saúde, para auxiliar tomadas de decisão de gestores acerca de investimentos na área e para determinação de prioridades no orçamento público. No entanto, não há dados sobre o custo dos transtornos mentais na infância no Brasil. Já dados sobre o custo dos transtornos mentais na infância em nível subclínico são inexistentes na literatura nacional e internacional. Os objetivos centrais da presente tese de doutorado, dividida em Estudo I e Estudo 11, foram: estimar a média do custo do transtorno mental na infância em níveis subclínico e clínico, e estimar o custo total destes para o Brasil. O Estudo I teve como desfecho clínico qualquer diagnóstico de transtorno mental na infância; o Estudo 11, o transtorno obsessivo- compulsivo na infância (TOC), ambos em nível subclínico e clínico. A presente pesquisa é uma avaliação econômica de custo de doença de transtornos mentais na infância com utilização de método bottom-up retrospectivo. Foi baseada em dados de prevalência de um estudo populacional transversal de 2.512 estudantes de escolas públicas de Porto Alegre e São Paulo, selecionados por meio de duas técnicas: a) seleção aleatória de crianças e b) seleção de crianças com alto fiSCO para desenvolvimento de transtornos mentais (baseado no histórico psiquiátrico familiar). Para avaliação de transtornos mentais na infância, foi utilizado o instrumento Development and Well Being Assesment (DAWBA). Os custos de doença foram estimados a partir dos seguintes componentes: tratamentos em saúde mental (uso de medicamentos, psicoterapia, hospitalização), uso de serviços sociais (assistência social, conselho tutelar, medidas socioeducativas) e problemas escolares (suspensão, abandono e repetência escolar). A amostra final foi de 2.512 crianças, de 6-14 anos de idade. Resultados do Estudo I: o transtorno mental infantil em nível subclínico e clínico teve média de custo total ao longo da vida de $1.750,86 e $3.141,21, respectivamente (todos os valores em PPP, purchasing power parity). O custo nacional estimado do transtorno mental subclínico foi de $9,92 bilhões, enquanto do transtorno mental clínico foi de $11,65 bilhões (baseado nos dados de prevalência do presente estudo). Resultados do Estudo lI: o TOC subclínico e clínico apresentaram médias de custo total ao longo da vida de $1.651,81 e $3.293,38, respectivamente. O custo nacional do TOC subclínico foi de $6,71 bilhões, enquanto do TOC clínico foi de $2,02 bilhões (baseado nos dados de prevalência do presente estudo). Os dados apresentados nesta tese de doutorado fornecem evidências de que transtornos mentais subcltnicos e clínicos na infância têm grande impacto econômico na sociedade. O conhecimento acerca do grande impacto econômico dos transtornos mentais na infância pode informar gestores e políticos sobre a magnitude do problema, de forma que seja possível planejar um sistema efetivo de cuidados com programas de tratamento e prevenção. Recomenda-se que gestores públicos aumentem os recursos para os setores da saúde e educação no Brasil, para promover prevenção e assistência em saúde mental da infância / Child mental disorders are prevalent and impairing, negatively impacting families and society. lnformation on child mental disorders costs is important to plan the health system and to show policy makers how plan and prioritize budgets. However, there are no child mental disorders cost studies in Brazil. The main objectives of the present thesis were to estimate the mean costs of subthreshold and clinical mental disorders in children living in Brazil and to estimate its national costs. Outcome of Study I was any child mental disorder, outcome of Study II was child obsessive-compulsive disorder (OCD), both subthreshold and clinical. The present study it is cost-of-illness study of child mental disorders using a retrospective bottom-up methods, based on prevalence data from a cross-sectional study of children registered at public schools in Porto Alegre and Sao Paulo. A total of 8,012 families were interviewed, providing information about 9,937 children. From this pool, two subgroups were further investigated using random- selection (n=958) and high-risk group selection procedure (n=I,514), resulting in a total sample of 2,512 subjects 6-14 years old. Mental disorder assessment was made using the Development and Well-Being Assessment (DAWBA). The cost of child mental disorders was estimated from the following components: use of mental health services, social services and school problems. Costs were estimated for each child and the economic impact at the national levei was calculated. Study I results: subthreshold and clinical disorder showed lifetime mean total cost of $1,750.86 and $3,141.21, respectively. The national lifetime cost estimate of clinical mental disorders in Brazil was $11.65 billion, whereas for subthreshold mental disorder it was $19.92 billion (alI values in PPP, purchasing power parity). Study 11: subthreshold and clínical OCD showed lifetime mean total cost of $1,651.81 and $3,293.38, respectively. The national lifetime cost estimate of clinical OCD in Brazil was $2.03 billion, whereas for subthreshold OCD it was $6.71 bilIion. The present study provides evidence about the economic impact of child mental disorders. This knowledge can inform about the magnitude of the problem, so that policy makers can make adjustments to better address these problems with cost-effective programs of treatment and prevention. It is recommended that health and education budgets in Brazil should increase to enhance prevention and treatment of children with childhood mental disorders
184

Transtornos mentais comuns e contexto social: análise multinível do \"São Paulo ageing and health study (SPAH) / Common mental disorders and social context: Multilevel analysis of \"São Paulo ageing and health study (SPAH)\"

Letícia Maria Silva Coutinho 30 January 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: Problemas de saúde mental são responsáveis por uma morbidade significativa em todo o mundo, por sua frequência e pela associação com comorbidades físicas, níveis de incapacitação e prejuízo na qualidade de vida de portadores e cuidadores. A ocorrência de transtornos mentais comuns (TMC) é influenciada por fatores biológicos, sociais, econômicos e demográficos. O contexto social pode ter papel importante na etiologia dos transtornos mentais e na sua prevalência. OBJETIVOS: Investigar fatores de risco que contribuem para a prevalência, incidência e prognóstico de TMC em população de baixa renda da cidade de São Paulo, considerando distintos níveis contextuais: indivíduo, domicílio e setor censitário. MÉTODO: O presente estudo utilizou dados da investigação longitudinal de base populacional \"São Paulo Ageing & Health Study\" (SPAH). Os indivíduos selecionados eram residentes em domicílios em que houvesse pelo menos dois participantes do estudo com avaliação para presença de TMC, identificada pelo instrumento Self Reporting Questionaire (SRQ-20). Foram avaliadas as associações independentes entre TMC e características sociodemográficas e dos domicílios dos participantes, através de modelos de regressão logística multinível, tendo como desfechos a prevalência de TMC na inclusão e a presença de TMC em avaliação de dois anos de seguimento. RESULTADOS: Foram incluídos 2.366 indivíduos no estudo transversal, realizado no período de 2003 a 2005. A prevalência de TMC nesta amostra foi de 43%. As características individuais sexo, idade, escolaridade e ocupação estiveram associadas à prevalência de TMC. As características de domicílios aglomeração, morar com crianças, bens materiais, saneamento básico e renda familiar também se associaram à prevalência de TMC. Modelos de regressão logística multinível mostraram que parte da variância na prevalência de TMC foi associada ao nível do domicílio, com associações entre aglomeração, renda familiar e prevalência de TMC, mesmo após controle para características individuais. No estudo longitudinal foram incluídos 1.733 indivíduos, reavaliados no período de 2005 a 2007. A prevalência de TMC na avaliação de seguimento foi de 33%, sendo que 8% não apresentavam TMC na inclusão. As características individuais sexo, idade e ocupação, e a característica de domicílio renda familiar estiveram associadas à presença de TMC na avaliação de seguimento. Modelos de regressão logística multinível para os dados longitudinais mostraram que a maior parte da variância na presença de TMC foi associada ao nível do indivíduo, com associações entre sexo, faixa etária, escolaridade, ocupação e TMC, mesmo após controle para características do domicílio. O nível de domicílio também contribuiu de forma independente para a variância relacionada à presença de TMC no seguimento, com associação de efeito fixo para renda familiar, mesmo após controle para características individuais. CONCLUSÃO: Os resultados mostraram que características individuais contribuem para a maior parte da variância na prevalência, incidência e prognóstico de TMC, mas há uma associação independente com o nível domicílio, que não é explicada completamente pela renda familiar. Esses resultados indicam que características do ambiente onde as pessoas vivem contribuem para sua saúde mental, sugerindo que pesquisas futuras se concentrem nas características psicossociais de domicílios e vizinhanças para estudo de contexto social e TMC / INTRODUCTION: Mental health problems are responsible for significant morbidity worldwide, due to its high frequency and association with physical comorbidities, levels of disability and impact in quality of life of patients and caregivers. The occurrence of common mental disorders (CMD) is influenced by biological, social, economic and demographic factors. The social context may play an important role in the etiology of mental disorders and their prevalence. OBJECTIVES: To investigate risk factors associated with the prevalence, incidence and prognosis of CMD in a low income population from the city of São Paulo, considering different contextual levels: individual, household, and census tract. METHOD: The present study used data from the population-based prospective investigation \"São Paulo Ageing & Health Study\" (SPAH). The individuals selected were living in households in which there were at least two study participants with assessments for presence of TMC, identified by the instrument Self Reporting Questionnaire (SRQ-20). We assessed independent associations between CMD and the sociodemographic and households characteristics of the participants, through multilevel logistic regression models, having as outcome variables the prevalence of CMD at inclusion and the presence of TMC at the 2-year follow-up assessment. RESULTS: We included 2.366 individuals in the cross-sectional study, carried out in the period from 2003 to 2005. The prevalence of CMD in this sample was 43%. Individual characteristics sex, age, education and occupation were associated with the prevalence of CMD. The household characteristics crowding, living with children, possessions, basic sanitation and family income were also associated with the prevalence of CMD. Multilevel logistic regression models showed that part of the variance in the prevalence of CMD was associated with the household level, with associations between crowding, family income and prevalence of CMD, even after controlling for individual characteristics. In the longitudinal study, 1.733 individuals were reassessed in the period of 2005-2007. The prevalence of CMD at 2 years was 33%, with 8% in individuals without TMC at inclusion. Individual characteristics sex, age and occupation and household characteristic family income were associated with presence of CMD at follow-up. Multilevel logistic regression models for longitudinal data showed that most of the variance associated with presence of CMD was associated with the level of the individual, with associations between sex, age, education, occupation and CMD, even after controlling for household characteristics. The household level also contributed independently to the variance related to the presence of TMC at follow-up, with associated fixed effect for family income, even after controlling for individual characteristics. CONCLUSION: The results showed that individual characteristics contribute to most of the variance in the prevalence, incidence and prognosis of TMC, but there is an independent association with the household level, which is not fully explained by family income. These results indicate that characteristics of the environment where people live contribute to their mental health, suggesting that future research focus on the psychosocial characteristics of households and neighborhoods to study the social and TMC
185

Disfunção erétil, auto-referida e segundo o Índice Internacional de Função Erétil, em doadores de sangue / Self-reported erectile dysfunction and according to the International Index of Erectile Function in blood donors

Margareth de Mello Ferreira dos Reis 19 August 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: Inúmeros estudos epidemiológicos realizados nos mais diversos países sugerem alta prevalência de disfunção erétil (DE), mas não há consenso acerca de sua exata magnitude. MÉTODOS: Foi conduzido um estudo para estimar a prevalência de DE e investigar seus fatores associados em homens com idade entre 40 e 60 anos, considerados sadios. Tal estudo de corte transversal com doadores de sangue, heterossexuais, com parceira estável há pelo menos seis meses, incluídos entre janeiro de 2006 e julho de 2007, investigou a presença da DE por meio do Índice Internacional de Função Erétil (IIFE) e também com pergunta direta, para auto-avaliação. Foram investigados fatores sócio-demográficos, história clínica, características do relacionamento afetivo e sexual, qualidade de vida, presença de sintomas depressivos e/ou ansiosos e de stress. RESULTADOS: A amostra incluiu 300 sujeitos, dos quais 12 foram excluídos da análise porque faziam uso de medicação oral para ereção, metade dos quais sem orientação médica. Dos 288 sujeitos analisados, 92 (31,9 %; IC95%: 26,6% a 37,7%) foram classificados pelo IIFE como tendo algum grau de disfunção erétil: 87 (30,2%; IC95%: 25,0% a 35,9%) indivíduos possuíam disfunção leve, quatro (1,4%; IC95%: 0,4% a 3,5%), disfunção moderada e um (0,3%; IC95%: 0,01% a 1,9%), disfunção completa. Entretanto, apenas nove (3,1%; IC95%: 1,4% a 5,8%) referiram não se sentirem potentes sexualmente. A concordância entre DE detectada pelo IIFE e DE referida foi baixa (kappa = 0,11; p < 0,001). Dos nove indivíduos que não se sentiam potentes sexualmente, apenas dois (22,2%) procuraram tratamento. Os fatores associados à presença da DE detectada pelo IIFE, após regressão logística multivariada, foram: inatividade profissional (OR = 3,3; IC95%: 1,4 a 7,8; p = 0,005); suspeita de transtorno depressivo e/ou ansioso (OR = 2,6; IC95%: 1,1 a 6,3; p = 0,033); desejo sexual bom (não excelente) (OR = 2,5; IC95%: 0,9 a 7,0; p = 0,082), ou baixo/moderado (OR = 5,5; IC95%: 1,2 a 25,1; p = 0,027) e referir DE (OR = 7,5; IC95%: 0,8 a 71,7; p = 0,080). CONCLUSÕES: A prevalência da DE, segundo o IIFE, foi alta, embora inferior à observada em outros estudos conduzidos com voluntários e usuários de serviços de saúde. A concordância entre DE, segundo o IIFE e auto-referida, foi baixa, possivelmente porque as duas formas de investigação avaliam diferentes dimensões da função erétil (aspectos funcionais versus aspectos subjetivos). Há grande interação entre os fatores biológicos, culturais e psicológicos no surgimento e manutenção da DE. É importante que os profissionais de saúde estejam atentos para a saúde sexual dos homens, especialmente após os 40 anos de idade, e para as possíveis condições que podem acompanhar a DE (doenças sistêmicas, sofrimento psíquico e outros aspectos psicossociais). / INTRODUCTION: Several epidemiological studies from different countries indicate high prevalence of erectile dysfunction (ED) but there is no consensus about its actual magnitude. The objective of the present study was to estimate the prevalence of ED and describe its associated factors in healthy men. METHODS: Crosssectional study comprising a sample of heterosexual blood donors, aged between 40 and 60 years, with a steady partner for at least six months, was carried out between January 2006 and July 2007. ED was assessed using the International Index of Erectile Function (IIEF) as well as direct inquiring for self-assessment. Data was collected on sociodemographic characteristics, medical history, affective and sexual behavior, quality of life, presence of depression and/or anxiety symptoms and stress. The study sample comprised 300 subjects, of which 12 were excluded from the analysis since they were taking oral medication for erectile dysfunction, and half of them took this medication without any prior medical advice. RESULTS: Of 288 subjects analyzed, 92 (31.9%; 95% CI: 26.6% 37.7%) had any degree of erectile dysfunction according to IIEF: 87 (30.2%; 95% CI: 25.0% 35.9%) had mild; four (1.4%; 95% CI: 0.4% 3.5%) had moderate; and one (0.3%; 95% CI: 0.01% 1.9%) had severe dysfunction. Only nine subjects (3.1%; 95% CI: 1.4% 5.8%) reported not feeling sexually potent. The concordance between ED assessed using IIEF and self-reported ED was low (kappa = 0.11; p<0.001). Of the nine subjects who reported not feeling sexually potent, only two (22.2%) sought treatment. The factors associated to ED assessed using IIEF in the multivariate logistic regression analysis were: professional inactivity (OR = 3.3; 95% CI: 1.4 7.8; p = 0.005); suspected depressive and/or anxiety disorder (OR = 2.6; 95% CI: 1.1 6.3; p = 0.033); satisfactory (but not strong) sexual desire (OR = 2.5; 95% CI: 0.9 7.0; p = 0.082) or low/moderate (OR = 5.5; 95% CI: 1.2 25.1; p = 0.027); and self-reported ED (OR = 7.5; 95% CI: 0.8 71.7; p = 0.080). CONCLUSIONS: ED prevalence according to IIEF was high though lower than that found in other studies conducted in voluntary health service users. The concordance between ED according to IIEF and selfreported ED was low, probably because these two approaches assess different dimensions of the erectile function (functional versus subjective components). Biological, cultural and psychological factors strongly interact in the development and maintenance of ED. Health providers should give special attention to sexual health of men, particularly those over 40, and to potential conditions accompanying ED (systemic diseases, psychic distress, and other psychosocial conditions)
186

"Práticas não-convencionais em medicina no Município de São Paulo" / "Unconventional medical practice in São Paulo City"

Kazusei Akiyama 06 December 2004 (has links)
Nos países ocidentais, a chamada medicina complementar e alternativa (MCA) vem recebendo crescente atenção entre a classe médica devido ao aumento de seu uso pela população. São tipos de práticas de diagnóstico e de cuidados relacionados à saúde que coexistem paralelamente em nosso meio, sendo a maior parte delas, não-regulamentada. Existem poucos estudos sobre o assunto; nos países industrializados, a prevalência de utilização chega a 40% na população geral. Este trabalho procura identificar as atitudes e as experiências sobre MCA entre os médicos domiciliados no Município de São Paulo. É um estudo populacional, descritivo e transversal de uma amostra aleatória de 537 profissionais, de todas as especialidades. Para tanto, foi utilizado um questionário específico, aplicado por meio de contato telefônico, entre outubro de 2002 e fevereiro de 2003. A taxa de resposta foi de 68%. A amostra foi representativa da população estudada, sendo composta de 80 tipos de especialidades e sub-especialidades médicas. Para cada três médicos, houve um do sexo feminino. O grupo que se recusou a responder o questionário era composto de médicos com mais idade, de especialidades cirúrgica e tocoginecologia. Os resultados apontam que a MCA é prevalente no cotidiano do médico paulistano; 87,6% referiram perceber demanda por parte dos pacientes; 5,8% referiram não ter tido contato profissional com MCA; no plano privado, 1,8% referiram não ter tido contato próprio ou de algum familiar próximo. Metade dos médicos mostrou atitude positiva com a MCA; 52% endossam ou prescrevem algum tipo; 20% referem treinamento e 13% informam ser provedores, de pelo menos uma modalidade de MCA. Ao serem indagados sobre a influência das MCA, 61,5% opinaram que há influência positiva para o resultado terapêutico do paciente; 42,8% acham que essas práticas alteram positivamente o trabalho do médico; 61,9% entendem que causam alguma ação sobre o resultado terapêutico. Sessenta e quatro por cento dos médicos sentem pouca ou alguma familiaridade com as MCA. As modalidades que os entrevistados mais referiram conhecimento foram: acupuntura, homeopatia, terapias em grupo, dietas alternativas e massagem. Noventa e um por cento concordaram que é importante o médico ter algum conhecimento em MCA; 69,5% discordaram que devam ser combatidas pela classe médica; 85,4% acharam que devem ser utilizadas somente se forem científicas. Quanto ao treinamento, mais de 60% acharam importante recebê-lo, inclusive na formação médica. Menos de 30% dos médicos referiram fazer sistematicamente, na anamnese, perguntas sobre o uso corrente ou passado de MCA. A análise de dados através de regressão logística ajustada mostrou que a variável “treinamento em MCA” influencia os desfechos “atitude” (OR= 2,20; IC95% 1,21-4,03; p=0,009), “prescreve ou endossa” (OR= 4,07; IC95% 2,02-8,20; p<0,001) e “provedor” (OR= 12,76; IC95% 4,05-40,17; p<0,001). A variável “treinamento” sofreu influência de faixa etária entre 41 e 50 anos (OR= 8,83; IC95% 1,59-49,08; p=0,006), “contato profissional” (OR= 8,59; IC95% 3,94-18,74; p<0,001), “contato particular” (OR= 5,59; IC95% 2,36-13,22; p<0,001), atuar em pediatria (OR= 2,68; IC95% 1,06-6,77) ou em “outras especialidades” (OR= 3,40; IC95% 1,25-9,25; p=0,014), “atitude” (OR= 2,13; IC95% 1,25-3,65; p=0,004) e “tipos diferentes de pós-graduação” (OR= 1,47; IC95% 1,01-2,15; p=0,044). / In western countries, the so called complementary and alternative medicine (CAM) has been getting increasing attention among medical doctors, due to the rise of its use among the population. They are kinds of diagnostic and care practice related to health that exist side by side in our environment, being most of them non-regulated. There are few studies about the subject; in industrialized countries, its prevalence reaches about 40% on the whole population. This paper seeks to identify attitudes and experience about CAM among medical doctors living in São Paulo City. It's a populational, descriptive and cross-sectional study of 537 professionals randomly sampled from all specialties. To do so, it was used a specific questionnaire applied by means of telephone contact between October of 2002 and February of 2003. The response rate was 68%. The sample was a representative one of the studied population, being made up of 80 medical specialties and sub-specialties. For every three medical doctors, there was a female. The group who refused to answer the questionnaire was made up of older medical doctors whose areas are surgery, and obstetrics and gynecology. The results present that CAM is prevalent in daily life for medical doctors of São Paulo City; 87,6% have already noticed some kind of interest from their patients; 5,8% mentioned that they have never had any contact with CAM on their professional field; 1,8% has never had any personal or familiar contact with it. Half of the medical doctors have shown positive attitude towards CAM; 52% endorse or prescribe some kind of CAM; 20% have had trainning and 13% are providers of, at least one kind of, CAM. When they were questioned about the influence of CAM, 61,5% gave their opinion that there had positive influence on patients’ therapeutic results; 42,8% think that these practices alter medical doctors’ work positively; 61,9% understand that it causes some action in therapeutic result. Sixty-four per cent of all doctors feel a little or some familiarity with CAM. The modality which the interviewees showed a better knowledge were: acupuncture, homeopathy, group therapy, alternative diets and massage. Ninety one per cent agreed that it's important that medical doctors should have some knowledge of CAM; 69,5% disagreed that they should be opposed by medical doctors; 85,4% think that they must be used only if they were scientific. As for trainning, more than 60% think it's important to get it, inclusive under-graduation education. Less than 30% of medical doctors mentioned that they sistematically ask questions for the patients, in their anamnesis, about the current or past use of CAM. The data through adjusted logistic regression analysis showed the variable "CAM trainning" influence the outcome "attitude" (OR= 2,20; IC95% 1,21-4,03; p=0,009), "prescribes or endorses" (OR= 4,07; IC95% 2,02-8,20; p<0,001) and "provider" (OR= 12,76; IC95% 4,05-40,17; p<0,001). The variable "trainning” was influenced by the aged range between 41 and 50 years (OR= 8,83; IC95% 1,59-49,08; p=0,006), "professional contact" (OR= 8,59; IC95% 3,94-18,74; p<0,001), "private contact" (OR= 5,59; IC95% 2,36-13,22; p<0,001), act in pediatrics (OR= 2,68; IC95% 1,06-6,77) or in "other specialties” (OR= 3,40; IC95% 1,25-9,25; p=0,014), “attitude” (OR= 2,13; IC95% 1,25-3,65; p=0,004) and “different kinds of post-graduation" (OR= 1,47; IC95% 1,01-2,15; p=0,044).
187

Associação entre sintomas depressivos e excesso de peso em adolescentes escolares: análise de inquéritos em 18 países / Association between depressive symptoms and overweight and obesity in scholar adolescents: analysis of surveys from 18 countries

Natalia Motta Altoé 12 May 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: Depressão e obesidade atualmente são considerados dois grandes problemas de saúde pública e têm elevado os custos em saúde mundialmente. Por causa de suas altas prevalências e do fato de que ambas aumentam o risco de doenças cardiovasculares, a associação entre elas vem sido investigada. O presente estudo tem por objetivo (a) estimar a prevalência de sintomas depressivos, sobrepeso e obesidade em adolescentes de diversos países, (b) ampliar conhecimentos prévios sobre a associação entre sintomas depressivos e sobrepeso/obesidade de países ou regiões específicas para um conjunto de países de diversas regiões, e (c) verificar se a associação varia de acordo com os diferentes contextos socioculturais. MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal, onde analisamos dados de 18 países que participaram da Global School-based Student Health Survey (GSHS) entre 2003 e 2008. Nossa amostra foi de 88587 adolescentes (49,3% do sexo masculino) com idades entre 11 e 17 anos. Calculamos o Índice de Massa Corporal (IMC) usando dados de peso e altura auto referidos. Classificamos sobrepeso e obesidade considerando valores de IMC de acordo com sexo e idade, conforme proposto por Cole & Lobstein (2012). Estimamos sintomas depressivos a partir de questão auto referida do módulo de Saúde Mental do questionário da GSHS. Realizamos análises estatísticas para determinar (a) a prevalência de sintomas depressivos, sobrepeso e obesidade em cada país, (b) a associação entre sintomas depressivos e sobrepeso/obesidade em cada país, e (c) se existe heterogeneidade da associação entre os diferentes países. Os Odds Ratios (ORs) utilizados para estimar as associações foram obtidos através de análises de Mantel-Haenszel. RESULTADOS: Encontramos grande variação nas prevalências de sintomas depressivos (de 15,9% no Myanmar a 49,6% na Jordânia), sobrepeso (de 5,4% no Sri Lanka a 40,0% nos Emirados Árabes) e obesidade (de 0,8% no Myanmar a 17,5% nos Emirados Árabes). Quando estimamos os ORs para cada país, encontramos associação entre sintomas depressivos e sobrepeso/obesidade apenas na minoria dos países. Já nos dados da amostra total, composta por todos os adolescentes dos 18 países, encontramos associação de sintomas depressivos tanto com sobrepeso (OR = 1,20; IC 95%: 1,13- 1,26), quanto com obesidade (OR = 1,26; IC 95%: 1,15-1,38), apenas para o sexo feminino. CONCLUSÕES: Os resultados confirmam a associação entre sintomas depressivos e sobrepeso/obesidade em adolescentes do sexo feminino. O fato de a associação se mostrar homogênea entre os diferentes países, e de encontrarmos associação quando juntamos todos os países, pode sugerir que os contextos socioculturais específicos de cada país poderiam não exercer influência nessa associação. Estudos futuros que possam esclarecer melhor fatores causais e mediadores podem auxiliar na identificação e formulação de programas e políticas específicos para prevenção e tratamento de depressão e excesso de peso / INTRODUCTION: Depression and obesity are currently considered important public health issues, causing large burden of disease and economic costs worldwide. Because of their high prevalence, and the fact that both are associated with increased risk for cardiovascular diseases, a possible association between them has been examined. The present study aims to (a) estimate the prevalence of depressive symptoms, overweight and obesity in adolescents from many different countries, (b) extend previous research on the association between depressive symptoms and overweight/obesity from specific country or region to several countries, and (c) verify if the association varies across the different sociocultural contexts. METHOD: Is a cross-sectional study were we analyzed data from 18 countries that participated of the Global School-based Student Health Survey (GSHS) between 2003 and 2008. Our sample contained 88587 adolescents (49.3% males) aged 11 to 17 years. We calculated Body Mass Index (BMI) using selfreported weight and height. We classified overweight and obesity as proposed by Cole & Lobstein (2012), considering BMI values according to the adolescent\'s age and sex. We assessed depressive symptoms with a self-reported question from the Mental Health module of the GSHS questionnaire. We conducted analyses to determine (a) the prevalence of depressive symptoms, overweight and obesity among the countries, (b) country-specific associations between depressive symptoms and overweight/obesity, and (c) if there was heterogeneity of the association across countries. RESULTS: There was marked cross-national variability in the prevalence of depressive symptoms (from 15.9% in Myanmar to 49.6% in Jordan), overweight (from 5.4% in Sri Lanka to 40.0% in the United Arab Emirates) and obesity (from 0.8% in Myanmar to 17.5% in the United Arab Emirates). Adjusting for age, eating behavior and physical activity, country-specific Odds Ratios (OR) for the association between depressive symptoms and overweight/obesity were only significant in a minority of countries. In pooled data across countries we found depressive symptoms significantly associated with overweight (OR = 1.20; 95% CI: 1.13-1.26) and obesity (OR = 1.26; 95% CI: 1.15- 1.38), but only for females. CONCLUSIONS: These findings confirm the association between depressive symptoms and overweight/obesity among female adolescents. The fact that the association was homogeneous within the different countries and that we found association when examining pooled data across countries may suggest that country-specific sociocultural contexts could not make an influence on this association. Future studies that elucidate causal and mediating factors may help with identification and design of effective programs and policies for prevention and treatment of depression and overweight
188

Prevalência de dor crônica e identificação de fatores associados em um segmento da população da cidade de São Paulo / Chronic pain prevalence and associated factors in a segment of the population of Sao Paulo City

Dayane Maia Costa Cabral 07 May 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: A dor crônica é considerada a primeira causa de anos vividos com incapacidade no mundo e uma das razões mais comuns pela qual as pessoas procuram por atendimento médico. Estima-se que pessoas com dor crônica utilizam os serviços de saúde cinco vezes mais do que o restante da população. OBJETIVOS: Estimar a prevalência de dor crônica e identificar fatores associados em uma amostra de pessoas com 15 anos ou mais de idade de um segmento da cidade de São Paulo, Brasil. MÉTODO: Foi realizado um estudo de corte transversal. Do total de 1.108 indivíduos elegíveis, 826 (74.5%) foram selecionados para entrevistas face a face no período entre dezembro de 2011 e fevereiro de 2012. Os instrumentos utilizados para verificar características da dor crônica e problemas psicológicos associados à dor crônica foram: a Escala Graduada de Dor Crônica (EGDC), a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS), o teste de Fagerström para dependência de nicotina (FTND), o teste para identificação de problemas relacionados ao uso de álcool (AUDIT) e a Escala EuroQol-5D. RESULTADOS: A prevalência de dor crônica encontrada foi de 42% (intervalo de 95% de confiança 38,6% - 45,4%). Os participantes com dor crônica apresentaram uma média de 5,9 (DP 1,9) de intensidade da dor e dor relacionada à incapacidade de 4,1 (DP 3,2) em uma escala de 0 a 10. Dor persistente estava presente em 68,6% de todas as pessoas com DC e 32,8% da amostra apresentou dor de alta intensidade ou alta interferência (EGDC II, III e IV). A qualidade de vida foi significativamente pior entre as pessoas com dor crônica. Os seguintes fatores foram independentemente associados com dor crônica: sexo feminino, pessoas com 30 anos ou mais de idade, ter quatro anos ou menos de estudo, sintomas consistentes com ansiedade e atividade intensa durante a ocupação principal. CONCLUSÕES: Neste estudo a dor crônica foi altamente prevalente e apresentou um considerável impacto sobre a qualidade de vida. Fatores demográficos, socioeconômicos e psicológicos foram independentemente associados com esta condição / Introduction: Chronic pain is considered the leading cause of years lived with disability worldwide and one of the most common reasons why people seek medical attention. It is estimated that people with chronic pain use health services five times more than the rest of the population. Objectives: To estimate the prevalence of chronic pain and to identify associated factors in a sample of persons aged 15 or older from a segment of Sao Paulo City, Brazil. Methods: A cross-sectional study was conducted between December 2011 and February 2012. A total of 1,108 eligible individuals were selected and face to face interviews were performed with 826 participants (74.5%) between December 2011 and February 2012. Chronic Pain Grade (CPG), Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), Fagerström Test Nicotine Dependence (FTND), Alcohol use disorders identification (AUDIT), and EuroQol-5D were used to verify chronic pain characteristics and associated signs of psychological distress. Results: A prevalence of 42% (95% confidence interval 38.6% - 45.4%) was observed for chronic pain. Participants with chronic pain had an average pain intensity of 5.9 (SD 1.9) and a pain-related disability of 4.1 (SD 3.2) on a 0-10 scale. Persistent pain was present in 68.6% of those with chronic pain and 32.8% of the population sample had high-intensity or high-interference pain (CPG II, III and IV). Quality of life was significantly worse among the chronic pain persons. The following factors were independently associated with chronic pain: female sex, age 30 years or older, four or less years of education, symptoms consistent with anxiety, and intense physical strain. Conclusions: In this study, chronic pain was highly prevalent and had a considerable impact on health-related quality of life. Demographic, socioeconomic and psychological factors were independently associated with this condition
189

Qualidade de vida de idosos diabéticos tipo 2, usuários de um ambulatório de hospital escola / Quality of life of elderly people with type 2 diabetes, users of a clinic in a hospital school.

Laís Pelissoni Vicente Aley 27 August 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: O diabetes melito tipo 2 constitui uma doença crônica, caracterizada pelo longo curso clínico, por não apresentar cura e por requerer, de forma variável, gerenciamento contínuo e permanente. Um aspecto que vem suscitando interesse é a qualidade de vida destes pacientes. OBJETIVO: Descrever o perfil e estudar as associações entre a Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) e variáveis sócio-demográficas e clínicas em idosos diabéticos tipo 2. MÉTODOS: Realizou-se um estudo epidemiológico transversal, em 117 idosos diabéticos tipo 2, atendidos no Ambulatório de Diabetes do Serviço de Endocrinologia e Metabologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. As variáveis independentes foram avaliadas por dois questionários: um sócio-demográfico e um clínico. A variável dependente, a QVRS, foi aferida pelo questionário \"Short Form General Health Survey\" (SF-36), constituído de oito dimensões. Para analisar os dados realizou-se uma análise bivariada e posteriormente, de regressão múltipla, por meio de modelos lineares generalizados, supondo distribuição de probabilidades gama com função de ligação logarítmica. RESULTADOS: O perfil da qualidade de vida deste grupo é inferior àqueles sem diabetes, comparando com dados da literatura; todas as dimensões do SF-36 apresentaram influência de pelo menos uma variável, no sentido de diminuição da qualidade de vida; o estado geral de saúde (EGS) foi a dimensão com maior associação (quatro variáveis); número de co-morbidades foi o fator negativo que se associou com maior número de dimensões do SF-36. CONCLUSÕES: Observou-se comprometimento da qualidade de vida tanto nas dimensões físicas como nas dimensões não físicas; A teoria que valoriza a sobrecarga (burden) do diabético como mecanismo importante na determinação da qualidade de vida é a que mais se adequou aos dados de nossa amostra. / INTRODUCTION: Type 2 Diabetes melito constitutes a chronic illness, characterized by the long clinical course, not presenting cure and requiring, in a changeable way, continuous and permanent management. An aspect that is generating interest is the quality of life of these elderly patients. OBJECTIVE: To describe the profile and to study the association between Health-Related Quality of Life (HRQL) and demographic and clinical variables of elderly people with type 2 diabetes. METHODS: It was realized an epidemiologic cross-sectional type study, with 117 elderly patients with type 2 diabetes, taken care in the Service of Endocrinologia and Metabologia, at Hospital das Clinicas (College of Medicine of the University of Sao Paulo). Service of Endocrinologia and Metabologia of the Hospital of the Clinics of the College of Medicine of the University of São Paulo. The independent variables were evaluated by two questionnaires: a demographic and a clinical. The dependent variable, the HRQL, was measured by the questionnaire \"Shorts General Form Health Survey\" (SF-36), wich considers eight domains. In order to analyze the data, it was realized a bivaried analysis and, after that, a multiple regression analysis, using generalized linear models, considering the distribution of probabilities to be gamma, with logarithmic function. RESULTS: The profile of the quality of life of the chosen elderly people wiht type 2 diabetes was worse than the quality of life of those people without diabetes, if compared with literature data; every dimension of the SF-36 indicated influence of at least one variable, towards the reduction of the quality of life; the general state of health (EGS) was the dimension with the greatest association (with four variables); the number of comorbidities was the negative factor that was associated with the greatest quantity of dimensions of the SF-36. CONCLUSIONS: It was observed a negative effect in the quality of life of those elderly people with type 2 diabetes in the physical domains as well as in the non-physical domains. The theory that values the overload of people with diabetes as an important tool in the determination of the quality of life is the one that is more suitable to the data of our sample.
190

Exposição à violência comunitária durante o trabalho e seus efeitos na prática profissional na estratégia saúde da família: um estudo de corte-transversal no município de São Paulo / Exposure to community violence during work and its effects on professional practice in the Primary Health Care: a cross-sectional study in the city of São Paulo, Brazil

Thais Fonseca Lima 14 June 2017 (has links)
Ainda são incipientes os estudos que abordam os obstáculos enfrentados pelos profissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF) para executar suas atribuições no cotidiano do trabalho, porém, a violência comunitária já tem sido apontada como um desafio por alguns estudos, principalmente nos grandes centros urbanos. Este estudo tem como objetivo estimar a prevalência da exposição à violência no local de trabalho e investigar a sua associação com as alterações na prática profissional (deixar de realizar visitas, circular pelo território, notificar casos de violência, seguir pacientes agendados e abordar temas em saúde), em uma amostra representativa dos trabalhadores das equipes da ESF do município de São Paulo. Foi realizado um estudo transversal, que utilizou os dados do estudo PANDORA-SP (Panorama of Primary Health Care Workers in São Paulo, Brazil: Depression, Organizational Justice, Violence at Work, and Burnout Assessments), que avaliou 2.940 trabalhadores da ESF. A exposição à violência nos últimos doze meses (vitimização direta, indireta ou ambas) e as alterações na prática profissional foram avaliadas por meio de dois questionários estruturados. Após análise descritiva e bivariada, analisamos a associação entre exposição à violência e alteração na prática profissional por meio de modelos de Regressão de Poisson brutos e ajustados com cálculo da Razão de Prevalência e Intervalos de 95% de confiança. A prevalência de exposição à violência no trabalho foi de 57,8%(n=1.699), sendo que 17,11%(n=503) dos trabalhadores relataram ter sido vítimas direta e indireta de violência nos últimos doze meses. Referiram alteração na prática profissional 34,9% dos trabalhadores entrevistados. Ser exposto à violência no local de trabalho mostrou-se associado à alteração na prática profissional, sendo que a magnitude da associação aumentou com o acúmulo de exposição. Profissionais expostos à violência direta e indireta deixaram de notificar casos de violência (RPaj= 3,00; IC95%:2,22-4,04), de realizar visita domiciliar (RPaj=2,98;IC95%: 2,40-3,69), de circular pelo território (RPaj=4,23;IC95%: 3,15- 5,67), de abordar temas em saúde (RPaj=2,66;IC95%: 1,99-3,55) e de seguir a sequência de pacientes agendados (RPaj=4,73;IC95%: 2,78-8,05) mais frequentemente do que os não expostos. Para \"qualquer alteração na prática\", a RP ajustada foi de 2,56 (IC95%: 2,20-2,98) quando expostos a ambos os tipos de vitimização. As elevadas razões de prevalência encontradas em cada um dos desfechos revelam o impacto da exposição à violência no processo de trabalho dos profissionais da APS. As alterações na prática profissional diminuem a qualidade da assistência prestada à comunidade e, por fim, podem ser um obstáculo para a consolidação dos princípios do SUS / Although the studies regarding the challenges faced by Primary health care professionals are still inceptives, some of them already point out community violence as an issue, mainly at the large urban centers. This study main goal is to estimate the workplace violence exposure and the impacts over professional practices (stop making home visits, stop walking on neighbourhood, stop notifying violence situations, stop following scheduled patients sequence and stop discussing health topics) with a relevant FHS\'s teams data sample from São Paulo city at Brazil. A cross-sectional study was made with data from the PANDORA-SP study (Panorama of Primary Health Care Workers in São Paulo, Brazil: Depression, Organizational Justice, Violence at Work, and Burnout Assessments), which has evaluated 2,940 primary care workers from the FHS. Violence exposure in the previous 12 months and the impact on professional practice has been assessed with 2 structured surveys. After descritive and bivariate analysis the association between exposure to violence and professional practice was assessed using crude and adjusted Poisson Regression Models. Prevalence Ratios and 95% Confidence Intervals were calculated. The prevalence of exposure to violence at work was 57.8% (n=1,699), and 17.11% (n=503) reported suffered both direct and indirect violence at last 12 months. 34.9% workers reported impacts over professional practices. An association was found between exposure to violence and impacts over professional practices, with higher association magnitudes directly related to higher exposures. Professionals exposed to direct and indirect violence failed to report cases of violence (RPaj = 3.00, 95% CI: 2.22-4.04), to carry out home visits (RPaj = 2.98, 95% CI: 2.40- (RPaj = 4.23, 95% CI: 3.15-5.67), to address health issues (RPaj = 2.66, 95% CI: 1.99-3.55) and to follow the sequence of scheduled patients (RPaj = 4.73, 95% CI: 2.78-8.05) more frequently than the nonexposed. For \"any change in practice\" the adjusted PR was 2.56 (95% CI: 2.20-2.98) when exposed to both types of victimization. The Primary Health Care professionals had their work\'s processes impacted due to violence exposure, which can be noted on the high prevalence ratio found on each outcome. Those impacts degrades the community care service quality and therefore can represent an obstacle to SUS\' principles consolidation

Page generated in 0.077 seconds