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Relação entre injúria precipitante inicial e dano hipocampal na displasia cortical focal tipo I

Hemb, Marta January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:04:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000434381-Texto+Completo-0.pdf: 15803288 bytes, checksum: a9594fd605ca8c7edf167f9acbc0b6d2 (MD5) Previous issue date: 2010 / Background: Focal cortical dysplasias (FCD) are the most common etiological substrate in pediatric epilepsy surgery. Type I FCD patients frequently have hippocampal sclerosis (HS) but the mechanisms underlying hippocampal damage in such patients is unknown. We performed a clinical-pathological study to identify the pathogenic mechanisms of hippocampal damage in children with refractory temporal lobe epilepsy (TLE) associated with FCD. Methods: We included patients with refractory epilepsy operated on the temporal lobe (LT) whose neuropathological examination revealed FCD (FCD type I and II groups). As comparison groups, we included patients with temporal low-grade tumors (LGT group), patients with TLE without neocortical lesions with or without hippocampal sclerosis (HS/NNL group), and autopsy controls (Autopsy group). Clinical variables were correlated with the presence of hippocampal damage evaluated by MRI, histopathology and neuronal densities. Results: A total of 108 children were included in the study, 41 patients in the HS/NNL group (38%), 32 in FCD type I group (29. 6%), 20 patients in LGT group (18. 5%), 5 patients in FCD type II group (4. 6%), and 10 autopsy cases (9. 3%). The prevalence of an initial precipitating injury (IPI) was low in LGT group, intermediate in FCD type I and II groups, and high in HS/NNL group (P<0. 001). Half patients in the FCD type I group had hippocampal damage in qualitative studies and lower neuron densities in several hippocampal subfields when compared with Autopsy group. The analysis showed that in FCD type I and HS/NNL groups the presence of an IPI was associated with lower neuronal densities in fascia dentate (FD) and Sommer’s sector [CA1 and prosubiculum (PRO)].Conclusion: Our results support the view that, similar to mesial temporal lobe epilepsy associated HS (MTLE-HS) patients, the mechanism of hippocampal damage frequently seen in type I FCD patients appears to be related to an IPI. / Introdução: As displasias corticais focais (DCF) são o substrato etiológico mais comum na cirurgia da epilepsia pediátrica. Pacientes com DCF tipo I frequentemente apresentam esclerose hipocampal (EH), porém os mecanismos subjacentes à lesão hipocampal em tais pacientes são desconhecidos. Realizamos um estudo clínicopatológico para identificar os mecanismos patogênicos da lesão hipocampal em crianças com epilepsia do lobo temporal (ELT) refratária associada à DCF.Métodos: Foram incluídos pacientes com epilepsia refratária operados no lobo temporal (LT) cujo exame neuropatológico revelou DCF (grupos DCF tipo I e II). Como grupos de comparação, foram incluídos pacientes com tumores de baixo grau (grupo TBG), pacientes com ELT sem lesões neocorticais com ou sem esclerose hipocampal (grupo EH/SLN) e controles de autópsia (grupo Autópsia). As variáveis clínicas foram correlacionadas com a presença de danos no hipocampo (avaliados através de ressonância magnética, exame histopatológico e densidades neuronais).Resultados: Um total de 108 crianças foi incluído no estudo: 41 pacientes no grupo EH/SLN (38%), 32 pacientes no grupo DCF tipo I (29,6%), 20 pacientes no grupo TBG (18,5%), 5 pacientes no grupo DCF tipo II (4,6%) e 10 casos de necrópsia (9,3%). A prevalência de uma injúria precipitante inicial (IPI) foi pequena no grupo TBG, intermediária nos grupos DCF tipos I e II e alta no grupo EH/SLN (P <0,001). Quando comparados ao grupo Autópsia, metade dos pacientes do grupo DCF tipo I apresentou danos hipocampais. A análise mostrou que, nos grupos DCF tipo I e EH/SLN, a presença de um IPI foi associada a uma menor densidade neuronal na fascia dentada (FD) e setor de Sommer [CA1 e prosubiculo (PRO)].Conclusão: Nossos resultados suportam a visão de que, semelhante aos pacientes com epilepsia do lobo temporal associada a esclerose hipocampal (ELTM-EH), o mecanismo de lesão hipocampal em pacientes com DCF tipo I parece estar relacionado a um IPI.
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Mecanismo de ação do brometo de sódio em fatias de hipocampo de ratos

Carlesso, Fernanda Noal January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:05:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000433744-Texto+Completo-0.pdf: 2709153 bytes, checksum: ff7318acee1d49accb9162ce058c629e (MD5) Previous issue date: 2011 / Sodium bromide, first-generation antiepileptic drug, is still used to treat refractory epilepsy in children. Its mechanism is not fully elucidated. In this work, i-investigate its actions on the epileptiform activity (EA's) of non-synaptic region of the dentate gyrus in vitro, ii-compare his action with a solution containing high concentration of sodium chloride; blocker of chloride channels voltage dependent (SITS, DIDS), iii-investigate the possible involvement of gap junctions at the time of action of the drug. The study involved experimental measurements such as extracellular field records and computer simulations. AE'S returned inhibition induced model of zero calcium and high potassium with 9 mM NaBr (n=6). With the perfusion of calcium solution zero high concentration of NaCl in the records (n=6) obtained a field transient blockage. We compared the effect of NaBr with chloride channel blockers of voltage-dependent (DIDS 250 μM, n=8 and SITS 1 mM, n=3), we obtained a similarity in the records of extracellular field potential, suggesting a possible involvement of chloride channels voltage dependent. The blocker of gap junctions (N-octanol) at concentrations of 0,07 mM was used with 5 mM bromide. This reduced the high frequency elucidated in the transient period during drug application. The effect of Br- isn´t just in membrane potential, through its greater permeability compared to the Cl- inducing hyperpolarization, but also show a higher permeability to the chloride channels voltage-dependent. The increased frequency of discharges can be due to the competitive effect of Br- on chloride channels, reducing the permeability to Cl-. The NaBr has a little affinity for the cotransporter NKCC1 and partially replacing Cl- in cotransporter KCC2. The origin of high frequency in records with bromide, is probably related with the gaps junctions. / O brometo de sódio, fármaco antiepiléptico de primeira geração, ainda é utilizado para tratar epilepsia refratária em crianças. Seu mecanismo de ação não está totalmente elucidado. Neste trabalho propomos, i- investigar sua ação nas atividades epileptiformes (AE‟S) de natureza não-sináptica na região do giro dentado in vitro; ii- comparar sua ação com solução contendo alta concentração de cloreto de sódio; com bloqueadores de canais de cloreto dependente de voltagem (SITS, DIDS); iii-investigar o possível envolvimento das gap junctions no momento da atuação do fármaco. O estudo envolveu medidas experimentais tais como registros extracelulares de campo e medidas do sinal óptico intrínseco. Obtivemos inibição das AE‟S induzidas pelo modelo do zero cálcio e alto potássio com 9 mM de NaBr (n=6). Com a perfusão da solução de zero Ca++ + alta concentração de NaCl nos registros (n=7) de campo, obtivemos um bloqueio transitório. Comparou-se o efeito do NaBr com os bloqueadores de canais de cloreto dependente de voltagem o SITS 1mM (n=3) e DIDS 250 μM (n=8), obteve-se uma semelhança nos registros de potencial elétrico extracelular, mostrando possível envolvimento dos canais de cloreto dependente de voltagem. O bloqueador de gap junctions (N-octanol) em concentrações de 0,07mM foi utilizado juntamente com o brometo 5mM. Este reduziu à alta freqüência elucidada no período transiente durante a aplicação da droga.O efeito do Br- não é apenas no potencial de membrana, por meio de sua maior permeabilidade em relação ao Cl- induzindo hiperpolarização, mas apresenta também uma maior permeabilidade aos canais de cloreto dependente de voltagem. O aumento da frequência das descargas pode ser devido ao efeito competitivo do Br- sobre os canais de cloreto, reduzindo a permeabilidade ao Cl-. O NaBr tem pouca afinidade pelos cotransportadores NKCC1 e substitui parcialmente Cl- nos cotransportadores KCC2. A origem da alta freqüência nos registros com o brometo, provavelmente está relacionada com as gaps junctions.
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Efeitos da desnutrição precoce e de crises convulsivas na memória espacial do rato imaturo

Hemb, Marta January 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:05:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000397458-Texto+Completo-0.pdf: 1733563 bytes, checksum: 992752e280f9a8a81b06e232e3094649 (MD5) Previous issue date: 2007 / Purpose: In this study we evaluated the effects of undernourishment and seizures on memory and spatial learning in a model of developing brain. Methods: Male Wistar pup rats were allocated to one out of six experimental groups as follows: Nourished Control (NC), Nourished Recurrent Seizures (NRS), Nourished Status Epilepticus (NSE), Undernourished Control (UC), Undernourished Recurrent Seizures (URS) or Undernourished Status Epilepticus (USE). UC, URS and USE groups were maintained on a starvation regimen from post-natal day 2 (P2) to post-natal day 15 (P15). URS and NRS groups suffered three daily flurothyl-induced seizures from P2 to P4. USE and NSE groups suffered a status epilepticus (SE) at P15. Beginning at P21 all groups were trained in the Morris water maze. At P30 the animals were sacrificed and their brains weighted. Results: Our data indicate that early undernourishment does not alter seizure susceptibility at P15, but diminishes body and brain weight (p<0,001), whereas seizures diminish body (p<0,001) but not brain weight (p=0,972). In the Morris water probe test we have observed that undernourished rats spent less time in the target quadrant than nourished animals (p<0,001). Also, rats submitted to recurrent seizures and rats submitted to status epilepticus spent less time in the target quadrant than seizure-free animals (p=0,001). There was a significant interaction between undernourishment and seizure (p=0,013). Discussion: Our findings show that undernourishment and seizures have a detrimental additive effect on body and brain weight as well as in spatial memory. / Objetivo: Neste estudo foram avaliados os efeitos da desnutrição precoce e de crises convulsivas no aprendizado espacial e na memória, em um modelo de desenvolvimento cerebral. Métodos: Filhotes machos de ratos Wistar foram alocados em seis grupos: Nutridos Controles (NC), Nutridos Crises Recorrentes (NCR), Nutridos Status Epilepticus (NSE), Desnutridos Controles (DC), Desnutridos Crises Recorrentes (DCR) e Desnutridos Status Epilepticus (DSE). Os animais dos grupos DC, DCR e DSE foram mantidos em um regime de privação alimentar do segundo (P2) ao décimo quinto (P15) dia de vida pós-natal. De P2 a P4, os grupos NCR e DCR foram expostos a três crises convulsivas recorrentes por dia, induzidas por flurothyl. Em P15, os grupos NSE e DSE foram expostos a um status epilepticus induzido por esta mesma substância. De P21 à 26 todos os grupos foram testados no labirinto aquático de Morris para aferição do aprendizado e memória espaciais. Em P30, os animais foram sacrificados e os cérebros foram pesados. Resultados: A análise indicou que a desnutrição precoce não alterou a suscetibilidade às crises convulsivas em P15 mas reduziu os pesos corporais e cerebrais (p<0,001), enquanto as crises convulsivas diminuíram o peso corporal (p<0,01), mas não o cerebral (p=0,972). Além disto, os animais desnutridos permaneceram menos tempo no quadrante alvo do labirinto aquático de Morris do que os nutridos, durante o teste de prova, em P26 (p<0,001). Da mesma forma, os ratos submetidos às crises recorrentes, assim como os que sofreram status epilepticus, também permaneceram menos tempo no quadrante alvo, quando comparados aos animais livres de crises (p=0,001). Conclusão: Nossos achados mostram que a desnutrição e as crises convulsivas apresentam um efeito aditivo prejudicial no peso corporal, no peso cerebral e na retenção da memória espacial de ratos jovens.
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Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade em crianças e adolescentes com epilepsias de difícil controle:influência do tratamento com Metilfenidato sobre a qualidade de vida

Radziuk, Ana Lucia Germano da Silva January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:05:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000445040-Texto+Completo-0.pdf: 2039522 bytes, checksum: 2f433c611b99e5b28cbd56ef7aed5bb1 (MD5) Previous issue date: 2010 / Rationale: Comorbidity between difficult-to-treat epilepsies and ADHD is high, but because of concerns with the use of stimulants in this population, there is no data on the possible impact of such treatment. Objective: We studied the effect of methylphenidate in the quality of life of children and adolescents with DSM-IV criteria for ADHD and difficult-to-treat epilepsies. Methods: Open label, non-controlled trial, with intention-to-treat analysis following 30 patients for 6 months. Subjects received methylphenidate following 3 months of baseline, during which antiepileptic drugs (AEDs) were adjusted and epilepsy, ADHD and quality of life variables were assessed. Multivariate regression analysis identified the main variables correlated with outcome. Results: Only one patient withdrew because of seizure worsening. Following methylphenidate introduction, reaching doses of 0. 40 - 0. 50 mg/kg/day, a marked improvement in quality of life scores and a significant reduction in seizure frequency and severity were observed. Female sex, reduction of core ADHD symptom burden and tolerability to adequate doses of methylphenidate correlated with quality of life scores. Conclusion: These preliminary data suggest that methylphenidate treatment is safe and effective to patients with ADHD and difficult-to-treat epilepsies and has a positive impact on quality of life scores. / Fundamentos - A associação entre epilepsia e TDAH é altamente prevalente comprometendo a Qualidade de Vida de crianças e adolescentes com crises epilépticas. Metilfenidato – Ritalina@ - é o medicamento de uso consagrado para o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade com 80% de eficácia em crianças com TDAH com ou sem epilepsia. Questiona-se a possibilidade do MFD diminuir o limiar convulsivo dos pacientes epilépticos. Objetivos - Avaliar a influência do uso de Metilfenidato sobre a Qualidade de Vida e o perfil das crises epilépticas em crianças e adolescentes com epilepsias de difícil controle. Pacientes e Métodos - Foi realizado um ensaio clínico aberto, não randomizado, com 30 crianças e adolescentes do Ambulatório de Neuro-Epilepsias Graves apresentando crises de difícil controle e TDAH. Foram avaliadas quanto à Qualidade de Vida, sintomas de TDAH e perfil das crises antes e após o uso de MFD. Houve um ajuste/troca de FAE somente no tempo -3 (baseline). Metilfenidato foi iniciado após estes 3 meses (T 0) sem outras modificações nos FAE com avaliações 1 mês e 3 meses após. Foram avaliados também eventos adversos ao uso do MFD. Resultados - Ocorreu melhora da QV em todos os momentos avaliados: T -3 (baseline) a T0, T0 a T+1 e T+1 a T+3. A melhora ocorrida entre T-3 e T0, momento em que foi realizado o ajuste de FAE, não foi estatisticamente significativa. Nos tempos subseqüentes, com o uso de MFD, as variações de QV ocorridas apresentaram significância estatística. Ocorreu melhora da qualidade de vida com significância estatística em indivíduos do sexo feminino, os que apresentaram início mais tardio da doença e naqueles em houve maior diminuição dos escores de déficit de atenção. Os pacientes com crises generalizadas apresentaram piores índices de QV. Não houve associação estatisticamente significativa entre a variação da QV com a freqüência e/ou gravidade das crises, idade, duração da doença, QI, ocorrência de eventos adversos. Conclusões - Houve melhora da QV de pacientes epilépticos de difícil controle tratados com MFD sem que houvesse piora na freqüência ou gravidade das crises. Condizente com a literatura também não verificamos a presença de efeitos colaterais de gravidade significativa ao MFD. Estes dados preliminares sugerem a possibilidade da utilização deste fármaco no tratamento de crianças e adolescentes com crises epilépticas de difícil controle com a conseqüente melhora de QV destes pacientes.
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Efeito do treinamento físico aeróbico sobre parâmetros comportamentais em ratos jovens submetidos ao modelo experimental de status epilepticus

Cordova, Sandro Daniel January 2011 (has links)
O status epilepticus (SE) é uma convulsão com duração igual ou superior a 30 minutos ou diversas crises consecutivas sem que o indivíduo retome a consciência por igual período. O SE, quando ocorre durante a infância, induz morte neuronal e pode levar a alterações comportamentais e cognitivas na idade adulta. Têm sido descritos na literatura os efeitos benéficos exercidos pelo exercício físico sobre diversos sistemas, incluindo mais recentemente o sistema nervoso central. No presente estudo, investigamos os efeitos de um protocolo de exercício físico de baixa intensidade em esteira sobre as alterações comportamentais e cognitivas em ratos Wistar submetidos ao SE, induzido pela administração de LiCl-pilocarpina, durante períodos iniciais do desenvolvimento. Na primeira parte do estudo, investigamos o perfil de morte neuronal na região CA1 do hipocampo e no córtex perirrinal ao longo de 7 dias após o SE. Nas duas regiões avaliadas, o SE provocou um aumento no número de neurônios em degeneração em todos os tempos avaliados (1, 3 ou 7 dias). A maior morte neuronal ocorreu 1 dia após a convulsão, apresentando uma diminuição na neurodegeneração nos tempos de 3 e 7 dias em ambas estruturas. Outro grupo de animais foi utilizado para avaliar os efeitos do SE sobre parâmetros comportamentais e os efeitos do exercício físico sobre possíveis alterações decorrentes da crise convulsiva. A atividade locomotora na tarefa de campo aberto não foi alterada em nenhum dos quatro grupos estudados (controle, exercício, SE e SE+exercício). No entanto, o grupo SE apresentou um aumento no número de viagens (saídas do home base) e uma diminuição no número de paradas por viagem em relação ao grupo exercício, bem como uma diminuição no tamanho das viagens em relação aos grupos exercício e SE+exercício. No teste de reconhecimento de objetos o grupo SE apresentou um déficit significativo na memória de longa duração, sendo que esta alteração foi revertida pelo protocolo de treinamento de baixa intensidade em esteira (grupo SE+exercício). A indução de SE por LiCl-pilocarpina na infância e o treinamento físico de baixa intensidade não alteraram os níveis de ansiedade na tarefa de labirinto em cruz elevado em ratos, na idade adulta. Nossos resultados indicam que a atividade física pode promover uma melhora da função cognitiva em modelos animais, sugerindo uma potencial aplicação dessa intervenção na terapia complementar em pacientes que sofreram SE durante a infância. / Status epilepticus (SE) is characterized as a prolonged seizure activity or repeated seizures for a long period (30 min). In immature brains, this kind of seizure is associated with alterations such as neuronal loss and behavioral impairment during adulthood. Several authors have shown that physical exercise improves neurogenesis and can be beneficial to the cognitive function. In this study we evaluated the potential benefits of a low intensity treadmill exercise protocol in order to prevent or modify the long-standing cognitive alterations induced by SE in young Wistar rats. The SE was induced in 16 days old Wistar rats, by the administration of LiCl-pilocarpine. In one subset of animals we evaluated the neuronal loss 1, 3 or 7 days after the SE induction. SE increases the neurodegeneration in the CA1 hippocampal subfield and in the perirhinal cortex in all times tested. The neuronal loss was higher 1 day after lesion, when compared with 3 and 7 days after SE. Another subset of animals was submitted to a low intensity exercise protocol after SE induction, in order to investigate the potential benefits on SE-induced behavioral alterations. In the open field task, we did not find alterations in motor activity among the four groups tested (control, exercised, SE and SE+exercised). SE group presented a high number of trips and a low number of stops per trip when compared with exercised group, as well as a reduction in the trip length when compared with exercised and SE+exercised rats. The second behavioral test performed was the object recognition, where animals from the SE group showed a significantly long-term memory impairment in the adulthood. When SE-induced animals were submitted to the low intensity treadmill exercise protocol, the deficit in the recognition memory was completely reversed. SE-induced during early period of life did not alter any parameter in the plus maze task, indicating no anxietylike behavior. These data suggest that physical exercise may promote an improvement in cognitive function in seizure-induced rats, suggesting a potential application as complementary therapy in patients that suffered SE during the childhood.
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Um outro olhar sobre o epitético e a epilepsia: uma leitura de o idiota de Dostoiévski / Another look at the epileptics and epilepsy: a reading of the idiot of Dostoevsky

Lima, Antenilson Franklyn Rodrigues [UNIFESP] 27 April 2008 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:50:54Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2008-04-27. Added 1 bitstream(s) on 2015-08-11T03:25:53Z : No. of bitstreams: 1 Publico-10984.pdf: 334180 bytes, checksum: 1c594732365d53b78ae5b6ec4a23fe1e (MD5) / Esta pesquisa enfoca a epilepsia e o epiléptico, a partir de um outro olhar, que se diferencia da abordagem médica, buscando valorizar a experiência do sujeito doente, contrapondo-se e complementando o conhecimento científico. Para isto, a Literatura foi escolhida como instrumento considerado adequado, tanto para o acesso, quanto para a construção de uma outra epistemologia sobre a doença. A obra utilizada, O Idiota, de Dostoiévski, retrata a experiência do portador de epilepsia com a doença e com diversas dimensões da existência humana, apresentando um outro saber que se estabelece como uma contribuição significativa para os profissionais de saúde. Com o objetivo de se construir um outro olhar sobre o epiléptico e a epilepsia, foi adotado o referencial teórico da Fenomenologia, possibilitando uma visão sobre a vivência do portador e a valorização de seus relatos, deslocando-se o foco para a descrição de suas experiências, contribuindo, assim, para a ampliação do conhecimento da doença. Para que esta contribuição se efetive, conclui-se que, a leitura da obra Literária deve ser realizada tanto como exercício da “imaginação simbólica”, quanto da “consciência reflexiva”, fornecendo assim, referenciais que ampliam os horizontes de atuação do profissional de saúde. / This research, focuses the epilepsy and the epileptic under another point of view, different of medic vision, and to valorize the sick’s experience, in opposition and complement to scientific kn owledge. Therefore, the Literature was chosen like an appropriate way to access and to build another epistemology about the illness. The book The Idiot of Dostoievski, used to inquiry, shows the epilept ic’s experience with the disease and several aspects of human existence, showi ng another wisdom, like a signi ficant contribution to the professionals that are acting in health’ s area. With the aim to build this other view, was adopted the reference of the Ph enomenology, dislocating the focus to description of the experience, contribut ing, indeed, to acqui re knowledge about the disease. Therefore, the reader must do the re ading as an exercise of “symbolic imagination”, and “reflexive cons cience”, and gain base that enlarges the professional practice. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Redução de drogas em pacientes com epilepsias refratarias a politerapia anti-epiletica

Bittencourt, Paulo Cesar Trevisol January 1993 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciencias da Saude / Made available in DSpace on 2012-10-16T05:53:46Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2016-01-08T18:22:17Z : No. of bitstreams: 1 88247.pdf: 10199184 bytes, checksum: 7a9b082e268206b5d067a6320a0b2994 (MD5) / Na Clínica de Epilepsia - SUS - Florianópolis/SC, durante o ano de 1990 foram avaliados 731 novos pacientes encaminhados com o diagnóstico ou suspeita de terem epilepsia. Deste total foram selecionados 83 pacientes com o diagnóstico prévio de epilepsia refratária, que tiveram epilepsia confirmada e que estavam em uso de duas ou mais DAEs. Todos estes pacientes foram submetidos à criteriosa avaliação e seguidos por 03 anos. Na admissão, todos apresentavam efeitos colaterais atribuíveis às drogas que vinham utilizando. Em todos uma tentativa de redução da polifarmácia para um regime de droga única foi efetuada em 67 pacientes, monoterapia com uma DAE maior pode ser estabelecida. Os restantes estão com no máximo duas drogas. Melhora marcante pode ser notada na imensa maioria dos pacientes com atenuação dramática dos efeitos colaterais e das crises . Isto propiciou para muitos um retorno a convivência social adequada; assim como uma recuperação da capacidade laborativa perdida. Muitos daqueles que ostentavam o diagnóstico de epilepsia refratária em nossa sociedade, teriam suas epilepsias controladas convenientemente através de racional monoterapia com DAE maior, com um mínimo de paraefeitos indesejados. A bizarra polifarmácia previa antes que as epilesias poderiam ser creditadas à "incapacidade epilética" exibida por muitos pacientes.
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Epilepsia experimental e fármacos antiepilépticos : efeito na memória espacial e na potenciação de longa duração induzida in vitro

Pedroso, Michele Franzen January 2005 (has links)
JUSTIFICATIVA: A epilepsia do lobo temporal é foco de grande interesse devido sua alta prevalência e refratariedade ao tratamento medicamentoso. Embora o déficit cognitivo decorrente da epilepsia seja multifatorial, o tratamento com fármacos antiepilépticos (FAEs), importante para o controle das crises epilépticas, pode agravar as alterações cognitivas e comportamentais. OBJETIVO: Avaliar a influência da epilepsia e de fármacos antiepilépticos na memória espacial e na indução do fenômeno de potenciação de longa duração (LTP) na região CA1 hipocampal, em ratos com epilepsia induzida pela pilocarpina. METODOLOGIA: Os animais foram divididos em grupos conforme o tempo que permaneceram em status epilepticus (SE): Pilocarpina A (15minutos) e Pilocarpina B (90minutos). Previamente a aplicação da pilocarpina (250mg/kg i.p.), os animais receberam metilescopolamina (1mg/kg i.p.) para minimizar os efeitos colinérgicos periféricos, decorrido o tempo de SE, receberam diazepan (4mg/kg) para atenuar as manifestações comportamentais. Após 24horas da indução do SE, os animais que permaneceram 90 minutos em SE, iniciaram o tratamento crônico com FAEs (45 dias). Os FAEs escolhidos, a carbamazepina (CBZ) e o fenobarbital (FNB), amplamente utilizados no tratamento clínico das epilepsias, foram administrados em doses terapêutica e elevada (60 e 150mg/kg e 35 e 100mg/kg respectivamente). A memória espacial foi avaliada no labirinto aquático de Morris (LAM), seguindo o protocolo de 4 dias de treino (24 sessões) com a plataforma fixa e invisível. Posteriormente, foi realizado o estudo eletrofisiológico in vitro de LTP. RESULTADOS: Verificamos a necessidade de um período longo de SE (90 minutos), para ocorrer repercussões na memória espacial, assim, encontramos diferença significativa entre o grupo que permaneceu longo período em SE e o controle, durante todos os dias de treinamento (p<0,05 em ANOVA). Não houve diferença no desempenho dos ratos normais no LAM entre os grupos que receberam tratamento crônico com FAEs em dose terapêutica (DE50). Também não encontramos diferença entre os ratos epilépticos que receberam tratamento crônico com FAEs e aqueles que receberam solução salina, porém diferiram significativamente do controle (p<0,05 em ANOVA). O tratamento crônico em doses elevadas de FAEs não apresentou diferença entre os ratos epilépticos tratados com salina, no entanto, houve diferença entre as diferentes doses de CBZ (p=0,034 em ANOVA). Com relação aos dados eletrofisiológicos, encontramos dificuldade na obtenção de LTP em fatias hipocampais de ratos submetidos a diferentes tempos de SE. O tratamento crônico com FAEs (DE50), interferiu de forma significativa na indução da LTP em fatias hipocampais de ratos normais (χ2 =11,74 Qui-quadrado, p=0,01 em Teste t), e dificultou a obtenção de LTP em fatias hipocampais de ratos epilépticos. O tratamento crônico de ratos epilépticos com FAEs em doses elevadas, impediu a indução de LTP, independente do fármaco. CONCLUSÕES: O déficit cognitivo está diretamente relacionado com o tempo de duração do SE, sendo necessário 90 minutos para verificar repercussões no labirinto aquático de Morris. O tratamento crônico com FAEs (CBZ ou FNB), em DE50, não interfere no aprendizado espacial de rato controle, nem de epiléptico, e em doses elevadas também não interfere no desempenho de ratos epilépticos. Com relação aos dados eletrofisiológicos, podemos inferir que a epilepsia induzida pelo modelo experimental da pilocarpina interfere na indução da LTP, independente do tempo de SE, porém, quanto maior a duração, maior a dificuldade na obtenção de LTP. O tratamento crônico com CBZ ou FNB (DE50), interfere na indução da LTP, tanto em ratos controle, quanto em epilépticos, e em doses elevadas impedi a obtenção do fenômeno de LTP. / JUSTIFICATION: The study of temporal lobe epilepsy is of great interest since its prevalence is high and not all patients can achieve acceptable seizure control. Even if the cognitive deficit due to epilepsy is multifactorial, the use of antiepileptic drugs (AEDs), important in controlling the seizures, can aggravate cognitive and behavioral alterations. OBJETIVE: To evaluate how epilepsy and antiepileptic drugs influence spatial memory and the induction of the long term potentiation (LTP) phenomenon, in the CA1 hippocampal region, in pilocarpine-treated epileptic rats. METHODOLOGY: Animals were divided into groups according to the period of time in which they remained in status epilepticus (SE): Pilocarpine A (15minutes) and Pilocarpine B (90minutes). Previous to pilocarpine (250mg/kg i.p.), animals received methylescopolamine (1mg/kg i.p.) in order to attenuate peripheral cholinergic effects. Diazepan (4mg/kg) was administered 15 and 90 minutes after the SE onset to attenuate behavior manifestations. Animals that remained 90 minutes in SE started the chronic treatment with AEDs (45 days) 24 hours after SE induction. The drugs of choice were carbamazepine (CBZ) and Phenobarbital (PB), administered in both therapeutic and elevated doses (60mg/kg, 150mg/kg and 35mg/kg; 100mg/kg respectively). Learning and spatial memory were evaluated in the Morris Water Maze (MWM), according to the protocol of 4 training days (24 sessions). Later, the electrophysiological study of LTP was performed in vitro. RESULTS: We noted a long period of SE (90 minutes) is necessary for repercussions in spatial memory to occur. We verified significant difference between the group that remained in SE for a long period of time and the control group, in every day of training (p<0,05 ANOVA). There was no significant difference in the performance of control rats between the groups that received AEDs (ED50). No significant difference was found between pilocarpine-treated rats receiving AEDs and those which received saline, but there was significant difference when compared to control animals (p<0,05 ANOVA). No significant difference was found between chronic treatment epileptic and control animals, but there was a difference between the two doses of CBZ (p=0,034 ANOVA). Concerning electrophysiological recordings, it was difficult to obtain LTP in hippocampal slices from animals that underwent SE. Chronic treatment with AEDs (ED 50), significantly interfered in LTP induction in hippocampal slices from normal rats (χ2 =11,74 , p=0,01 in t Test), and makes it difficult to obtain LTP in slices from epileptic animals. LTP could not be induced in slices from rats that underwent chronic treatment with AEDs in elevated doses. CONCLUSIONS: Cognitive deficit is directly related to time of SE, 90 minutes of SE are necessary in order to note repercussion in MWM. AEDs (CBZ ou FNB), in ED50, do not interfere in learning of control or epileptic rats, and in elevated dose does not interfere in the performance of epileptic animals. Pilocarpine-induced epilepsy interferes in induction of LTP, and the longer the time of SE the more difficult it is to obtain LTP. Chronic treatment with CBZ or PB (ED50) interferes in LTP induction, for both control and pilocarpine-treated animals, and in elevated doses LTP cannot be obtained.
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Efeito do treinamento físico aeróbico sobre parâmetros comportamentais em ratos jovens submetidos ao modelo experimental de status epilepticus

Cordova, Sandro Daniel January 2011 (has links)
O status epilepticus (SE) é uma convulsão com duração igual ou superior a 30 minutos ou diversas crises consecutivas sem que o indivíduo retome a consciência por igual período. O SE, quando ocorre durante a infância, induz morte neuronal e pode levar a alterações comportamentais e cognitivas na idade adulta. Têm sido descritos na literatura os efeitos benéficos exercidos pelo exercício físico sobre diversos sistemas, incluindo mais recentemente o sistema nervoso central. No presente estudo, investigamos os efeitos de um protocolo de exercício físico de baixa intensidade em esteira sobre as alterações comportamentais e cognitivas em ratos Wistar submetidos ao SE, induzido pela administração de LiCl-pilocarpina, durante períodos iniciais do desenvolvimento. Na primeira parte do estudo, investigamos o perfil de morte neuronal na região CA1 do hipocampo e no córtex perirrinal ao longo de 7 dias após o SE. Nas duas regiões avaliadas, o SE provocou um aumento no número de neurônios em degeneração em todos os tempos avaliados (1, 3 ou 7 dias). A maior morte neuronal ocorreu 1 dia após a convulsão, apresentando uma diminuição na neurodegeneração nos tempos de 3 e 7 dias em ambas estruturas. Outro grupo de animais foi utilizado para avaliar os efeitos do SE sobre parâmetros comportamentais e os efeitos do exercício físico sobre possíveis alterações decorrentes da crise convulsiva. A atividade locomotora na tarefa de campo aberto não foi alterada em nenhum dos quatro grupos estudados (controle, exercício, SE e SE+exercício). No entanto, o grupo SE apresentou um aumento no número de viagens (saídas do home base) e uma diminuição no número de paradas por viagem em relação ao grupo exercício, bem como uma diminuição no tamanho das viagens em relação aos grupos exercício e SE+exercício. No teste de reconhecimento de objetos o grupo SE apresentou um déficit significativo na memória de longa duração, sendo que esta alteração foi revertida pelo protocolo de treinamento de baixa intensidade em esteira (grupo SE+exercício). A indução de SE por LiCl-pilocarpina na infância e o treinamento físico de baixa intensidade não alteraram os níveis de ansiedade na tarefa de labirinto em cruz elevado em ratos, na idade adulta. Nossos resultados indicam que a atividade física pode promover uma melhora da função cognitiva em modelos animais, sugerindo uma potencial aplicação dessa intervenção na terapia complementar em pacientes que sofreram SE durante a infância. / Status epilepticus (SE) is characterized as a prolonged seizure activity or repeated seizures for a long period (30 min). In immature brains, this kind of seizure is associated with alterations such as neuronal loss and behavioral impairment during adulthood. Several authors have shown that physical exercise improves neurogenesis and can be beneficial to the cognitive function. In this study we evaluated the potential benefits of a low intensity treadmill exercise protocol in order to prevent or modify the long-standing cognitive alterations induced by SE in young Wistar rats. The SE was induced in 16 days old Wistar rats, by the administration of LiCl-pilocarpine. In one subset of animals we evaluated the neuronal loss 1, 3 or 7 days after the SE induction. SE increases the neurodegeneration in the CA1 hippocampal subfield and in the perirhinal cortex in all times tested. The neuronal loss was higher 1 day after lesion, when compared with 3 and 7 days after SE. Another subset of animals was submitted to a low intensity exercise protocol after SE induction, in order to investigate the potential benefits on SE-induced behavioral alterations. In the open field task, we did not find alterations in motor activity among the four groups tested (control, exercised, SE and SE+exercised). SE group presented a high number of trips and a low number of stops per trip when compared with exercised group, as well as a reduction in the trip length when compared with exercised and SE+exercised rats. The second behavioral test performed was the object recognition, where animals from the SE group showed a significantly long-term memory impairment in the adulthood. When SE-induced animals were submitted to the low intensity treadmill exercise protocol, the deficit in the recognition memory was completely reversed. SE-induced during early period of life did not alter any parameter in the plus maze task, indicating no anxietylike behavior. These data suggest that physical exercise may promote an improvement in cognitive function in seizure-induced rats, suggesting a potential application as complementary therapy in patients that suffered SE during the childhood.
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Seguimento clinoceletrográfico de criançcas e adolescentes com crise epiléptica única não-provocada

Winckler, Maria Isabel Bragatti January 2002 (has links)
Os fenômenos convulsivos despertaram o interesse de estudiosos e pensadores já na Antigüidade, quando aspectos mágicos e sobrenaturais eram a eles associados. No século XIX foram lançadas as bases dos conceitos atuais sobre a desestruturação funcional cerebral na epilepsia, e Berger, em 1929, marcou definitivamente a história com a descoberta dos ritmos cerebrais. Crise epiléptica e epilepsia não são sinônimos, já que o último termo refere-se a crises recorrentes espontâneas. Ela costuma iniciar na infância, daí a preocupação com o risco de repetição do primeiro episódio e com a decisão de instituir tratamento medicamentoso. Fatores prognósticos são apontados, mas não há consenso. No Brasil existem poucas pesquisas nesta linha, tanto de prevalência da epilepsia como de fatores envolvidos na recorrência de crises. Este estudo teve como objetivo geral avaliar aspectos clinicoeletrográficos capazes de auxiliar no prognóstico e no manejo da epilepsia da criança e do adolescente. Foram objetivos específicos determinar a incidência de crise epiléptica não provocada recorrente; identificar fatores remotos implicados na ocorrência de crise epiléptica; relacionar tipo de crise com achados eletrencefalográficos; relacionar tipo de crise, duração da crise, estado vigília/sono no momento da crise e achados eletrencefalográficos com possibilidade de recorrência; e identificar os fatores de risco para epilepsia. Foram acompanhados 109 pacientes com idades entre 1 mês e 16 anos, com primeira crise não-provocada, em média por 24 meses, a intervalos trimestrais, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Foram realizados eletrencefalogramas (EEG) após a primeira crise; depois, solicitados anualmente. Não foram incluídos casos com epilepsia ou síndrome epiléptica bem definida, ou que fizeram uso prévio de drogas antiepilépticas. A média de idade foi 6 anos, com predomínio da faixa etária de 6 a 12 anos. Setenta eram meninos e 39, meninas. Os indivíduos brancos eram 92, e os não-brancos, 17. O nível de escolaridade dos casos esteve de acordo com a distribuição da idade e, entre os responsáveis, predominaram 8 anos de escolaridade. Foi possível concluir que as crises únicas não-provocadas mais freqüentes foram generalizadas, e sem predomínio significativo do tipo de EEG. A incidência de crise não-provocada recorrente foi 51,4%. História de intercorrências pré-natais maternas aumentou em 2 vezes o risco de repetição de crises. Via de nascimento, escore de Apgar no 5º minuto, relação peso ao nascer/idade gestacional, intercorrências no período pós-natal imediato e desenvolvimento neuropsicomotor não tiveram influência na recorrência. História familiar de crises mostrou tendência à significância estatística para repetição dos episódios, com risco de 1,7. Não foi encontrada associação entre tipo de crise e achado eletrencefalográfico. A maioria das crises foi de curta duração (até 5 minutos), mas este dado não esteve relacionado com a recorrência. Estado de vigília teve efeito protetor na recorrência. Se a primeira crise foi parcial, o risco de repetição foi 1,62, com tendência à significância. Quando o primeiro EEG foi alterado, houve relação significativa com primeira crise tanto generalizada como parcial. O primeiro EEG com alterações paroxísticas focais apontou risco de repetição de 2,90. Quando as variáveis envolvidas na repetição de crises foram ajustadas pelo modelo de regressão de Cox, EEG alterado mostrou risco de 2,48, com riscos acumulados de 50%, 60%, 62% e 68%; com EEG normal, os riscos foram 26%, 32%, 34% e 36% em 6, 12, 18 e 24 meses respectivamente. / Seizures have interested scholars and philosophers since the Old Ages, when magic and supernatural aspects were associated with seizures. In the 19th century, Jackson formulated the basic concepts about the disruption of cerebral functions in epilepsy, and Berger, in 1929, set the landmark in the history when he first reported the brain rythms. Seizure and epilepsy are not synonyms: epilepsy refers to recurrent unprovoked seizures. The onset of epilepsy usually occurs in childhood, and that explains the concern about the risk of recurrence after the first seizure and about to start drug therapy. Several factors predictive of recurrence have been pointed out but no consensus has been reached. Few studies about the risk factor of epilepsy or the prevalence of the epilepsy in Brazil have been conducted. The general objective of this study was to evaluate clinical and electroencephalographic aspects that are capable of helping in the management and in the prognose of epilepsy in children and adolescents. Specific objectives were to determinate the incidence of recurrent unprovoked seizure in childhood and adolescence; to identify remote factors associated with seizure; to associate seizure type, seizure duration, awake or sleep state and electroencephalographic findings with recurrence risk; and to identify the risk factors for epilepsy. We followed up 109 children and adolescents aged 1 month to 16 years, with first unprovoked seizure for 24 months, on three months intervals, at Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). EEG were requested after the first seizure and once in a year. Children with well-defined epilepsy or epileptic syndrome and those using antiepileptic drugs were excluded. The mean age was 6; most patients were 6 to 12 years old. Seventy patients were boys and 39, girls. Nine-two patients were white, and 17, non-whites. Educational level of patients matched age distribution, and the predominant educational level for parents was 8 years. We concluded that generalized seizures were the most frequent unprovoked seizure and there was not predominant EEG type. The rate of seizure recurrence in this study was 51,4%. Reports of events in the prenatal period increased two times the risk of recurrence. Type of delivery, Apgar score, weight for gestational age, events in the post-natal period and neurodevelopment did not influence seizure recurrence. Family history of seizure type and EEG findings were not associated. The most frequent seizure had short duration, not associated with recurrence. Awake state had protective effect in the recurrence, with tendency. When the first seizure was partial, the recurrence risk was 1,62, with tendency. There was significant relationship between abnormal first EEG and generalized or partial first seizure. When the first EEG had focal paroxysms, the risk of recurrence was 2,90. When a Cox regression was performed with the factors, only the abnormal EEG showed risk 2,48. Cumulative risks of recurrence were 50%, 60%, 62% and 68% in 6, 12, 18 and 24 months, respectively, if was abnormal EEG; when it was normal, the risks were 26%, 32%, 34% and 36% in 6, 12, 18 and 24 months, respectively.

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