• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 189
  • 7
  • 2
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • Tagged with
  • 198
  • 101
  • 89
  • 63
  • 31
  • 31
  • 26
  • 26
  • 24
  • 22
  • 22
  • 21
  • 21
  • 20
  • 20
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
181

Quinze anos sem Política Regional: uma análise dos Planos do Governo Federal para o Nordeste de 1994 a 2009

Arruda, Danilo Raimundo de 22 February 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-08T14:45:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 2009033 bytes, checksum: 1bdf2317b97d5afbce1c8d032905ba80 (MD5) Previous issue date: 2010-02-22 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The aim of this study is to critically identify and analyze, from a theoretical and methodological point of view, the actions and developmental projects stated and implemented in the Brazilian Northeast region between 1994 and 2009. The analyses circumscribe a moment that marks the trajectory of the Brazilian and Northeast economy due to the stability level of prices, started with the Real Plan implementation in 1994. This period is characterized by a series of new both and politics elaborated and implementing Northeast region. The analysis was made based on the neo-schumpeterian approach of system of innovation as well as the Latin American Structural Approach (LASA). This study argues that the neo-schumpeterian approach is as important as the LASA in order to better understand the peripheral economies. The main argument is related to the technical progress as a pivot element to the economic and social promotion and transformation, emphasizing the intangibles factors responsible for its generation and endogenous diffusion, as such: innovative learning and knowledge locally contextualized. Both bibliographical and documentary surveys were carried, mainly being analyzed the following plans and programs: National Policy for Regional Development (PNDR) and Strategic Plan for Sustainable Development of the Northeast (PDNE). In addition, it was also carried a field research where a semi-structured questionnaire was applied to 14 social actors, such as regional scholars and policy-makers. Based on the research of documents, plans, programs and projects, the following results are summarized: concentrated investments in tangibles factors; absence of scientific and technological strategies throughout the period, and disjointed actions in other areas whenever present; enterprises were concentrated in the States of Pernambuco, Bahia and Ceará; inappropriate diagnostic for understanding the systemic reality, not taking into consideration specific features of the Region, such as political and institutional characteristics. Moreover, it was not incorporated Innovation System indicators in the analysis, such as: innovative learning and knowledge, cooperation, interaction, among others. The data analyzed indicate two important issues: i) around 90% of the employees earn no more than two (2) minimal wages; and ii) it was identified a spurious competitive pattern in the Northeast of Brazil, based on low-technology products which require low standard skill qualification, low salaries, as well as fiscal and financial incentives. Therefore, the results outlined above show a lack of Regional political strategy in order to foster structural economical and social change in the Brazilian Northeast. / O objetivo deste estudo consiste em identificar e analisar criticamente, do ponto de vista teórico-metodológico, as ações e planos de desenvolvimento formulados e implementados para o Nordeste do Brasil, no período de 1994 a 2009. A análise circunscreve-se a um momento que marca a trajetória da economia brasileira e do Nordeste, qual seja, a partir da superação da instabilidade do nível de preços, iniciada com a implantação do Plano Real em 1994. Esse período é caracterizado por uma série de novas iniciativas e Políticas elaboradas e em implantação na Região. Para isso, foi feito uso do referencial teórico neo-schumpeteriano de Sistema de Inovação e da teoria estruturalista da CEPAL. As idéias em torno do pensamento neo-schumpeteriano têm uma forte aproximação com as idéias desenvolvidas pelo pensamento cepalino para se estudar as economias periféricas, principalmente quando se trata do progresso técnico como central para se promover a transformação econômica e social, sendo que aquele apresenta avanços ao procurar destacar os fatores intangíveis e que são responsáveis pela geração e difusão endógena desse progresso técnico: aprendizado inovativo e o conhecimento, localmente contextualizados. Além da pesquisa bibliográfica, realizou-se uma pesquisa documental, sendo analisados principalmente, os seguintes planos e programas: o Avança Brasil, o Brasil em Ação, a Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), e o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (PDNE). Utilizou-se também de uma pesquisa de campo com questionário semi-estruturado, entrevistando-se 14 atores sociais, entre esses, estudiosos e fazedores de políticas da Região. A partir da pesquisa documental, dos planos, programas e projetos, e da pesquisa de campo têm-se os seguintes resultados: investimentos concentrados em fatores tangíveis; ao longo do período, a ausência de estratégia para o campo científico, tecnológico e, quando presente, desarticulada de ações em outras áreas; uma distribuição espacial dos empreendimentos concentrando-se nos estados de Pernambuco, Bahia e Ceará; um diagnóstico insuficiente para se compreender a realidade sistêmica, não levando em consideração a realidade política e institucional da Região e a não incorporação da análise dos indicadores do Sistema de Inovação, quais sejam: aprendizado inovativo, conhecimento, cooperação, interação, e outros. Os dados analisados mostram uma massa salarial com quase 90% dos trabalhadores recebendo até 2 (dois) salários mínimos, além de um padrão de competitividade espúria do Nordeste, baseada em produtos de baixo conteúdo tecnológico, cuja produção requer baixa capacitação da mão-de-obra, baixos salários e incentivos fiscais e financeiros. Dos resultados acima destacados, pode-se concluir que falta uma estratégia de Política Regional que promova a transformação da estrutura econômica e social do Nordeste.
182

A política externa dos Estados Unidos de 1865 a 1912: análise discursiva da ascensão americana / The United States foreign policy from 1865 to 1912: discursive analysis of the American rise / La política exterior de los Estados Unidos de 1865 a 1912: análisis discursivo de la ascensión americana

Leite, Lucas Amaral Batista [UNESP] 21 August 2017 (has links)
Submitted by LUCAS AMARAL BATISTA LEITE null (leite.ri@gmail.com) on 2017-09-19T02:33:03Z No. of bitstreams: 1 LEITE_2017_REVISADA.pdf: 2464929 bytes, checksum: b0fa8613e387351b414b4366429661f6 (MD5) / Approved for entry into archive by Monique Sasaki (sayumi_sasaki@hotmail.com) on 2017-09-19T20:44:36Z (GMT) No. of bitstreams: 1 leite_lab_dr_mar.pdf: 2464929 bytes, checksum: b0fa8613e387351b414b4366429661f6 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-09-19T20:44:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 leite_lab_dr_mar.pdf: 2464929 bytes, checksum: b0fa8613e387351b414b4366429661f6 (MD5) Previous issue date: 2017-08-21 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Esta tese de doutorado tem o objetivo de explicar a ascensão dos Estados Unidos no sistema internacional, por meio de análise os discursos presidenciais do State of the Union, no período correspondente aos anos de 1865 e 1912. Buscaremos compreender o papel da ideia de singularidade, especialmente presentes no chamado Destino Manifesto e nos marcos conhecidos como Doutrina Monroe e Corolário Roosevelt. Ademais, daremos ênfase às construções que relacionam a construção da identidade norte-americana em contraponto à do "Outro" a ser delimitada, como na adoção de uma leitura darwinista das relações sociais e dentre nações pelos presidentes norte-americanos. Igualmente, trabalharemos com a ideia de uma fronteira que se expande de acordo com a necessidade e os interesses do país dentro de um projeto de ordem e estabilidade hemisférica que corresponderia a um projeto similar de forma interna. Nossa análise será conduzida por referenciais teóricos considerados pós-estruturalistas, auxiliada particularmente pelas obras de autores como David Campbell (1992) e Robert Walker (1993), para os quais a linguagem é objeto de estudo na disciplina de Relações Internacionais. / This dissertation aims to illustrate the rise of the United States in the international system through presidential speeches of the State of the Union analysis, from 1865 to 1912. We seek to understand the role played by perceptions of singularity, especially in the so-called Manifest Destiny and the Roosevelt Corollary’s of Monroe Doctrine. Additionally, we emphasize the narratives that relate the construction of American identities as opposed to the "Other", usually approached under a Darwinian perception of social relations between the nations and the U.S. presidents, including the idea of a border that expands according to the needs and interests of the country - in an order and hemispheric stability that would correspond to a similar project internally. Our analysis will be conducted poststructuralist theory, mainly in the works of authors such as David Campbell (1992) and Robert Walker (1993), that consider the language as an subject of study in the discipline of International Relations. / Esta tesis de doctorado tiene el objetivo de analizar el ascenso de Estados Unidos en el sistema internacional a través de los discursos presidenciales del State of the Union en el período correspondiente a los años 1865 y 1912. Buscaremos comprender el papel de la idea de singularidad, especialmente presentes en el llamado "Destino Manifiesto" y en los hitos conocidos como "Doctrina Monroe" y "Corolario Roosevelt". Además, daremos énfasis a las construcciones que relacionan la construcción de la identidad norteamericana en contrapunto a la del "Otro" a ser delimitada, como en la adopción de una lectura darwinista de las relaciones sociales y entre las naciones por los presidentes norteamericanos, y la idea de Una frontera que se expande de acuerdo con la necesidad y los intereses del país, dentro de un proyecto de orden y estabilidad hemisférica que correspondería a un proyecto similar de forma interna. Nuestro análisis será conducido por referenciales teóricos considerados post-estructuralistas, auxiliada particularmente por las obras de autores como David Campbell (1992) y Robert Walker (1993) - los cuales colocan el lenguaje como objeto de estudio en la disciplina de Relaciones Internacionales. / FAPESP: 2013/00591-9
183

A construção do inimigo nos discursos presidenciais norte-americanos do pós-Guerra Fria /

Leite, Lucas Amaral Batista. January 2013 (has links)
Orientador: Marco Aurélio Nogueira / Banca: Cristina Soreanu Pecequilo / Banca: Samuel Alves Soares / Resumo: Este trabalho busca compreender a evolução da narrativa do inimigo por meio da análise dos discursos presidenciais norte-americanos como o State of the Union - e outros selecionados tematicamente - entre os anos de 1989 e 2009, correspondentes aos governos de George H. W. Bush, Bill Clinton e George W. Bush. Para tanto, usaremos das proposições teóricas de autores pós-estruturalistas como David Campbell e Robert Walker, além de utilizar a estrutura de pesquisa proposta por Lene Hansen. Junto à análise discursiva, abordaremos as principais questões de Segurança no período proposto como forma de alusão às representações do inimigo e de forma a enriquecer o trabalho. Nossa hipótese é a de que a mudança, por vezes proposta expressamente por alguns presidentes e autores de estudos sobre os Estados Unidos, é na verdade uma adaptação de discursos recorrentes na condução da política norteamericana. Dessa forma, buscaremos analisar quais os elementos centrais e dissonantes para o período em questão. / Abstract: This work seeks to comprehend the evolution of the narrative of the enemy through the analysis of American presidential speeches such as the State of the Union - and other selected thematically - between the years of 1989 and 2009, corresponding to the governments of George H. W. Bush, Bill Clinton and George W. Bush. For this, we use the theoretical propositions of poststructuralist authors as David Campbell and Robert Walker, and also the analytical structure proposed by Lene Hansen. Along the discursive analysis, we discuss the main security issues of the period proposed as a way of alluding to the representations of the enemy, in order to enrich the work. Our hypothesis is that change, sometimes explicitly proposed by some presidents and authors of studies on the United States, is actually an adaptation of recurrent speeches in the conduct of U.S. policy. Thus, we try to analyze the core and discordant elements for the period in question. / Mestre
184

O campo da atenção à saúde após a Constituição de 1988 : uma narrativa de sua produção social

Misoczky, Maria Ceci Araujo January 2002 (has links)
Esta tese se orientou pelo objetivo de compreender a configuração do campo da atenção à saúde a partir da produção social da definição dos conceitos que o organizam - direito e descentralização. Para realizá-la defini uma atitude filosófica - a hermenêutica, e uma metodologia - o construcionismo, que permitissem um olhar diferente daquele usualmente aplicado a esse campo e que se orienta pelo positivismo sistêmico. Busquei, também, um referencial teórico que propiciasse a compreensão, de modo articulado e não reducionista, de fenômenos sociais e relações de poder, tendo optado por uma leitura, influenciada por Gadamer, de Pierre Bourdieu e Carlos Matus. Para acompanhar o jogo social e a interação entre atores, escolhi o foco na definição de conceitos, entendendo o discurso como uma prática social, política e ideológica, capaz de gerenciar significados, definir posições dos sujeitos e construir objetos. Parti, então, em busca dos diversos significados potenciais de direito à saúde e descentralização, utilizando-os, ao longo da narrativa, como referência para acompanhar a produção social desse campo. A história que conto começa em 1988 com um campo dominado por atores sociais que definem direito com foco na cidadania e descentralização como devolução parcial, para os governos municipais, com ênfase nas dimensões política, social, administrativa e operacional, até chegar, em 2001, a um campo hegemonizado pelo foco na pobreza e em direitos restritos de consumidores; onde descentralização é definida como um misto de privatização, delegação e devolução parcial, sempre sob a forma, predominantemente, operacional e administrativa. Essa redefinição de conceitos produz uma série de acumulações, descritas ao longo do texto, que provocam a reconfiguração do campo e novas posições dos sujeitos, sem a necessidade de alterar as regras básicas que o regem. Como todo texto, esse também é uma representação, a criação de uma autora, um desempenho de um ponto de vista particular. Nesse sentido, a autoria é, simultaneamente, a representação da experiência dos outros e de um experimento, que é o próprio ato de escrever. O texto desta Tese é expressão desse processo, tendo sido criado de modo a ser coerente com a atitude filosófica e com o referencial teórico escolhido. / The objective of this thesis is to understand the configuration of the health care field as a result of the social production of its core concepts' definition - right and decentralization. In order to achieve this objective, I began by defining a philosophical attitude - hermeneutics, and a methodology - constructionism, that allowed a look, different from the dominant one - based on systemic positivism. I also looked for a theoretical framework to understand social phenomena and power relations, choosing a reading, influenced by Gadamer, of Pierre Bourdieu and Carlos Matus. To follow the social game and the interaction among actors, I choose the focus on concept definitions, understanding discourse as a social, political and ideological practice, that can manage meanings, define positions and construct objects. The next step was the search for the various potential meanings of health as a right and decentralization, that were used, during the narrative, as a reference to follow the field social production. The history begins, in 1988, in a field dominated by social actors that define right with a focus on citizenship and decentralization as partial devolution to municipal governments, emphasizing political, social, administrative and operational dimensions; and arrives in 2001 , when the field is dominated by the focus on poverty and restrict consumer rights, where decentralization is defined as a mix of privatization, delegation and partial devolution, always under a form, predominantly, operational and administrative. This redefinition of concepts produces facts, described during the narrative, that change the field configuration and establish new subjects positions, without the need of changing the basic rules. As all texts, this is also a representation, a piece of authorship, a performance from a particular point of view. In this sense, the authorship is, simultaneously, the representation of others experience and of an experiment - the act of writing. The text produced is the expression of this process, and was created to be coherent with the chosen philosophical attitude and theoretical framework.
185

E por falar em povos indígenas... quais narrativas contam em práticas pedagógicas?

Bonin, Iara Tatiana January 2007 (has links)
Este estudo dedica-se à análise de discursos sobre povos indígenas que, circulando em diferentes meios, são articulados em narrativas de estudantes do ensino superior. Para isso, investiguei narrativas produzidas por 68 estudantes de duas instituições situadas na Grande Porto Alegre, em cursos que preparam para o magistério. Foram realizados momentos específicos para a produção de narrativas, em quatro grupos distintos, sendo um organizado a partir de um curso de extensão e três outros, programados em momentos específicos, dentro do cronograma de disciplinas oferecidas nos cursos de Pedagogia. Considerei, nesta pesquisa, o conjunto de narrativas orais produzidas nos quatro grupos, os textos escritos e/ou desenhos feitos pelos estudantes e outros materiais trazidos para os encontros, bem como minhas anotações em um caderno de campo. As questões que mobilizaram o meu pensar durante esse processo de investigação foram as seguintes: quais discursos estão produzindo povos indígenas em narrativas de estudantes do ensino superior? Quais narrativas adquirem visibilidade para estes estudantes e que efeitos de verdade são produzidos? A partir de que fontes de informação e de que saberes os povos indígenas são nomeados e descritos no contexto escolar? Quais significados articulam-se nessas narrativas? Quais marcadores sociais são mobilizados e quais oposições binárias servem para caracterizar os povos indígenas? Como os estudantes se inserem e como são posicionados/ posicionam-se na produção dessas narrativas? Situo minha pesquisa na perspectiva dos Estudos Culturais pós-estruturalistas, problematizando práticas de significação que constituem e posicionam diferentemente os sujeitos em relações de poder/saber. Adquirem relevância, neste estudo, noções como cultura, linguagem, sujeito, poder, verdade, identidade e diferença, que problematizo tomando como referência estudos de Michel Foucault, Stuat Hall, Homi Bhabha, Zygmunt Bauman, Jacques Derrida, Jorge Larrosa, Carlos Skliar, Núria Ferre, Kathryn Woodward, Rosa Hessel Silveira, Tomaz Tadeu da Silva, Marisa Costa e Alfredo Veiga-Neto, entre outros. Tomando o conjunto de narrativas produzidas sobre povos indígenas na pesquisa, defini três eixos de análise: discursos que participam na produção de nacionalidades; discursos que produzem sujeitos em práticas escolarizadas e discursos que operam estratégias de narrar por estereótipos. Estas unidades serviram como pontos de convergência de sentidos e possibilitaram o exame de práticas diversas, ancoradas em determinados regimes deverdade. No primeiro eixo estabeleci algumas relações entre maneiras utilizadas pelos estudantes para narrar os povos indígenas e discursos históricos, literários, iconográficos, didáticos. Interessaram-me, nesta parte do trabalho, os efeitos da articulação entre povos indígenas e identidade nacional. Discuti também alguns deslocamentos nos sentidos de nação na atualidade. No segundo eixo examinei determinadas práticas institucionalizadas em currículos escolares para a abordagem da temática indígena. As práticas analisadas foram aquelas narradas pelos estudantes, especialmente nas experiências de escola básica, e meu interesse era investigar efeitos desses discursos, que conferem certo tipo de visibilidade aos povos indígenas. Chamou minha atenção a recorrência de relatos sobre a comemoração do Dia do Índio, abordagem da temática que adquire contornos específicos, colaborando para marcar o que deve ser lembrado e o que, em decorrência, deve ser esquecido. No terceiro eixo discuti a produção de estereótipos como estratégia discursiva ou seja, como uma forma de conhecimento e de identificação que imprime certa ordem, produzindo práticas e posicionando sujeitos. Analisei efeitos de articulações estabelecidas entre índio-natureza e entre práticas indígenas-pensamento mágico, abordando também maneiras de narrar a presença indígena em centros urbanos. A articulação produzida entre índio e natureza funciona como uma espécie de chave de leitura, sendo os povos indígenas narrados como habitantes naturais da floresta, lugar geográfico e social que produz também um conjunto de atributos, colados ao corpo, apresentados como sendo próprios da natureza indígena. É possível dizer que as narrativas estereotipadas sobre povos indígenas são movimentos de captura, para tornar a diferença semelhante, para marcá-la nos corpos, responsabilizando o outro pelo que nele se estranha e fixando atributos e lugares sociais. Argumento que, na produção de sujeitos indígenas e não-indígenas, operam discursos múltiplos que se enlaçam, se fortalecem, se opõem e, desse modo, constituem e engendram identidades e diferenças, em relações de poder e saber. Analisar as narrativas dos estudantes possibilitou entender identidades e diferenças como produções na cultura, operadas cotidianamente, no entrelaçamento de distintas práticas de significação, que fabricam, posicionam e governam sujeitos. Os significados são produzidos e se instituem em negociações, embates, jogos de força cotidianamente realizados. Nestas práticas, vão sendo construídos aqueles que são narrados, como também aqueles que narram. / This study is devoted to analysing discourses on Indigenous folks who, circulating in different environments, are articulated in higher education students’ narratives. So I investigated narratives by 68 students from institutions located in Porto Alegre City in courses preparing future teachers. There were special moments for the production of narratives in four different groups, in which one of them was organised from an extension course, and the other three were designed in specific moments within the curriculum provided by teaching courses. I considered in this research the set of oral narratives produced in all four groups, the written texts and/or drawings by students and other materials brought to the meetings as well as my notes in a field notebook. The issues caused me to ponder during this investigative process were the following: which discourses are producing Indigenous folks in higher education students’ narratives? Which narratives get visibility for these students and which true effects are produced? Which information and knowledge sources Indigenous folks are named and depicted from in the school context? Which meanings are articulated in these narratives? Which social markers are used and which binary oppositions characterise the Indigenous folks? How students are embedded and how they position/are positioned in producing these narratives? My research is located in the poststructuralist Cultural Studies perspective, problematising meaning making practices which constitute and position differently subjects in relation to power/knowledge. In this approach, notions such as culture, language, subject, power, truth, identity and difference are very important. Authors like Michel Foucault, Stuart Hall, Homi Bhabha, Zygmunt Bauman, Jacques Derrida, Jorge Larrosa, Carlos Skliar, Núria Ferre, Kathryn Woodward, Rosa Hessel Silveira, Tomaz Tadeu da Silva, Marisa Costa, Alfredo Veiga-Neto, among others, from their productions in this field, hep us to analyse. Taking into consideration the set of narratives about Indigenous folks in the research, I have defined three analysis axes: discourses shaping the nationalities; discourses inventing subjects in school practices and discourses operating narrating strategies by stereotypes. These units have been used as meaning convergence points and have allowed analysing many practices anchored in particular regimes of truth. In the first axis, I have established relationships between ways students have recounted Indigenous folks and historical, literary, iconographical and didactical discourses. In this part of the work I am concerned with the effects from the articulation between Indigenous folks and the national identity. I have also discussed some displacements in nation meanings in the globalisation era. In the second axis, I have examined particular established practices in curriculum to approach the Indigenous theme. The analysed practices were those recounted by students, especially in primary school experiences, and I have been concerned with effects of these discourses, which provide a kind of visibility for Indigenous folks. What has attracted my attention was recurrence of certain narratives about the Indigenous Day celebration, an approach of a theme having particular contours in classroom, helping to highlight what should be recollected and what should remain in oblivion. In the final axis, I have discussed stereotype making as a discursive strategy, that is, as a way of knowledge and identification that provides a particular order, producing practices and positioning subjects. I have analysed effects of articulations established between the Indigenous and nature, and between Indigenous practices and the magician thought, approaching also ways to recount the Indigenous presence in the urban centres. The articulation made between the Indigenous and nature works as a kind of reading key, the Indigenous folks being recounted as natural inhabitants from the forest, a social and geographical place also producing a set of characteristics, attached to the body, provided as belonging to the Indigenous nature. It is possible to say that stereotyped narratives about Indigenous folks are capturing movements to make difference similar, stamp it on the bodies, blaming on the other for what is strange in him/her and establishing characteristics and social places. I argue that in inventing Indigenous and non-Indigenous subjects, multiple discourses work by entwining, strengthening, resisting and so shaping and inventing identities and differences in power and knowledge relationships. Analysing the students’ narratives allowed understanding identities and differences as productions daily working in the culture, in the entwining of different meaning makings, which invent, position and govern subjects. Meanings are made and established in daily trades, clashes and power games. In these practices, those who are recounted and those who recount are both constructed.
186

E por falar em povos indígenas... quais narrativas contam em práticas pedagógicas?

Bonin, Iara Tatiana January 2007 (has links)
Este estudo dedica-se à análise de discursos sobre povos indígenas que, circulando em diferentes meios, são articulados em narrativas de estudantes do ensino superior. Para isso, investiguei narrativas produzidas por 68 estudantes de duas instituições situadas na Grande Porto Alegre, em cursos que preparam para o magistério. Foram realizados momentos específicos para a produção de narrativas, em quatro grupos distintos, sendo um organizado a partir de um curso de extensão e três outros, programados em momentos específicos, dentro do cronograma de disciplinas oferecidas nos cursos de Pedagogia. Considerei, nesta pesquisa, o conjunto de narrativas orais produzidas nos quatro grupos, os textos escritos e/ou desenhos feitos pelos estudantes e outros materiais trazidos para os encontros, bem como minhas anotações em um caderno de campo. As questões que mobilizaram o meu pensar durante esse processo de investigação foram as seguintes: quais discursos estão produzindo povos indígenas em narrativas de estudantes do ensino superior? Quais narrativas adquirem visibilidade para estes estudantes e que efeitos de verdade são produzidos? A partir de que fontes de informação e de que saberes os povos indígenas são nomeados e descritos no contexto escolar? Quais significados articulam-se nessas narrativas? Quais marcadores sociais são mobilizados e quais oposições binárias servem para caracterizar os povos indígenas? Como os estudantes se inserem e como são posicionados/ posicionam-se na produção dessas narrativas? Situo minha pesquisa na perspectiva dos Estudos Culturais pós-estruturalistas, problematizando práticas de significação que constituem e posicionam diferentemente os sujeitos em relações de poder/saber. Adquirem relevância, neste estudo, noções como cultura, linguagem, sujeito, poder, verdade, identidade e diferença, que problematizo tomando como referência estudos de Michel Foucault, Stuat Hall, Homi Bhabha, Zygmunt Bauman, Jacques Derrida, Jorge Larrosa, Carlos Skliar, Núria Ferre, Kathryn Woodward, Rosa Hessel Silveira, Tomaz Tadeu da Silva, Marisa Costa e Alfredo Veiga-Neto, entre outros. Tomando o conjunto de narrativas produzidas sobre povos indígenas na pesquisa, defini três eixos de análise: discursos que participam na produção de nacionalidades; discursos que produzem sujeitos em práticas escolarizadas e discursos que operam estratégias de narrar por estereótipos. Estas unidades serviram como pontos de convergência de sentidos e possibilitaram o exame de práticas diversas, ancoradas em determinados regimes deverdade. No primeiro eixo estabeleci algumas relações entre maneiras utilizadas pelos estudantes para narrar os povos indígenas e discursos históricos, literários, iconográficos, didáticos. Interessaram-me, nesta parte do trabalho, os efeitos da articulação entre povos indígenas e identidade nacional. Discuti também alguns deslocamentos nos sentidos de nação na atualidade. No segundo eixo examinei determinadas práticas institucionalizadas em currículos escolares para a abordagem da temática indígena. As práticas analisadas foram aquelas narradas pelos estudantes, especialmente nas experiências de escola básica, e meu interesse era investigar efeitos desses discursos, que conferem certo tipo de visibilidade aos povos indígenas. Chamou minha atenção a recorrência de relatos sobre a comemoração do Dia do Índio, abordagem da temática que adquire contornos específicos, colaborando para marcar o que deve ser lembrado e o que, em decorrência, deve ser esquecido. No terceiro eixo discuti a produção de estereótipos como estratégia discursiva ou seja, como uma forma de conhecimento e de identificação que imprime certa ordem, produzindo práticas e posicionando sujeitos. Analisei efeitos de articulações estabelecidas entre índio-natureza e entre práticas indígenas-pensamento mágico, abordando também maneiras de narrar a presença indígena em centros urbanos. A articulação produzida entre índio e natureza funciona como uma espécie de chave de leitura, sendo os povos indígenas narrados como habitantes naturais da floresta, lugar geográfico e social que produz também um conjunto de atributos, colados ao corpo, apresentados como sendo próprios da natureza indígena. É possível dizer que as narrativas estereotipadas sobre povos indígenas são movimentos de captura, para tornar a diferença semelhante, para marcá-la nos corpos, responsabilizando o outro pelo que nele se estranha e fixando atributos e lugares sociais. Argumento que, na produção de sujeitos indígenas e não-indígenas, operam discursos múltiplos que se enlaçam, se fortalecem, se opõem e, desse modo, constituem e engendram identidades e diferenças, em relações de poder e saber. Analisar as narrativas dos estudantes possibilitou entender identidades e diferenças como produções na cultura, operadas cotidianamente, no entrelaçamento de distintas práticas de significação, que fabricam, posicionam e governam sujeitos. Os significados são produzidos e se instituem em negociações, embates, jogos de força cotidianamente realizados. Nestas práticas, vão sendo construídos aqueles que são narrados, como também aqueles que narram. / This study is devoted to analysing discourses on Indigenous folks who, circulating in different environments, are articulated in higher education students’ narratives. So I investigated narratives by 68 students from institutions located in Porto Alegre City in courses preparing future teachers. There were special moments for the production of narratives in four different groups, in which one of them was organised from an extension course, and the other three were designed in specific moments within the curriculum provided by teaching courses. I considered in this research the set of oral narratives produced in all four groups, the written texts and/or drawings by students and other materials brought to the meetings as well as my notes in a field notebook. The issues caused me to ponder during this investigative process were the following: which discourses are producing Indigenous folks in higher education students’ narratives? Which narratives get visibility for these students and which true effects are produced? Which information and knowledge sources Indigenous folks are named and depicted from in the school context? Which meanings are articulated in these narratives? Which social markers are used and which binary oppositions characterise the Indigenous folks? How students are embedded and how they position/are positioned in producing these narratives? My research is located in the poststructuralist Cultural Studies perspective, problematising meaning making practices which constitute and position differently subjects in relation to power/knowledge. In this approach, notions such as culture, language, subject, power, truth, identity and difference are very important. Authors like Michel Foucault, Stuart Hall, Homi Bhabha, Zygmunt Bauman, Jacques Derrida, Jorge Larrosa, Carlos Skliar, Núria Ferre, Kathryn Woodward, Rosa Hessel Silveira, Tomaz Tadeu da Silva, Marisa Costa, Alfredo Veiga-Neto, among others, from their productions in this field, hep us to analyse. Taking into consideration the set of narratives about Indigenous folks in the research, I have defined three analysis axes: discourses shaping the nationalities; discourses inventing subjects in school practices and discourses operating narrating strategies by stereotypes. These units have been used as meaning convergence points and have allowed analysing many practices anchored in particular regimes of truth. In the first axis, I have established relationships between ways students have recounted Indigenous folks and historical, literary, iconographical and didactical discourses. In this part of the work I am concerned with the effects from the articulation between Indigenous folks and the national identity. I have also discussed some displacements in nation meanings in the globalisation era. In the second axis, I have examined particular established practices in curriculum to approach the Indigenous theme. The analysed practices were those recounted by students, especially in primary school experiences, and I have been concerned with effects of these discourses, which provide a kind of visibility for Indigenous folks. What has attracted my attention was recurrence of certain narratives about the Indigenous Day celebration, an approach of a theme having particular contours in classroom, helping to highlight what should be recollected and what should remain in oblivion. In the final axis, I have discussed stereotype making as a discursive strategy, that is, as a way of knowledge and identification that provides a particular order, producing practices and positioning subjects. I have analysed effects of articulations established between the Indigenous and nature, and between Indigenous practices and the magician thought, approaching also ways to recount the Indigenous presence in the urban centres. The articulation made between the Indigenous and nature works as a kind of reading key, the Indigenous folks being recounted as natural inhabitants from the forest, a social and geographical place also producing a set of characteristics, attached to the body, provided as belonging to the Indigenous nature. It is possible to say that stereotyped narratives about Indigenous folks are capturing movements to make difference similar, stamp it on the bodies, blaming on the other for what is strange in him/her and establishing characteristics and social places. I argue that in inventing Indigenous and non-Indigenous subjects, multiple discourses work by entwining, strengthening, resisting and so shaping and inventing identities and differences in power and knowledge relationships. Analysing the students’ narratives allowed understanding identities and differences as productions daily working in the culture, in the entwining of different meaning makings, which invent, position and govern subjects. Meanings are made and established in daily trades, clashes and power games. In these practices, those who are recounted and those who recount are both constructed.
187

O campo da atenção à saúde após a Constituição de 1988 : uma narrativa de sua produção social

Misoczky, Maria Ceci Araujo January 2002 (has links)
Esta tese se orientou pelo objetivo de compreender a configuração do campo da atenção à saúde a partir da produção social da definição dos conceitos que o organizam - direito e descentralização. Para realizá-la defini uma atitude filosófica - a hermenêutica, e uma metodologia - o construcionismo, que permitissem um olhar diferente daquele usualmente aplicado a esse campo e que se orienta pelo positivismo sistêmico. Busquei, também, um referencial teórico que propiciasse a compreensão, de modo articulado e não reducionista, de fenômenos sociais e relações de poder, tendo optado por uma leitura, influenciada por Gadamer, de Pierre Bourdieu e Carlos Matus. Para acompanhar o jogo social e a interação entre atores, escolhi o foco na definição de conceitos, entendendo o discurso como uma prática social, política e ideológica, capaz de gerenciar significados, definir posições dos sujeitos e construir objetos. Parti, então, em busca dos diversos significados potenciais de direito à saúde e descentralização, utilizando-os, ao longo da narrativa, como referência para acompanhar a produção social desse campo. A história que conto começa em 1988 com um campo dominado por atores sociais que definem direito com foco na cidadania e descentralização como devolução parcial, para os governos municipais, com ênfase nas dimensões política, social, administrativa e operacional, até chegar, em 2001, a um campo hegemonizado pelo foco na pobreza e em direitos restritos de consumidores; onde descentralização é definida como um misto de privatização, delegação e devolução parcial, sempre sob a forma, predominantemente, operacional e administrativa. Essa redefinição de conceitos produz uma série de acumulações, descritas ao longo do texto, que provocam a reconfiguração do campo e novas posições dos sujeitos, sem a necessidade de alterar as regras básicas que o regem. Como todo texto, esse também é uma representação, a criação de uma autora, um desempenho de um ponto de vista particular. Nesse sentido, a autoria é, simultaneamente, a representação da experiência dos outros e de um experimento, que é o próprio ato de escrever. O texto desta Tese é expressão desse processo, tendo sido criado de modo a ser coerente com a atitude filosófica e com o referencial teórico escolhido. / The objective of this thesis is to understand the configuration of the health care field as a result of the social production of its core concepts' definition - right and decentralization. In order to achieve this objective, I began by defining a philosophical attitude - hermeneutics, and a methodology - constructionism, that allowed a look, different from the dominant one - based on systemic positivism. I also looked for a theoretical framework to understand social phenomena and power relations, choosing a reading, influenced by Gadamer, of Pierre Bourdieu and Carlos Matus. To follow the social game and the interaction among actors, I choose the focus on concept definitions, understanding discourse as a social, political and ideological practice, that can manage meanings, define positions and construct objects. The next step was the search for the various potential meanings of health as a right and decentralization, that were used, during the narrative, as a reference to follow the field social production. The history begins, in 1988, in a field dominated by social actors that define right with a focus on citizenship and decentralization as partial devolution to municipal governments, emphasizing political, social, administrative and operational dimensions; and arrives in 2001 , when the field is dominated by the focus on poverty and restrict consumer rights, where decentralization is defined as a mix of privatization, delegation and partial devolution, always under a form, predominantly, operational and administrative. This redefinition of concepts produces facts, described during the narrative, that change the field configuration and establish new subjects positions, without the need of changing the basic rules. As all texts, this is also a representation, a piece of authorship, a performance from a particular point of view. In this sense, the authorship is, simultaneously, the representation of others experience and of an experiment - the act of writing. The text produced is the expression of this process, and was created to be coherent with the chosen philosophical attitude and theoretical framework.
188

O Departamento de Design Gráfico da Cranbrook Academy of Art (1971-1995): novos caminhos para o design / The Cranbrook Academy of Art´s Graphic Design Department (1971-1995): new paths for design.

Iara Pierro de Camargo 08 December 2011 (has links)
A partir da análise dos trabalhos do departamento de design da Cranbrook Academy of Art, durante o período coordenado por Katherine McCoy (1971 a 1995), este trabalho procura identificar os novos caminhos desenvolvidos pela escola para a prática do design gráfico contemporâneo, e em especial a concepção do design como parte do processo de comunicação. O design até os anos 1970 era regido por pressupostos formais, funcionais e neutros, o que talvez não permitisse entendê-lo como linguagem visual, em si, mas como mero suporte para o texto. Na escola, a abordagem funcionalista foi questionada nos anos 1970 e, a partir daí, nos anos 1980, inspirados por conceitos teóricos do pós-estruturalismo e pós-modernismo, foram introduzidas novas ideias a fim de legitimar o designer também como produtor de conteúdo. Ao buscar referências teóricas no pós-estruturalismo, percebeu-se a importância do receptor na interpretação da mensagem, assim como a necessidade de se produzir peças gráficas que encorajassem, a partir da relação do conteúdo com a forma gráfica, a participação do público. A escola, de modestas proporções, cuja média era a de 8 alunos ingressantes por ano, era baseada no ensino em estúdio, não possuía grade curricular fixa, nem disciplinas regulares. Os discentes eram sempre encorajados a pesquisar e se desenvolver. Muitas das pesquisas e resultados dos trabalhos são frutos da reflexão individual de cada aluno, inspirados pelo ambiente em contínuo desenvolvimento. A Cranbrook foi, dessa maneira, formadora de muitos dos principais designers norteamericanos atuais, como por exemplo Allen Hori, Andrew Bleauvelt, David Frej, David Shields, Ed Fella, Elliot Earls, Geoff Kaplan, Jane Kosstrin, Jeff Keedy, Kimberly Elam, Laurie Haycock Makela, Loraine Wild, Lucille Tenazas, Martin Venezky, Meredith Davis, Michael Carrabeta, Nancy Skolos, Richard Kerr, Robert Nakata, Scott Makela (1960-1999), Scott Santoro, Scott Zukowsky, entre outros. Cada um deles possuiu um papel particular e muitos compartilhavam idéias semelhantes, mas a maior parte deles procurou ampliar o campo do design gráfico agregando conteúdos mistos e abrindo-se a novas possibilidades de produção e reflexão sobre a relação entre texto e imagem. / With the analysis of the works from Cranbrook Academy of Art´s Design Department, under Katherine McCoy\'s Co-Chairmanship (1971 to 1995), this work intends identify the new ways developed by the School for the practice of contemporary graphic design, focusing on the concept of the design as part of communication process. Until the years 1970 design was ruled from the formal, functional and neutral presuppositions of Modernity, without the understanding of design as a visual language itself, but only as a mere support the text. In the 1970\'s the School questioned the functionalist approach, and during the 1980\'s years, new ideas were introduced to legitimate the designer as producer of contents, inspired by post-structuralism and post-modern concepts. Theoretical references in post structuralism stressed the importance of the receptor\'s interpretation of the message, as well in the importance of producing graphic works that encourage the participation from the public audience, founded in the relationship between content and graphic form. The School\'s graphic design program was modest in size 8 new students per year - and was studio-based without a fixed curriculum of courses and classes. The students were challenged to research and develop their individual expressions. Their research and resulting works are the fruit of the students\' individual reflection inspired by the continuously developing environment. Cranbrook produced many of the most important contemporary North American designers, such as Allen Hori, Andrew Bleauvelt, David Frej, David Shields, Ed Fella, Elliot Earls, Geoff Kaplan, Jane Kosstrin, Jeff Keedy, Kimberly Elam, Laurie Haycock Makela, Lorraine Wild, Lucille Tenazas, Martin Venezky, Meredith Davis, Michael Carrabeta, Nancy Skolos, Richard Kerr, Robert Nakata, Scott Makela (1960-1999), Scott Santoro, Scott Zukowsky, and others. Each one had a particular role play and many shared similar ideas, as they worked to enlarge the graphic design field with mixed contents and explored new possibilities of production and new roles for text and image.
189

[fr] LA DIFFÉRENCE HYPERSTRUCTUREL: ONTOLOGIE, POSTDÉCONSTRUCTION – ET DÉVORATION – A PARTIR DE JEAN-LUC NANCY ET AUDELÀ / [pt] A DIFERENÇA HIPERESTRUTURAL: ONTOLOGIA, PÓS-DESCONSTRUÇÃO – E DEVORAÇÃO – A PARTIR DE JEAN-LUC NANCY E PARA ALÉM

CARLOS CARDOZO COELHO 06 June 2017 (has links)
[pt] Esta tese apresenta uma discussão entre duas tradições de pensamento, a desconstrução e o estruturalismo, e discute a possibilidade de se formular uma ontologia após a desconstrução e as críticas à metafísica que proliferaram no século XX. Partindo da ideia de hantologie (assombrologia) que Jacques Derrida opõe ao termo ontologie (ontologia), ideia esta que declara a impossibilidade da formulação de qualquer ontologia, qualquer pensamento sobre aquilo que há de primeiro, nós nos contrapomos a este filósofo e, na esteira de Jean-Luc Nancy e das lições apreendidas com o pensamento da desconstrução, pensamos uma ontologia tendo como base os conceitos de diferença e de variação. Lá onde a tradição pensou a primazia da Unidade e a busca por uma Origem única e imutável, nós defendemos a diferença e a variação como aquilo mesmo que é a existência: ela é sempre mais de um, pois a condição mínima para a existência é que exista a pluralidade, que exista o endereçar entre os diversos existentes. Para isso defendemos que a aparição do conceito de diferença com Ferdinand de Saussure e de variação oriunda do movimento comparatista é um passo fundamental para a formulação do pensamento da desconstrução e também para pensar aquilo que chamamos de diferença hiperestrutural, a saber, pensar a diferença não mais como meramente constitutiva de uma estrutura, mas como um problema ontológico: como ser. Neste diapasão, o que existe não é apenas língua se organizando de maneira diferencial, mas o próprio real se organizando de maneira diferencial, a própria natureza e o próprio mundo diferindo, pois um existente só é na medida em que se endereça, se reporta e se relaciona com outros existentes, ele existe em oposição aos outros existentes, assim como um signo tem o seu valor em oposição aos outros signos do sistema, e a ontologia é a exposição destas oposições que são sempre locais – materiais. Assim, ao pensar a diferença e a variação como termo mais fundamental e como incondicional, o que fazemos aqui é a defesa de uma ontologia diferencial e hiperestrutural, tentando abrir espaço para outras formas de pensamento que não o da metafísica ocidental,monoteísta e capitalista. Esta tese não é um texto apenas sobre Jean-Luc Nancy, mas pensamos com ele e sua ontologia singular plural e também com diversos autores, dentre os quais, Jacques Derrida, Ferdinand de Saussure, Oswald de Andrade, Eduardo Viveiros de Castro, Paul Ricoeur, Karl Marx, Émile Benveniste, Patrice Maniglier, Fréderic Neyrat etc. / [fr] Cette thèse présente une discussion entre deux traditions de la pensée, la déconstruction et le structuralisme, et discute la possibilité de formuler une ontologie après la déconstruction et les critiques de la métaphysique qui ont proliféré au cours du XXe siècle. En partant de l idée d hantologie que Jacques Derrida oppose au terme ontologie, idée qui déclare l impossibilité de formuler toute ontologie, toute pensée sur ce qu il y a de premier, nous nous opposons à ce philosophe et, dans le sillage de Jean-Luc Nancy et des leçons apprises avec la pensée de la déconstruction, nous pensons une ontologie basée sur les concepts de différence et de variation. Là où la tradition pensait la primauté de l unité et la recherche d une Origine unique et immuable, nous défendons la différence et la variation comme ce qui est l existence même: elle est toujours plus d un, car la condition minimale pour l existence est qu il y ait la pluralité, qu il y ait l adresser des différents existants. Pour cela, nous soutenons que l apparition de la notion de différence avec Ferdinand de Saussure et de variation dérivée du mouvement comparative est une étape clé dans la formulation de la pensée de la déconstruction et aussi pour penser ce que nous appelons la différence hyperstructurel, à savoir, penser la différence non plus comme simplement constitutive d une structure, mais comme un problème ontologique: comme être. Dans cette veine, ce qui existe est non seulement la langue s organisant de manière différentielle, mais le réel lui-même s organisant de manière différentielle, la nature et le monde lui-même se différent, parce qu un existant est seulement dans la mesure où il s adresse et est en rapport avec les autres existants, il existe en opposition à les autres existants, ainsi comme un signe a sa valeur par opposition à d autres signes du système, et l ontologie est l exposition de ces opositions qui sont toujours locaux – matériaux. Ainsi, en pensent la différence et la variation comme terme plus fondamentale et comme inconditionnelle, ce que nous faisons ici est la défense d une ontologie différentielle et hiperstructurel, en essayant ouvrir des chemins pour d autres formes de pensée que celui de la métaphysique occidentale, monothéiste et capitaliste. Cette thèse n est pas un texte seulement sur Jean-Luc Nancy, mais nous pensons avec lui et son ontologie singulier pluriel et aussi avec plusieurs auteurs, parmi lesquels Jacques Derrida, Ferdinand de Saussure, Oswald de Andrade, Eduardo Viveiros de Castro, Paul Ricoeur, Karl Marx, Émile Benveniste, Patrice Maniglier, Frédéric Neyrat etc.
190

Autolesão e produção de identidade

Arcoverde, Renata Lopes 23 April 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2017-06-01T18:29:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 renata_lopes_arcoverde.pdf: 584232 bytes, checksum: 4e24390bbce6fd6d08e5d19a7779dfa1 (MD5) Previous issue date: 2013-04-23 / Some fields of knowledge have been highlighted in the study of self-harm, such as medicine (especially psychiatry), psychology and psychoanalysis. These areas differentiate the acts of harming oneself as part of a specific culture or religious ritual from those recognized as pathologies or dysfunctional behavior. The last ones are considered as acts of self-destruction produced by individuals who need assistance so that they can stop self-injuring. Partimos do pressuposto de que a autolesão é um modo de subjetivação construído e transformado por diferentes discursos dependendo do contexto sociocultural em que acontece. Assuming that self-harm is a form of subjectivity produced and transformed by different speeches, depending on the social context in which it takes place, this study intends to analyze, using the post-structuralism perspective, messages left on Orkut virtual communities by people who self-harm and discuss their experiences in that social network. Results indicate discourses in common with the aforementioned fields of knowledge and with religion, as well as definitions of self-harm as art, a privileged way of expressing emotions or even a source of pleasure. Some internet users claim for the right to use their bodies as they please since it is meant to be their territory of intervention and their only, what can be understood as a movement of resistance to the rule of having a docile body. In conclusion, it is understood that the subjects involved with self-harm relate to their bodies and with virtual communities as means of producing identities. / Alguns saberes têm se destacado no estudo da autolesão, entre eles a medicina, (notadamente a psiquiatria), a psicologia e a psicanálise. Estes campos do conhecimento diferenciam os atos de ferir a si mesmo como parte de uma cultura específica ou ritual religioso das práticas autolesivas que são atribuídas a patologias ou disfunções. Estas últimas são consideradas como atos de autodestruição produzidos por pessoas que precisam de intervenções de especialistas para que deixem de ferir-se. Partimos do pressuposto de que a autolesão é um modo de subjetivação construído e transformado por diferentes discursos dependendo do contexto sociocultural em que acontece. Assim, a intenção deste trabalho é analisar, à luz da perspectiva pós-estruturalista, mensagens de pessoas que se autolesionam e discutem a sua experiência em comunidades virtuais da rede social Orkut. Resultados indicam que além dos discursos em comum com os citados campos de saber e com a religião, há ainda quem defina a autolesão como arte, maneira privilegiada de expressão das emoções ou mesmo fonte de prazer. Alguns internautas reivindicam o corpo como território de intervenção pertencente unicamente a si próprios, reclamando o direito de utilizá-lo como bem entendem, no que se pode caracterizar como um movimento de resistência à norma de ter que apresentar um corpo dócil. Por fim, compreende-se que os sujeitos envolvidos nessa prática relacionam-se com seu corpo e com as comunidades de que participam enquanto locais de produção de identidades.

Page generated in 0.1019 seconds