11 |
[pt] ANIMALIZAÇÃO HUMANA: BIOPODER E A BESTA INTERIOR / [en] HUMAN ANIMALIZATION: BIOPOWER AND THE BEAST WITHINBRUNA MARIZ BATAGLIA FERREIRA 30 June 2022 (has links)
[pt] Esta tese busca analisar, definir e delimitar os contornos da categoria da
animalização e as experiências que elas são vinculadas. Identificando a
insuficiência de algumas teorizações que desenvolvem suas análises sob o prisma
do sexismo, do racismo ou apenas do capitalismo, esta tese o faz a partir da leitura
biopolítica das espécies, o que permite compreender como a animalização se
funciona como uma operação do biopoder através da constante e ambígua divisão
entre humano e animal. Ocorre que, diante de diversas experiências pré-modernas,
não é possível equalizar a emergência da animalização, entendida nos termos desta
tese, ao contexto da modernidade colonial. Assim, na segunda parte desta tese, são
rastreadas algumas experiências que permitirão compreender por que a
animalidade, enquanto uma técnica do poder, é condição para a operação da
animalização. Nesse sentido, a animalidade se revela como uma técnica do poder a
partir da qual o biopoder e a governamentalidade se desenvolvem e se articulam. / [en] This thesis seeks to analyse, define, and delimit the contours of the category
of animalization and the experiences that it can be linked to. Identifying the
insufficiency of some theorizations that develop their analyses under the prism of
sexism, racism, or only capitalism, this thesis does so from the species biopolitics
reading, which allows us to understand how animalization functions as an operation
of biopower through the constant and ambiguous division between human and
animal. It happens that, in the face of several pre-modern experiences, it is not
possible to equalize the emergence of animalization, understood in the terms of this
thesis, to the context of colonial modernity. Thus, in the second part of this thesis,
some experiences are traced that will allow us to understand why animality, as a
technique of power, is a condition for the operation of animalization. In this sense,
animality reveals itself as a technique of power from which biopower and
governmentality develop and articulate.
|
12 |
[en] DISCONTENT AT SCHOOL: TENSIONS BETWEEN THE SINGLE AND THE COMMON / [pt] MAL-ESTAR NA ESCOLA: TENSÕES ENTRE O SINGULAR E O COLETIVOMARIO ORLANDO FAVORITO 21 March 2019 (has links)
[pt] A articulação entre psicanálise e educação para pensar o mal-estar na escola remonta aos primórdios da constituição da primeira. Se podemos encontrar em S. Freud uma oscilação entre o papel inibidor que caberia à educação e, por outro lado, um veio libertário, na medida em que esta acolhesse em seus objetivos a realidade pulsional na criança, há uma outra linha de pensamento na psicanálise que vai de S. Ferenczi a D. W. Winnicott, que permite outros encaminhamentos para a abordagem deste tema, especialmente na sua expressão atual. Esta tese objetiva investigar o que pode a psicanálise frente ao mal-estar na escola atual usando como ferramentas a genealogia do poder disciplinar e do biopoder em M.
Foucault para compreender a emergência da categoria criança-aluno, os conceitos de norma e normalização para discutir os processos de medicalização e de patologização de crianças e de jovens no ambiente escolar na sociedade de controle e, finalmente, o pensamento de D. W. Winnicott e sua teoria do
amadurecimento psíquico e seus desdobramentos. Aponta-se, ainda, para a propriedade desta teoria da constituição subjetiva precoce e de seus desdobramentos, que permitem pensar as formas de inserção na cultura, para os encaminhamentos diferentes do mal-estar na escola atual, compreendido como despotencialização do viver criativo. / [en] The articulation between psychoanalysis and education to think about the discontent in school dates back to the beginnings of the constitution of the former. If we can find in S. Freud an oscillation between the inhibiting role which had to be done by education and, on the other hand, a libertarian trace, in that this hosts into its objectives the instinctual reality in the child, there is another line of thought in psychoanalysis that goes from S. Ferenczi to D. W. Winnicott which allows other referrals to this theme approach, especially in its current expression. This thesis aims to investigate what psychoanalysis can do against the discontent in the current school using as tools the genealogy of the disciplinary power and the biopower in M. Foucault to understand the child-student category emergency, the standard and standardization concepts to discuss the medicalization and pathologizing processes of children and youth in the school surroundings in the control society and, finally, D. W. Winnicott s thought and his psychic maturing theory and its developments. It is still aimed to the property of this theory of the early subjective constitution and its developments, which allow to think the forms of insertion into the culture, to the different referrals of the discontent in the current school, understood as creative living disempowerment.
|
13 |
[en] COLONIAL OBJECTIFICATION OF BLACK BODIES: A POST-COLONIAL AND FOUCAULDIAN APPROACH TO THE BLACK EXTERMINATION IN BRAZIL / [pt] OBJETIFICAÇÃO COLONIAL DOS CORPOS NEGROS: UMA LEITURA DESCOLONIAL E FOUCAULTIANA DO EXTERMÍNIO NEGRO NO BRASILJULIANA MOREIRA STREVA 30 August 2016 (has links)
[pt] A pesquisa busca questionar a naturalização da violência de Estado
direcionada contra os corpos negros no Brasil. Para esta urgente tarefa, o trabalho
desenvolve um diálogo central entre a filosofia descolonial e a foucaultiana,
dividindo-se em quatro capítulos. O primeiro demonstra o enraizamento desta
naturalização desde o período colonial, mostrando a objetificação do corpo negro
e a sua invibilização tanto na escravização como no movimento abolicionista. O
segundo capítulo aborda o período pós-abolição por meio do projeto de
embranqueamento e do racismo científico. O terceiro enfrenta o auto de
resistência como prática contemporânea do racismo de Estado da sociedade
biopolítica brasileira. Por fim, o quarto pretende refletir sobre resistências e
possibilidades de transformações descoloniais desta realidade objetificante e
violenta. / [en] The investigation aims to question the naturalization of State s violence
against black bodies in Brazil. For this urgent task, the work develops a dialogue
between decolonial and foucauldian philosophy, and is divided in four chapters.
The first one points out that this naturalization has its roots in brazilian history
since colonial time, with the objectification of black bodies during slavery and
also at the abolitionist movement. The second one approaches the post-abolition
period, its whitening project and the scientific racism. The third part faces the
auto de resistência as a contemporary practice of State s racism in the brazilian
biopolitic society. Finally, the fourth chapter intends to analyze resistances and
possibilities of decolonial transformations of this violent and objectifying reality.
|
14 |
[es] METROPOLIZACIÓN DEL ESPACIO Y ENREDOS DE REBELIÓN Y RESISTENCIA: DE LA BIOPOLÍTICA ESPACIAL DE LA NEGACIÓN DEL SER POLÍTICO A LAS TRAMAS POLÍTICAS DE LA ACCIÓN REBELDE / [pt] METROPOLIZAÇÃO DO ESPAÇO E ENREDAMENTOS DE REBELDIA E RESISTÊNCIA: DA BIOPOLÍTICA ESPACIAL DE NEGAÇÃO DO SER POLÍTICO ÀS TRAMAS POLÍTICAS DE AÇÃO REBELDEFELIPE RANGEL TAVARES 28 December 2020 (has links)
[pt] Apreendemos a metropolização do espaço enquanto processo socioespacial biopolítico. A partir da análise das intervenções urbanas ocorridas no Morro da Providência-RJ, no âmbito da Operação Urbana Consorciada da Região Portuária do Rio de Janeiro e do Programa Morar Carioca, desenvolvemos a tríade conceitual estruturação-formalização-funcionalização para iluminar as dinâmicas que imprimem a normatização/normalização bio/necropolítica colonial nas formas-conteúdo da metrópole. Tais dinâmicas promovem o que denominamos por estranhamento espacialmente construído e desumanização espacialmente forjada, expressões do esvaziamento da substância que constitui o político no ser social. Lançando um olhar sobre a tentativa de remoção de 832 famílias e, da luta pela permanência organizada pela Comissão de Moradores da Providência, abordamos a biopolítica sob duas acepções: aquela que concebe o homem como espécie biológica e aquela que verifica nas resistências um poder que de produção alternativa de subjetividades em busca de autonomia e liberdade. Afirmamos que a metropolização é um processo biopolítico que reativa as hierarquizações da modernidade-colonialidade na contemporaneidade através do processo de estruturação-formalização-funcionalização, imprimindo a normalização bio/necropolítica colonial na espacialidade da metrópole e exprimindo uma (bio)política espacial de negação do ser político. Assim, a metropolização bio/necropolítica colonial constitui nosso objeto de pesquisa. Nosso objetivo geral é analisar a metropolização do espaço a partir do termo/processo de hierarquização enquanto garantidor de uma coesão coercitiva que obstrui e nega o político do ser social. Como objetivos específicos, propomos: i) Discutir as remoções no Morro da Providência como referência empírica do processo de metropolização numa perspectiva da espacialização biopolítica (negação do ser político); e ii) Propor a noção de tramas políticas de ação rebelde para focalizar as lutas que se desencadeiam a partir de múltiplos enredamentos de resistência e autonomia. Tais lutas, articuladas em redes, apontam para a possibilidade de ampliação do cânone democrático e para a emancipação social, uma vez que representam a restituição da dimensão do político que antes fora negada e privada aos sujeitos historicamente subalternizados no processo bio/necropolítico de produção do espaço. / [es] Entendemos la metropolización del espacio como un proceso socio-espacial biopolítico. A partir del análisis de las intervenciones urbanas que tuvieron lugar en Morro da Providência-RJ, en el ámbito de la Operación urbana consorciada de la Región Portuaria de Río de Janeiro y del Programa Morar Carioca, desarrollamos la tríada conceptual estructuración-formalización-funcionalización para iluminar la dinámica que imprime la normatización/normalización de la bio/necropolítica colonial en las formas de contenido de la metrópoli. Esta dinámica promueve lo que llamamos extrañeza construida espacialmente y deshumanización forjada espacialmente , expresiones del vaciamiento de la sustancia que constituye lo político en el ser social. Al observar el intento de destitución de 832 familias y la lucha por la permanencia organizada por la Comisión de Residentes de la Providencia, nos acercamos a la biopolítica bajo dos sentidos: el que concibe al hombre como una especie biológica y el que verifica en las resistencias un poder que de producción alternativa de subjetividades en busca de autonomía y libertad. Afirmamos que la metropolización es un proceso biopolítico que reactiva las jerarquías de la modernidad y la colonialidad en la contemporaneidad mediante el proceso de estructuración-formalización-funcionalidad, imprimiendo la normalización bio/necropolítica colonial en la espacialidad de la metrópoli y expresando una política (bio)espacial de negación del ser político. Por lo tanto, la metrópoli bio/necropolítica colonial constituye nuestro objeto de investigación. Nuestro objetivo general es analizar la metropolización del espacio desde el término/proceso de jerarquización como garantía de una cohesión coercitiva que obstruye y niega lo político del ser social. Como objetivos específicos, proponemos: i) Discutir los traslados en el Morro da Providência como referencia empírica del proceso de metropolización desde la perspectiva de la espacialización biopolítica (negación del ser político); y ii) Proponer la noción de tramas políticas de acción rebelde para centrarse en las luchas que se desencadenan por los múltiples enredos de la resistencia y la autonomía. Tales luchas, articuladas en redes, apuntan a la posibilidad de ampliar el canon democrático y a la emancipación social, ya que representan la restitución de la dimensión política que antes había sido negada y privada de los sujetos históricamente subalternizados en el proceso bio/necropolítico de la producción espacial.
|
15 |
[en] THE GOVERNMENT OF CROWDS: POPULATION AND POWER IN MICHEL FOUCAULT / [pt] O GOVERNO DAS MULTIDÕES: POPULAÇÃO E PODER EM MICHEL FOUCAULTEDUARDO SEIXAS MIGOWSKI 21 September 2016 (has links)
[pt] Esta monografia tem, como objetivo geral, perceber a articulação entre as relações de poder e a população ao longo de diferentes períodos. Partindo de alguns conceitos clássicos, desenvolvidos pelo filósofo Francês Michel Foucault, como poder de soberania e disciplinar, bem como a noção de sociedade de controle trabalhada por Gilles Deleuze, será feita uma análise dos mecanismos que levam à passagem de uma tecnologia de poder a outra ao longo de diferentes momentos do processo histórico. / [en] This monograph has as main objective to understand the relationship between power relations and the population over different periods. Starting with some classic concepts developed by French philosopher Michel Foucault, as sovereign and disciplinary power, and the notion of control society of control by Gilles Deleuze, is an analysis of the mechanisms that lead to the passage of power from one technology to another over different times of the historical process.
|
16 |
[pt] DIREITOS HUMANOS NA ENCRUZILHADA: CRÍTICA E POTENCIAL DOS DIREITOS HUMANOS / [en] HUMAN RIGHTS AT THE CROSSROADS: POTENTIAL AND CRITIQUE OF HUMAN RIGHTS / [fr] LES DROITS DE L HOMME À LA CROISÉE DES CHEMINS: CRITIQUE ET POTENTIEL DES DROITS DE L HOMMEDANIEL CARNEIRO LEAO ROMAGUERA 17 May 2022 (has links)
[pt] Nesta tese enfrento problemáticas dos Direitos Humanos pela filosofia
política e crítica ao direito. Num primeiro momento, apresento crítica à tradição e
uma breve genealogia de como se dá o pensamento e a história desses direitos, tanto
da ordem dos discursos de fundamentação como da sua afirmação social. Em
seguida, trabalho a encruzilhada dos Direitos Humanos a partir da relação com a
soberania e a biopolítica, respectivamente, segundo Jacques Derrida e Michel
Foucault. Por um lado, é de se destacar o acentuado caráter histórico e político dos
Direitos Humanos, de outro, questionar seu potencial de transformação social. A
encruzilhada aparece e a problematização se dá, pois, se os Direitos Humanos são
esforço do histórico de mobilizações contrário a injustiças sociais e modelos
jurídicos conservadores, também, passam a fazer parte de nossa era de direitos
como fundamento e manifestação legítima do direito. Inclusive, por vezes, se
voltam contra seus próprios fins. Nesse contexto, os Direitos Humanos estão
atrelados ao ímpeto civilizatório ocidental, ao capitalismo global, à ordem
internacional e às violências de estado, ao mesmo tempo em que se manifestam
com as lutas políticas, as conquistas sociais e as defesas contra violações de direito.
A partir disso, problematizo os Direitos Humanos diante de seus fins e de sua força
como direito, também, lanço a problemática de como pensá-los diante dos caminhos
cruzados, da diferença das forças e da contínua abertura à mudança social presentes
em sua atualidade. Com essa delimitação, estudo o potencial dos ‘Direitos Humanos
na encruzilhada’, segundo a produção social e a definição da humanidade. Isso se
dá, pela intersecção da soberania e da biopolítica, conforme são ultrapassados
limites do direito e atingidos novos domínios da vida e da sociedade. O que implica
reformular questões em torno da normatividade, da força e da realização dos
Direitos Humanos. Por fim, destaco algumas tensões em meio às relações sociais e
às composições de poder dos Direitos Humanos no cenário político atual. / [en] This thesis consists of a study about problems concerned to Human Rights
from political philosophy and critique of law. At first, with a critique of the tradition
of Human Rights and a brief genealogy of how thought and history of Human
Rights took place, both in terms of foundational speeches and social statements.
After that, due to open fractures with the philosophy of Jacques Derrida and Michel
Foucault, the idea is to distinguish how Human Rights function when related to
sovereignty and biopolitics. It is important to highlight the historical and political
nature of law, and to question its potential of social transformation, once Human
Rights are at the crossroads: If Human Rights are an effort of the history of
mobilizations contrary to social injustices and conservative legal models, they also
become our era of rights as foundations and part of legitimate law. Even, at times,
they turn against their own ends. In this context, the concept of Human Rights is
linked to western civilization, global capitalism, international order and state
violence, at the same time that Human Rights are made with political struggles,
social conquests, institutional protection and defense against rights violation. In
this context, is important to investigate how to think about Human Rights once
considered the difference of forces of their formation and continuous openness to
changes. This work turns to the potential of Human Rights at the crossroads, which
is crucial to the crossroads itself, according to its social production and ability to
define the political and humanity. Which results from the intersection of sovereign
power and biopolitics, as the premises of law are displaced and the Human Rights
reaches new domains of life and society. This implies reformulating questions
about normativity, enforcement and achievement of Human Rights. At the end, it
is consequential to highlight tensions of these rights in the midst of social relations
and compositions of power in the current political scenario. / [fr] Dans cette présente thèse, les questions de Droits de l Homme sont
confrontées à la philosophie politique et à lacritique du Droit. Dans un premier
temps, il se fait une critique de la tradition et une brève généalogie de la manière
dont la pensée et l histoire de ces droits se déroulent, tant au niveau des discours de
raisonnement que de leur affirmation sociale. Ensuite, le travail se retrouve dans
une sorte de croisement des Droits de l Homme à partir du rapport à la souveraineté
et à la biopolitique, respectivement, selon Jacques Derrida et Michel Foucault.
D une part, il faut souligner l important caractère historique et politique des Droits
de l Homme, d autre part, s interroger sur leur potentiel de transformation sociale.
La croisée des chemins apparaît et la problématisation s opère, car si les Droits de
l Homme sont le résultat de l effort historique de mobilisations contre les injustices
sociales et les modèles juridiques conservateurs, mais, ils s inscrivent aussi dans
notre ère des droits comme fondement et manifestation légitime du droit.Parfois, ils
se retournent même contre leurs propres fins. Dans ce contexte, les Droits de
l Homme sont liés à la poussée civilisatrice occidentale, au capitalisme mondial, à
l ordre international et à la violence d État, mais aussi aux luttes politiques, aux
conquêtes sociales et à la défense face aux violations des droits. A partir de là, les
Droits de l Homme sont premièrement problématisés face à leurs fins et leur force
en tant que droit, et, ensuite, problématisés sur la façon de les penser face aux
chemins croisés, à la différence des forces et à l ouverture continue aux
changements sociaux présents de nos jours. Dans cette délimitation, il convient de
souligner le potentiel des Droits de l Homme à la croisée des chemins à partir de
leur production sociale et de leur capacité à définir l espace politique et celui de
l humanité. Cela arrive à travers l intersection de la souveraineté et de la
biopolitique, au fur et à mesure que les limites du droit sont dépassées et que de
nouveaux domaines de la vie et de la société sont atteints. Cela implique de
reformuler les questions autour de la normativité, de la force et de la réalisation des
Droits de l Homme. Enfin, les tensions de ces droits sont questionnées face aux
relations sociales et aux compositions du pouvoir dans le scénario politique actuel.
|
Page generated in 0.0458 seconds