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[en] THE SOCIAL AND THE METPAHYSICAL: TARDE AND SIMODON / [pt] O SOCIAL E A METAFÍSICA: TARDE E SIMONDON

ADAMO BOUÇAS ESCOSSIA DA VEIGA 30 November 2016 (has links)
[pt] O presente trabalho se pretende pensar o social a partir de um ponto de vista metafísico, entendendo-se aqui o termo como uma solução de continuidade entre o humano e a natureza. A incomensurabilidade ontológica absoluta entre o homem e o cosmo – inaugurada na modernidade – nos leva a diversos problemas sociais, éticos, ambientais e políticos na medida em que serve como justificativa teórica e prática para a devastação do meio ambiente. Por outro lado, o dualismo natureza e cultura é análogo a disjunção parte-todo que dominou o pensamento sociológico até o século passado, sendo esta igualmente problemática na medida em que, por um lado, o predomínio do Todo nos leva a posturas fascistizantes e, pelo outro, uma postura centrada no predomínio absoluto do indíviuo nos leva ao neoliberalismo. Em ambos, temos o predomínio dos termos sobre as relações, sendo a disjunção colocada como um a priori intransponível. O que pretendemos é uma análise social que supere estes binarismos: primeiramente, através de uma continuidade entre o homem e a natureza, e, em segundo lugar, pela destituição da disjunção parte-todo. Sendo assim, nos voltamos para o pensamento de Gilbert Simondon e Gabriel Tarde, procurando articulá-los em uma metafísica do social que exclua a dicotomia entre parte e todo e natureza e cultura. Simondon realiza um percurso da física à sociedade humana, estabelecendo um contínuo entre eles na sua teoria da individuação; Tarde, por outro lado, expande o conceito de sociedade para toda a natureza, realizando o movimento oposto ao de Simondon. Trata-se de uma via de mão dupla, cuja complementariedade será o objeto do presente trabalho. / [en] The present work intends to think the social through a metaphysical point of view, understanding metaphysics as a solution of continuity between human (and culture) and Nature. The absolute ontological incommensurability between both – created in the modernity – leads us to diverse social, ethical, environmental and political problems inasmuch as it works as a theoretical and practical justification to the environmental devastation. By other side, the nature-culture dualism is analogous to the part-whole disjunction that has dominated the social thought until the last century, being that equally problematic as long as, by one side, the prevail of the Whole lead us to fascistic postures and, by other, a posture centered in the absolute prevail of the individual leads us to neoliberalism. In both cases, we have the prevail of the terms on the relations, being the disjunction given as an insurmountable a priori. What we intend to do is a social analysis that goes beyond those binarisns: first, through a continuity solution between Man and Nature and, secondly, by the destitution of the part-whole disjunction. Therefore, we will recur to the thought of Gilbert Simondon and Gabriel Tarde, looking to articulate both in a metaphysics of the social that excludes the part-whole and human-nature dichotomy. Simondon goes from the physics to the human society, making a continuum between them in his individuation theory; Tarde, by his turn, expands the concept of society to the whole nature, making a opposite movement regarding Simondon. It is a double way, in which the complementarity will be the main object of the present work.
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[en] INTUITIONS IN CONTEMPORARY ANALYTIC PHILOSOPHY / [pt] INTUIÇÕES NA FILOSOFIA ANALÍTICA CONTEMPORÂNEA

ELAN MOISES MARINHO DA SILVA 25 May 2023 (has links)
[pt] Na filosofia analítica, os filósofos utilizaram por diversas vezes a palavra intuição. Ao estar diante de alegações como uma coisa é idêntica a si mesma e o bem não é o mal, um filósofo analítico provavelmente diz que elas parecem ser o caso, que são óbvias como ver a verdade diante de si, mas sem usar os olhos. Isto é, não parecemos usar de maneira relevante a percepção, o raciocínio ou a memória para obter conhecimento sobre tais alegações. Parece que usamos algo além. Diante disso, diversos filósofos analíticos optaram por dizer que obtemos conhecimento de tais fatos por meio da intuição. Mais recentemente, filósofos analíticos investigaram o que são intuições, se são confiáveis e se realmente possuem papel na atividade filosófica. Nesta dissertação, avalio o debate desses filósofos em busca de uma resposta para tais problemas, estruturando seus argumentos, esclarecendo suas evidências e as confrontando. Diante disso, chego a uma conclusão autoral quanto a tais problemas, fornecendo contribuições para trabalhos futuros sobre o tema. / [en] In analytic philosophy, philosophers have used the word intuition several times. Faced with claims like A thing is identical with itself and Good is not evil, an analytic philosopher is likely to say that they seem to be the case, that they are obvious as seeing the truth in front of you, but without use your eyes. That is, we do not seem to make relevant use of perception, reasoning, or memory to get knowledge about such claims. Looks like we used something else. Given this, several analytic philosophers have chosen to say that we get knowledge of such facts through intuition. More recently, analytic philosophers have investigated what intuitions are, whether they are reliable, and whether they actually play a role in philosophical activity. In this dissertation, I evaluate the debate of these philosophers in search of an answer to such problems, structuring their arguments, clarifying their evidence and confronting them. Therefore, I reach an authorial conclusion regarding such problems, providing contributions for future work on the subject.
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[pt] A ERA DAS PRECAUÇÕES: PRESERVAR É PRECISO PORQUE VIVER É PRECISO! / [es] LA EDAD DE LAS PRECAUCIONES: PRESERVAR ES NECESARIO PORQUE VIVIR ES NECESARIO!

GERSON STUMBO ROMAIN 19 October 2015 (has links)
[pt] Esta Dissertação de Mestrado da Área de Filosofia situa-se na Linha de Pesquisa de Filosofia e Questão Ambiental. A pesquisa concentra-se em dois núcleos, Ética e Metafísica, apresentando uma reflexão crítica sobre: (i) O período histórico em que vivemos, marcado pelo estrondoso perigo do caos ambiental; (ii) A necessidade de uma (nova) Ética que dê conta de (re)orientar o agir humano para enfrentar o novo cenário ecológico que se apresenta, para o qual as éticas tradicionais são insuficientes; (iii) A forma dessa nova ética: os princípios sobre os quais ela é construída, e o novo imperativo categórico que lhe resume; (iv) Por fim, a Fundamentação Metafísica que justifica as proposições éticas apresentadas, mostrando a sua racionalidade, de tal modo que a adesão a esta ética não seja motivada por crenças ou sentimentos, mas por uma necessidade de razão. Na parte final, a dissertação discute também a contribuição que o esvaziamento ontológico – promovido no pensamento contemporâneo sobretudo pelo evolucionismo darwinista, que acaba com a possibilidade de se falar em essências fixas – tem para o caos ético típico de uma sociedade niilista como a que vivemos. Todas as reflexões serão amparadas nas duas obras mais importantes do filósofo alemão Hans Jonas, a saber: O Princípio Vida (1966) e O Princípio Responsabilidade (1979). / [es] Esta Disertación de Maestria de la Area de Filosofía se encuentra en la Línea de Investigación de Filosofía y Cuestiones Ambientales. La investigación se centra en dos núcleos, Ética y Metafísica, presentando una reflexión crítica sobre: (i) El período histórico en el que vivimos, marcado por el peligro rotundo del caos ambiental; (ii) La necesidad de una (nueva) Ética que da cuenta de guiar la acción humana para abordar el nuevo escenario ambiental que se presenta, para los que las éticas tradicionales son insuficientes; (iii) La forma de esta nueva ética: los principios en que se construye y el nuevo imperativo categórico que la resume; (iv) Por último, la Fundación Metafísica que justifica las proposiciones éticas presentadas, mostrando su racionalidad, por lo que la adhesión a esta ética no está motivada por creencias o sentimientos, sino por una necesidad de razón. En la parte final, la disertación también analiza la contribución que la deflación ontológica – promovida en el pensamiento contemporáneo sobre todo por el evolucionismo darwiniano, que acaba con la posibilidad de hablar en esencias fijas - tiene para el caos ético típico de una sociedad nihilista como la que vivimos. Todas reflexiones se apoyarán en las dos obras más importantes del filósofo alemán Hans Jonas, a saber: El Principio Vida (1966) y El Principio Responsabilidad (1979).
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[pt] A PRESENÇA DO TIMEU DE PLATÃO NAS CONCEPÇÕES DE CRIAÇÃO E TEMPO EM AGOSTINHO: CONFISSÕES E COMENTÁRIOS AO GÊNESIS / [en] THE PRESENCE OF PLATO S TIMAEUS IN THE CONCEPTIONS OF CREATION AND TIME IN AUGUSTINE: CONFESSIONS AND COMMENTARIES ON GENESIS

HELTON PIMENTA FERNANDES 07 January 2021 (has links)
[pt] A presença do Timeu de Platão nas concepções de Criação e tempo nas Confissões e nos Comentários ao Gênesis de Agostinho pode ser percebida sob três aspectos: na questão sobre a partir do que o Cosmo é feito, a (chora) no Timeu e a creactio ex nihilo em Agostinho; na questão sobre como o universo foi feito, ou seja, o problema da mediação entre as Ideias e o mundo sensível, o papel do (demiourgos) no Timeu e do Verbum nas Confissões e Comentários ao Gênesis; e, por fim, a questão sobre como isto que foi feito, o Cosmo, tem como característica intrínseca ser temporal, tanto no Timeu como em Agostinho. Nesta dissertação propomos estes três aspectos no Timeu, nas Confissões e nos Comentários ao Gênesis de Agostinho. A dissertação se insere no contexto de encontro e síntese entre a filosofia greco-romana e da tradição judaico-cristã no que se refere à criação do Cosmo. / [en] The presence of Plato s Timaeus in the conceptions of Creation and time in Augustine s Confessions and Commentaries on Genesis can be perceived in three aspects: first, the question whether or not the Cosmos was made from a pre-existing matter, the concept of (chora); in Timaeus and creactio ex nihilo in Augustine; then, on the question about how the Universe was made, that is, the problem of mediation between Ideas and the sensitive world, the role of (demiourgos) in Timaeus and Verbum in Confessions and Commentaries on Genesis. Finally, the question of how the Cosmos is essentially temporal in Timaeus and Augustine. In this dissertation we researched these three aspects in Timaeus, and Augustine s Confessions and Commentaries on Genesis. The historical context of the research is the encounter and synthesis between the Greco-Roman philosophy and the Judeo-Christian tradition regarding the creation of the Cosmos.
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[pt] A PALAVRA INTEGRADORA: O MITO NA POESIA DE ORIDES FONTELA / [en] THE INTEGRATIVE WORD: THE PRESENCE OF MYTH IN ORIDES FONTELA POETRY

ALLAN ALVES DE SOUZA 17 June 2021 (has links)
[pt] Orides Fontela (1940-1998) publicou cinco livros de poesia: Transposição (1969); Helianto (1973); Alba (1983); Rosácea (1986) e Teia (1996). Formou-se em Filosofia pela USP em 1972. A densa estrutura do poema de Orides comporta, através do diálogo com a filosofia, um dos contornos mais fecundos de sua produção. Por meio dessas intersecções, pretendemos investigar um aspecto específico da poesia oridiana: a presença do mito. Para isto, buscaremos pensar a recorrência de temas míticos que a compõem. A partir das análises de sua Poesia Reunida (2015), consideramos tais temas podem ser abarcados em quatro grandes complexos temáticos: Aurora, Ananke, Kairós e Eros. Cada capítulo se propõe a compreender, enquanto percurso, as relações entre os poemas e tais imagens míticas e filosóficas. No último capítulo, intentamos explorar, a partir de seus textos em prosa: [s]obre poesia e filosofia: um depoimento (2018) e Poética: uma – despretensiosa – minipoética (2019) que tipo de poesia de pensamento intentou a autora. Por fim, os anexos desta dissertação contam com um poema inédito e um ensaio raro encontrados nos arquivos da poeta. / [en] Orides Fontela (1940-1998) published five poetry books: Transposição (1969); Helianto (1973); Alba (1983); Rosácea (1986), and Teia (1996). She graduated in Philosophy from Universidade de São Paulo in 1972. The dense structure of oridian poems constructs, through dialogue with philosophy, one of the most fruitful characteristics of her production. Provided that, we intend to investigate a specific aspect of oridian poetry: the presence of myth. To do so, we will try to conceive about the recurrence of mythical themes that compose her work. In analysis of her Poesia Reunida (2015), we consider that such themes can be covered in four thematic complexes represented by the mythical figures of Aurora, Ananke, Kairós, and Eros. All those figures have a plural aspect in the western philosophical and cultural tradition. In the last chapter, we tried to explore her articles Sobre poesia e filosofia: um depoimento (2018) and Poética: uma – despretensiosa – minipoética (2019) searching the relations that her work establishes with the theories of myth by Roberto Calasso (absolute literature) and Ernst Cassirer (symbolic forms). Finally, in the attachments, we present a rare text about ethics and an unpublished poem found in her archives.
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[pt] A NATUREZA NÃO DIVINA DE EROS NO DISCURSO SOCRÁTICO: UMA LEITURA DO BANQUETE DE PLATÃO / [en] THE NON-DIVINE OF EROS ON THE SOCRATIC DISCOURSE: A READING ON PLATO S SYMPOSIUN

ANA FLAVIA COSTA ECCARD 21 August 2015 (has links)
[pt] O presente trabalho objetiva mostrar a natureza não divina de Eros no discurso socrático, a partir da leitura interessada e exclusiva do Banquete de Platão, obra em que o referido autor se concentra no tema do amor. Trata-se de uma sucessão de elogios feitos pelos convivas presentes no evento social, que acaba por descrever a sociedade ateniense; temos o cômico, o trágico, o médico, o filósofo, entre outros, refletindo assim a construção do discurso filosófico a partir dos discursos que o antecedem. Há, portanto, uma filtragem em que Sócrates aproveita ou não alguns aspectos dos discursos anteriores para formatar o seu elogio. Para chegar a tal hipótese, passamos pela análise da concepção grega do amor centrada na questão da pederastia, pela investigação dos vários discursos que correspondem às várias faces do amor, e, por fim, chegamos ao ponto principal, que é a não divindade do Eros para a filosofia, ou ainda, que o Eros não possa ser divino por sua natureza filosófica. Se o divino possui conhecimento e é perfeito, então ele não é condizente com o desejo e a busca filosófica pelo que lhe falta. Porém, ele também não é mortal, mas emana uma força que influencia o mortal. O exercício da filosofia condiciona-se pelo exercício erótico, o Eros que possibilita a atividade da filosofia, a busca de nova perspectiva no comum que está diante de nós, mas sobre o qual não nos debruçamos para refletir e questionar. Eros acende a chama do saber na alma humana, e sem a vontade de saber, a filosofia não é. / [en] This work aims to analyze the non-divine nature of Eros in the Socratic discourse from the reading of Plato s Symposiun, a work in which the author focuses on the theme of love. It is a succession of compliments made by the present guests at the social event of the symposium, which ends describing the Athenian society. There are the lover of oratory, the general, the doctor, the comedian, the tragediography, among others, so that the construction of the philosophical discourse is generated of discourses that precede it.There is, therefore, a filter in which Socrates takes or not some aspects of his previous speeches to format his compliment. In order to reach this hypothesis, we begin by analyzing the Greek conception of love centered on the issue of pederasty; we investigate the various discourses that correspond to the various faces of love; and, finally, we reach the main point which is the non-divinity of Eros according to philosophy. Eros cannot be considered divine due to his philosophical nature. If the divine has knowledge and is perfect, then it is does not match the desire and the philosophical search to what it lacks. But, he is not mortal also: he emanates a force that influences the mortal. The exercise of philosophy is conditioned by the erotic exercise, the Eros that enables the activity of philosophy, the quest of a new perspective in common which stands before us, but on which we concentrate not to reflect and question. Eros kindles the flame of knowledge in the human soul, and without the will to know, philosophy is not.
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[en] ON HOMOIOSIS THEOI: COSMOLOGY, EVOLUTION AND ETHICS / [pt] SOBRE A HOMOIOSIS THEOI: COSMOLOGIA, EVOLUÇÃO E ÉTICA

JOSE RICARDO DE ALMEIDA TORREAO 25 September 2013 (has links)
[pt] Esta dissertação explora alguns aspectos da homoiosis theoi, o ideal de assimilação a deus defendido por Platão em vários dos seus diálogos, em especial no Teeteto e no Timeu. No Teeteto, Sócrates afirma: Daqui nasce para nós o dever de procurar fugir o quanto antes daqui para o alto. Ora, fugir dessa maneira é tornar-se o mais possível semelhante a Deus; e tal semelhança consiste em ficar alguém justo e santo com sabedoria. A assimilação a deus é então claramente apresentada como uma rota de fuga, mas também como um guia para a transformação moral. Ambos os aspectos são considerados no presente trabalho, que articula a noção da homoiosis theoi com a narrativa evolucionária associada ao mito da criação do Timeu. Segundo a nossa leitura, o retorno das almas justas às suas estrelas nativas, com cuja possibilidade o Timeu nos acena, poderia identificar-se à homoiosis theoi, configurando uma das transições admissíveis do processo evolucionário descrito no diálogo. A assimilação de cada alma individual a deus, equiparando-se à sua ascensão para a contemplação do Bem, estaria associada ao imperativo do seu retorno para a educação moral da sociedade. Em se provando bem-sucedido, este esforço educativo conduziria à consumação coletiva da homoiosis theoi: a elevação de toda a humanidade à comunhão com as estrelas. Assim incorporada a um plano de fundo evolucionário, a noção platônica da assimilação a deus mostra-se significativamente consistente com especulações contemporâneas sobre o papel e o destino cósmicos da humanidade, em particular com o chamado princípio antrópico final. Abre-se também a possibilidade de uma comparação com sistemas de perfectibilidade humana fundados sobre a teoria da evolução darwiniana. / [en] This dissertation explores some aspects of homoiosis theoi, the ideal of assimilation to god propounded by Plato in several of his dialogues, particularly in the Theaetetus and in the Timaeus. In the Theaetetus, Socrates states: That is why a man should make all haste to escape from earth to heaven; and escape means becoming as like God as possible; and a man becomes like God when he becomes just and pious with understanding. The assimilation to god is thus clearly presented as an escape route, but also as a guide for moral transformation. Both aspects are considered in our work, which articulates the idea of homoiosis theoi with the evolutionary account associated with the creation myth of Timaeus. Our reading suggests that the return of the just souls to their native stars, whose possibility is affirmed by the Timaeus, could be identified as homoiosis theoi, thus constituting one of the admissible transitions in the evolutionary process described in the dialogue. The assimilation of each individual soul to god, being equivalent to its ascension for contemplating the Good, would be associated to the imperative of its descent for the moral education of society. Proving itself successful, such educational effort would lead to a collective fulfillment of homoiosis theoi: the elevation of all humankind to a communion with the stars. Thus incorporated into an evolutionary backdrop, the platonic assimilation to god proves significantly consistent with modern speculations about humankind’s cosmic role and destiny, especially with the so-called final anthropic principle. The possibility also presents itself of a comparison with human perfectibility systems based on Darwin’s evolutionary theory.
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[pt] A RETÓRICA DA VERDADE SOCRÁTICA / [en] THE SOCRATIC RETHORIC OF THRUTH

JULIA GALVANHO MYARA 23 March 2021 (has links)
[pt] A partir da análise do texto Apologia de Sócrates de Platão, pretendo sustentar, com o apoio de uma rede de comentadores, o emprego que o personagem Sócrates faz de estratégias clássicas da retórica forense. Contudo, para além de uma mera apropriação genérica de tal retórica, o presente trabalho busca corroborar a tese que afirma uma forte relação entre a retórica na Apologia de Sócrates e a retórica na Apologia de Palamedes, de Górgias. A partir de uma análise de ambos os textos e do estabelecimento de suas possíveis relações, correspondentes aos capítulos dois e três desta pesquisa, dedico o capítulo seguinte à compreensão do que seria o discurso retórico para ambos os autores. Por um lado, o diálogo Górgias, de Platão, é utilizado como fonte para o possível posicionamento do filósofo acerca da questão da arte retórica, associada no caso à retórica sofística. Por outro, o Elogio de Helena, de Górgias, é o registro do sofista sobre o poder e o uso da linguagem. Tais textos são incluídos na pesquisa com o objetivo de esclarecer o pensamento de filósofos e sofistas, representados nessa análise de caso por Platão e Górgias, acerca da função dos discursos. Por fim, através do estudo empregado nos capítulos anteriores, procuro evidenciar no quinto capítulo que a retórica de verdade de Sócrates só é possível devido a uma relação diferenciada que o filósofo possui com sua própria mortalidade. A partir disso, este estudo pretende defender que a relação do filósofo com a retórica é possível sem que a mesma seja uma contradição entre comportamentos e valores. / [en] Through the analysis of Socrates Apology from Plato, I intent to support, based on a group of scholars, the use that the Socrates character does of classic forensic rhetorical strategies. Although, beyond a mere appropriation of the rhetoric in question, the following dissertation aims to corroborate the thesis that sustains a strong relation between the rhetoric in Socrates Apology and the one in Palamedes Apology, from Gorgias. Through an analysis of both texts and establishing their relations, done in the chapters 2 and 3 of this research, I dedicate the following chapter to the understanding of what would be the rhetorical discourse for both authors. In one side, the dialog Gorgias, from Plato, is used as source for the author s position regarding the rhetorical art, associated in this case with the sophistic rhetoric. On the other side, the Encomium of Helen, from Gorgias, is his statement on the power and usage of language. Such works are included in this research with the object of illuminating the thought of philosophers and sophists, represented in this study by Plato and Gorgias, regarding the function of discourse. In the end, through the study in the previous chapters, I aim to show that the rhetoric of truth from Socrates is only possible due to a different relationship that the philosopher has with his own mortality. With this, this dissertation aims to defend that the philosopher s relation with rhetoric is possible without it being a contradiction between behaviors and values.
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[pt] A NEGATIVIDADE DO POSITIVO: AFIRMAÇÃO E NEGAÇÃO EM DELEUZE / [en] THE NEGATIVITY OF THE POSITIVE: AFFIRMATION AND NEGATION IN DELEUZE

GABRIEL PRADO RODRIGUES 06 November 2020 (has links)
[pt] O presente trabalho tem por objetivo pensar o lugar do conceito de negatividade no interior da filosofia de Gilles Deleuze, frequentemente alcunhado como filósofo da afirmação. Conceitos como alegria e positividade foram utilizados na constituição de um cânone da alegria interpretativo, conforme a denominação de Andrew Culp, que confunde a primazia deleuziana da afirmação, como índice de univocidade ou imanência de uma diferença transcendental subjacente ao ser, com a exclusão irrestrita de todo elemento negativo de seu sistema. Nesse panorama, nossa pretensão é dupla: por um lado, partindo da definição geral do conceito deleuziano de univocidade, demonstrar de que modo as interpretações indicadas, ditas afirmacionistas, ao negligenciarem, em Deleuze, um sentido específico de negatividade, atinente ao seu conceito de criação, reproduzem um certo sentido de dogmatismo, enfaticamente criticado pelo autor. A figura tomada por Deleuze, nessas interpretações, arrisca ser, ela mesma, tornada mais um dos avatares do que o autor chamou de senso comum filosófico. Por outro lado, tentamos definir uma primeira forma de concepção dessa chamada negatividade, o que inclui esforços conceituais distintos. Primeiro, a exposição de leituras que também concebem, em Deleuze, espaço para o negativo; segundo, a tematização da relação entre Deleuze e Hegel, filósofo paradigmático da negatividade e objeto constante de críticas deleuzianas; terceiro, finalmente, a proposta de um conceito inicial de negatividade, oriundo da análise do que diz o autor, nomeadamente, sobre o termo. Um tal conceito deve basear-se no reconhecimento do primado ético da negação, enquanto vetor de orientação prática de um indivíduo situado do ponto de vista da atualidade do tempo presente, em oposição ao primado ontológico da afirmação, manifesto na compreensão da diferença como forma ou fundamento transcendental da experiência. / [en] The present work aims to think about the place of the concept of negativity within the philosophy of Gilles Deleuze, often nicknamed as a philosopher of affirmation. Concepts such as joy and positivity were used in the constitution of an interpretive canon of joy, according to Andrew Culp s denomination, which confuses Deleuzian primacy of afirmation, as an index of univocity or immanence of a transcendental difference underlying being, with an unrestricted exclusion of every negative element from his system. In this sense, our pretension is twofold: on the one hand, starting from the general definition of the concept of univocity, to demonstrate in which way the indicated interpretations, called affirmationists, by neglecting, in Deleuze, a specific sense of negativity related to his concept of creation, reproduce a certain sense of dogmatism, emphatically criticized by the author. The figure taken by Deleuze, in these interpretations, risks being itself made one of the avatars of what the author called philosophical common sense. On the other hand, we try to define a first way of conceiving this so-called negativity, what includes different conceptual efforts. First, an exhibition of readings that also conceive, in Deleuze, space for the negative; second, the thematization of the relationship between Deleuze and Hegel, the paradigmatic philosopher of negativity and constant object of Deleuzian criticism; third, finally, a proposal for an initial concept of negativity, derived from the analysis of what the author directly says regarding to the term. Such a concept must be based on the recognition of an ethical primacy of negation, comprehended as a vector for the practical orientation of an individual situated from the point of view of present time s actuality, as opposed to the ontological primacy of affirmation, manifest in the comprehension of difference as a transcendental form or foundation of experience.
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[it] INFIRMITAS. NICHILISMO, NULLA,NEGAZIONE / [pt] INFIRMITAS. NIILISMO, NADA, NEGAÇÃO

ROSARIO PECORARO 23 November 2006 (has links)
[pt] As relações entre niilismo, nada, negação. A enfermidade (infirmitas), que parece atravessar a Civilização Ocidental, e as (vãs) tentativas de cura mediante um movimento ancípite e incessante de (im)posição/substituição. O tremor originário diante do nada; as tentativas de anulá-lo, de neutralizar a sua potência; as irrupções do nihil na história do pensamento, o resgate da seu sentido em alguns, significativos, momentos da filosofia contemporânea. O niilismo considerado não apenas como fenômeno histórico, ligado à Modernidade e à sua crise. A negação - e um seu novo sentido seu - que não se reduza, apenas, sempre já, à indicação de uma outra positividade. A aporia da não-afirmação não excludente; alguns traços estéticos. Esse é o mapa, impreciso e inquietante, que orienta a nossa tese; que se delineia e se desenvolve a partir de um horizonte contemporâneo (obras, autores, interlocutores, questões...), no qual estamos inseridos e pelo qual somos de contínuo provocados, e em um decisivo, inevitável, confronto com alguns dos grandes topoi do pensamento ocidental. / [it] Le relazioni tra nichilismo, nulla, negazione. L´infermità (infirmitas) che sembra attraversare la Civiltà Occidentale e i (vani) tentativi di cura attraverso un movimento ancipite e incessante di (in)posizione/sostituzione. Il timore originario di fronte al nulla; i tentativi di annullarlo, de neutralizzare la sua potenza; le irruzioni del nihil nella storia del pensiero occidentale; il riscatto del suo senso in alcuni, significativi momenti della filosofia contemporanea. Il nichilismo considerato non appena un fenomeno storico, legato alla Modernità e alla sua crisi. La negazione - e un suo nuovo senso - che non si riduca, appena, ancora una volta, a una mera indicazione di un´altra positività. L´aporia della nonaffermazione non escludente; alcuni tratti estetici. É questa la mappa, imprecisa e inquietante, che orienta la nostra tesi; che si delinea e si sviluppa in un orizzonte contemporaneo (opere, autori, interlocutori, questioni...) nel quale siamo inseriti e dal quale siamo sempre provocati, e mediante un decisivo, inevitabile, confronto con alcuni dei grandi topoi del pensiero occidentale.

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