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Incontinências urinária e fecal e constipação intestinal em pacientes hospitalizados: prevalência e fatores associados / Urinary and fecal incontinence and intestinal constipation in hospitalized patients: prevalence and associated factors.

Betteloni, Jaqueline 15 March 2017 (has links)
Introdução: A ocorrência das diferentes incontinências e da constipação intestinal (CI), de forma isolada ou concomitante, não é pouco frequente no ambiente hospitalar. Esses problemas de saúde ainda são pouco investigados e os estudos com pacientes hospitalizados são escassos. Conhecer sua prevalência e fatores associados em pacientes hospitalizados é necessário para promover a sensibilização dos profissionais de saúde sobre a importância dessas necessidades passíveis de intervenções durante o período da internação. Objetivo: Identificar e analisar a prevalência das incontinências urinária (IU) e fecal (IF), de forma isolada e combinada, e da CI e as variáveis sociodemográficas e clínicas associadas às suas ocorrências em pacientes hospitalizados. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, transversal, analítico e descritivo, onde a amostra do estudo foi composta de 345 pacientes adultos e idosos hospitalizados no Hospital Universitário da USP. Os dados foram coletados por meio de entrevista, exame físico e registros de prontuários, utilizando-se os seguintes instrumentos: questionário de dados Sociodemograficos e Clínicos, Características das Perdas Urinárias, International Consultation on Incontinence Questionnaire - ICIQ-SF, Hábito Intestinal na População Geral e o Índice de Incontinência Anal IIA. A prevalência dos eventos estudados foi levantada quatro vezes (prevalência-ponto), em um único dia, nos meses de março, abril, maio e junho, sempre no mesmo dia do mês, de forma a atender o tamanho amostral para a análise dos fatores associados. Os dados foram analisados utilizando-se os testes qui-quadrado e Fisher para as variáveis categóricas, os testes t-student e Mann-Whitney para as variáveis numéricas, além de regressão logística (forward stepwise) para a identificação de fatores associados. Resultados: Obtiveram-se as seguintes prevalências: 22,9% para IU (28% para mulheres e 16,1% para homens); 7,9% para IF (9,4% para mulheres e 6% para homens); 4,7% para incontinência combinada (IC) (7,3% para mulheres e 1,4% para homens) e 14,9% para CI (15% para mulheres e 14,7% para homens). Dentre as incontinências, conseguiu-se detectar fatores associados somente para a IU: sexo feminino (OR=3,89; IC95% 1,899-7,991); idade (OR=1,03; IC95% 1,019-1,054); asma (OR=3,66; IC95% 1,302-10,290); estar em uso de laxantes (OR=3,26; IC95% 1,085-9,811); o uso de fralda no momento da avaliação (OR=2,75; IC95% 1,096-6,908); o uso de fralda em casa (OR=10,29; IC95% 1,839-57,606) e o uso de fralda em algum momento da internação (OR=6,74; IC95% 0,496-91,834). Especificamente para o sexo feminino, as variáveis associadas à IU foram: idade (OR=1,03; IC95% 1,017-1056); Diabetes Mellitus (OR=2,59; IC95% 1,039-6,489); asma (OR=4,92; IC95% 1,460-16,588) e número de partos (OR=1,27; IC95% 1,064-1,522). Os fatores que apresentaram associação com a CI foram: anos de estudo (OR=0,91; IC95% 0,856-0,985) e estar em uso de laxantes (OR=8,08; IC95% 3,387-19,282). Conclusão: Os valores de prevalência encontrados no presente estudo, assim como os fatores associados, foram similares aos achados de estudos epidemiológicos nacionais e internacionais realizados com população geral, porém distintos daqueles oriundos da escassa literatura internacional existente sobre o tema para adultos e idosos hospitalizados. Estudos longitudinais fazem-se necessários para a confirmação das relações encontradas entre as variáveis estudadas, contribuindo para o diagnóstico mais acurado da causalidade dessas condições e, portanto, o estabelecimento de medidas mais eficazes de prevenção e tratamento das incontinências e da CI no cenário hospitalar. / Introduction: The occurrence of different incontinences and intestinal constipation (IC), alone or concomitantly, is not uncommon in the hospital setting. These health problems are still poorly investigated and studies of inpatients are scarce. Knowing their prevalence and associated factors in hospitalized patients is necessary to promote the awareness of health professionals about the importance of these possible interventional needs during the period of hospitalization. Objective: To identify and to analyze the prevalence of urinary (UI) and fecal incontinence (FI), in an isolated and combined manner, and IC, and sociodemographic and clinical variables associated with their occurrences in hospitalized patients. Methods: This is an observational, cross-sectional, analytical and descriptive epidemiological study, where the study sample consisted of 345 adult and elderly patients hospitalized at University Hospital of USP. The data were collected through interviews, physical examination and medical records, using the following instruments: Sociodemographic and Clinical Data, Characteristics of Urinary Loss, International Consultation on Incontinence Questionnaire - ICIQ-SF, Intestinal Habit of the General Population and the Anal Incontinence Index - IIA. The prevalence of the events studied was raised four times (point-prevalence) in a single day in March, April, May and June, always on the same day of each month, in order to meet the sample size for the analysis of the factors associated. Data were analyzed using chi-square and Fisher tests for categorical variables, t-student and Mann-Whitney tests for numerical variables, and logistic regression for the identification of associated factors. Results: The following prevalences were obtained: 22.9% for UI (28% for women and 16.1% for men); 7.9% for FI (9.4% for women and 6% for men); 4.7% for combined incontinence (CI) (7.3% for women and 1.4% for men) and 14.9% for IC (15% for women and 14.7% for men). Among the incontinences, it was possible to detect factors associated only for UI: female gender (OR=3.89; IC95% 1,899- 7,991); age (OR=1.03; IC95% 1.019-1.054); asthma (OR=3.66; IC95% 1.302-10.290); being in use of laxatives (OR=3.26; IC95% 1.085-9.811); The use of the diaper at the time of evaluation (OR=2.75; IC95% 1.096-6.908); The use of diapers at home (OR=10.29; IC95% 1,839-57,606) and the use of diapers at some time of hospitalization (OR=6.74; IC95% 0.496- 91.834). Specifically for females, the variables associated with UI were: age (OR=1.03; IC95% 1.017-1056); Diabetes Mellitus (OR=2.59; IC95% 1.039-6.489); asthma (OR=4.92; IC95% 1,460-16,588) and number of deliveries (OR=1.27; IC95% 1.064-1.522). The factors that showed association with IC were: years of study (OR=0,91; IC95% 0,856-0,985) and being in use of laxatives (OR=8,08; IC95% 3,387-19,282). Conclusion: The prevalence values found in the present study as well as the associated factors were similar to the findings of National and International epidemiological studies conducted with the general population. But they were quite different from those of the scarce existing International literature for hospitalized adults and elderly people. Longitudinal studies are necessary to confirm the relationships found between the studied variables, contributing to a more accurate diagnosis of the causality of these conditions and, therefore, the establishment of more effective measures of prevention and treatment of incontinence and IC in the hospital setting.
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Obesidade, saúde metabólica e sua associação com a espessura íntima-média carotídea e calcificação coronariana / Obesity, metabolic health and their association with carotid intima-media thickness and coronary calcification

Quintino, Carla Romagnolli 31 January 2019 (has links)
Introdução: A obesidade aumenta o risco da presença de alterações metabólicas, o que contribui para um elevado risco cardiovascular. No entanto, o papel independente da obesidade na gênese da aterosclerose e da doença cardiovascular ainda é controverso. Diversos estudos identificaram indivíduos que apresentam um fenótipo de obesidade sem alterações metabólicas, conhecida como \"obesidade metabolicamente saudável\" (ObMS). Como a definição de ObMS é variável, sua prevalência não é bem definida. A espessura íntima-média carotídea (EIMC) e a calcificação arterial coronariana (CAC) são considerados marcadores precoces de aterosclerose subclínica Apesar de estudos prévios terem avaliado a associação entre índice de massa corporal (IMC) e EIMC e entre IMC e CAC, o papel independente da obesidade, particularmente em indivíduos metabolicamente saudáveis não está claro. Objetivos: Avaliar se a obesidade, independentemente dos fatores de risco cardiovascular, está associada à maior EIMC e à maior CAC. Calcular a prevalência de ObMS utilizando uma definição estrita de saúde metabólica. Métodos: Este estudo é uma análise transversal dos dados da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). O indivíduo foi classificado como tendo ObMS se tivesse o IMC >=30 kg/m2 e não tivesse nenhum dos componentes da síndrome metabólica, excluindo-se o critério da circunferência abdominal. Resultados: A análise com EIMC incluiu 10.335 participantes e a análise com CAC incluiu 4.320 participantes. A prevalência de obesidade foi de 21,2% (n=2.191) na análise com EIMC e de 24,3% (n=1.050) na análise com CAC. Com uma definição estrita, a prevalência de ObMS foi de 5,6% na análise com EIMC e 5,5% na análise com CAC. A estratificação dos indivíduos de acordo com a saúde metabólica, evidenciou que os indivíduos metabolicamente saudáveis eram mais jovens, predominantemente mulheres e que tinham menor circunferência abdominal. A maioria dos indivíduos com ObMS tinha obesidade grau 1 (84,7% na análise com EIMC e 82,8% na análise com CAC) e raramente tinham obesidade grau 3 (3,2% na análise com EIMC e 5,2% na análise com CAC). A obesidade abdominal foi presente em mais de 99% dos indivíduos obesos. A análise com EIMC evidenciou que a EIMC média da amostra foi de 0,81 mm (±0,20). A EIMC média da subamostra metabolicamente saudável foi de 0,70 (±0,13) mm nos indivíduos não obesos e de 0,76 mm (±0,13) nos obesos (p < 0,001). A EIMC média da subamostra metabolicamente não saudável foi de 0,81 (±0,20) mm nos indivíduos não obesos e de 0,88 mm (±0,20) nos obesos (p < 0,001). Estes achados se mantiveram inalterados mesmo após o ajuste multivariado para possíveis variáveis de confusão. A análise com CAC (CAC=0 versus CAC > 0) não evidenciou diferença significativa de calcificação coronariana nos indivíduos obesos, metabolicamente saudáveis ou não, em relação aos não obesos. Conclusão: Utilizando-se uma definição estrita, a prevalência de ObMS é menor do que 6%. O conceito de obesidade metabolicamente saudável, mesmo utilizando-se uma definição estrita, parece inadequado, visto que nesta população, a obesidade está associada com valores mais elevados de EIMC. Na análise com CAC não evidenciamos diferença estatisticamente significativa / Introduction: Obesity increases the risk of metabolic abnormalities, which contributes to elevated cardiovascular risk. However, the independent role of obesity in the development of atherosclerosis and cardiovascular disease is still debatable. Several studies identified individuals with an obesity phenotype without metabolic abnormalities: \"metabolically healthy obesity\" (MHO). Since the definition of MHO is variable, the prevalence of MHO varies widely. Carotid intima-media thickness (CIMT) and coronary artery calcification (CAC) are considered early markers of subclinical atherosclerosis. Although previous studies have evaluated the association between body mass index (BMI) and CIMT and between BMI and CAC, the independent role of obesity, particularly in metabolically healthy subjects, is still unclear. Objectives: This study sought to evaluate whether obesity, regardless of cardiovascular risk factors, is associated with higher CIMT levels and higher CAC. We also sought to calculate MHO prevalence using a strict definition of metabolic health. Methods: This is a cross-sectional analysis of the baseline data of Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil). MHO was defined as BMI >=30 kg/m2 and none of metabolic syndrome components, excluding waist circumference criterion. Results: EIMC analysis included 10,335 subjects and CAC analysis 4,320 subjects. Obesity prevalence was 21.2% (n=2,191) in EIMC analysis and 24.3% (n=1,050) in CAC analysis. This study showed a prevalence of MHO: 5.6% (n=124) in EIMC analysis and 5.5% (n=58) in CAC analysis. When individuals were stratified according to the presence of metabolic health, we found that metabolically healthy subjects were younger, more likely to be women and had lower waist circumference. Most of the MHO subjects had grade 1 obesity (84.7% in EIMC analysis and 82.8% in CAC analysis) and rarely had grade 3 obesity (3.2% in EIMC analysis and 5.2% in CAC analysis). Abdominal obesity was present in more than 99% of obese subjects. EIMC analysis showed that mean CIMT of the sample was 0.81 (±0.20). The mean CIMT of metabolically healthy subsample was 0.70 (±0.13) in non-obese and 0.76 (±0.13) in obese (p < 0.001). The mean CIMT of metabolically unhealthy subsample was 0.81 (±0.20) in non-obese and 0.88 (±0.20) in obese (p < 0.001). Those findings remained essentially unchanged after multivariate adjustment for confounding. CAC analysis (CAC=0 versus CAC > 0) did not show a significant difference in coronary calcification in obese subjects, regardless metabolic status, when compared with non-obese subjects. Conclusion: Using a strict definition, the prevalence of MHO is below 6%. The concept of MHO, even with strict definition, seems inadequate, as even in this population obesity is associated with higher CIMT levels. CAC analysis did not show statiscally significant difference
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Prevalência de dor crônica e identificação de fatores associados em um segmento da população da cidade de São Paulo / Chronic pain prevalence and associated factors in a segment of the population of Sao Paulo City

Cabral, Dayane Maia Costa 07 May 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: A dor crônica é considerada a primeira causa de anos vividos com incapacidade no mundo e uma das razões mais comuns pela qual as pessoas procuram por atendimento médico. Estima-se que pessoas com dor crônica utilizam os serviços de saúde cinco vezes mais do que o restante da população. OBJETIVOS: Estimar a prevalência de dor crônica e identificar fatores associados em uma amostra de pessoas com 15 anos ou mais de idade de um segmento da cidade de São Paulo, Brasil. MÉTODO: Foi realizado um estudo de corte transversal. Do total de 1.108 indivíduos elegíveis, 826 (74.5%) foram selecionados para entrevistas face a face no período entre dezembro de 2011 e fevereiro de 2012. Os instrumentos utilizados para verificar características da dor crônica e problemas psicológicos associados à dor crônica foram: a Escala Graduada de Dor Crônica (EGDC), a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS), o teste de Fagerström para dependência de nicotina (FTND), o teste para identificação de problemas relacionados ao uso de álcool (AUDIT) e a Escala EuroQol-5D. RESULTADOS: A prevalência de dor crônica encontrada foi de 42% (intervalo de 95% de confiança 38,6% - 45,4%). Os participantes com dor crônica apresentaram uma média de 5,9 (DP 1,9) de intensidade da dor e dor relacionada à incapacidade de 4,1 (DP 3,2) em uma escala de 0 a 10. Dor persistente estava presente em 68,6% de todas as pessoas com DC e 32,8% da amostra apresentou dor de alta intensidade ou alta interferência (EGDC II, III e IV). A qualidade de vida foi significativamente pior entre as pessoas com dor crônica. Os seguintes fatores foram independentemente associados com dor crônica: sexo feminino, pessoas com 30 anos ou mais de idade, ter quatro anos ou menos de estudo, sintomas consistentes com ansiedade e atividade intensa durante a ocupação principal. CONCLUSÕES: Neste estudo a dor crônica foi altamente prevalente e apresentou um considerável impacto sobre a qualidade de vida. Fatores demográficos, socioeconômicos e psicológicos foram independentemente associados com esta condição / Introduction: Chronic pain is considered the leading cause of years lived with disability worldwide and one of the most common reasons why people seek medical attention. It is estimated that people with chronic pain use health services five times more than the rest of the population. Objectives: To estimate the prevalence of chronic pain and to identify associated factors in a sample of persons aged 15 or older from a segment of Sao Paulo City, Brazil. Methods: A cross-sectional study was conducted between December 2011 and February 2012. A total of 1,108 eligible individuals were selected and face to face interviews were performed with 826 participants (74.5%) between December 2011 and February 2012. Chronic Pain Grade (CPG), Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), Fagerström Test Nicotine Dependence (FTND), Alcohol use disorders identification (AUDIT), and EuroQol-5D were used to verify chronic pain characteristics and associated signs of psychological distress. Results: A prevalence of 42% (95% confidence interval 38.6% - 45.4%) was observed for chronic pain. Participants with chronic pain had an average pain intensity of 5.9 (SD 1.9) and a pain-related disability of 4.1 (SD 3.2) on a 0-10 scale. Persistent pain was present in 68.6% of those with chronic pain and 32.8% of the population sample had high-intensity or high-interference pain (CPG II, III and IV). Quality of life was significantly worse among the chronic pain persons. The following factors were independently associated with chronic pain: female sex, age 30 years or older, four or less years of education, symptoms consistent with anxiety, and intense physical strain. Conclusions: In this study, chronic pain was highly prevalent and had a considerable impact on health-related quality of life. Demographic, socioeconomic and psychological factors were independently associated with this condition
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Estudo seccional sobre o espectro clínico e imunológico da infecção humana por Leishmania (L.) i. chagasi na Amazônia brasileira / A cross study on the clinical and immunological spectrum of human Leishmania (L.) i. chagasi infection in the Brazilian amazon

Crescente, José Angelo Barletta 07 August 2008 (has links)
A dinâmica da leishmaniose visceral humana na Amazônia brasileira é pouco conhecida e nos últimos anos tem aumentado a incidência da doença principalmente no Estado do Pará. Os objetivos do estudo foram: I) identificar indivíduos com infecção sintomática e/ou assintomática por Leishmania (L.) infantum chagasi, II) estudar os dois tipos de infecção, tanto clínica quanto imunologicamente, e III) estudar a taxa de prevalência da infecção. O estudo foi de corte transversal com 946 indivíduos de ambos os sexos, com idade a partir de 1 ano, vivendo em área endêmica de leishmaniose visceral americana (LVA), município de Barcarena, Pará, Brasil. Para o diagnóstico da infecção, foram usadas a reação dérmica de hipersensibilidade retardada (Reação Intradérmica de Montenegro) - RIM e a Reação de Imunofluorêscencia Indireta (RIFI). Foram diagnosticados 120 casos de infecção com taxa de prevalência de 12.6%; 8 casos mostraram alta soro-reatividade (1.280 a 120.240) IgG utilizando-se o teste da RIFI e nenhuma reação na RIM; 4 casos foram típicos de LVA e outros 4 casos de infecção subclínica oligossintomática. Os dois métodos imunológicos usados simultaneamente com o exame clínico permitiram a identificação de 5 perfis clínico-imunológicos: Infecção Assintomática (IA) 73,4%; Infecção Subclínica Resistente(ISR) 15%; Infecção Subclínica Oligossintomática (ISO) 3%; Infecção Sintomática (IS=LVA) 3% e, Infecção Inicial Indeterminada (III) 5% / The dynamic of the human visceral leishmaniasis in the Amazon region is not well known and the incidence of the diseases in the last years have increase mainly in the Para state. The objectives the study were I) to identify individuals with symptomatic and/or asymptomatic infection due to Leishmania (L.) i. chagasi, II) to study the two types of infection, both clinically and immunologically, and III) to study the prevalence rate of infection. This was a cross-sectional study with a cohort of 946 individuals, of both sexes, with age from one year old onward, living in an endemic area of American Visceral Leishmaniasis (AVL), municipality of Barcarena, Pará State, Brazil. For the diagnosis of infection, the delayed hypersensitivity skin reaction (LST) and the indirect fluorescent antibody test (IFAT) were used. One hundred twenty cases of infection were diagnosed, with a prevalence rate of 12.6%; 8 cases showed high seroreactivity (1.280 to 10.240, IgG) in IFAT and no reaction in the LST; 4 cases being of typical AVL and other 4 cases of subclinical oligosymptomatic infection. The two immunological methods used simultaneously, with the clinical examination enabled to identify 5 clinical-immunological profiles: Asymptomatic Infection (AI) 73.4%; Subclinical Resistant Infection (SRI) 15%; Subclinical Oligosymptomatic Infection (SOI) 3%; Symptomatic Infection (SI=AVL) 3% and, Indeterminate Initial Infection (III) 5%
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Disfunção erétil, auto-referida e segundo o Índice Internacional de Função Erétil, em doadores de sangue / Self-reported erectile dysfunction and according to the International Index of Erectile Function in blood donors

Reis, Margareth de Mello Ferreira dos 19 August 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: Inúmeros estudos epidemiológicos realizados nos mais diversos países sugerem alta prevalência de disfunção erétil (DE), mas não há consenso acerca de sua exata magnitude. MÉTODOS: Foi conduzido um estudo para estimar a prevalência de DE e investigar seus fatores associados em homens com idade entre 40 e 60 anos, considerados sadios. Tal estudo de corte transversal com doadores de sangue, heterossexuais, com parceira estável há pelo menos seis meses, incluídos entre janeiro de 2006 e julho de 2007, investigou a presença da DE por meio do Índice Internacional de Função Erétil (IIFE) e também com pergunta direta, para auto-avaliação. Foram investigados fatores sócio-demográficos, história clínica, características do relacionamento afetivo e sexual, qualidade de vida, presença de sintomas depressivos e/ou ansiosos e de stress. RESULTADOS: A amostra incluiu 300 sujeitos, dos quais 12 foram excluídos da análise porque faziam uso de medicação oral para ereção, metade dos quais sem orientação médica. Dos 288 sujeitos analisados, 92 (31,9 %; IC95%: 26,6% a 37,7%) foram classificados pelo IIFE como tendo algum grau de disfunção erétil: 87 (30,2%; IC95%: 25,0% a 35,9%) indivíduos possuíam disfunção leve, quatro (1,4%; IC95%: 0,4% a 3,5%), disfunção moderada e um (0,3%; IC95%: 0,01% a 1,9%), disfunção completa. Entretanto, apenas nove (3,1%; IC95%: 1,4% a 5,8%) referiram não se sentirem potentes sexualmente. A concordância entre DE detectada pelo IIFE e DE referida foi baixa (kappa = 0,11; p < 0,001). Dos nove indivíduos que não se sentiam potentes sexualmente, apenas dois (22,2%) procuraram tratamento. Os fatores associados à presença da DE detectada pelo IIFE, após regressão logística multivariada, foram: inatividade profissional (OR = 3,3; IC95%: 1,4 a 7,8; p = 0,005); suspeita de transtorno depressivo e/ou ansioso (OR = 2,6; IC95%: 1,1 a 6,3; p = 0,033); desejo sexual bom (não excelente) (OR = 2,5; IC95%: 0,9 a 7,0; p = 0,082), ou baixo/moderado (OR = 5,5; IC95%: 1,2 a 25,1; p = 0,027) e referir DE (OR = 7,5; IC95%: 0,8 a 71,7; p = 0,080). CONCLUSÕES: A prevalência da DE, segundo o IIFE, foi alta, embora inferior à observada em outros estudos conduzidos com voluntários e usuários de serviços de saúde. A concordância entre DE, segundo o IIFE e auto-referida, foi baixa, possivelmente porque as duas formas de investigação avaliam diferentes dimensões da função erétil (aspectos funcionais versus aspectos subjetivos). Há grande interação entre os fatores biológicos, culturais e psicológicos no surgimento e manutenção da DE. É importante que os profissionais de saúde estejam atentos para a saúde sexual dos homens, especialmente após os 40 anos de idade, e para as possíveis condições que podem acompanhar a DE (doenças sistêmicas, sofrimento psíquico e outros aspectos psicossociais). / INTRODUCTION: Several epidemiological studies from different countries indicate high prevalence of erectile dysfunction (ED) but there is no consensus about its actual magnitude. The objective of the present study was to estimate the prevalence of ED and describe its associated factors in healthy men. METHODS: Crosssectional study comprising a sample of heterosexual blood donors, aged between 40 and 60 years, with a steady partner for at least six months, was carried out between January 2006 and July 2007. ED was assessed using the International Index of Erectile Function (IIEF) as well as direct inquiring for self-assessment. Data was collected on sociodemographic characteristics, medical history, affective and sexual behavior, quality of life, presence of depression and/or anxiety symptoms and stress. The study sample comprised 300 subjects, of which 12 were excluded from the analysis since they were taking oral medication for erectile dysfunction, and half of them took this medication without any prior medical advice. RESULTS: Of 288 subjects analyzed, 92 (31.9%; 95% CI: 26.6% 37.7%) had any degree of erectile dysfunction according to IIEF: 87 (30.2%; 95% CI: 25.0% 35.9%) had mild; four (1.4%; 95% CI: 0.4% 3.5%) had moderate; and one (0.3%; 95% CI: 0.01% 1.9%) had severe dysfunction. Only nine subjects (3.1%; 95% CI: 1.4% 5.8%) reported not feeling sexually potent. The concordance between ED assessed using IIEF and self-reported ED was low (kappa = 0.11; p<0.001). Of the nine subjects who reported not feeling sexually potent, only two (22.2%) sought treatment. The factors associated to ED assessed using IIEF in the multivariate logistic regression analysis were: professional inactivity (OR = 3.3; 95% CI: 1.4 7.8; p = 0.005); suspected depressive and/or anxiety disorder (OR = 2.6; 95% CI: 1.1 6.3; p = 0.033); satisfactory (but not strong) sexual desire (OR = 2.5; 95% CI: 0.9 7.0; p = 0.082) or low/moderate (OR = 5.5; 95% CI: 1.2 25.1; p = 0.027); and self-reported ED (OR = 7.5; 95% CI: 0.8 71.7; p = 0.080). CONCLUSIONS: ED prevalence according to IIEF was high though lower than that found in other studies conducted in voluntary health service users. The concordance between ED according to IIEF and selfreported ED was low, probably because these two approaches assess different dimensions of the erectile function (functional versus subjective components). Biological, cultural and psychological factors strongly interact in the development and maintenance of ED. Health providers should give special attention to sexual health of men, particularly those over 40, and to potential conditions accompanying ED (systemic diseases, psychic distress, and other psychosocial conditions)
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Detecção do DNA do Poliomavírus Humano JC em amostras de líquido cefalorraquidiano de pacientes com AIDS e lesões não expansivas de substância branca do sistema nervoso central / Detection of human polyomavirus JC in cerebrospinal fluid samples from aids patients with non-expansive focal lesions of CNS white matter

Fink, Maria Cristina Domingues da Silva 25 March 2004 (has links)
Doenças neurológicas focais em pacientes com aids podem ser causadas por vários patógenos oportunistas. Dentre estas se inclui a encefalite por Toxoplasma gondii, os linfomas primários do sistema nervoso central causados pelo vírus Epstein-Barr, as encefalites virais (CMV, HSV, VZV) e a leucoencefalopatia multifocal progressiva (LEMP), causada pelo vírus JC (VJC). O presente estudo teve por objetivos detectar o DNA do vírus JC em amostras de líquido cefalorraquidiano de pacientes com aids e lesões não expansivas de substância branca do SNC, bem como caracterizar esses pacientes com relação ao número de células TCD4+, sexo, idade e ocorrência de outros diagnósticos etiológicos. A detecção do DNA do VJC foi realizada através da técnica de reação em cadeia por polimerase. O protocolo de PCR empregado, anteriormente descrito, utiliza um par de primers complementar à região precoce do vírus JC (antígeno T), resultando em um fragmento de 173 pb. Todas as amostras positivas foram submetidas a etapa posterior de tipagem com enzima de restrição Bam H1, resultando em dois fragmentos menores (120 e 53 pb), característicos do vírus JC. Com o intuito de estimar a sensibilidade da técnica empregada, um controle positivo qüantificável foi padronizado. O fragmento de 173 pb amplificado de uma das amostras de líquor estudadas foi inserido em plasmídio, e o recombinante obtido foi quantificado através de espectrofotometria, titulado e submetido a PCR. Através desta metodologia foi possível estimar que o teste é capaz de detectar a partir de 200 cópias/ µl. A especificidade do teste foi avaliada através da análise de amostras de líquor de pacientes com e sem aids e outros diagnósticos neurológicos, não compatíveis com LEMP. A pesquisa do DNA do vírus JC foi negativa em 119 de 120 amostras testadas, demonstrando uma especificidade de 99,17%. Foram incluídas no estudo 56 amostras de líquor de pacientes com lesão focal não expansiva de substância branca, compatível com LEMP, sendo positiva em 27/56 (48,2%) e negativa em 29/56 (51,8%). Em 23 dos 29 (79,3%) pacientes negativos para o vírus JC foi possível estabelecer um diagnóstico diferencial para os quadros encefalíticos: Toxoplasma gondii (nove casos), complexo cognitivo motor do HIV (CCMHIV) (cinco casos), tuberculose (três casos) e outros diagnósticos (oito casos). Em seis pacientes DNA-VJC negativos não houve um diagnóstico final. A caracterização da população avaliada, dividida em dois grupos, de acordo com o resultado da PCR (DNA-VJC positivo ou DNA-VJC negativo), não demonstrou diferença estatisticamente significante no que diz respeito ao sexo ou idade. No grupo de pacientes DNA-VJC positivos, o número de células TCD4+ foi significativamente mais baixo. Os resultados do presente estudo demonstraram uma alta prevalência do DNA do VJC (48,2%) nesse grupo de pacientes. Foi possível concluir também que, em pacientes com aids e encefalite focal com lesões não expansivas de substância branca do sistema nervoso central, com PCR negativa para o VJC, é necessária uma investigação diagnóstica mais aprofundada já que a maioria desses casos apresenta outros agentes etiológicos, na maioria das vezes passíveis de tratamento. / Focal neurological diseases in aids patients can be caused by a range of opportunistic pathogens such as Toxoplasma gondii, EBV-associated primary CNS lymphomas, viral encephalitis (CMV, HSV, VZV) and JC virus causing the progressive multifocal leukoencephalopathy (PML). In the present study, we evaluated the detection of JC virus DNA in CSF samples from aids patients with white matter non-expansive lesions of CNS by polymerase chain reaction (PCR) and characterize this finding in relation to the number of TCD4+, age, gender, and other etiological diagnosis. The primers used to amplify the T antigen region of JC virus resulted in a fragment of 173 base pairs. Since JC virus harbor a BAM H1 restriction site in this region, digestion of the PCR product with the enzyme resulted in two fragments of 120 and 53 base pairs, characteristic of JC virus. To estimate the sensitivity of the assay, the 173 bp fragment obtained from one of the samples was inserted into a plasmid and the recombinant quantified by spectrophotometry. The sensitivity of the PCR was 200 copies / µL. The specificity of the assay was evaluated in CSF samples from patients with and without aids and other neurological conditions, not suggestive of PML. The PCR resulted negative in 119 of the 120 CSF samples tested showing a specificity of 99,17%. In 56 CSF samples from patients with neurological symptoms and radiological signs of PML, JC virus was detected in 27 (48.2%) by PCR. In 23 of the remaining 29 patients (79.3%) other neurological conditions were diagnosed: T. gondii encephalitis (9 cases), HIV encephalitis (5 cases), tuberculosis (3 cases) and other diagnosis (8 cases). In six patients no neurological disease diagnosis could be established. In the group of patients characterized as JC virus-DNA positive the mean number of TCD4+ was significantly lower as compared to the JC virus-DNA negative patients. No statistical difference was seen in relation to gender or age distribution between the two groups. The results of the present study demonstrated a high prevalence of JC virus DNA (48,2%) in patients with clinical and radiological signs of PML. We concluded that the polymerase chain reaction for JC-virus DNA detection can represent an advance in the diagnosis of PML. aids patients with non-expansive focal lesions of CNS white matter and JC virus-DNA negative by PCR probably have other treatable neurological conditions that must be extensively investigated.
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Qualidade de vida de idosos diabéticos tipo 2, usuários de um ambulatório de hospital escola / Quality of life of elderly people with type 2 diabetes, users of a clinic in a hospital school.

Aley, Laís Pelissoni Vicente 27 August 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: O diabetes melito tipo 2 constitui uma doença crônica, caracterizada pelo longo curso clínico, por não apresentar cura e por requerer, de forma variável, gerenciamento contínuo e permanente. Um aspecto que vem suscitando interesse é a qualidade de vida destes pacientes. OBJETIVO: Descrever o perfil e estudar as associações entre a Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) e variáveis sócio-demográficas e clínicas em idosos diabéticos tipo 2. MÉTODOS: Realizou-se um estudo epidemiológico transversal, em 117 idosos diabéticos tipo 2, atendidos no Ambulatório de Diabetes do Serviço de Endocrinologia e Metabologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. As variáveis independentes foram avaliadas por dois questionários: um sócio-demográfico e um clínico. A variável dependente, a QVRS, foi aferida pelo questionário \"Short Form General Health Survey\" (SF-36), constituído de oito dimensões. Para analisar os dados realizou-se uma análise bivariada e posteriormente, de regressão múltipla, por meio de modelos lineares generalizados, supondo distribuição de probabilidades gama com função de ligação logarítmica. RESULTADOS: O perfil da qualidade de vida deste grupo é inferior àqueles sem diabetes, comparando com dados da literatura; todas as dimensões do SF-36 apresentaram influência de pelo menos uma variável, no sentido de diminuição da qualidade de vida; o estado geral de saúde (EGS) foi a dimensão com maior associação (quatro variáveis); número de co-morbidades foi o fator negativo que se associou com maior número de dimensões do SF-36. CONCLUSÕES: Observou-se comprometimento da qualidade de vida tanto nas dimensões físicas como nas dimensões não físicas; A teoria que valoriza a sobrecarga (burden) do diabético como mecanismo importante na determinação da qualidade de vida é a que mais se adequou aos dados de nossa amostra. / INTRODUCTION: Type 2 Diabetes melito constitutes a chronic illness, characterized by the long clinical course, not presenting cure and requiring, in a changeable way, continuous and permanent management. An aspect that is generating interest is the quality of life of these elderly patients. OBJECTIVE: To describe the profile and to study the association between Health-Related Quality of Life (HRQL) and demographic and clinical variables of elderly people with type 2 diabetes. METHODS: It was realized an epidemiologic cross-sectional type study, with 117 elderly patients with type 2 diabetes, taken care in the Service of Endocrinologia and Metabologia, at Hospital das Clinicas (College of Medicine of the University of Sao Paulo). Service of Endocrinologia and Metabologia of the Hospital of the Clinics of the College of Medicine of the University of São Paulo. The independent variables were evaluated by two questionnaires: a demographic and a clinical. The dependent variable, the HRQL, was measured by the questionnaire \"Shorts General Form Health Survey\" (SF-36), wich considers eight domains. In order to analyze the data, it was realized a bivaried analysis and, after that, a multiple regression analysis, using generalized linear models, considering the distribution of probabilities to be gamma, with logarithmic function. RESULTS: The profile of the quality of life of the chosen elderly people wiht type 2 diabetes was worse than the quality of life of those people without diabetes, if compared with literature data; every dimension of the SF-36 indicated influence of at least one variable, towards the reduction of the quality of life; the general state of health (EGS) was the dimension with the greatest association (with four variables); the number of comorbidities was the negative factor that was associated with the greatest quantity of dimensions of the SF-36. CONCLUSIONS: It was observed a negative effect in the quality of life of those elderly people with type 2 diabetes in the physical domains as well as in the non-physical domains. The theory that values the overload of people with diabetes as an important tool in the determination of the quality of life is the one that is more suitable to the data of our sample.
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Avaliação da prevalência e das características da síndrome dos ovários policísticos em adolescentes obesas / Prevalence and characteristics of polycystic ovary syndrome in obese adolescents

Oliveira, Marina Pereira Ybarra Martins de 06 June 2016 (has links)
Introdução: o diagnóstico da Síndrome do Ovário Policístico (SOP) na adolescência é desafiador e vem sendo alvo de intensas discussões. Sua prevalência em mulheres adultas em idade fértil varia de 5-10%. Entretanto, a prevalência em adolescentes obesas ainda não foi descrita na literatura. Somado a isso, ainda não é bem estabelecida a relação da SOP com alterações metabólicas e cardiovasculares nesta população. Dessa maneira, objetivamos avaliar a prevalência e as características da SOP na população de adolescentes obesas acompanhadas em um centro hospitalar quaternário. Métodos: realizamos um estudo transversal com 49 adolescentes obesas pós-menarca, com idade média de 15,6 anos. Foi realizada avaliação antropométrica e revisão de prontuários médicos. O hiperandrogenismo clínico e laboratorial foram quantificados utilizando o índice de Ferriman-Gallwey e as dosagens androgênicas, respectivamente. A morfologia ovariana foi avaliada por ultrassonografia suprapúbica. Todas as pacientes tiveram seus perfis metabólicos analisados. Resultados: ao adotarmos a nova Diretriz para SOP na adolescência da Sociedade de Endocrinologia Pediátrica Americana, encontramos uma prevalência de 18,4% de SOP em nossa população de adolescentes obesas. Quando utilizamos os critérios de Rotterdam, da Sociedade de Excesso Androgênico e SOP e do Instituto Nacional de Saúde Americano, as prevalências foram de 26,4%, 22,4% e 20,4%, respectivamente. A irregularidade menstrual foi constatada em 65,3% das pacientes. O hiperandrogenismo clínico foi observado em 16,3% das meninas, e 18,4% tinham concentrações de testosterona total acima do valor de normalidade. A ultrassonografia revelou que 18,4% das meninas tinham ovários policísticos. Adolescentes obesas com SOP apresentaram maior prevalência de síndrome metabólica. Conclusão: a prevalência de SOP em adolescentes obesas é alta quando comparada àquela observada na literatura / Background: polycystic ovary syndrome (PCOS) in adolescence is a challenging diagnosis and therefore has raised intense discussions. Its prevalence in childbearing age women ranges from 5 to 10%. However, the prevalence in obese adolescents has not yet been reported. Besides, the relationship of PCOS with metabolic and cardiovascular disorders in this specific population has not been established. Thus, we aimed to assess the prevalence and characteristics of PCOS in a population of obese adolescents followed at a quarternary hospital. Methods: we performed a cross-sectional study with 49 postmenarcheal obese adolescents with a mean age of 15.6 years. Anthropometric assessment and review of medical records were performed. Clinical and laboratory hyperandrogenism were evaluated using Ferriman-Gallwey index and serum androgens, respectively. The ovarian morphology was evaluated by supra-pubic ultrasound. All patients had their metabolic profile evaluated. Results: the prevalence of PCOS in obese adolescents, according to the new guideline for PCOS in adolescence of the American Pediatric Endocrinology Society, was 18.4%. When assessed by the Rotterdam, the Androgen Excess and PCOS Society and the National Institute of Health criteria, the prevalence of PCOS was 26.4%, 22.4% and 20.4%, respectively. Menstrual irregularity was found in 65.3% of the patients. Clinical hyperandrogenism was observed in 16.3% while 18.4% had total testosterone concentrations above the normal range. Ultrasonography revealed that 18.4% had polycystic ovaries. Obese adolescents with PCOS had higher prevalence of metabolic syndrome. Conclusion: the prevalence of PCOS in obese adolescents is high compared to that observed in the literature
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Variabilidade intrapessoal e interpessoal da ingestão de nutrientes de crianças brasileiras / Within - and between - person variability of nutrient intakes among Brazilians children

Castro, Michelle Alessandra de 04 February 2011 (has links)
Introdução: A precisão e a confiabilidade das estimativas do consumo alimentar são os principais desafios nos estudos sobre nutrição e saúde, visto que a medida dietética não é isenta de erros e que a dieta humana é de natureza variável. Um dos principais componentes de variabilidade da dieta é a variação intrapessoal, que representa a variação da ingestão dos indivíduos ao longo dos dias. Do ponto de vista estatístico, a variância intrapessoal constitui uma importante fonte de erro na análise e interpretação dos dados dietéticos por atenuar medidas de associação, como coeficientes de regressão e risco relativo, e aumentar a proporção dos indivíduos nos extremos da curva de distribuição. Objetivos: Estimar a razão de variâncias da ingestão de energia e nutrientes e calcular o número de medidas dietéticas necessárias à estimativa do consumo habitual de crianças brasileiras. Métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado em 2007 que coletou dados de 3150 crianças de 1 a 6 anos matriculadas em creches e pré-escolas das cidades de Manaus, Natal, Recife, Brasília, Cuiabá, Rio de Janeiro, Viçosa, São Paulo e Caxias do Sul. Em cada cidade, foram avaliadas 250 crianças de creches públicas e 100 de creches particulares. Dados socioeconômicos, antropométricos e de consumo alimentar foram coletados. A pesagem direta de alimentos e o registro alimentar foram os métodos de avaliação do consumo adotados. Modelos de regressão multinível com variância de estrutura complexa foram utilizados para estimar a variância intrapessoal e a variância interpessoal segundo faixa etária (1 a 2 anos; 3 a 6 anos). A variância intrapessoal foi obtida para cada criança e modelada como uma função linear da idade. Calculou-se o número de dias baseado nas razões de variâncias dos nutrientes e no coeficiente de correlação (r) entre a ingestão observada e a ingestão habitual. Resultados: Fibras totais e gorduras apresentaram as maiores razões de variâncias (acima de 6,00), enquanto cálcio, ácido pantotênico e fósforo 5 apresentaram as menores razões (1,33 a 2,30). Considerando r=0,8, são necessários de 2 a 37 dias de avaliação da dieta no grupo de crianças com idade entre 1 e 2 anos, e entre 2 e 16 dias nas crianças de 3 a 6 anos para a estimativa da ingestão habitual. Observou-se, também, tendência de aumento da variância intrapessoal de energia e macronutrientes com a idade da criança. Conclusão: As elevadas razões de variâncias reforçam a necessidade pela coleta de um grande número de medidas dietéticas nas crianças brasileiras e os resultados apontam para mudanças na variância intrapessoal com a idade / Background: The precision and reliability of estimates of food intake are the major challenges in studies about diet and health, since dietary measurement is prone to errors and the human diet exhibits great variation. One of the main components of dietary variability is the within-person variation, which represents the day-to-day variation of intake. From a statistical point of view, the within-person variance is an important source of errors in analysis and interpretation of dietary data because it attenuates the measurements of association, such as coefficients of regression and relative risks, and increases the proportion of individuals on tails of the distribution curve. Objectives: To estimate the variance ratio of energy and nutrient intakes and to calculate the number of days of dietary assessment to the estimation of usual nutrient intakes among Brazilian children. Methods: This is a cross-sectional study performed in 2007 that comprised 3150 children (1 to 6 years) attending daycare and preschools in the municipalities of Manaus, Natal, Recife, Brasília, Cuiabá, Rio de Janeiro, Viçosa, São Paulo and Caxias do Sul. In each municipality, 250 children from public schools and 100 children from private schools were included. Socio-demographic and anthropometric data as well as food intake were collected. Food consumption was measured through weighed food record and estimated food record. Multilevel regression models with complex variance structure were fitted to estimate the within- and between-person variances according to age group (1 to 2 years; 3 to 6 years). The within-person variance was modeled as a linear function of the childs age. The number of days was calculated according to the variance ratio of the nutrients and a hypothetical correlation coefficient (r) between observed and usual intake. Results: Total fiber and total fat showed the greatest variance ratios (>6.00), whereas calcium, pantothenic acid, and phosphorus showed the least ratios (1.33 to 7 2.30). Estimating the usual intake of the nutrients (considering r=0.8) requires between 2 and 37 days for children aged 1 to 2 years, and between 2 and 16 days are necessary for children aged 3 to 6 years. It was also observed an increase in the variance ratios of energy and macronutrients according to age of the child. Conclusion: The elevated variance ratios reinforce the need for collection of a great number of dietary measures in Brazilian children. In addition, the results suggest changes in within-person variance according to age
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Exposição à violência e autoavaliação de saúde: análise de dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 2013 / Exposure to violence and self-rated health: data analysis from the National Health Survey (PNS), 2013

Andrade, Alice Barone de 18 February 2019 (has links)
São conhecidos os impactos negativos isolados das violências comunitária e familiar na percepção de saúde dos indivíduos, mas existe pouca evidência sobre o efeito combinado desses dois tipos de violência. Além disso, não se conhece ao certo o mecanismo por meio do qual a exposição à violência se associa a autoavaliação negativa de saúde. Uma das hipóteses é que tal associação se dá, em parte, pelo efeito mediador da depressão. OBJETIVO: O presente estudo pretende (1) descrever a ocorrência das violências familiar e comunitária, considerando a natureza do ato, a arma utilizada, o local da ocorrência, o autor e as consequências pós-exposição; (2) analisar a associação entre a exposição às violências comunitária e familiar e a autoavaliação negativa de saúde, distinguindo os tipos de violência sofridos e, também, considerando sua concomitância e (3) investigar o efeito mediador da depressão na associação entre a exposição à violência e a autoavaliação negativa de saúde. MÉTODOS: Estudo epidemiológico de corte transversal desenvolvido com os dados da \"Pesquisa Nacional de Saúde - PNS 2013\". A análise foi realizada no programa de estatística STATA 12.0. Foram realizados modelos de regressão logística multinominal brutos e ajustados para teste de associação entre exposição a violências (comunitária, familiar e combinada) e autoavaliação de saúde (muito boa/boa/regular x ruim/muito ruim). A análise de mediação foi realizada por meio do g-formulation. Para tal análise, a exposição à violência foi recategorizada para ausente/presente e a depressão nos 15 dias anteriores à aplicação do formulário foi medida por meio do PHQ-9. RESULTADOS: Todos os tipos de violência analisados se associaram à autoavaliação negativa de saúde. A magnitude da associação foi crescente entre violência comunitária (OR 1,52; IC95% 1,15-2,00), violência familiar (OR 2,01; IC95%1,65-2,44) e coocorrência das duas violências (OR 3,38; IC95%1,67 6,82), sugerindo que a exposição concomitante aos dois tipos de violência potencializa o efeito negativo sobre a autoavaliação de estado de saúde. Na análise de mediação, o efeito natural indireto (NIE) apontou que 71% do efeito total da exposição à violência e a autoavaliação negativa de saúde são mediados pela depressão e somente 29% correspondem ao efeito natural direto (NDE). CONCLUSÃO: A exposição à violência interpessoal associa-se a uma pior autoavaliação do estado de saúde. O efeito da violência familiar foi mais forte do que o da violência comunitária e o da exposição combinada foi superior ao da violência familiar isolada. Os achados da análise de mediação demonstraram que a depressão apresenta um importante papel nos efeitos da saúde decorrentes da violência. Ao considerar a violência um estressor psicossocial sua potencialização do efeito pela polivitimização fica evidenciado, sendo importante conseguir explorá-lo melhor e identificar suas consequências na saúde / The isolated negative impacts of community and family violence on individuals\' perceptions of health are known, but there is little evidence on the combined effect of these two types of violence. In addition, the mechanism by which exposure to violence is associated with self-rated health is not known. One of the hypotheses is that this association is due, in part, to the mediating effect of depression. Objective: This study aims to: 1) describe the occurrence of family and community violence, considering the nature of the act, weapon used, place of occurrence, author and consequences after exposure, 2) analyze the association between exposure to community violence and family and negative self-assessment of health, distinguishing the types of violence suffered and also considering their concomitance and 3) investigating the mediating effect of depression on the association between exposure to violence and negative self-rated health. Methods: Cross-sectional epidemiological study developed with the data \"National Health Survey - PNS 2013\". The analysis was performed in the statistical program STATA 12.0. Crude and adjusted multinominal logistic regression models were used to test the association between exposure to violence (community, family and combined) and self-rated health (very good / good / regular vs. bad / very poor). Mediation analysis was performed using g-formulation. For this analysis, exposure to violence was recategorized to absent/present and depression within 15 days prior to application of the questionnaire was measured using PHQ-9. Results: All types of violence analyzed were associated with negative self-rated health. The magnitude of the association was increased between community violence (OR 1.52, 95% CI 1.15-2.00), family violence (OR 2.01, 95% CI 1.65-2.44) and co-occurrence of the two (OR 3.38, CI 95% 1.67, 6.82), suggesting that the concomitant exposure to both types of violence potentiates the negative effect on self-rated health. In the mediation analysis, the indirect natural effect (NIE) indicated that 71% of the total effect of exposure to violence and negative self-rated health is mediated by depression and only 29% corresponds to the direct natural effect (NDE). Conclusion: Exposure to interpersonal violence is associated with a worse self-rated health. The effect of family violence was stronger than that of community violence and that of combined exposure was higher than that of isolated family violence. The findings of the mediation analysis demonstrated that depression plays an important role in the health effects of violence. When considering the violence a psychosocial stressor its potentialization of the effect by the polivitimization becomes evident being important to be able to exploit it better and to identify its health consequences

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