Spelling suggestions: "subject:"datores dde risco"" "subject:"datores dde disco""
761 |
Análise do gene mutyh em indivíduos em risco para síndrome da polipose associa ao gene mutyhPitroski, Carlos Eduardo Ferreira January 2010 (has links)
O câncer colorretal (CCR) é a terceira neoplasia maligna mais comum no mundo em ambos os sexos. Estima-se que 5 a 10% dos pacientes que desenvolvem CCR sejam portadores de mutação germinativa em genes de predisposição ao câncer. As síndromes de câncer colorretal hereditário podem ser divididas em: (a) associadas a polipose colônica (Polipose Adenomatosa Familiar – PAF, Polipose Adenomatosa Familiar Atenuada – PAFA, e Polipose Associada a MUTYH – PAM), e (b): as não associadas com polipose colônica (de Lynch – SL). A SL é uma doença autossômica dominante que decorre de mutações nos genes do sistema MMR (Mismatch Repair) de reparo do DNA, a qual tem como característica o desenvolvimento precoce de câncer colorretal (CCR) e a ocorrência de poucos pólipos sincrônicos ou metacrônicos. Em contraste, a síndrome PAF é caracterizada pelo desenvolvimento de centenas a milhares de pólipos adenomatosos colônicos, sendo que na PAFA a quantidade de pólipos é inferior a cem. Mutações germinativas no gene APC estão associadas a ambas as síndromes, PAF e PAFA, podendo variar o fenótipo de acordo com a região do gene onde se encontra a mutação. Mais recentemente, em 2002, uma nova síndrome autossômica recessiva de oligopolipose colônica associada a alterações no gene MUTYH (também chamado MYH) foi descrita na literatura e foi chamada de Polipose Associada a MUTYH (PAM). Clinicamente, pacientes com PAM apresentam características similares à de indivíduos com PAFA ou PAF. A polipose colônica em pacientes com PAM pode apresentar pólipos adenomatosos ou mistos (adenomatosos e hiperplásicos), o que dificulta o diagnóstico clínico da síndrome. A análise molecular do gene demonstra que duas mutações de ponto, p.Y179C e p.G396D, são as mais freqüentes em pacientes com PAM na Europa Ocidental e América do Norte, correspondendo a 80% das mutações encontradas em MUTYH. Aproximadamente 1% de todos os pacientes com câncer colorretal apresentam alterações em MUTYH e, mais de um terço desses casos, pode vir a desenvolver CCR na ausência de múltiplos adenomas, sobrepondo assim os critérios clínicos de outras síndromes, como os critérios de Bethesda da SL. Entretanto, o risco de recorrência é muito diferente entre as síndromes, o que torna fundamental a diferenciação entre PAM, SL-Bet e PAF/PAFA em termos de aconselhamento genético. Embora autossômica recessiva, a PAM com herança pseudodominante pode ser esperada, especialmente na presença de consangüinidade nas famílias afetadas. Visando uma melhor compreensão das características dos pacientes portadores das mutações comuns em grupos de risco para a síndrome, foram incluídos 75 pacientes com diferentes critérios clínicos para as síndromes de predisposição hereditária ao CCR: 15 pacientes com PAM, 15 pacientes com FAP, 30 pacientes com SL (15 com critérios Amsterdam II e 15 com critérios sugestivos Bethesda) e 15 pacientes com CR esporádico (diagnóstico de CCR acima dos 60 anos). O DNA genômico foi isolado a partir da fração leucocitária de sangue periférico e as análises moleculares foram realizadas por PCRTempo Real (ensaio TaqMan) para detecção das mutações Y179C e G396D, confirmadas posteriormente por análise de sequenciamento. Mutações germinativas no gene MUTYH foram identificadas em cinco pacientes: quatro pacientes com mutações bi-alélicas e um paciente heterozigoto. Destes cinco pacientes, um heterozigoto p.G396D e um homozigoto p.Y179C preenchem critérios clínicos de PAF-clássica e os outros três pacientes (um homozigoto p.G396D, um heterozigoto p.G396D e um heterozigoto p.Y179C) preenchem os critérios de PAM. Este é o primeiro estudo acerca da frequencia de mutações germinativas comuns no gene MUTYH em famílias brasilleiras com câncer colorretal. Atualmente, o diagnóstico clínico de sindromes de predisposição hereditária ao câncer colorretal é complexo e requer análise detalhada da história familiar do paciente e das características clínico-patológicas da lesão. Nesta série de casos, o rastreamento das mutações comuns de MUTYH p.G396D e p.Y179C seguida de seqüenciamento dos casos que apresentam um dos alelos acometidos apenas, parece ser uma estratégia inicial interessante de investigação molecular de famílias com critérios para as síndromes MAP e FAP.
|
762 |
Percepção do ambiente externo e dos perigos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) a partir do enfoque dos sistemas sociotécnicosPaiva, Rogério Bueno de January 2010 (has links)
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) é o responsável pelo atendimento préhospitalar (APH) realizado no Brasil que é aquele que se desloca para atender as vítimas em casos de urgência-emergência, funciona através de uma rede telefônica e pode ser caracterizado como um sistema complexo por envolver as centrais de regulação e as bases com as ambulâncias. Essa dissertação é formada por dois artigos que versam sobre o SAMU. No primeiro deles o objetivo foi mapear as influências do ambiente externo do SAMU metropolitano de Porto Alegre sob a ótica dos sistemas sociotécnicos. Para tal foi utilizada a análise macroergonômica do trabalho – AMT (GUIMARÃES, 2010) que tornou possível o entendimento da influência do ambiente externo no atendimento da população. Foi destacada na pesquisa a falta de conhecimento da população quanto ao funcionamento do SAMU, o elevado número de trotes, a falta de integração entre os serviços públicos, entre outros. Além disso, dentro da macroergonomia, a percepção dos fatores de riscos a que estão submetidos os trabalhadores é fundamental para que durante o atendimento realizado à população não haja dúvida quanto aos procedimentos seguros a serem adotados, para se evitar que possa ocorrer algum acidente. No segundo artigo foi realizada uma pesquisa identificando a percepção dos trabalhadores quanto aos fatores de risco. Identificou-se que os fatores de riscos como levantamento de peso, esforço físico intenso, calor e contaminação biológica por fluidos corpóreos dos pacientes foram os mais significativos na percepção dos trabalhadores do SAMU. / The Mobile Emergency Service (SAMU) is the responsible for the Emergency Medical Services (EMS) in Brazil. The EMS system is that move to take care of the victims in urgencyemergency cases, it works through a telephonic net and can be characterized by a complex system that involving the central offices of regulation and the bases with the ambulances. This dissertation consists of two articles that focus on the SAMU. In the first article, the objective of the study was to analyze the influences of the external environment of the SAMU of the Metropolitan Region of Porto Alegre under the optics of the sociotechnical systems. In this study the method of analysis was the Macroergonomic Work Analysis – MWA (GUIMARÂES, 2010) that it made possible to understand the influence of the external environment in the attendance of the population. It was identified in the research: the lack of knowledge of the population on the functioning of the SAMU, the raised number of hoax, the lack of integration between the public services, among others. Besides, in the macroergonomics, the perception of the hazards for the workers is fundamental. Since during the emergency medical service for the population it must not have doubt on the safe procedures to be adopted, to prevent that some accident can occur. Therefore in the second article, a research was carried out to identify the perception of the workers on the hazards. It was identified that the hazards as weight lift, intense physical effort, heat and biological contamination for corporeal fluids of the patients had been those most significant in the perception of the workers of the SAMU.
|
763 |
Infecção pelo HIV como fator de risco para a recidiva da tuberculose pulmonar em uma unidade ambulatorial de referência na região sul do BrasilMelo, Vera Mercedes de January 2010 (has links)
Introdução: Em pacientes com tuberculose curados com esquemas contendo rifampicina, isoniazida e pirazinamida (RHZ), têm-se observado taxas de recidiva mais elevadas naqueles infectados pelo vírus da imunodeficiência humana adquirida (HIV). Objetivo: Verificar a associação entre infecção pelo HIV e recidiva da tuberculose após cura com o esquema RHZ de curta duração, autoadministrado. Métodos: Estudou-se a ocorrência de recidiva em uma coorte de 693 adultos com tuberculose confirmada, sem tratamento prévio, curados com o esquema RHZ, em uma unidade de referência de Porto Alegre, entre 1998 e 2006, em relação à infecção pelo HIV e fatores demográficos, clínicos e imunológicos. Nas análises, utilizaramse os testes t de Student, o qui-quadrado ou exato de Fisher, o teste de log rank e a regressão de Cox. Resultados: Entre os 693 pacientes, foram observadas 34 recidivas (4,9% ou 1,1 por 100 pessoas-ano) no período do seguimento (3,3 ± 2,3 anos), mais frequentemente nos pacientes HIV-positivos do que nos HIV-negativos (11,2 vs. 3,0% ou 4,0 vs. 0,9 por 100 pessoas-ano; p < 0,001) e nos pacientes que fizeram uso irregular dos fármacos antituberculose do que naqueles com uso regular (8,4 vs. 3,5% ou 0,2 vs. 0,1 por 100 pessoasano; p = 0,006). Na análise multivariada, apenas a infecção pelo HIV permaneceu como fator de risco independente para a recidiva da tuberculose (RDI = 2,73; IC95% 1,30-5,73; p = 0,008). Dentre os pacientes HIV-positivos, a taxa de recidiva foi maior em pacientes com uso irregular dos fármacos antituberculose quando comparados aos que os usaram regularmente (17,9 vs. 6,0%; p = 0,008), nos pacientes com uso inadequado de antirretrovirais quando comparados com os que não tinham indicação ou com os que os usaram adequadamente quando indicado (17,6 vs. 5,7%; p = 0,034), nos pacientes mais jovens (p = 0,049) e naqueles que receberam doses mais elevadas de rifampicina (p = 0,025), isoniazida (p = 0,025) e pirazinamida (p = 0,010). Na análise multivariada, o uso inadequado de antirretrovirais e ser mais jovem mostraram-se como fatores de risco independentes para a recidiva da tuberculose (RDIARV = 4,32, IC95% 1,45-12,9, p = 0,009; RDIIDADE = 0,93, IC95% 0,86-0,99). Conclusões: A infecção pelo HIV é fator de risco para a recidiva da tuberculose em pacientes tratados com o esquema RHZ autoadministrado em ambiente de alta prevalência da tuberculose. Nos pacientes HIV-positivos o uso de antirretrovirais mostrou-se fator de proteção, devendo esses fármacos ser iniciados o mais precocemente possível durante o tratamento da tuberculose e indicados para pacientes com valores mais altos de CD4. / Introduction: Among tuberculosis patients treated with regimens containing rifampicin, isoniazid, and pyrazinamide (RHZ), higher recurrence rates have been observed in those infected with the human immunodeficiency virus (HIV). Objective: To assess the association between HIV infection and tuberculosis recurrence in patients treated with a short-course, self-administered, RHZ regimen. Methods: A cohort of 693 adult patients with confirmed tuberculosis, with no previous treatment for the disease, cured with the RHZ regimen at a tuberculosis reference center in Porto Alegre, southern Brazil, between 1998 and 2006, was assessed with regard to associations with HIV infection and demographic, clinical, and immunological factors. Student’s t test, the chi-square test, Fisher’s exact test, log rank test and Cox’s regression were used to statistically analyze the data. Results: There were 34 cases of recurrence in the cohort of 693 patients (4.9% or 1.1 per 100 person-year) during the follow-up period (3.3 ± 2.3 years), with higher results observed for HIV-positive patients when compared with HIV-negative ones (11.2 vs. 3.0% or 4.0 vs. 0.9 per 100 person-year; p < 0.001) and for patients using antituberculosis drugs irregularly when compared with those taking the drugs regularly (8.4 vs. 3.5% or 0.2 vs. 0.1 per 100 person-year; p = 0.006). In the multivariate analysis, only HIV infection remained as an independent risk factor for tuberculosis recurrence (HR = 2.73; 95%CI 1.30-5.73; p = 0.008). Among HIV-positive patients, the recurrence rate was higher in patients using antituberculosis drugs irregularly when compared with those taking the drugs regularly (17.9 vs. 6.0%; p = 0.008), in patients who did improperly use antiretroviral agents when compared with those who were not prescribed these drugs or those who did adequately use them when so indicated (17.6 vs. 5.7%; p = 0.034), in younger patients (p = 0.049), and in patients who had received higher doses of rifampicin (p = 0.025), isoniazid (p = 0.025) and pyrazinamide (p = 0.010). In the multivariate analysis, inadequate use of antiretroviral agents along with being younger remained as independent risk factors for tuberculosis recurrence (HRARV = 4.32, 95%CI 1.45- 12.9, p = 0.009; HRAGE = 0.93, 95%CI 0.86-0.99). Conclusions: HIV infection is a risk factor for tuberculosis recurrence in patients treated with self-administered RHZ in areas with a high prevalence of tuberculosis. In HIV-positive patients, the use of antiretroviral agents proved to be a protective factor against recurrence, suggesting that the use of these drugs should be initiated as early as possible during the treatment of tuberculosis and indicated to patients with higher CD4 cell counts.
|
764 |
Mortality profile in HIV infected individuals in HAART era : an analysis of a reference center in BrazilReal, Lúcia Helena Gonzales January 2011 (has links)
Introdução: Após o reconhecimento da AIDS como uma nova entidade clínica e o isolamento do vírus HIV como agente causador, no início dos anos 80, mudou a história dessa infecção. Com a instituição da terapia antirretroviral combinada (cART), em 1996 e com os avanços no tratamento, houve uma dramática redução na mortalidade como na morbidade das pessoas infectadas pelo vírus HIV. A expansão do acesso aos antirretrovirais contribuiu com declínio de 19% da mortalidade entre 2004 e 2009. Esses benefícios, observados em diversas populações analisadas ao longo do tempo, resultaram no aumento da sobrevida e na melhora da qualidade de vida desses indivíduos. Existem hoje, segundo dados da UNAIDS, 33,4 milhões de pessoas infectadas no mundo e, dessas, 10 milhões de indivíduos deveriam ter iniciado cART em 2009. O propósito desse estudo foi medir a mortalidade e estudar fatores associados com maior risco de morte em uma coorte de indivíduos portadores do vírus HIV, que consultam em um serviço especializado em atendê-los, no sul do Brasil. Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo que analisou 1707 pacientes HIV-positivos que consultaram em um centro de referência entre abril de 1998 e abril de 2008, com idade superior a 13 anos, que tinham realizado mais de uma medida de contagem de células CD4 durante o período do estudo. Dos 2494 pacientes potencialmente elegíveis 787 pacientes foram excluídos da análise (31,5%), por não preencherem os critérios de inclusão. Foram analisados dados sóciodemográficos, categorias de exposição, co-infecção com HCV, contagem de células CD4 mais baixa, última contagem de células CD4 realizada, diagnóstico de AIDS no início do seguimento e número de esquemas antirretrovirais prescritos. Resultados: Entre 1998 e 2008 nós identificamos 368 mortes (21,5%) e 378 (22.1%) indivíduos foram considerados perda de seguimento. O maior fator de risco de morte encontrado na análise foi a última contagem de células CD4 disponível. O risco de morte foi maior para os não brancos, para os homens, para as pessoas mais velhas e para pacientes com co-infecção com HCV. Na análise ajustada, o aumento de risco de morte foi confirmado para os homens (HR 1,33; 95% IC 1,06 - 1,67; p= 0,016); para as pessoas mais velhas (HR 2,12; 95% IC 1,44-3,12; p= 0,001) e para os não brancos (HR 1,33, 95% IC 1,04-1,71, p= 0,023) As variáveis do nível intermediário do modelo, co-infecção com HCV e número de regimes de ARVs, permaneceram também significativamente associadas à morte (HR 5,30, 95% IC 2,43-11,57, p=0,001 e HR 3,74; 95% IC 1,50-9,30, p= 0,010, respectivamente). Na análise das variáveis do terceiro nível, a última contagem de células CD4 disponível permaneceu estatisticamente significativa (HR 19, 31, 95% IC 4,97-75,12, p=0,001). Indivíduos cuja última contagem de células CD4 foi < 100/mm³ tiveram um risco de morte cerca de vinte vezes maior quando comparados com aqueles com contagem de células CD4 de 500 /mm³ ou mais. Conclusões: Estes resultados, em parte, confirmam achados encontrados em outros estudos. A contagem do último CD4 foi a medida que melhor capturou a chance de morte na coorte estudada. Nossos resultados também reforçam a necessidade de maiores informações pelos gestores e profissionais que prestam assistência a esses indivíduos e de medidas que analisem e explorem as causas da perda de seguimento encontradas no estudo.
|
765 |
Tradução, adaptação e validação de um questionário de conhecimento de fatores de risco cardiovascular para pacientes com doença arterial coronarianaSaffi, Marco Aurélio Lumertz January 2010 (has links)
Resumo não disponível
|
766 |
Presença de fatores de risco cardiovascular e nível de conhecimento nutricional em adolescentes do ensino médio de escolas públicas estaduais de Porto Alegre/RSRocha, Priscyla Bones January 2011 (has links)
INTRODUÇÃO: As doenças do aparelho circulatório são a principal causa de morte no Brasil, e a região Sul apresenta a maior proporção de óbitos por esta causa de morte. A adolescência é a fase em que o padrão de estilo de vida se encontra em estruturação, repercutindo no risco do desenvolvimento das doenças cardiovasculares na vida adulta. Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, o consumo alimentar é considerado um forte preditor de risco. O conhecimento sobre as recomendações dietéticas é considerado um preditor significativo da mudança do comportamento alimentar. OBJETIVOS: verificar a presença de fatores de risco cardiovascular e o nível de conhecimento nutricional em adolescentes do ensino médio de escolas públicas estaduais de Porto Alegre/RS, descrever as características sóciodemográficas dos participantes do estudo, identificar fatores condicionantes socioeconômicos e ambientais para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares e avaliar a prevalência de pré-hipertensão e hipertensão. MÉTODOS: foram avaliados os seguintes fatores de risco cardiovascular: fumo, excesso de peso, adiposidade abdominal, pressão arterial, nível de atividade física e hábito alimentar. Para a avaliação do conhecimento nutricional, foi desenvolvido um questionário baseado no Guia Alimentar da População Brasileira, sendo o conhecimento classificado como alto ou baixo. RESULTADOS: Foram avaliados 763 alunos com idade média de 16,5 anos (±1,2), sendo a maioria solteiros (98%) e 56,5% do sexo feminino. Aproximadamente 70% referiram ser brancos. Mais da metade encontra-se na classe econômica B. As mães com escolaridade >8 anos representam 59% e entre os pais esse valor cai para 52,8%. Menos de 1% foram classificados como desnutridos e 26,7% como excesso de peso, sendo 17,8% sobrepeso e 8,9% obesidade. A adiposidade abdominal foi encontrada em 13,7% dos estudados. A prevalência de pré-hipertensão e hipertensão foi de 4,7% e 17,6%, sendo significativamente maior entre os meninos. O fumo foi referido por 8,5%. Cerca de 30% apresentaram baixo nível de atividade física, sendo os meninos significativamente mais ativos. Em torno de 16% apresentaram consumo alimentar elevado e 46% excessivo de alimentos considerados marcadores de risco cardiovascular. A regressão de Poisson revelou que a prevalência de hipertensão esteve fortemente associada ao sexo, ao excesso de peso e à idade. O questionário de conhecimento desenvolvido apresenta validade interna e verificou que mais de 80% dos adolescentes apresentaram alto nível de conhecimento. Níveis mais elevados de conhecimento foram verificados entre os que cursavam as séries finais do ensino médio e entre os que apresentavam menor consumo de alimentos considerados preditores potenciais das doenças coronarianas. O gosto do alimento foi considerado o determinante mais importante da escolha alimentar. CONCLUSÕES: A identificação precoce da exposição a fatores de risco cardiovascular na população jovem é fundamental para a elaboração de estratégias de prevenção. Modificações de estilo de vida que reduzam a exposição a fatores de risco, incentivem a prática de atividade física, promovam hábitos alimentares saudáveis e, consequentemente ocasione a redução de peso, são alternativas de alcançar a redução dos níveis pressóricos. Como o comportamento alimentar impacta diretamente na saúde, torna-se necessário o desenvolvimento de estratégias de intervenção nutricional efetivas visando a mudança de práticas alimentares inadequadas e que propiciem qualidade de vida em longo prazo para essa população. / BACKGROUND: The cardiovascular diseases are the leading cause of death in Brazil, and South has the highest proportion of deaths from this cause of death. Adolescence is the stage where the standard of lifestyle is being structured, reflecting the risk of developing cardiovascular disease in adulthood. Among the risk factors for developing cardiovascular disease, food consumption is considered a strong predictor of risk. The knowledge about dietary recommendations is considered a significant predictor of eating behavior. OBJECTIVES: To verify the presence of cardiovascular risk factors and the level of nutritional knowledge among high school students from state schools in Porto Alegre / RS, describe the sociodemographic characteristics of study participants to identify socioeconomic and environmental factors responsible for the development of diseases cardiovascular and assess the prevalence of prehypertension and hypertension. METHODS: We evaluated the following cardiovascular risk factors: smoking, overweight, abdominal obesity, blood pressure, physical activity level and eating habits. For the assessment of nutrition knowledge, a questionnaire was developed based on the Food Guide of the Brazilian population, and knowledge classified as high or low. RESULTS: A total of 763 students with an average age of 16.5 years (± 1.2), mostly unmarried (98%) and 56.5% female. Approximately 70% reported being white. More than half is in economy class B. The mothers with schooling> 8 years and 59% among parents this figure falls to 52.8%. Less than 1% were classified as malnourished and 26.7% as overweight, and 17.8% overweight and 8.9% obese. The abdominal fat was found in 13.7% of their subjects. The prevalence of prehypertension and hypertension was 4.7% and 17.6%, being significantly higher among boys. The smoke was reported by 8.5%. About 30% had low levels of physical activity, boys are significantly more active. Approximately 16% had high dietary intake and 46% of foods considered excessive cardiovascular risk markers. Poisson regression showed that prevalence of hypertension was strongly associated with sex, excess weight and age. The knowledge questionnaire developed internal validity and has found that more than 80% of adolescents had a high level of knowledge. Higher levels of knowledge were observed among those attending the final grades of high school and among those with lower consumption of foods considered potential predictors of coronary heart disease. The taste of food was considered the most important determinant of food choice. CONCLUSIONS: Early identification of exposure to cardiovascular risk factors in young people is fundamental to the development of prevention strategies. Lifestyle changes that reduce exposure to risk factors, encourage physical activity, promote healthy eating habits and consequently caused a reduction of weight, are alternatives to achieve the reduction of blood pressure. As the feeding behavior directly impacts on health, it becomes necessary to develop effective nutrition intervention strategies aimed at changing dietary practices that provide inadequate and quality of life in long-term for this population.
|
767 |
Estudo morfométrico e estereológico digital da mucosa do intestino delgado de crianças eutróficas e desnutridas com diarréiaPires, Ana Luiza Guedes January 2002 (has links)
Objetivos: Testar a hipótese de que a mucosa do intestino delgado proximal de crianças com diarréia persistente apresenta alterações morfométricas e estereológicas proporcionais ao estado nutricional. Métodos: estudo transversal, incluindo 65 pacientes pediátricos internados no período de maio de 1989 a novembro de 1991, com idade entre 4 meses e 5 anos , com diarréia de mais de 14 dias de duração, que necessitaram realizar biópsia de intestino delgado como parte do protocolo de investigação. A avaliação nutricional foi realizada pelos métodos de Gomez, Waterlow e pelos escores z para peso/ idade (P/I), peso/estatura (P/E) e estatura/idade (E/I), divididos em: eutróficos = z ≥ 2 DP e desnutridos z < -2dp; eutróficos = z ≥ 2 DP, risco nutricional = z < -1DP e desnutridos = z < -2DP; e de maneira contínua em ordem decrescente, utilizando-se as tabelas do NCHS. A captura e análise das imagens por programa de computador foi efetuada com o auxílio do patologista. Nos fragmentos de mucosa do intestino delgado, foram medidas a altura dos vilos, a profundidade das criptas, a espessura da mucosa, a espessura total da mucosa e a relação vilo/cripta, com aumento de 100 vezes. Com aumento de 500 vezes, foram medidas a altura do enterócito, a altura do núcleo e do bordo em escova. O programa computadorizado utilizado foi o Scion Image. A análise estereológica, foi feita com o uso de arcos ciclóides. Resultados: Para os escores z P/I, P/E e E/I, divididos em duas categorias de estado nutricional, não houve diferença estatisticamente significante quanto às medidas da altura dos vilos, profundidade das criptas, espessura da mucosa, espessura total da mucosa e relação vilo/cripta. A altura do enterócito foi a característica que apresentou maior diferença entre os grupos eutrófico e desnutrido, para os índices P/I e P/E, em 500 aumentos, sem atingir significância estatística. Quando os escores z foram divididos em 3 categorias de estado nutricional, a análise morfométrica digitalizada mostrou diferença estatisticamente significante para a relação vilo/cripta entre eutróficos e desnutridos leves e entre eutróficos e desnutridos moderados e graves (p=0,048). A relação vilo/cripta foi maior nos eutróficos. A avaliação nutricional pelos critérios de Waterlow e a análise estereológica não mostraram associação com o estado nutricional. Pelo método de Gomez, houve diferença estatisticamente significante para a altura do enterócito entre eutróficos e desnutridos de Grau III: quanto maior o grau de desnutrição, menor a altura do enterócito (r= -.3330; p = 0,005). As variáveis altura do enterócito, altura do núcleo do enterócito e do bordo em escova apresentaram uma clara associação com os índices P/I (r=0,25;p=0,038), P/E (r=0,029;p=0,019) e com o critério de avaliação nutricional de Gomez (r=-0,33;p=0,007), quando foram avaliadas pelo coeficiente de correlação de Pearson. A altura do núcleo mostrou associação com o índice P/I (r=0,24;p=0,054). A altura do bordo em escova mostrou associação com o índice P/I (r=0,26;p=0,032) e a avaliação nutricional de Gomez (r=-0,28;p=0,020). Conclusões: As associações encontradas entre o estado nutricional - avaliado de acordo com Gomez e os índices P/I e P/E - e as variáveis da mucosa do intestino delgado mostraram relação com o peso dos pacientes. Embora estas associações tenham sido de magnitude fraca a moderada, há uma tendência à diminuição do tamanho do enterócito, seu núcleo e seu bordo em escova à medida que aumenta o grau de desnutrição. / Objectives: To test the hypothesis that the proximal small intestinal mucosa of children with persistent diarrhea presents morphometric and stereologic changes, proportional to their nutritional status. Methods: We performed a cross-sectional study with 65 pediatric patients, with ages varying from 4 months to 5 years, who were admitted between May 1989 and November 1991 with persistent diarrhea for over 14 days. These patients were submitted to small intestinal biopsy, as part of the investigation protocol. The nutritional assessment was performed according to the methods proposed by Gomez, Waterlow, and through z-scores for weight/age (W/A), weight/height (W/H) and height/age (H/A) ratios, divided into: eutrophic = z ≥ 2SD and malnourished z < -2SD; eutrophic = z ≥ 2SD, nutritional risk z < -1SD and malnourished = z < -2SD; and continuously, in descending order, using the NCHS charts. Computer images were obtained and analyzed with a pathologist assistance. Villous height, crypt depth, mucosal thickness, total mucosal thickness, and villous/crypt ratio were measured in the fragments of the small intestinal mucosa, enlarged 100 times. When images were enlarged 500 times, enterocyte height, nuclear height and brush-border height were measured. The software used was Scion Image. Stereologic analysis was performed using cycloid arcs. Results: For W/A, W/H and H/A z-scores, divided into two nutritional status categories, no statistically significant difference was observed in regard to villous height, crypt depth, mucosal thickness, total mucosal thickness and villous/crypt ratio. Enterocyte height presented the most significant difference between eutrophic and malnourished groups, for the W/A and W/H ratios, with a 500x enlargement, although this difference was not statistically significant. When z-scores were subdivided into three nutritional status categories, a digital morphometric analysis showed a statistically significant difference for the villous/crypt ratio between the eutrophic and slightly malnourished group and the eutrophic and mild to severe malnourished group (P=0.048). The villous/crypt ratio was higher among eutrophic children. Nutritional assessment, according to Waterlow criteria, and stereologic analysis were not associated with nutritional status. According to Gomez’s method, a statistically significant difference in enterocyte height was observed between eutrophic and level III malnourished children: the higher the level of malnutrition, the more reduced the height of the enterocyte (r= -.3330; P=0.005). The variables enterocyte height, height of enterocyte nucleus and brush-border height presented a clear association with the W/A ratio (r=0.25; P=0.038), W/H ratio (r=0.029; P=0.019), as well as with Gomez’s criterion for nutritional status (r=-0.33; P=0.007), when evaluated through Pearson’s correlation coefficient. The height of the nucleus was associated with W/A ratio (r=0.24; p=0.054). Brush-border height was associated with W/A ratio and with Gomez’s nutritional assessment (r=-0.28; P=0.020). Conclusions: The observed associations between nutritional status – evaluated according to Gomez and W/A and W/H ratios – and the analyzed small intestinal mucosa variables showed a positive correlation with patients’ weight. Although these associations were of a slight to moderate magnitude, we observed a tendency of enterocyte size reduction, as well as a reduction in the size of its nucleus and brush-border, as the level of malnutrition increases.
|
768 |
Fatores de risco para doenças cardiovasculares em uma coorte de adultos da região urbana de Porto AlegreMoraes, Renan Stoll January 2002 (has links)
Resumo não disponível.
|
769 |
Fatores de risco para morte em pacientes diabéticos e não diabéticos em tratamento hemodialíticoZaslavsky, Lerida Maria Araujo January 2002 (has links)
A mortalidade dos pacientes diabéticos, quando iniciam tratamento hemodialítico, ainda é muito elevada, significativamente maior do que a dos pacientes não diabéticos. As doenças cardíacas são a principal causa de morte nestes pacientes. O diabetes, por si só, está associado a uma alta prevalência de hipertensão, doença cardiovascular e insuficiência cardíaca, resultando em morbi-mortalidade significativas. Tradicionalmente, a mortalidade tem sido associada à cardiopatia isquêmica. A mortalidade cardiovascular, entretanto, não está relacionada apenas à isquemia, mas também à insuficiência cardíaca e à morte súbita. O objetivo deste estudo foi analisar o papel da doença cardiovascular como fator prognóstico para a morte de pacientes diabéticos e não diabéticos, que iniciam hemodiálise, levando em consideração outros fatores. Este foi um estudo prospectivo de uma coorte de 40 pacientes diabéticos e 28 não diabéticos, que iniciaram programa de hemodiálise, de agosto de 1996 a junho de 1999, em 5 hospitais de Porto Alegre, Brasil. O tempo total de acompanhamento foi de 4,25 anos. A avaliação inicial, realizada entre o 20 e o 30 mês de hemodiálise, incluiu: um questionário com características demográficas, história do diabetes e suas complicações, história de hipertensão e acidente vascular cerebral; o exame físico incluindo avaliação nutricional e exame oftalmológico; e avaliação laboratorial com medidas de parâmetros nutricionais, bioquímicos, hormonais, perfil lipídico, e controle metabólico do diabetes, além da avaliação da adequação da diálise. Para a avaliação cardiovascular foram utilizados: questionário Rose, ECG em repouso, cintilografia em repouso e sob dipiridamol, e ecocardiograma bi-dimensional e com Doppler. A mortalidade foi analisada ao final dos 51 meses, e as causas de morte, definidas pelos registros médicos, atestados de óbito ou informações do médico assistente ou familiar. Na análise estatística, foram empregados o teste t de Student, o qui-quadrado (χ2) ou teste exato de Fisher. Para a análise da sobrevida, o método de Kaplan-Meier foi utilizado, e, para identificar os principais fatores associados à mortalidade, construiu-se um modelo de regressão múltipla de Cox. O nÍvel de significância adotado foi de 5%. Ao final do estudo, os pacientes diabéticos tiveram um índice de mortalidade significativamente mais elevado do que os pacientes sem diabetes (47,5% vs. 7,1%; P=0,0013, log rank test). Na análise de Cox, o padrão pseudonormal ou restritivo de disfunção diastólica esteve associado a um risco de 3,2 (IC 95%:1,2-8,8; P=0,02), e a presença de diabetes, a um risco de 4,7 (IC 95%:1,03-21,4; P=0,04) para a morte. Concluiu-se que a disfunção diastólica do ventrículo esquerdo foi o principal preditor de mortalidade nesta coorte de pacientes que estão iniciando tratamento hemodialítico. / The mortality rate of diabetic patients on hemodialysis is higher than in comparable non-diabetic patients. Cardiovascular diseases are the most common causes of death in these patients. Diabetes is associated with a higher prevalence of hypertension, cardiovascular disease and cardiac failure, and these associations result in significant morbidity and mortality. Traditionally, mortality has been associated to coronary artery disease, since it is often present in diabetic patients at the time renal replacement therapy is initiated. Nevertheless, cardiovascular mortality is not only related to myocardial ischaemia, but also to a high incidence of heart failure and sudden death. The aim of this study was to evaluate the role of cardiovascular disease on mortality of diabetic patients starting hemodialysis, taking into account other factors that could affect survival. This was a 4.25-year prospective study of a cohort of 40 diabetic and 28 non-diabetic patients starting hemodialysis in 5 dialysis centers of the metropolitan area of Porto Alegre, Brazil, between August, 1996 to June, 1999. The baseline evaluation was conducted from the 2nd to the 3rd month of hemodialysis and the total follow-up time was 51 months. Information about the causes of death was obtained from medical records, assistant nephrologist, death certificates and patients’ relatives. The protocol of the study included: a questionnaire with demographic characteristics, history of diabetes and its complications, history of hypertension and cerebral vascular accident; physical examination, including measurement of nutritional parameters, and fundoscopy; and laboratory evaluation of nutritional and hormonal parameters, metabolic control of diabetes and lipid profile. The effectiveness of dialysis was evaluated by urea reduction rate. Cardiovascular status was assessed through World Health Organization questionnaire, rest electrocardiogram analyzed according to Minnesota Code, myocardial scintigraphy with Technetium-99-sestamibi at rest and after dipyridamole and M-mode, two-dimensional and Doppler echocardiogram. On the basis of the findings of the transmitral flow Doppler echocardiography, patients were prospectively categorized as having normal, deficit of relaxation, pseudo-normal or restrictive pattern. Regarding statistical analysis, in the comparison of descriptive data, Student’s t test was used for analysis of continuous variables, and either the chi-square test (χ2) or Fisher’s exact test were used for categorical variables. The Kaplan-Meier method was used for analysis of survival. The Cox’s proportional hazards model with Wald’s statistics was used to evaluate the effect of independent predictors on patients’ survival. Significance was established at 5%. At the end of the study period, patients with diabetes presented an overall mortality rate [19/40 (47.5%)] higher than patients without diabetes [2/28 (7.1%), P=0.0013, log rank test). According to Cox’s proportional-hazards model, the patterns pseudo-normal or restrictive of diastolic dysfunction (HR:3.2; 95%CI 1.2-8.8; P=0.02) and the presence of diabetes (HR:4.7; 95%CI:1.03-21.4; P=0.04) were associated with mortality. We concluded that left ventricular diastolic dysfunction was the main predictor of mortality in this cohort of diabetic patients starting dialysis. Intensive treatment of cardiovascular risk factors before starting and during dialysis might reduce the mortality rate of diabetic patients.
|
770 |
Ascensão e queda na mortalidade por doença isquêmica do coração no século XX : a epidemia nos EUA e um inquérito epidemiológico sobre sua causaAzambuja, Maria Ines Reinert January 2001 (has links)
Os fatores de risco clássicos para o desenvolvimento de doença isquêmica do coração (DIC) explicam menos de 50% da queda na mortalidade observada desde 1950. A transição em curso, do paradigma degenerativo para o inflamatório/infeccioso, requer nova interpretação causal das tendências temporais. Este é um estudo ecológico, baseado em dados dos Estados Unidos, que mostra, em homens e mulheres, uma associação entre a distribuição etária da mortalidade por influenza e pneumonia (I&P) associada à pandemia de influenza de 1918-1919 na faixa dos 10 aos 49 anos e a distribuição da mortalidade por DIC, entre 1920 e 1985, em sobreviventes das coortes de nascimento correspondentes. Mostra ainda uma correlação negativa significativa (r = -0,68, p = 0,042) entre o excesso de mortalidade por I&P acumulado em epidemias entre 1931-1940 (utilizado como indicador da persistência da circulação de vírus H1N1 aliada à vulnerabilidade à infecção) e a ordem do início do declínio na mortalidade por DIC, em nove divisões geográficas dos Estados Unidos. Os dados sugerem, à luz do conhecimento biológico atual, que a pandemia de influenza de 1918 (e as que se seguiram até 1957) pudesse ter tido papel determinante na epidemia de mortalidade por DIC registrada no século XX. / The classic risk factors for developing coronary heart disease (CHD) explain less than 50% of the decrease in mortality observed since 1950. The transition currently under way, from the degenerative to the infectious-inflammatory paradigm, requires a new causal interpretation of temporal trends. The following is an ecological study based on data from the United States showing, in men and women, an association between the age distribution of mortality from influenza and pneumonia (I&P) during the 1918-1919 influenza pandemic in the 10-49-year age bracket and the distribution of CHD mortality from 1920 to 1985 in survivors from the corresponding birth cohorts. It further shows a significant negative correlation (r = -0.68, p = 0.042) between excess mortality from I&P accumulated in epidemics from 1931 to 1940 (used as indicator for persistent circulation of H1N1 virus combined with vulnerability to infection) and the order of the beginning in the decline in CHD mortality in nine geographic divisions in the United States. In light of current biological knowledge, the data suggest that the 1918 influenza pandemic (and subsequent epidemics up to 1957) might have played a determinant role in the epidemic of CHD mortality registered in the 20th century.
|
Page generated in 0.1036 seconds