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Utopia e materialismo: estudo sobre a interpretação blochiana das Onze teses de Marx sobre Feuerbach / Utopia and materialism: study of the blochian interpretation of the Marx's Eleven theses on Feuerbach

Lorenzon, Anna Maria 29 May 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-10T18:26:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Anna Maria Lorenzoni.pdf: 707384 bytes, checksum: 84b60748bd86c968dc6c8dbc47b8259b (MD5) Previous issue date: 2015-05-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Only apparently paradoxical, the concepts of Utopia and Materialism are essential to understand the philosophy of Ernst Bloch, to the extent that underlie what the author calls, in the title of his magnum opus, The Principle of Hope. Reason of controversy between marxist interpreters, Bloch argues that many of the foundations of his Concrete Utopia part of the own philosophy of Karl Marx, and, based on this claim, we will try to explain in this work, the blochian arguments that prove not only the conciliation of utopia and materialism, but also the intrinsic relationship of the marxism with the blochian notion of concrete utopia. The so-called Marx's Eleven Theses on Feuerbach, were, according to Bloch, the first writings to indicate the reality which can be changed, out of the materialism of the base behind the lines into that of the Front and therefore received a major chapter in The Principle of Hope Changing the World or Marx's Eleven Theses on Feuerbach which is our object of study, as well as others texts of the young Marx indicated by Bloch. Our author brings contributions to marxist studies in that it suggests the rehabilitation of the revolutionary imagination within marxism, doing it without contesting the need for economic and political analysis, but integrating utopian thinking, in all its dimensions, on the horizon of the marxist transformation project of the world. The point of convergence of blochian philosophy with Marxian theory is perceived in the common horizon of the authors: the humanization of the world and the release from alienation and exploitation of human beings. Our work is structured according to the grouping of the Theses used by Bloch, according to a philosophical criteria, sorting them by themes and content. In the first chapter, we discuss the materialistic-utopian elements of blochian philosophy having as guide the interpretation made by the author of the epistemological and anthropological-historical groups of the marxian Eleven Theses respectively, theses 5, 1 and 3, and theses 4, 6, 7, 9 and 10. Already present in the classic questions of German idealism, reappear here problems related to the reconciliation of nature and spirit, especially the blochian concept of possibility , which appears as a mediator category of classical concepts freedom and necessity . Meanwhile, in the anthropological sphere, highlights the question of the human, surfacing recovery of humanism found in the author's thought. The humanization process is only possible, in the blochian perspective, with theory and philosophical praxis connected, both in marxist molds. As a result, in the second chapter we will cover the blochian modes and criteria for the transformation of the world. In this sense, the thesis 2 e 8, theory-praxis group, not only deal with the activity of thought, but also concerned about the criteria that demonstrate and validate the truth of a theory that is intended to serve as a guide to transforming actions, and culminate in the famous thesis 11, which guides the author's conception of philosophy, that is, a philosophy understood in the future-laden properties of reality . / Apenas aparentemente paradoxais, os conceitos de Utopia e Materialismo são imprescindíveis para compreender a filosofia de Ernst Bloch, na medida em que fundamentam aquilo que o autor denomina, no título de sua obra magna, O Princípio Esperança. Motivo de controvérsias entre os intérpretes marxistas, Bloch alega que muitos dos fundamentos de sua Utopia Concreta fazem parte da própria filosofia de Karl Marx, e, baseando-nos nessa alegação, tentaremos explicitar, neste trabalho, os argumentos blochianos que comprovam não só a conciliação de utopia e materialismo, mas também a relação intrínseca do marxismo com a noção blochiana de utopia concretamente concebida. As chamadas Onze teses de Marx sobre Feuerbach, foram, segundo Bloch, os primeiros escritos a indicar o caminho para a realidade passível de transformação, do materialismo da etapa para o da linha de frente e, por isso, receberam um capítulo destaque em O Princípio Esperança A transformação do mundo ou As Onze teses de Marx sobre Feuerbach , que é nosso objeto de estudo, assim como outros textos do jovem Marx indicados por Bloch. Nosso autor traz contribuições para os estudos marxistas na medida em que sugere a reabilitação da imaginação revolucionária no interior do marxismo, fazendo-o sem contestar a necessidade da análise econômico-política, mas integrando o pensamento utópico, em todas as suas dimensões, no horizonte do projeto marxista da transformação do mundo. O ponto de convergência da filosofia blochiana com a teoria marxiana é percebido no horizonte comum dos autores: a humanização do mundo e a libertação da alienação e da exploração do ser humano. Nosso trabalho está estruturado de acordo com o agrupamento das Teses utilizado por Bloch, segundo um critério filosófico, separando-as por temas e conteúdos. No primeiro capítulo, abordaremos os elementos utópico-materialistas da filosofia blochiana tendo como guia a interpretação feita pelo autor dos grupos epistemológico e histórico-antropológico das Onze Teses marxianas respectivamente, teses 5, 1 e 3, e teses 4, 6, 7, 9 e 10. Já presentes nas questões clássicas do idealismo alemão, reaparecem aqui os problemas relacionados à conciliação da natureza e do espírito, com destaque para o conceito blochiano de possibilidade , que aparece como categoria mediadora dos conceitos clássicos de liberdade e de necessidade . Enquanto isso, na esfera antropológica, evidencia-se a pergunta pelo humano, vindo à tona a valorização do humanismo encontrado no pensamento do autor. O processo de humanização só é possível, na perspectiva blochiana, com teoria e práxis filosóficas conjugadas, ambas nos moldes marxistas. Em vista disso, no segundo capítulo abordaremos os modos e critérios blochianos para a transformação do mundo. Nesse sentido, as teses 2 e 8, do grupo teoria-práxis, não apenas tratam da atividade do pensamento, como também preocupam-se com os critérios que comprovam e validam a veracidade de uma teoria que pretende servir como guia para ações transformadoras, e culminam na famosa tese 11, que orienta a concepção de filosofia do autor, isto é, uma filosofia entendida nas propriedades da realidade portadoras do futuro .
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Tonalidades afetivas e poesia: uma analogia possível no Heidegger da viragem / Affective tone and poetry: an analogy possible in Heidegger's "turning point"

Brito, Marcos Antonio de Souza 07 August 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-10T18:26:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Marcos A de Souza Brito.pdf: 1070216 bytes, checksum: 3b5b6935ae7fa2ad4fba2dfc9bff1167 (MD5) Previous issue date: 2015-08-07 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The present research investigates two themes (parts of a single issue) connected to two distinct phases in Heidegger's thinking . In relation to the first phase (the so-called "first Heidegger"), the search is returned strongly to the shades affective (Stimmungen) according to that were addressed in Being and time, especially in §. 29, And fundamental concepts of metaphysics: world, finitude, solitude. Such affective tones were presented as ontological structures responsible for making sure that the being-there is always in a state of "willing to ... ". The provision, "be willing to ... " since any affective tone, form, along with understanding and discourse, the existential that portray how the being-there is in the world. The second phase (the so-called "second Heidegger") the theme ruled was the poetry, designed understood how language originated. The poetry was differentiated from poem by it should not be confused with mere literary style. The poetry while language originating in (Dichtung) brings the loved for the first time in the open air to nominate him, while poem (Poiesie) is identified with the art of making poems. Affective Tone and poetry were discussed from a point of view ontological. The transition to the second phase was worked from what became known as the "turning point" (Kehre). To deal with the change we have made it clear that there is no contradiction between the phases, there is seen that Heidegger, without denying the turning point, for more than once stated that his philosophy dealing with a single issue. The turning point became evident in the 1930s and marked a repositioning of the question raised in Being and time. The project of fundamental ontology, this in Being and time, was carried out from three sub-projects: existential analytical, destruction of the history of metaphysics and hermeneutics of facticity . The existential analytical, from which were analyzed the shades, fell on the being-there and has reached its limit by the impossibility of justifying historical ontologies, hence there was talk of "failure" in Being and time . Put the themes in evidence, was the work of an analogy, possible by taking into account the ontological characteristics regarding the affective tones and the poetry. / A presente pesquisa investiga dois temas (partes de uma única questão) ligados a duas fases distintas no pensamento heideggeriano. Em relação à primeira fase (o assim chamado primeiro Heidegger ), a pesquisa se voltou enfaticamente para as tonalidades afetivas (Stimmungen) de acordo com que foram abordadas em Ser e tempo, principalmente no §. 29, e Conceitos fundamentais da metafísica: mundo, finitude, solidão. Tais tonalidades afetivas foram apresentadas como estruturas ontológicas responsáveis por fazer com que o Dasein esteja sempre em estado de disposto a... . A disposição, o estar disposto para... desde alguma tonalidade afetiva, forma, juntamente com compreensão e discurso, os existenciais que retratam como o ser-aí é no mundo. Quanto à segunda fase (o dito segundo Heidegger ) o tema pautado foi a poesia, concebida como linguagem originária. A poesia foi diferenciada de poema por que ela não deve ser confundida com mero estilo literário. A poesia enquanto linguagem originária (Dichtung) traz o ente pela primeira vez ao aberto nomeando-o, como poema (Poiesie) se identifica com a arte de fazer poemas. Tonalidade afetiva e poesia foram discutidas de um ponto de vista ontológico. A transição para a segunda fase foi trabalhada tendo em vista aquilo que ficou conhecido como viragem (Kehre). Ao lidar com a viragem deixamos claro a inexistência de contradição entre as fases, haja visto que Heidegger, sem negar a viragem, por mais de uma vez declarou que sua filosofia se ocupa com uma única questão. A viragem se tornou evidente na década de 1930 e marcou um reposicionamento da questão posta em Ser e tempo. O projeto da ontologia fundamental, presente em Ser e tempo, foi conduzido a partir de três subprojetos: analítica existencial, destruição da historia da metafísica e hermenêutica da facticidade. A analítica existencial, desde a qual foram analisadas as tonalidades, recaiu sobre o ser-aí e alcançou seu limite pela impossibilidade de fundamentar ontologias históricas, daí falou-se em fracasso de Ser e tempo. Postos os temas em evidência, procedeu-se o trabalho de uma analogia, possível pela consideração das características ontológicas concernentes as tonalidades afetivas e a poesia.
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A questão do mundo na fenomenologia de Edmund Husserl / The question of the world in Edmund Husserl‟s phenomenology

Cabral, Michelle Silvestre 27 October 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-10T18:26:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Michelle S Cabral.pdf: 1060781 bytes, checksum: b88fc5e113d9ff36c876bfbcf2c52bdd (MD5) Previous issue date: 2010-10-27 / Fundação Araucária / The goal of this dissertation is to investigate the statute of the notion of world in Husserl‟s phenomenology. It starts of an analysis of the elements involved in the characterization of this as universal objective correlate of the transcendental life. To do so, it was necessary to examine the notions of conscience and epoché, insofar as the understanding of its unique and original sense is determinative to a full apprehension of the proposed question. The notion of conscience is elaborated by Husserlian phenomenology in a radically opposing meaning to the modern conceptions of it, in which it was conceived, in general, as psychic interiority that articulates ideas or psychological data from incoming from stimulations received from the outside. According to Husserl, the true subjectivity should be described as ideal- transcendental field that encloses the constitution of both the poles involved in any experience. Its basic characteristic will be drawn by intentionality operative that ensure the direct correlation between possible subjects and possible objects. The method that allows to have access such field, becoming possible the pure description of the reference apriórica of the noetic acts its respective noematic correlates, is the method of epoché. The validation of this as appropriate procedure and demanded by the character of the inquiry is indispensable within the Husserlian thought. The process of eidetic variation and the role of the fantasy are also highlighted in function of its importance in the whole operation. The conception of the world drew from the use of this methodology that invalidates the natural attitude of consideration, while an naive and insufficient procedure to establish the knowledge, is extracted, first, in a movement of refutation to the concept modern of world. The conception of world as a horizon of meaning for each and every experience is based only through the overcoming of the traditional figures of conscience and idealism. The new meaning, established by phenomenology, brings as specificity determinative the essential character of the analysis, resource that allows it to raise it to the transcendental attitude of inquiry abandoning, concomitantly, the facticity imposed by natural consideration. The meticulous examination of the essential structure present in any one experience allows the verification of the horizons involved in each individual lived. The interconnection of these in an indefinite system of new experiences eidetically predetermined from the internal and external horizons of each objectivity individually taked, leads to the total horizon of the world. The world then will be characterized as the horizon of horizons or, still, as correlative infinite idea to infinities of possible experiences in the unity of one same life. It is, at last, to understand the world as sense Omni-encompassing that involves each individual experience in order to determine the indefinite possibility experiences possible according to the telos of agreement and sedimentation. / O objetivo da dissertação é investigar o estatuto da noção de mundo na fenomenologia de Husserl. Parte-se de uma análise dos elementos implicados na caracterização deste como correlato objetivo universal da vida transcendental. Para tanto, fez-se necessário examinar as noções de consciência e epoché, na medida em que a compreensão de seu sentido inédito e original é determinante para uma plena apreensão da questão proposta. A noção de consciência é elaborada pela fenomenologia husserliana numa significação radicalmente oposta às concepções modernas da mesma, nas quais era concebida, em geral, como interioridade psíquica que articula idéias ou dados psicológicos provenientes de estímulos recebidos do exterior. De acordo com Husserl, a verdadeira subjetividade deverá ser descrita como âmbito ideal-transcendental que abrange a constituição de ambos os pólos implicados numa experiência qualquer. Sua característica fundamental será traçada pela intencionalidade operante que garante a correlação direta entre sujeitos possíveis e objetos possíveis. O método que permite acessar tal âmbito, tornando possível a descrição pura da apriórica referência dos atos noéticos aos seus respectivos correlatos noemáticos, é o método da epoché. A validação deste como procedimento cabível e exigido pelo caráter da investigação se mostra indispensável no interior do pensamento husserliano. O processo de variação eidética e o papel da fantasia também são destacados em função de sua importância no todo da operação. A concepção de mundo haurida a partir do emprego desta metodologia que invalida a atitude natural de consideração, enquanto um procedimento ingênuo e insuficiente para fundar o conhecimento, é extraída, primeiramente, num movimento de refutação ao conceito moderno de mundo. A concepção de mundo como horizonte de sentido para toda e qualquer experiência somente encontra fundamento através da superação das tradicionais figuras de consciência e de idealismo. A nova acepção, instaurada pela fenomenologia, traz como especificidade determinante o caráter essencial da análise, recurso que lhe permite alçar-se à atitude transcendental de investigação abandonando, concomitantemente, a faticidade imposta pela consideração natural. O exame meticuloso da estrutura essencial presente em uma experiência qualquer permite a constatação dos horizontes implicados em cada vivido singular. A interconexão destes num sistema indefinido de novas experiências, eideticamente pré-determinadas a partir dos horizontes interno e externo de cada objetividade tomada individualmente, leva ao horizonte total do mundo. O mundo será então caracterizado como horizonte dos horizontes ou, ainda, como idéia infinita correlativa às infinidades de experiências possíveis na unidade de uma mesma vida. Trata-se, enfim, de compreender o mundo como sentido omni-englobante que envolve cada experiência individual de modo a determinar a possibilidade indefinida de experiências possíveis segundo o telos de concordância e sedimentação.
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Transformações da linguagem: crítica e afirmação no discurso de Nietzsche / Transformations of language: critique and affirmation in discourse of Nietzsche

Gonçalves, Alexander 03 December 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-10T18:26:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Alexander Goncalves.pdf: 671766 bytes, checksum: 08a296f79b18b17f191a21630836c2e8 (MD5) Previous issue date: 2010-12-03 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In a specific scope, this dissertation intends to demonstrate and defend the hypothesis that demolition and creation, i.e, critique and affirmation are antagonistic aspects and, at the same time, complementary in Nietzsche s discourse, therefore fundamental to the formation of a affirmative philosophical project so inclined to "become what one is." In a general context, our goal is to analyze the issue of language in Nietzsche's work from the perspective of the "three transformations of the spirit", defending the idea that, regarding the question of language, we can not find any evidence in the writings of Nietzsche of a "Nietzschean theory of language", since what we have are transformations of language. For Nietzsche, the establishment of a metaphysics of language was a crucial step for that the animal man could build a "real world" (wahre Welt), and with it an "apparent world" (Welt scheinbare), in contradiction (Widerspruch) with the "actual world" (Welt wirklichen). In this sense, the Nietzschean critique of language - first under an rhetoric perspective, then later in areas of its psycho-physiology - "sought to dismantle the metaphysical assumptions that since the rise of Western thought gave support to the narratives of "real worlds" and "apparent worlds". However, after the demolition of the metaphysics of language we face the following question: is it still possible to philosophize? In fact, the critical approach to early writings, due to be strictly in the context of denial, seems to us to escape this question, which was necessary to cross towards the elaboration of a affirmative philosophy. In this sense, language is taken by Nietzsche as a organism responsible for reporting the "itself", while it is envisioned as a therapy, since, as an expression of an inner state, it does not require the reader the altruistic attitude of losing "his/herself" and acceptance of others in writing - which would indicate, according to the philosopher, the degeneration of life. Rather, it intends to implement in the reader a healthy egoism, a vigorous freedom necessary for his/her continuing search for him/herself. Finally, we find that when assessed under the criterion of transformation, the Nietzschean question of language reveals the antagonism between the necessary and critical part of his affirmative philosophy, without which it would certainly be impossible to write "so good books." / Num âmbito específico, o escopo do presente trabalho consiste em demonstrar e defender a hipótese de que, demolição e criação, ou seja, crítica e afirmação são aspectos antagônicos e, ao mesmo tempo, complementares no discurso de Nietzsche, logo fundamentais para a constituição de um projeto filosófico afirmativo inclinado ao tornar-se o que se é . Num âmbito geral, nosso objetivo será analisar a questão da linguagem na obra de Nietzsche sob a ótica das três transformações do espírito , defendendo a idéia de que, no que tange à questão da linguagem, não podemos encontrar nos textos nietzschianos qualquer indício de uma teoria nietzschiana da linguagem , assim, o que temos são transformações da linguagem. Para Nietzsche, a constituição de uma metafísica da linguagem foi um passo decisivo para que o animal homem pudesse construir um mundo verdadeiro (wahre Welt), e com ele um mundo aparente (scheinbare Welt), em contradição (Widerspruch) com o mundo efetivo (wirklichen Welt). Neste sentido, a crítica nietzschiana da linguagem primeiramente sob uma ótica retórica, e, posteriormente, nos domínios de sua psico-fisiologia procurou desarticular os pressupostos metafísicos que desde a origem do pensamento ocidental deram suporte às narrativas de mundos verdadeiros e aparentes . No entanto, após a demolição da metafísica da linguagem nos deparamos com a seguinte questão, como ainda é possível filosofar? De fato, a abordagem crítica dos primeiros escritos por se encontrar estritamente no âmbito da negação parece não dar conta de escapar a esse questionamento, para o qual foi necessário ultrapassá-la rumo à elaboração de uma filosofia afirmativa. Neste sentido, a linguagem é tomada por Nietzsche como um organismo responsável por comunicar o si-mesmo , ao mesmo tempo em que é vislumbrada como uma terapêutica, uma vez que, sendo expressão de um estado interior, ela não exige do leitor a postura altruísta de perda de si-mesmo e acolhimento do próximo na escrita o que indicaria, segundo o filósofo, a degenerescência da vida. Pelo contrário, ela pretende realizar no leitor um saudável egoísmo, uma vigorosa liberdade necessária à sua perene busca de si mesmo. Por fim, constatamos que, quando avaliado sob o critério da transformação, a questão nietzschiana da linguagem revela o antagonismo necessário entre a vertente crítica e afirmativa de sua filosofia, sem a qual certamente seria impossível escrever livros tão bons .
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Vontade e conhecimento como fundamento para a moral em Schopenhauer / Will and knowledge as a basis for morality in Schopenhauer

Lima, Maria Socorro de 30 November 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-10T18:26:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Maria Socorro de Lima.pdf: 470886 bytes, checksum: c990937ec47b978678665da2d006694e (MD5) Previous issue date: 2010-11-30 / This paper proposes to understand and reflect how the categories of will and knowledge are addressed in the philosophy of Schopenhauer and what relationship they have with the moral altruistic. For this we seek to understand the inversion that makes Schopenhauer in his philosophy on the intuitive and abstract and the delimitation of intellect and reason faculties. For this, we will understand what the limits of the subject knowledge that relates to the world, the phenomena in the forms and principles inherent in this type of knowledge. In turn, we will also present the proper conditions to the subject's knowledge of the will as a metaphysical foundation of the world, being considered as "means" to approach, the body, the ideas and overcome the individuation principle. First we tried to identify which means knowledge of the will grounds the moral altruistic. Below we investigate the existence of a determination of the intelligible character to the moral and also the relationship of empirical character, acquired character and the motivations for the actins considered as endowed with genuine moral value. Finally, from the conclusions that the individuation principle overcoming is what provides recognition of the will as the one essence of the world and the suffering as identical to all beings, the definition understanding of character for the moral altruistic, we entered the approach about moral standards of Schopenhauer. Compassion, a sentiment that erupts from the individuation principle overcoming, is the basis of spontaneous justice and charity. With this, we contrast, finally, to the asceticism and understanding of the ascetic, even through the denial of the life will the individual has focused his will, placing it at contradiction, as the adoption of his way of life is foreshadowed by the individuation principle overcoming and compassion, he also appears related to morality. / O objetivo do presente trabalho consiste em refletir sobre as categorias de vontade e de conhecimento apresentadas na filosofia de Schopenhauer e compreender que relação elas possuem com a moral altruísta. Para isso busca-se compreender a inversão que Schopenhauer efetua em sua filosofia sobre o intuitivo e o abstrato e a delimitação das faculdades de entendimento e de razão. Para isso vamos buscar entender quais são os limites de conhecimento do sujeito que se relaciona com o mundo, com os fenômenos, sob as formas e os princípios inerentes a esse tipo de conhecimento. Por sua vez, iremos apresentar também as condições peculiares do sujeito para o conhecimento da vontade como fundamento metafísico do mundo, considerando aqui como vias de abordagem o corpo, as ideias e a superação do princípio de individuação. Primeiro buscamos identificar qual é a via de conhecimento da vontade em si que fundamenta a moral altruísta. A seguir investigamos a existência da determinação a priori do caráter inteligível para a moral e também a relação do caráter empírico, caráter adquirido, e das motivações para ações consideradas como dotadas de autêntico valor moral. Por fim, a partir das conclusões de que a superação do princípio de individuação é o que propicia o reconhecimento da vontade como essência una do mundo e do sofrimento como idêntico a todos os seres; da compreensão da definição do caráter a priori para a moral altruísta, adentramos na abordagem sobre os níveis morais em Schopenhauer. A compaixão, sentimento que irrompe a partir da superação do princípio de individuação, é o que fundamenta a justiça espontânea e a caridade. Por meio do exposto, apresentamos, por fim, o ascetismo e a compreensão de que o asceta, ainda que, mediante a negação da vontade de vida, ele tenha como foco a sua vontade, colocando-se em contradição com ela, na medida em que a adoção de seu modo de vida é prefigurada pela superação do princípio de individuação e da compaixão, ele surge também relacionado com a moral.
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O dever jurídico no pensamento de Immanuel Kant / O dever jurídico no pensamento de Immanuel Kant

Silva, Luciano Vorpagel da 09 December 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-10T18:26:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Luciano Vorpagel da Silva.pdf: 537928 bytes, checksum: 8bfe3caa7d62137106546647617b2f64 (MD5) Previous issue date: 2011-12-09 / Fundação Araucária / This dissertation deals with the concept of legal duty in Kant, developing a study from three aspects, namely the origin, the distinction and the application. Initially, the focus of work is the foundation of moral duties in general, so the goal is to highlight and clarify the concept of the categorical imperative as the supreme principle of moral(ity) for men, rational beings who are sensitive. Secondly, the focus is the distinction between legal obligations and duties of virtue, which are products of the determination of the will over free will. When the determination is of pure will of the subject themselves on the maxims of the will, so the law is ethical and the duty is due, but only the form of agency is determined and such determination is performed by the unified will of the people, then the legislation is legal and duty is legal. In the third and final time, the focus is the applicability, that is, the legal duty in the judicial from theory to praxis. At this point the aim is to understand the legal concepts of practical reason, law and coercion capacity, from that, understand the applicability of legal duty under two distinct optical, namely through the moral metaphysics way and through historical-anthropological of unsocial sociability. By analyzing these three points, it can be infered that the legal duty, the thought of Immanuel Kant, is the need for legality and morality as initial assumption, so that men first approach of legality, when they leave state of nature and enter into the marital status, toward morality, through a process of ethical standards within the Republican state of right. In this way, the legal duty expresses in the name of morality, the need for men to join marital status and at the same time, the need for such state be Republican, and at the same time in which the unified will of the people, which is irresistible, be to enact laws and source of all public law. / A presente dissertação trata do conceito de dever jurídico em Kant, desenvolvendo um estudo a partir de três aspectos, a saber, a origem, a distinção e a aplicação. Num primeiro momento, o foco do trabalho é a fundamentação moral dos deveres em geral, de modo que o objetivo é evidenciar e esclarecer o conceito de imperativo categórico como princípio supremo da moral(idade) para os homens, que são seres racionais sensíveis. Num segundo momento, o foco é a distinção entre os deveres jurídicos e os deveres de virtude, os quais são produtos da determinação da vontade sobre o livre-arbítrio. Quando a determinação é da vontade pura do próprio sujeito sobre as máximas do arbítrio, então a legislação é ética e o dever é de virtude; mas se apenas a forma do arbítrio é determinada e tal determinação é realizada pela vontade unificada do povo, então a legislação é jurídica e o dever é jurídico. Num terceiro e último momento, o foco é a aplicabilidade, isto é, o dever jurídico na passagem da teoria à práxis. Neste ponto o objetivo é compreender os conceitos de razão prática jurídica, Direito e faculdade de coerção para, a partir disso, compreender a aplicabilidade do dever jurídico sob duas óticas distintas, a saber, pela via da metafísica dos costumes e pela via histórico-antropológica da insociável sociabilidade. Por meio da análise destes três pontos, evidenciar-se-á que o dever jurídico, no pensamento de Immanuel Kant, é a necessidade da legalidade como pressuposto inicial para a moralidade, de modo que os homens primeiro se aproximam da legalidade, ao saírem do estado de natureza e entrarem no estado civil, para só depois se aproximarem da moralidade, por meio de um processo de moralização dentro do estado republicano de direito. Neste sentido, o dever jurídico exprime, em nome da moralidade, a necessidade dos homens entrarem no estado civil e, ao mesmo tempo, a necessidade de que tal estado seja republicano, no qual e somente no qual a vontade unificada do povo, que é irresistível, é a promulgadora das leis e fonte de todo o direito público.
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Razão e emancipação: uma leitura a partir de Theodor W. Adorno / Reason and emancipation: from the reading of Theodor W. Adorno

Bido, José Mateus 13 July 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-10T18:26:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Jose Mateus Bido.pdf: 1130234 bytes, checksum: 834df9fba844324b461b73d65d13eb60 (MD5) Previous issue date: 2012-07-13 / The dissertation seeks to establish the relationship between reason and emancipation from the reading of Theodor W. Adorno. This dialogue is based on the view that rationality carries with it the potential to overcome the project reifies imposed by consumer society. The capability is critical rationality credit to the constitution of an individual's training process for its rational and political emancipation. Emancipation rational causes the individual to become conscious of itself as being contingent and historical, as distinct from another, but that requires the other to form the non-identical. Political emancipation causes the individual to connect with people and institutions, such that its action is measured not by the autonomy and heteronomy. Thought and action are worked by Adorno as two intrinsic conditions of the same process that permeate and establishing the realities, problems. Are characteristic elements themselves and the human condition in history and are to give people the knowledge and eliminate / overcome the bonds establishing the identity mass. Thought and action are epistemologically placed to lead the contemporary society, a dialectical process, for continuing training, so that the atrocities are identified, reported and avoided. A reflection and action, with features behave as constant criticism of themselves, potentiate the opening for the new, resisting the given position dialectically in a process of emancipation. Thought, therefore, from the historical context, the concept of emancipation, it is therefore more than a situational condition that involves the individual in intellectual clarity for decision making, free-form. Adorno's conception of emancipation becomes a project that a free and democratic society must pursue and enable its members, giving the conditions for achieving an identity through a cultural constant. The condition of an enlightened individual with a view to Adorno, is implicitly linked to the process of its formation, by a broad education. Education leads to a different conception of reason: historical reason not absolute reason (perenis). This condition presents itself as a training opportunity that can lead to intellectual maturity, human and cultural order that the individual understands the difference in meaning between autonomy and act for act on heteronomy. The difference between acting and acting autonomously motivated by heteronomous motivation. The difference between acting on their own initiative and act by force or external initiative. The understanding of emancipation is now seen as a project and training processes, both taken from the perspective of the notion of a liberating rationality, front reifying the scope of the consumer society. / A dissertação busca estabelecer a relação entre razão e emancipação a partir da leitura de Theodor W. Adorno. Este diálogo se inspira na perspectiva de que a racionalidade traz em si a potencialidade para a superação do projeto reificador, imposto pela sociedade de consumo. A potencialidade está em creditar à racionalidade crítica a constituição de um processo formativo do indivíduo para a sua emancipação racional e política. A emancipação racional provoca o indivíduo a se tornar consciente de si como ser contingente e histórico, distinto do outro, mas que necessita do outro para a constituição do não-idêntico. A emancipação política provoca o indivíduo a estabelecer relações com pessoas e instituições, de maneira tal que sua ação seja medida pela autonomia e não pela heteronomia. Pensamento e ação são trabalhados por Adorno como duas condições intrínsecas de um mesmo processo que permeiam e instituem as realidades-problemas. São elementos característicos e próprios da condição humana na história e estão para proporcionar aos homens o conhecimento e a eliminação/superação dos vínculos que instituem a identidade massificada. Pensamento e ação estão postos epistemologicamente para conduzir a sociedade contemporânea, num processo dialético, para a formação permanente, a fim de que as barbáries sejam identificadas, denunciadas e evitadas. Uma reflexão e ação, com características de se portarem como crítica constante de si mesmas, potencializam a abertura para o novo, resistindo dialeticamente ao dado posto, num processo emancipador. Pensada, portanto, a partir do contexto histórico, a concepção de emancipação, torna-se, pois, mais do que uma condição situacional que envolve o indivíduo na clareza intelectual para a tomada de decisão, de forma livre. A concepção adorniana de emancipação torna-se um projeto que uma sociedade livre e democrática deve perseguir e possibilitar aos seus membros, dando as condições para a conquista de uma identidade própria, por meio de uma formação cultural permanente. A condição de um indivíduo esclarecido, na perspectiva adorniana, está implicitamente ligada ao processo de sua formação, por uma ampla educação. Educação leva a uma concepção de razão diferenciada: razão histórica e não razão absoluta (perenis). Esta condição formativa se apresenta como a possibilidade capaz de conduzir ao amadurecimento intelectual, humano e cultural a fim de que o indivíduo compreenda a diferença de significado entre agir por autonomia e agir por heteronomia. A diferença entre agir por motivação autônoma e agir por motivação heterônoma. A diferença entre agir por iniciativa própria e agir por força ou iniciativa externa. A compreensão da emancipação passa a ser vista como projeto e como processos formativos, ambos tomados a partir da perspectiva da noção de uma racionalidade libertadora, frente ao escopo reificador da sociedade de consumo.
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O problema da constituição da liberdade em Hannah Arendt / The problem of the constitution of freedom in Hannah Arendt

Almeida, Rodrigo Moreira de 31 July 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-10T18:26:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rodrigo M de Almeida.pdf: 841160 bytes, checksum: 9f31621702da722b9484c849b5c9a829 (MD5) Previous issue date: 2012-07-31 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This dissertation approaches what is called the problem of the constitution of freedom in Hannah Arendt s political thought. Such problem presents itself in the form of a tension between the concern to think upon, on one hand, the action, power, and political freedom that are coeval, as spontaneous, indeterminate, innovative and possessing an extraordinary dimension; and, on the other hand, the necessary stability and delimitation of a political body based on normative elements, such as laws, institutions, constitutions, and an instance of authority and legitimacy that ensure some continuity to the public sector on the potential arbitrariness and limitlessness that freedom brings with it. This problem is articulated through the definition and specification, in the work of Arendt, of the relationship, apparently paradoxical, between the concepts of power, action and freedom, on the one hand, and on the other, the notions of law, constitution and authority. The issues raised are: 1. How does Arendt reconcile and balance the unpredictability, spontaneous and uncertain character of her concept of action with stabilizing and limiting aspects of the notions of law and constitution? 2. What elements of her theory help to think of normative principles of authority and legitimacy in the secular context? 3. And finally, how is it possible to think on lines of continuity between the constituent/founder dimension of power, which is essentially indeterminate and extraordinary, and constituted power? The hypotheses proposed are: 1 Arendt seeks a republican conception of law, strongly inspired by the Roman lex, which further emphasizes the directive-relational dimensions of the law than the mandatory and coercive idea. The author highlights the importance that the law and institutions are the result of the political and plural action of people, and that they are also linked to it, and that they are not imposed by a superior and autonomous legal rationality. She seeks, therefore, to overcome the traditional dichotomy between law and freedom by indicating a complementarity and interdependence between the constituent and constituted spheres. 2 The author constitutes elements to think on a new concept of authority, without resorting to transcendent and absolute elements as a normative source of legitimacy for secular republics, on one hand, in her theory of promises based on commitments and mutual guarantees that people establish with each other, and, on the other hand, on the complementary notion of immanent principles of action to the constituting act shared by a people, such as freedom, equality, and plurality, which could be incorporated into the constitutional document because they have a normative value sanctioned by people themselves. 3 - Finally, it is noted that Arendt seeks a republican notion of constitution, largely inspired by the American constitutionalism and by the federated republic model, the form of government that most fit to welcome and constitute public liberty. / A presente dissertação aborda o que denominamos o problema da constituição da liberdade no pensamento político de Hannah Arendt. Tal problema apresenta-se sob a forma de uma tensão entre a preocupação de se pensar, por um lado, a ação  e o poder e a liberdade política que lhe são coevas  como espontânea, indeterminada, inovadora e possuidora de uma dimensão extraordinária, e, por outro, a necessária estabilidade e delimitação de um corpo político baseado em elementos normativos, como leis, instituições, constituições e uma instância de autoridade e legitimidade que garantam alguma continuidade ao âmbito público diante da potencial arbitrariedade e ilimitabilidade que a liberdade traz em si. Articulamos tal problemática a partir da delimitação e especificação, na obra de Arendt, da relação, aparentemente paradoxal, entre os conceitos de poder, ação e liberdade, de um lado, e, de outro, as noções de lei, constituição e autoridade. As questões levantadas são: 1. Como Arendt concilia e equilibra o caráter imprevisível, espontâneo e indeterminado do seu conceito de ação com os aspectos estabilizadores e limitadores das noções de lei e constituição? 2. Que elementos de sua teoria contribuem para pensarmos princípios normativos de autoridade e legitimidade no contexto secular? 3. E, finalmente, como pensar linhas de continuidade entre a dimensão constituinte/fundadora do poder, que é, por essência, extraordinária e indeterminada, e o poder constituído? As hipóteses defendidas são: 1 Arendt busca um conceito republicano de lei, fortemente inspirado na lex romana, que enfatiza mais as dimensões relacional-diretiva da lei do que a ideia imperativa e coerciva. A autora destaca a importância de a lei, e as instituições, ser fruto da ação política plural do povo e continuar vinculada a essa ação plural, e não ser imposta por uma racionalidade jurídica superior e autônoma. Ela busca, assim, superar a tradicional dicotomia entre lei e liberdade, indicando uma complementariedade e uma interdependência entre as esferas constituinte e constituída. 2 A autora vislumbra elementos para pensar um novo conceito de autoridade, sem recorrer a elementos transcendentes e absolutos, como fonte normativa de legitimidade para as repúblicas seculares, por um lado, em sua teoria das promessas, baseada nos compromissos e garantias mútuas que o povo estabelece entre si e, por outro lado, na noção complementar de princípios de ação imanentes ao ato constituinte, compartilhados por um povo, como a liberdade, a igualdade e a pluralidade, que poderiam ser incorporados do documento constitucional por possuir um valor normativo sancionado pelo próprio povo. 3 - Por último, indicamos que Arendt busca numa noção republicana de constituição, amplamente inspirada no constitucionalismo americano e na forma da república federada, a forma de governo mais apta a acolher e a constituir a liberdade pública.
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O(s) perspectivismo(s) de Nietzsche / Nietzsche's perspectivism

Dalla Vecchia, Ricardo Bazilio, 1984- 25 August 2018 (has links)
Orientador: Oswaldo Giacoia Junior / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-25T17:53:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DallaVecchia_RicardoBazilio_D.pdf: 2103536 bytes, checksum: 211bac2b002da20f4174a5a8a6b9df1d (MD5) Previous issue date: 2014 / Resumo: Esta tese de doutoramento tem por escopo investigar o tema do perspectivismo (Perspektivismus) na filosofia de F. W. Nietzsche (1844-1900). A despeito da contingência e mesmo da escassez no que concerne ao emprego de termos específicos e ao desenvolvimento efetivo do tema, que nos servirá como ponto de partida, mostraremos que desde os seus primeiros apontamentos Nietzsche recorre a uma série de estratégias, procedimentos, metáforas e analogias de cunho perspectivista, mas que somente no período maduro, abalizado pelos acontecimentos da morte de Deus e da vontade de poder, passam a engendrar ou ao menos a rotular uma modalidade de pensamento performático, que se serve da alternância de vista para denunciar a sedução linguístico-moral do pensamento metafísico. A partir dessa hipótese, e tendo como contraponto algumas de suas principais linhas de interpretação, discutiremos o status da proposição filosófica do perspectivismo, defendendo que por sua natureza "flutuante", coalescente à vontade de poder, o perspectivismo não pode constituir-se como uma teoria, sendo necessário considerá-lo à luz da questão da compreensibilidade da própria filosofia de Nietzsche / Abstract: This thesis aims to investigate the term Perspectivism (Perspektivismus) coined by Friedrich Nietzsche philosophy (1844-1900). Taking into account that there is a dearth of accurate terms and effective development of this theme in the current literature, this thesis demonstrates that Nietzsche had explored through a series of metaphors, linguistic strategies and even analogies the idea of Perspectivism since his initial studies. Nevertheless, it is just during his mature philosophy ¿ after claiming the death of God and developing his theory of will to power ¿ that Nietzsche starts in fact drawing the idea of performativity. Based on the argument that knowledge is contingent and conditional this idea proposes to denounce the linguistic-moral seduction presents in metaphysics. Considering such hypothesis, this thesis explores the philosophical term Perspectivism. Therefore, I argue that, due to its "floating" nature which coalesces into The Willl to Power, the Perspectivism cannot be understood as a theory by itself. Rather, it is necessary to consider it through the comprehensibility of the entire philosophy of Nietzsche / Doutorado / Filosofia / Doutor em Filosofia
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O conceito de experiência e as experiências da certeza sensível e da percepção / Le concept d'expérience et les expériences de certitude sensible et de perception

Gorges, Maria Cláudia, 1985- 26 August 2018 (has links)
Orientador: Marcos Lutz Müller / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-26T02:32:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Gorges_MariaClaudia_M.pdf: 1174283 bytes, checksum: 5718cca7454f0285757a364d33b5dc29 (MD5) Previous issue date: 2014 / Resumo: Este trabalho tem por objetivo compreender o conceito de experiência e percorrer as experiências da certeza sensível e percepção, primeira e segunda figuras do movimento fenomenológico da consciência. Ao longo desse caminho procuraremos compreender como se articulam os momentos da experiência, tendo em vista que Hegel a apresenta, na Introdução, como um movimento dialético que a consciência exerce nela mesma, de forma dupla; como um caminho realizado tanto do ponto de vista da consciência natural, como também, do ponto de vista da consciência filosófica, do nós, cujo resultado corresponde ao aparecimento de uma nova figura da consciência / Abstract: Ce travail a pour objectif de comprendre le concept d'expérience et d'explorer les expériences de certitude sensible et de perception, première et seconde figures du mouvement phénoménologique de la conscience. Au fil de cette exploration nous chercherons à comprendre comment s'articulent les moments de l'expérience, en considérant que Hegel la présente, dans l'Introduction, comme un mouvement dialectique que la conscience exerce en elle-même, de façon double; comme un chemin réalisé, tout autant, du point de vue de la conscience naturelle que du point de vue de la conscience philosophique, du nous, dont le résultat correspond à l'apparition d'une nouvelle figure de la conscience / Mestrado / Filosofia / Mestra em Filosofia

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