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Os movimentos do silêncio: espelhos de Jorge Luís BorgesVillarta-Neder, Marco Antonio [UNESP] 03 June 2002 (has links) (PDF)
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000892862.pdf: 1598698 bytes, checksum: 24e6afd4189c4206fafe6ad75e1eb18d (MD5) / Esta tese empreende uma reflexão sobre o silêncio em relação à produção dos sentidos, tendo como corpus textos literários de Jorge Luís Borges, voltados para a temática do espelho, metáfora utilizada neste trabalho para representar a trajetória silenciosa do movimento dos sentidos. O silêncio é aqui assumido em duas categorias: (1) ausência, que representa o não dizer, e (2) excesso, que compreende a sobreposição que a palavra instaura sobre o silêncio ou sobre outras palavras. Essas relações dialéticas e complementares fazem do silêncio, mais que um apagamento das vozes do discurso, um procedimento de instauração da heterogeneidade. Sustentada na Análise do Discurso de linha francesa, discutiu-se o processo de constituição dos sentidos como movimento, do qual participa(m), o(s) silêncio(s), a palavra e a relação dialética entre eles, tendo como objetivos: (a) Identificar e discutir a existência de indícios (internos e/ou externos ao texto) que remetam o leitor para o silêncio; (b) discutir relações entre operações metaenunciativas, relações intertextuais e o texto escrito; c) no universo de textos selecionados da produção borgeana, apontar algumas especificidades do texto literário escrito enquanto configuração específica de silêncio(s) como procedimentos de instauração de heterogeneidade mostrada. Discutiram-se ainda as relações entre silêncio, autoria e funções do autor e do leitor, aspectos diretamente ligados às concepções e ao fazer estético da obra borgeana. Quanto a esta última, buscou-se caracterizá-la como um jogo dialético entre diversidades de silêncios, heterogêneos, e a relação destes com a palavra. / This thesis undertakes a reflection on the silence in relation to the production of the senses, using as corpus literary texts of Jorge Luís Borges, related to the thematic of the mirror, metaphor used in this work to represent the silent path of the movement of the meanings. The silence is assumed here in two categories: (1) absence, that represents the non-saying, and (2) excess, which represents the superposition that the word establishes on the silence or on other words. Those dialectic and complimentary relationships with the silence, more than a deletion of the voices of the discourse, is a procedure of establishment of the heterogeneity. Sustained in the Discourse Analysis of French line, the process of constitution of the meanings was discussed as movement, of which participate, silence(s), the word and the dialectic relationship among them. The work's objectives are the following: (a) to identify and to discuss the existence of indications (internal and/or external to the text) that send the reader for the silence; (b) to discuss relationships among metaenunciative operations, intertextual relationships and the written text; c) in the universe of selected texts of the borgean production, to point out some specificities of the literary writing text while specific configuration of silence(s) as procedures of establishment of shown heterogeneity. They were still discussed the relationships among silence, authorship and the author's and the reader's functions, aspects directly linked to the conceptions and to the aesthetic of the borgean work. Related to this last one, they were characterised as a dialectic game between diversities of silences, heterogeneous, and the relationship of these with the word.
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Experimento e vivencia : a dimensão da vida como pathos / Experiment and Erlebnis : the dimension of life as pathosViesenteiner, Jorge Luiz 12 February 2009 (has links)
Orientador: Oswaldo Giacoia Junior / Tese (doutorado) - - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-14T17:14:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009 / Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo analisar a fórmula nietzscheana 'tornar-se o que se é'. Ela é uma alteração da expressão de Píndaro feita por Nietzsche, que o preocupou desde os tempos de estudante até ser publicada como subtítulo de Ecce homo. Nossa hipótese é que a fórmula 'tornar-se o que se é' pode ser compreendida através do conceito de 'vivência' (Erlebnis). Vivência significa estar ainda presente na vida quando algo acontece, porém, nunca estamos conscientes da vivência quando ainda a atravessamos. Neste caso, a vivência é um contra-conceito da razão e, como tal, é compreendida como pathos. Trata-se de uma noção que, patheticamente, não pode ser conceitualmente sistematizada e nem sequer comunicada através de signos lingüísticos, pois tão logo a racionalizamos ou comunicamos, deixa de ser uma vivência. 'Tornar-se o que se é', porém, acontece unicamente na vida e precisamente através das Erlebnisse, de modo que 'tornar-se' se converte em um imenso processo de experimentação essencialmente fluido. Metodologicamente, a pesquisa está estruturada em três partes. No primeiro capítulo analisamos um conceito imediatamente relacionado à Erlebnis: a noção de experimento. Trata-se de um conceito essencialmente prático e que congrega em torno de si uma dimensão ético-estética no processo de 'tornar-se o que se é'. À base deste conceito, encontra-se o papel que a ciência ocupa em sua dupla variação semântica, sobretudo a partir de Humano, demasiado Humano até A Gaia Ciência: ciência como propedêutica - aquela que esvazia os erros ilusórios da razão e da ordenação moral do mundo - e como paixão do conhecimento - aquela em que o espírito livre aprende a considerar a si mesmo e o mundo esteticamente, em uma práxis efetiva de auto-formação. No segundo capítulo é abordado o conceito de vivência. Partimos da sua origem etimológica e a recepção feita por Nietzsche, passando pela desvinculação do seu caráter autobiográfico, em proveito da interpretação como genealogia das condições nas quais um pensamento emerge e se desenvolve, até sua interpretação como pathos. Vivenciar é atravessar patheticamente uma trajetória, cujo movimento é realizado para além da intencionalidade, mas que constrói no homem uma abundância de vida. A última parte da pesquisa trata da solução de dois problemas que se originaram das interpretações anteriores: um problema de linguagem e outro sobre a intencionalidade. Quanto à linguagem, trata-se de investigar como é possível resolver o problema da comunicação de uma vivência, através de três variantes: primeiro, a análise daquilo que denominamos como projeto crítico de inversão da compreensibilidade; depois uma interpretação do que Nietzsche nomeou como sua 'arte do estilo' e, por fim, em que medida Zaratustra corporifica as possibilidades de comunicação de uma tensão interna de pathos. Em relação à intencionalidade, trata-se de compreender o 'tornar-se o que se é' a partir de dois outros registros: por um lado, a idéia de destino, na medida em que, etimologicamente, também significa pathos; por outro lado, trata-se de compreender a fórmula 'tornar-se o que se é' sob o signo da fluidez (Fluktuanz). / Abstract: The objective of this research is to analyze Nietzsche's formula 'become who you are'. It is an alteration of Pindaro's expression made by Nietzsche, which has worried him since he was a student until being published with the subtitle of Ecce homo. Our hypothesis is that 'become who you are' formula can be understood through the concept of 'experience' (Erlebnis). Experience means to still be present in life when something happens, however, we are never aware of experience when we are still crossing it. In this case, experience is reason's counter-concept and, as such, it is understood as pathos. It is about a notion which, pathetically, it can not be conceptually systematized and not even be communicated through linguistic signs, since as soon as we rationalize it or we communicate it, it is not an experience any longer. 'Become who you are', however, happens once in a lifetime and precisely through the experiences (Erlebnisse), in a way that 'to become' is converted into a huge experimentation process essentially fluid. Methodologically, the research is structured in three parts. In the first chapter we analyze a concept immediately related to Experience (Erlebnis): the notion of experiment. It is about a concept essentially practical and which congregates around oneself an ethicalaesthetic dimension in the process of 'become who you are'. Based on this concept, one finds the role that science occupies in its double semantic variation, specially from Human, All Too Human up to The Gay Science: science as propaedeutic - the one which empties the illusory errors from reason and from the world's moral ordination - and like knowledge's passion - the one which the free spirit learns to consider himself and the world in an aesthetically, in an effective praxis of self-formation. In the second chapter we approach the experience (Erlebnis) concept. We start from its etymologic origin and the reception given by Nietzsche, passing through the autobiographical character separation, taking into account the interpretation as the condition's genealogy in which a thought emerges and it develops, up to its interpretation as pathos. To experience is to pathetically cross a range, which movement is done far beyond the intentionality, but which builds in men life abundance. The last part of the research tackles the solution of two problems which were originated from previous interpretations: a language problem and the other one is about intentionality. Regarding the language, it is investigated how it is possible to resolve the experience communication problem, through three variants: first, the analysis of which we call as the comprehensibility's inversion critical project; after an interpretation of which Nietzsche named as his 'style's art' and, finally, in what measure does Zarathustra materializes the communication possibilities of a pathos internal tension. Regarding intentionality, it is a question of understanding 'how one becomes what one is' starting from two other registers: on one side, the idea of destiny, in so far as, etymologically, it also means pathos; on the other hand, it is about understanding the 'become who you are' under the fluency's signal (Fluktuanz). / Doutorado / Doutor em Filosofia
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Gottlob Frege : da noção de conteúdo à distinção entre sentido e referência / Gottlob Frege : from conception of content to distinction between sense and referenceFrancisco, Antônio Marcos, 1980- 23 August 2018 (has links)
Orientador: Arley Ramos Moreno / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-23T11:30:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: O intuito do presente trabalho é expor e associar dois momentos do pensamento de Gottlob Frege - um situado na obra Conceitografia, publicada em 1879, e outro presente a partir da distinção entre sentido e referência articulada, principalmente, no artigo Sobre o Sentido e a Referência, publicado em 1892. O objetivo é explicitar que apesar de existirem significativas diferenças entre as duas épocas é possível perceber uma profunda continuidade no desenvolvimento de um projeto único, e também uma clara conexão entre as duas obras, apesar de o léxico filosófico fregeano ter passado por expressivas alterações após a concepção da distinção entre sentido e referência. Este trabalho está dividido em quatro partes: a primeira apresenta o que motivou o matemático Gottlob Frege a dedicar-se à análise da linguagem e elaborar uma "conceitografia" para representar o que é fundamental na proposição - o conteúdo conceitual; o momento seguinte, capítulo II, expõe como o problema da identidade de conteúdo culminou com um esboço de uma teoria semântica na obra de 1879; a parte três expõe a conexão entre a teoria semântica de 1879 e de 1892; a parte final, capítulo IV, é uma tentativa de expor como os temas do artigo de 1892 estão intimamente associados com as questões apresentadas na obra Conceitografia / Abstract: The purpose of this work is to describe and to connect the two moments of thought of Gottlob Frege - one found in the work Conceptual Notation published in 1879 and the other one in the article On Sense and Reference published in 1892, which presents the distinction between sense and reference. The goal is to explain that although there are significant differences between the two moments it is possible to perceive a deep continuity in the development of a single project. There is also a clear connection between the two works despite of the Fregean technical terms having gone through major changes after taking into consideration the conception of the distinction between sense and reference. This work is divided into four parts: the first one introduces what motivated the mathematician Gottlob Frege to devote himself to the analysis of language and develop a formula language to represent what is fundamental in the proposition - the conceptual content; the second in the Chapter II exposes how the problem of identity content culminated with a sketch of a semantic theory in the work of 1879, the third one explains the connection between theory and semantics from 1879 and from 1892, and finally, Chapter IV , is an attempt to expose how the themes of the article of 1892 are closely associated with the work Conceitografia affairs / Mestrado / Filosofia / Mestre em Filosofia
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Cenografia e ethos: os discursos de uma instituicção de ensino superior privadaMendes, Silma Ramos Coimbra 18 December 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-12-18 / The crisis of taylorism and fordism, in the beginning of 1970s, made capitalism began
to present clear signs of a structural crisis that affected the work world and
demanded an immediate answer. This one came as a form of accumulation different
from the previous one, "flexible" capitalism, translated in a process of capital
reorganization named neoliberalism, which, from the 1980s, is affecting workers
bodies and subjectivity and their representation ways and found in the educational
sphere a fertile ground for the diffusion of new paradigms. The aim of this study is to
reflect, from a linguisticdiscursive
point of view these changes, by means of an
analysis of discourses that circulate in a private university (IES). The corpus of
reference of the research consists in four Catalogs of college entrance exam
produced in two biennia: 20022003
and 20072008,
and it is complemented by
another corpus composed by twelve advertisements of other private IES published
in printed media in 2008. The theoretical grounds of the inquiry are French
Discourse Analysis and specifically in the discursiveenunciative
dispositive proposed
by Dominique Maingueneau in Gênese dos Discursos (2005), which is the bases of
the analysis of a discursive practice in which there are an overlapping of verbal and
nonverbal
language articulated around the alterations in the profile of the IES
directed to making it more political and ideologically linked to the business/mercantile
logic that commands private higher education deprived in the country. Based on
Global Semantics principle that discourse must be studied in the multiplicity of its
dimensions, the initial hypothesis of the work was that there would be, in these
corpora, two discursive formations in crash regarding the way of thinking higher
education: the current one, aligned to the laws of the market and to the idea of
education as a commodity, and the previous one, in which education was governed
by notions such as citizenship, common good, social rights, etc. The analysis allowed
to capture, in the trajectory of the analyzed IES, the underlying semantic network,
and we identified, in the Catalogs, seems that are present in the two ways
considered, which suggests that we are not dealing with discursive formations in
opposition, but with only one, taken in two moments. Through the exploration of
scenographies and ethé of the selected advertising materials it was possible to
observe a discursive functioning that points to a continuous movement of alignment
of these institutions analyzed to the new times / Com a crise do taylorismo e do fordismo, no início dos anos 1970, o capitalismo
começou a apresentar sinais claros de uma crise estrutural que afetou o mundo do
trabalho e demandou uma resposta imediata. Esta veio sob a forma de uma
acumulação diferente da anterior, o capitalismo flexível , traduzido em um processo
de reorganização do capital chamado neoliberalismo que, desde os anos 1980, vem
atingindo a materialidade e a subjetividade dos trabalhadores e suas formas de
representação e tem encontrado, no espaço educacional, um terreno fértil para a
difusão de novos paradigmas. O objetivo deste estudo é refletir, do ponto de vista
lingüisticodiscursivo,
sobre essas mudanças, por meio da análise de discursos que
circulam em uma instituição de ensino superior privada (IES). O corpus de referência
da pesquisa é constituído por quatro Catálogos de Vestibular, produzidos em dois
biênios: 20022003
e 20072008,
e é complementado por outro corpus composto por
doze propagandas de outras IES também privadas veiculadas pela mídia impressa
em 2008. Os referenciais teóricos da pesquisa inseremse
na Análise do Discurso de
linha francesa e mais especificamente no dispositivo enunciativodiscursivo
proposto
por Dominique Maingueneau em Gênese dos Discursos (2005), base para a análise
de uma prática discursiva, na qual estão imbricados o verbal e o nãoverbal,
articulados em torno das alterações no perfil da IES, de modo a que ela se torne
mais ajustada política e ideologicamente à lógica empresarial/mercantil que rege a
educação superior privada atualmente no país. Partindo do princípio da Semântica
Global, segundo a qual o discurso deve ser tomado na multiplicidade de suas
dimensões, a hipótese inicial do trabalho era de que haveria, nesses corpora, duas
formações discursivas em embate em relação ao modo de pensar a educação
superior: o atual, que a considera um serviço e o anterior, no qual esta era
concebida como um direito. A análise permitiu depreender, na trajetória da IES
analisada, a rede semântica de base dos dois conjuntos de Catálogos, verificandose
a presença, em ambas, de semas que participam dos dois modos, o que sugere
que, em vez de duas formações discursivas em oposição, estamos diante de uma
única, tomada em dois momentos. Por meio da exploração das cenografias e ethé
dos materiais publicitários selecionados, foi possível observar um funcionamento
discursivo que aponta para um continuum de alinhamento dessas instituições
analisadas aos novos tempos
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O Tractatus de Wittgenstein e as crises culturais da Viena fin-de-siecle / Wittgenstein's Tractatus and cultural crisis of Vienna fin-de-siecleSilva, Jose Fernando 11 September 2018 (has links)
Orientador: José Oscar de Almeida Marques / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-09-11T21:12:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2008 / Resumo: Neste trabalho buscamos traçar as relações entre o Tractatus Logico-Philosophicus, de Ludwig Wittgenstein (1889-1951) e as crises culturais da Viena fin-de-siècle. Apesar de o autor não mais viver em Viena durante o período de elaboração do livro, assumimos que o contexto cultural vienense é uma fecunda chave para sua elucidação. O ponto de partida é a caracterização de três crises que marcaram Viena em torno de 1900: i) uma crise dos valores, configurada pelo crescente descrédito de todos os pilares da vida social vienense; ii) uma crise do sujeito, delineada no momento em que a unidade do eu foi colocada em dúvida, ou seja, um instante em que se acreditou que tal noção não remetia a nada que ultrapassasse um feixe de sensações e experiências transitórias; iii) uma crise da linguagem, marcada pelo questionamento dos meios intelectual e artístico vienenses sobre a capacidade de a linguagem expressar a realidade e os sentimentos inerentes ao sujeito. Procuramos mostrar que o Tractatus, de acordo com sua ordem de exposição, pode oferecer uma resposta para cada uma dessas crises, a saber: a demarcação dos limites da linguagem; a afirmação da existência de um sujeito solipsista ou metafísico, cuja existência se manifesta como um ponto sem extensão fora do mundo e cuja vontade instaura a linguagem; a defesa de uma unidade que perpassa a ética e a estética, definidas como atitudes transcendentais que, respectivamente, permitem ao sujeito expandir ou minguar os limites do mundo como um todo e expressar o mundo visto sub specie aeternitatis. / Abstract: This work aims to trace the relations between Ludwig Wittgenstein's Tractatus Logico-Philosophicus and the cultural crises of fin-de-siècle Vienna. Although the author no longer lived in Vienna at the time of elaboration of his book, we assume that the Viennese cultural context is a fruitful key for its understanding. Our starting point is the characterization of three crises that marked Vienna in 1900: i) a crisis of values, represented by the increasing discredit regarding all Viennese social life pillars; ii) a crisis of the subject, delineated when the unit of the "I" was put in doubt, that is, at the moment such notion was believed not to exceed a beam of sensations and transitory experiences; iii) a crisis of language, marked by the questioning by intellectual and artistic Viennese milieu of language's capacity in express the inherent reality and feelings of the subject. We aim to show that the Tractatus, in accordance with its order of exposition, can offer an answer for each of these crises, that is to say, the demarcation of the limits of language; the affirmation of the solipsist or metaphysical subject's existence, which shows itself as a point without extension out of the world and whose will establishes the language; the defense of a unit across the ethics and the aesthetic domains, defined as transcendental attitudes that allow the subject, respectively, to expand or to decrease the limits of the world as a whole and to express the world seen sub specie aeternitatis. / Doutorado / Doutor em Filosofia
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A memória de futuro analisada pela linguagem cinematográfica: diálogos entre a teoria do cinema e Mikhail Bakhtin / The memory of future analyzed by filmic language: dialogue between Cinema Theory and Mikhail BakhtinCamargo Júnior, Ivo de 18 February 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-02-18 / The present study aims to analyze the representations of future in four science fiction movies launched at random during the past thirty years. Blade Runner,by Ridley Scott, Artificial Intelligence, by Steven Spilberg, Idiocracy, by Mike Judge and Children of Men by Alfonso Cuarón, compose our selected corpus for discussion and dialogue. For that purpose, we some concepts have been borrowed as Memory of Future, Dialogism and Intertextuality. The first science fiction film placed in the future we have ever seen was Terminator and the war between Humans and Machines. The child´s innocence made us count the days for the fatidic 1997, but there was no background to feel the film was reconstructing the present of that time, the Reagan era and his technological pyrotechnics war. If each era represents the future according to its own contradictions, in these movies the dialogues are marked above all by political, ideological and even existential ruptures. On the selected movies the world is
always in transformation, reflecting the contexts of their times. Another goal of this thesis is to reflect upon the transposition process of literary tradition texts to the motion pictures language aiming the work production to the great audience via movie- theaters and television. At last there is an intent to contribute to the language and cultural studies, applied to the science fiction movies, and leave something relevant about the filmic representations of the future presented on movie-theaters screens. / O presente trabalho tem como objetivo analisar as representações de futuro contidas em quatro filmes de ficção cientifica lançados aleatoriamente nos últimos 30 anos. Blade
Runner: o caçador de andróides , de Ridley Scott, Inteligencia Artificial, de Steven Spielberg, Idiocracia, de Mike Judge e Filhos da Esperança, de Alfonso Cuarón,compõem nosso corpus selecionado para discussão e diálogo. Para isso trabalhamos alguns conceitos como Memória de Futuro, Dialogismo e Intertextualidade. Se tentamos puxar pela memória o primeiro filme de ficção ambientado no futuro que assistimos, logo nos vem os robôs assassinos de O exterminador do Futuro e a guerra entre Humanos e Máquinas. A inocência da criança nos fez contar os dias para o 1997 fatídico, mas não havia embasamento para sentir que aquele filme reconstruía o presente de então, a era Reagan e suas pirotecnias tecnológicas de guerra. Se cada época representa o futuro de acordo com suas próprias contradições, nestes
filmes os diálogos são marcados, sobretudo pela ruptura: política, ideológica e até existencial. Nos filmes selecionados o mundo está sempre em transformação, refletindo os contextos de sua época de realização. Um outro objetivo desta dissertação é refletir sobre o processo de transposição de textos da tradição literária para a linguagem cinematográfica, com vistas à produção de obras destinadas ao grande público de veículos como o cinema e a televisão. Por fim pretendemos contribuir para os estudos de linguagem e cultura, aplicados ao cinema de ficção científica, e dizer algo de relevante sobre as representações cinematográficas dos futuros apresentados nas telas do cinema.
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A escada de Wittgenstein : as relações entre mundo, linguagem e misticismo no tractatusPeres, Carolina Violante 17 February 2006 (has links)
Orientador: Arley Ramos Moreno / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-05T19:25:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2006 / Resumo: Este trabalho é uma tentativa de mostrar que Wittgenstein, no Tractatus, endossa um misticismo estrito senso, ou seja, que ele entende o Místico, em última instância, de modo monista, como substância una da realidade. No Tractatus Wittgenstein considerava que o indizível, e portanto, o Místico, só poderia ser delimitado a partir do interior do dizível. Assim, só a compreensão correta dos limites do mundo e da linguagem que o expressa poderia revelar o aspecto místico da realidade. A estrutura da linguagem e do mundo que ela afigura seria como uma escada e o Místico seria a verdade encontrada por aquele que conseguisse escalar os degraus dessa escada, passando através dela, por ela e para além dela (6.54). Procuraremos, neste trabalho, reconstituir os degraus que Wittgenstein teria galgado, partindo do interior da estrutura da linguagem e do mundo, de modo a atingir a verdade mais elevada sobre a realidade, que seria o Místico / Abstract: This work attempts to show that, in the Tractatus, Wittgenstein assumes a stricto sensu mysticism, i.e., that he understands the Mystic, in the final analysis, in a monist manner or as the one single substance of reality. In the Tractatus, Wittgenstein considers that the unsayable, and therefore the Mystic, could only be delimited starting from the interior of the sayable. Thus, only the correct understanding of the limits of the world and of the language that expresses it could reveal the mystic aspect of reality. The structure of language and of the world that it depicts would be like a ladder and the Mystic would be the truth encountered by whoever succeeds in climbing its steps, thus passing through them, on them, over them (6.54). In this work, we seek to retrace the steps that Wittgenstein would have climbed, starting from the interior of the structure of language and of the world, to reach the highest truth about reality, which would be the Mystic / Mestrado / Mestre em Filosofia
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Uma proposta de redefinição científica do conceito de "prova emprestada"Pereira, Laís Zumach Lemos, 0000000306176624 17 May 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-05-17 / CAPES / O presente estudo trata da disciplina da prova emprestada no Direito Processual
Brasileiro. A prova emprestada foi expressamente admitida no Código de Processo
Civil de 2015, em seu art. 372 e, embora muito utilizada pela práxis forense, não
encontra no campo acadêmico um estudo mais acurado sobre seu conceito. A
quase unanimidade da doutrina apoia-se numa defasada dicotomia entre valor e
forma para definir o que vem a ser prova emprestada, afirmando que ela se
consubstanciaria em uma prova que, produzida num processo, é transladada para
outro na forma de prova documental, mas diferenciando-se desta por preservar o
seu valor originário. Levando em consideração os questionamentos filosóficos
trazidos pelo movimento do giro linguístico, e se baseando na Filosofia da
Linguagem, esta dissertação tem como fulcro definir de forma mais precisa e
cientifica possível o conceito do que se entende por “prova emprestada” e,
amparados principalmente na Constituição Federal e no novo Código de Processo
Civil, analisar alguns aspectos relevantes para a definição desse tipo de prova. Para
tanto, são considerados alguns dados da Teoria Geral da Prova caros ao tema,
demonstrando-se, por exemplo, os diversos significados que o signo “prova” pode
apresentar e, ainda, as principais classificações encontradas nos livros de direito
probatório. Ao final, será arquitetada uma nova classificação das provas, a qual leva
em consideração os denominados “meios de prova”, resultando daí a definição do
conceito de “prova emprestada”. / This study deals with the discipline of “borrowed evidence” in the Brazilian
Procedural Law. The “borrowed evidence” was expressly recognized in the Civil
Procedure Code of 2015, in its article 372, and although widely used by forensic
practice, does not find in the academic field a more accurate study of its concept.
Almost the unanimity of the doctrine is based on an outdated dichotomy between
value and form to define what is the “borrowed evidence”, stating that it consists in an
evidence that, produced in a process, is transferred to another in the form of a
documentary evidence, but differentiating of that by preserving its original value.
Taking into account the philosophical questions brought by the movement of the
linguistic turn, and based on the philosophy of language, this work has as a goal to
define more precisely and scientifically possible the concept of what is meant by
"borrowed evidence", and supported mainly by the Federal Constitution and the New
Civil Procedure Code, examine some relevant aspects to the definition of this kind of
evidence. Therefore, it is considered some particulars of the General Theory of
Evidence valuable to the theme, demonstrating, for example, the various meanings
that the sign "evidence" may have and also the main classifications found in the
evidence law books. At the end, it is architected a new classification of evidence,
which takes into account the so-called "means of evidence", resulting in the definition
of "borrowed evidence".
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Transformações da linguagem: crítica e afirmação no discurso de Nietzsche / Transformations of language: critique and affirmation in discourse of NietzscheGonçalves, Alexander 03 December 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-12-03 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In a specific scope, this dissertation intends to demonstrate and defend the hypothesis that demolition and creation, i.e, critique and affirmation are antagonistic aspects and, at the same time, complementary in Nietzsche s discourse, therefore fundamental to the formation of a affirmative philosophical project so inclined to "become what one is." In a general context, our goal is to analyze the issue of language in Nietzsche's work from the perspective of the "three transformations of the spirit", defending the idea that, regarding the question of language, we can not find any evidence in the writings of Nietzsche of a "Nietzschean theory of language", since what we have are transformations of language. For Nietzsche, the establishment of a metaphysics of language was a crucial step for that the animal man could build a "real world" (wahre Welt), and with it an "apparent world" (Welt scheinbare), in contradiction (Widerspruch) with the "actual world" (Welt wirklichen). In this sense, the Nietzschean critique of language - first under an rhetoric perspective, then later in areas of its psycho-physiology - "sought to dismantle the metaphysical assumptions that since the rise of Western thought gave support to the narratives of "real worlds" and "apparent worlds". However, after the demolition of the metaphysics of language we face the following question: is it still possible to philosophize? In fact, the critical approach to early writings, due to be strictly in the context of denial, seems to us to escape this question, which was necessary to cross towards the elaboration of a affirmative philosophy. In this sense, language is taken by Nietzsche as a organism responsible for reporting the "itself", while it is envisioned as a therapy, since, as an expression of an inner state, it does not require the reader the altruistic attitude of losing "his/herself" and acceptance of others in writing - which would indicate, according to the philosopher, the degeneration of life. Rather, it intends to implement in the reader a healthy egoism, a vigorous freedom necessary for his/her continuing search for him/herself. Finally, we find that when assessed under the criterion of transformation, the Nietzschean question of language reveals the antagonism between the necessary and critical part of his affirmative philosophy, without which it would certainly be impossible to write "so good books." / Num âmbito específico, o escopo do presente trabalho consiste em demonstrar e defender a hipótese de que, demolição e criação, ou seja, crítica e afirmação são aspectos antagônicos e, ao mesmo tempo, complementares no discurso de Nietzsche, logo fundamentais para a constituição de um projeto filosófico afirmativo inclinado ao tornar-se o que se é . Num âmbito geral, nosso objetivo será analisar a questão da linguagem na obra de Nietzsche sob a ótica das três transformações do espírito , defendendo a idéia de que, no que tange à questão da linguagem, não podemos encontrar nos textos nietzschianos qualquer indício de uma teoria nietzschiana da linguagem , assim, o que temos são transformações da linguagem. Para Nietzsche, a constituição de uma metafísica da linguagem foi um passo decisivo para que o animal homem pudesse construir um mundo verdadeiro (wahre Welt), e com ele um mundo aparente (scheinbare Welt), em contradição (Widerspruch) com o mundo efetivo (wirklichen Welt). Neste sentido, a crítica nietzschiana da linguagem primeiramente sob uma ótica retórica, e, posteriormente, nos domínios de sua psico-fisiologia procurou desarticular os pressupostos metafísicos que desde a origem do pensamento ocidental deram suporte às narrativas de mundos verdadeiros e aparentes . No entanto, após a demolição da metafísica da linguagem nos deparamos com a seguinte questão, como ainda é possível filosofar? De fato, a abordagem crítica dos primeiros escritos por se encontrar estritamente no âmbito da negação parece não dar conta de escapar a esse questionamento, para o qual foi necessário ultrapassá-la rumo à elaboração de uma filosofia afirmativa. Neste sentido, a linguagem é tomada por Nietzsche como um organismo responsável por comunicar o si-mesmo , ao mesmo tempo em que é vislumbrada como uma terapêutica, uma vez que, sendo expressão de um estado interior, ela não exige do leitor a postura altruísta de perda de si-mesmo e acolhimento do próximo na escrita o que indicaria, segundo o filósofo, a degenerescência da vida. Pelo contrário, ela pretende realizar no leitor um saudável egoísmo, uma vigorosa liberdade necessária à sua perene busca de si mesmo. Por fim, constatamos que, quando avaliado sob o critério da transformação, a questão nietzschiana da linguagem revela o antagonismo necessário entre a vertente crítica e afirmativa de sua filosofia, sem a qual certamente seria impossível escrever livros tão bons .
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A compulsão a linguagem na psicanalise : teoria lacaniana e psicanalise pragmaticaAlmeida, João José Rodrigues Lima de, 1960- 07 August 2004 (has links)
Orientador: Osmy Faria Gabbi Junior / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-03T23:36:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2004 / Resumo: Esta tese é uma exposição crítica de elos conceituais manifestos pela teoria de Lacan e pela psicanálise pragmática, esta última circunscrita aos trabalhos de Marcia Cavell e de Jurandir Freire Costa. Sem descuidar a investigação exegética, pretende-se aqui apresentar uma visão panorâmica das composições conceituais e dos sentidos que adquirem as palavras no conjunto de cada prática teórica. Pelo fato de que recorrem a certas concepções de linguagem como forma de resolução de problemas metaffsicos e clínicos herdados da teoria de Freud, denomino os dois tipos de teoria como "psicanálises lingüísticas". Seu comportamento, no entanto, é tratado como compulsivo, uma vez que a prática teórica obedece cegamente a um conjunto de técnicas e procedimentos incorporados à ação de sanear a teoria de impurezas conceituais. Cada uma das psicanálises lingüísticas adotou a sua própria concepção de linguagem. Lacan, como alternativa à concepção referencialista da linguagem pressuposta por Freud, utilizou uma concepção idealista, e a psicanálise pragmática, uma concepção comportamental, para atender a seus respectivos fins. O trabalho consiste em questionar a substancialização da linguagem, no caso de Lacan, e o desvio mentalista e mecanicista, no caso da psicanálise pragmática. Aparentemente nada indica que a clínica necessitasse de tais supostos, nem que estas teorias não houvessem introduzido novos problemas metafísicos / Abstract: This work is a critical exposition of conceptuallinks manifestedby the Lacanian theory and the pragmatic psychoanalysis, the latter circumscribed to texts of both Marcia Cavell and Jurandir Freire Costa. It is
intended to get a panoramic presentation from the conceptual composition and ftom the meaning that the words acquire in the whole of each theoreticalpractice,without overlooking the exegeticalinvestigation.The two types of psychoanalytical theory are called "linguistic psychoanalysis", as they appealled to certain conceptions of language as a form of resolution of metaphysical and clinical problems inherited from Freudian theory. Nonetheless, their theoretical behaviour are considered as compuJsive,inasmuch as their theoreticalpractice blindly obey to a set of technicsand procedures incorporated to the action of cleaning the theory ftom conceptualimpurities.Each one adoptedits own conceptionoflanguage. Lacan, as an alternative to the referential conception of language presupposed by Freud, employed an idealist conception, and the pragmatic sychoanalysisresorted to a behavioral point of view, to accomplish their respective tasks. The work consists in questioning Lacan's substantialization of language, and the mentalism and mecanicism presented in the pragmatic psychoanalysiscase. Nothing seems to indicate that clinics would need such resorts, nor that those theories would not introduced new metaphysical problems / Doutorado / Doutor em Filosofia
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