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"Filho cedo não é a pior coisa que pode acontecer na vida" : um estudo sobre representações e práticas de jovens a respeito de transição de fase de vida a partir da maternidade e paternidadeCarpes, Nívea S. January 2003 (has links)
A presente dissertação é um estudo antropológico sobre as representações de transição de fase de vida de jovens com idade entre 15 e 24 anos, de segmentos populares, médio-baixos e médios, após terem experienciado a maternidade e a paternidade, em Porto Alegre e Grande Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Inicialmente mostro como a idéia de juventude se constitui, afirmando a importância do processo histórico e dos contextos envolvidos nessa classificação. Analiso, a partir daí, como os jovens entrevistados para a presente pesquisa vivem atualmente a juventude, antes de tornarem-se pais e mães. Demonstro como o evento da parentalidade é vivido por eles, considerando que a maternidade e a paternidade não provocam um rompimento imediato com a fase da juventude. Por fim, apresento os significados e representações que os jovens pais e mães mostram como marcos de um processo de amadurecimento. Assim, os dados da pesquisa mostram que a parentalidade na juventude é um fenômeno que atinge social e economicamente de forma diferente os jovens e a rede social na qual estão inseridos.
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Dialogando com crianças sobre gênero através da literatura infantilArgüello, Zandra Elisa Argüello January 2005 (has links)
A partir das teorizações produzidas no campo dos Estudos Culturais e dos Estudos Feministas, utilizando algumas ferramentas da teoria de Michel Foucault, procurei subsídios para a realização desta pesquisa ancorada numa perspectiva Pós-Estruturalista. Busquei, neste estudo, compreender quais os significados de gênero que crianças de 4 a 6 anos de uma escola particular de educação infantil atribuíram a 11 histórias infantis não-sexistas, que nos seus textos problematizavam questões de gênero. Considerei também as brincadeiras e as manifestações das crianças em diferentes momentos da rotina pedagógica como textos a serem analisados, procurando perceber os discursos que circulam em práticas de objetivação/subjetivação que são acionadas no governo das populações infantis. Os resultados desta pesquisa mostraram-me a importância de trabalhos deste tipo para educadores infantis e para todas as pessoas implicadas na produção cultural de crianças, uma vez que nos fornece pistas interessantes sobre as representações que os sujeitos infantis possuem sobre identidades de gênero, relações de desigualdade, cruzamento de fronteiras e outras questões de gênero.
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Dos "segredos sagrados" : gênero e sexualidade no cotidiano de uma escola infantilGuerra, Judite January 2005 (has links)
A presente pesquisa foi realizada em uma escola particular de Educação Infantil, no município de Porto Alegre, com um grupo de crianças na faixa etária entre quatro e cinco anos de idade, com o objetivo de discutir questões em torno da sexualidade e das identidades de gênero. As discussões advindas dos Estudos Feministas e dos Estudos Culturais, numa perspectiva pós-estruturalista de análise, possibilitaram compreender de forma mais ampla os processos de formação das feminilidades e das masculinidades na infância, bem como as estratégias de disciplinamento dos corpos infantis no espaço escolar. A partir das observações feitas, em vários momentos da rotina escolar, analisando as falas, os gestos, os movimentos, as manifestações, os comportamentos e os silêncios das crianças, principalmente nos momentos de brinquedos e de brincadeiras livres na escola, sem a interferência direta dos adultos e, a partir das entrevistas realizadas com as crianças e com a professora, foi possível perceber recorrências, rupturas e deslocamentos no que se refere aos discursos hegemônicos quanto à sexualidade e às relações de gênero na infância. Os resultados da investigação mostraram o quanto as crianças, no contexto escolar, utilizam determinadas estratégias para experimentar e descobrir seus prazeres e seus desejos em torno da sexualidade, uma vez que esse tema é tratado, muitas vezes, como um segredo, que só deve ser “revelado” em momento oportuno, ou seja, quando elas forem maiores. No entanto, apesar das interdições da cultura ao saber infantil sobre o tema, é cada vez maior o contato que elas têm com diversos artefatos culturais, que promovem, a seu modo, muitos conhecimentos sobre a sexualidade, aguçando ainda mais a curiosidade infantil. Em todo o fazer das crianças está o olhar vigilante do adulto: nos locais de atividades, nos espaços destinados às brincadeiras e nos brinquedos disponíveis para elas.
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Mulheres negras e (in)visibilidade : imaginários sobre a intersecção de raça e gênero no cinema brasileiro (1999-2009)Silva, Conceição de Maria Ferreira 25 April 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Comunicação, Programa de Pós-Graduação em Comunicação, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-06-30T17:55:57Z
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2016_ConceiçãodeMariaFerreiraSilva.pdf: 12566815 bytes, checksum: f014a666e37d971efc84223497d0fdfc (MD5) / Esta tese se propõe a investigar as inter-relações entre a cultura e o cinema brasileiro na construção e veiculação de imaginários sobre as mulheres negras, considerando a experiência histórica diferenciada e as estratégias de resistência feminina negra como possíveis elementos de mediação desses repertórios audiovisuais e seus regimes de visibilidade. Para isso, esta pesquisa, a partir das contribuições dos estudos culturais, da crítica feminista, da teoria do cinema e do feminismo negro acerca da intersecção de gênero e raça, desenvolve a análise fílmica de três longas-metragens de ficção: Orfeu, de Cacá Diegues (1999), Bendito fruto, de Sérgio Goldenberg (2004) e Besouro, de João Daniel Tikhomiroff (2009). É realizado ainda o estudo de recepção de uma das produções desse corpus, por meio da aplicação do modelo codificação/decodificação de Stuart Hall em grupos de discussão, buscando articular a representação e a recepção fílmicas, âmbitos distintos mas interligados no circuito contínuo de produção de sentido. Considerando-se o papel do cinema como produto e produtor de imaginário, verificou-se na análise fílmica a predominância de imagens preestabelecidas sobre as mulheres negras, no que se refere ao corpo e à sexualidade, aos trânsitos e deslocamentos espaciais, sociais e simbólicos sobre os quais incidem o entrecruzamento do racismo, do sexismo e da desigualdade social, embora também emerjam estratégias criativas na construção das personagens femininas negras quanto às relações de afeto e pertencimento, e sua capacidade de agência, exploradas no espaço fílmico, na construção narrativa e nos elementos da linguagem audiovisual. A pesquisa de recepção do filme Bendito fruto em três grupos de discussão também apresenta essa relação de força entre os sentidos instituídos e as novas possibilidades de interpretação, que se ancoram nas experiências pessoais das/dos participantes, assim como em suas identificações afetivas com outras representações audiovisuais e televisivas. Logo, essa investigação integrada do filme, de suas práticas de recepção e dos recortes de gênero e raça como categorias de análise viabiliza a reflexão sobre o reconhecimento das mulheres negras no cinema e na convivência inter-racial brasileira. ________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The present thesis investigates the interrelations between Brazilian culture and cinema in the construction and transmission of imaginaries surrounding black women, considering their unique historical experience and the strategies of black women's resistance as possible mediation elements of these audiovisual repertoires and their regimes of visibility. In order to do that and by applying contributions from cultural studies, feminist critique, film theory, and black feminism, this research analyses three fiction films: Cacá Diegues' Orfeu (1999), Sérgio Goldenberg's Bendito fruto (2004), and João Daniel Tikhomiroff's Besouro (2009). One of these productions is also the object of a reception study which applies Stuart Hall’s encoding/decoding model to discussion groups in order to associate filmic representation and reception, distinct but interconnected domains in the ongoing circuit of production of meaning. Grounded on cinema’s role as a product and a producer of imaginaries, the filmic analysis reveals a predominance of preconceived images of black women when it comes to body and sexuality, to the spatial, social, and symbolic movements and displacements affected by the merging of racism, sexism, and social inequality, even though creative strategies also emerge from the construction of black female characters as far as their relations of affection and sense of belonging are concerned, as well as their ability to act, all of which are explored in filmic space, in narrative construction, and in audiovisual language elements. The reception study of Bendito fruto by three discussion groups also brought forth this relation of force between the established meanings and new interpretative possibilities which rely on participants' personal experiences and affective identifications with other audiovisual and televised representations. Therefore, the combined investigation of the film, its reception practices, and the selection of gender and race as analytical categories enables the debate on the recognition of black women in Brazilian cinema and interracial relations.
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Vítimas, processos e dramas sociais : escutas e traduções judiciárias da violência doméstica e familiar contra mulheresCosta, Renata Cristina de Faria Gonçalves 01 April 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Curso de Pós-Graduação em Direito, 2016. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2016-07-18T14:04:41Z
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2016_RenataCristinaFariaGoncalvesCosta.pdf: 2396779 bytes, checksum: bacbc85a1ed2043e752947784260b2a2 (MD5) / Este trabalho tem como objetivo explorar as articulações entre teorias penais e criminológicas e representações sociais e de gênero na construção de práticas judiciárias que anunciam vítimas como parte da gestão processual. O contexto que justifica esse estudo se relaciona à emergência de novos papeis atribuídos às vítimas nos cenários contemporâneos e às inovações criadas pela Lei Maria da Penha (LMP) com o propósito de incrementar a visibilidade às mulheres, à sua proteção e às suas demandas. Para isso, foram etnografadas 60 audiências de ratificação realizadas entre os meses de novembro de 2014 e maio de 2015 no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a mulher do Núcleo Bandeirante, Distrito Federal. Procuro nesse contexto problematizar as práticas cotidianas e os dramas sociais oriundos de interações sociais concretas onde a escuta e a tradução aparecem como elementos centrais. Analiso assim, i) entrevistas com juiz titular, promotora de justiça e assistente social para captar os repertórios profissionais que circulam em campo, ii) entrevistas com vítimas e dinâmicas vivenciadas nas audiências de ratificação, onde as mulheres são chamadas ao palco para expressar seus anseios perante os rumos do processo. A pesquisa demonstrou a existência de repertórios distintos que, em tensão, se encontram e se separam por linhas que se formam, sob o pano de fundo da racionalidade penal moderna, entre teorias penais e criminológicas críticas, e representações sociais sobre o gênero, a família, o conflito, a pacificação e a violência doméstica. A concretização desses discursos nas práticas judiciárias demonstrou o deslocamento de, ao menos, duas concepções de sujeito presentes na literatura penal e criminológica sobre o criminoso: a de indivíduos autônomos e liberais (oriunda da Escola Clássica e das perspectivas contratualistas presentes no saber penal moderno) e a de indivíduos doentes (influenciada pela Escola Positiva). Essas percepções são perpassadas por representações sociais que em conjunto com as teorias penais e criminológicas apontam elementos que impactam o caminhar de cada audiência. A etnografia demonstrou a necessidade de complexificar as noções de sujeito encontradas. Nesse sentido, as teorias feministas do sujeito contribuem para a construção de indivíduos múltiplos que experimentam diversas posições de sujeitos marcadas por relações sociais concretas e por agências diferenciadamente imperfeitas. Como conclusão, aponto que essas novas gestões apresentam paradoxos entre o que se propõe e o que tem efeito nas práticas judiciárias. Essas contradições sugerem disputas e fissuras ao movimento da justiça e à sensibilidade da percepção das vítimas como sujeitos subjetiva e socialmente informados por narrativas hegemônicas, de um lado, e, de outro, marcados por resistências, medos e impensados. Os resultados desse estudo apontam que o jogo das audiências permanece em movimento, indicando a importância da crítica e a relevância do apelo contínuo a novas maneiras de inclusão das vítimas nos processos judiciais. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / This study aims to explore the links between criminal and criminological theories and social and gender representations in the construction of judicial practices that intent to include victims’ participation in lawsuits. The context that justifies this study is related to the emergence of new victims’s roles in contemporary settings and innovations created by Maria da Penha Law (MPL) with the purpose of increasing the visibility of women, their protection and their demands. For this, I observed, with ethnographic methods, 60 ratification court hearings held between the months of November 2014 and May 2015 in Special Court of Domestic and Familiar Violence against Women in Núcleo Bandeirante, Federal District. I try to, in this context, problematize everyday practices and social dramas that come from concrete social interactions where listening and translation appear as central elements. I analyze thus i) interviews with the holder judge, a promoter of justice and a social worker to capture professional repertoires that circulate in the field, ii) interviews with victims and dynamics experienced in the ratification hearings, where women are called to the stage to express their wishes in the course of the process. Research has shown the existence of different repertoires live in tension, meet and separate itself by lines that, under the backdrop of modern penal rationality, between criminal and criminological critical theories, and social representations of gender, family, conflict, pacification and domestic violence. The implementation of these discourses in judicial practices demonstrated the displacement of at least two conceptions of the subject present in the criminal and criminological literature: the autonomous and liberal individuals (coming from Classical School and contractualism present perspectives on modern criminal knowledge) and the sick individuals (influenced by the Positive School). These perceptions pervaded by social representations in conjunction with the criminal and criminological theories identify elements that affect the hearings. This ethnography study has shown the need for complexifying the concept of subject. In this sense, feminist theories of the subject contribute to the construction of multiple individuals experiencing different subject positions marked by concrete social relations and differentially imperfect agencies. In conclusion, I point out that these new efforts have paradoxes between what is proposed and what is effective in judicial practices. These contradictions suggest a dispute to the movement of justice and the sensitivity of the perception of victims as subjectively and socially informed by hegemonic narratives, on one hand, and on the other, marked by resistance, fear and the unintended. The results of this study indicate that the game of the hearings remains in motion, demonstrating the importance of criticism and the relevance of the continued resource to new strategies of inclusion of victims in judicial proceedings.
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New flesh : a cosmovisão de horror de David CronenbergLobo, Rafael Santos de Gusmão 25 May 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Comunicação, Programa de Pós-Graduação em Comunicação, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-07-18T13:14:48Z
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2016_RafaelSantosdeGusmãoLobo.pdf: 65743304 bytes, checksum: a066bedd3d880f73c9a5a3cd63de25bc (MD5) / Este trabalho busca investigar o desenvolvimento da importância do gênero de horror na compreensão da trágica condição humana atual. Para tal fim, investigo o gênero de horror partindo do pensamento da corrente filosófica do realismo especulativo e, em particular, do autor Eugene Thacker, que reconhece no espectro da extinção humana que assombra gradativamente nossas vidas hoje – catástrofes ambientais, pandemias, guerras – a dificuldade em se pensar a existência de um mundo de onde fomos extintos. Tal pensamento traz um limite em si: a imagem de um mundo impensável que se situa nas fronteiras da dicotomia ciência e magia. A necessidade política de se pensar a coexistência entre o mundo não humano dos processos naturais e o mundo humano objetificado aponta para a importância do horror como um campo epistemológico privilegiado de investigação que, há tempos, tem no conhecimento dessa coexistência seu foco de interesse. Nesse contexto, opto por seguir minha investigação por meio do exame do pensamento do cineasta David Cronenberg, considerado um autor fundamental do horror. Juntamente com a perspectiva de Thacker sobre o mundo, investigo a hipótese de que a obra do diretor canadense perfaz uma visão autoral que pode ser compreendida como um dispositivo de uma cosmovisão de horror. A partir de uma particular dicotomia de seu cinema, que se apresenta cindido entre uma estética ora fantasiosa, ora mais realista, minha proposta segue a intuição de que há, na tensão dessa contradição, uma afinidade eletiva entre a dicotomia realidade e fantasia que associa sua obra ao horror. A motivação dessa hipótese está na premissa de que o cinema de Cronenberg encontra sua unidade como um pensamento sobre o corpo humano. Por meio do reconhecimento desta afinidade, os corpos dos personagens dos filmes revelam-se como significantes da monstruosidade, tal como pensada por Georges Canguilhem. Revelada a monstruosidade do corpo, a visão estética autoral do diretor pode ser entendida como a expressão de uma fantasiosa visão de lugar nenhum, cuja perspectiva de estranhamento radical se revela como fonte de uma experiência de horror fundamental. ‘New Flesh’, expressão cunhada pelo diretor em um de seus filmes para nomear a monstruosidade do corpo de seu personagem, é utilizada nesta pesquisa como conceito estético que operacionaliza essa afinidade entre realidade e fantasia no cinema de Cronenberg. Ao fim da dissertação, aprofundando a relação inerente da New Flesh com a noção de construção de realidade, experimento ludicamente este conceito como o dispositivo mediador de uma cosmovisão de horror. _______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This work aims to investigate the development of the importance of horror genre in understanding the tragic human condition today. To this end, I investigate the horror genre following the philosophical thought of speculative realism, and particularly the author Eugene Thacker, who recognizes in the spectrum of human extinction that gradually haunts our lives today – environmental disasters, pandemics, wars – the difficulty in thinking of a world where we went extinct. This thought brings a limit within: the image of an unthinkable world that lies on the borders of the dichotomy science and magic. The political need to think about the coexistence between the nonhuman world of natural processes and the objectified human world point to the importance of horror as a privileged epistemological field of research, that has been having, in the knowledge of that coexistence, for a long time, its focus of interest. In that context, I choose to follow my research by examining the thought of the cinema director David Cronenberg, considered a key author of horror. Together with Thacker’s perspective, I investigate the hypotheses that the work of the Canadian director compiles an authorial vision that can be comprehended as an apparatus of a horror worldview. From a singular dichotomy of his work, divided between films with fanciful aesthetics and others with a realistic aesthetics, my proposal follows the intuition that there is on the stress of that contradiction, an elective affinity between the dichotomy reality and fantasy, which link his work to horror. The motivation of this hypothesis is grounded in the assumption that Cronenberg’s films finds their unity as a thought of the human body. By means of the recognition of this affinity, the bodies of his film's characters are revealed as signifiers of monstrosity as thought by Georges Canguilhem. Revealed the monstrosity of the body, the director's authorial vision can be understood as the expression of a fantasy view from nowhere, whose perspective of radical strangeness is revealed as a source of a fundamental horror experience. ‘New Flesh’, an expression coined by the director in one of his films, is used in this research to name the aesthetics concept that will operationalize this affinity between reality and fantasy in Cronenberg's work. By the end of the dissertation, deepening the relation of the New Flesh with the notion of construction of reality, I experiment playfully with this concept as an apparatus of mediation of a horror worldview.
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Entre gênero e espécie : à margem teóricas das Ciências Sociais e do feminismoKirjner, Daniel de Almeida Pinto 11 March 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Intituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, 2016. / Submitted by Camila Duarte (camiladias@bce.unb.br) on 2016-08-01T13:15:17Z
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2016_DanieldeAlmeidaPintoKirjner.pdf: 2250598 bytes, checksum: 3674d85db692fbce445c0dbf82f17fae (MD5) / No mundo ocidental, importantes pensadores conceberam as ideias de gênero e espécie de maneira muito próxima e as utilizaram como ferramentas de reafirmação da superioridade do masculino humano. Desde a era clássica, através da exaltação da racionalidade como essência do espírito humano, homens estabeleceram domínio sobre mulheres, animais e o meio ambiente. O movimento feminista, principalmente desde a década de 1970, passa a desconstruir estas “verdades” de gênero assim como suas opressões e hierarquias instituídas. Tal debate resulta no questionamento dos ideais de humanidade e na relativização do conhecimento através da compreensão dos afetos, das vivências e das identidades dissidentes. Neste contexto, as certezas sobre o que é o ser humano e o que o diferencia do resto da existência são questionadas e os animais são incluídos definitivamente na teoria de gênero, por meio do ecofeminismo animalista da década de 1990. Nesta mesma época, surgem no Brasil duas proeminentes publicações: a Estudos Feministas e a Cadernos Pagú. Esta pesquisa fez uma análise da posição que foi relegada a mulheres e animais no pensamento ocidental em relação a um ideal masculinista de humanidade; da reação feminista a esta opressão de espécie/gênero; e das razões para a não consolidação, até o momento, dos estudos feministas animais no Brasil. Fez-se uma análise quanti- qualitativa das revistas Estudos Feministas e Cadernos Pagu, expoentes do feminismo acadêmico brasileiro, no sentido de mapear os principais assuntos, discussões de gênero e perspectivas teóricas em evidência no país. Os resultados mostraram que as Ciências Sociais, os movimentos de mulheres e as questões raciais são fatores relevantes para a discussão de gênero neste contexto, enquanto o ecofeminismo e a opressão animal são debates praticamente esquecidos. Conclui-se, portanto, que para haver um crescimento dos estudos feministas animais no Brasil é necessária uma maior inclusão dos não-humanos na práxis da militância feminista, nas discussões raciais e nas Ciências Sociais. _________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / In the western world, renowned thinkers conceived both the ideas of gender and species in a very similar fashion, and used them as tools to reinsure the superiority of the male human. Since the Classical era, through the exaltation of the rationality as the essence of the human spirit, men established dominance over women, animals and the environment. The feminist movement, particularly since the 1970’s, began to deconstruct those “truths” of gender as well as their instituted oppressions and hierarchy. Such debate results in the questioning of the ideals of humanity and the relativization of knowledge by understanding affection, experiences and dissident identities. In this context, certainties about what is the human being and what differentiates it from the rest of the existence were questioned, and the animals were definitively included in the gender theory through the animalist ecofeminism of the 1990’s. At the same time, in Brazil, two prominent publications arose: “Estudos Feministas” [Feminist Studies] and “Cadernos Pagu” [Pagú Booklets]. This research analyzed the position relegated to women and animals in the western thought regarding a masculinist ideal of humanity; the feminist reaction to this gender/species oppression; and the reasons explaining the non-consolidation, to date, of the animal feminist studies in Brazil. A quali-quantitative analysis of both magazines, Estudos Feministas and Cadernos Pagú – pinnacles of the Brazilian academic thinking –, aiming at mapping the main subjects, gender discussions and theoretical perspectives being evidenced within the country. The results showed that the Social Sciences, women’s movements and racial issues are relevant factors for the discussion of gender in this context, while ecofeminism and animal oppression are practically forgotten debates. Concluding, therefore, that in order to improve animal feminist studies in Brazil, non-human animals need a broader participation in the praxis of feminist activism, racial discussions and Social Sciences. _________________________________________________________________________________________________ RESUMEN / En el mundo occidental, importantes pensadores concibieron las ideas de género y especie de manera muy similar y las utilizaron como herramientas de reafirmación de la superioridad de lo humano masculino. Desde la era clásica, a través de la exaltación de la racionalidad como esencia del espíritu humano, los hombres establecieron el dominio sobre las mujeres, animales y el medio ambiente. El movimiento feminista, principalmente desde la década de 1970, comienza a reconstruir estas “verdades” de género así como sus opresiones y jerarquías institucionalizadas. Tal debate trae como resultado el cuestionamiento de los ideales de la humanidad y en la relativización del conocimiento a través de la comprensión de los afectos, de las vivencias y de las identidades divergentes. En este contexto, las certezas sobre lo que es el ser humano y lo que lo diferencia del resto de la existencia son cuestionadas y los animales son incluidos definitivamente en la teoría de género, por medio del eco feminismo animalista de la década de 1990. En esta misma época, surgen en el Brasil dos relevantes publicaciones: la Estudios Feministas y Cuadernos Pagú. Esta investigación hizo un análisis de la posición en la que fueron puestas las mujeres y animales en el pensamiento occidental con relación a un ideal masculinista de humanidad; de la reacción feminista a esta opresión de especie/genero; y de las razones para la no consolidación, hasta el momento, de los estudios feministas animales en el Brasil. Se realiza un análisis cuanti-cualitativo de las revistas Estudios Feministas y Cuadernos Pagú, exponentes del feminismo académico brasilero, en el sentido de mapear los principales asuntos, discusiones de género y perspectivas teóricas en evidencia en el país. Los resultados mostraron que las Ciencias Sociales, los movimientos de mujeres y las cuestiones raciales son factores relevantes para la discusión de género en este contexto, mientras que el ecofeminismo y la opresión animal son debates prácticamente olvidados. Se concluye, por lo tanto, que para que haya un crecimiento de los estudios feministas animales en el Brasil es necesaria más inclusión de los no-humanos en la práxis del activismo feminista, en las discusiones raciales y en las Ciencias Sociales. _________________________________________________________________________________________________ RESUMÉ / Dans le monde occidental, un nombre important de penseurs ont conçu les notions de genre et d’espèce de façon très proche et en les employant comme des outils pour la reaffirmation de la superiorité du masculin humain. Depuis l’ère classique, par le biais de l’exaltation de la rationalité comme une essence humaine, les hommes établirent leur domination sur les femmes, les animaux et l’environnement. Le mouvement féministe, et ce surtout à partir des annés 1970, commença a déconstruire ces “vérités” liées au genre ainsi que les oppresions et hierarchies établies. Ce débat a eu pour conséquence un questionnement des idéaux de l’humanité et une relativisation de la connaissance par la compréhension des affections, des expériences et des identités dissidentes. En ce contexte, les certitudes à propos de ce qu’est l’être humain et sur ce qui le différencie du reste de l’existence sont remises en question et les animaux sont inclus définitivement parmi les études de genre, par le biais de l’écoféminisme animaliste de la décennie de 1990. À cette même époque, apparurent au Brésil deux importantes publications: Estudos Feministas et Cadernos Pagú, cellesci peuvent être considérées comme les plus influentes du féminisme académique brésilien actuel. L’étude suivante a eu pour objectif premier, faire une analise de la position relégué attribuée aux femmes et aux animaux dans la pensée occidentale par rapport à un idéal masculin de l’humanité; second, observer la réaction féministe à cet oppresion d’espèce/genre; troisième et dernier, expliquer les motifs de la non consolidation, jusqu’alors, des études féministes animaux au Brésil. Une analise quantiqualtitative des publications Estudos Feministas et Cadernos Pagú a été faite, de façon à identifier les principaux sujets, discussions de genre et perspectives théoriques mise en évidence dans le contexte brésilien. Les résultats ont montré que les sciences sociales, les mouvements féministes et les questions raciales sont des facteurs prépondérants pour la discussion de genre en ce contexte alors que l’écoféminisme et l’oppression animale sont des débats quase inéxistants. En conclusion, nous pouvons dire que pour qu’il y ai une croissance au Brésil des études féministes animaux il serait nécessaire une plus grande inclusion des non humains dans la práxis de la militance féminine, lors des débats raciaux et des sciences sociales.
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O lampião da esquina : uma voz homossexual no Brasil em tempos de fúria (1978-1981)Brito, Alexandre Magno Maciel Costa e 15 July 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Departamento de História, Programa de Pós-Graduação em História, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-08-29T17:25:00Z
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2016_AlexandreMagnoMacielCostaeBrito.pdf: 2531999 bytes, checksum: 5539367a94ee535f5fa0cef720c688c4 (MD5) / As lutas políticas dos homossexuais durante a ditadura militar no Brasil tiveram como um dos grandes instrumentos de combate à homofobia, o jornal Lampião da Esquina. Conhecido também como Lampião, o periódico circulou durante os anos de 1978 a 1981, marcando parte importante da história brasileira por meio de suas influências na construção do movimento homossexual, além de veicular nas suas publicações mensais, demandas de vários outros movimentos sociais, como o Movimento Negro e o Movimento Feminista. A pesquisa objetiva compreender as representações de violência contra a população LGBT nos discursos textuais/imagéticos do Lampião e as representações sociais das identidades de gênero presentes nesse jornal em diálogo com as relações estabelecidas entre a imprensa homossexual e a ditadura militar no período que compreende os anos finais do Governo Geisel (1974-1979) e o Governo Figueiredo (1979-1985), quando o jornal encerra seus trabalhos. _________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The political queer struggle that took place during the military dictatorship period in Brazil had, as its main combat tool against homophobia, the newspaper “Lampião da Esquina”. Also known as “Lampião”, the journal was published from 1978 to 1981, establishing an important part of the Brazilian history through its influence on the queer movement, besides monthly publishing the demands of different social movements, such as the Black and the Feminist Movements. The research intends to comprehend the representations of violence against the LGBT population, in the text and image speeches of “Lampião”. In addition, it seeks to understand the social representations of gender identities, in this journal, in dialogues with the established relationships between the queer press and the dictatorship period, in the final years of Geisel government (1974 – 1979), and Figueiredo’s (1979 -1985), when the journal finishes its work.
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As assentadas na agricultura familiar de base agroecológica do pequeno Willian – Planaltina – DF : condições de vida, trabalho e meio ambienteFerreira, Jonathas Felipe Aires 24 June 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade UnB Planaltina, Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-12-07T14:23:17Z
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2016_JonathasFelipeAiresFerreira.pdf: 18513385 bytes, checksum: 9e87762bf3180309c793a398194b6bbe (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2017-01-16T21:12:28Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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2016_JonathasFelipeAiresFerreira.pdf: 18513385 bytes, checksum: 9e87762bf3180309c793a398194b6bbe (MD5) / Esta pesquisa teve por objetivo geral analisar se os papéis sociais ancorados no manejo dos recursos naturais, realizados pelas mulheres do Assentamento Pequeno Willian, lhes conferia empoderamento e autonomia produtiva. Como justificativa buscou-se problematizar os papéis desempenhados pelas mulheres nos espaços rurais, que são vistos apenas como uma ajuda e não complementação de renda para a família. A sustentabilidade do processo produtivo no meio rural depende muito da participação da mulher porque ela também usa e maneja a terra com amplo conhecimento tradicional. Elas demonstram ter grande controle sobre os conhecimentos da biodiversidade e a compreensão fundamentada nos domínios dos fenômenos naturais da importância da conservação da natureza. E, para além disso, mantém a unidade familiar que é o próprio alicerce dessa produção agrícola. Consequentemente os objetivos específicos foram: a) identificar os trabalhos produtivos e reprodutivos das assentadas na comunidade e quais as implicações nas relações de gênero b) identificar mobilização social e as consequências desse engajamento na vida dessas assentadas c) apontar valores ambientais presentes nos usos, práticas e conservação da terra no assentamento. A questão principal deste trabalho foi descobrir se houve empoderamento para as assentadas por meio desses papéis sociais. As questões de apoio foram: As atribuições da mulher assentada da agricultura familiar afetam a sua qualidade de vida produtiva e reprodutiva? Como essa mulher percebe o cerceamento das suas liberdades? Há um nível de consciência das relações de dominação e opressão? Como é o envolvimento com movimentos sociais do campo? Quais são os usos da terra e do meio ambiente que as cerca? Como hipótese indicou-se o seguinte: se essa mulher assentada possui um papel de destaque originário no manejo dos recursos naturais, isso lhe confere maior empoderamento e reconhecimento de suas atividades sociais e o capital político e acesso à terra as torna emponderadas e politicamente autônomas. Em termos metodológicos este é um estudo de caso, de cunho qualitativo-descritivo em que os instrumentos foram observação participante e entrevista em profundidade visando captar a história de vida de 5 assentadas e a análise ocorreu através de filtragem por categorias. Os resultados alcançados foram a) a identificação de práticas ambientais sustentáveis, agroecológicas e artesanais nas parcelas das entrevistadas; b) o que as atribui empoderamento na sua realidade rural é a titularidade de terra e a autonomia decisória que elas têm dentro da parcela e, c) com a prática agroecológica elas possuem um grupo de artesanato a qual elas trabalham com fibra de bananeira para geração de uma renda complementar. ________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The main goal for this Research was to analyze if social papers based on the management of natural resources performed by women from Pequeno Willian settlement give then empowerment and productive autonomy. As justification sought to problematize environmental papers performed by these women in rural spaces that only can be seen as help and not supplementary incomes for family. The productive service sustainability in rural spaces depends largely from women participation because she also uses and manages the land with large traditional knowledge. They demonstrate big control over biodiversity knowledge and understanding grounded in natural phenomenon domain of relevance of nature conservancy, and beyond that keep the family unity that is the agricultural production foundation. Consequently, the specific goals are: a) Identify productive and reproductive works of this seated women on this community and which implication on the gender relations b) Identify social mobilization and the consequences of this engagement in this seateds women c) Point environmental values in uses, practices and land conservation in this settlement. This dissertation main issue is to find out if there is empowerment for seateds women through this environmental papers. The issues of support were: the women seated attributions from familiar agriculture affects her productive and reproductive life quality? There is a domination and oppression consciousness? How is the involvement with rural social movements? Which uses they give to the land and environment around them?. The following hypotheses were: if this women have projection in her community grounded in managing natural resources, she will be empowered and will be social recognized and the political capital, access to the land makes her empowered and politically autonomous. Methodologically this is a study case, qualitative-descritive nature, where the instruments were participant observation and depth interview aiming to capture 5 seated women life story and the analysis occurred through filtering categories. The results achieved were a) Identification of environmental sustainable, agroecological and craft on their houses b) what gives then their empowerment in their rural reality is land ownership and decisional autonomy which they have in the own house and c) they have a craft group which they work with fiber banana to generate a family income.
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Mensalistas e diaristas : as implicações pertinentes às relações entre famílias, rendimento e direitos de trabalhadoras domésticasBento, Paulo Donisete 30 September 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, 2016. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2017-02-02T13:47:19Z
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2016_PauloDoniseteBento.pdf: 1622495 bytes, checksum: 6032cb1cdd43198ed15cb157cfa6e192 (MD5) / Duas mudanças paradigmáticas concomitantes atingiram o trabalho doméstico a partir dos anos 2000: a aquisição paulatina de direitos por mensalistas com a efetivação crescente deles e o aumento da proporção do trabalho doméstico executado por diaristas no serviço doméstico remunerado. Essa última modalidade não tem qualquer direito, razão pela qual a diarização do trabalho doméstico é apresentada como válvula de escape que ameaça a efetivação de direitos adquiridos. Em oposição a isso, rendimento maior e a contribuição previdenciária que cresce a um ritmo mais intenso entre diaristas têm se afigurado como critérios usados para questionar a noção de que a diarização do trabalho doméstico equivale a sua precarização. Nessa medida, a responsabilidade por “aproveitar” as possibilidades abertas pela diarização recai sobre as trabalhadoras, ressuscitando uma noção de tradicionalismo que remete à literatura sociológica clássica. Nesse quadro, baseado em entrevistas de oito trabalhadoras domésticas e em de dados coletados da PNAD, esta dissertação analisa relações sobre quatro elementos que orbitaram as narrativas fornecidas pelas entrevistadas: a família empregadora, a própria família da trabalhadora, além dos anteriormente citados rendimento e direitos (materializados na carteira de trabalho assinada ou na adesão à condição de contribuinte previdenciária autônoma). Desse modo se perceberá que as experiências das trabalhadoras são centrais para se perceber e ultrapassar as lacunas deixadas por aqueles critérios iniciais. As experiências das próprias trabalhadoras permitem perceber como e a que custo obtém rendi-mento melhor, nos casos em que o obtém, e os problemas relacionados à adesão por parte da trabalhadora à condição de contribuintes previdenciárias. A importância dessa investigação reside no fato de que, posto que o trabalho doméstico se situa no entroncamento de articulações de raça, gênero e classe social que formam a matriz da desigualdade no país, a aquisição de direitos aponta, em princípio, para o fim de uma era em que a ocupação era vista como resquício da escravidão. Portanto, analisar suas transformações se faz necessário para averiguar os impactos delas sobre conquistas de uma luta que já dura mais de oitenta anos. / Two concomitant paradigmatic changes reached domestic work from the 2000s: the gradual acquisition of rights by monthly workers with their increasing effectiveness and the increase in the proportion of domestic work performed by day laborers in paid domestic service. This last modality has no right, reason why the diarization of domestic work is presented as an escape valve that threatens the realization of acquired rights. In opposition to this, higher income and the social security contribution that grows at a more intense pace among day laborers have appeared as criteria used to question the notion that the diarization of domestic work amounts to its precariousation. To this extent, the responsibility to "take advantage" of the possibilities opened by diarization rests with the workers, resuscitating a notion of tradi-tionalism that refers to the classical sociological literature. Based on interviews with eight domestic workers and data collected from PNAD, this dissertation analyzes relationships that relate to four elements that orbited the narratives provided by the interviewees: the fam-ily of the employer, the worker's own family, above mentioned income and rights (material-ized in the work signed or in the adhesion to the condition of autonomous social security taxpayer). In this way it will be realized that the experiences of the workers are central to perceive and overcome the gaps left by those initial criteria. The experiences of the workers themselves make it possible to perceive how and at what cost they obtain better income, in the cases in which they obtain it, and the problems related to the worker's adherence social security taxpayers. The importance of this research lies in the fact that, since domestic work is located at the crossroads of race, gender and social class articulations that form the matrix of inequality in the country, the acquisition of rights points, in principle, towards the end of an era in which occupation was seen as a remnant of slavery. Therefore, analyzing their transformations is necessary to ascertain their impacts on the achievements of a struggle that already lasts more than eighty years.
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