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Caso Rushdie: uma análise da relação entre islamismo e direitos humanosChaves, Luana Hordones [UNESP] 12 August 2011 (has links) (PDF)
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chaves_lh_me_mar.pdf: 1085670 bytes, checksum: 2297eefc0eaac2d8b7a1f3f4e6dc00fe (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / A condenação de morte ao autor indo-britânico Salman Rushdie sob a acusação de blasfêmia, proclamada pelo aiatolá Khomeini em 1989, fez-se, desde então, um caso emblemático quando se trata dos desdobramentos da relação entre Direitos Humanos e Islamismo. A repercussão internacional da fatwa evidenciou não só a peculiaridade política do governo iraniano pós-revolução islâmica, como também a forma de representação do oriente – especificamente do mundo muçulmano – consolidada no imaginário ocidental, dada a maneira com que tal conflito foi instrumentalizado para a manutenção dos poderes envolvidos: o Irã e potências ocidentais; o Irã amparado por uma interpretação do Alcorão e potências ocidentais amparadas no discurso de defesa dos Direitos Humanos. Tendo em vista, pois, a forma em que se deu o caso Rushdie, faz-se necessário considerar as questões que evolvem a construção de uma ofensa ao Islã por um lado, e a conseguinte reconstrução da ofensa ao direito de liberdade, por outro. A ação do governo iraniano de condenar o autor de “Os Versos Satânicos” se justifica nos valores e na concepção de vida própria da religião islâmica, enquanto a reação das potências ocidentais em defesa de Rushdie faz referências à liberdade de expressão garantida pelos Direitos Humanos. Tem-se, dessa forma, um conflito entre os fundamentos ético-morais islâmicos – sobre os quais se constrói a ofensa de Rushdie – e os fundamentos ético-morais dos Direitos Humanos – a partir dos quais tal ofensa é reconstruída por uma forma de compreensão própria da sociedade moderna ocidental. Todavia, o choque que perpassa as relações entre religião e modernidade, assim como a relação entre cultura ocidental e cultura muçulmana exigem ainda ponderações de ordem política. A compreensão... / The death sentence against the Indo-British author, Salman Rushdie, on charges of blasphemy, issued by the Ayatollah Khomeini in 1989, is an emblematic case when related to the developments of the relationship between Islam and Human Rights. The international repercussion of the fatwa showed not only the political peculiarity of the Iranian government post-Islamic revolution, but also the representation form of the East – specifically the Muslim world – consolidated in the Western imaginary, considering how this conflict was manipulated to maintain the involved powers: Iran and Western powers; Iran supported by an interpretation of the Koran and the Western powers supported on the defense speech of Human Rights. Considering, therefore, the way that the Rushdie case took place, it is necessary to take into account the issues that evolve building an offense to Islam on the one hand, and the subsequent reconstruction of this offense to the freedom right on the other. The Iranian government action to condemn the author of 'The Satanic Verses' is justified in the values and life conception proper to the Islamic religion, while the response of Western powers in Rushdie defense makes references to the freedom of expression, guaranteed by the Human Rights. There is, this way, a conflict between the Islamic ethical and moral foundations – based on which the Rushdie offense is built – and the ethical and moral foundations of Human Rights – from which the offense is rebuilt by an understanding form proper to the modern Western society. However, the shock that pervades the relations between religion and modernity, as well as the relations between Western culture and Muslim culture still require political weights. The conflict comprehension initiated by the Rushdie affair goes beyond the values... (Complete abstract click electronic access below)
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Egito e Turquia no século XXI: democracia liberal ou governo misto? / Egypt and Turkey in the twenty-first century: liberal democracy or mixed government?Fabio Metzger 09 August 2013 (has links)
A tese tem, como pano de fundo, os acontecimentos políticos recentes que, desde 2002, geram fundamentais mudanças no Oriente Médio e, como foco principal, o Egito e a Turquia, Estados-chave da região. O objetivo deste trabalho é analisar, com base em conceitos da teoria política clássica, moderna e contemporânea, a natureza dos regimes políticos dos países aqui citados. Países que deixaram de ser autocráticos, mas que, ao mesmo tempo, ainda não construíram uma forma de governo baseada na democracia liberal de estilo ocidental. Afinal, que espécie de governo está sendo construído no Egito e na Turquia? É possível colocar os modelos de democracia, liberalismo e democracia liberal enquanto paradigma definitivo para os dois casos? Ou se faz necessário abrir um horizonte mais amplo dentro da ciência política, buscando compreender as formas de governos mistos historicamente construídos desde a Antiguidade greco-romana? Nesse contexto, a tese busca também analisar outros conceitos importantes dentro da área, como Estado, soberania, nação e, especificamente, islã (governo de Deus), decisivo na forma como turcos e egípcios formam as suas respectivas sociedades e os seus governos. / The backdrop thesis is the recent political developments that have led to fundamental changes in the Middle East from 2002 to the 1st half of 2013, focusing mainly Egypt and Turkey, key states in the region, analyzing them from concepts of Classical, Modern and Contemporary Political Theory, and which is the nature of the political regimes of the countries cited here. These countries that have ceased to be autocratic, but where at the same time, not yet built a Liberal-Democratic form of Western-style government. After all, what kind of governments is going to be built in Egypt and Turkey? Is it possible to present models of democracy, liberalism and liberal democracy as paradigm for the final two cases? Or is it necessary to open a wider horizon in Political Science, trying to understand the forms of mixed governments, historically constructed since ancient Greco-Roman Age? In this context, the thesis analyzes other important concepts as state sovereignty, nation, and specifically the definition of Islam (rule of God), which is quite decisive in how Egyptians and Turks form their respective societies and their governments.
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A construção de identidades muçulmanas no Brasil : um estudo das comunidades sunitas da cidade de Campinas e do bairro paulistano do Brás / A construção de identidades muçulmanas no Brasil : um estudo das comunidades sunitas da cidade de Campinas e do bairro paulistano do BrásCastro, Cristina Maria de 16 February 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-02-16 / Financiadora de Estudos e Projetos / This thesis analyses the construction of Muslim identities in Brasil, basically
through the participant observation technique in the Islamic Center of Campinas and the
Islamic Youth League, in Brás neighbourhood, in São Paulo city. I try to understand how
this process of construction of identity happens towards: 1) the negotiation with the
Brazilian host society, caracterized by the strong presence of Catholicism, the growth of
Protestantism, a secular state, a basically Western culture, dependency on the USA and the
Brazilian tradition of absorbing immigrants in a very strong process of assimmilation; 2)
the globalization of islamite trends, also meaning the creation of a new consciousness of
Ummah and; 3) the negotiations inside the Muslim communities, between Arabs and
converts and also between men and women to define what means to be a male and female
Muslim in Brazil. Finally, the comparative study of two Muslim communities with such
different profiles as the Sunni communities of Campinas and Brás, allows to analyse until
what point different occupations, ethnic backgrounds and spatial distributions promote the
arising of different Islamic practices and speeches, towards the fields previously delimited . / Esta tese analisa a construção de identidades muçulmanas no Brasil,
fundamentalmente através da técnica de observação participante junto ao Centro Islâmico
de Campinas e à Liga da Juventude Islâmica Beneficente do Brasil, no bairro do Brás, em
São Paulo. Procuro apreender como se dá este processo de construção identitária frente: 1)
à negociação com a sociedade brasileira, caracterizada pela forte presença do catolicismo,
do crescimento do protestantismo, da cultura basicamente ocidental, do estado secular, da
dependência dos EUA e da tradição de acolher os imigrantes e absorvê-los em um processo
de abrasileiramento; 2) à globalização de tendências islamitas (ou fundamentalistas),
inclusive no sentido da globalização criar uma nova consciência da Ummah, a comunidade
muçulmana mundial, e; 3) às negociações internas entre árabes e conversos e entre homens
e mulheres pela definição do que é ser muçulmano e muçulmana no Brasil. Por fim, o
estudo comparativo de duas comunidades muçulmanas com perfis tão distintos quanto as
comunidades sunitas de Campinas e do Brás permite analisar até que ponto ocupações,
etnias e distribuições espaciais distintas podem gerar práticas e discursos islâmicos
diferenciados, à luz dos campos delimitados previamente.
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Pluralismo X radicalismo. A integração do islã político em algumas sociedades mulçumanas: os casos de Egito, Turquia e Argélia / Pluralismo X radicalismo. A integração do islã político em algumas sociedades mulçumanas: os casos de Egito, Turquia e ArgéliaFabio Metzger 06 June 2008 (has links)
Este estudo compara as situações políticas de Egito, Turquia e Argélia, três Estados de maioria muçulmana, onde existem movimentos políticos islâmicos influentes. Neste trabalho, é verificado se os movimentos e partidos islâmicos são compatíveis ou acomodáveis com os Estados egípcio, turco e argelino. Utilizando a comparação dos conceitos de soberania popular e democracia liberal com o Islã e o Islamismo (também conhecido como \"Islã político\"), são considerados todos os casos históricos de cada sociedade. / this study compares and contrasts political situations in Egypt, Turkey and Algeria, three muslim majority states, where there are political islam´s influent movements. In this work, it´s verified if the Islamic and islamist movements are compatible or accommodable to Egyptian, Turkish and Algerian secular states. Comparing and contrasting concepts of people´s sovereignty and liberal democracy to Islam and islamism (also known as \"political Islam\"), this study considers all the historical cases in each society.
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A ascensão da Irmandade Muçulmana ao poder no Egito e seu impacto na política externa egípcia / The rise of the Muslim Brotherhood to power in Egypt and its impact on Egyptian foreign policyJosé Antonio Geraldes Graziani Vieira Lima 26 May 2015 (has links)
Por meio de dois artigos, um de revisão bibliográfica e outro de pesquisa empírica, este trabalho busca examinar os impactos para o Egito, e as repercussões para o Oriente Médio, da ascensão da Irmandade Muçulmana ao poder após a deposição de Hosni Mubarak, ditador egípcio durante três décadas. O caso do Egito é o objeto da pesquisa pois exemplifica de forma cristalina como as aberturas democráticas nos países árabe-muçulmanos representam um enorme desafio para essas sociedades. A atuação da Irmandade Muçulmana em um ambiente de liberdade era aguardada por observadores dentro e fora do Oriente Médio pois, como principal movimento adepto do chamado islã político, seu sucesso ou fracasso poderiam indicar a possibilidade de êxito na construção das democracias locais, uma vez que parece inevitável o islamismo, como sinônimo de islã político, ser o primordial beneficiário da ruína dos regimes despóticos que grassam na região. Como base para esta análise, o primeiro artigo busca, por meio de uma revisão bibliográfica da história e da ideologia da Irmandade Muçulmana, desde sua fundação, em 1928, as explicações para o comportamento do grupo após a queda de Mubarak. O segundo artigo, por sua vez, estuda a conduta da política externa do Egito e reconstrói a forma como a ditadura de Mubarak desempenhava suas relações exteriores, comparando esta com a política externa do Egito durante o governo de Mohamed Morsi, irmão muçulmano eleito presidente do país em junho de 2012. Por fim, o segundo artigo busca entender os impactos provocados pelo período de governo da Irmandade Muçulmana na política externa do Egito na fase seguinte, após a deposição de Morsi (julho de 2013), em que o país passou a ser liderado pelo marechal Abdel Fattah al-Sissi, cujas ações na seara internacional são manifestamente tomadas em oposição não apenas à Irmandade Muçulmana, mas a qualquer elemento que possa ser identificado com o islã político. / Through two articles, a literature review and an empirical analysis, this paper seeks to examine the impacts to Egypt, and the implications for the Middle East, of the rise to power of the Muslim Brotherhood after the overthrow of Hosni Mubarak, Egyptian dictator for three decades. The case of Egypt is the object of research because it exemplifies in a crystalline way how the democratic openings in the Arab-Muslim countries represent a huge challenge for these societies. The performance of the Muslim Brotherhood in a freer environment was expected by observers inside and outside the Middle East because, as the main supporter of the movement called political Islam, its success or failure could indicate the possibility of success in the construction of local democracies, since it seems inevitable that Islamism, as synonymous with political Islam, be the primary beneficiary of the ruin of the despotic regimes that are rife in the region. As a basis for this analysis, the first article seeks, through a literature review of the history and ideology of the Muslim Brotherhood, since its founding in 1928, the explanations for the behavior of the group after the fall of Mubarak. The second article, in turn, studies the conduct of foreign policy of Egypt and reconstructs how the dictatorship of Mubarak played its foreign relations, comparing this with the foreign policy of Egypt during the reign of Mohamed Morsi, muslim brother elected president of the country in June 2012. Finally, the second article seeks to understand the impacts caused by the period of government of the Muslim Brotherhood in Egypt\'s foreign policy in the next stage, after the deposition of Morsi (July 2013), in which the country was led by Marshal Abdel Fattah al-Sissi, whose actions in the international arena are clearly taken in opposition not only to the Muslim Brotherhood, but the elements which can be identified with political Islam.
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Par penitence les cumandet a ferir: a legitimação do combate contra os pagãos na Chanson de Roland e na Chanson de Guillaume / Par les penitence cumandet a ferir: the legitimacy of combat against the pagans in the Song of Roland and in the Song of William.Lucas Bittencourt Gouveia 26 April 2010 (has links)
A Chanson de Roland, obra construída no século XIX como fundadora da literatura francesa, foi bastante explorada ao longo dos últimos 150 anos, muitas vezes com usos políticos, nem sempre expressos. Apesar de exaustivamente trabalhada pelos estudos literários, são quase inexistentes as investigações históricas sobre o seu conteúdo cristão e suas possíveis relações com a legitimação do combate contra os pagãos. Este trabalho investiga de que forma os pagãos são representados na gestas do final do século XI, e como estas constroem uma alteridade através da religião, da moralidade, da territorialidade, e da etnicidade. Investiga também como os cristãos são representados dentro uma unidade pan-européia, numa sobreposição das noções de império e cristandade, e como sua luta contra os pagãos é legitimada, e mesmo santificada, pelas obras, através do martírio dos seus cavaleiros. / The Song of Roland, explored in the nineteenth century as the main text of French literature, was heavily exploited over the past 150 years, often with political uses, not always expressed. Despite extensive work by literary studies, there hardly any historical research on its Christian content and its possible association with the legitimacy of the combat against the pagans. This work investigates how the pagans are represented in the gestas of the late eleventh century, and how they build an otherness through religion, morality, territoriality, and ethnicity.It also investigates how Christians are represented in a pan-European unity, in a superposition of the notions of empire and Christianity, and how their fight against the heathen is legitimated and even sanctified through the martyrdom of their knights.
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Ibn_Rusd: a noção de ta\'wil no Fasl almaqal / Ibn_Rusd: the notion of ta\'wil no Fasl almaqalAnna Rosa Martino Covelli 11 August 2009 (has links)
O médico, jurista islâmico e filósofo andalusino Ibn-Rud, nascido em Córdova em 1126 e morto em Marraqueche em 1198, é mais conhecido no Ocidente latino como Averróis, o comentador das obras de Aristóteles. A lógica do filósofo grego serviu de base para o filósofo andalusino empreender, de forma metódica, sua crítica aos métodos ortodoxos dos grupos religiosos de seu tempo. Ibn-Rud foi um dos representantes da chamada falsafah, filosofia árabe, ou filosofia em árabe, constituindo-se em seu último e ápice representante no período medieval. Deixou uma obra capital em todos os domínios do saber, sendo considerado o maior filósofo aristotélico do século XII, testemunha de uma época gloriosa do Ocidente islâmico, o Alandalus. O Fa½l almaql / Discurso decisivo é uma obra escrita com a finalidade de refletir sobre a relação entre a lei revelada e a filosofia. Instaura a reflexão filosófica no âmbito jurídico-religioso, justificando a validade da interpretação filosófica do Livro Sagrado islâmico, o Corão, que para o filósofo é uma prescrição a ser conhecida e não apenas acreditada. Nessa obra, Ibn-Rud preocupou-se em indicar com precisão as melhores formas de assentimento ao saber. Em relação às pessoas cultas no caso, os filósofos a mais elevada forma de conhecimento é aquela do conhecimento obtido via a demonstração; e, em relação aos outros, incluídos os teólogos, é a forma de conhecimento obtido via a discussão dialética e a persuasão retórica. Eis o grande projeto do filósofo andalusino: a defesa da filosofia a partir da leitura atenta e aprofundada do Corão, por um lado, e da interpretação jurídica da lei revelada, por outro. / The doctor, islamic jurist and philosopher from Alandalus Ibn-Rud, born in Córdova in 1126 and died in Marraqueche in 1198, more are known in the Latin West as Averróis, the commentator of the workmanships of Aristotle. The logic of the greek philosopher served as base it philosopher to undertake, of methodical form its critical, one to the orthodox methods of the religious groups of its time. Ibn-Rud was one of the representatives of the call falsafah, arabic philosophy, or philosophy in Arabic, consisting in its last representative apex in the medieval period. A basic workmanship in all left the fields of knowing, being considered the biggest aristotelic philosopher of century XI, witness of a glorious time of the Islamic West, the Alandalus. The Fasl almaql/ Decisive speech is a workmanship written with the purpose to reflect on the relation between the reveled law (ar `ah) and the philosophy (hikmah). He restores the philosophical reflection in the legal-religious scope, justifying the validity of the philosophical interpretation of the Islamic Sacred Book, the Coran, that stops the philosopher is a lapsing to be known and not only believed. In this workmanship, Ibn-Rud was worried in indicating with precision the best forms of consent when knowing. In relation to the cultured people - knot in case that, the philosophers the highest form knowledge way is that one of the gotten knowledge thought the demonstration; and in relation to the others, enclosed the theologians, is the form of gotten knowledge way the quarrel dialectic and the rhetorical persuasion. Here it is the great project of this philosopher: the defense of the philosophy from the intent and deepened reading of the Coran, on the other hand, and of the legal interpretation of the reveled law, for another one.
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Em Terra Estrangeira: hospitalidade e diálogo inter-religiosoMacedo, Maria Suzana Figueiredo Assis 23 February 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-02-23 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O tema desta tese foi desenvolvido, tomando como base as iniciativas de diálogo entre cristãos e muçulmanos experienciadas por Charles de Foucauld, Louis Massignon, JeanMohammed Ben Abd-el-Jalil, Georges Chehata Anawati e Christian de Chergé e a questão da hospitalidade que perpassa essas relações. Em um movimento de abertura ao outro, na singularidade do percurso realizado por cada um, encontraram-se imersos no espaço comunitário alheio, tornando-se hóspedes de uma cultura e de uma religiosidade diferentes. A análise foi permeada por três questões que se colocam, mas todas interligadas: Pode o diálogo inter-religioso, empreendido a partir de um diálogo de vida e da partilha das experiências religiosas, comportar resultados mais satisfatórios do que um diálogo a partir das convicções teológicas de cada interlocutor? Em que medida essas convicções são interpeladas no processo de caminhada com o outro que professa uma religião diferente? Qual é a significação da hospitalidade na vida desses cristãos e sua importância para o diálogo interreligioso? Essas experiências podem propiciar uma compreensão mais aprofundada do pluralismo religioso – tão vivo e presente em todas as sociedades – e da necessidade de abertura dialogal entre as religiões. Ao mesmo tempo, demonstram um possível modelo de realização positiva de diálogo inter-religioso na hospitalidade. Encontro livre de proselitismo e que pode ser estendido nas relações do Cristianismo com as outras religiões e até mesmo com aqueles que não professam religião alguma. / Le thème de cette thèse a été développé, basée sur les initiatives de dialogue entre chrétiens et musulmans vécue par Charles de Foucauld, Louis Massignon, Jean-Mohammed Ben Abd al-Jalil, Georges Chehata Anawati et Christian de Chergé et la question de l’hospitalité qui traverse ces relations. Dans un geste d’ouverture à l’autre à la singularité de l’itinéraire effectué par chacun, ils se sont retrouvés plongés dans l’espace communautaire étranger et ils se sont devenus des invités d’une culture et d’une religion différentes. L’analyse a été traversé par les trois questions, mais tous reliés entre eux: peut-t-il le dialogue interreligieux, entrepris d’un dialogue de la vie et de partage des expériences religieuses, apporter des résultats plus satisfaisants qu’un dialogue de convictions théologiques de chaque interlocuteur? Dans quelle mesure ces convictions sont remises en question dans le cheminement avec les autres qui professent une autre religion? Quel est le sens de l’hospitalité dans la vie de ces chrétiens et son importance pour le dialogue interreligieux? Ces expériences peuvent fournir une meilleure compréhension du pluralisme religieux – si vivant et présent dans toutes les sociétés – et la nécessité d’ouverture pour le dialogue entre les religions. En même temps, ces expériences montrent un modèle possible de réalisation positive du dialogue interreligieux dans l’hospitalité. C’est une rencontre sans prosélytisme et qui peut être étendue aux relations du christianisme avec les autres religions et même avec ceux qui n’ont pas d’appartenance religieuse.
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Habemus Africas: Islã, Renascimento e África em João Leão Africano (século XVI) / Habemus Africas: Islam, Renaissance and Africa in Leo Africanus (sixteenth century)Meihy, Murilo Sebe Bon 11 June 2013 (has links)
A obra mais emblemática do viajante do século XVI João Leão Africano, intitulada Della descrittione dell\'Africa et delle cose notabli che ivi sono, sugere a existência de duas racionalidades integradas: a árabe-islâmica e a europeia-latina. A presente tese busca identificar essas duas camadas de racionalidade no trabalho de João Leão Africano, mostrando que o século XVI produziu um conhecimento plural entre essas duas matrizes culturais, que se relacionavam intensamente no período do Renascimento. Seja pela perspectiva de conflito, pela interação cultural ou pela negociação comercial entre povos cristãos e muçulmanos, o Norte da África e o Mediterrâneo se consolidaram no século XVI como espaços simbióticos. Esses elementos conjunturais, combinados à trajetória pessoal de João Leão Africano e sua relação com o Papa Leão X, moldaram sua visão sobre a África por meio de uma concepção fluida e intersticial do continente. A reflexão sobre o mundo moderno do referido viajante é reforçada pela formação de um padrão de pensamento definido por conceitos como: astúcia, tradução cultural, Fortuna, vergonha, incerteza, e fluidez civilizacional. / The most representative work of the sixteenth century traveler Leo Africanus, entitled Della descrittione dell\'Africa et delle cose che notabli ivi sono, suggests the existence of two intertwined rationalities: the Arab-Islamic and the European-Latin. This research seeks to identify these two layers of rationality in the work of Leo Africanus, showing that the sixteenth century produced plural knowledge between these two cultural sources, intensely connected during the Renaissance. Either from the perspective of conflict, of the cultural interaction or of the commercial negotiation between Christian and Muslim peoples, North Africa and the Mediterranean developed in the sixteenth century as symbiotic spaces. These circumstantial elements, combined with the personal path of Leo Africanus, and his relationship with Pope Leo X, shaped his view of Africa through a fluid and interstitial conception of the continent. Leo Africanus idea about the modern world is strengthened by a thought pattern raised and defined by concepts such as cunning, cultural translation, Fortuna, shame, uncertainty, and civilization fluidity.
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HIJRAT AL-NAFS narrativas fractais e tramas legais na experiência migratória forçada de muçulmanos com sexualidades dissidentes na cidade de São Paulo - direitos, discursos e memórias / HIJRAT AL-NAFS fractal narratives and legal plots in the forced migration experience of Muslims with dissident sexualities in the city of São Paulo law, discourses and memoriesSilva, Mário Luis Villarruel da 11 March 2019 (has links)
A ONU, em 1951, aprova em Assembleia Geral a Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados, implementada no Brasil pela Lei Nacional do Refúgio 9.474/97, onde se considera serem refugiadas pessoas que fogem com receio de perseguição por sua raça, religião, nacionalidade, opiniões políticas ou filiação a certo grupo social. Este último critério, numa dinâmica interpretativa do espírito da Convenção passou a (poder) entender e abrigar, lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais, desse modo, os LGBTI receberam prerrogativa de invocar proteção à tal Estatuto, sem desconsiderar ser essa interpretação recomendatória e não obrigatória. No transcurso fático, entretanto, tem se desenhado um cenário de via de mão dupla, uma vez que a) nem todos os Estados reconhecem LGBTI como integrantes desse grupo e b) os que reconhecem, b.i. têm procedido de modo questionável em como julgar verdade e validade de tal demanda, imputando perpétua desconfiança sobre esse migrante forçado e b.i.i. não reconhecem outras formas de manifestação sexual para além de uma estereotipia de homossexualidade. Tal entendimento, assim, ignora diversas práticas sexuais não normativas, ou quaisquer outras delas dissidentes. No bojo dos estudos migratórios, no que se refere ao deslocamento forçado, especialmente, em conceitos como refúgio e asilo, diversos trabalhos têm apontado para o caráter reducionista de tais institutos. Sendo o Brasil um dos países que reconhece LGBTI como integrante de grupo social específico, esta tese repousa interesse em desvelar alguns mecanismos da migração internacional forçada de pessoas com sexualidades dissidentes da heterossexual, o que gera conflitos interpretativos entre a extensão de direitos e o apagamento de sujeitos nos marcos de uma cidadania global. Interessa, aqui, campear o diálogo dos direitos humanos numa ordem transnacional, refletindo sobre o status de crédito e validade construído sobre os motivadores de fuga relacionados à(s) sexualidade(s) não normativa(s) em sua interpretação doméstica face à acordos internacionais. A partir de interlocuções, em especial, com muçulmanos árabes, persas e africanos entre libaneses, sírios, sauditas, iranianos e ganeses, o trabalho percorre em caminho etnográfico junto a esses sujeitos na cidade de São Paulo as muitas facetas de suas tramas legais e sociojuridicas. Tendo em vista a circulação de pessoas pressupor fluidez de interlocutores, lançamos mão às vinhetas analíticas, como instrumento de recorte/enfoque, convertidas em narrativas (textuais). A partir do alicerce linguística-direito-psicanálise, as reflexões surgidas de suas práticas de linguagem ficam ao encargo de análises discursivas, no especial interesse de reposicionamento do sujeito nos núcleos de significação testemunhal, dessumindo a prerrogativa da validade oral como elemento probatório. São enunciações cujas verdades estão assentes em sua própria dinâmica de acontecimento. Nesse processo, a imigração é também entorno de si, desloca corpos e almas, e não só desterritorializa sujeitos, mas descortina discursos sobre direitos, sexualidades, religiões, violências e espaço urbano, contrastados aos elementos de suas memórias produzidas ao mesmo tempo como cotejo e reflexo, tecendo, assim, suas histórias em fractais / In 1951, ONU approves, in the General Assembly, the Convention Relating to the Status of Refugees, established in Brazil by the National Law of Refugee 9.474/97, in which it is considered a refugee a person who is fleeing for fear of persecution by race, religion, nationality, political opinions or filiation to a certain social group. This last criterion, in an interpretative dynamic of the Convention spirit, starts to (be able to) understand and to encompass lesbians, gays, bisexuals, transgender and intersexual, by this way the LGBTI receives a prerogative to invocate protection to such Statute, without disregarding this interpretation as recommended and non-mandatory. In the phatic elapse, however, it has been designed a scenario in a double way road, taking into account that a) not all the States recognize LGBTI as participants of this group and; b) those who recognize; b.i have acted in a questionable way by judging truth and validity of such demand attributing everlasting distrust on this forced migrant and; b.i.i those who do not recognize other forms of sexual manifestation beyond a homosexuality stereotype. Such comprehension, therefore, ignores several sexual practices as non-normative or any other dissenters. At the heart of the migratory studies, related to the forced dislocation, mainly, in concepts as refugee and asylum, several works have pointed to the reductionist character of such institutes. As Brazil is one of the countries that recognize LGBTI as participants of a specific social group, this thesis is interested in revealing such mechanisms of forced international migration of people with dissents sexualities from heterosexuals, what results in interpretative conflicts between extensions of rights and the erasure of subjects in the framework of a global citizenship. This work, here, is interested at pursuing a dialogue of the human rights in a transnational order, reflecting about the credit and validity status built upon the escape motivators related to non-normative sexuality(ies) in this domestic interpretation towards the international agreement. From the interlocution, mainly, with Muslims, Arabians, Persians and Africans among the Lebanese, Syrians, Saudis, Iranians and Ghanaians, this work goes through in an ethnographic way related to these subjects in São Paulo city the many facets of their legal and social-juridical plot. Considering that the circulation of people results in the fluidity of interlocutors, it has been used analytical vignettes, converted in (textual) narratives, as a tool of outline and focus. The theoretical framework was based on the psychoanalytical, legal and linguistic foundation, the reflections emerged from these language practices were dealt by discursive analysis, with special interest in relocating the subject in the cores of testimonial signification, entailing the prerogative of the oral validity as an element of evidence. These are enunciations whose truths are rooted in this proper dynamic of the occurrence. In this process, the immigration is also around itself displacing bodies and souls, not only de-territorializing subjects, but also revealing discourses about laws, sexualities, religion, violence and urban spaces, contrasted to the elements of their memories, which are produced at the same time as comparison and reflection, knitting their histories into fractals
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