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Associação entre estado nutricional e infecção assintomática por Leishmania infantum em moradores de áreas endêmicas para leishmaniose visceral no município de Teresina, Piauí / Association between nutritional status and asymptomatic Leishmania infection in residents of areas endemic for visceral leishmaniasis in infantum city of Teresina, Piauí

Thaise Gasser Gouvêa 24 February 2012 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / INTRODUÇÃO: A leishmaniose visceral (LV) é uma doença negligenciada de grande importância no cenário brasileiro, particularmente devido à sua gravidade, sua expansão geográfica e a associação com condições de pobreza. Nesta perspectiva, as condições nutricionais emergem como elementos a serem considerados na compreensão de sua situação epidemiológica, sejam como potenciais fatores de risco para o estabelecimento da doença após infecção ou como fatores associados ao prognóstico. OBJETIVO: Avaliar a associação entre estado nutricional e infecção por Leishmania infantum em moradores de áreas endêmicas para LV no município de Teresina, Piauí. MÉTODOS: Trata-se de um estudo seccional realizado em bairros de alta endemicidade para a doença, envolvendo 198 indivíduos com idade entre 2 e 65 anos. Peso e estatura foram aferidos no domicílio por profissionais treinados. Para a avaliação de adultos foi utilizado o índice de massa corporal (IMC). Para crianças e adolescentes foram avaliados os índices antropométricos (peso / idade, estatura / idade, peso / estatura e IMC / idade). A infecção por L. infantum foi avaliada a partir da intradermorreação de Montenegro (IDRM). Para a análise foi utilizada regressão logística multivariada, estimando-se razões de chances (OR) como medidas de associação e seus respectivos intervalos de confiança (95%). RESULTADOS: A prevalência de infecção assintomática foi de 32,6%. A prevalência de excesso de peso foi de 52% entre adultos (IMC ? 25 kg/m) e de 23,9% entre crianças e jovens (escore-z de IMC / idade > 1). Indivíduos com sobrepeso, tanto adultos como aqueles de até 19 anos, apresentaram chance de infecção cerca de 70% maior quando comparados aos eutróficos (p>0,05 para ambos). CONCLUSÃO: Ainda que não estatisticamente significante, a associação entre infecção assintomática por L. infantum e sobrepeso sugere que estes indivíduos possam estar sob maior risco de infecção por apresentarem déficits de micronutrientes relevantes para a resposta imune específica. Para investigar esta hipótese, são necessários estudos longitudinais que investiguem o papel do consumo alimentar e do perfil de micronutrientes desta população no risco de infecção por L. infantum. / INTRODUCTION: Visceral leishmaniasis (VL) is an important neglected disease in Brazil, particularly due to its severity, geographic expansion and association with poverty. In this perspective, nutritional features emerge as elements to be considered in understanding its epidemiological pattern, potentially acting as risk factors for developing disease after infection or as prognostic factors. OBJECTIVE: To evaluate the association between nutritional status and infection by in residents of endemic areas for VL Leishmania infantum in Teresina, Piauí. METHODS: This is a cross sectional study conducted in neighborhoods of high endemicity for disease, with 198 individuals between 2 and 65 years of age. Weight and height were obtained at the household by trained staff. For adults, nutritional status was assessed by the body mass index (BMI). For children and adolescents anthropometric indexes were used (weight/age, height/age, weight/height and also BMI/age). Infection by L. infantum was evaluated using the Montenegro skin test (MST). Multivariate logistic regression was used for estimating odds ratios (OR) and respective confidence intervals (95%). RESULTS: Prevalence of asymptomatic infection was 32.6%. The prevalence of overweight was 52% among adults (BMI ? 25 kg/m) and 23.9% among children and young people (score-z of BMI/age > 1). Subjects with overweight, both adults and those up to 19 years presented increased odds of infection of about 70% as compared to eutrophic individuals (p>0.05 for both). CONCLUSION: Although not statistically significant, the association between asymptomatic infection with L. infantum and overweight suggests that they might be at higher risk of infection due to deficits in micronutrient which are necessary for an adequate specific immune response. To test this hypothesis, longitudinal studies to evaluate the role of dietary intake and micronutrient profile in the risk of infection with L. infantum in this population are required.
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Associação entre parâmetros nutricionais e inflamatórios e o tempo em ventilação mecânica de pacientes pediátricos graves com insuficiência respiratória

Feiber, Larissa Testoni January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2016-02-16T03:06:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 337791.pdf: 1179683 bytes, checksum: 6535904d36f789a8416a8a7812669664 (MD5) Previous issue date: 2015 / Introdução: A insuficiência respiratória é uma das principais causas de admissão em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) e requer terapêutica específica como a ventilação mecânica (VM). Estudos sugerem que o estado nutricional e inflamatório podem influenciar os desfechos clínicos, tais como o tempo em VM, permanência na UTIP e mortalidade de pacientes pediátricos graves com insuficiência respiratória. Objetivo: Caracterizar os pacientes pediátricos graves admitidos em UTIP por insuficiência respiratória de etiologia pulmonar e avaliar a associação entre parâmetros nutricionais, inflamatórios e clínicos com o tempo em VM. Métodos: Estudo de coorte, prospectivo, com pacientes pediátricos graves admitidos em UTIP por insuficiência respiratória de etiologia pulmonar, com idade = 1 mês e < 15 anos e necessidade de VM na admissão. Os participantes foram acompanhados semanalmente a partir da admissão até o 21º dia de internação ou até a alta da UTIP. A caracterização foi realizada conforme parâmetros demográficos, clínicos e ventilatórios. Os parâmetros nutricionais contemplaram a avaliação antropométrica, avaliadas por escore-z, e a terapia nutricional avaliada pela adequação entre necessidade e infusão de proteína e energia, esta foi utilizada para avaliar a ocorrência de hiperalimentação. O estado nutricional foi classificado em risco nutricional/desnutrição, eutrofia e sobrepeso/obesidade. A sobrecarga de fluidos também foi avaliada. Como parâmetros inflamatórios, foram avaliados no soro a albumina, proteína C-reativa, bem como as citocinas TNF-a, interleucina (IL)-1ß, IL-6, IL-8, IL-10, IL-12p70 determinadas por citometria de fluxo. O desfecho primário foi o tempo em VM e, os secundários, permanência na UTIP e hospitalar, infecção nosocomial e mortalidade. Os testes de Mann-Whitney, Kruskal Wallis e Qui2 Fisher foram aplicados. A associação entre os parâmetros nutricionais, inflamatórios e clínicos e o tempo em VM foi realizada pela regressão de Poisson bruta e ajustada para sexo, idade e índice prognóstico de mortalidade (PIM 2). Os valores foram expressos em razão da taxa de incidência (IRR). Valor de p<0,05 foi considerado significativo. Resultados: Foram incluídos no estudo 23 pacientes. A idade mediana foi de 7,2 [3,0; 26,7] meses e o PIM 2 de 1,7% [1,1; 11,7]. O principal motivo de admissão foi pneumonia, sendo que 65,2% dos pacientes apresentaram síndrome da angústia respiratória aguda (SARA) e 74% síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS). O tempo mediano de VM foi 11 [6; 21] dias, a permanência mediana na UTIP de 13 [7; 33] dias e hospitalar de 29,5 [18; 47] dias. A incidência de mortalidade foi 17,4%. Em relação ao estado nutricional na admissão, 43,5% dos pacientes estavam em risco nutricional/desnutrição e 13% com sobrepeso/obesidade. A hipoalbuminemia foi observada em 91% dos pacientes, a hiperalimentação em 43,5% e a sobrecarga de fluidos em 78,3%. Quanto aos parâmetros inflamatórios, 82,6% dos pacientes apresentaram elevadas concentrações de PCR. As concentrações de IL-1ß e IL-6 foram significativamente maiores nos pacientes em risco nutricional/desnutrição em comparação aos pacientes eutróficos. Enquanto as concentrações de IL-6, IL-8 e IL-10 foram significativamente maiores nos pacientes com sobrepeso/obesidade em relação aos eutróficos. O estado nutricional na admissão esteve associado ao tempo em VM, no qual os pacientes em risco nutricional/desnutrição apresentaram IRR de 1,50 (IC95%, 1,13; 1,99) (p=0,01), comparado aos pacientes eutróficos. A hiperalimentação foi associada ao tempo em VM com IRR bruto de 1,77 (IC95%, 1,45; 2,16) (p<0,001), porém perdeu a significância após análise ajustada com IRR 1,14 (IC95% 0,88; 1,49) (p=0,31). A sobrecarga de fluidos esteve associada ao tempo em VM com IRR de 2,36 (IC95%, 1,65; 3,37) (p<0,001), assim como, a SIRS com IRR de 1,34 (IC95% 1,03; 1,75) (p=0,02) e infecção nosocomial com IRR de 1,97 (IC95%, 1,56; 2,50) (p<0,001). Conclusão: A pneumonia foi o principal motivo de admissão na UTIP, sendo observada alta prevalência de risco nutricional/desnutrição na admissão. Os pacientes eutróficos apresentaram as menores concentrações de parâmetros inflamatórios. O risco nutricional/desnutrição esteve associado ao maior tempo em VM. A hiperalimentação parece estar associada ao maior tempo em VM. A sobrecarga de fluidos, SIRS e infecção nosocomial também foram associadas ao aumento do tempo em VM. Assim, o cuidado clínico de pacientes pediátricos graves com insuficiência respiratória de etiologia pulmonar deve priorizar a adequação do estado nutricional e da oferta energética, o controle do balanço hídrico, estratégias ventilatórias protetoras e prevenção de infecções.<br> / Abstract : Background: Respiratory failure is one of the most common causes of admission in Pediatric Intensive Care Unit (PICU) and requires specific therapy such as mechanical ventilation. Studies suggest that nutrition and inflammatory status could influence clinical outcomes, such as duration of mechanical ventilation, PICU length of stay and mortality of critically ill children with acute respiratory failure. Aim: The study aimed to describe the critically ill children admitted with acute respiratory failure due to pulmonary etiology. Also the study aimed to determine the association between nutritional, inflammatory and clinical parameters with the duration of mechanical ventilation. Methods: A prospective cohort study, including critically ill children with respiratory failure due to pulmonary etiology, aged 1 month to 15 years, requiring mechanical ventilation. Demographics, clinical characteristics and ventilatory parameters were recorded. Patients were followed up weekly until the 21th day after admission or discharge. Nutritional parameters included anthropometrical measurements, based on z-scores, and nutrition therapy, evaluated by the adequacy between the goals and actual intake of protein and energy. The energy adequacy was used to assess the occurrence of overfeeding. Nutritional status was classified at risk/malnourished, eutrophic and overweight/obesity. The serum albumin and fluid overload were evaluated. The inflammatory parameters were evaluated by serum Creactive protein (CRP) and cytokines tumor necrosis factor (TNF)-a, interleukin (IL)-1ß, IL-6, IL-8, IL-10 and IL-12p70, which were determined by flow cytometry. The primary outcome was duration of mechanical ventilation, and PICU and hospital length of stay, occurrence of nosocomial infection and mortality were the secondary outcomes. Mann-Whitney, Kruskall Wallis and Fisher Qui2 tests were applied. The association between nutritional, inflammatory and clinical parameters and duration of mechanical ventilation were assessed by crude and adjusted Poisson s regression for gender, age and Prognostic Index Mortality (PIM 2). The values were expressed as incidence rate ratios (IRR). P < 0.05 was considered significant. Results: A total of 23 patients were included, median age [Interquartil interval, IQR] of 7.2 [3.0; 26.7] months, with PIM 2 median of 1.7 [1.1; 11.7]%. Pneumonia was the main reason for PICU admission, 65.2% of patients had acute respiratory distress syndrome and 74% systemic inflammatory response syndrome (SIRS). Median duration of mechanical ventilation was 11 [6; 21] days, median PICU length of stay 13 [7; 33] days and hospital length of stay 29.5 [18; 47] days. The incidence of mortality was 17.4%. Regarding the nutritional status on admission, 43.5% of patients were at risk/malnourished and 13% were overweight/obese. Hypoalbuminemia was observed in 91% of patients. Overfeeding was observed in 43.5% and fluid overload in 78.3%. CRP was elevated in 82.6% of patients. The IL-1ß and IL-6 concentrations were significantly higher in patients at risk/malnourished compared to eutrophic, while the concentrations of IL-6, IL-8 and IL-10 were significantly higher in overweight/obese in comparison to eutrophic patients. The risk/malnourished at admission was associated with the duration of mechanical ventilation (IRR: 1.50; 95% Confidence Interval [CI]: 1.13; 1.99) (p=0.01). Overfeeding was associated to duration of mechanical ventilation (IRR: 1.77; 95%CI: 1.45; 2.16) (p<0.001) in crude analysis, but not after adjusted analysis (IRR: 1.14 95%CI: 0.88; 1.49). Fluid overload (IRR 2.36; 95%CI: 1.65; 3.37, (p<0,001), SIRS (IRR: 1.34; 95%CI: 1.03; 1.75, p=0,029) and nosocomial infection (IRR: 1.97; 95%CI: 1.56; 2.50, p<0,001) were associated with duration of mechanical ventilation. Conclusions: Pneumonia was the main reason for PICU admission. There was observed a high prevalence of malnutrition at PICU admission. Eutrophic patients had lower concentrations of inflammatory parameters. The risk/malnourished was associated with the increase of the duration of mechanical ventilation. Overfeeding, as well, fluid overload, SIRS and nosocomial infection might were associated with the increase the duration of mechanical ventilation. Thus, the clinical care of critically ill children with respiratory failure due to pulmonary etiology should prioritize the adequacy of nutritional status and nutrition therapy, the management of fluid balance, the prevention of nosocomial infections and the protective ventilation strategies.
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Doença de gaucher : avaliação nutricional e do gasto energético basal em pacientes do sul do brasil

Doneda, Divair January 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: A doença de Gaucher (DG) é um erro inato do metabolismo, do grupo das doenças lisossômicas, causado pela atividade deficiente da enzima glicocerebrosidase. Os tipos mais comuns da DG são o tipo I, que é o mais freqüente e não apresenta comprometimento neurológico; o II, agudo e neuropático; e o III, subagudo e neuropático. Todos os tipos caracterizam-se pela heterogeneidade clínica, com manifestações sintomáticas e de intensidade distintas, tais como hepatoesplenomegalia, alterações ósseas e hematológicas. Alguns estudos descrevem alterações metabólicas como gasto energético basal (GEB) aumentado – hipermetabolismo - em pacientes sem tratamento. A terapia de escolha para a DG é a reposição enzimática (TRE), a qual consegue reverter muitas das manifestações da doença. OBJETIVOS: 1) Avaliar o GEB por meio de calorimetria indireta em pacientes com DG do Centro de Referência do Rio Grande do Sul; 2) Avaliar o estado nutricional dos pacientes incluídos no estudo; 3) Relacionar o GEB com as condições clínicas dos pacientes. METODOLOGIA: Estudo transversal, prospectivo, controlado. Os pacientes atendidos no CRDG foram convidados a participar do estudo (n= 29), sendo que 17 concordaram (média de idade= 30,0 ± 17,2 anos, sexo masculino= 8; DG tipo III= 3 pacientes). Os pacientes com DG tipo I (n= 14; sexo masculino= 6) foram pareados por sexo, idade e índice de massa corporal (IMC) com controles hígidos para avaliação do GEB. Para determinação dos valores de VO2 e VCO2 foi utilizado um ergoespirômetro (MedGraphics Cardiorespiratory Diagnostic Systems, modelo CPX-D). Os pacientes e os controles receberam orientação prévia quanto ao jejum e o repouso e no dia da calorimetria foram pesados e medidos, sendo então calculado o IMC. Os pacientes não apresentavam outras morbidades, nem estavam em uso de medicamentos que poderiam interferir no GEB. Nas análises estatísticas, foi utilizado o GEB em kcal/kg/dia. RESULTADOS: A avaliação do estado nutricional revelou que, no grupo dos pacientes com DG tipo I, cinco estavam com sobrepeso e os demais eutróficos; no grupo com DG tipo III, dois pacientes encontravam-se desnutridos e um eutrófico. Foram realizadas 19 avaliações do GEB em 17 pacientes: dois pacientes a realizaram no período pré e após 6 meses de TRE. A média de idade e de IMC dos pacientes com DG tipo I e dos controles foi de 32,8 ± 17,6 e 32,1 ± 16,6 anos e 23,3 ± 3,1 e 22,4 ± 3,1kg/m2, respectivamente. A idade dos pacientes com DG tipo III foi, respectivamente, 12, 17 e 20 anos. Quatorze pacientes estavam recebendo TRE (média de tempo de TRE= 6,6 ± 5,3 anos; média de dose de enzima= 27,1 ± 11,7 UI/kg/inf. de imiglucerase). A média de GEB dos pacientes com DG tipo I em TRE (n= 12) foi 27,1% maior do que a dos controles (p= 0,007). O GEB de pacientes em TRE (n=12) comparado aos sem TRE (n= 4) não apresentou diferença (p= 0,92). Comparando o GEB dos pacientes em TRE e o de seus controles com o GEB estimado pela equação de Harris-Benedict, observou-se que os pacientes apresentaram GEB 6,3% maior do que o estimado (p= 0,1), enquanto que seus controles tiveram GEB 17,0% menor do que o estimado (p= 0,001). O GEB medido dos pacientes com DG tipo III foi, respectivamente, 14%, 72% e 16% maior do que o estimado pela equação de Harris e Benedict. Não foi encontrada associação significativa entre GEB e as seguintes variáveis: idade, peso, estatura, escore de gravidade, quantidade de enzima recebida, idade de início de TRE, tempo de tratamento e presença ou ausência de megalias. A correlação do GEB com o IMC foi negativa e significativa, conforme esperado. DISCUSSÃO/CONCLUSÕES: O estado nutricional classificado pelo IMC mostrou que a maior parte dos pacientes com DG tipo I estava eutrófica; no entanto, um terço apresentou pré-obesidade. Dois dos três pacientes com DG tipo III encontravam-se desnutridos. Todos os pacientes, mesmo em TRE, apresentaram um GEB significativamente maior do que os controles. A TRE não consegue normalizar o hipermetabolismo desses pacientes. / INTRODUCTION: Gaucher disease (GD) is an inborn error of metabolism of the group of lysosomal diseases, caused by the deficient activity of the glucocerebrosidase enzyme. The most common types of GD are: type I, which is the most frequent and does not present neurological compromise; type II, which is acute and neuropathic; and type III, which is subacute and neuropathic. All types are characterized by clinical heterogeneity and symptomatic manifestations of various intensity, such as hepatoesplenomegaly and bone and hematological alterations. Some studies have described metabolic alterations, such as increased basal metabolic rate (BMR), that is, hypermetabolism, in untreated patients. The therapy of choice for GD is enzyme replacement therapy (ERT), which can stop many manifestations of the disease. OBJECTIVES: 1) To evaluate BMR by means of indirect calorimetry in patients with GD seen at the Reference Center for Gaucher Disease of Rio Grande do Sul (RCGD); 2) To evaluate the nutritional status of patients included in the study; 3) To relate BMR with clinical conditions presented by patients. METHODS: The present was a prospective, controlled, cross-over study. Patients seen at the RCGD were invited to participate in the study (n=29); of these, 17 agreed to participate (mean age=30.0 ± 17.2 years, male= 8; GD type III=3 patients). Patients with GD type I (n=14; male= 6) were paired by gender, age, and body mass index (BMI) to healthy controls to evaluate BMR. To determine the values of VO2 and VCO2 an ergospirometer was used (MedGraphics Cardiorespiratory Diagnostic Systems, model CPX-D). Patients and controls received previous orientation as to fasting and resting and, on the day of the calorimetry, were weighed and measured in order for the BMI to be calculated. Patients did not present any other morbidity, neither were they making use of any medication that could interfere with BMR. In the statistical analyses, BMR in kcal/kg/day was used. RESULTS: The evaluation of the nutritional status showed that, in the group of patients with GD type I, five patients were overweight; the other were eutrophic; in the group of patients with GD type III, two patients were malnourished; one was eutrophic. Nineteen evaluations of BMR were conducted in 17 patients; two patients conducted the evaluation in the period pre-ERT and after 6 months of ERT. Mean age and mean BMI of patients with GD type I and controls were 32.8 ± 17.6 and 32.1 ± 16.6 years and 23.3 ± 3.1 and 22.4 ± 3.1kg/m2, respectively. The age of patients with GD type III was, respectively, 12, 17 and 20 years. Fourteen patients were receiving ERT (mean time of ERT=6.6 ± 5.3 years; mean enzyme dose=27.1 ± 11.7 UI/kg/inf of imiglucerase). The mean BMR of patients with GD type I on TRE (n=12) was 27.1% higher when compared to controls (p=0.007). When compared to patients not on ERT (n=4), the BMR of patients on ERT (n=12) did not show any difference (p=0.92). Comparing the BMR of patients on ERT and that of their controls with the BMR estimated by the Harris-Benedict equation, we observed that patients showed a 6.3% higher BMR than the estimated (p=0.1), while the BMR of their controls was 17.0% lower than the estimated (p=0.001). The BMR of patients with GD type III was, respectively, 14%, 72% and 16% higher than the estimated by the Harris-Benedict equation. No significant association was found between BMR and the following variables: age; weight; height; severity score; amount of enzyme received; age at beginning of ERT; time of treatment; and presence or absence of megalies. The correlation between BMR and BMI was negative and significant, as expected. DISCUSSION/CONCLUSIONS: The nutritional status classified by BMI showed that most patients with GD type I were eutrophic; however, one third of the patients showed pre-obesity. Two of the three patients with GD type III were malnourished. All patients, even on ERT, showed a significantly higher BMR when compared to controls. In conclusion, ERT was not able to normalize the hypermetabolism of these patients.
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Estudo morfométrico e estereológico digital da mucosa do intestino delgado de crianças eutróficas e desnutridas com diarréia

Pires, Ana Luiza Guedes January 2002 (has links)
Objetivos: Testar a hipótese de que a mucosa do intestino delgado proximal de crianças com diarréia persistente apresenta alterações morfométricas e estereológicas proporcionais ao estado nutricional. Métodos: estudo transversal, incluindo 65 pacientes pediátricos internados no período de maio de 1989 a novembro de 1991, com idade entre 4 meses e 5 anos , com diarréia de mais de 14 dias de duração, que necessitaram realizar biópsia de intestino delgado como parte do protocolo de investigação. A avaliação nutricional foi realizada pelos métodos de Gomez, Waterlow e pelos escores z para peso/ idade (P/I), peso/estatura (P/E) e estatura/idade (E/I), divididos em: eutróficos = z ≥ 2 DP e desnutridos z < -2dp; eutróficos = z ≥ 2 DP, risco nutricional = z < -1DP e desnutridos = z < -2DP; e de maneira contínua em ordem decrescente, utilizando-se as tabelas do NCHS. A captura e análise das imagens por programa de computador foi efetuada com o auxílio do patologista. Nos fragmentos de mucosa do intestino delgado, foram medidas a altura dos vilos, a profundidade das criptas, a espessura da mucosa, a espessura total da mucosa e a relação vilo/cripta, com aumento de 100 vezes. Com aumento de 500 vezes, foram medidas a altura do enterócito, a altura do núcleo e do bordo em escova. O programa computadorizado utilizado foi o Scion Image. A análise estereológica, foi feita com o uso de arcos ciclóides. Resultados: Para os escores z P/I, P/E e E/I, divididos em duas categorias de estado nutricional, não houve diferença estatisticamente significante quanto às medidas da altura dos vilos, profundidade das criptas, espessura da mucosa, espessura total da mucosa e relação vilo/cripta. A altura do enterócito foi a característica que apresentou maior diferença entre os grupos eutrófico e desnutrido, para os índices P/I e P/E, em 500 aumentos, sem atingir significância estatística. Quando os escores z foram divididos em 3 categorias de estado nutricional, a análise morfométrica digitalizada mostrou diferença estatisticamente significante para a relação vilo/cripta entre eutróficos e desnutridos leves e entre eutróficos e desnutridos moderados e graves (p=0,048). A relação vilo/cripta foi maior nos eutróficos. A avaliação nutricional pelos critérios de Waterlow e a análise estereológica não mostraram associação com o estado nutricional. Pelo método de Gomez, houve diferença estatisticamente significante para a altura do enterócito entre eutróficos e desnutridos de Grau III: quanto maior o grau de desnutrição, menor a altura do enterócito (r= -.3330; p = 0,005). As variáveis altura do enterócito, altura do núcleo do enterócito e do bordo em escova apresentaram uma clara associação com os índices P/I (r=0,25;p=0,038), P/E (r=0,029;p=0,019) e com o critério de avaliação nutricional de Gomez (r=-0,33;p=0,007), quando foram avaliadas pelo coeficiente de correlação de Pearson. A altura do núcleo mostrou associação com o índice P/I (r=0,24;p=0,054). A altura do bordo em escova mostrou associação com o índice P/I (r=0,26;p=0,032) e a avaliação nutricional de Gomez (r=-0,28;p=0,020). Conclusões: As associações encontradas entre o estado nutricional - avaliado de acordo com Gomez e os índices P/I e P/E - e as variáveis da mucosa do intestino delgado mostraram relação com o peso dos pacientes. Embora estas associações tenham sido de magnitude fraca a moderada, há uma tendência à diminuição do tamanho do enterócito, seu núcleo e seu bordo em escova à medida que aumenta o grau de desnutrição. / Objectives: To test the hypothesis that the proximal small intestinal mucosa of children with persistent diarrhea presents morphometric and stereologic changes, proportional to their nutritional status. Methods: We performed a cross-sectional study with 65 pediatric patients, with ages varying from 4 months to 5 years, who were admitted between May 1989 and November 1991 with persistent diarrhea for over 14 days. These patients were submitted to small intestinal biopsy, as part of the investigation protocol. The nutritional assessment was performed according to the methods proposed by Gomez, Waterlow, and through z-scores for weight/age (W/A), weight/height (W/H) and height/age (H/A) ratios, divided into: eutrophic = z ≥ 2SD and malnourished z < -2SD; eutrophic = z ≥ 2SD, nutritional risk z < -1SD and malnourished = z < -2SD; and continuously, in descending order, using the NCHS charts. Computer images were obtained and analyzed with a pathologist assistance. Villous height, crypt depth, mucosal thickness, total mucosal thickness, and villous/crypt ratio were measured in the fragments of the small intestinal mucosa, enlarged 100 times. When images were enlarged 500 times, enterocyte height, nuclear height and brush-border height were measured. The software used was Scion Image. Stereologic analysis was performed using cycloid arcs. Results: For W/A, W/H and H/A z-scores, divided into two nutritional status categories, no statistically significant difference was observed in regard to villous height, crypt depth, mucosal thickness, total mucosal thickness and villous/crypt ratio. Enterocyte height presented the most significant difference between eutrophic and malnourished groups, for the W/A and W/H ratios, with a 500x enlargement, although this difference was not statistically significant. When z-scores were subdivided into three nutritional status categories, a digital morphometric analysis showed a statistically significant difference for the villous/crypt ratio between the eutrophic and slightly malnourished group and the eutrophic and mild to severe malnourished group (P=0.048). The villous/crypt ratio was higher among eutrophic children. Nutritional assessment, according to Waterlow criteria, and stereologic analysis were not associated with nutritional status. According to Gomez’s method, a statistically significant difference in enterocyte height was observed between eutrophic and level III malnourished children: the higher the level of malnutrition, the more reduced the height of the enterocyte (r= -.3330; P=0.005). The variables enterocyte height, height of enterocyte nucleus and brush-border height presented a clear association with the W/A ratio (r=0.25; P=0.038), W/H ratio (r=0.029; P=0.019), as well as with Gomez’s criterion for nutritional status (r=-0.33; P=0.007), when evaluated through Pearson’s correlation coefficient. The height of the nucleus was associated with W/A ratio (r=0.24; p=0.054). Brush-border height was associated with W/A ratio and with Gomez’s nutritional assessment (r=-0.28; P=0.020). Conclusions: The observed associations between nutritional status – evaluated according to Gomez and W/A and W/H ratios – and the analyzed small intestinal mucosa variables showed a positive correlation with patients’ weight. Although these associations were of a slight to moderate magnitude, we observed a tendency of enterocyte size reduction, as well as a reduction in the size of its nucleus and brush-border, as the level of malnutrition increases.
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Comparação entre frutose-1,6-bisfosfato e solução de Wisconsin na preservação de fícados de ratos : a influência do estado nutricional do doador

Mota, Stela Maria January 2006 (has links)
O uso de órgãos provindos de doadores com critérios estendidos tem-se tornado bastante comum em transplante hepático (TxH). Com freqüência, os doadores encontram-se agudamente desnutridos ou apresentam critérios sugestivos de síndrome metabólica e, conseqüentemente, esteatose hepática. Há sugestões de que estados nutricionais alterados possam se refletir na qualidade do enxerto, e são necessárias medidas para contrabalançar estes efeitos. A solução da Universidade de Wisconsin (UW) é o padrão para TxH, e alguns estudos experimentais sugerem que a frutose-1,6-bisfosfato (FBP) possa ser útil na preservação de órgãos. O presente estudo tem o objetivo de comparar a influência do estado nutricional sobre o dano de isquemia a frio, utilizando soluções de preservação distintas. Foram utilizados ratos 35 Wistar machos, divididos em 3 grupos, de acordo com a dieta: I: dieta normal; II: dieta restrita e III: dieta hiperlipídica (dieta Lieber-De Carli modificada). Os animais foram aleatoriamente alocados e receberam dieta padronizada por 4 semanas, de acordo com o grupo. Foi realizada hepatectomia, sob anestesia inalatória, e os fígados foram preservados durante 8 horas em solução de FBP ou de UW. O dano de preservação foi estimado através de alíquotas do líquido de preservação (LP), com dosagem de AST, ALT e LDH, lipoperoxidação (através de TBARS), geração de antioxidantes endógenos e exame anatomopatológico. O estado nutricional teve influência na qualidade da preservação. Os fígados de ratos submetidos à dieta restrita foram os que tiveram a menor lesão de isquemia a frio, enquanto que os submetidos à dieta hiperlipídica, a pior (p<0,05). Nos ratos submetidos à dieta normal e restrita, a lesão de isquemia a frio foi menos intensa por todos os critérios nos ratos preservados com FBP (p<0,05). Nos ratos submetidos à dieta hiperlipídica, não houve diferença entre as soluções. / Donor shortage is becoming a huge problem in the last years, and this fact indeed stimulates the use of organs from extended criteria donors for liver transplant (LT). These donors are submitted to the risks of acute malnutrition and, often, there are metabolic syndrome and liver steatosis. Nutritional donor status may influence graft quality after harvesting. Most of LT centers use to adopt University of Wisconsin (UW) solution for preservation, and some experimental studies suggest that in this scenario FBP also could be used. This study aims to evaluate the influence of donor nutritional status on ischemic injury of UW or FBP preserved rat livers. There were studied 35 male Wistar rats, randomly assigned into 3 groups, accordingly to the diet: I- normal diet; II: restricted diet; III: high-fat liquid diet (Lieber-De Carli modified diet), offered by 4 weeks. Livers were preserved after hepatectomy during 8 hours either with FBP or UW. Ischemic injury was assessed by AST, ALT, LDH, TBARS, catalase and also by histopathological study. Nutritional donor status does affected graft quality. Livers from rats submitted to restricted diet had lower ischemic injury, while those from high-fat diet got worse results (p<0.05). Regarding preservation solution, ischemic injury was less pronounced in livers from rats that received normal or restricted diets, and were preserved with FBP (p<0.05). There was no difference between both solutions on the ischemic injury of livers from high-fat diet fed rats.
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Evolução do estado nutricional dos pacientes internados na unidade pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Silveira, Carla Rosane de Moraes January 2007 (has links)
A avaliação nutricional integra o exame clínico, dado o impacto da desnutrição sobre a evolução da criança hospitalizada. Curvas de crescimento, derivadas de populações infantis não agudamente doentes, são rotineiramente adotadas. No entanto, seu emprego limita a identificação precoce das crianças que se beneficiariam com a implantação de terapia nutricional, por diagnosticar desnutrição já instalada. Também, não é totalmente claro se mudanças nutricionais agudas, em curto período de tempo, podem ser captadas por estes instrumentos. Neste sentido, a presente dissertação de mestrado se propôs a avaliar a prevalência de desnutrição na admissão e a evolução do estado nutricional de pacientes pediátricos de um hospital brasileiro de alta complexidade, descrevendo a associação entre o estado nutricional, tempo de hospitalização, via de administração da dieta e diagnóstico clínico, além de comparar a concordância entre as curvas do NCHS (1977), CDC (2000) e OMS (2006). As crianças foram incluídas ao serem hospitalizadas em qualquer um dos 72 leitos das unidades de pediatria geral. A avaliação foi realizada nas primeiras 48 horas da hospitalização e repetida a cada 7 dias, até a alta hospitalar. Os índices estatura/idade (E/I), peso/idade (P/I) e peso/estatura (P/E) foram estabelecidos para crianças até 10 anos de idade e para as demais, foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC). A classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS/2006) foi adotada como referência para as crianças com idade < 5 anos. Para as crianças entre 5 e 10 anos incompletos adotou-se a classificação do National Center For Health Statistics (NCHS,1977) como referência, a classificação da OMS/1995 serviu como padrão de referência para o IMC, nas demais crianças. A comparação do estado nutricional nos 4 momentos de avaliação foi realizada através de análise de variância (ANOVA) para medidas repetidas, com teste Post-Hoc de Bonferroni. Curva de Kaplan-Meier foi plotada para avaliar a associação entre estado nutricional e tempo de internação. A concordância entre o diagnóstico emitido pelas 3 curvas foi estimada por meio do coeficiente kappa. As análises foram procedidas no software SPSS versão 12.0. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética e Pesquisa da instituição. Foram incluídos 426 pacientes, sendo 57% meninos e 50,7% menores de um ano. Na admissão, a prevalência de desnutrição variou entre 10% e 21%, dependendo do índice adotado. Nas crianças com até 10 anos de idade, verificou-se melhora do estado nutricional em 21 dias de hospitalização. Pacientes classificados como desnutridos pelo P/E e IMC apresentaram maior risco para permanecerem hospitalizados (HR=1,41; IC95%:1,02-1,92). Não houve associação entre diagnóstico clínico e nutricional (p=0,28). A média de calorias ofertadas aos pacientes, independente da via de administração, estavam em sua maioria adequadas, enquanto a oferta de proteínas excedeu às recomendações para a idade. O uso de via enteral associada à via oral foi mais freqüente nos pacientes com diagnóstico de desnutrição e em risco de baixo peso. Para crianças com idade < 5 anos, foi observada forte correlação na avaliação de todos os índices através das 3 curvas. Ainda assim, quando cada índice foi avaliado em categorias, foi verificada concordância moderada entre os métodos (kappa entre 0,61 e 0,86), havendo tendência do padrão da OMS em classificar mais pacientes como “baixa estatura” e “baixo peso”. Desnutrição, independente do critério empregado para seu diagnóstico, ou do diagnóstico clínico da criança, é prevalente à admissão de crianças, aumentando sua expectativa de permanência hospitalar. A oferta de calorias às crianças foi apropriada e foi observada melhora do estado nutricional dos pacientes durante a hospitalização. Não há concordância plena na classificação nutricional obtida através das 3 curvas avaliadas e, como estratégia de rastreamento, os critérios estabelecidos pela OMS mostram-se mais úteis na identificação de desnutrição. / Nutritional evaluation integrates clinical examination due to the impact of undernutrition on the evolution of a hospitalized child. Growth curves, derived from child populations that are not acutely ill, are usually adopted. However, its use restricts the early identification of the children that would benefit from the implantation of nutritional therapy, as it diagnosis installed undernutrition. Also, it is not completely clear if acute nutritional changes, in a short period of time, may be captured by these instruments. With this regard, this master’s thesis proposes to evaluate the prevalence of undernutrition and the evolution of the nutritional status of pediatric patients in a high complexity Brazilian hospital, describing the association between nutritional status, length of hospital stay, feeding mode, and clinical diagnosis, besides comparing the concordance among the curves of the NCHS (1977), CDC (2000) and WHO (2006). Children were included in the study when they were admitted to any of the 72 beds of the units of general pediatrics. The evaluation was carried out in the first 48 hours of hospitalization and repeated every 7 days, up to hospital discharge. The stature/age (S/A), weight/age (W/A) and weight/stature (W/S) scores were established for children below 10 years of age and for the others, the Body Mass Index (BMI) was calculated. The classification of the World Health Organization (WHO/2006) was adopted as a reference for children < 5 years of age. For children between 5 and 10 years of age, the classification of the National Center for Health Statistics (NCHS, 1977) was adopted as a reference. The classification of the WHA/1995 served as a standard for the BMI in the other children. The comparison of the nutritional status in the four moments of the evaluation was carried out using analysis of variance (ANOVA) for repeated measures, with Bonferroni’s Post-Hoc test. Kaplan-Meier’s curve was plotted in order to evaluate the association between nutritional status and length of hospital stay. The concordance between the diagnoses provided by the 3 curves was estimated by means of the kappa coefficient. The analyses were done in the SPSS software version 12.0. The study was approved by the Ethics and Research Committed of the institution. 426 patients were included. 57% were boys and 50.7% below one year of age. At admission, the prevalence of undernutrition ranged from 10% and 21%, depending on the index adopted. In children below 10 years of age, improvement of the nutritional status in 21 days of hospitalization was observed. Patients classified as undernourished by W/S and BMI showed a greater risk of remaining hospitalized (HR=1.41; IC95%:1.02-1.92). There was no association between clinical and nutritional diagnosis (p=0.28). The average of calories offered patients, regardless of feeding mode, were mostly adequate, whereas the offer of protein exceeded the age recommendations. The use of enteral feeding associated with oral feeding was more frequent in the patients with diagnosis of undernutrition and at risk of low weight. For children < 5 years of age, a strong correlation in the evaluation of all the scores by the 3 curves was observed. Yet, when each score was evaluated in categories, a moderate concordance among the methods (kappa between 0.61 and 0.86) was found, with a tendency to the WHO standard in classifying more patients as “low stature” and “low weight”. Undernutrition, regardless of the criteria used for its diagnosis, or the child’s clinical diagnosis, is prevalent at children’s admission, increasing their expectancy of length of hospital stay. The calorie offer to children was adequate and improvement of the patients’ nutritional status during the hospitalization was observed. There is no complete concordance in the nutritional classification obtained by the 3 curves evaluated and, as a tracking strategy, the criteria established by the WHO showed to be more useful in the identification if undernutrition.
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Doença de gaucher : avaliação nutricional e do gasto energético basal em pacientes do sul do brasil

Doneda, Divair January 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: A doença de Gaucher (DG) é um erro inato do metabolismo, do grupo das doenças lisossômicas, causado pela atividade deficiente da enzima glicocerebrosidase. Os tipos mais comuns da DG são o tipo I, que é o mais freqüente e não apresenta comprometimento neurológico; o II, agudo e neuropático; e o III, subagudo e neuropático. Todos os tipos caracterizam-se pela heterogeneidade clínica, com manifestações sintomáticas e de intensidade distintas, tais como hepatoesplenomegalia, alterações ósseas e hematológicas. Alguns estudos descrevem alterações metabólicas como gasto energético basal (GEB) aumentado – hipermetabolismo - em pacientes sem tratamento. A terapia de escolha para a DG é a reposição enzimática (TRE), a qual consegue reverter muitas das manifestações da doença. OBJETIVOS: 1) Avaliar o GEB por meio de calorimetria indireta em pacientes com DG do Centro de Referência do Rio Grande do Sul; 2) Avaliar o estado nutricional dos pacientes incluídos no estudo; 3) Relacionar o GEB com as condições clínicas dos pacientes. METODOLOGIA: Estudo transversal, prospectivo, controlado. Os pacientes atendidos no CRDG foram convidados a participar do estudo (n= 29), sendo que 17 concordaram (média de idade= 30,0 ± 17,2 anos, sexo masculino= 8; DG tipo III= 3 pacientes). Os pacientes com DG tipo I (n= 14; sexo masculino= 6) foram pareados por sexo, idade e índice de massa corporal (IMC) com controles hígidos para avaliação do GEB. Para determinação dos valores de VO2 e VCO2 foi utilizado um ergoespirômetro (MedGraphics Cardiorespiratory Diagnostic Systems, modelo CPX-D). Os pacientes e os controles receberam orientação prévia quanto ao jejum e o repouso e no dia da calorimetria foram pesados e medidos, sendo então calculado o IMC. Os pacientes não apresentavam outras morbidades, nem estavam em uso de medicamentos que poderiam interferir no GEB. Nas análises estatísticas, foi utilizado o GEB em kcal/kg/dia. RESULTADOS: A avaliação do estado nutricional revelou que, no grupo dos pacientes com DG tipo I, cinco estavam com sobrepeso e os demais eutróficos; no grupo com DG tipo III, dois pacientes encontravam-se desnutridos e um eutrófico. Foram realizadas 19 avaliações do GEB em 17 pacientes: dois pacientes a realizaram no período pré e após 6 meses de TRE. A média de idade e de IMC dos pacientes com DG tipo I e dos controles foi de 32,8 ± 17,6 e 32,1 ± 16,6 anos e 23,3 ± 3,1 e 22,4 ± 3,1kg/m2, respectivamente. A idade dos pacientes com DG tipo III foi, respectivamente, 12, 17 e 20 anos. Quatorze pacientes estavam recebendo TRE (média de tempo de TRE= 6,6 ± 5,3 anos; média de dose de enzima= 27,1 ± 11,7 UI/kg/inf. de imiglucerase). A média de GEB dos pacientes com DG tipo I em TRE (n= 12) foi 27,1% maior do que a dos controles (p= 0,007). O GEB de pacientes em TRE (n=12) comparado aos sem TRE (n= 4) não apresentou diferença (p= 0,92). Comparando o GEB dos pacientes em TRE e o de seus controles com o GEB estimado pela equação de Harris-Benedict, observou-se que os pacientes apresentaram GEB 6,3% maior do que o estimado (p= 0,1), enquanto que seus controles tiveram GEB 17,0% menor do que o estimado (p= 0,001). O GEB medido dos pacientes com DG tipo III foi, respectivamente, 14%, 72% e 16% maior do que o estimado pela equação de Harris e Benedict. Não foi encontrada associação significativa entre GEB e as seguintes variáveis: idade, peso, estatura, escore de gravidade, quantidade de enzima recebida, idade de início de TRE, tempo de tratamento e presença ou ausência de megalias. A correlação do GEB com o IMC foi negativa e significativa, conforme esperado. DISCUSSÃO/CONCLUSÕES: O estado nutricional classificado pelo IMC mostrou que a maior parte dos pacientes com DG tipo I estava eutrófica; no entanto, um terço apresentou pré-obesidade. Dois dos três pacientes com DG tipo III encontravam-se desnutridos. Todos os pacientes, mesmo em TRE, apresentaram um GEB significativamente maior do que os controles. A TRE não consegue normalizar o hipermetabolismo desses pacientes. / INTRODUCTION: Gaucher disease (GD) is an inborn error of metabolism of the group of lysosomal diseases, caused by the deficient activity of the glucocerebrosidase enzyme. The most common types of GD are: type I, which is the most frequent and does not present neurological compromise; type II, which is acute and neuropathic; and type III, which is subacute and neuropathic. All types are characterized by clinical heterogeneity and symptomatic manifestations of various intensity, such as hepatoesplenomegaly and bone and hematological alterations. Some studies have described metabolic alterations, such as increased basal metabolic rate (BMR), that is, hypermetabolism, in untreated patients. The therapy of choice for GD is enzyme replacement therapy (ERT), which can stop many manifestations of the disease. OBJECTIVES: 1) To evaluate BMR by means of indirect calorimetry in patients with GD seen at the Reference Center for Gaucher Disease of Rio Grande do Sul (RCGD); 2) To evaluate the nutritional status of patients included in the study; 3) To relate BMR with clinical conditions presented by patients. METHODS: The present was a prospective, controlled, cross-over study. Patients seen at the RCGD were invited to participate in the study (n=29); of these, 17 agreed to participate (mean age=30.0 ± 17.2 years, male= 8; GD type III=3 patients). Patients with GD type I (n=14; male= 6) were paired by gender, age, and body mass index (BMI) to healthy controls to evaluate BMR. To determine the values of VO2 and VCO2 an ergospirometer was used (MedGraphics Cardiorespiratory Diagnostic Systems, model CPX-D). Patients and controls received previous orientation as to fasting and resting and, on the day of the calorimetry, were weighed and measured in order for the BMI to be calculated. Patients did not present any other morbidity, neither were they making use of any medication that could interfere with BMR. In the statistical analyses, BMR in kcal/kg/day was used. RESULTS: The evaluation of the nutritional status showed that, in the group of patients with GD type I, five patients were overweight; the other were eutrophic; in the group of patients with GD type III, two patients were malnourished; one was eutrophic. Nineteen evaluations of BMR were conducted in 17 patients; two patients conducted the evaluation in the period pre-ERT and after 6 months of ERT. Mean age and mean BMI of patients with GD type I and controls were 32.8 ± 17.6 and 32.1 ± 16.6 years and 23.3 ± 3.1 and 22.4 ± 3.1kg/m2, respectively. The age of patients with GD type III was, respectively, 12, 17 and 20 years. Fourteen patients were receiving ERT (mean time of ERT=6.6 ± 5.3 years; mean enzyme dose=27.1 ± 11.7 UI/kg/inf of imiglucerase). The mean BMR of patients with GD type I on TRE (n=12) was 27.1% higher when compared to controls (p=0.007). When compared to patients not on ERT (n=4), the BMR of patients on ERT (n=12) did not show any difference (p=0.92). Comparing the BMR of patients on ERT and that of their controls with the BMR estimated by the Harris-Benedict equation, we observed that patients showed a 6.3% higher BMR than the estimated (p=0.1), while the BMR of their controls was 17.0% lower than the estimated (p=0.001). The BMR of patients with GD type III was, respectively, 14%, 72% and 16% higher than the estimated by the Harris-Benedict equation. No significant association was found between BMR and the following variables: age; weight; height; severity score; amount of enzyme received; age at beginning of ERT; time of treatment; and presence or absence of megalies. The correlation between BMR and BMI was negative and significant, as expected. DISCUSSION/CONCLUSIONS: The nutritional status classified by BMI showed that most patients with GD type I were eutrophic; however, one third of the patients showed pre-obesity. Two of the three patients with GD type III were malnourished. All patients, even on ERT, showed a significantly higher BMR when compared to controls. In conclusion, ERT was not able to normalize the hypermetabolism of these patients.
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Associação entre o tempo de exposição aos medicamentos antipsicóticos e medidas de estado nutricional em pacientes esquizofrênicos

Peralta, Joelso dos Santos January 2010 (has links)
A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica caracterizada classicamente pela perda de contato com a realidade, onde os pacientes são incapazes de distinguir uma experiência real da imaginária. Pacientes esquizofrênicos apresentam importante transtorno psicossocial e emocional, prejudicando a vida de relações interpessoais e familiares. As características da doença incluem a presença de delírios, alucinações, alterações de comportamento e diminuição da capacidade mental. A etiologia da doença é complexa e multifatorial, estando envolvidos fatores genéticos, biológicos e ambientais. A utilização de medicamentos antipsicóticos é peça fundamental no tratamento. Os fármacos antipsicóticos são agrupados em “típicos” e “atípicos”, atuando sobre o sistema dopaminérgico e serotoninérgico. Neste estudo, foram selecionados 79 pacientes diagnosticados com esquizofrenia, atendidos no Programa de Atendimento do Ambulatório de Esquizofrenia e Demências do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, cujo diagnóstico seguiu critérios do CID-10 e DSM-IV. O objetivo do presente estudo foi associar o tempo de exposição de drogas antipsicóticas e o estado nutricional destes pacientes. Para tanto, foram coletados, analisados e interpretados dados referentes a exames laboratoriais, medidas de pressão arterial, avaliação antropométrica e o tempo diagnóstico de início da doença e procura por auxílio clínico. Concluímos que pacientes esquizofrênicos deste estudo apresentam sobrepeso (34,2%), elevada circunferência da cintura (68,4%), elevado índice cintura-quadril (72,2%) e excesso de adiposidade (96,2%) com risco aumentado para alterações metabólicas. Entretanto, apenas o índice cintura-quadril mostrou associação e correlação positiva e significativa com o tempo de uso da medicação. / The schizophrenia is a psychotic illness classically marked by the lost of contact with reality, when the patients are unable to distinguish a real experience from an imaginary one. Schizophrenic patients present an important psychosocial and emotional disorder, affecting the life of interpersonal and family relations. The characteristics of this illness include the presence of delusions, hallucinations, behavior changes and lowering of mental capacity. The etiology of this condition is complex and multifactorial, being involved genetic, biological and environmental factors. The use of antipsychotic drugs is a fundamental part in the process of treatment. The antipsychotic medicines are grouped in typical and atypical, acting on the dopaminergic and serotoninergic systems. This study selected 79 schizofrenic patients who were treated in the Ambulatory Treatment Program for Schizophrenia and Dementia in the Hospital de Clínicas de Porto Alegre, which the diagnoses followed criteria from the CID-10 and DSM-IV. The objective of the present study was to associate the exposition time of antipsychotic drugs and the nutricional condition of these patients. In order to achieve that, rererent data and laboratorial exams, arterial pressure measurement, anthropometric avaluation and the diagnosis time between the beginning of the illness and the search for clinical help were collected, analysed and interpreted. We concluded that the schizophrenic patients in this study present overweight (34,2%), high waist circumference (68,4%), high waist-hip ratio (72,2%) and adipositivity excess (96,2%) with increased risk for metabolic alterations. However, just the waist-hip ratio shown positive and significant association and correlation with the time period of the medication use.
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Estado nutricional, consumo de drogas, percepción de la imagen corporal y capacidad intelectual, y su relación con el rendimiento escolar en la prueba de selección universitaria (PSU 2013) en adolescentes que rindieron el SIMCE 2009: un estudio multicausal al inicio y al término de la educación media, región metropolitana, Chile.

Villagrán Silva, Francisca 12 1900 (has links)
Antecedentes: Durante las últimas décadas, los cambios en los estilos de vida han generado una modificación sustancial en la morfoestructura de los adolescentes. Estos cambios se deberían a un aumento del sedentarismo, las malas prácticas alimentarias, el sobrepeso y la obesidad, generando cambios, tanto en su imagen corporal, como en su percepción, junto con el aumento desmesurado del consumo de drogas licitas e ilícitas, disminución de su capacidad intelectual (CI), pudiendo afectar el rendimiento escolar. Este problema genera una alerta mundial en salud pública, planteando interrogantes respecto a cómo poder tratar estos temas. Objetivo: Estimar el impacto relativo del estado nutricional, consumo de drogas, percepción de la imagen corporal y capacidad intelectual, en el rendimiento escolar de la PSU en adolescentes que rindieron las pruebas del Sistema de Medición de la Calidad de la Educación (SIMCE) 2009. El propósito final fue confirmar la hipótesis que señala: El rendimiento escolar de los adolescentes se asocia positivamente con los parámetros de estado nutricional y la capacidad intelectual y, negativamente con un alto consumo de drogas y, con la distorsión de la percepción de la imagen corporal, independiente del NSE y del género. Metodología: Estudio observacional, correlacional, de corte retrospectivo. La muestra total quedó conformada por 671 adolescentes de 1º año medio, cumpliendo los criterios de inclusión del consentimiento informado, junto con sus padres. Los procedimientos y técnicas en el estudio al inicio y término de la educación media fueron: mediciones antropométricas de peso, talla y circunferencia craneana (CC), estableciéndose los indicadores puntaje Z-CC y Z-Índice de Masa Corporal (Z-IMC). Se aplicaron encuestas de percepción de la imagen corporal (PIC) según las escalas de figuras corporales de Stunkard, estableciéndose la PIC percibida y deseada y, de consumo de drogas licitas e ilícitas. La CI se determinó mediante el test de Matrices Progresivas de Raven y el nivel socioeconómico (NSE), mediante el método de Graffar. El rendimiento escolar (RE) se midió con los puntajes PSU 2013 en lenguaje (PSUL) y matemáticas (PSUM), proporcionados por el Departamento de Estudios del Ministerio de Educación. El análisis estadístico de los datos se efectuó mediante el software STATA 13. Resultados: En 1º año medio, las variables independientes que mayormente contribuyeron a explicar el bajo rendimiento en la PSU (probabilidad modelada <450) fueron, para PSUL, CI (grados I+II vs IV+V (OR: 10.4, p<0.000)) y NSE (alto vs bajo (OR: 2.89, p<0.004)) y, para PSUM, CI (grados I+II vs IV+V (OR: 25.4, p<0.000)), NSE(alto vs bajo (OR: 4.98, p<0.001)), Z-CC (>2DE vs <-2DE (OR: 10.3, p<0.011)) y Z-IMC (Bajo Peso + Normal vs Obeso (OR: 2.25, p<0.03)). En 4º año medio fueron, para PSUL, CI (grados I+II vs IV+V (OR: 19.0, p<0.000)), NSE (alto vs bajo (OR: 6.93, p<0.002)), y género (Hombres vs Mujeres (OR: 0.52, p<0.022)) y, para PSUM, CI (grados I+II vs IV+V (OR: 43.2, p<0.000)), y NSE(alto vs bajo (OR: 5.80, p<0.002)). Conclusión: Los resultados del presente estudio permiten confirmar, parcialmente, la hipótesis que señalaba que el RE de los adolescentes en la PSU se asocia positivamente con los parámetros de estado nutricional y la CI y, negativamente con un alto consumo de drogas y, con la distorsión de la percepción de la imagen corporal, independiente del NSE y del género. Al respecto, no se confirmó que estas asociaciones fuesen independientes del NSE. Estos resultados pueden ser de utilidad para la formulación de políticas nutricionales y educacionales, tanto en Chile como en países de desarrollo similar.
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Estado nutricional e composição corporal de pacientes em hemodiálise, segundo ganho de peso interdialítico / Nutritional status and body composition of hemodialysis patients, according interdialytic weight gain

Héric Holland 18 November 2016 (has links)
Introdução: O ganho de peso interdialítico (GPID), aquele ganho entre sessões de diálise, pode ser considerado um preditor da qualidade de vida e da mortalidade em pacientes de hemodiálise (HD). Fatores nutricionais podem estar envolvidos na preservação ou piora destes parâmetros e estas relações não estão investigadas detalhadamente. Objetivo: Este estudo objetivou avaliar o estado nutricional e composição corporal de pacientes em hemodiálise, em relação ao GPID. Métodos: Foi um estudo transversal, com 102 pacientes em HD, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 80 anos e sem quadros agudos de infecção e/ou inflamação, foi realizado em dois centros de diálise, no Hospital das Clínicas e no Serviço de Nefrologia ambos na cidade de Ribeirão Preto - São Paulo. Após o tratamento dialítico, foi avaliado o estado nutricional por meio de dados antropométricos (índice de massa corporal, circunferência da cintura, circunferência do quadril, dobras cutâneas e dinamometria manual) além do uso da análise subjetiva global de 7 pontos, de dados de ingestão alimentar avaliados por registro alimentar de 24 horas e de dados bioquímicos e a composição corporal foi avaliada utilizando a bioimpedância unifrequencial - BIA, a análise de bioimpedância vetorial - BIVA e a bioimpedância multifrequencial por espectroscopia - BIS. Resultados: Pacientes com maior ganho de peso interdialítico apresentaram significativamente maior índice de massa corporal (24,5±4,1 vs 28,8±5,5kg/m²), excesso de gordura corporal (22,7±9,5 vs 31,7±14,4kg), sendo evidenciada uma predominância da gordura na região abdominal (91,3±10,8 vs 101,5±15,1cm), de água corporal total (33,4±7,7 vs 40,1±8,6L) e água extracelular (15,1±3,4 vs 18,1±4,2L) além do maior consumo de sódio (2278±755 vs 2906±650mg) e de gorduras (59,8±17,6 vs 71,8±23g). A BIA superestimou a quantidade de água corporal nos pacientes em HD e, consequentemente as massas corporais hidratadas. Ao comparar os valores de BIVA vs BIS foi evidenciada apenas uma fraca concordância (kappa = 0,34). Conclusão: Pacientes com maior GPID além de mais água extracelular apresentam maior gordura corporal e consumo de alimentos ricos em gordura e sódio. A BIS pode ser um método que melhor avalia pacientes em HD com sobrecarga hídrica e desta forma, poderia auxiliar no manejo do GPID, individualizando o cuidado nutricional destes pacientes e propiciando maior qualidade de vida. / Introduction The interdialytic weight gain (IDWG), that gain between dialysis sessions, may be considered a predictor of quality of life and mortality in hemodialysis (HD) patients. Nutritional factors may be involved in preserving or worsening of these parameters and these relations are not investigated in detail. Objective: This study aimed to evaluate the nutritional status and body composition in hemodialysis patients, in relation to the IDWG. Methods: It was a cross-sectional study of 102 HD patients, of both sexes, 18 and 80 years old and without acute episodes of infection and / or inflammation, was conducted in two dialysis centers, at the Hospital and the Service Nephrology both in the city of Ribeirão Preto - São Paulo. After dialysis, it evaluated the nutritional status through anthropometric data (body mass index, waist circumference, hip circumference, skinfold thickness and handgrip strength) and the use of subjective global analysis of 7 points, food intake data assessed by food record 24 hours and biochemical data and body composition was assessed using bioimpedance unifrequencial - BIA, the bioimpedance vector analysis - BIVA and multifrequency bioimpedance spectroscopy - BIS. Results: Patients with higher interdialytic weight gain had significantly higher body mass index (24.5±4.1 vs 28.8±5.5kg/m²), excess body fat (22.7±9.5 vs 31.7±14,4kg), evidencing a predominance of fat in the abdominal region (91.3±10.8 vs 101.5±15,1cm), total body water (33.4±7.7 vs 40.1±8,6L) and water extracellular (15.1±3.4 vs 18.1±4,2L) in addition to the increased consumption of sodium (2278 ± 755 vs. 2906 ± 650mg) and fat (59.8±17.6 vs 71.8±23g). The BIA overestimated the amount of body water in HD patients and consequently the body hydrated masses. When comparing the values of BIVA vs BIS was evidenced only a weak agreement (kappa = 0.34). Conclusion: Patients with higher IDWG as well as more extracellular water have higher body fat and consumption of foods high in fat and sodium. The BIS may be a method that better evaluates HD patients with fluid overload and thus, could help in the management of IDWG, individualizing the nutritional care of these patients and providing better quality of life.

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