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Genotipagem e análise da expressão do gene TCF7L2 em pacientes com alteração do crescimento fetal e doenças metabólicas no adulto.CATENA, Andriu dos Santos 03 February 2016 (has links)
Submitted by Haroudo Xavier Filho (haroudo.xavierfo@ufpe.br) on 2016-10-07T19:14:19Z
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Previous issue date: 2016-02-03 / Segundo a hipótese da programação fetal, alterações metabólicas in utero estabelecem padrões fisiológicos que modulam a saúde do ser humano, contribuindo ao desenvolvimento de síndrome metabólica (SMet), obesidade e diabetes tipo 2 (DT2) na vida adulta. O risco de estresse oxidativo é uma condição metabólica que se eleva durante a gravidez, desencadeando a expressão de genes cruciais ao desenvolvimento dessas patologias, como o TCF7L2. Portanto, torna-se importante identificar a frequência dos principais polimorfismos desse gene (49080T>C, 103894G>T e 53341C>T) assim como analisar sua expressão em amostras de RNs com peso ao nascer alterado e de pacientes adultos obesos. Desta forma, foram analisadas amostras de 149 indivíduos, subdividas em duas coortes: 98 recém-nascidos da cidade da Paraíba - JP, sendo 11 pequenos para idade gestacional (PIG), 41 grandes para idade gestacional (GIG) e 46 apropriados para idade gestacional (AIG); e 51 adultos atendidos na cidade do Recife - PE, sendo 12 obesos com DT2, 17 obesos sem DT2 e 22 saudáveis (não obesos). Em segundo momento, foram utilizadas ferramentas de bioinformática para compreender as interações biomoleculares envolvendo TCF7L2 na via de sinalização Wnt. O polimorfismo 49080T>C foi o mais prevalente na população estudada (38,9%) comparado ao 103894G>T (27,7%) e 53341C>T (31,9%). Níveis de mRNA entre as coortes analisadas demonstraram significância estatística (p=0,001). Recém-nascidos PIG apresentaram expressão de TCF7L2 maior que GIG (1,751 e 1,229, respectivamente) (p=0,017), além de expressão relativa similar com adultos obesos com DT2. Não houve diferença estatística entre a coorte dos adultos (p=0,115). GIG e obesos revelaram forte similaridade (p=0,922). Adicionalmente, análises in silico demonstraram que a resposta inflamatória condicionada ao estresse oxidativo durante a gravidez contribui para o aumento de IL-6 e TNFa. Essas citocinas estimulam o aumento de ß-catenina, que é translocada ao núcleo para ativar fatores de transcrição como TCF7L2. A rede metabólica da TCF7L2 envolve genes e produtos relacionados à via Wnt, como DKK1, CTNNB1, GCG, APOE, APOC1 e FTO. Estas moléculas participam da regulação via Wnt e do metabolismo de carboidratos e lipídeos. Dessa forma, TCF7L2 parece influenciar o peso ao nascer, o que contribui ao desenvolvimento de SMet e obesidade na vida adulta. / According to fetal programming hypothesis, metabolic exchange in utero establishes physiological standards that modulate the human health, contributing to common diseases in adulthood development, like metabolic syndrome (MetS), obesity, and type 2 diabetes (T2D). The risk of oxidative stress is a metabolic condition that rises during pregnancy, triggering the expression of critical genes to the development of these pathologies, such as TCF7L2. Therefore, it becomes necessary to frequencies identify the main polymorphisms this gene (49080T>C, 103894G>T, and 53341C>T) and analyze their expression in samples of newborns with abnormal birth weight and obese individuals. Thus, 149 subjects of Northeast Brazilian were enrolled in this study, performed in two cohorts: 98 newborns, being 11 with small for gestational age (SGA); 41 large for gestational age (LGA); and 46 appropriate for gestational age (AGA); and 51 adults, being 12 obese with type 2 diabetes (T2D); 17 non-T2D obese; and 22 healthy adults. In the second step, were used bioinformatics tools to understand the molecular interactions involving TCF7L2 in the Wnt signaling pathway. 49080T>C polymorphism was more prevalent in the population (38.9%) compared to 103894G>T (27.7%) and 53341C>T (31.9%). mRNA levels were showing a statistical difference between newborns and adults cohorts (p=0.001). SGA neonates presented a TCF7L2 expression higher than LGA (1.751 and 1.229, respectively) (p=0.017), beyond a similar relative expression compared to adults obese DT2. There was no statistical significance in the adult cohort (p=0.115). LGA and obese adult groups revealed high similarity (p=0.922). 53341C>T, 103894G>T, and 49080T>C allelic frequencies were similar to the findings of other studies. Additionally, the in silico analysis demonstrated that inflammatory response due oxidative stress during pregnancy contributes to IL-6 and TNFa increases. This cytokine allowed to ß-catenin increase, with is translocated to the nucleus for activating of transcription factors such TCF7L2. Furthermore, this gene interacts with other genes and products related to Wnt signaling pathway, like GCG, DKK1, CTNNB1, APOE, APOC1, and FTO. Thus, TCF7L2 may influence the birth weight, therefore contributing for MetS and obesity in adulthood.
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Impacto do consumo de camu-camu (Myrciaria Dubia (Kunth) Mc Vaugh) em adultos com síndrome metabólica em Boa Vista/RROliveira, Adele Salomão de 18 June 2015 (has links)
Submitted by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2016-02-02T14:50:47Z
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Previous issue date: 2015-06-18 / Não informada / The metabolic syndrome (MS) is a condition characterized by a cluster of risk factors for cardiovascular disease. Featuring high blood pressure, dyslipidemia (low HDL-C and high TG), visceral obesity, hyperglycemia and type 2 diabetes mellitus (DM2). The availability of a diet with high energy levels and sedentary lifestyle are the two environmental factors most associated with increased prevalence of obesity and its comorbidities, become, therefore, an important public health problem. Camu-camu (Myrciaria dubia (Kunth) McVaugh) is a native fruit of the Amazon that has a high content of vitamin C, surpassing other citrus, and contain phenolic compounds. In this context, this study aimed to investigate the impact of supplementation of camu-camu consumption (Myrciaria dubia (Kunth) McVaugh) lyophilized. Participated in the double-blind experimental study 58 adult subjects (20-59 years), male and female, obese patients, the municipal health center Sílvio Botelho, Boa Vista-RR. The groups were formed: experimental (EG) and control (CG). The received EG - camu camu capsule, containing approximately 442 mg of vitamin C for 45 days and received the GC capsule (placebo) for the same period. It was prescribed diet balanced hipocalória associated with regular physical activity for all participants. The study showed a significant improvement (p = 0.013) in physical activity and indicators of the diagnosis of MS, such as: significant decrease (p = 0.012) blood pressure, triglycerides (p = 0.011), waist circumference (p = 0.038) and significant (p = 0.001) HDL-c of the Participants GE, however, there was no significant weight reduction weight loss. It suggests the insertion of this Amazonian fruit diet for better control of some indicators in the development of chronic diseases linked to obesity and its complications. / A Síndrome Metabólica (SM) representa uma situação clínica caracterizada por um agrupamento de fatores de risco para doença cardiovascular. Apresentando hipertensão arterial, dislipidemia (HDL-c baixo e TG elevado), obesidade visceral, hiperglicemia e diabetes mellitus tipo 2 (DM2). A disponibilidade de uma dieta com altos teores energéticos e o estilo de vida sedentário, são os dois fatores ambientais mais associados ao aumento da prevalência da obesidade e de suas co-morbidades, tornado-se portanto, importante problema de saúde pública. O camu-camu (Myrciaria dubia (Kunth) McVaugh) é uma fruta nativa da Amazônia que possui alto conteúdo de vitamina C, superando outros cítricos, além de conter compostos fenólicos. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo investigar o impacto da suplementação do consumo do camu-camu (Myrciaria dubia (Kunth) McVaugh) liofilizado. Participaram do estudo experimental, duplo-cego, 58 indivíduos adultos (20 a 59 anos), de ambos os sexos, portadores de obesidade, no Centro de Saúde municipal Sílvio Botelho, Boa Vista-RR. Foram formados 2 grupos: experimental (GE) e controle (GC). O grupo GE recebeu cápsula com camu-camu, contendo aproximadamente 442 mg de vitamina C durante 45 dias e o GC recebeu cápsula (placebo) pelo mesmo período. Foi prescrita dieta hipocalória balanceada associada à prática de atividade física regular para todos os participantes. O estudo demonstrou a melhora significativa (p=0,013) da prática de atividade física e dos indicadores do diagnóstico da SM, tais como: diminuição significativa (p=0,012) da pressão arterial, dos triglicerídeos (p=0,011), circunferência da cintura (p=0,038) e o aumento significativo (p=0,001) da HDL-c dos participantes do GE, entretanto, não foi observado redução significativa da perda de peso ponderal. Suge-se a inserção deste fruto amazônico à dieta para melhor controle de alguns indicadores no desenvolvimento das doenças crônicas ligados à obesidade e suas complicações.
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Alterações metabólicas, qualidade de vida e capacidade funcional de idosos atendidos na estratégia de saúde da família de um munícipio de Goiás / Changes metabolic, quality of life and elderly functional capacity served in family health strategy a Goiás municipalityAvelar, Ivan Silveira de 27 May 2016 (has links)
Submitted by Marlene Santos (marlene.bc.ufg@gmail.com) on 2016-09-08T18:47:56Z
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Previous issue date: 2016-05-27 / Aging involves neural structural, functional and chemical changes that generate a number of diseases. Among the diseases that affect the elderly stand out metabolic and functional, such as metabolic syndrome and loss of muscle strength, which are closely related to the quality of life and are influenced by inadequate nutritional status and physical inactivity. Studies show that protein supplementation can increase muscle strength and improve body composition. The objective of the study was to evaluate the metabolic changes and the quality of life as well as the effects of a water aerobics program associated with supplementation of soy protein in muscle strength, hydration status and body composition of the elderly. The research began with the participation of 63 elderly aged ≥ 60 years. We determined the frequency of metabolic syndrome and assessed the quality of life of those with and without SM, using the SF-36. Still, the elderly were subjected to a water aerobics program associated with supplementation of soy protein for six months and evaluated for manual pressure force by force transducer manual, and state hydration and body composition by BIA. The normality of the data was assessed by the Shapiro-Wilk. The Mann-Whitney test was used to compare the variables of MS and the scores of quality of life between the groups with metabolic syndrome (CSM) and without metabolic syndrome (SSM). The scores of each SF-36 domain were divided into tertiles and associated with individuals with and without MS using the chi-square test of Pearson (2). In the study evaluating the effect of water aerobics program with or without supplementation used the Student t test for independent samples to compare the variables with normal distribution between the groups and the Mann-Whitney test to compare variables without normal distribution. In the above analysis we used the SPSS software and adopted the significance level of p <0.05. The vectors of BIVA were analyzed by Hotelling's T2 tests and univariate analysis (F test). The distances between the vectors in each group were correlated, was also calculated and, using Mahalanobis distance D (D). The vectors were analyzed using the software BIVA 2002. The effect of supplementation on strength and body composition was assessed by analysis of variance (ANOVA) for repeated measures with Bonferroni post hoc. The results indicated a prevalence of 79.03% of elderly patients with metabolic syndrome. There was no difference between the domains of quality of life among older people with and without MS. qualitative improvement was observed in the above hydration. The study indicated a high frequency of metabolic syndrome but did not affect the quality of life of the studied group. The manual force had a significant increase (p=0.001) in the group that underwent aquatic exercise performed and consumed the soy protein supplement. Fat-free mass was significant loss in the group that used the protein supplement. The practice of gymnastics, with or without supplementation increased the manual pressure force, but did not change the body composition of the elderly. / O envelhecimento envolve alterações neurais, estruturais, funcionais e químicas que geram uma série de doenças. Dentre as patologias que acometem o idoso destacam-se as metabólicas e funcionais, como a síndrome metabólica e a perda de força muscular, as quais estão intimamente relacionadas com a qualidade de vida e são influenciados pelo estado nutricional inadequado e a inatividade física. Estudos apontam que a suplementação proteica pode aumentar a força muscular e melhorar a composição corporal. Assim, o objetivo do estudo foi avaliar as alterações metabólicas e a qualidade de vida, bem como os efeitos de um programa de hidroginástica associado a suplementação com proteína de soja, na força muscular, estado de hidratação e composição corporal de idosos. A pesquisa iniciou com a participação de 63 idosos com idade ≥ 60 anos. Determinou-se a frequencia da síndrome metabólica e avaliou a qualidade de vida entre os com e sem SM, utilizando-se o SF-36. Ainda, os idosos foram submetidos a um programa de hidroginástica associado a suplementação com proteína de soja durante seis meses e avaliados quanto a força de pressão manual por meio de transdutor manual de força, e estado hidratação e composição corporal pela BIA. A normalidade dos dados foi avaliada pelo Shapiro-Wilk. O teste de Mann-Whitney foi utilizado para comparar as variáveis da SM e os escores de qualidade de vida entre os grupos com síndrome metabólica (CSM) e sem síndrome metabólica (SSM). Os escores de cada domínio do SF-36 foram distribuídos em tercis e associados aos indivíduos com e sem SM pelo teste Qui-quadrado de Pearson (2). No estudo que avaliou o efeito do programa de hidroginástica associado ou não a suplementação utilizou o teste t-Student para amostras independentes para comparação das variáveis com distribuição normal entre os grupos e o teste de Mann-Whitney para comparar as variáveis que não apresentaram distribuição normal. Nas analises acima utilizou-se o software SPSS e adotou-se o nível de significância p < 0,05. Os vetores da BIVA foram analisados pelos testes T2 de Hotelling's e análise univariada (teste F). As distâncias entre os vetores de cada grupo foram correlacionadas, e também foi calculado, utilizando Mahalanobis D (D). Os vetores foram analisados através do software BIVA 2002. O efeito da suplementação sobre a força e a composição corporal foi avaliado pela análise de variância (ANOVA) para medidas repetidas com post hoc de Bonferroni. Os resultados indicaram uma prevalência de 79,03% de idosos com síndrome metabólica. Não houve diferença entre os domínios da qualidade de vida entre os idosos com e sem SM. Foi observado melhora qualitativa no quadro de hidratação. O estudo indicou uma alta frequência de síndrome metabólica, mas não interferiu na qualidade de vida do grupo estudado. A força manual teve um aumento significativo (p=0,001) no grupo que realizou executou o exercício aquático e consumiu o suplemento de proteína de soja. A massa livre de gordura teve perda significativa no grupo que fez uso do suplemento proteico. A pratica da hidroginástica, associada ou não a suplementação, promoveu aumento na força de pressão manual, mas não alterou a composição corporal do idosos.
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Perfil glicêmico e lipídico em recém-nascidos e suas correlações com as condições clínicas e metabólicas maternas / Glycemic and lipid profile in newborns and their correlations with maternal clinical and metabolic conditionsOliveira, Hugo Razini 23 March 2017 (has links)
Submitted by Edineia Teixeira (edineia.teixeira@unioeste.br) on 2017-11-24T17:30:12Z
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Previous issue date: 2017-03-23 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / The aim of this study was to characterize the glycemic and lipid homeostasis of full term newborns at birth and at six months and to establish the correlation of these variables with the neonatal growth markers and the maternal clinical and metabolic conditions. Quantitative, descriptive and observational research. Data collection took place in two moments, at birth, in which maternal and newborn data were obtained in the maternity and six months of life, only the newborn, during a consultation at the Outpatient Clinic at the University Hospital Of Western Paraná - HUOP. In order to establish the socio-demographic family profile and the clinical data related to gestation and delivery, we used data from the patient's charts. For blood tests (Glucose, Insulin, Total Cholesterol and Triglycerides) during hospitalization, at the time of birth, laboratory tests were obtained from the blood of the material from the institution's laboratory. In the second stage, in the outpatient evaluation, a newborn blood sample was obtained after a new authorization was requested from the family. Data analysis was descriptive and inferential statistics. The characteristics found are in agreement with the literature regarding the standards for evaluation of gestational age and anthropometric parameters. The glycemic profile for the newborn at birth and at six months was 64.19 ± 19.24 mg/dL and 79.31 ± 9.79 mg/dL. Insulin was 2.08 ± 1.85 μUI/dL at 4.51 ± 3.79 μUI/dL. Cholesterol was 85.89 ± 22.17 mg/dL and 141.11 ± 26.49 and the triglycerides were 127.19 ± 51.29 mg/dL and 132.02 ± 48.98 mg/dL. In the classification of maternal similarities only the body mass index of the newborns at birth had a significant difference and at 6 months the Weight/Age Z Score (p < 0.05). Total newborn cholesterol had desirable values regardless of the selected Class. Triglycerides present values above those desirable for Class 1 and Class 2, according to the new Brazilian Consensus. For the newborn, only body mass index and triglycerides presented similar means at both moments. Most of the variables did not present statistical significance between the binomial mothers/newborns, but it was possible to observe that the biochemical dosages of the newborns are influenced by the same maternal dosages (p < 0.10). The newborns' growth scores are influenced by the anthropometric variables observed in the mothers (p < 0.05). The glycemic characterization was in agreement with the expected parameters. In the lipid, it occurs only to the total cholesterol, because the triglycerides were higher than expected. / Este estudo teve como objetivo caracterizar o perfil plasmático glicêmico e lipídico de recém-nascidos a termo ao nascimento e aos seis meses e estabelecer a correlação destas variáveis com os marcadores de crescimento dos recém-nascidos e as condições clínicas e metabólicas maternas. Pesquisa quantitativa, descritiva e observacional. A coleta de dados ocorreu em dois momentos, ao nascimento, em que se obtiveram os dados maternos e dos recém-nascidos, no setor de maternidade e aos seis meses de vida, somente dos recém-nascidos, durante consulta no Ambulatório de Seguimento do recém-nascido, no Hospital Universitário do Oeste do Paraná – HUOP. Para estabelecer o perfil sóciodemográfico familiar e os dados clínicos relativos à gestação e ao parto, utilizaram-se dados dos prontuários dos pacientes. Para os exames sanguíneos (Glicose, Insulina, Colesterol Total e Triglicerídeo) na hospitalização, por ocasião do nascimento, obtiveram-se as análises laboratoriais a partir do sangue de descarte de material do laboratório da instituição. Na segunda etapa, na avaliação ambulatorial, obteve-se amostra de sangue do recém-nascido após nova autorização solicitada à família. A análise de dados foi estatística descritiva e inferencial. As características encontradas estão em conformidade com a literatura em relação aos padrões para avaliação da idade gestacional e os parâmetros antropométricos. O perfil glicêmico para o recém-nascido, encontrado ao nascimento e aos seis meses, foi de 64,19 ± 19,24 mg/dL e de 79,31 ± 9,79 mg/dL. A insulina de 2,08 ± 1,85 μUI/dL a 4,51 ± 3,79 μUI/dL. O colesterol de 85,89 ± 22,17 mg/dL e de 141,11 ± 26,49 e os triglicerídeos de 127,19 ± 51,29 mg/dL e de 132,02 ± 48,98 mg/dL. Na classificação das similaridades maternas, o índice de massa corporal dos recém-nascidos ao nascimento teve diferença significativa e aos seis meses o Escore Z Peso/Idade (p < 0,05). O colesterol total dos recém-nascidos teve valores desejáveis independente da Classe selecionada. Já os triglicerídeos apresentam valores acima dos desejáveis para a Classe 1 e Classe 2, conforme o novo Consenso Brasileiro. Para o recém-nascido apenas o índice de massa corporal e os triglicerídeos apresentaram médias semelhantes nos dois momentos. Entre as variáveis analisadas foi possível observar que as dosagens bioquímicas dos recém-nascidos sofrem influências das mesmas dosagens maternas (p < 0,10). Os escores de crescimento dos recém-nascidos sofrem influências das variáveis antropométricas observadas nas mães (p < 0,05). A caracterização glicêmica e o colesterol total dos recém-nascidos estiveram de acordo com os parâmetros esperados, o que não aconteceu com os triglicerídeos que apresentaram parâmetros acima dos valores desejáveis para esta faixa etária
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Impacto da pressão arterial sobre os marcadores metabólicos, inflamatórios e hemodinâmicos em pacientes com síndrome metabólica / Impact of blood pressure on the metabolic, hemodynamic and inflammatory markers in patients with metabolic syndromeJuliana dos Santos Gil 17 December 2014 (has links)
Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) é uma condição clínica caracterizada pela agregação de fatores de risco cardiovascular em um mesmo indivíduo. No entanto, a definição da SM é heterogênea e baseada em opiniões de especialistas de diferentes Organizações Médicas. Além disto, não está claro o papel relativo de cada componente da SM ou se existe um componente de maior importância. A maior parte da literatura tem focado no papel da gordura abdominal como eixo principal da SM. No entanto, o potencial papel de um outro componente da SM - o aumento da pressão arterial (PA) - ainda é pouco estudado. O aumento da PA está frequentemente associado com um aumento da atividade simpática que por sua vez pode contribuir para a alterações cardiovasculares na SM. Avaliamos essa hipótese estudando indivíduos com SM de acordo com a presença (MS+PA) ou ausência (MS-PA) do critério de aumento da PA. Métodos: Estudamos 75 pacientes consecutivos com diagnóstico recente de SM (critérios da ATPIII). Foram excluídos pacientes com obesidade mórbida, hipertensão arterial grave, formas secundárias de hipertensão arterial, diabetes em tratamento, fumantes, doença crônica e uso regular de medicamentos (inclusive para hipertensão arterial e diabetes). Dividimos em 2 grupos de acordo com critério do aumento da PA. Exames de sangue em jejum foram colhidos para testes bioquímicos e para níveis de citocinas. Parâmetros antropométricos, avaliação hemodinâmica não invasiva (volume sistólico, debito cardíaco, resistência vascular sistêmica e distensibilidade das artérias) pelo Hypertension Diagnostics Incorporation (HDI), análise espectral derivada da medida da PA batimento-batimento (Finometer) e sensibilidade barorreflexa (BRS) foram medidas em todos os indivíduos. Resultados: Pacientes com SM+PA (N=30) tenderam a ser mais velhos (38±11 vs 45±9 anos; p=0.061) do que os com SM-PA (N=45). Não houve diferenças em relação ao sexo, raça e dados antropométricos inclusive índice de massa corpórea, medida da cintura e relação cintura quadril. Em relação aos pacientes com SM-PA, os pacientes com SM+PA tiveram níveis mais elevados de glicose (97±8 vs. 102±7 mg/dL, p=0,013), insulina (10±4 vs. 21±20.0 U/mL, p=0.007), índice de HOMAir (2,5±1.0 vs. 5,4±5,2, p=0.006), colesterol total (194±33 vs. 221±43mg/dL, p=0.001), LDL-c (119±27 vs. 145±39 mg/dL, p=0.002), triglicérides (130±51 vs. 176±65 mg/dL, p=0.005), acido úrico (4,6±1,2 vs. 5,6±1,3 mg/dL, p=0.001), HDL-c nas mulheres (51±10,6 vs. 43±7,6 mg/dL, p=0,002). Os indivíduos com SM+PA também tiveram os níveis mais elevados de RBP 4, PAI-1, interleucina 6, MCP-1 e os níveis de adiponectina foram mais baixos do que pacientes com SM-PA. Além disto, pacientes com SM+PA apresentaram maior resistência vascular, aumento da rigidez de grandes e pequenas artérias, aumento da atividade simpática e diminuição da sensibilidade barorreflexa do que aqueles com SM-PA. Vários destes parâmetros permaneceram independentemente associados com a presença de SM+PA na análise de regressão logística. Conclusões: Pacientes com SM+PA tiveram piores alterações metabólicas, pró-inflamatórias, pró-trombóticas, vasculares, hemodinâmicas e o controle autonômico quando comparados aos pacientes com SM-PA. Estes achados não foram influenciados por diferenças na composição corporal e reforçam não só a heterogeneidade da SM mas a importância relativa do aumento da PA neste contexto / Introduction: Metabolic syndrome (MS) is a clinical condition characterized by the aggregation of cardiovascular risk factors in the same individual. However, the definition of MS is heterogeneous and based on expert opinions from different Medical Organizations. Furthermore, it is unclear the relative role of each component of the SM or if there is a component of most importance. Most of the literature has focused on the role of abdominal fat as the main component of the MS. However, the potential role of another component of MS - increased blood pressure (BP) - is still poorly studied. The increase in BP is often associated with increased sympathetic activity which in turn may contribute to cardiovascular changes in MS. Evaluate this hypothesis by studying subjects with MS in according with the presence ( MS+ BP) or absence (MS-BP) of increased blood pressure criteria. Methods: We studied 75 consecutive patients with newly diagnosed MS (ATPIII criteria). Patients with morbid obesity, severe hypertension, secondary forms of hypertension, under diabetes treatment, smoking, chronic disease, regular use of medications (including hypertension and diabetes) were excluded. We divided into 2 groups according to criteria of increased BP. Fasting blood examinations were collected for biochemical tests and cytokine levels. Anthropometric, hemodynamic variables (stroke volume, cardiac output, systemic vascular resistance and elasticity of the arteries) by Hypertension Diagnostics Incorporation (HDI), analysis of BP (Finometer) and baroreflex sensitivity (BRS) were measured in all subjects. Results: Patients with MS - BP (N = 30) tended to be older (38 ± 11 vs 45 ± 9 years; p = 0.061) than those with MS-BP (N = 45). There were no differences with regard to sex, race, and anthropometric data including body mass index, waist circumference and waist-hip ratio. Compared to patients with SM-PA, patients with MS + BP had higher glucose levels (97 ± 8 vs. 102 ± 7 mg / dL, p = 0.013), insulin (10 ± 4 vs. 21 ± 20.0 U / ml, p = 0.007), homair index (2.5 ± 1.0 vs. 5.4 ± 5.2, p = 0.006), total cholesterol (194 ± 33 vs. 221 ± 43 mg / dl, p = 0.001) , LDL-c (119 ± 27 vs. 145 ± 39 mg / dl, p = 0.002), triglycerides (130 ± 51 vs. 176 ± 65 mg / dl, p = 0.005), urc acid (4.6 ± 1 2 vs. 5.6 ± 1.3 mg / dL, p = 0.001) and HDL-c in females (51 ± 43 vs. 10.6 ± 7.6 mg / dl, p = 0.002). Individuals with MS + BP also had the highest levels of RBP 4, PAI-1, interleukin-6, MCP-1 and adiponectin levels were lower than patients with MS-BP. Furthermore, patients with MS + BP had higher vascular resistance, increased stiffness of large and small asrteries, increased sympathetic activity and decreased baroreflex sensitivity than those with MS-BP. Several of these parameters remained independently associated with the presence of MS + BP in logistic regression analysis. Conclusions: Patients with MS + BP had worse metabolic, inflammatory pro, pro-thrombotic, vascular, hemodynamic and autonomic control compared with patients with MS-BP. These findings were not influenced by differences in body composition and reinforce not only the heterogeneity of MS but the relative importance of increased BP in this context
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Mecanismos associados ao desenvolvimento das complicações cardiometabólicas em SHR submetidos à sobrecarga de frutose: papel do treinamento físico aeróbio / Mechanisms associated with cardiometabolic dysfunctions development in SHR submitted to fructose overload: role of aerobic exercise trainingNathalia Bernardes 10 May 2016 (has links)
Neste estudo testamos a hipótese que alterações no controle autonômico precedem alterações cardiometabólicas em animais espontaneamente hipertensos tratados com frutose (SHR). Adicionalmente avaliamos os efeitos do treinamento físico aeróbio (TFA) no curso temporal das disfunções observadas neste modelo de síndrome metabólica. Para isso, foram utilizados ratos machos Wistar e SHR divididos em grupos (n=8): Controle (C), Hipertenso (H), Hipertenso+Frutose (HF) e Hipertenso+Frutose+Treinamento Físico (HFT). A sobrecarga de frutose (100g/L) e o TFA (esteira: 1h/d., 5d/sem.) foram iniciados 30 dias após o nascimento dos animais. Os grupos experimentais foram divididos em subgrupos que foram avaliados após 7, 15, 30 e 60 dias de protocolo. A partir dos 7 dias de protocolo a associação da hipertensão ao consumo de frutose (grupo HF) induziu redução da sensibilidade barorreflexa para respostas bradicárdicas (RB) e taquicárdicas (RT) em comparação ao grupo C; observando-se redução adicional da RB no grupo HF em relação ao grupo H (7 dias: -40% e 15 dias: -36%). A reatividade vascular à fenilefrina (8ug/ml: 7 aos 60 dias) estava prejudicada nos grupos H e HF em relação ao C; com prejuízo adicional do grupo HF ao nitroprussiato de sódio na dose de 20ug/ml (15 aos 60 dias de protocolo vs. C). Além disso, aos 15 e 30 dias de protocolo, o grupo HF apresentou um aumento marcante do TNFalfa e IL-6 no tecido adiposo e de IL-1beta no baço em relação aos grupos C e H. Houve redução de nitritos plasmáticos no grupo HF em 15 (55%) e 30 dias (58%) vs. o grupo C, acompanhado de aumento do peróxido de hidrogênio em 30 dias vs. o grupo H (98%). Em relação as defesas antioxidantes, o grupo HF apresentou menor atividade da superóxido dismutase (SOD) vs. os grupos C (15 dias: 36%, 30 dias: 31% e 60 dias: 47%) e H (15 dias: 25%, 30 dias: 21% e 60 dias: 43%), sem alterações significantes na catalase e no potencial antioxidante total. O grupo HF teve maior lipoperoxidação e oxidação de proteínas vs. os grupos C (46% e 117%) e H (49% e 45%) somente aos 60 dias de protocolo. A partir de 15 dias de protocolo foram observadas alterações metabólicas no grupo HF, como o aumento dos triglicerídeos plasmáticos em relação aos grupos C (15 dias: 20%; 30 dias: 19%; 60 dias: 23%) e H (15 dias: 19%; 30 dias: 21%; 60 dias: 24%); aumento da insulina plasmática em comparação ao grupo C (30 dias: 160% e 60 dias: 260%); e redução da sensibilidade à insulina em relação aos grupos C (17%) e H (17%) em 60 dias de protocolo. Além das alterações metabólicas, houve aumento progressivo da pressão arterial (PA) nos grupos hipertensos, com aumento adicional da PA no grupo HF em relação ao grupo H em 30 dias (8%) e 60 dias de protocolo (11%). Por outro lado, o treinamento físico aeróbio atenuou parte destas disfunções. Nesse sentido, observamos aumento da sensibilidade barorreflexa no grupo HFT para as RB em 7 (100%), 15 (86%), 30 (76%) e 60 dias de protocolo (74%) e para as RT em 7 (34%), 15 (31%) e 30 dias de protocolo (49%) vs. grupo HF. Entretanto, o treinamento físico não atenuou o prejuízo na RT em 60 dias de protocolo e na reatividade vascular. Houve redução da razão entre TNF-alfa/IL-10 no tecido adiposo (40%) e da IL-1beta no baço (30%) no grupo HFT em relação ao grupo HF em 15 dias; todavia o TNF-alfa foi maior no baço no grupo HFT em 60 dias de protocolo em relação aos seus valores iniciais. Os nitritos plasmáticos estavam aumentados no grupo HFT quando comparado ao grupo HF em 7 e 15 dias de protocolo. Em relação ao estresse oxidativo, aos 60 dias de protocolo, observou-se aumento da SOD (74%) e redução da lipoperoxidação (46%) e do dano à proteína (60%) no plasma do grupo HFT em relação ao grupo HF. O treinamento físico reduziu a glicemia (15%) e aumentou a sensibilidade à insulina (31%) ao final do protocolo, apesar de não alterar os triglicerídeos sanguíneos ou a PA. Concluindo, os resultados demonstram que disfunções hemodinâmicas, autonômicas, inflamatórias e de estresse oxidativo são tempo dependente em animais SHR e que a associação ao consumo de frutose induz prejuízos adicionais. Além disto, a disfunção do barorreflexo precede as alterações hemodinâmicas, metabólicas, de inflamação e de estresse oxidativo nesse modelo. Por outro lado, o treinamento físico aeróbio foi eficaz em atenuar parte das disfunções neste modelo de síndrome metabólica / This study tested the hypothesis that changes in autonomic control precede cardiometabolic changes in spontaneously hypertensive rats (SHR) treated with fructose. Additionally, the effects of aerobic exercise training (AET) were evaluated in the time course of the dysfunctions observed in this metabolic syndrome model. Wistar and SHR rats were divided into groups (n=8/group): control (C), hypertensive (H), hypertensive + fructose (HF) and hypertensive + fructose + AET (HFT). The fructose overload (100g/l) and the AET (treadmill 1h/d, 5d/wk) was initiated at 30 days of life. The experimental groups were divided into subgroups, which were evaluated after 7, 15, 30 and 60 days of protocol. Since 7 day of protocol the association of hypertension and fructose consumption (HF group) induced a reduction in baroreflex sensitivity for bradycardic (BR) and tachycardia responses (TR) when compared to the C group; there was an additional reduction of BR in the HF group when compared to the H group (7 days: 40% and 15 days: 36%). The vascular reactivity to phenylephrine (8ug/ml: 7 to 60 days) was impaired in H and HF groups when compared to the C group; it was observed an additional impairment in the HF group to sodium nitroprusside at the dose of 20?g/ml (15 to 60 days of protocol vs. C). Additionally, at 15 and 30 day of protocol, the HF group showed an increase in TNFalfa and IL-6 in adipose tissue and in IL-1beta in the spleen when compared to C and H groups. There was a reduction in plasma nitrites in the HF group in 15 (55%) and 30 days of protocol (58%) vs. the C group, accompanied by an increase of the hydrogen peroxide in 30 days vs. H group (98%). Regarding the antioxidant defenses, the HF group showed reduced superoxide dismutase (SOD) activity as compared to C (15 days: 36%, 30 days: 31% and 60 days: 47%) and H groups (15 days: 25% 30 days: 21% and 60 days: 43%), without significant changes in catalase and in total antioxidant potential. The HF group had increased lipid peroxidation and protein oxidation vs. the C (46% and 117%) and H groups (49% and 45%) only at 60 days of protocol. Since 15 day of protocol, the metabolic changes were observed in the HF group, such as an increase in plasma triglycerides in HF group when compared to the C (15 days: 20%; 30 days: 19%; 60 days: 23%) and H groups (15 days 19%; 30 days: 21%, 60 days: 24%). It was observed an increase in plasma insulin in the HF group when compared to the C group (30 days: 160% and 60 days: 260%); and a decrease in insulin sensitivity in HF group when compared to the C (17%) and H groups (17%) at 60 days of protocol. In addition to metabolic changes, there was a progressive increase in blood pressure (BP) in hypertensive groups. There was a further increase in BP in the HF group when compared to the H group in 30 days (8%) and 60 days of protocol (11%). On the other hand, AET attenuated part of these dysfunctions. Accordingly, we observed an increase in baroreflex sensitivity in HFT group for BR at 7 (100%), 15 (86%), 30 (76%) and 60 days of protocol (74%) and for TR in 7 (34%), 15 (31%) and 30 days of protocol (49%) as compared to the HF group. However, the AET did not attenuate the impairment in TR at 60 days of protocol nor the vascular reactivity dysfunction. There was a reduction in the relation of TNF-alfa/IL-10 in fat tissue (40%) and IL-1beta in the spleen (30%) in the HFT group when compared to the HF group in 15 days of protocol. However, the TNF-alfa in spleen was higher in the HFT group at 60 days of protocol when compared to its initial values. The nitrites in plasma were increased in HFT group as compared to the HF group at 7 and 15 days of protocol. Regarding oxidative stress in plasma at 60 days of protocol, there was an increase in SOD activity (74%) and a decrease in lipid peroxidation (46%) and in protein oxidation (60%) in the HFT group when compared to the HF group. The AET reduced blood glucose (15%) and increased insulin sensitivity (31%) at the end of the protocol, although it did not alter blood triglycerides or BP. In conclusion, the results show that hemodynamic, autonomic, inflammatory and oxidative stress disorders are time dependent in SHR and that the association of fructose overload induces additional impairments. Furthermore, the baroreflex dysfunction precedes hemodynamic, metabolic, inflammatory and oxidative stress disorders in this model. On the other hand, the aerobic exercise training was effective in attenuate disorders in this model of metabolic syndrome
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Influência do Treinamento Físico em parâmetros cardíacos, vasculares, inflamatórios e de estresse oxidativo em um modelo de menopausa e síndrome metabólica no envelhecimento / Training influence in cardiac, vascular, inflammatory and oxidative stress parameters in a model of menopause and metabolic syndrome in agingJacqueline Freire Machi 25 June 2015 (has links)
Em 2013, a população idosa mundial era de 841 milhões e espera-se que aumente mais de três vezes até 2050. Neste sentido, a expectativa de vida das mulheres tem sido maior do que a dos homens. Apesar das doenças cardiovasculares (DCV) se desenvolverem mais tarde nas mulheres do que nos homens ela ainda é a principal causa de morte em mulheres. Adicionalmente, o aumento do consumo calórico, especialmente carboidratos refinados e frutose, tem sido correlacionado com o aumento de síndrome metabólica (SM). Estes dados confirmam que a idade, maus hábitos alimentares e o gênero têm uma importância significativa na incidência de risco cardiovascular. Evidências consistentes sobre os benefícios do treinamento físico nas alterações cardiovasculares, metabólicas e autonômicas associadas a DCV, têm levado muitos pesquisadores a sugerirem o treinamento físico regular como um procedimento não farmacológico importante na prevenção e tratamento de diferentes patologias. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi investigar o papel do treinamento físico sobre os efeitos do envelhecimento e da ingestão de frutose em parâmetros metabólicos, cardiovasculares, inflamatórios e de estresse oxidativo em ratas submetidas à privação dos hormônios ovarianos. Métodos: Os experimentos foram realizados ratos Wistar fêmeas (n=56), jovens (3 meses) e idosas (22 meses) divididas nos seguintes grupos: jovem controle sedentária (JCS), jovem ooforectomizada sedentária (JOS), idosa controle sedentátia (ICS), idosa ooforectomizada sedentária (IOS), idosa ooforectomizada frutose (IOF), idosa ooforectomizada treinada (IOT) e idosa ooforectomizada frutose treinada (IOTF). A ovariectomia foi realizada por remoção dos ovários de forma bilateral. Os grupos frutose foram tratados com D-frutose (100g / L) na água de beber durante 10 semanas. O treinamento físico foi realizado em esteira durante 8 semanas. A morfometria e a função cardíaca foram avaliadas por ecocardiografia. A pressão arterial (PA) e a frequência cardíaca (FC) foram avaliadas pelo registro direto através de um sistema de PA para aquisição de dados. A sensibilidade do barorreflexo (SBR) foi avaliada pelas respostas de taquicardia (RT) e bradicardia (RB) às reduções e aumentos da PA, respectivamente. O. controle autonômico foi avaliado pelo bloqueio farmacológico por atenolol e atropina. O stress oxidativo foi medido em tecido cardíaco e hepático e o perfil inflamatório avaliado no plasma. Os resultados foram apresentados em 2 protocolos. No primeiro, os efeitos do envelhecimento e da ooforectomia em animais jovens e idosos foram descritos descritos. No segundo, foram avaliados os efeitos do treinamento físico em ratas idosas ooforectomizadas. Resultados do primeiro protocolo: O envelhecimento ou a privação dos hormônios ovarianos promoveram aumento no peso corporal, na gordura e na concentração de triglicérides, uma redução da sensibilidade à insulina e na capacidade de exercício, disfunção diastólica do VE e aumento no índice de desempenho miocárdico (IDM). O envelhecimento e a privação dos hormônios aumentaram o tônus simpático e diminuíram o tônus vagal. A PAM aumentou nos grupos ooforectomizados jovens (117±2 vs 107±1 mmHg) e envelhecidos (119±2 vs 110±2 mmHg) e a FC não se modificou enquanto a variabilidade da FC estava reduzida nos grupos velhos. O envelhecimento se caracterizou por maior concentração de algumas citocinas inflamatórias (IL-6 e TNF- ? ). As enzimas antioxidantes estavam aumentadas nos grupos ooforectomizados e o dano a proteínas foi maior nas idosas ooforectomizadas. O aumento do tecido adiposo nos grupos jovens e idosos ooforectomizados ou não, se correlacionou com o aumento da IL-6 e do efeito simpático assim como com a redução da sensibilidade a insulina. O TNF- ? foi inversamente associado com a razão GSH/GSSG e diretamente com a função cardíaca global (IDM) que foi inversamente associada com a capacidade física. Resultados do segundo protocolo: A associação da síndrome metabólica (tratamento com frutose) com ooforectomia induziu disfunção exacerbada de alguns parâmetros como, aumento do peso corporal, tecido adiposo, efeito simpático, balanço simpato vagal, variabilidade da PAS e estresse oxidativo. No entanto, quando foi realizado o treinamento físico, ouve uma diminuição do tecido adiposo (IOT: 3,94 ± 0,44; IOTF: 5,28 ± 0,66 g) e da resistência à insulina (IOT: 4,89 ± 0,14; IOTF: 5, 12 ± 0,43 mg / dl / min) em comparação com os grupos sedentários (IOS: 6,27 ± 0,62, IOFS: 10,7 ± 0,61 g), (IOS: 3,18 ± 0,31 ; IOFS: 3,59 ± 0,55 mg / dl / min). O treinamento físico aumentou a capacidade física (IOT: 19,99 ± 0,89, IOTF: 17,55 ± 1,05 vs. IOS: 10,52 ± 0,87; IOSF: 10,34 ± 0,59 min). Os resultados hemodinâmicos demonstraram que o treinamento físico atenuou o aumento da PAM induzido por ovariectomia e / ou sobrecarga de frutose (IOT: 103,3 ± 1,0; IOTF: 107 ± 1,1 vs .: IOS: 119,1 ± 1, 86; IOSF: 119,1 ± 2,7 mmHg) e reduziu a FC basal (IOT: 302,1 ± 13,20 IOTF: 306,40 ± 8,2 vs: IOS: 389,53 ± 20,10, IOSF: 348 , 93 ± 17,55 bpm). O tônus simpático foi menor nos grupos treinados (IOT: 62, 2 ± 3,1; IOTF: 51,2 ± 7,1) em relação aos grupos com sobrecarga de frutose e ou ooforectomizadas (IOS: 102,6 ± 12,3; IOSF: 85, 39 ± 3,75 batimentos / min). O tônus vagal aumentou apenas no grupo treinado sem frutose (IOT: 44, 76 ± 5,87 vs IOFT: 22,87 ± 3,38; IOS: 17,14 ± 4,21; IOSF: 9,21 ± 2, 82 batidas / min). Os grupos IOT e IOTF apresentaram bradicardia reflexa melhorada em relação aos grupos sedentários (IOT: -1,74 ± 0,12; IOFT: -1,77 ± 0,15 vs 0,93 ± IOS-0,07 ; IOSF: -1,21 ± 0,12 bpm / mmHg). A modulação simpática da PAS estava reduzida nos grupos treinados (IOT: 3,33 ± 0,50; IOFT: 4,60 ± 0,65 vs: IOS: 6,03 ± 0,95; IOSF: 7,07 ± 0, 49 mmHg). Finalmente, os grupos IOT e IOTF apresentaram melhor função diastólica com menor tempo de relaxamento isovolumétrico (TRIV) (IOS: 3,08 ± 0; 21; IOSF: 2,9 ± 0,24; IOT: 1,98 ± 0,15; IOTF: 2,72 ± 0,2 ms), relação E / A (IOS: 1,60 ± 0,06 IOSF: 1,62 ± 0,05; IOT: 1,41 ± 0,17; IOTF: 1,66 ± 0,08 ms), e função global cardíaca (MPI) (IOS: 0,40 ± 0,06; IOSF: 0,46 ± 0,10; IOT: 0,14 ± 0,03; IOTF: 0 , 29 ± 0,04). O peso do tecido adiposo se associou positivamente com os níveis plasmáticos de IL-1B e com o efeito simpático e inversamente com a sensibilidade à insulina e com a sensibilidade barorreflexa. O tônus vagal foi positivamente relacionado com a razão redox da glutationa e com a função sistólica. De forma semelhante, os níveis de IL-6 foram positivamente associados com o índice de função cardíaca global. A melhora da capacidade física foi associada com a melhora autonômica e da função cardíaca. Nossos resultados demonstraram que o envelhecimento potencializou os efeitos deletérios cardíacos e funcionais da privação dos hormônios ovarianos em ratas, provavelmente associados à disfunção autonômica, à inflamação e ao estresse oxidativo. No entanto, o treinamento físico após a privação dos hormônios ovarianos, com ou sem sobrecarga de frutose, foi capaz de modular favoravelmente a função autonômica, reduzindo marcadores de inflamação e estresse oxidativo, e consequentemente induzindo melhora na função cardíaca e na capacidade física / In 2013 the world elderly population was 841 million and it is expected to increase more than three times in 2050. In this sense, women\'s life expectancy has been higher than men. In addition CVD develops later in women than in men and is still the major cause of death in women. Additionally increased caloric consumption, especially refined carbohydrates and fructose, has been correlated with the metabolic syndrome (MS) increase. These data, confirm that the age, habits and gender have a significant importance in the incidence of cardiovascular risk. Constant evidences of cardiovascular, metabolic and autonomic benefits of chronic exercise training have led many researchers to suggest a regular physical training as an important non-pharmacological procedure in the prevention and treatment in pathologies conditions. In this sense, the objective of this study was to investigate the effects of aging and fructose on metabolic, cardiovascular, inflammatory and oxidative stress parameters in female rats submitted to ovarian hormone deprivation (OVX), as well as the role of exercise training in this condition. Methods: experiments were performed on 56 female rats. Sixteen young rats with 3 months of age and forty old rats with 22 month of age (n = 8 in each group) were divided into: adult control (JCS), ovariectomized sedentary (IOS), aged sedentary control (ICS), aged ovariectomized sedentary (IOS), aged ovariectomized fructose (IOF), aged ovariectomized trained (IOT) and aged ovariectomized trained fructose (IOTF). Ovariectomy was performed by bilateral ovaries removal. Fructose-fed rats received D-fructose (100g/L) in drinking water for 10 weeks. The exercise training was performed on a treadmill for 8 weeks. Cardiac morphometric and function were evaluated by echocardiography. Blood pressure (BP) and heart rate (HR) were evaluated by recording direct through a PA system for data acquisition. The baroreflex sensitivity (SBR) was evaluated by tachycardic (RT) and bradycardic (RB) responses. Autonomic control was assessed by vagal and sympathetic tonus and effect. Oxidative stress was measured in cardiac and hepatic tissue and inflammatory profile in plasma. Results: Aging or OVX promoted an increase in body and fat weight, triglyceride concentration and a reduction in insulin sensitivity and exercise capacity. Left ventricular diastolic dysfunction and increased cardiac overload (IPM) were observed in old compared to young groups. Aging and OVX lead to increase in sympathetic tonus, vagal tonus was lower just in old groups. TNF-? was higher in ICS when compared to JCS. IL-6 was increased in old compared young groups. Glutathione redox balance was reduced in JOS, ICS and IOS groups when compared to JCS, indicating increased oxidative stress. The association of metabolic syndrome with ovariectomy induced exacerbation of some dysfunctions, such as increase in body weight, adipose tissue, sympathetic effect, LF/HF balance, VARR PAS and stress oxidative. However when the animal did exercise training decreased the adipose tissue (IOT: 3.94± 0.44; IOTF: 5.28± 0.66 g) and insulin resistance (IOT: 4.89±0.14; IOTF: 5.12±0.43 mg/dl/min) compared with the sedentary groups (IOS: 6.27 ±0.62, IOFS: 10.7 ±0.61 g), (IOS: 3.18±0.31; IOFS: 3.59 ±0.55 mg/dl/min). Exercise training increased physical capacity (IOT: 19.99 ±0.89, IOTF: 17.55 ±1.05 vs. IOS: 10.52± 0.87; IOSF: 10.34± 0.59 Min). Hemodynamic results demonstrated that the exercise training attenuated the increase in MBP induced by ovariectomy and/or overload of fructose (IOT: 103.3 ± 1.0; IOTF: 107±1.1 vs.: IOS: 119.1± 1.86; IOSF: 119.1±2.7 mmHg) and reduced the basal HR (IOT: 302.1±13.20; IOTF: 306.40±8.2 vs: IOS: 389.53±20.10, IOSF: 348.93±17.55 bpm). The sympathetic tonus was lower in exercise training groups (IOT: 62. 2± 3.1; IOTF: 51.2±7.1) compared to ovaryectomized and fructose overload groups (IOS: 102.6±12.3; IOSF: 85.39±3.75 beats/min). Vagal tonus was increased only in the trained group without fructose (IOT: 44.76± 5.87 vs IOFT: 22.87± 3.38; IOS: 17.14± 4.21; IOSF: 9.21±2.82 beats/min). IOT and IOTF groups presented reflex bradycardia similar and was observed to be higher than the sedentary groups (IOT: -1.74±0.12; IOFT: -1.77±0.15 vs IOS-0.93±0.07; IOSF: -1.21±0.12 bpm/mmHg). Sympathetic modulation of SAP was reduced in exercise training groups (IOT: 3.33±0.50; IOFT: 4.60 ±0.65 vs: IOS: 6.03±0.95; IOSF: 7.07 ±0.49 mmHg). Finally, the groups T and TF showed better diastolic function with lower isovolumetric relaxation time (IVRT) (IOS:3.08±0.21; IOSF:2.9±0.24; IOT: 1.98±0.15; IOTF: 2.72±0.2 ms), E/A ratio (IOS:1.60±0.06; IOSF:1.62±0.05; IOT:1.41±0.17; IOTF:1.66±0.08 ms), and cardiac global function by the myocardial performance index MPI (IOS:0.40±0.06; IOSF:0.46±0.10; IOT: 0.14±0.03; IOTF: 0.29±0.04). Our findings demonstrated that aging potentialized the deleterious cardiac and functional effects of OVX in rats, probably associated with exacerbated autonomic dysfunction, inflammation and oxidative stress. However, exercise training after ovarian hormone deprivation, with or without fructose overload, was able to positively modulate the autonomic function, reducing inflammatory and oxidative stress markers, consequently inducing improvement on cardiac function and physical capacity
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Adiponectina, perfil metabólico e risco cardiovascular em pacientes com síndromes coronarianas agudas / Adiponectin, metabolic profile and cardiovascular risk in patients with acute coronary syndromesGustavo Bernardes de Figueiredo Oliveira 11 August 2011 (has links)
O tecido adiposo é considerado não somente uma fonte de energia estocável, mas principalmente um órgão endócrino que secreta várias citoquinas, as quais podem contribuir para o desenvolvimento de doenças relacionadas à obesidade, incluindo o diabetes mellitus e a doença vascular aterosclerótica. Dentre esse pool de moléculas, a adiponectina (Arcp30, AdipoQ, apM1, ou GBP28), uma nova proteína semelhante ao colágeno, foi descoberta como uma citoquina específica do adipócito. Neste estudo, realizamos a determinação dos níveis séricos da adiponectina em uma amostra de pacientes hospitalizados com SCA e, posteriormente, avaliamos a associação com os eventos cardiovasculares no seguimento clínico. Método: avaliamos 114 pacientes com SCA de ambos os sexos neste estudo de corte transversa com seguimento clínico mediano de 18 meses. Realizamos análise de regressão multivariada de Cox para identificar associação independente entre adiponectina e o risco subsequente de óbito CV, IAM não-fatal, AVE não-fatal, e rehospitalização com revascularização. Também comparamos os diversos biomarcadores metabólicos, inflamatórios, de coagulação e de necrose miocárdica por quartis de adiponectina. Resultados: Adiponectina não correlacionou-se de modo independente com o risco CV, tanto na análise univariada quanto nos modelos de Cox. Das variáveis metabólicas, a única com valor preditivo para os desfechos primário e co-primário foi a glicemia de jejum, com OR ajustado=1,06 (IC95% 1,01-1,11), p=0,016, e OR ajustado=1,10 (IC95% 1,03-1,17), p=0,003, ambos para incrementos de 10 na glicemia de jejum. Conclusões: Adiponectina não se mostrou variável independente de risco cardiovascular nesta amostra de pacientes com SCA. A glicemia de jejum foi a única variável metabólica com valor preditivo independente para os desfechos cardiovasculares. / Background: The adipose tissue is considered not only an energy resource stock, but mainly an endocrine organ that secretes several cytokines, which may contribute to the development of diseases related to obesity, including diabetes mellitus and the atherosclerotic vascular diseases. Within this pool of molecules, adiponectin (Arcp30, AdipoQ, apM1, or GBP28), a novel protein similar to collagen, was discovered as an adipocyte-specific cytokine. In this study, we determined the serum levels of adiponectin in a sample of patients hospitalized with acute coronary syndromes (ACS), and subsequently we evaluated the association with the cardiovascular events during the follow-up phase. Methods: we evaluated 114 patients with ACS of both genders in this cross-sectional study with a median follow-up of 18 months. We performed a proportional multiple regression analysis of Cox to identify independent association between adiponectina and risk of cardiovascular death, non-fatal acute MI, non-fatal CVA, and rehospitalization requiring revascularization. We also compared the various biomarkers of metabolism, inflammation, coagulation, and of myocardial necrosis divided by quartiles of adiponectin. Results: Adiponectin did not correlate independently with CV risk, either on univariate analysis or on the multiple regression models of Cox. Among the metabolic biomarkers, the only variable with predictive value for the primary and co-primary endpoints was fasting glucose, with an adjusted OR=1,06 (95%CI 1,01-1,11), p=0,016, and adjusted OR=1,10 (95%CI 1,03-1,17), p=0,003, both for increments of 10. Conclusions: Adiponectin was not an independent risk factor for cardiovascular risk in this sample of ACS patients. Fasting glucose was the only metabolic biomarker with a significant and independent predictive value for cardiovascular outcomes.
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Ingestão de ferro: consumo dietético e associação com resistência à insulina e síndrome metabólica na era da fortificação mandatória / Iron intake: dietary intake and its association with insulin resistance and metabolic syndrome in the era of mandatory fortificationDiva Aliete dos Santos Vieira 09 December 2016 (has links)
Introdução: A fortificação mandatória de ferro foi implantada no Brasil em 2004 com o intuito de combater a deficiência desse micronutriente. No entanto, alguns estudos indicam que o consumo excessivo de ferro pode estar relacionado ao desenvolvimento de síndrome metabólica, resistência à insulina e alterações do metabolismo lipídico. Objetivos: Avaliar a ingestão de ferro antes e após a implementação da política de fortificação mandatória, investigar a associação da ingestão de ferro heme, não heme e total com a síndrome metabólica e seus componentes, avaliar o papel da ingestão do ferro heme, não heme e total na resistência à insulina mediado pela interleucina-6, malondialdeído e leptina. Metodologia: Os dados foram provenientes de dois estudos transversais de base populacional (ISA-Capital 2003 e 2008), conduzidos em amostra representativa de residentes do município de São Paulo, de ambos os sexos e com idade superior a 12 anos. O consumo alimentar foi avaliado por meio de recordatórios de 24 horas e utilizou-se um questionário estruturado para obter informações socioeconômicas, demográficas e de estilo de vida. Coletou-se amostras de sangue em jejum de 12h para as análises bioquímicas e aferiu-se pressão arterial, peso, estatura e circunferência da cintura. Os analitos avaliados foram glicemia plasmática de jejum, insulina sérica de jejum, triglicerídeos plasmáticos, lipoproteína de alta densidade, malondialdeído, proteína C reativa ultrassensível, interleucina-6 e leptina sérica. As análises estatísticas foram realizadas utilizando os softwares Stata®, versão 13 e Mplus®, versão 7.4, com nível de 7 significância de 0,05. Resultados: A média do consumo de ferro aumentou em todas as faixas etárias no período pós-fortificação. Houve uma redução superior a 90 por cento na prevalência de inadequação dos homens em todas as faixas etárias, no entanto, apesar da substancial redução nas mulheres em idade fértil (63 por cento ), estas ainda possuem alta prevalência de inadequação desse micronutriente (34 por cento ). Maior ingestão de ferro total (OR=3,98; IC 95 por cento =1,2113,12) e não heme (OR= 2,92; IC 95 por cento =1,10-7,72) foram positivamente associadas a hiperglicemia. Houve uma associação positiva entre maior ingestão de ferro heme com síndrome metabólica (OR=2,39; IC 95 por cento =1,105,21) e concentrações elevadas de triglicérides (OR=2,51; IC 95 por cento =1,065,91). A ingestão de ferro heme, não heme e total tiveram um efeito direto e positivamente associado às concentrações de interleucina-6 e negativamente associado às concentrações de malondialdeído. Observou-se um efeito indireto da ingestão do ferro heme, não heme e total na resistência à insulina mediado pela interleucina-6. Conclusão: Este estudo sugere que os diferentes tipos de ferro estão associados a importantes fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis. Assim, o monitoramento da adição de ferro na farinha de trigo e milho é essencial para garantir uma ingestão ferro segura para toda a população. / Introduction: The mandatory fortification of foods with iron was initiated in Brazil in 2004 with order to combat this micronutrient deficiency. However, some studies indicate that excessive consumption of iron can be related to the development of metabolic syndrome, insulin resistance and alterations in lipid metabolism. Objectives: To assess the iron intake before and after the implementation of the mandatory fortification policy, to investigate the association of haem, nonhaem iron and total iron intake with metabolic syndrome and its components, and to evaluate the role of haem, nonhaem iron, and total iron intake in insulin resistance mediated by interleukin 6, leptin and malondialdehyde. Methods: Data were drawn from two cross-sectional population based studies (ISA-Capital 2003 and 2008), conducted with a representative sample of residents of São Paulo, of both sexes and aged over 12 years old. Dietary intake was measured by two 24-hour dietary recall. Socioeconomic, demographic and lifestyle data were obtained through a structured questionnaire. Blood samples were collected after a 12-hour fasting for biochemical analysis and blood pressure, weight, height and waist circumference were measured. The analytes analysed were fasting plasma glucose, fasting serum insulin, plasma triglyceride, high-density lipoprotein cholesterol, malondialdehyde, C-reactive protein, interleukin-6 and serum leptin. All analyses were performed with Stata®, version 13 e Mplus®, version 7.4, and a p-value < 0.05 was considered statistically significant. Results: The iron intake mean increased in all the population in the post fortification period. The prevalence of inadequate iron intake decreased by over 90 per cent in men in all 9 analyzed age groups. Although despite the substantial decrease (over 63 per cent ), women in reproductive age remain with a high inadequate intake (34 per cent ). Higher total iron intake (OR=3.98, 95 per cent CI=1.21 13.12) and nonhaem iron intake (OR=2.92, 95 per cent CI=1.107.72) were positively associated with hyperglycaemia. There was a positive association between higher haem iron intake with metabolic syndrome (OR=2.39, 95 per cent CI=1.105.21) with elevated triglyceride levels (OR=2.51, 95 per cent CI=1.065.91). Haem, nonhaem iron and total iron intake had a direct and positive effect on levels of interleukin-6 and negative effect on malondialdehyde levels. There was an indirect effect of haem, nonhaem iron and total iron intake on insulin resistance mediated by interleukin-6. Conclusion: This study suggests that the different types of dietary iron are associated with major risk factors of noncommunicable diseases. Thus, monitoring of iron addition in wheat and maize flour is essential to guarantee a safe iron intake for all the population.
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Relação entre as concentrações séricas da vitamina D, polimorfismos do gene do VDR e síndrome metabólica em adultos e idosos / Relationship between serum concentrations of vitamin D, VDR gene polymorphisms and metabolic syndrome in adults individualsNatielen Jacques Schuch 13 December 2011 (has links)
Introdução - O receptor de vitamina D (VDR) é expresso em vários tecidos e quando este se encontra na sua forma ativada, modula a expressão de diversos genes. Esses incluem variações dos níveis circulantes de 1,25(OH) 2 D , variações na densidade mineral óssea, secreção e sensibilidade à insulina em resposta à glicose, suscetibilidade à diabetes tipo 1 e 2, obesidade, dislipidemias e hipertensão arterial. Atualmente, evidências têm sugerido o envolvimento da vitamina D com a síndrome metabólica. Objetivo - Investigar a concentração sérica da vitamina D e sua relação com a síndrome metabólica e avaliar a potencial associação entre estes fatores com a presença de polimorfismos no gene do receptor de vitamina D (VDR) em indivíduos adultos. Métodos - Trata-se de um estudo transversal, onde foram avaliados 372 indivíduos adultos. Foram coletadas amostras sanguíneas para dosagens laboratoriais da 25(OH)D 3 , PTH e exames bioquímicos relacionados à SM, além disso foram realizadas avaliações antropométricas (peso, altura, IMC). A síndrome metabólica (SM) foi classificada usando o critério proposto pelo National Cholesterol Education Program-Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III). A resistência a insulina foi estimada pelo cálculo de HOMA IR e a função da célula pelo cálculo de HOMA . A 25(OH)D foi dosada por HPLC e a insuficiência foi determinada pelo ponto de corte da curva Roc (52,6nmol/l). Foram avaliados também PTH intacto e cálcio sérico. Os polimorfismos BsmI e FokI foram detectados através da digestão das enzimas de restrições específicas para cada polimorfismo e confirmados através da técnica PCR alelo específico (ASPCR) ou amplificação de mutação refratária (ARMs) nos indivíduos com e sem SM (52 por cento vs. 48 por cento , respectivamente). A análise estatística inclui construção da curva ROC, teste T de Student, testes de correlação, teste de equilíbrio de Hardy-Weinberg, ANOVA, regressão logística binária (Odds Ratio). Estas análises foram conduzidas no software SPSS para Windows, versão 18 e p < 0,05 foi considerado significante. Resultados - A idade média dos participantes foi 51(15) anos, o IMC médio 29(6) kg/m 3 2 e 48 por cento apresentaram SM. Como esperado, os 3 indivíduos com SM apresentaram maiores valores de idade 57(12) anos, IMC 32(6) Kg/m , circunferência de cintura 103(13) cm, pressão sistólica 138(17) mmHg e diastólica 83(10) mmHg, glicemia de jejum 98(12) mg/dl, triglicérides 165(76) mg/dl, índices HOMA-IR 2.2(1.7) e 116(95), e menores valores de colesterol HDL colesterol 41(11) mg/dl. Com relação às concentrações séricas de 25(OH)D propostas pela análise da curva ROC, 43 por cento dos indivíduos com SM e 57 por cento dos indivíduos sem SM apresentam insuficiência desta vitamina. Correlações entre 25(OH)D 3 3 com PTH (r = -0.153; p = 0.005) e com circunferência da cintura (r = -0.106; p = 0.05) foram observada em todos os participantes. Considerando os polimorfismos do gene VDR, nos pacientes com SM, não houve associação entre o polimorfismo BsmI e os componentes da SM, HOMA e IR, 25(OH)D e PTH. No entanto, indivíduos sem SM, mas com homozigose para polimorfismo BsmI (genótipo recessivo bb ), apresentaram concentrações mais baixas de 25(OH)D 3 3 do que aqueles com o genótipo BB normal. Além disso, os indivíduos com SM e heterozigose para o polimorfismo FokI (genótipo Ff) têm maiores concentrações de PTH e HOMA do que aqueles com genótipo normal FF. Nesse mesmo grupo, os indivíduos com o genótipo recessivo ff têm maior resistência à insulina do que aqueles com genótipo Ff. Por outro lado, os pacientes sem SM, mas carregando o genótipo Ff, apresentaram maiores concentrações de triglicerídeos e baixos níveis de HDL do que aqueles com genótipo FF. A presença de um alelo f no genótipo (Ff ou ff) é, aparentemente, o suficiente para aumentar os níveis de triglicérides e resistência à insulina, quando comparados ao genótipo normal FF. Conclusão - Os resultados demonstram que o polimorfismo FokI no gene VDR associa-se a resistência à insulina e maiores concentrações de PTH em pacientes que apresentam SM. Além disso, o polimorfismo BsmI associa-se a menores concentrações de 25(OH)D em indivíduos sem SM. Portanto, esses novos dados indicam que polimorfismos no gene do VDR estão associados a diferentes fenótipos dos componentes da SM / Introduction - The vitamin D receptor (VDR) is expressed in many tissues and when it is in its activated form modulates the expression of several genes. These include changes in circulating levels of 1,25(OH)2D3, variations in bone mineral density, sensitivity and secretion of insulin in response to glucose, susceptibility to type 1 and 2 diabetes mellitus, obesity, dyslipidemia and hypertension. Currently, evidences have suggested the involvement of vitamin D with the metabolic syndrome. Objective - To investigate the serum concentrations of vitamin D and its relationship with metabolic syndrome (MS) and to evaluate the potential association between these factors with the presence of polymorphisms in vitamin D receptor gene in individuals adults. Methods - This is a cross-sectional study, which evaluated 243 adults and elderly. We collected blood samples for measurements of 25(OH)D3, iPTH, biochemical tests related to MS, and anthropometric evaluation (weight, height, BMI) were also assessed. MS was classified using the criteria proposed by the National Cholesterol Education Program-Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III). Insulin resistance and cell secretion were estimated by calculating HOMA IR and HOMA , respectively. The 25(OH)D3 was measured by HPLC and insufficiency was determined by the Roc curve cut-off (52.6 nmol/L). Intact PTH and serum calcium were also evaluated. The BsmI and FokI polymorphisms were detected by enzymatic digestion with specific enzymes and confirmed by allele specific PCR (ASPCR) or amplification of refractory mutation (ARM) in individuals with or without MS (52 per cent vs. 48 per cent , respectively). Statistical analyses include construction of Roc curves, Student T test, correlation tests, Hardy-Weinberg test, ANOVA, binary logistic regression (odds ratio), and TwoStep Cluster. These analyses were conducted with SPSS for Windows, version 18 and p < 0.05 was considered significant. Results - The mean age of participants was 51(15) years, mean BMI was 29(6) kg/m2, and 48 per cent of individuals presented MS. As expected, subjects with MS showed higher values of age (57(12) years), BMI was 32(6) kg/m2, waist circumference was 103(13) cm, systolic blood pressure was 138(17) mmHg, diastolic was 83(10) mmHg, fasting glucose was 98(12) mg/dl, triglycerides was 165(76) mg/dl, HOMA-IR was 2.2(1.7), HOMA was 116(95), and lower levels of HDL cholesterol was observed (41 mg/dl(11)). With respect to serum 25(OH)D3 proposed by ROC curve analysis, 43 per cent of individuals with MS and 57 per cent of individuals without MS presented insufficiency of this vitamin. Correlations between 25(OH)D3, iPTH (r = -0,153, p = 0.005), and waist circumference (r = -0,106, p = 0.05) were observed in all participants. Considering the VDR gene polymorphisms, in patients with MetSyn, there is no association among BsmI polymorphism and components of MetSyn, HOMA IR and , 25(OH)D3, and PTH. However, subjects without MetSyn, but with homozygosis for BsmI polymorphism (recessive bb genotype), presented lower levels of 25(OH)D3 than those with normal BB genotype. In addition, individuals with MetSyn and heterozygosis for FokI polymorphism (Ff genotype) have higher concentrations of PTH and HOMA than those with normal FF genotype. In this same group, subjects with the recessive ff genotype have higher insulin resistance than those with Ff genotype. On the other hand, patients without MetSyn, but carrying the Ff genotype, have higher concentration of triglycerides and lower levels of HDL than those with FF genotype. Interestingly, the presence of one allele f in the (Ff or ff) genotype is apparently enough to increase triglycerides levels and insulin resistance, when compared to the normal FF genotype. Conclusion - The results show that FokI polymorphism in the VDR gene is associated to insulin resistance and higher concentrations of PTH in patients with MetSyn. Moreover, BsmI polymorphism is related to a lower concentration of 25(OH)D3 in individuals without MetSyn. Therefore, the results indicated that VDR gene polymorphisms are associated to different phenotypes of MetSyn components
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