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Relações das características pessoais positivas com o bem-estar

Freitas, Clarissa Pinto Pizarro de January 2016 (has links)
A presente tese agrupa quatro estudos que objetivam investigar as relações dos recursos pessoais com os índices de bem-estar dos indivíduos. Foi realizada uma revisão de literatura sobre a iniciativa ao crescimento pessoal, a fim de compreender em profundidade o construto de iniciativa ao crescimento pessoal. Posteriormente, foram desenvolvidos três estudos empíricos. O primeiro artigo empírico refere-se ao estudo de adaptação e avaliação das propriedades psicométricas da versão brasileira da Escala de Iniciativa ao Crescimento Pessoal – II (Personal Growth Initiative Scale – II, PGI-II). Foi observado que a versão brasileira da PGI-II constitui-se como um instrumento confiável para investigar os índices de disponibilidade para mudança, planejamento, comportamento intencional e uso de recursos, apresentando uma estrutura de quatro fatores de primeira ordem. O segundo artigo empírico avaliou se as relações das dimensões da iniciativa ao crescimento pessoal com os níveis de bem-estar subjetivo eram mediadas pela presença de sentido de vida. Foi observado que a presença de sentido de vida media o impacto das dimensões planejamento e comportamento intencional sobre os níveis de satisfação com a vida, afetos positivos e negativos. As dimensões disponibilidade para mudança e uso de recursos não estiveram relacionadas aos índices de presença de sentido de vida. As dimensões disponibilidade para mudança e uso de recursos estiveram negativamente associadas aos níveis de bem-estar subjetivo. O terceiro artigo empírico avaliou se as relações entre otimismo, pessimismo e autoestima com os índices de estresse, satisfação com a vida, afetos positivos e negativos eram mediados pelos níveis de presença de sentido de vida. Os resultados demonstraram que as relações entre o otimismo e autoestima com os índices de estresse, afetos positivos e negativos foram parcialmente mediados pelos níveis de presença de sentido de vida. Entretanto, as relações dos índices de pessimismo com estresse, satisfação com a vida, afetos positivos e negativos não foram mediados pelos níveis de presença de sentido de vida. Estudos futuros devem avaliar se as relações dos recursos pessoais com bem-estar subjetivo e estresse são replicáveis a outras amostras. A principal contribuição desta tese foi disponibilizar uma escala para investigar a iniciativa ao crescimento pessoal no contexto brasileiro. Além disso, os resultados deste estudo avançam o conhecimento sobre as relações entre os recursos pessoais e as dimensões de bem-estar. / This thesis join up four studies that aims to investigate the relationship of levels of personal resources with well-being of individuals. A literature review on the personal growth initiative was carried out in order to understand in depth the construct of personal growth initiative. Later, three empirical studies were developed. The first empirical paper refers to the study of adaptation and evaluation of the psychometric properties of the Brazilian version of the Personal Growth Initiative Scale - II (Personal Growth Initiative Scale - II, PGI-II). It was observed that the Brazilian version of PGI-II was established as a reliable instrument to investigate the levels of readiness for change, planfulness, intentional behavior and using resources, with a four first-order factor structure. The second empirical research evaluated if presence of meaning in life mediated the relationships of the dimensions of personal growth initiative with subjective well-being. It was observed that the presence of meaning in life measured the impact of dimensional planning and intentional behavior on levels of satisfaction with life, positive and negative affect. The dimensions readiness for change and using resources were not related to levels of presence of meaning in life. The dimensions readiness for change and using resources were negatively associated with levels of subjective well-being. The third empirical research has evaluated if presence of meaning in life mediated the relationships of optimism, pessimism and self-esteem with levels of stress, life satisfaction, positive and negative affect. The results showed that the relationship between optimism and self-esteem with levels of stress, positive affect and negative were partially mediated by levels of presence of meaning in life. However, the relations of pessimism with stress, life satisfaction, positive affect and negative were not mediated by levels of presence of meaning in life. Future studies should evaluate if the relations of personal resources with subjective well-being and stress are replicable to other samples. The main contribution of this thesis was to provide a scale to investigate the initiative to personal growth in the Brazilian context. In addition, the results of this study advance the understanding of the relationship between personal resources and well-being.
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Estudo exploratório sobre critérios de veracidade em relatos de eventos de vida : considerações para a perícia psicológica criminal de adultos

Machado, Patrícia Vasconcelos January 2014 (has links)
Esta pesquisa tem como objetivo testar os critérios da técnica de Análise de Conteúdo Baseada em Critérios (Criteria-Based Content Analysis – CBCA) em relatos comuns de adultos, visando verificar quais critérios são mais frequentes em relatos verdadeiros. Trata-se de um estudo preliminar para futura elaboração de técnica de avaliação da credibilidade do testemunho, a ser utilizada para auxiliar as avaliações psicológicas das entrevistas realizadas nas perícias com adultos. Foram realizadas 46 entrevistas com relato livre e perguntas abertas com adultos a partir de 18 anos e escolaridade mínima de ensino médio, propondo-se 3 tarefas: 2 relatos (um verdadeiro e um falso) e a aplicação da Escala Fatorial de Neuroticismo - EFN. Na análise das entrevistas, obteve-se como resultados que os critérios “5: Descrições de interações” e “8: Detalhes não-usuais” são significativamente mais presentes nos relatos verdadeiros. Os resultados da EFN não mostraram diferenças significativas entre os participantes em função do nível de ansiedade. Os itens significativos para a verificação da credibilidade do testemunho poderão ser futuramente utilizados em novas pesquisas que explorem a análise das versões apresentadas à perícia criminal oficial durante a reprodução simulada dos fatos, após serem testados, em novas pesquisas específicas frente à veracidade na técnica pericial. / This research aimed to test the criteria of the Criteria-Based Content Analysis - CBCA technique in common reports of adults to ascertain which are the most frequent in true reports. It is a preliminary study to allow future elaboration of technical assessment of witness credibility to be used to assist psychological assessments in forensic interviews with adults. For this purpose, 46 free reports and open questions interviews with adults with minimum age of 18 years and at least high school education were made. Three tasks were proposed: to tell two stories (one true and one false) and to answer the Factorial Scale of Neuroticism - EFN. The analysis of the interviews showed that criteria “5: description of interactions” and “8: non-usual details” were significantly more frequent in true reports. The results of the EFN did not show significant differences among the participants based on the level of anxiety The significant items for checking the credibility of the testimony can be further explored in new research to explore the analysis of the versions presented to the crime scene investigators during reconstruction, after being tested in specific new research on expert technical veracity.
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Avaliação do desempenho do WHOQOL-BREF em pacientes deprimidos provenientes de serviços de cuidados primários de diferentes países usando a análise de Rasch

Rocha, Neusa Sica da January 2008 (has links)
Introdução: O WHOQOL-Bref, a versão abreviada da medida genérica de qualidade de vida (QV) desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde, foi desenvolvida simultaneamente em várias culturas e línguas sob a base da Teoria Clássica em psicometria. Este é composto por 26 itens que formam quatro domínios: físico, psicológico, social e ambiental. Uma vez que este pode ser considerado uma medida de QV subjetiva, alguns autores sugerem que a influência da sintomatologia depressiva no escore de QV possa ser verificada. Ademais, está bem adequado para examinar a influência da cultura na QV, mas sua validade transcultural em pacientes deprimidos continua não estudada. QV e depressão têm uma complexa relação conceitual. Até onde nós sabemos, não existe nenhum estudo avaliando a potencial sobreposição entre as medidas de QV e depressão utilizando dados transculturais. O “Longitudinal Investigation of Depression Outcomes” (LIDO) foi um estudo multi-cêntrico e transnacional, observacional que acompanhou pacientes com transtorno depressivo em serviços de cuidados primários por 12 meses em 6 países. Potencialmente, os dados do LIDO nos permitem testar empiricamente a relação entre as medidas de depressão e de QV. O modelo de Rasch, uma técnica estatística moderna, tem sido visto como uma diretriz que coloca em operação os axiomas das medidas aditivas. Este modelo apresenta uma série de análises para obter uma variável com uma estrutura aditiva, e, portanto, adequada para ser medida em nível intervalar. Também, é capaz de acessar a invariância transcultural de uma medida. Objetivos: O objetivo principal de nosso estudo é avaliar as propriedades de medida do WHOQOL-Bref usando a análise de Rasch de seus domínios e itens em pacientes deprimidos de serviços de cuidados primários de diferentes países. Os objetivos secundários são: verificar se os itens do WHOQOLBref são invariantes entre os pacientes que têm um episódio depressivo atual, testar a invariância das medidas dos itens num contexto transcultural, e verificar a validade da versão brasileira do WHOQOL-Bref em adultos com depressão maior usando a análise de Rasch. Esta tese é composta por quatro estudos. O primeiro estudo (estudo 1) é um artigo de revisão que tem como objetivo apresentar as bases do modelo de Rasch, usando o exemplo prático de uma escala de depressão. O segundo (estudo 2) apresenta a avaliação da invariância dos itens do WHOQOLBref entre pacientes deprimidos e não deprimidos. O terceiro (estudo 3) enfoca nas propriedades de medida e na avaliação transcultural dos itens do WHOQOL-Bref e o quarto (estudo 4) é sobre a versão brasileira desta medida. Métodos: Sujeitos: Para o estudo 2, a amostra consistiu de 2359 sujeitos, dos quais 1193 tinham o diagnóstico confirmado de episódio depressivo atual e eram provenientes de seis países (Austrália, Brasil, Israel, Rússia, Espanha, e EUA) incluídos na avaliação basal do LIDO. Estes mesmos 1193 pacientes deprimidos fizeram parte da amostra do estudo 3. O estudo 4 incluiu os 208 pacientes deprimidos da amostra brasileira. Medidas: Nós utilizamos os seguintes instrumentos de medida: a Center for Epidemiological Studies Depression Scale (CES-D) para avaliar a severidade da depressão; o World Health Organization Quality of Life Instrument – versão abreviada (WHOQOL-Bref) como medida genérica de QV; e o Composite International Diagnostic Interview (CIDI), versão 2.1 para o diagnóstico de depressão. Análise Estatística: Estudo 2: A análise de Rasch foi utilizada para ver se os itens que exibiriam funcionamento diferencial (DIF), como uma maneira de acessar a invariância em relação ao fator depressão definido como o diagnóstico de depressão usando o CIDI. Estudos 3 e 4: Uma análise de Rasch completa foi realizada para acessar as propriedades de medida dos domínios e dos itens do WHOQOL-Bref. As análises dos DIF foram feitas para verificar os vieses de idade, gênero e a invariância transcultural. Resultados: Estudo 2: Onze dos 26 itens do WHOQOL-Bref apresentaram DIF devido ao fator depressão e o domínio físico foi o que apresentou mais itens com DIF. Estudo 3: Os domínios físico, psicológico e ambiental necessitaram de ajustes para se adequar ao modelo de Rasch, principalmente devido à inadequação de itens individualmente ou DIF devido à idade. O domínio social manteve as suas fracas propriedades psicométricas demonstradas em estudos prévios. Apenas cinco itens foram totalmente invariantes entre os países, mas os vieses entre os outros itens desapareceram quando analisado juntos, indicando um cancelamento deste efeito. Estudo 4: Após usar a análise de Rasch na amostra brasileira, os 4 domínios do WHOQOL-Bref demonstraram medidas apropriadas de adequação ao modelo. Alguns itens necessitaram ajustes: 4 itens mudaram de escores (‘dor’; ‘finanças’, ‘serviços’ e ‘transporte’), 2 itens (‘trabalho’ e ‘atividade’) apresentaram dependência local nas respostas, e 1 item foi excluído (’sono’), mostrando multidimensionalidade. Conclusões: Nossos achados indicam que a maioria dos itens do WHOQOL-Bref não apresentam DIF para a ocorrência de um episodio atual de depressão maior e a variância associada com a depressão com esta medida genérica de QV é restrita a algumas facetas. Portanto, nós recomendamos este ajuste restrito em futuras análises desta medida para pacientes deprimidos. Também, nossos resultados demonstram que os domínios do WHOQOL-Bref com alguns ajustes apresentam propriedades de Rasch no contexto transcultural de seis países. Finalmente, após sofrer ajustes pela análise de Rasch, o WHOQOL-Bref parece ser um instrumento psicometricamente válido para avaliar a QV de pacientes brasileiros de um serviço de cuidados primários. / Backgound: The WHOQOL-Bref, the abbreviated generic measure of quality of life (QOL) developed by the World Health Organization, was developed simultaneously in several cultures and languages under the framework of Classical Test Theory. It has 26 items covering four domains: Physical, Psychological, Social Relationships and Environment. Since it can be considered a measure of subjective QOL, some authors have suggested that its assessment should be checked for the influence of depressive symptomatology on the QOL score. Moreover, it is well placed to examine the influence of culture on QOL, but its cross-cultural validity in depressed individuals remains unstudied. Quality of life and depression have a complex conceptual relationship. To our knowledge, there is no study addressing the potential overlap of QOL and depression measuring using a cross-cultural database. The Longitudinal Investigation of Depression Outcomes (LIDO) study was a multicenter, cross-national observational study that followed patients with depressive disorders in primary care settings for 12 months in six countries. Potentially, the LIDO database allows us to test empirically the relationship between depression and QOL measurement. The Rasch model, a modern statistical tecnique, is seen as a template which puts into operation the axioms of additive conjoint measurement. This model presents a set of analyses to obtain a variable with additive structure and, hence is suitable to be measured on an interval scale. Also, this abble to assess the cultural invariance of a measure. Objectives: The main purpose of our study is to look at the measurement properties of the WHOQOL-Bref using Rasch analysis of the domains and items of WHOQOL-Bref) in depressed patients from primary care services from different countries. Secondary puposes are: to verify whether the items of the WHOQOL-Bref are invariant among patients having a current major depressive episode, to test the invariance of item measures in cross-cultural settings, and to assess the validity of the Brazilian version of WHOQOL-Bref in adults with major depression using the Rasch analysis. This thesis is composed by four studies. The first study is a review article aiming at presenting the basical features of the Rasch model using a pratical example of a depression scale. The second study (study 2) presents an evaluation of the invariance of the WHOQOL-Bref items between depressed and non depressed patients. The third study (study 3) focus on the mesurement properties and the crosscultural evaluation of the items of the WHOQOL-Bref and the fourth study (study 4) is on the Brazilian version of this measure. Methods: Subjects: In the study 2, the sample consisted of 2,359 subjects, of which 1,193 had a confirmed diagnosis of a current major depressive episode from six countries (Australia, Brazil, Israel, Russia, Spain, and the USA) involved in the baseline assessment of the LIDO study. These same 1,193 major depressed patients consisted the sample of the study 3. Study 4 had 208 major depressed patients from Brazilian sample. Measures: We used the following measurement instruments: the Center for Epidemiological Studies Depression Scale (CES-D) to assess severity of depression; the World Health Organization Quality of Life Instrument - Abbreviated version (WHOQOL-Bref) was used as a generic quality of life (QOL) instrument; and the Composite International Diagnostic Interview (CIDI), version 2.1 for the diagnosis of depression. Analysis: Study 2: The Rasch anlysis was used to look at items exhibiting differential item functioning (DIF) as a way of assessing invariance in relation to a depression factor defined by the diagnosis of depression using the Composite International Diagnostic Interview (CIDI). Study 3 and 4: A complete Rasch analysis was run to assess measurement properties of the WHOQOL-Bref domains and items. DIF analysis was made to verify bias by age, gender and cross-cultural invariance. Results: Study 2: Eleven out of the 26 items of the WHOQOL-Bref showed DIF due to the depression factor and the Physical domain presented more items displaying DIF. Study 3: The Physical, Psychological and Environment domains of the WHOQOL-Bref required adjustments to conform to the Rasch model expectations, mainly because of individual item misfit, or Differential Item Functioning (DIF) due to age. The Social domain maintained its poor psychometric properties evidenced by previous studies. Only five items were totally invariant across countries, but the bias of other items disappeared when pooled, indicating cancellation effects. Study 4: After using Rasch analysis, the 4 domains of WHOQOL-Bref showed appropriate fit to this model. Some items needed adjustments: 4 items were rescored (‘Pain’; ‘Finances’, ‘Services’ and ‘Transport’), 2 items (‘Work’ and ‘Activity’) identified they have dependency of responses, and 1 item was deleted (’Sleep’), showing multidimensionality. Conclusions: Our findings indicate that the majority of WHOQOL-Bref items do not exhibit DIF for a current major depressive episode and the variance associated with depression in this generic QOL measure is restricted to some facets of this construct. Thus, we recommend this restricted adjustment for depression in future analyses of this measure. Also, our results support the Rasch properties of the domains of the WHOQOL-Bref, with some modification, as a measure of generic subjective QOL in the context of primary care depressed patients in six countries worldwide. Finally, the WHOQOL-Bref, after Rasch adjustments, seems to be a psychometrically valid instrument that it is suitable for evaluating the QOL of Brazilian depressed outpatients from primary care setting.
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Gênero e conflito entre trabalho e família: relação com a saúde física e mental de adultos no Brasil.

Pinto, Karina Araújo January 2013 (has links)
Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2013-12-16T18:16:55Z No. of bitstreams: 1 Tese. Karina Araújo. 2013.pdf: 1139255 bytes, checksum: db79657880bc4804261a241d43cae1bd (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2013-12-16T18:17:16Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese. Karina Araújo. 2013.pdf: 1139255 bytes, checksum: db79657880bc4804261a241d43cae1bd (MD5) / Made available in DSpace on 2013-12-16T18:17:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese. Karina Araújo. 2013.pdf: 1139255 bytes, checksum: db79657880bc4804261a241d43cae1bd (MD5) / Trabalho e família são domínios que concentram a maioria das relações sociais estabelecidas na vida adulta e a multiplicidade de papéis sociais desempenhados por mulheres e homens. O conflito trabalho-família, que emerge da incompatibilidade das demandas entre estas esferas, tem sido associado a efeitos deletérios à saúde, afetando de forma assimétrica mulheres e homens. Há escassez de estudos desta natureza no Brasil e a realização desta investigação com dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) pretendeu contribuir para o conhecimento sobre determinantes sociais da saúde de adultos brasileiros, sob a perspectiva de gênero. O objetivo foi analisar as associações entre conflito trabalho-família e excesso de peso corporal e ansiedade em mulheres e homens no Brasil. Foram utilizados dados da linha de base da coorte ELSA-Brasil, realizada entre 2008 e 2010, quando foram coletados entrevistas, medidas e exames clínicos. Foram escolhidas e incluídas nas análises variáveis relacionadas aos domínios do trabalho e da família. Foram realizadas análises psicométricas de itens para mensurar o construto conflito trabalho-família, além de modelos de regressão logística para testes de associação entre exposição e desfechos. As análises foram estratificadas por sexo. Gênero foi a categoria analítica que orientou as discussões dos resultados, que estão apresentados sob a forma de três artigos para publicação em revistas de circulação nacional e internacional. O primeiro artigo apresenta a análise de propriedades psicométricas dos itens para mensuração do conflito entre trabalho e família, cujos resultados foram aceitáveis e deram origem às variáveis de exposição dos demais artigos. No segundo artigo foi testada a hipótese de associação entre conflito trabalho-família-tempo para si e transtorno de ansiedade generalizada (TAG). Os resultados evidenciaram associação positiva entre a percepção de alto conflito trabalho-família-tempo para si e TAG, de maior magnitude entre as mulheres. No terceiro artigo realizou-se o teste da hipótese de associação entre tempo insuficiente para cuidado pessoal e lazer e o excesso de peso corporal. Evidenciou-se associação positiva entre tempo insuficiente para o cuidado pessoal e lazer e a ocorrência de sobrepeso e obesidade entre mulheres que referiram maior jornada semanal de trabalho profissional. A abordagem do conflito entre trabalho e família e sua relação com desfechos de saúde deve ser aprofundada em estudos futuros.
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[en] USE OF THE AGES AND STAGES QUESTIONNAIRES TO ESTABLISH INDICATORS OF CHILD DEVELOPMENT IN PUBLIC DAYCARE CENTERS IN RIO DE JANEIRO, BRAZIL / [pt] USO DO AGES AND STAGES QUESTIONNAIRES PARA O DESENVOLVIMENTO DE INDICADORES PARA MONITORAMENTO DE CRECHES NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, BRASIL

LUIS FLAVIO CHAVES ANUNCIACAO 28 November 2018 (has links)
[pt] De 2010 a 2012, a cidade do Rio de Janeiro iniciou um projeto de grande escala para avaliar o desenvolvimento de crianças matriculadas em creches e pré-escolas públicas. A avaliação do desenvolvimento infantil foi realizada anualmente, com uma média de 60 mil crianças em cerca de 80 por cento das creches e pré-escolas públicas da cidade. Depois de receber treinamento específico, os profissionais de cada instituição (por exemplo, professoras e crecheiras) aplicaram os questionários que compõe o sistema Ages and Stages Questionnaire (ASQ-3 e ASQ:SE) para detectar possíveis condições de risco em relação aos principais marcadores do desenvolvimento infantil. Entretanto, no contexto brasileiro, há uma ausência de estudos que tenham investigado as propriedades psicométricas da versão brasileira do ASQ:SE. Além disso, poucos estudos discutiram os resultados do ASQ:BR e ASQ:SE com respeito a avaliações longitudinais, diferenças de performance em função do gênero e visando incorporação dos resultados estatísticos em políticas públicas. Dito isto, a presente tese teve os seguintes objetivos: (1) investigar as principais propriedades psicométricas do ASQ:SE usando metodologia de Teoria Clássica dos Testes (TCT) e da Teoria da Resposta do Item (TRI) e (2) apresentar uma visão geral do desenvolvimento infantil em serviços de creche usando, para isso, os dados que foram coletados longitudinalmente por este projeto. Assim, esta tese compreende cinco artigos nos quais foram realizados os seguintes estudos. Inicialmente, com base na TCT, a estrutura fatorial do ASQ:SE foi investigada, a fidedignidade foi calculada usando o alfa de Cronbach, e pontos de corte preliminares foram calculados com base em médias e desvios-padrão. O segundo artigo ampliou a investigação da estrutura de fatorial do ASQ:SE e no terceiro artigo, um modelo de multidimensional da TRI foi usado para duas finalidades: (i) confirmar a dimensionalidade de todas as escalas do ASQ:SE e (ii) verificar as características de seus itens. No quarto e quinto artigo, o foco foi parcialmente alterado das propriedades psicométricas para os resultados preliminares de uma avaliação longitudinal de crianças que foram avaliadas ao longo de dois ou três anos consecutivos. Os resultados gerais evidenciam a validade, confiabilidade e utilidade do ASQ:SE e sugerem que crianças que estão matriculadas em creches públicas do Brasil/Rio de Janeiro, apesar da adversidade ambiental, não estão em risco de atrasos sérios no desenvolvimento. / [en] From 2010 to 2012, the city of Rio de Janeiro initiated a large-scale project to evaluate the development of children who were enrolled in daycare centers and public preschools. The evaluation of child development was performed annually, with an average of 60,000 children in more or less 80 percent of the daycare centers and public preschools in the city. After receiving specific training, professionals at each institution (e.g., teachers and caregivers) applied the Ages and Stages Questionnaires (ASQ-3 and ASQ:SE) to screen for risk factors (e.g., developmental delays) with regard to the major markers and milestones of child development. However, in the Brazilian context, there is a lack of studies that have investigated the psychometric properties of the Brazilian version of the ASQ:SE. Moreover, a dearth of studies has discussed the results of both the ASQ:BR and ASQ:SE with regard to longitudinal assessments, gender differences, and incorporation of the statistical results into public policies. That said, the present thesis had the following objectives: (1) to investigate the main psychometric properties of the ASQ:SE using both Classical Test Theory (CTT) methodology and Item Response Theory (IRT) and (2) to present an overview of child development in daycare services using the data that were gathered from this longitudinal project. Thus, this thesis comprises five articles in which the following studies were conducted. Initially, based on CTT, the factor structure of the ASQ:SE was estimated using Cronbach s, and preliminary cutoff points were computed, based on means and standard deviations. The second article extended investigation of the factor structure of the ASQ:SE and in the third article, a multidimensional IRT model was used for two purposes: (i) to confirm the dimensionality of all scales of the ASQ:SE and (ii) to verify its item characteristics. In the fourth and fifth article, the focus partially shifted from psychometric properties to the preliminary results of a longitudinal evaluation of children who were assessed over two or three consecutive years. The overall results provide evidence of the validity, reliability, and utility of the ASQ:SE and suggest that children who are enrolled in Brazilian/Rio de Janeiro s public daycare centers, despite environmental adversity, are not at risk of serious developmental delays.
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Validação da escala para avaliação da contratransferência (EACT) no atendimento psiquiátrico inicial de vítimas de trauma psíquico

Silveira Júnior, Érico de Moura January 2010 (has links)
Introdução: O conceito de contratransferência evoluiu de “um obstáculo ao tratamento” à ferramenta útil à compreensão do paciente dentro de uma relação bi-pessoal. Atualmente, buscam-se evidências da sua especificidade, correlacionando padrões específicos de contratransferência com características do paciente e terapeuta, classes diagnósticas e desfechos do tratamento. Acredita-se que, devido à intensidade das reações emocionais despertadas nos terapeutas que atendem vítimas de trauma, o estudo da contratransferência nesta população auxilie no autoconhecimento dos terapeutas, amplie a compreensão sobre o fenômeno e contribua para um melhor atendimento dos pacientes. O desenvolvimento de pesquisas nesta área esbarra no reduzido número de escalas validadas para acessar a contratransferência. No Brasil, estão disponíveis a escala para Avaliação da Contratransferência e as versões traduzidas do Inventory of Countertransference Behavior e Mental States Rating System, mas nenhuma validada.A Escala para a Avaliação da Contratransferência (EACT) foi criada em nosso meio, com elevada validade de face, construída em torno de três dimensões conceituais de sentimentos. Entretanto, suas propriedades psicométricas ainda não foram avaliadas. Objetivos: Investigara validade de construto da EACT, respondida por terapeutas de vítimas de trauma psíquico (Artigo 1). Secundariamente, analisar a correlação entre a contratransferência inicial com vítimas de trauma psíquico e os dados demográficos e clínicos de terapeutas e pacientes e o tipo de trauma, e investigar a associação entre a contratransferência inicial e a adesão dos pacientes ao tratamento e o seu desfecho, operacionalizado como alta ou abandono (Artigo 2). Método: Delineamento transversal (Artigo 1) e análises secundárias com dados longitudinais (Artigo 2). A amostra foi composta por 50 psiquiatras no segundo ano de formação durante estágio no Núcleo de Estudos e Tratamento de Trauma Psíquico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil. Esses terapeutas atenderam 131 pacientes recrutados consecutivamente durante 4 anos, que incluiu a primeira ou segunda consulta de vítimas de abuso sexual, seqüestro, assalto, agressão física, tentativa de homicídio, tortura e trauma indireto, independentemente do tempo decorrido entre a consulta atual e o evento traumático. Foram excluídos atendimentos de pacientes que chegaram à primeira consulta com ideação suicida grave, sintomas psicóticos e/ou com indicação de internação psiquiátrica. Os pacientes foram selecionados após triagem, que avaliou as variáveis clínicas e o diagnóstico segundo os critérios do DSM-IV-TR. Na primeira consulta, foram coletados os dados demográficos e clínicos e avaliada a contratransferência identificada pelo terapeuta através da EACT. Os pacientes foram acompanhados ao longo do tratamento psiquiátrico para determinar o número de consultas, faltas e o desfecho: alta ou abandono. A EACT é uma escala auto-aplicável, composta por 23 itens pontuados para 3 momentos da sessão (início, durante e final) em escala tipo Likert (0=ausência a 3=muito), e distribuídos em 3 domínios: aproximação (10 itens), afastamento (10 itens) e indiferença (3 itens). A validade de constructo da EACT no atendimento desta população foi avaliada através da análise fatorial exploratória (EFA) e consistência interna (α de Cronbach). O tamanho amostral foi calculado a partir de pelo menos 5 aplicações da EACT para cada item da escala (mínimo N = 115). E a análise fatorial confirmatória foi usada para determinar os parâmetros de adequação (goodness-of-fit) da versão da EACT no atendimento de vítimas de trauma obtida na EFA em comparação com a versão original. Resultados: A EFA mostrou 3 fatores com homogeneidade consistente, sendo distinta da versão original da EACT a correlação entre os itens e o terceiro fator: afastamento (9 itens com 24% da variância; α = 0,88), aproximação (7 itens com 15% da variância; α=0,82) e tristeza (6 itens com 9% da variância; α = 0,72). O item alegria, com carga fatorial baixa, foi retirado da análise por ser considerado irrelevante neste contexto. A análise fatorial confirmatória evidenciou melhores critérios de goodness-of-fit em todos os parâmetros testados para a presente versão da EACT do que a original. Secundariamente, as características demográficas e clínicas dos terapeutas e dos pacientes dos grupos alta e abandono foram similares. Os terapeutas com idade ≤ 27 anos pontuaram maior afastamento que os mais velhos (0,14 ± 1 vs. -0,21 ± 0,9; P=0,019). Os pacientes casados induziram nos terapeutas mais sentimentos de afastamento (0,20 ±1 vs. -0,19 ± 0,9; P = 0,016) e tristeza (0,18 ±1 vs. -0,17 ± 1; P = 0,049) que os que vivem sozinhos. Nas variáveis clínicas, as vítimas de trauma indireto e de múltiplos traumas despertaram mais tristeza (0,38 ± 1 e 0,76 ± 0,4, respectivamente), comparadas às vítimas de violência sexual (0,03 ± 0,9) e urbana (-0,3 ± 1) (P = 0,039). A mediana de consultas realizadas foi 5 [4; 8], faltas 1 [0; 1] e a taxa de abandono foi de 34,4%. Na análise multivariada, identificou-se que os pacientes com relato de história de trauma na infância abandonaram menos o tratamento (OR = 0,39; P = 0,039; CI 95% 0,16- 0,95). Não foi detectada associação entre sentimentos contratransferenciais iniciais com os desfechos do tratamento. Conclusões: A EACT apresentou propriedades psicométricas consistentes, demonstrando ser um instrumento confiável para acessara contratransferência inicial de terapeutas de vítimas de trauma psíquico. Os sentimentos contratransferenciais no atendimento inicial destes pacientes associaram-se a parâmetros demográficos e clínicos, mas não se associaram ao abandono do tratamento. Estudos futuros devem avaliar a modificação dos sentimentos contratransferenciais ao longo do tratamento e o seu impacto sobre os desfechos do tratamento. / Introduction: The concept of countertransference (CT) evolved from an “obstacle to treatment” to "an useful tool to understand patients within a bi-personal relationship". Currently, evidences of its specificity are searched for, correlating specific CT patterns to patients and therapists’ features, diagnostic classes, and treatment outcomes. Due to the intensity of emotional reactions aroused in therapists caring for trauma victims, it is believed that the study of CT in this population will help self-knowledge of therapists and contribute for a better patient care. The development of studies in this field is hindered by the reduced number of validated scales to assess CT. In Brazil, the Assessment of Countertransference Scale and the translated versions of the Inventory of Countertransference Behavior and Mental States Rating System are available, however, none of them has been validated. The Assessment of Countertransference Scale (ACS) has been created in our department with high face validity, built around three conceptual dimensions of feelings. However, its psychometric properties have not been assessed yet. Objectives: To investigate the construct validity of the ACS answered by therapists of psychological trauma victims (Article 1). Then, to assess the correlation between initial CT with victims of psychological trauma and the clinical and demographic data of therapists and patients and the type of trauma, and to investigate the association between initial countertransference and patients’ adherence to treatment and its outcome, defined as discharge or drop-out (Article 2). Methods: A Cross-sectional study (Article 1) and secondary analysis with longitudinal data (Article 2) were carried out. The sample was formed by 50 psychiatrists in the second year of training in their internship in the Center for Study and Treatment of Traumatic Stress in Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brazil. These therapists cared for 131 patients consecutively recruited for 4 years, including the first and second appointment with victims of sexual abuse, kidnapping, robbery, physical assault, homicide attempt, torture and indirect trauma, regardless of the time elapsed between the current appointment and the trauma event. We have excluded patients that arrived in the first appointment with severe suicidal ideation, psychotic symptoms and/or referral for psychiatric hospitalization. Patients have been selected after screening, which assessed the clinical variables and the diagnoses according to DSM-IV-TR criteria. In the first appointment, demographic and clinical data were collected and CT, identified by therapists through the ACS, was assessed. Patients were followed-up during psychiatric treatment to determine the number of appointments, absences, and the outcome: discharge or drop-out. ACS is a self-applied scale composed by 23 items scored for 3 moments of the session (start, midpoint and end) in a Likert-type scale (0=absence to 3=very), and distributed into 3 dimensions: closeness (10 items), distance (10 items) and indifference (3 items). The construct validity of ACS in the care for this population was assessed through the Exploratory Factor Analysis (EFA) and the internal consistency (α de Cronbach). The sample size was calculated for at least 5 applications of ACS for each item of the scale (minimum N = 115). The Confirmatory Factor Analysis (CFA) was used to determine the goodness of fit parameters of the ACS version in the care for trauma victims obtained in the EFA compared to the original version. Results: EFA showed 3 factors with consistent homogeneity, but the correlation between the items and the third factor were different from the original version, in the following: rejection (9 items with 24% of variance; α = 0.88), closeness (7 items with 15% of variance; α = 0.82) and sadness (6 items with 9% of variance; α = 0.72). The item “happiness”, with low factorial load, was withdrawn from the analysis because it was considered to be irrelevant in this context. CFA showed better goodness of fit criteria in all tested parameters for the present version of ACS compared to the original version. Secondly, the demographic and clinical characteristics of therapists and patients of the discharge and drop-out groups were similar. Therapists with ages ≤ 27 years scored more rejection than older therapists (0.14 ± 1 vs. -0.21 ± 0.9; P = 0.019). Married patients induced in therapists more feelings of rejection (0.20 ± 1 vs. -0.19 ± 0.9; P = 0.016) and sadness (0.18 ± 1 vs. -0.17 ± 1; P = 0.049) than those patients living alone. In the clinical variables, the victims of indirect trauma and of several traumas aroused more feelings of sadness (0.38 ± 1 and 0.76 ± 0.4, respectively) compared to sexual violence (0.03 ± 0.9) and urban violence victims (-0.3 ± 1) (P = 0.039). Median of appointments performed was 5 [4; 8], absences 1 [0; 1] and the drop-out rate was 34.4%. In the multivariate analysis, we have identified that patients with reported history of childhood trauma were less likelihood of dropping out treatment (OR=0.39; P = 0.039; CI 95% 0.16-0.95). Association between the initial CT feelings and the treatment outcomes has not been detected. Conclusions: ACS presented sound psychometric properties, and it has been demonstrated to be a reliable instrument to access initial CT of therapists in victims of psychological trauma. Countertransference feelings in the initial care of patients were associated with clinical and demographic parameters, but it were not associated with treatment drop-out. Further studies should assess the changes in CT feelings over treatment and their impact on treatment outcomes.
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Avaliação do desempenho do WHOQOL-BREF em pacientes deprimidos provenientes de serviços de cuidados primários de diferentes países usando a análise de Rasch

Rocha, Neusa Sica da January 2008 (has links)
Introdução: O WHOQOL-Bref, a versão abreviada da medida genérica de qualidade de vida (QV) desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde, foi desenvolvida simultaneamente em várias culturas e línguas sob a base da Teoria Clássica em psicometria. Este é composto por 26 itens que formam quatro domínios: físico, psicológico, social e ambiental. Uma vez que este pode ser considerado uma medida de QV subjetiva, alguns autores sugerem que a influência da sintomatologia depressiva no escore de QV possa ser verificada. Ademais, está bem adequado para examinar a influência da cultura na QV, mas sua validade transcultural em pacientes deprimidos continua não estudada. QV e depressão têm uma complexa relação conceitual. Até onde nós sabemos, não existe nenhum estudo avaliando a potencial sobreposição entre as medidas de QV e depressão utilizando dados transculturais. O “Longitudinal Investigation of Depression Outcomes” (LIDO) foi um estudo multi-cêntrico e transnacional, observacional que acompanhou pacientes com transtorno depressivo em serviços de cuidados primários por 12 meses em 6 países. Potencialmente, os dados do LIDO nos permitem testar empiricamente a relação entre as medidas de depressão e de QV. O modelo de Rasch, uma técnica estatística moderna, tem sido visto como uma diretriz que coloca em operação os axiomas das medidas aditivas. Este modelo apresenta uma série de análises para obter uma variável com uma estrutura aditiva, e, portanto, adequada para ser medida em nível intervalar. Também, é capaz de acessar a invariância transcultural de uma medida. Objetivos: O objetivo principal de nosso estudo é avaliar as propriedades de medida do WHOQOL-Bref usando a análise de Rasch de seus domínios e itens em pacientes deprimidos de serviços de cuidados primários de diferentes países. Os objetivos secundários são: verificar se os itens do WHOQOLBref são invariantes entre os pacientes que têm um episódio depressivo atual, testar a invariância das medidas dos itens num contexto transcultural, e verificar a validade da versão brasileira do WHOQOL-Bref em adultos com depressão maior usando a análise de Rasch. Esta tese é composta por quatro estudos. O primeiro estudo (estudo 1) é um artigo de revisão que tem como objetivo apresentar as bases do modelo de Rasch, usando o exemplo prático de uma escala de depressão. O segundo (estudo 2) apresenta a avaliação da invariância dos itens do WHOQOLBref entre pacientes deprimidos e não deprimidos. O terceiro (estudo 3) enfoca nas propriedades de medida e na avaliação transcultural dos itens do WHOQOL-Bref e o quarto (estudo 4) é sobre a versão brasileira desta medida. Métodos: Sujeitos: Para o estudo 2, a amostra consistiu de 2359 sujeitos, dos quais 1193 tinham o diagnóstico confirmado de episódio depressivo atual e eram provenientes de seis países (Austrália, Brasil, Israel, Rússia, Espanha, e EUA) incluídos na avaliação basal do LIDO. Estes mesmos 1193 pacientes deprimidos fizeram parte da amostra do estudo 3. O estudo 4 incluiu os 208 pacientes deprimidos da amostra brasileira. Medidas: Nós utilizamos os seguintes instrumentos de medida: a Center for Epidemiological Studies Depression Scale (CES-D) para avaliar a severidade da depressão; o World Health Organization Quality of Life Instrument – versão abreviada (WHOQOL-Bref) como medida genérica de QV; e o Composite International Diagnostic Interview (CIDI), versão 2.1 para o diagnóstico de depressão. Análise Estatística: Estudo 2: A análise de Rasch foi utilizada para ver se os itens que exibiriam funcionamento diferencial (DIF), como uma maneira de acessar a invariância em relação ao fator depressão definido como o diagnóstico de depressão usando o CIDI. Estudos 3 e 4: Uma análise de Rasch completa foi realizada para acessar as propriedades de medida dos domínios e dos itens do WHOQOL-Bref. As análises dos DIF foram feitas para verificar os vieses de idade, gênero e a invariância transcultural. Resultados: Estudo 2: Onze dos 26 itens do WHOQOL-Bref apresentaram DIF devido ao fator depressão e o domínio físico foi o que apresentou mais itens com DIF. Estudo 3: Os domínios físico, psicológico e ambiental necessitaram de ajustes para se adequar ao modelo de Rasch, principalmente devido à inadequação de itens individualmente ou DIF devido à idade. O domínio social manteve as suas fracas propriedades psicométricas demonstradas em estudos prévios. Apenas cinco itens foram totalmente invariantes entre os países, mas os vieses entre os outros itens desapareceram quando analisado juntos, indicando um cancelamento deste efeito. Estudo 4: Após usar a análise de Rasch na amostra brasileira, os 4 domínios do WHOQOL-Bref demonstraram medidas apropriadas de adequação ao modelo. Alguns itens necessitaram ajustes: 4 itens mudaram de escores (‘dor’; ‘finanças’, ‘serviços’ e ‘transporte’), 2 itens (‘trabalho’ e ‘atividade’) apresentaram dependência local nas respostas, e 1 item foi excluído (’sono’), mostrando multidimensionalidade. Conclusões: Nossos achados indicam que a maioria dos itens do WHOQOL-Bref não apresentam DIF para a ocorrência de um episodio atual de depressão maior e a variância associada com a depressão com esta medida genérica de QV é restrita a algumas facetas. Portanto, nós recomendamos este ajuste restrito em futuras análises desta medida para pacientes deprimidos. Também, nossos resultados demonstram que os domínios do WHOQOL-Bref com alguns ajustes apresentam propriedades de Rasch no contexto transcultural de seis países. Finalmente, após sofrer ajustes pela análise de Rasch, o WHOQOL-Bref parece ser um instrumento psicometricamente válido para avaliar a QV de pacientes brasileiros de um serviço de cuidados primários. / Backgound: The WHOQOL-Bref, the abbreviated generic measure of quality of life (QOL) developed by the World Health Organization, was developed simultaneously in several cultures and languages under the framework of Classical Test Theory. It has 26 items covering four domains: Physical, Psychological, Social Relationships and Environment. Since it can be considered a measure of subjective QOL, some authors have suggested that its assessment should be checked for the influence of depressive symptomatology on the QOL score. Moreover, it is well placed to examine the influence of culture on QOL, but its cross-cultural validity in depressed individuals remains unstudied. Quality of life and depression have a complex conceptual relationship. To our knowledge, there is no study addressing the potential overlap of QOL and depression measuring using a cross-cultural database. The Longitudinal Investigation of Depression Outcomes (LIDO) study was a multicenter, cross-national observational study that followed patients with depressive disorders in primary care settings for 12 months in six countries. Potentially, the LIDO database allows us to test empirically the relationship between depression and QOL measurement. The Rasch model, a modern statistical tecnique, is seen as a template which puts into operation the axioms of additive conjoint measurement. This model presents a set of analyses to obtain a variable with additive structure and, hence is suitable to be measured on an interval scale. Also, this abble to assess the cultural invariance of a measure. Objectives: The main purpose of our study is to look at the measurement properties of the WHOQOL-Bref using Rasch analysis of the domains and items of WHOQOL-Bref) in depressed patients from primary care services from different countries. Secondary puposes are: to verify whether the items of the WHOQOL-Bref are invariant among patients having a current major depressive episode, to test the invariance of item measures in cross-cultural settings, and to assess the validity of the Brazilian version of WHOQOL-Bref in adults with major depression using the Rasch analysis. This thesis is composed by four studies. The first study is a review article aiming at presenting the basical features of the Rasch model using a pratical example of a depression scale. The second study (study 2) presents an evaluation of the invariance of the WHOQOL-Bref items between depressed and non depressed patients. The third study (study 3) focus on the mesurement properties and the crosscultural evaluation of the items of the WHOQOL-Bref and the fourth study (study 4) is on the Brazilian version of this measure. Methods: Subjects: In the study 2, the sample consisted of 2,359 subjects, of which 1,193 had a confirmed diagnosis of a current major depressive episode from six countries (Australia, Brazil, Israel, Russia, Spain, and the USA) involved in the baseline assessment of the LIDO study. These same 1,193 major depressed patients consisted the sample of the study 3. Study 4 had 208 major depressed patients from Brazilian sample. Measures: We used the following measurement instruments: the Center for Epidemiological Studies Depression Scale (CES-D) to assess severity of depression; the World Health Organization Quality of Life Instrument - Abbreviated version (WHOQOL-Bref) was used as a generic quality of life (QOL) instrument; and the Composite International Diagnostic Interview (CIDI), version 2.1 for the diagnosis of depression. Analysis: Study 2: The Rasch anlysis was used to look at items exhibiting differential item functioning (DIF) as a way of assessing invariance in relation to a depression factor defined by the diagnosis of depression using the Composite International Diagnostic Interview (CIDI). Study 3 and 4: A complete Rasch analysis was run to assess measurement properties of the WHOQOL-Bref domains and items. DIF analysis was made to verify bias by age, gender and cross-cultural invariance. Results: Study 2: Eleven out of the 26 items of the WHOQOL-Bref showed DIF due to the depression factor and the Physical domain presented more items displaying DIF. Study 3: The Physical, Psychological and Environment domains of the WHOQOL-Bref required adjustments to conform to the Rasch model expectations, mainly because of individual item misfit, or Differential Item Functioning (DIF) due to age. The Social domain maintained its poor psychometric properties evidenced by previous studies. Only five items were totally invariant across countries, but the bias of other items disappeared when pooled, indicating cancellation effects. Study 4: After using Rasch analysis, the 4 domains of WHOQOL-Bref showed appropriate fit to this model. Some items needed adjustments: 4 items were rescored (‘Pain’; ‘Finances’, ‘Services’ and ‘Transport’), 2 items (‘Work’ and ‘Activity’) identified they have dependency of responses, and 1 item was deleted (’Sleep’), showing multidimensionality. Conclusions: Our findings indicate that the majority of WHOQOL-Bref items do not exhibit DIF for a current major depressive episode and the variance associated with depression in this generic QOL measure is restricted to some facets of this construct. Thus, we recommend this restricted adjustment for depression in future analyses of this measure. Also, our results support the Rasch properties of the domains of the WHOQOL-Bref, with some modification, as a measure of generic subjective QOL in the context of primary care depressed patients in six countries worldwide. Finally, the WHOQOL-Bref, after Rasch adjustments, seems to be a psychometrically valid instrument that it is suitable for evaluating the QOL of Brazilian depressed outpatients from primary care setting.
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Propriedades Psicométricas da versão brasileira do Addiction Severity Index 6 (ASI 6): Uma abordagem pela Teoria de Resposta ao Item / Psychometric properties of Brazilian version of the Addiction Severity Index 6 (ASI 6): An approach by Item Response Theory

Sartes, Laisa Marcorela Andreoli [UNIFESP] 30 June 2011 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:50:40Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2011-06-30 / Embora amplamente utilizado em vários países para planejamento de tratamento de pessoas com problemas decorrentes do uso abusivo de substâncias psicotrópicas, a versão em português do instrumento Addiction Severity Index (Escala de Gravidade de Dependência - 6ª. edição - ASI 6), ainda não havia sido avaliada quanto a algumas propriedades psicométricas. Este estudo transversal, que fez parte de um projeto multicêntrico internacional, teve por objetivo avaliar as propriedades psicométricas das sete áreas da versão brasileira do ASI 6 utilizando modelos da Teoria de Resposta ao Item (TRI) e com base nesta análise, selecionar os melhores itens, visando propor uma versão reduzida do ASI 6. O ASI 6 foi aplicado a 740 pacientes em tratamento especializado para dependência de álcool e/ou outras drogas, localizados em quatro cidades brasileiras: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Com os dados colhidos, foram realizadas análises fatoriais (AFs) para avaliar a existência de unidimensionalidade da área e, sendo esta confirmada, aplicados dois modelos paramétricos da Teoria de Resposta ao Item (TRI). Cada item foi avaliado em relação a dois parâmetros: a) sua capacidade de discriminação de pessoas quanto à intensidade do traço latente (gravidade de problemas em cada área avaliada) e b) dificuldade do item para gerar respostas afirmativas. Com base nestes parâmetros foi estudada, em cada área, a distribuição dos itens e das pessoas numa escala dos diferentes níveis de gravidade do traço latente. As características das pessoas que se encontram em cada nível de gravidade foram descritas considerando os itens que os compõem. Segundo as análises baseadas na TRI, com exceção da área “Emprego/Sustento”, todas as outras seis áreas apresentaram boas propriedades psicométricas. Cerca de um terço dos itens originais apresentou índices adequados de discriminação e dificuldade. Desta forma, para compor uma versão reduzida do ASI, foram selecionados 96 dos 344 itens (incluindo aqui os subitens dos 252 itens originais) pela eliminação dos itens pouco discriminativos ou de extrema dificuldade para gerar respostas afirmativas. No caso da área “Emprego/Sustento” a seleção de itens foi baseada na AF. A estrutura dos construtos de cada uma das sete áreas do ASI 6 foi avaliada com base na associação da interpretação das análises baseadas na TRI e das AFs. Tal análise indicou que cada área pode ser considerada unidimensional, a partir de um subconjunto de itens, por possuir um construto principal identificável. Uma redução significativa do ASI 6, construída com base nos itens selecionados, poderá ser útil tanto em pesquisa clínica, como no planejamento de tratamento de pessoas com problemas decorrentes do uso abusivo de substâncias psicotrópicas, reduzindo o tempo necessário para sua aplicação, sem que haja perda das principais informações por ele fornecidas. Palavras chave: Entrevista Psiquiátrica Padronizada; Psicometria; Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias; Estudos de Validação; Interpretação Estatística dos Dados. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Validade dimensional da escala de apoio social do Medical Outcomes Study adaptada para o português no estudo pró-saúde / Validity of the dimensional scale of social support of the Medical Outcomes Study adapted to Portuguese in the study pro-health

Mattos, Athamis de January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2011-05-04T12:36:27Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2009 / Estudos sobre a importância de rede e apoio social nos desfechos em saúde têm sido desenvolvidos nos últimos 30 anos. Rede social é definida como o grupo de pessoas com as quais o indivíduo mantém contato ou alguma forma de vínculo social. Apoio social refere-se à funcionalidade da rede social (apoio emocional, apoio material entre outros). O presente estudo dá continuidade à avaliação das propriedades psicométricas da escala de apoio social utilizada em um estudo de coorte de trabalhadores de uma universidade pública no Rio de Janeiro - Estudo Pró-Saúde por meio da avaliação de sua validade de constructo através da análise fatorial confirmatória. Essa investigação baseia-se nos dados de 4030 participantes obtidos na primeira fase desse estudo (1999), onde um questionário multidimensional foi utilizado. Nesse foi incluída a escala de apoio social elaborada para o Medical Outcomes Study (MOS), que foi adaptada para o português, no âmbito do estudo. Foi realizada a análise fatorial confirmatória com o intuito de avaliar os modelos com três, quatro e cinco fatores quanto ao ajuste, validade convergente e validade discriminante. (...) / Studies about the importance of social support on health outcomes have been developed since 30 years. Social network is defined as a group of people which a person has contact with or any kind of social connections. Social support is related to the functionality of the social network. The present study continues the psychometric testing of the social support scale, used in a cohort of public university servents of Rio de Janeiro - Pró-Saúde Study – through evaluation of the construct validity using the confirmatory factor analysis. This investigation was based on information about 4030 participants in the first stage of the study (1999), which a multidimensional instrument was used. In this study, it was included the social support scale of the Medical Outcomes Study (MOS), which was adapted to Portuguese, in the study‟s environment. The confirmatory factor analysis was used to test the three, four and five factors models adjustment, the convergent and discriminant validity. The estimation method used was the WLSMV (robust weighted least squares) recommended to models with multivariate non-normal distributed indicators which is the case of the categorical indicators of the MOS social support scale. The fit indices used were the CFI (comparative fit index), the TLI (Tucker Lewis index), the RMSEA (root mean square error of approximation), the χ² statistic, and the WRMR ((weighted root mean square residual). The statistic program used was the Mplus. The four factor model was the one which presents the best goodness-of-fit measures (CFI=0,897; TLI=0,987). However, the residuals were high (RMSEA=0,131; WRMR=3,727), indicating a poor adjust. The convergent validity was good, presenting values above 0,50 of extracted variance and values above 0,70 of composed reliability in all dimensions. Only the material dimension presented good discriminant validity. In conclusion, nevertheless the four factor model presented some vantages compared with the other models, it is necessary implement changes to improve the adjust of the model. This modifications are related to itens exclusion, and not only about the dimentions addiction, which is suggested through insufficient results of the discriminant validity of that model - highly correlations in the “information” and “emotional‟ dimensions. A scale with a smaller numbers of itens should improve the measurements of social support and bring news conclusions in the investigations about the importance of social support in the social determinants and wellness.
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Adaptação transcultural e evidências de validação psicométricas do Inventory of Callous-Unemotional Traits (ICU) para avaliação de traços de insensibilidade e afetividade restrita de adolescentes no Brasil / Crosscultural adaptation and psychometric evidences of the Inventory of Callous-Unemotional Traits (ICU) in Brazilian adolescents / Adaptación transcultural y evidencias de validación psicométricas del Inventory of Callous-Unemotional Traits (ICU) para evaluación de trazos de insensibilidad y afetividad restricta de adolescentes en Brasil

Rigatti, Roberta January 2016 (has links)
Traços de insensibilidade (callous) e afetividade restrita (unemotional) estão associados à característica essencial de comportamento antissocial na infância e adolescência. O Inventory of callous-unemotional traits (ICU), traduzido como Inventário de traços de insensibilidade e afetividade restrita, é um instrumento de autorrelato, com 24 itens, que mensura esses traços. No entanto, o ICU ainda não foi adaptado para o português falado no Brasil. O presente estudo tem por objetivo realizar a adaptação transcultural do ICU e verificar as evidências de validação psicométricas para adolescentes brasileiros. O estudo foi dividido em duas etapas: a primeira, de tradução, retradução, avaliação por comitê de especialistas e avaliação da clareza, da versão pré-final traduzida; e a segunda, a avaliação das evidências das seguintes propriedades psicométricas da versão final: validade de constructo, por meio da análise fatorial confirmatória (AFC) e exploratória (AFE); consistência interna via confiabilidade intra e interavaliadores; e validade de convergência através da correlação com o Questionário de Capacidades e Dificuldades – versão criança (SDQ-C). A amostra foi composta por adolescentes, entre 10 a 17 anos, de ambos os sexos, matriculados em quatro escolas da rede pública de ensino fundamental. A AFC foi embasada em oito modelos de estrutura fatorial, conforme estudos prévios de validação do ICU. O instrumento foi aplicado novamente em 40 alunos sorteados, com intervalo de 15 dias, para verificar a confiabilidade intra-avaliadores (teste-reteste). A pesquisa foi aprovada em Comitê de Ética em Pesquisa (CAEE nº 19651113.5.0000.5338). Após as considerações do comitê de especialistas e a aprovação do autor do ICU, 40 alunos avaliaram a clareza da versão pré-final e os termos considerados de menor entendimento foram adequados, concluindo-se, então, a etapa de adaptação transcultural. A versão final do ICU foi aplicada em 1307 estudantes, sendo 673(51,5%) do sexo masculino, com média de idade de 12,7(DP=1,68) anos. Os modelos fatoriais com melhores ajustes foram: o bifatorial adaptado de dois fatores de Hawes et al. (2014), e o bifatorial de três fatores de Waller et al. (2015). Os resultados das cargas fatoriais após AFE foi aceitável para ambos os modelos, sendo a versão breve (ICU-B) com um fator geral de 12 itens e dois fatores definidos como: insensibilidade (callous – 7 itens) e indiferença (uncaring – 5 itens). A versão do ICU com 18 itens também permaneceu com um fator geral e os três fatores definidos como: insensibilidade (callous – 9 itens), indiferença (uncaring – 4 itens) e afetividade restrita (unemotional – 5 itens). A consistência interna intra-avaliadores foi satisfatória, com coeficiente de correlação intraclasse (ICC) >0,700, em ambos os modelos. A confiabiliadade interavaliadores foi considerada moderada, no fator geral, para o ICU com 12 itens (alfa Cronbach = 0,616) e o modelo ICU de 18 itens foi satisfatória (α= 0,700). Houve convergência do ICU com o SDQ-C, sendo as correlações significativas negativas (r >0,300) entre o domínio pró-social e correlação significativa positiva com o domínio conduta e hiperatividade. Após a realização da adaptação transcultural e a avaliação das evidências de validação psicométricas do ICU para adolescentes brasileiros, obteve-se dois modelos com bons ajustes: com 12 itens (ICU-B) e com 18 itens (ICU). O constructo, conforme foi determinado após as evidências de validação, poderá favorecer a detecção precoce de características psicopatológicas em adolescentes brasileiros e contribuir para o desenvolvimento de pesquisas no tema. / Callous and unemotional traits are associated with the essential characteristics of antisocial behavior in infancy and adolescence. The Inventory of Callous-unemotional traits (ICU) is a self-report instrument, with 24 items that measure those traits. However, ICU has not being adapted for brazilian portuguese yet. The aim of this study is to perform cross-cultural adaptation of the ICU and verify the psychometric evidences for Brazilian adolescents. This study was divided in two stages: the first part in translation, backtranslation, consideration of the committee of experts and clarity evaluation, of the prefinal translated version. The second stage is evidence evaluations of the following psychometric propriety of the final version: construct validity throughout confirmatory factor analysis (CFA) and exploratory factor analysis (EFA); internal consistency via inter and intra-rater reliability; and convergence validation through the correlation with the Strengths and Difficulty Questionnaire– child version (SDQ-C). The sample was made up of teenagers between 10 and 17 years old, both sex, enrolled in four public primary schools. The CFA was based in eight factor structure models, according to previous studies of ICU validation. The instrument was applied again in 40 students randomly selected, with an interval of 15 days to verify intra-rater reliability (test-retest). The research was approved by the Research Ethics Committee (CAEE nº 19651113.5.0000.5338). After the committee’s considerations and the approval of ICU’s author, 40 students evaluated the clarity of the pre-final version and adapted the terms that were less comprehensible, concluding then the cross-cultural adaptation step. The final version of ICU was applied in 1307 students, being 673(51,5%) male, with mean of 12,7(SD= 1,68) years old. The factorial models with best adjustments were bifactors adapted of two factors by Hawes et al. (2014), and bifactor of three factors by Waller et al. (2015). The factor loading results after EFA were acceptable for both models, being the brief version (ICU-B) with a general factor of 12 items and two factors defined as: callous (7 items) and uncaring (5 items). The ICU version with 18 items also remained with a general factor and three factors defined as: callous (9 items), uncaring (4 items) and unemotional (5 items). Intra-rater consistency was satisfactory, with intra-class correlation coefficient (ICC) >0,700 in both models. Interrater reliability was considered moderated, in general factor, for the ICU with 12 items (alfa Cronbach = 0,616) and the ICU model of 18 items was satisfactory (α=0,700). There was convergence between ICU and SDQ-C, being the negative significant correlation (r >0,300) between pro-social dominance and positive significant correlation with conduct dominance and hyperactivity. After the ICU’s cross-cultural adaptation and psychometric validation evidences adapted for Brazilian adolescents, two models were obtained with good adjustments: ICU-B (12 items) and ICU (18 items). The construct as determined by validation evidences might help in earlier detection of psychopathologic characteristics in brazilian adolescents and contribute to the development of researches in this subject. / Rasgos de insensibilidad (callous) y afectividad restricta (unemotional) se asocian a la característica esencial del comportamiento antisocial en la niñez y adolescencia. El Inventory of callous-unemotional traits (ICU), traducido como inventario de trazos de insensibilidad y afectividad restricta, es un instrumento de auto-relato, con 24 ítems, que mensura estos trazos. Sin embargo, el ICU todavía no fue adaptado para el portugués hablado en Brasil. El presente estudio tiene por objetivo realizar la adaptación transcultural del ICU y verificar las evidencias de validación psicométricas para adolescentes brasileños. El estudio se divide en dos etapas: la primera, de traducción, re-traducción, evaluación por comité de expertos y evaluación de claridad, de la versión pre-final traducida; y la segunda, la evaluación de las evidencias de las siguientes propiedades psicométricas de la versión final: validad del constructo, por medio del análisis factorial confirmatorio (AFC) y exploratorio (AFE); consistencia interna vía fiabilidad intra e inter-evaluadores; y validad de convergencia a través de la correlación con el cuestionario de capacidades y dificultades – versión para niños (SDQ-C). La muestra es compuesta por adolescentes, entre 10 a 17 años, de ambos los sexos, matriculados en cuatro escuelas públicas de enseñanza primaria. La AFC fue embazada en ocho modelos de estructura factorial, según estudios previos de evaluación del ICU. El instrumento se aplicó nuevamente en 40 alumnos sorteados, con intervalo de 15 días para verificar la fiabilidad intra-evaluadores (teste-reteste). La investigación fue aprobada en el Comité de Ética en Investigación (CAEE nº 19651113.5.0000.5338). Después de las consideraciones del comité de expertos y la aprobación del autor del ICU, 40 alumnos evaluaron la claridad de la versión pre-final y se adecuaron los términos considerados de menor entendimiento, concluyendo, de esa forma, la etapa de la adaptación transcultural. La versión final del ICU se aplicó en 1307 estudiantes, siendo 673(51,5%) del sexo masculino, con edad media de 12,7(DP= 1,68) años. Los modelos factoriales con mejores ajustes fueron: el bi-factorial adaptado de dos factores de Hawes et al. (2014), y el bi-factorial de tres factores de Waller et al. (2015). Los resultados de las cargas factoriales tras el AFE fue aceptable para ambos los modelos, siendo la versión breve (ICU-B) con un factor general de 12 ítems y dos factores definidos como: insensibilidad (callous - 7 ítems) y indiferencia (uncaring - 5 ítems). La versión del ICU con 18 ítems también se quedó con un factor general y tres factores definidos como: insensibilidad (callous – 9 ítems), indiferencia (uncaring – 4 ítems) y afectividad restricta (unemotional – 5 ítems). La consistencia interna intra-evaluadores fue satisfactoria, con coeficiente de correlación intraclase (ICC) >0,700 en ambos modelos, la fiabilidad inter-evaluadores se consideró moderada, el factor general para el ICU con 12 ítems (alfa Cronbach =0,616) e o modelo ICU de 18 ítems fue satisfactoria (=0,700). Hubo convergencia del ICU con el SDQ-C, siendo las correlaciones significativas negativas (r>0,300) entre el dominio pro-social y correlación significativa positiva con el dominio conducta e hiperactividad. Después de la realización de la adaptación transcultural y la evaluación de las evidencias de validación psicométricas del ICU para adolescentes brasileños, se obtuvo dos modelos con buenos ajustes: con 12 ítems (ICU-B) y con 18 ítems (ICU). El constructo conforme determinado tras las evidencias de validación podrá favorecer la detección precoz de características psicopatológicas en adolescentes brasileños y contribuir para el desarrollo de investigaciones en el tema.

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