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Prevalência, gravidade e fatores de risco associados à sibilância recorrente em lactentes nascidos em Ribeirão Preto em 2010 / Prevalence, severity and risk factors associated with recurrent wheezing in infants was born in Ribeirão Preto in 2010Guarato, Juliana Cristina Castanheira 22 November 2016 (has links)
Objetivo: Avaliar a prevalência, a gravidade e os fatores de risco associados à sibilância recorrente em crianças nos primeiros dois anos de vida em uma coorte de nascimentos. Métodos: Estudo de coorte prospectivo de 3167 crianças nascidas em Ribeirão Preto, SP, no ano de 2010 e avaliadas para esse estudo entre 12 e 24 meses. Os responsáveis pelos lactentes participantes responderam a questionários padronizados com questões referentes às características maternas, condições gestacionais, perinatais e pós-natais, antecedentes pessoais e familiares de doenças alérgicas, ocorrência e número de episódios de sibilância, ida a serviços de emergência, uso de medicações, diagnóstico de pneumonia e internações. O estudo das associações entre os desfechos e as variáveis independentes de interesse foi feito por meio de análise univariada e por modelos log-binomiais ajustados, obtendose medidas de risco relativo (RR) e seus intervalos de confiança (IC). Resultados: A prevalência de pelo menos um episódio de sibilância nos dois primeiros anos de vida foi de 56,3% (1785/3167), sendo que 35,8% (1136/3167) lactentes apresentaram sibilância ocasional (até dois episódios) e 20,1% (639/3167) apresentaram sibilância recorrente (três ou mais episódios). Sibilância recorrente grave (mais de 6 episódios) foi relatada em 8,7% lactentes (277/3167). Os fatores de risco independentes para apresentar de 3 a 6 episódios de sibilância foram: prematuridade (RR=1,46), tabagismo passivo (RR= 1,72, se menos de 10 cigarros/dia e RR=2,04. se mais de 10 cigarros/dia), frequentar a creche após os 6 meses (RR= 1,31), diagnóstico médico de rinite alérgica (RR= 1,52) e presença de carpete no domicílio (RR= 1,59). Os principais fatores de risco associados à sibilância grave foram: tabagismo passivo (RR= 2,89 para mais de 10 cigarros/dia), frequentar creche (RR= 2,43, se início até os 6 meses e RR: 1,49, se início após os 6 meses), resfriados nos 3 primeiros meses de vida (RR= 2,17), asma (RR= 1,50) e dermatite atópica na família (RR= 1,49) e diagnóstico de rinite alérgica (RR= 1,93). Lactentes brancos apresentaram prevalência menor de sibilância recorrente não grave (RR=0,68). Não houve associação entre o tempo de aleitamento materno e sibilância recorrente. Conclusões: Crianças nascidas em Ribeirão Preto apresentam alta prevalência de sibilância recorrente nos dois primeiros anos de vida. Nessa fase precoce da vida, medidas ambientais visando a diminuição da exposição à fumaça do cigarro e a prevenção de infeções virais poderiam resultar na redução dos casos de sibilância recorrente grave nesta população. / Objective: To evaluate the prevalence, severity and risk factors associated with recurrent wheezing in children in early years of life. Methods: Prospective cohort study of 3167 children born in Ribeirão Preto, São Paulo, in 2010, and evaluated for this study at 12-24 months of age. A standardized questionnaire with questions regarding maternal characteristics, gestational, perinatal and postnatal conditions, family and children allergy, occurrence of wheezing, number of wheezing episodes, daycare attendance, visits to emergency, medication use, diagnosis of pneumonia and hospitalizations was applied to caregivers . Associations between outcomes and the independent variables of interest were done through univariate analysis and adjusted log-binomial models. Relative risks (RR) and confidence intervals (CI) were calculated. Results: The prevalence of at least one episode of wheezing in the first two years of life was 56.3% (1785/3167), 35.8% (1136/3167) infants had occasional wheezing (up to two episodes) and 20,1% (639/3167) had recurrent wheezing (three or more episodes). Severe recurrent wheeze (more than 6 episodes) was reported in 8.7% infants (277/3167). The independent risk factors for presenting 3 to 6 episodes of wheezing were prematurity (RR = 1.46), passive smoking (RR = 1.72 for less than 10 cigarettes / day, RR = 2.04 for more than 10 cigarettes / day), daycare attendance after 6 months (RR = 1.31), medical diagnosis of allergic rhinitis (RR = 1.52) and the presence of carpet at home (RR = 1.59). The main risk factors associated with severe wheezing were passive smoking (RR = 2.89 for more than 10 cigarettes / day), daycare attendance (RR = 2.43 if was started before 6 months and RR=1.49, if started after 6 months), acute upper respiratory infections during the first 3 months of life (RR = 2.17), asthma (RR = 1.50) and atopic dermatitis in the family (RR = 1.49) and diagnosis of allergic rhinitis (RR = 1.93). White infants have a lower prevalence of non-severe recurrent wheezing (RR = 0.68). There was no association between duration of breastfeeding and recurrent wheeze Conclusions: Children born in Ribeirão Preto have a high prevalence of recurrent wheezing in the first two years of life. In this early stage of life, environmental measures to reduce the exposure to cigarette smoke and prevention of viral infections could result in the reduction of severe recurrent wheezing in this population.
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[en] COORTE EFFECT AND THE DEVELOPMENT OF THE PREFERENCES FOR FEMININE FASHION / [pt] O EFEITO COORTE E O DESENVOLVIMENTO DAS PREFERÊNCIAS POR MODA FEMININACHRISTINE DOS SANTOS PINA 25 September 2006 (has links)
[pt] Evidências mostram que existe um determinado período na
vida dos
indivíduos onde certas preferências são desenvolvidas.
Essas preferências
parecem ser levadas por toda a vida, influenciando nos
gostos desses indivíduos a
longo prazo. Esse fenômeno vem a ser o que chamamos de
Efeito Coorte. Este
estudo a avalia se, conforme a teoria dos efeitos do
coorte até então estudada,
existe um período mais sensível da vida do indivíduo, no
qual a preferência pelas
tendências da moda é formada. O estudo investiga, ainda,
alguns desdobramentos
desta teoria, procurando identificar se existe um ponto
máximo onde esta
preferência ocorre. Os resultados mostraram ser
compatíveis com a teoria até
então estudada, fato que vem a ser de extrema relevância
no trabalho de
profissionais de marketing no setor da moda, além de
sugerir estudos futuros mais
extensivos no assunto. / [en] There is evidence that in certain period of an individual
s life they develop
preferences that remain unchanged throughout a lifetime.
Therefore, these
preferences may influence their tastes in the future. This
phenomenon is called the
cohort effect. This study investigates if there is a
critical period in an individual s
life, substantiating the cohort theory, where fashion
preferences are developed.
Other implications of this theory is explored in this
study by trying to identify if
there is a specific period, where these preferences occur.
The results seem to be
consistent with the existing cohort theory, which is
extremely relevant for
marketing professionals in the fashion business, and
highlights the need for future
studies for further investigation.
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Saúde bucal e grau de felicidade em adolescentes de uma cidade no sul do Brasil: análise longitudinal / Oral health and subjective happiness in adolescents of a Southern Brazilian town: longitudinal analysisSimone Tuchtenhagen 09 March 2018 (has links)
Felicidade é um constructo multidimensional que pode ser definido como ograu em que uma pessoa avalia a qualidade geral de sua vida como favorável; ela tem sido associada com vários desfechos e medidas de saúde. A transição da infância para a adolescência envolve uma série de mudanças físicas e especialmente psicológicas, e oimpacto das doenças bucais pode ser percebido como um obstáculo para o desenvolvimento social dos indivíduos.Osobjetivos do presente trabalho foram estudar a influência das condições de saúde bucal, condição socioeconômica e uso de serviços no grau de felicidade durante o período de transição da infância para a adolescência;identificar os fatores associados à mudança do grau de felicidade e avaliar o incremento dos problemas de saúde bucal na amostra após 2 anos de acompanhamento. A coleta de dados ocorreu em 2 momentos, nos anos de 2012 e 2014. Foram feitos exames clínicos para avaliar as condições de saúde bucal (cárie dentária, má oclusão, traumatismo dentário e condição gengival), entrevistas para avaliar o grau de felicidade (medido com a Escala Subjetiva de Felicidade-SHS) e o impacto das condições de saúde bucal na qualidade de vida (medido com o Child Perceptions QuestionnaireCPQ11-14), além de questionários enviados aos responsáveis para avaliar a condição socioeconômica da família, variáveis demográficas e de uso de serviços dacriança. Para a análise dos fatores relacionados ao grau de felicidadefoi utilizado um modelo linear multinível para medidas repetidas ao longo do tempo, comentrada de variáveis hierarquizada de acordo com um modelo conceitual; para análise dos fatores associados à mudança no grau de felicidadefoi utilizada regressão logística multinomial.Das 1134 crianças examinadas no baseline, 770 foram reavaliadas após 2 anos(taxa de resposta de 67,9 por cento), e foi observado um aumento na prevalência de problemas bucais (experiência de cárie, prevalência de má oclusão, prevalência de sangramento e placa dental). O modelo multinível final foi composto por variáveis socioeconômicas da família, pelo uso de serviços e pelas condições clínicas de saúde bucal e autopercepção.Adolescentes de famílias com menor renda(p=0,030), que viviam em residências com maior aglomeração(p<0,001), cujas mães tinham um menor nível de escolaridade(p=0,014), que utilizavam o serviço odontológico por motivos de dor ou em busca de tratamentos(p=0,039), que possuíam um número maior de dentes com cavidades de cárie não tratada(p=0,010)e que relatavam maior impacto das condições de saúde bucal na qualidade de vida (p<0,001)apresentaram um pior grau de felicidade. O modelo multinomial final indicou uma associação entre experiência de cárie e autopercepção e a mudança no grau de felicidade: adolescentes com um maior número de dentes cariados, perdidos ou obturados (OR=1,16-1,19, p=0,018-0,037) e com escores mais altos no CPQ11-14 (OR=1,04-1,07, p=0,000-0,014) tinham uma maior chance de pertencer às categorias mais desfavoráveis de trajetória de felicidade. Esses resultados evidenciam a importância de políticas públicas inclusivas e promoção de saúde bucal para o desenvolvimento psicossocial de adolescentes / Happiness is a multidimensional construct and can be defined as the degree to which a person evaluates the quality of his life as a whole as favorably; It has been associated with several health outcomes and measures. The transition from childhood to adolescence involves a number of physical and especially psychological changes, and the impact of oral diseases can be perceived as an obstacle to the social development of individuals. The objectives of this paper were to investigate the influence of oral health conditions, socioeconomic status and use of dental services on subjective happiness during the transition from childhood to adolescence; to identify the factors associated with the change in the perception of happiness and to evaluate the incidence of oral health problems in the sample after 2 years of follow-up. Data collection was performed at two periods, in 2012 and 2014. Clinical examinations were performed to evaluate oral health conditions (dental caries, malocclusion, dental trauma and gingival condition), interviews were conducted to evaluate the subjective happiness (using the Subjective Happiness Scale -SHS ) and the impact of oral health conditions on quality of life (using the Child Perception Questionnaire -CPQ11-14), questionnaires were sent to the parents to assess socioeconomic family characteristics, demographic variables and the use of dental services. To analyse the factors associated with the subjective happiness, data were fitted into a linear multilevel model for repeated measures and hierarchical selection of variables; to analyze the factors associated with changes in happiness, data were fitted into a multinomial logistic model. From 1134 children examined in the baseline, 770 were reevaluated after 2 years (response rate of 67.9 per cent), and it was observed an increase in the prevalence of oral health conditions (experience of dental caries, prevalence of malocclusion, gingival bleeding and dental plaque). In the multilevel model, following adjustment, there was an association between the mean score of SHS and socioeconomic variables, the use of dental services, clinical conditions and self-perception. Adolescents from lower income families (p = 0.030), who lived in households with worse overcrowding (p<0.001), whose mothers had lower levels of education (p = 0.014), who used dental services due to pain or to seek dental treatment (p= 0.039), which had a higher number of cavitated caries lesions (p = 0.010) and who reported higher impact of oral health conditions on quality of life (p <0.001) presented to a worse degree of happiness. The multinomial final model indicated an association between dental caries experience and self-perception and the changes in happiness over time: adolescents with a greater number of teeth decayed, missng orfilled (OR = 1.16-1.19, p = 0.018-0.037), and with higher CPQ11-14 scores (OR = 1.04-1.07, p = 0.000-0.014) had a higher chance of being in the most unfavorable categories of happiness trajectory. These results highlight the importance of inclusive publicpolicies and oral health promotion for the psychosocial development of adolescents
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Prevalência e incidência de infecção pelo vírus da dengue em uma comunidade urbana: Um estudo de coorte.Tavares, Aline da Silva January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil / A dengue é uma doença febril aguda transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Em torno de 40% da população mundial vive em áreas tropicais e subtropicais sob risco de infecção e desenvolvimento da doença. No Brasil, a dengue é uma doença de grande impacto para a saúde pública. Entretanto, poucos estudos de coorte prospectiva foram realizados para estimar a incidência de infecções e para identificar grupos populacionais de maior risco para infecção. Identificar grupos de risco pode ajudar a orientar os programas de prevenção e controle da dengue, de modo a reduzir a carga da doença. Este estudo teve como objetivos determinar a soroprevalência e a densidade de incidência e fatores demográficos e socioeconômicos associados à infecção pelo vírus da dengue em uma comunidade urbana. Um estudo de coorte foi realizado nas comunidades de São Marcos e Pau da Lima, bairros periféricos de Salvador-BA que apresentam infra-estrutura sanitária deficiente. Foram incluídos 2.323 participantes com idade ≥5 anos, residentes em domicílios selecionados aleatoriamente na comunidade. A coorte foi recrutada entre janeiro e junho de 2010 e o seguimento se deu após um ano, entre janeiro e maio de 2011. Em 2010, durante visitas domiciliares, os moradores dos domicílios selecionados que aceitaram participar do estudo assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e foram entrevistados para obtenção de dados demográficos e socioeconômicos. Amostras de sangue foram coletadas, transportadas no mesmo dia para a FIOCRUZ e, após centrifugação, alíquotas de soro foram congeladas a -20°C. Este procedimento foi repetido durante o seguimento da coorte em 2011. O teste utilizado para detectar anticorpos específicos contra dengue nas amostras de soro foi o ELISA IgG indireto. Medidas de tendência central, de dispersão e frequências foram utilizadas para descrever as características demográficas e socioeconômicas da população. A soroprevalência e a soroincidência foram calculadas de acordo com essas características. IC de 95% foram calculados para os indicadores de prevalência e de incidência. Dos 2.323 participantes testados no estudo de base em 2010, 2.036 (87,6%; IC 95%: 86,2 - 88,9) foram soropositivos para a presença de anticorpos IgG contra a dengue. A soroprevalência de dengue foi semelhante entre homens e mulheres. A análise da soroprevalência estratificada por faixa etária mostrou que quanto maior a idade dos indivíduos maior a soroprevalência de dengue (10 a 15 anos RP=1,75 [IC 95% 1,50 - 2,04] e maiores de 15 anos 2,19 [IC 95% 1,90 - 2,52]). Indivíduos de cor parda e branca apresentaram menor soroprevalência do que a cor preta. Aqueles com maior renda per capita e maior escolaridade apresentaram maior soroprevalência. Dos 240 membros da coorte que tiveram as amostras negativas para a presença de anticorpos IgG contra a dengue, 116 apresentaram uma infecção primária inaparente durante o seguimento, o que corresponde a uma incidência de 53,9 (IC 95%: 44,7-64,4) infecções primárias
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inaparentes por 100 pessoas-ano. Os resultados apresentados mostram que a dengue apresenta uma intensa transmissão em comunidades urbanas pobres do Brasil. A urgente necessidade de estratégias alternativas para controle da dengue no Brasil faz-se necessário, a exemplo de vacinas. / Dengue fever is an acute febrile disease transmitted by the mosquito Aedes aegypti. Around 40% of the world population lives in tropical and subtropical areas at risk of infection and disease development. In Brazil, dengue is a disease of great impact on public health. However, few prospective cohort studies have been conducted to estimate the incidence of infections and to identify population groups at higher risk for infection. The identification of risk groups can help guide prevention programs and dengue control in order to reduce the burden of disease. This study aimed to determine the prevalence and incidence density and socioeconomic and demographic factors associated with dengue virus infection in an urban community. A cohort study was conducted in the communities of San Marcos and Pau da Lima, outskirts of Salvador-BA who have poor health infrastructure. About 2,323 participants aged ≥ 5 years, residents in households randomly selected in the community were included. The cohort was recruited between January and June 2010 and follow-up occurred after one year, between January and May 2011. In 2010, during home visits, residents of selected households agreed to participate and signed a consent form Informed and were interviewed to collect demographic and socioeconomic data. Blood samples were collected, transported the same day to FIOCRUZ and, after centrifugation, serum aliquots were frozen at -20°C. This procedure was repeated during follow-up of the cohort in 2011. Test used to detect specific antibodies in serum samples from dengue was IgG ELISA indirect. Absolute and relative frequencies were used to describe the demographic and socioeconomic characteristics of the population. The seroprevalence and seroincidence were calculated according to these characteristics by means of chi-square or Fisher's exact test. 95% CI were calculated for indicators of prevalence and incidence density. Of the 2,323 participants tested at baseline in 2010, 2,036 (87.6%, 95% CI: 86.2 to 88.9) were positive for the presence of IgG antibodies against dengue. The seroprevalence of dengue was similar between men and women. The analysis of seroprevalence by age group showed that the older individuals of higher seroprevalence of dengue (10 to 15 years PR = 1.75 [95% CI 1.50 to 2.04] and over 15 years 2, 19 [95% CI 1.90 to 2.52]). The brown and white individuals had a lower prevalence than black subjects. Higher income per capita and higher education showed a higher seroprevalence. Of the 240 members of the cohort who had negative samples for the presence of IgG antibodies against dengue fever, 116 had a silent primary infection during follow-up, corresponding to an incidence of 53.9 (95% CI: 44.7 to 64 4) inapparent primary infections per 100 person-years. The results show that dengue has an intense transmission in urban poor communities in Brazil. The urgent need for alternative strategies for dengue control in Brazil it is necessary, like vaccines.
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Estudo sobre a trajetória de coorte masculina ao nascer e seu grau de escolaridade aos 18 anosMora, Iara Maria [UNESP] 01 March 2002 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2002-03-01Bitstream added on 2014-06-13T20:52:35Z : No. of bitstreams: 1
mora_im_me_bauru.pdf: 875828 bytes, checksum: e5b90b4f6321321cbf99a679b9847adb (MD5) / Considerando fundamental a necessidade da análise conjunta das práticas sociais educação e saúde inseridas no espaço eminentemente social, o objetivo desse trabalho foi avaliar, em uma coorte de jovens de 18 anos, a disponibilidade de acesso aos aparelhos de educação (escolas públicas) e de saúde (postos e hospitais) e sua relação com a distribuição geo-econômica da população e o acesso a essa práticas sociais em Ribeirão Preto - São Paulo. Todas as crianãs nascidas vivas de parto hospitalar de mães residentes em Ribeirão Preto foram estudadas por ocasião do nascimento, no período de junho de 1978 a maio de 1979. Do total, 2083 meninos foram avaliados aos 18 anos, na época do alistamento militar. Foram analisados os dados referentes a hospital de nascimento, escolaridade da mãe na data do parto, escolaridade e bairro de residência do conscrito. Foi feito levantamento do endereço e da data de início de funcionamento de todas as escolas estaduais e postos de saúde do município de Ribeirão Preto. Esses endereços foram colocados no mapa da cidade e a distribuição geo-econômica foi discutida, baseando-se na classificação proposta por GOLDANI (1997). A maior parte das escolas está localizada em bairros pobres (39,65%) e em bairros médio-baixos (37,93%). As escolas que oferecem ensino médio foram criadas, em sua maioria, na década de 70, evidenciando a importância da Lei de Diretrizes e Bases nº 5.692 de 1971, cuja política era expandir o ensino médio. Os postos de saúde, principal acesso da população que depende do Sistema Único de Saúde, estão localizados em bairros classificados como médio-baixos (45,75%), pobres (37,14%), médio-altos (8,57%) e apenas um em bairro rico (2,86%). Esses postos foram inaugurados, em sua maioria, na década de 80, legitimando a reforma sanitária, luta dos profissionais da saúde. Neste trabalho ficou evidente... / In view of the fundamental necessity to analyze jointly the social practices of education and health within an eminently social space, the objective of the present study was to assess in a cohort of 18-year old boys the availabity of access to educational (public schools) and health (health stations and hospitals) facilities and its relation to the geoconomic distribution of the population, and the access to these social practices in Ribeirão Preto - São Paulo. All liveborn infants delivered in hospitals by mothers residing in Ribeirão Preto were studied at the time of birth from june 1978 to may 1979. Of these, 2083 boys were evaluated at 18 years of age at the time of recruitment for military service. Data concerning hospital of birth, mother's schooling at the time of delivery and neighborhood of residence of the conscripts were analyzed. The address and the date of the beginning of functioning were recorded for all state schools and health stations in the municipality of Ribeirão Preto. These addresses were superimposed on a map of the city and the geoeconomic distribution was discussed based on the classification proposed by GOLDANI (1997). Most of the schools are located in poor neighborhoods (39.65%) and middle-lower class neighborhoods (37.93%). The schools that offer secondary education were mostly created in the 1970 decade, demonstrating the importance of the Directives and Bases Law nº 5,692 of 1971, whose policy was to expand secondary education. The health stations, the main points of access for the population that depends on the Unified Health system, are located in neighborhoods classified as middle-lower class (45.75%), poor (37.14%), and middle-high class (8.57%), and only one is located in a rich neighborhood (2.86%). Most of these stations were inaugurated in the 1980 decade as part of the sanitary reform, the fruit of a struggle on the part of health professionals... (Complete abstract click electronic access below)
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O Valor prognóstico das multimorbidades com foco no Índice de Comorbidades de Charlson no acidente vascular cerebral isquêmico: Análise de sobrevivência em até nove anos de seguimento no Estudo Mortalidade e Morbidade do AVC (Estudo EMMA) / The prognostic value of multimorbidities focusing on Charlson Index Comorbidity on ischemic stroke survival: 9-year evaluation in the Study of Stroke Mortality and Morbidity (EMMA study).Herbert Halley Gomes de Castro 08 February 2017 (has links)
Introdução: Apesar da alta frequência dos fatores de risco cerebrovasculares (FRCV) e comorbidades pré-acidente vascular cerebral (AVC) e sua influência na mortalidade pós-AVC, a avaliação individualizada desses fatores nem sempre identifica pacientes com pior prognóstico. Portanto, decidimos avaliar o perfil de multimorbidades, com foco no Índice de Comorbidades de Charlson (ICC) modificado por Goldstein, que é um escore que avalia a carga de comorbidades e sua relação com risco de morte em estudos longitudinais, na sobrevida em curto e longo prazo dentre participantes com AVC isquêmico (AVCi) da coorte EMMA (Estudo de Mortalidade e Morbidade do Acidente Vascular Cerebral). Métodos: Foram incluídos 959 indivíduos (idade mediana 70 anos) com dados validados sobre o diagnóstico de AVC isquêmico (AVCi), principais FRCV tais como fibrilação atrial (FA), recorrência de AVC e comorbidades clínicas pré-evento índice. Foi calculado o ICC modificado por Goldstein, o qual inclui 17 condições clínicas com pontuações que variam de um a seis (0-31 pontos). O status vital foi atualizado periodicamente até nove anos a partir da admissão hospitalar (2006-2014). Estatística: Foram realizadas análises de sobrevivência usando as curvas de Kaplan-Meier e modelos de regressão logística de Cox [razão de risco (RR) cumulativa com intervalos de confiança de 95% (IC 95%)] para morte por todas as causas em 180 dias e trienalmente até o período de nove anos. As análises de mortalidade foram realizadas pelos principais FRCV, comorbidades e ICC categorizado de acordo com peso adicionado às comorbidades (Grupo de referência: zero, moderado: um, grave: dois e muito grave: >= três pontos). Resultados: Em 959 casos de IS, a sobrevida foi de 47% (508 óbitos / 959). Os principais CVRF e comorbidades com os maiores riscos de mortalidade por todas as causas até 9 anos foram: hipertensão arterial (HR, 2,98; IC 95%: 1,33-6,72), diabetes lesão renal (HR, 1.81; 95% CI, 1.38-2.37), AVC recorrente (HR, 1,70; IC 95%: 1,35-2,16) (HR, 1,51; IC 95%: 1,17-1,97), doença cardíaca coronariana (DAC) (HR, 1,56; IC 95%: 1,21-2,01), demência (HR, 2,28; IC 95%: 1,41 -3,71), doença renal crônica (DRC) (HR, 2,30, IC 95%, 1,80-2,94) e câncer metastático (HR, 5,03; IC95%: 1,58-16,06). A pior sobrevida (577, IC95%, 381-773 dias) e o maior risco de morte após AVC foram observados no grupo de ICC Muito grave (HR, 3,18; IC95%, 2,16-4,69) até 9 anos. A inclusão de FA e AVC prévios no ICC aumentou levemente o risco de morte para ICC Muito grave (FC, 3,27; IC95%, 2,07-5,18). Conclusão: HAS, FA, diabetes e AVC, assim como DAC, demência, DRC prévios ao evento índice e câncer metastático em atividade, foram preditores independentes de morte em curto e longo prazo em pacientes com AVCi. Além disso, uma alta carga de comorbidades representou um risco de morrer de dois a três vezes em comparação àqueles com AVCi sem comorbidades em até nove anos / Background: Despite the high frequency of cerebrovascular risk factors (CVRF) and clinical comorbidities pre-stroke event and their influence on posts-stroke mortality, the individualized evaluation of these factors not always identify patients with poor prognosis. Thus, we decided to evaluate multimorbidity profile, focusing on Charlson Comorbidity Index (CCI) modified by Goldstein for stroke patients, which is a score that evaluates the burden of comorbidities and its relation with mortality in longitudinal studies, in short and long-term survival in the EMMA Study (Study of Stroke Mortality and Morbidity). Methods: We included 959 individuals (median age 70y-old) with validated data on the diagnosis of ischemic stroke (IS), main CVRF atrial fibrillation (AF), stroke recurrence and clinical comorbidities pre-event index. It was calculated CCI modified by Goldstein, which includes 17 clinical conditions with scores ranging from one to six (0-31 points). Vital status was periodically updated up to nine years from admission (2006-2014). Statistics: Survival analyses were performed by Kaplan-Meier curves and Cox logistic regression models [cumulative hazard ratio (HR) with 95% confidence intervals (95% CI)] for all-cause mortality at 180 days, and every three years up to 9-year follow-up. Mortality analyzes were performed by main CRVF and CCI categorized according to weight added to comorbidities (Reference group: zero, moderate: one, severe: two and very severe: >= three points). Results: In 959 IS cases, survival rate was 47% (508 deaths/ 959). Leading CVRF and comorbidities with the highest risks of all-cause mortality up to 9 years were: hypertension (HR, 2.98; 95% CI, 1.33-6.72), recurrent stroke (HR, 1.70; 95% CI, 1.35-2.16), diabetes with renal impairment (HR, 1.81; 95% CI, 1.38-2.37), atrial fibrillation (AF) (HR, 1.51; 95% CI, 1.17-1.97) ,coronary heart disease (CHD) (HR, 1.56; 95% CI, 1.21-2.01), dementia (HR, 2.28; 95% CI, 1.41-3.71), chronic kidney disease (CKD) (HR, 2.30; 95% CI, 1.80-2.94) and metastic cancer (HR, 5.03; 95% CI, 1.58-16.06). The worst survival (577, 95% CI, 381-773 days) and the highest risk of death after stroke were observed in the very severe CCI group (HR, 3.18; 95% CI, 2.16-4.69) up to 9 years. The inclusion of previous AF and stroke in the CCI slightly increased the risk of death for very severe CCI (HR, 3.27; 95% CI, 2.07-5.18). Conclusion: Hypertension, AF, diabetes, stroke, CHD, dementia, CKD all previous to index event and active metastatic cancer were independent predictors of poor short and long-term survival in IS patients. Besides that, a high burden of comorbidities represented a risk of dying two to three times compared those with IS with no comorbidities up to nine years
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Polimorfismos genéticos de invasão e metástase, inflamação e reparo de DNA e prognóstico de tumores de laringe / Influence of genetic polymorphisms related with invasion and metastasis, inflammation and repair of DNA and prognosis of laryngeal squamous cell carcinomaRossana Verónica Mendoza López 26 June 2007 (has links)
Introdução: O prognóstico dos carcinomas epidermóides de laringe é limitado e a taxa de sobrevida em cinco anos é menor que 70%. A relação de características clínicas e epidemiológicas tem sido investigada na sobrevida de pacientes com tumores de laringe, mas pouco se conhece sobre o efeito dos polimorfismos genéticos no prognóstico da doença. Objetivo: Estudar o papel dos polimorfismos genéticos de genes relacionados aos processos de invasão e metástase (MMP1 e MMP3), de inflamação (Interleucina 2, Interleucina 6, LTA) e reparo de DNA(XRCC1) no prognóstico do carcinoma epidermóide de laringe. Material e métodos: Coorte com 170 pacientes com carcinoma epidermóide de laringe,confirmados por exame anátomo-patológico. Os casos tiveram origem em estudo caso-controle conduzido em cinco hospitais de São Paulo, um hospital em Porto Alegre e outro em Goiânia. As informações sobre o status vital dos pacientes foram levantadas dos prontuários médicos e dos bancos de óbitos municipais e estaduais. A extração do DNA das amostras de sangue dos pacientes foi realizada pelo Instituto de Medicina Tropical da USP e a genotipagem dos polimorfismos genéticos pela Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto da Faculdade de Medicina da USP. Resultados: Os polimorfismos genéticos estudados (MMP1 1607, MMP1 -519,MMP3 -1171, IL2 -384, IL2 114, IL6 -174, LTA 252 e XRCC1) não apresentaram efeitos com significância estatística na sobrevida global ou específica pela doença quando analisados isoladamente. Para a sobrevida global, o consumo excessivo de álcool, em g/L/dia, reduziu a sobrevida dos pacientes (80-119 g/L/dia: hazard ratio(HR)=4,0 intervalos com 95% de confiança (IC95%)=1,10-14,53; _120 g/L/dia: HR=5,6 IC95%=1,71-18,24). No modelo de Cox múltiplo, quando ajustados pelo polimorfismo genético MMP3 -1171, a sobrevida piorou para esses pacientes (80-119 g/L/dia: HR=4,9 IC95%=1,07-22,91; _120 g/L/dia: HR=6,3 IC95%=1,49-26,84). Para a sobrevida específica pela doença, o estadiamento clínico IV reduziu a sobrevida dos pacientes (HR=3,5 IC95%=1,67-7,28). No modelo de Cox múltiplo,com ajuste pelos polimorfismos genéticos IL6 -174 e MMP1 1607, a sobrevidaespecífica pela doença piorou para esses pacientes (HR=4,7 IC95%=1,38-16,25).Conclusões: Na coorte examinada, somente três dos oito polimorfismos genéticos estudados relacionaram-se com a sobrevida global e específica pela doença, porém apenas alterando o efeito dos valores dos HR brutos dos fatores consumo de álcool e estadiamento clínico, respectivamente na sobrevida global e sobrevida específica pela doença. Isoladamente, nenhum polimorfismo genético estudado interferiu na sobrevida dos pacientes com câncer de laringe. / Introduction: The prognosis of laryngeal squamous cell carcinoma is limited and survival rate is lower than 70%. The relationships between clinical and epidemiological characteristics have been fully investigated on the survival of patients with laryngeal tumors, but the effect of genetics polymorphisms on squamous cell carcinoma of larynx is not well-known. Objective: To study the role of genetic polymorphisms of genes related to the processes of invasion and metastasis (MMP1 and MMP3), inflammation (Interleukin 2, Interleukin 6, and LTA) and repair of DNA (XRCC1) in the prognosis of laryngeal squamous cell carcinoma. Material and methods: Cohort with 170 laryngeal squamous cell carcinoma patients with histological confirmation. The cases have their origin in a case-control study carried out in hospitals of Sao Paulo, Porto Alegre and Goiania. The information about vital status of patients had been raised from medical records. The extraction of DNA was carried out by Institute of Tropical Medicine of USP and genotyping was carried out by the Center of Cellular Therapy of the Hemocentro of Ribeirao Preto of Medical School of USP. Results: The studied genetic polymorphisms (MMP1 1607, MMP1 -519, MMP3 -1171, IL2 -384, IL2 114, IL6 -174, LTA 252 and XRCC1), separately analyzed, did not have any statistical significant effect on the overall and cause-specific survival. High levels of alcohol consumption (g/L/day) reduced the overall survival (80-119 g/L/day: hazard ratio(HR)=4.0 intervals with 95% of confidence (95%CI)=1.10-14.53; _120 g/L/day:HR=5.6 95%CI=1.71-18.24). Multiple Cox model revealed, when adjusted for MMP3 -1171 genetic polymorphism, lower survival for those patients (80-119g/L/day: HR=4.9 95%CI=1.07-22.91; _120 g/L/day: HR=6.3 95%CI=1.49-26.84). The clinical staging (CS) IV was a factor for low cause-specific survival (CS IV:HR=3.5 95%CI 1.67-7.28). In the multiple Cox model, adjusted for genetic polymorphism IL6 -174 and MMP1 1607, the survival of those patients droppe(HR=4.7 95%CI=1.38-16.25). Conclusions: In this cohort, only three of eight genetic polymorphisms studied were showed to be related with overall and causespecific survival, however only modifying the effect of unadjusted HR of alcohol consumption and tumor clinical staging in the overall and cause-specific survival respectively. None of the studied genetic polymorphisms, when analyzed separately,affected the survival of laryngeal cancer patients.
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Pressão arterial em crianças na idade escolar: fatores associadosCOELHO, Alexsandra Ferreira da Costa 15 February 2012 (has links)
Submitted by Susimery Vila Nova (susimery.silva@ufpe.br) on 2015-04-10T18:52:09Z
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Previous issue date: 2012-02-15 / O crescimento fetal é mantido por complexa interação entre fatores circulatórios,
endócrinos e metabólicos. Há períodos críticos na maturação fetal durante os quais uma
nutrição inadequada pode programar o desenvolvimento de doenças na vida adulta, como:
hipertensão arterial, doença coronariana, diabetes mellitus tipo II, acidente vascular cerebral e
hipercolesterolemia. A hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica, conceituada pela
persistência de níveis tensionais acima dos valores considerados como limite da normalidade.
O presente estudo teve como objetivo demonstrar a influencia do estado nutricional ao
nascimento sobre os níveis de pressão arterial na idade escolar em crianças nascidas a termo
com baixo peso e peso adequado. Este estudo consistiu de um corte transversal aninhado em
uma coorte de 375 crianças recrutadas ao nascimento em 1993-1994 no estado de
Pernambuco. Aos oito anos de idade, 213 crianças tiveram avaliadas os níveis de pressão
arterial. As médias de pressão arterial da criança foram significantemente maiores quanto
maior a renda, o índice de massa corporal e a altura materna, peso e comprimento ao nascer e
antropometria aos oito anos e inversamente proporcional à duração do aleitamento. Na análise
de regressão linear multivariada a antropometria da criança aos oito anos explicou o maior
percentual da variação da pressão arterial sistólica (12,6%), com ênfase para a circunferência
da cintura (9,5%), seguida da renda familiar per capita (3,2%), aleitamento materno (2,2%) e
altura da mãe (2,1%). O baixo peso ao nascer não influenciou os níveis de pressão arterial na
idade escolar. A circunferência da cintura aos oito anos, a curta duração do aleitamento e a
ocorrência de sobrepeso/obesidade materna apresentaram uma maior influência sobre os
níveis de pressão arterial de escolares nascidos a termo, em detrimento do peso ao nascer.
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Fatores determinantes da variação de peso no período pós-parto / Determinants factors of variation of weight during postpartum.Larissa Daniela de Oliveira Colebrusco 02 September 2010 (has links)
Introdução: O Brasil apresenta elevadas taxas de sobrepeso e obesidade na população adulta (IMC 25), com prevalência mais elevada entre as mulheres. A gestação e o período pós-parto são dois momentos críticos da mulher, que aumentam a exposição a fatores que podem levar à obesidade. Estudos investigam possíveis fatores associados ao desenvolvimento de sobrepeso/obesidade em mulheres, dentre eles, nível socioeconômico, paridade, ganho de peso na gestação, lactação, atividade física e fatores ligados ao estilo de vida no pós-parto. Objetivo geral: Identificar os fatores determinantes do peso um ano pós-parto. Metodologia: Foi estudada uma coorte de 81 mulheres, clientes do serviço de assistência pré-natal de cinco Unidades Básicas de Saúde da Sub-Prefeitura do Butantã do Município de São Paulo. Os dados da gestação foram obtidos a partir de entrevistas nos dias de consulta de pré-natal. No período pós-parto, em visitas domiciliares realizadas aos 15 dias, 6 e 12 meses após o parto por entrevistadoras treinadas, utilizando questionários padronizados, englobando questões sobre nível sócio-econômico, paridade, amamentação, padrão de alimentação e atividade física. As variáveis sobre alimentação foram analisadas de acordo com índices criados para cada alimento e agrupadas em alimentos saudáveis e não saudáveis. A atividade física foi analisada de acordo com os equivalentes metabólicos relativos e com tempo despendido nas atividades agrupadas segundo a dimensão (ocupacional, doméstica, locomoção e lazer) e atividade física total. Os dados foram analisados mediante análise de regressão linear múltipla mista. As variáveis que apresentaram p < 0,20 na análise simples foram incluídas na análise múltipla mista. Especificou-se nível de significância 5 por cento. Resultados: Para cada ano de escolaridade, o peso é 1,34 kg menor (p=0,000). As mulheres com sobrepeso e obesidade no início da gestação apresentam 15,9 kg a mais (p =0,000) em relação às mulheres com baixo peso e eutróficas. Para cada aumento de atividade ocupacional, maior o peso em 20 gramas (p = 0,006). Conclusão: Com o passar do tempo após o parto, às mulheres perdem peso. Quanto maior a escolaridade das mulheres, menor o peso no período pós-parto. O ganho de peso na gestação é uma variável passível de modificação pela mulher e que pode ser controlada por políticas públicas a fim de prevenir o sobrepeso, a obesidade e suas conseqüências / Introduction: Brazil has high rates of overweight and obesity in adults (BMI 25), with higher prevalence among women. The pregnancy and the postpartum period are two critical moments of women, which increase exposure to factors that can lead to obesity. Studies investigate possible factors associated with development of overweight / obesity in women, including, socioeconomic status, parity, weight gain during pregnancy, lactation, physical activity and factors related to lifestyle in the postpartum period. Overall objective: To identify determinants of weight one year postpartum. Methods: Had been studied a cohort of 81 women, services customers prenatal from five Basic Health Units of the town hall of Butantan in São Paulo. The data of gestation had been obtained from interviews in the same days of outpatient prenatal care. In the postpartum period, in home visits at the 15 days, 6 and 12 months after delivery by interviewers, using standardized questionnaires comprising questions on socio-economic status, parity, breastfeeding, eating patterns and physical activity. The variables on diet had been analyzed according to indexes created for each food and grouped into healthy foods and unhealthy. Physical activity had been assessed according to the relative metabolic equivalents and time spent in activities grouped by size (occupational, domestic, transportation and leisure) and total physical activity. The data had been analyzed using multiple linear regression analysis mixed. Variables with p <0.20 in simple analysis had been included in the mixed multiple. It was specified significance level 5 per cent. Results: For each grade, the weight is 1.34 kg less (P = 0.000). Women with overweight and obesity in early pregnancy has 15.9 kg more (p = 0.000) compared to women with low weight and normal growth. For each increase of occupational activity, the greater the weight of 20 grams (p = 0.006). Conclusion: Over time after the childbirth, women lose weight. The higher the educational level of women, lower the weight in the postpartum period. Weight gain in pregnancy is a variable capable of modification by the woman and that can be controlled by public policies to prevent overweight, obesity and its consequences
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Diálise peritoneal no idoso: análise de uma coorte multicêntrica brasileiraFranco, Marcia Regina Gianotti 20 November 2015 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-04-13T20:28:26Z
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Previous issue date: 2015-11-20 / Introdução: Por ser idade avançada fator de risco para doença renal crônica (DRC), observa-
-se hoje maior e progressiva incidência de pacientes idosos em terapia renal substitutiva
(TRS). Por não haver estudos brasileiros sobre diálise peritoneal (DP) em pacientes idosos,
consideramos necessário compreender tópicos nessa população. Os objetivos deste estudo são
descrever uma coorte idosos em DP; avaliar fatores de risco associados à sobrevida; avaliar o
impacto da pressão arterial (PA), índice de massa corporal (IMC) e anemia na sobrevida.
Pacientes e Métodos: Um estudo de coorte prospectivo multicêntrico foi desenhado entre
dezembro/2004 e outubro/2007. Avaliados 102 centros, com mais de dez pacientes em DP
que usavam sistemas Baxter. Os dados coletados, por um médico e um enfermeiro, foram
divididos em: sociodemográficos, clínicos e laboratoriais. Os pacientes foram acompanhados
até óbito, transplante renal, transferência para hemodiálise (HD), recuperação da função renal
ou perda de seguimento. Considerados idosos, pacientes com mais de 60 anos e, incluídos,
todos os incidentes em DP que completaram 90 dias de terapia. Realizada análise descritiva
dos dados expressos como média ± desvio padrão, mediana ou percentagem, conforme
variáveis fossem categóricas ou numéricas (normais ou não). Normalidade foi avaliada pelo
Kolmogorov Smirnov. Para comparar os grupos em relação à terapia inicial, primeiro DP vs.
primeiro HD, utilizamos teste qui-quadrado ou Kruskal Wallis. Análise semelhante foi
utilizada comparando pacientes em DP automatizada (DPA) vs DP ambulatorial contínua
(DPAC). Dados foram comparados entre pacientes divididos de acordo com IMC através de
ANOVA, Kruskal Wallis ou qui quadrado. Realizadas análise de riscos competitivos e Cox
tempo dependente, considerando modalidade dialítica (DPA vs. DPAC) como variáveis
dependentes, já que o risco relativo (RR) não é proporcional ao longo do tempo da terapia.
Para sobrevida, utilizamos curva de Kaplan Meier e, quando necessário, log rank. Avaliamos
fatores de risco associados aos principais desfechos clínicos ou óbito usando modelo de
regressão de Cox. Aqueles transferidos de clínica, transferidos para HD, função renal
recuperada ou transplantados foram censurados. Associação do comportamento pressórico,
anemia e IMC com desfechos clínicos foi feita utilizando modelos de análise que consideram
estas variáveis como modificáveis no tempo (análises de regressão tempo dependente).
Realizamos joint model para dados longitudinais e tempo dependentes, avaliando o impacto
que uma variável longitudinal apresenta no tempo, na sobrevida. Adotamos sempre que
possível intervalo de confiança (IC) de 95% e cálculo da razão de chances. Software
utilizados: SPSS 15.0 e STATA 13. Resultados: 1) Média de idade em DPA 74.5 ± 6.8 anos
7
e 74.6 ± 6.7 em DPAC; 50.8% de mulheres em DPA e 54.4% em DPAC. Comorbidades:
diabetes (52.3% em DPA e 47% em DPAC) e hipertrofia ventricular esquerda (36.3% em
DPA e 46.1% em DPAC) onde 93,6% apresentou escore de Davies ≥ 2. Com análise de Cox
tempo dependente, o RR mostrou, que após o 180 mês, DPA revelou menor risco de
mortalidade (RR=0.25, CI=0.073-0.86) comparada com DPAC; 2) Pacientes desnutridos
(76.79 ± 7.53 anos) eram mais velhos (p = <0.0001) com maior percentual de morte (44.6%, p
= 0.001); diabetes mostrou alta prevalência nos obesos (68%, p <0.0001); níveis mais
elevados de PA (p = 0.002) estiveram presentes nos obesos e com sobrepeso. DPA foi mais
favorável a partir do 180 mês; para cada unidade de IMC ganha, ocorre diminuição de 1% no
risco de morte; aumento da PA sistólica foi protetor, chegando a 40% de diminuição do risco
de morte para um slope de 1 unidade; a média inicial da hemoglobina foi fator protetor com
cerca de 12% de diminuição no risco, para cada unidade de hemoglobina. Conclusões: Neste
estudo observamos que a modalidade DPA é mais favorável que DPAC a partir do 18° mês de
terapia e, que o aumento do IMC e da PA sistólica ao longo da terapia se mostrou protetor,
assim como a hemoglobina na admissão. / Introduction: Since old age is a risk factor for chronic kidney disease (CKD), we are
experiencing today higher and progressive incidence of elderly patients on renal replacement
therapy (RRT). As there is no Brazilian studies on peritoneal dialysis (PD) in elderly patients,
we consider necessary to understand topics in this population. The objectives of this study are
to describe a cohort of peritoneal dialysis elderly patients; evaluate risk factors associated
with patient survival; assess the impact of blood pressure, body mass index and anemia on
survival. Patients and Methods: A multicenter prospective cohort study was designed from
December 2004 to October 2007. Evaluated 102 centers with more than ten patients on
peritoneal dialysis and who were using Baxter systems. The data filled by nurses and
physicians, were divided into sociodemographic, clinical and laboratory. Patients were
followed until death, kidney transplantation, hemodialysis (HD) transfer, recovery of renal
function or loss of follow-up. Elderly patients were considered over 60 years of age and all
PD incidents patients incidents that have completed 90 days of therapy were included. We
performed a descriptive analysis of data, expressed as mean ± standard deviation, median, or
percentage, as the variables were categorical or numerical (normal or not). Normality was
assessed using the Kolmogorov-Smirnov test. To compare the groups regarding initial
therapy, first PD vs. HD first, we used the chi-square or Kruskal Wallis. A similar analysis
was used to compare patients on automated peritoneal dialysis (APD) vs continuous
ambulatory peritoneal dialysis (CAPD). Data were compared between the patients divided
according to body mass index (BMI) or blood pressure levels by ANOVA, Kruskal Wallis or
the chi square. Competitive risk analysis and time-dependent Cox were performed,
considering the dialysis modality (DPA vs. APD) as dependent variables, since HR is not
proportional throughout therapy time. To analyze survival, we used the Kaplan Meier curve
and the log rank, when required. We assess the risk factors associated with major clinical
outcomes or death using the Cox regression model. In this analysis, those transferred from the
clinic, transfer to HD, with recovery of renal function or transplant were censored. The
association of blood pressure behavior, anemia and BMI with clinical outcomes was done
using analysis models that consider these same variables as modified in time (time dependent
regression analysis). A joint model for longitudinal data and time dependent was conducted,
assessing impact of a longitudinal variable displays on survival. We adopted whenever
possible the 95% confidence interval (CI) and the calculation of odds ratio. Software used:
SPSS 15.0 and STATA 13. Results: 1) Mean age 74.5 ± 6.8 years in APD, 74.6 ± 6.7 in
9
CAPD, 50.8% female in APD, 54.4% in CAPD. Comorbidities: diabetes (52.3% in APD and
47% in CAPD) and left ventricular hypertrophy (36.3% in APD and 46.1% in CAPD)
whereas 93.6% presented Davies score ≥ 2. In Cox time dependent analysis, HR showed that
beyond 18 month, APD modality revealed lower risk of mortality (HR=0.25, CI=0.073-0.86)
when compared with CAPD. 2) Malnourished patients (76.79 ± 7.53 years) were older (p =
<0.0001) with higher percentage of death (44.6%, p = 0.001); diabetes showed higher
prevalence in obese patients (68%, p <0.0001); higher blood pressure levels (p = 0.002) were
present in obese and overweight patients. APD was a protective factor beyond 18 months;
increased BMI variation over time proved to be a protective factor, with a decrease of about
1% in risk of death for every BMI unit earned; increase of systolic blood pressure is
protective, reaching 40% decrease in risk of death for a slope of a unit; the mean initial
hemoglobin (Hb) is protective with approximately 12% decrease in risk of death for each Hb
unit. Conclusions: This study showed that APD is better than CAPD from the 18th month of
therapy, and that the increase in BMI and systolic BP throughout therapy proved protective,
as well as hemoglobin on admission.
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