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O significado de saúde e doença para o aluno de medicina ao longo da graduação / The meaning of health and illness for medical students during the undergraduateLerman, Tatiana Gottlieb [UNIFESP] 29 September 2010 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2010-09-29 / No início da graduação a compreensão sobre saúde e doença do aluno depende de seus conhecimentos e experiências prévias bem como, do grau de contato com a prática médica e a realidade que envolve tal tema. Pretendeu-se neste estudo compreender a visão de saúde e doença que permeia a mente dos futuros médicos e traçar que relações são estabelecidas entre a noção de saúde e doença com o currículo escolar e com as experiências pessoais e a trajetória social e profissional do aluno ao longo da graduação. Foi realizado um estudo qualitativo, utilizando-se um questionário psicossocial e entrevista semi-estruturada com alunos do primeiro, terceiro e sexto ano de 2008 da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM). O material foi submetido à análise de conteúdo. As experiências e as características pessoais de cada participante, assim como as experiências curriculares e extracurriculares, e o currículo oculto influenciam tanto na visão que possuem de saúde e doença quanto na escolha profissional. Notou-se certo esfriamento na relação médico-paciente, uma postura de maior desconfiança em relação aos pacientes, ao longo da graduação. Os graduandos demonstraram uma necessidade de se protegerem dos sentimentos despertados pelas vivências durante o curso de medicina. Ficou claro que os alunos possuem o conhecimento de uma visão mais global e humana do paciente. No entanto, é como se cognitivamente os mesmos detivessem esse conhecimento, mas emocionalmente não conseguissem colocá-lo em prática. Essa problemática estaria vinculada ao fato de terem dificuldade de entrar em contato com esses aspectos em si mesmos. / The concepts of medical students about health and illness in the early graduation depends on your knowledge and past experiences as well as the degree of contact with medical practice and the reality that surrounds this issue. The aim of this study was to understand the vision of health and illness that pervades the minds of future doctors and delineate the relationships established between the notion of health and illness, the school curriculum, personal experiences and trajectory of social and professional student throughout the course. It was conducted a qualitative study, using a psychosocial questionnaire and semi-structured interviews with students from first, third and sixth year 2008 the Federal University of São Paulo (UNIFESPEPM). The material was subjected to content analysis. The experiences and personal characteristics of each participant, as well curricular and extracurricular experiences, and the hidden curriculum influence both the vision they hold for health and disease as their career choice. We can note certain coldness in the doctor-patient relationship, and greater distrust of patients throughout the course. Students graduating demonstrate a need to protect the feelings aroused by the experiences during the medicine course. It is clear that students have the knowledge of global and human care patients. However, it seems that they know cognitively, but emotionally they could not put it into practice. This issue would be linked to fact that they are having difficulty contacting these aspects in themselves. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Habilidades sociais na relação médico-paciente e satisfação no atendimento em serviço público e privado / Social Skills in the Doctor-Patient Relationship and Consultation’s Satisfaction in Private and Social Health ServiceJorge, Cynthia Carvalho 19 February 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-02-19 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / The Doctor-Patient Relationship has been identified as an important variable in Health Care’s adherence, efficiency, and effectiveness; The Doctor’s Social Skills, seem to be essential components in its establishment. The general aim of this study was to evaluate doctors’ social skills who works in social and private health systems, examining the relations between these skills and patient satisfaction with regard to the medical consultation. The Study 1 describes the Matched-Pair Instrument (MPI)’s translation and cultural adaptation; the instrument assesses doctor’s social skills during a consultation. Nineteen (19) individuals were involved in the translation and adaptation process. Psychometric analyzes showed satisfactory internal consistency for the patients version (Cronbach's alpha: α= 0,893), presenting similar properties to the original version. The Study 2 aimed to evaluate the social skills of doctors in both Social and Private Health System, considering the self-perception of the professional and the patient’s perceptions, and, examining how the interaction of these variables influence on
patient satisfaction. The participants were 195 patients and 30 physicians, distributed in both health systems. The instruments used in the study were: the translated and validated version of the Matched-Pair Instrument (MPI), a Partial Version of the Social Skills Inventory (HIS-Del-Prette), and the Medical Care’s Patient Satisfaction Evaluation Questionnaire (QASPAM). The overall average scores in the MPI for both Patients (M = 77.5, SD = 12.3) and Physicians (M = 76.5, SD = 11.8) showed low, positive and statistically significant correlation (r = 0.16, p = 0.030); The Patients showed significantly higher ratings than the Doctors’ one. The professionals of social health system evaluated themselves as less skilled (M=69,93; SD=13,55) than the participants of private system (M=76,5; SD = 10.1). These data were similar to those obtained in the analysis of the patient’s questionnaires, since the overall average of
public system patients (M=72.31; SD= 12.25) was significantly lower than the average of the private system (M=80.80; SD= 10.59). The professionals who worked in both health systems rated themselves, and were rated by their patients, as significantly (p <0.000) more skilled in the private system consultation than in the social one. Patients showed satisfaction with the service offered in both social and private health systems; however, private attended patients presented higher satisfaction’ scores. The scores levels of discontentment in the socials’s attended patients were relatively higher than those of the private system, especially in the following items: The Waiting Time in the office, before the consultation; the duration of the medical consultation and Medical Sensitivity. Future research have been suggested to increase the validity of the instruments used for the investigation. The results of this study seem to show that physicians who work in the private service evaluated up and received more satisfactory evaluations of their patients, in relation to social skills and satisfaction with care, than those who work in the public service. The data obtained in this study emphasized the relevance of both evaluation and training social skills for health professionals. / A Relação Médico-Paciente tem sido identificada como uma variável importante na adesão, eficiência e eficácia do tratamento em saúde. As habilidades sociais do médico parecem ser componentes essenciais no estabelecimento de tal relação. O objetivo geral do presente trabalho foi avaliar as habilidades sociais de médicos que atuam em serviços público e privado de saúde, examinando a relação entre a percepção de tais habilidades e a satisfação do paciente com o atendimento do profissional. O Estudo 1 descreve a tradução e adequação cultural do Matched-Pair Instrument (MPI), instrumento que afere
as habilidades sociais do médico durante uma consulta. Participaram dezenove (19) pessoas nos processos de tradução e adaptação do instrumento. Análises psicométricas mostraram consistência interna satisfatória, para a versão dos pacientes (α= 0,886), com propriedades similares ao instrumento original. O Estudo 2 visou avaliar as habilidades sociais do médico, através da auto-percepção do profissional e a percepção de seus pacientes. Além disso, foi investigado como a interação destas variáveis influenciavam na satisfação do paciente, nos serviços público e privado de saúde. Participaram 195
pacientes e 30 médicos distribuídos em ambas as redes de atendimento (público/privado). Os instrumentos utilizados foram: Versão Traduzida e Adaptada do Matched-Pair Instrument (MPI), Versão Parcial do Inventário de Habilidades Sociais (IHS-Del-Prette), e o Questionário de Avaliação da Satisfação do Paciente com o Atendimento Médico (QASPAM). Os resultados desse estudo indicaram que os pacientes (M=77,55; DP=12,3) possuíram uma percepção mais positiva das habilidades sociais dos médicos (M=76,5; DP=11,8), que os próprios profissionais, uma vez que apresentaram médias significativamente maiores no MPI; a correlação entre as percepções dos membros dessa díade mostrou-se baixa, porém estatisticamente significativa (r=0,16; p=0,030). No que se refere à avaliação das habilidades sociais dos médicos nos serviços de saúde, pode-se verificar que os profissionais (M=76,49; DP=10,11) e pacientes (M=80,80; DP= 10,59) do sistema privado realizaram avaliações significativamente mais elevadas que os profissionais (M=69,93 ; DP=13,55) e pacientes (M=72,31; DP=12,25) do serviço público. Corroborando com esses dados, os profissionais que participaram da pesquisa em ambos os serviços de saúde se auto-avaliaram, e foram avaliados por seus pacientes, com escores significativamente (p<0,005) mais elevados no serviço privado. Já, no que se refere à avaliação de satisfação, pode-se verificar que pacientes de ambas as redes demonstraram-se satisfeitos com o atendimento médico; todavia, usuários do setor privado apresentaram maiores escores de satisfação. Os níveis de insatisfação foram mais elevados no setor público, e estavam relacionados a questões como: Tempo de espera, Duração do Atendimento e Sensibilidade do médico. Os resultados desse estudo parecem mostrar que médicos que atuavam no serviço privado avaliaram-se e receberam avaliações mais satisfatórias de seus pacientes, no que se refere à disposição de habilidades sociais e satisfação com o atendimento, que aqueles que atendiam no serviço público. Pesquisas futuras foram sugeridas para aumentar a validade dos instrumentos utilizados. Os dados obtidos no estudo enfatizam a relevância da avaliação e da capacitação em habilidades sociais em profissionais de saúde.
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Atitudes maternas no processo de decisão da cirurgia cardíaca paliativa para o filho / Maternal attitudes in deciding about palliative heart surgery to her childBarbara Reze 21 May 2010 (has links)
A decisão da cirurgia cardíaca paliativa é um processo crítico para os pais pois envolve risco de vida para o filho. Esta pesquisa investigou aspectos das atitudes maternas na tomada de decisão da cirurgia, com a suposição de que atitudes de recusa podem estar presentes. A partir do referencial teórico da Psicanálise, entende-se que o diagnóstico médico e a indicação cirúrgica podem provocar impactos psíquicos traumáticos. A iminência de perda pela doença de prognóstico ruim, a relação risco-benefício não claramente favorável da cirurgia e o contexto do tratamento, em geral permanente e realizado fora do domicílio de origem, são aspectos que influenciam as decisões da mãe. O processo decisório (tratamento versus não tratamento) foi discutido à luz de noções da Bioética, como autonomia, participação ativa no tratamento, decisões de representação, bem como das implicações jurídicas. A não aceitação da cirurgia pode trazer conflitos de interesse na relação médico-paciente/cuidador, fazendo refletir sobre como se dão, na sociedade atual, as relações entre processos médico-biológicos e processos subjetivos. A partir da abordagem de pesquisa clínico-qualitativa utilizou-se a entrevista semi-dirigida individual. As participantes foram duas mães de crianças cardíacas que passaram por cirurgia paliativa e que estavam hospedadas na Associação de Assistência à Criança Cardíaca e à Transplantada do Coração. Observou-se atitudes de hesitação, questionamento, recusa da cirurgia e atitudes de não pensamento e aceitação imediata do procedimento. Verificou-se a presença de atitudes de recusa da cirurgia, apesar de sua posterior aceitação. Discutiu-se como tais atitudes podem ser entendidas como recusa-reflexão e não apenas como defesas psíquicas ou reações precipitadas. À medida que abre um espaço de pensamento, a recusa-reflexão teria uma função importante para o psiquismo pois auxilia na assimilação dos acontecimentos relativos ao processo decisório. Como conclusão se propõe entender a decisão como um processo e, desta perspectiva, é considerada um momento oportuno de reflexão para a mãe. Sugere-se, então, que na prática psicológica a recusa da cirurgia seja abordada como uma atitude materna possível ao processo decisório, considerando que o encaminhamento na direção do cuidado e do bem-estar global do filho não necessariamente pressupõe a aceitação da cirurgia no momento de sua indicação, da mesma forma que a recusa inicial não significa que seja definitiva. Indica-se o suporte psicológico na decisão da cirurgia que, por legitimar as ambivalências psíquicas, as dúvidas e hesitações desse processo, poderá favorecer um espaço de reflexão e elaboração subjetiva onde se abra a possibilidade de se tomar uma decisão ponderada, consequente, e com a qual a mãe, o pai, a criança, a família, poderão conviver / Decision-making before palliative heart surgery is a critical process for parents because it involves a risk to their childs life. This study investigated aspects of maternal attitudes in deciding about surgery, and takes into account the assumption that attitudes of refusal may be present. Based on Psychoanalysis theoretical framework, we understand that medical diagnosis and indication for surgery may cause psychic trauma. The imminence of loosing ones child due to the poor prognosis associated with the condition, the risk-benefit relationship not clearly favorable to surgical intervention, and the context of treatment, which is in general permanent and carried out outside the patients city of residence, are aspects that influence maternal decision-making. The decision-making process (treatment versus non-treatment) is discussed in the light of notions from the field of Bioethics, such as autonomy, active participation in treatment, proxy decision-making, as well as in the light of the legal implications. Refusing surgery can cause conflicts of interest in the doctor-patient/caregiver relationship, which engenders thinking about how the relationship between medical and biological processes, and subjective processes take place in todays society. The qualitative research design comprised an individual semi-structured questionnaire survey. The two participants were mothers of cardiac children who went through palliative heart surgery and were staying at the Associação de Assistência à Criança Cardíaca e à Transplantada do Coração [Association for Assisting Cardiac and Heart-Transplanted Children]. The attitudes observed were attitudes of hesitation, questioning, refusal of surgery, and attitudes of not thinking, and of immediate acceptance of the surgical procedure. The presence of refusal of surgery was found, despite being followed by acceptance. We discuss how such attitudes can be understood as reflective refusal and not merely as defense mechanisms or unthought reactions. As space is made for thinking, reflective refusal plays a major role in the mental processes because it helps in assimilating events concerning the decision-making process. As a conclusion this study proposes understanding decision-making as a process and, from this perspective, it is considered an opportune moment for maternal reflection. Therefore, it is suggested that during psychological practice, refusal of surgery be approached as a possible maternal attitude during decision-making, taking into account that the caring and global well being of the child do not necessarily presuppose acceptance of surgery at the moment of indication. Likewise, initial refusal does not mean such refusal is final. This study further recommends psychological support for making such decision, which, in bringing about psychological ambivalence, doubt, and hesitation concerning the decision-making process, can promote a place for subjective reflection and elaboration, where there is the possibility of making a wise and pondered decision, with which the mother, the father, the child, and the family, can live with
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Bioética e crença religiosa: estudo da relação médico-paciente Testemunha de Jeová com potencial risco de transfusão de sangue / Bioethics and religious belief: a study on the physician-Jehovah\'s Witness patient at potential risk of blood transfusionGraziela Zlotnik Chehaibar 13 July 2010 (has links)
As Testemunhas de Jeová têm preceitos religiosos que sustentam a recusa da transfusão de sangue e, frequentemente, vivenciam situações nas quais essa recusa pode ser sustentada por aspectos científicos, legais e bioéticos. Este estudo teve como objetivo analisar a relação médico-paciente Testemunha de Jeová, sob a potencial recomendação de transfusão de sangue durante a internação hospitalar. Além disso, também buscou investigar o momento e a forma da identificação do paciente Testemunha de Jeová; analisar a conduta dos médicos frente a um eventual impasse na relação com os pacientes e analisar as escolhas dos pacientes na relação com os médicos; verificar as condutas realizadas após o processo de tomada de decisão entre médico e seu paciente; e verificar se os médicos conhecem o parecer n.º 007/2004 - \"Orientação sobre Recusa de Transfusão de Sangue da Testemunha de Jeová\", da Comissão de Bioética (CoBi) do Hospital das Clínicas da FMUSP. A pesquisa foi realizada no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) no período de fevereiro de 2007 a maio de 2009. Foram selecionados 46 pacientes e 48 médicos, buscando-se entrevistar o paciente e seu respectivo médico. Trata-se de um estudo de caso exploratório, em pesquisa clínica, com abordagem qualitativa e com uso de dados quantitativos. A análise dos dados revelou que 89,6% passaram por cirurgia e 29,2% estiveram em iminente risco de morte. Foram transfundidos 12,5%, e 8,3% chegaram a óbito. Ao se analisar as posturas dos médicos e pacientes entrevistados, quanto à maneira de lidar com a questão das escolhas foi possível identificar cinco categorias de dados, sendo 3 delas para os médicos - deliberador, pragmático e autonomista e 2 para os pacientes Testemunhas de Jeová - liberal e ortodoxo. Os dados revelaram que existe uma busca genuína dos médicos em disponibilizar técnicas alternativas para evitar a transfusão, porém, quando se trata de iminente risco de morte, a decisão é pela transfusão. Observou-se que a identificação dos pacientes como TJ ocorre tardiamente (79,2% somente após a internação) e, em situações de impasse, sempre que envolvido iminente risco de morte, a maioria dos médicos afirmou que optariam pela transfusão, mesmo sem o consentimento do paciente (91,7%). Também foi identificado que há um conhecimento limitado dos médicos sobre as leis e sobre o parecer 007/2004, sendo que 50% dos médicos entrevistados declararam conhecer a comissão de bioética, enquanto e 64,6 % declaram não conhecem o parecer. A maioria dos médicos (72,9%) é favorável a uma conduta padronizada para os pacientes Testemunhas de Jeová. Além disso, outros dados revelaram que pacientes e médicos fazem uso de documentos para salvaguardar suas decisões. Entretanto, na prática, esses documentos se mostram ineficazes, já que não evitam processos contra médicos, nem transfusões em pacientes. Salvar a vida do seu paciente é o principal compromisso da maior parte dos médicos. / Jehovah\"s Witnesses have religious beliefs that support their refusal to blood transfusion which frequently lead them to experience situations in which such refusal may be based on scientific, legal and bioethical principles. The goal of this study is to analyze the relation between physician and Jehovah\"s Witness patient under the potential recommendation of blood transfusion during hospitalization. Besides this goal, the study also sought to investigate the moment and the manner of identifying a Jehovah\"s Witness patient as so; to analyze the physicians\" procedures when facing an impasse in their relation with patients and analyze the patients\" choice in their relation with the physician; analyze the procedures performed after the decision-making process between the physician and his patient; and establish whether physicians know Recommendation No. 007/2004 \"Guidelines about refusal of blood transfusion by Jehovah\'s Witness patients\", from the Bioethics Committee (CoBi) of Hospital das Clínicas da FMUSP. This research was carried out at Clínicas Hospital of University of São Paulo Medical School (HCFMUSP) between February 2007 and May 2009.A total of 46 patients and 48 physicians were interviewed, always trying to interview the patient and his/her respective physician. It is a case-study of exploratory nature in clinical research using a qualitative approach with quantitative data. Data analysis revealed 89.6% of patients underwent surgery and 29.2% were under life threat. A total of 12.5% received blood and 8.3% died. When analyzing physicians`and patient` postures in relation to way they dealt with the issue of choices, five categories were found : three for physicians - deliberator, pragmatic, autonomist - and two for Jehovah\'s Witness patient - liberal and orthodox. The analysis of scientific aspects showed there is a genuine pursuit by the doctors to make alternative techniques available to avoid transfusion, but if there is an imminent risk of death the decision is to use transfusion. Results show the patients identification as JW happens late in the admission process (79.2% only after admission) and, in an impasse, whenever there is an imminent risk of death the majority of the doctors state they would choose to use transfusion even without the patient\'s consent (91.7%). Data also revealed a limited knowledge of doctors about laws and about Recommendation No. 007/2004, with 50% of interviewed doctors affirming they did not know the bioethics committee, and 64.6% did not know the recommendation. Most physicians (72.9%) favor a standard procedure to deal with Jehovah\'s Witnesses patients. Other data show patients and doctors use documents to secure their decisions.However, in practical termos these documents prove to be inefficient as they neither prevent lawsuits against physicians nor transfusions in patients.Saving the patient\'s life is the main commitment for the majority of doctors
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O que acontece no encontro do médico com a morte do seu paciente / What happens in the doctors encounter with the death of his patientFlauzino, Candido Jeronimo 18 May 2012 (has links)
O que acontece no encontro do médico com a morte do seu paciente diz de algo estruturante da condição humana que transcende a formação acadêmica e mobiliza por este estar na presença de outro ser humano. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que teve como objetivo principal descrever e conhecer o que existe de estruturante no encontro do médico com a morte do seu paciente. Este estudo utiliza o método fenomenológico de pesquisa, entendido como um convite para o exercício reflexivo visando à construção de novos paradigmas na produção de conhecimento. O autor de base que fundamenta a análise teórica foi Maurice Merleau-Ponty (2006). Foram realizadas quatro entrevistas com médicos oncologistas clínicos, embasadas na pergunta norteadora: O que significa para você cuidar do paciente oncológico, sem possibilidade de cura, que vivencia o seu processo de morrer e posteriormente perdê-lo?. Após a realização das entrevistas, os relatos (ingênuos) foram literalizados, dos quais foram levantadas as unidades de análise e transformadas em categorias analisadas fenomenologicamente, que possibilitaram o diálogo intersubjetivo e objetivo com os pressupostos teóricos sobre o tema em pauta. Categorias estas denominadas de: 1. Relação médico e paciente: o desvelar das emoções e sentimentos; 2. Relação médico e paciente: um distanciamento da morte do paciente; 3. O encontro do médico com a morte: a morte imprevisível; 4. Construção da identidade do sujeito: a dimensão ética do ser médico. A partir da análise das categorias, observou-se que tal encontro ocorre de diversas formas, principalmente pelo distanciamento como os médicos em questão lidam com a morte de seus pacientes, vista como um acidente, com falta de diálogo que, necessariamente, esbarra nas questões éticas e de formação acadêmica. A estrutura do fenômeno reside na ausência de diálogo pela dificuldade de lidar com os próprios sentimentos e emoções emergidas do processo de perda por morte de seus pacientes / What happens in the doctors encounter with the death of his patient says about human condition structuring which transcends academic formation and mobilizes in the presence of another human being.This is a qualitative research which had as its principal aim to describe and know what exists of structuring in the doctors encounter with the death of his patient. This study uses the phenomenological method of research, understood as an invitation to the reflexive exercise which aims the construction of new paradigms in the knowledge production.The fundamental author who substantiates the theorical analysis is Maurice Merleau-Ponty (2006). Four interviews with clinical oncologist doctors were made, based on the guiding question: What means to you to take care of the cancer patient, without the possibility of healing, who experiences his dying process and eventually lose him?After the interviews were made, the narratives (literal) were literalized, from which the analysis units were raised and transformed into phenomenologically analyzed categories, which enabled the intersubjective and objective dialog with the theoretical presuppositions about the subject under discussion.These categories are named: 1. Relation between doctor and patient: the unveiling of emotions and feelings; 2. Relation between doctor and patient: a detachment from the patients death; 3. The doctors encounter with death: the unpredictable death; 4. Construction of the subjects identity: the ethical dimension of being a doctor. From the analysis of the categories it was possible to observe that such encounter occurs in several ways, mainly by the detachment which the doctors from this study deal with the death of their patients, seen as an accident, with lack of dialog that necessarily touches the ethical and academic formation questions. The structure of the phenomenon dwells in the lack of dialog due to the difficulty to deal with ones own feelings and emotions emerged from the process of losing ones patients by death
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Integralidade da atenção e evitabilidade de óbitos perinatais no Município de Fortaleza - Ceará / The integrality of health care and evitability of perinatal deaths in the City of Fortaleza - Ceará, 2006Campos, Jocileide Sales 27 October 2010 (has links)
Introdução: Conquistar a integralidade, a mais complexa diretriz do SUS, se constitui um permanente desafio, visto que, ao contrário da universalidade do acesso e da descentralização, parece, ainda, distante de ser alcançada. Objetivo: Caracterizar óbitos perinatais ocorridos em residentes em Fortaleza, 2006, para compreender o potencial da integralidade da atenção no sistema local de saúde. Métodos: Foram utilizados métodos complementares de pesquisa - quantitativa e qualitativa. Na abordagem qualitativa realizaram-se entrevistas individuais às mães de crianças que sobreviveram ao período neonatal e mães que perderam seus conceptos no período perinatal. Estudo transversal que incluiu o universo dos óbitos perinatais, a partir de dados dos sistemas oficiais de informação sobre mortalidade e sobre nascidos vivos e do relacionamento de dados entre os mesmos, consubstanciou a pesquisa quantitativa. Resultados e Discussão: A taxa de mortalidade perinatal foi 17,0/1000 nascidos totais - 8,2 para óbitos fetais e 8,8 para neonatais precoces. As principais causas encontradas foram: asfixia (24por cento ) - 4 vezes maior entre natimortos; baixo peso ao nascer cuja mortalidade foi 30 vezes maior entre os 25por cento com menos de 2500g; prematuridade (32,4por cento ); malformações congênitas (9,5por cento ) e infecções (7,0por cento ) inclusive 03 casos de sífilis congênita. Fatores de risco potenciais, como idade da mãe de 10 -14 anos, mais freqüente entre óbitos neonatais precoces, e de 35 e mais anos entre os fetais. A mortalidade foi mais alta (98,0/1000 nascidos totais) entre filhos de mães com nenhuma escolaridade - risco potencial importante - cuja elevada freqüência foi também percebida nas entrevistas que, por sua vez, evidenciaram uma categoria acrescentada ao estudo: a relação médico-paciente, considerada falha e desatenciosa, na percepção das mães, quanto aos esclarecimentos sobre alto risco na gestação e no parto. Destacou-se, ainda, o sentimento das mães sobre a falta da visita domiciliar na gravidez e de acompanhante no parto. Conclusões e algumas considerações: A baixa escolaridade pareceu um critério de 9 evitabilidade mais apropriado para uso em países em desenvolvimento, como o Brasil, do que aqueles da classificação de Wigglesworth, inclusive de acesso mais complexo nestes países. Para gestantes com baixa ou nenhuma escolaridade, o sistema de saúde poderia ofertar atenção especial, fortalecendo atividades educativas, adotando a interconsulta especializada e acompanhante no parto / Introduction - To achieve the integrality (comprehensive health care), the more complex SUS guideline, is an ongoing challenge, because, unlike the universality of access and decentralization, it still seems very far. Objective - To characterize perinatal deaths occurred among residents in Fortaleza, 2006, in order to understand the potential of the integrality of the care in the health system. Methods - It was adopted both, quantitative and qualitative methodologies that are complementary one to another. In the qualitative approach, individual interviews were carried out to mothers of children who survived the neonatal period and mothers who lost their babies in the perinatal period. A cross-sectional study that included the universe of perinatal deaths, based on data from official systems of information on births and deaths and also using the relationship of data between them, embodied quantitative research. Results and discussion - The perinatal mortality rate was 17.0 / 1,000 births - 8.2 to 8.8 for stillbirths and early neonatal deaths, respectively. The main causes were: asphyxia (24per cent ) - four times higher among stillbirths; low birth weight whose mortality was 30 times higher among the 25per cent weighting less than 2500g; prematurity (32.4per cent ); congenital malformations (9.5per cent ) and infections (7.0per cent ) including three cases of congenital syphilis. Potential risk factors such as maternal age of 10 -14 years old, more frequent among early neonatal deaths, while the fetal deaths occurred more among mothers are 35 and more. Mortality was highest (98.0/1,000 births) among children of mothers with no education - important potential risk factor which high frequency was also seen among the interviewee that, in turn, added a new category to the study as doctor-patient relationship considered failure and disrespectful on the perception of mothers regarding the details of high risk in pregnancy and childbirth. Was highlighted, too, the feeling of mothers about the lack of home visit by community health work during pregnancy and, also, of companion at childbirth. Conclusion and considerations - The low 11 educational level seemed a criterion more suitable for use in developing countries like Brazil, to avoid perinatal deaths, than those of Wigglesworth\'s classification, which is more difficult to obtain in these countries. For pregnant women with low/no education, the health system could strength health educational activities, adopt specialized attention and companion at hospital
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Videogravação de consulta como instrumento docente para ensino da comunicação clínica na atenção primária à saúde / Video recording of consultations used as an instrument to teach clinical communication in primary careDohms, Marcela Ceci 29 May 2018 (has links)
Atualmente o vídeo tem sido considerado por alguns autores o padrão-ouro para ensino de habilidades de comunicação e o vídeo feedback (VF) tem se mostrado eficaz no treinamento de habilidades em várias áreas profissionais. Entretanto, há poucos estudos sobre os efeitos das diferentes metodologias de VF. Este estudo propõe explorar as potencialidades, desafios e efeitos do VF de filmagem de consultas em contexto real, para uma avaliação formativa em habilidades de comunicação, com médicos residentes, em um programa de Atenção Primária. Foi conduzido um estudo pré e pós teste com um grupo controle. A intervenção constituiu-se de sessões de revisão do vídeo em pequenos grupos, na metodologia de entrevista baseada em problemas, com feedback por colegas (peer-feedback) e com um facilitador. Os 54 (cinquenta e quatro) médicos residentes responderam questionários quantitativos e qualitativos e dois avaliadores externos analisaram em vídeo, randomicamente e às cegas, cerca de 200 (duzentas) performances dos residentes com pacientes-simulados, antes e após a intervenção. Para análise dos dados foi usado ANOVA two-way de medidas repetidas e para análise qualitativa foi usado análise temática de Braun e Clarke. A metodologia de VF utilizada para avaliação formativa mostrou ser bem avaliada pelos participantes e com potencial de gerar mudança de atitudes no entrevistador. Na análise qualitativa, as principais potencialidades identificadas na metodologia foram autopercepção e o feedback por pares, e as principais mudanças na prática clínica foram a melhora da comunicação não-verbal, mudanças de comportamento, abordagem mais centrada no paciente e incorporação de prática reflexiva. Houve aumento de escores, entre os tempos, relacionados à decisão compartilhada, aviso de alerta de comunicação de má notícia e disposição para apoio ao paciente. Os desafios foram a dificuldade do facilitador em conectar o vídeo feedback com o referencial teórico e o estresse inicial para gravar-se e assistir-se em vídeo. Observamos que a análise qualitativa dos dados revelou mais informações sobre os efeitos nos participantes que a análise quantitativa. Os dados observados nos resultados qualitativos não tiveram o mesmo impacto nos resultados quantitativos. Devido à dificuldade observada em encontrar instrumentos adequados e validados para avaliar habilidades de comunicação, foi realizada em uma etapa posterior, a tradução e adaptação transcultural para o português falado no Brasil do instrumento Calgary-Cambridge Observation Guide (CCOG), com análise psicométrica. Concluímos que há uma dificuldade nos questionários em mensurar competências atitudinais e aspectos mais subjetivos de comunicação. Sugere-se mais estudos com aprofundamento na definição de parâmetros dos itens subjetivos de avaliação, conforme as competências exigidas para cada fase da formação médica. Concluímos também que para uma metodologia de VF efetiva é importante estimular a autoavaliação com uma prática reflexiva, feedback por pares focado em reforço positivo na busca de estratégias, além de um facilitador cuidadoso em relação a psicologia do aprendiz, com habilidade de conectar o feedback com uma teoria de comunicação abordada previamente. A versão brasileira do CCOG mostrou confiabilidades aceitáveis nos indicadores psicométricos, incluindo no modelo multifacetas de Rasch e assim, um instrumento adequado para auxiliar no ensino e avaliação de habilidades de comunicação no Brasil / Currently, video recordings of medical consultations have become the standard teaching approach to communication skills, and video feedback has shown to be effective in skills training in many professional areas. However, researches on the effects of different video-based feedback methodologies remains scarce. This study proposes to explore the potentials, challenges, and effects of video-based feedback methodology in real contexts for the formative assessment of communication skills of medical residents in a primary health care program. We conducted a pre/post study with a control group. The intervention was video feedback sessions with peer-feedback. Before and after the intervention, medical residents 54 (fifty four) answered quantitative and qualitative questionnaires and two raters blind assessed about 200(two hundred) video-recorded clinical examinations with simulated patients, who also scored the performances. For the data analysis, we used ANOVA two-way and for the qualitative analysis, we used the Braun and Clarke framework for thematic analysis. This video feedback methodology showed to be a well-accepted formative assessment. The main potentialities identified were self-perception and peer-feedback. The main effects in the residents\' medical practice was a better patient-centered approach, with increased scores mainly in good listening, decision-sharing, and patient support. Improvements were reported in non-verbal communication, behavior changes, and incorporation of reflective practices. Some of the challenges were the difficulty of the coordinator to link the video feedback with theoretical references and the initial stress to record and watch oneself in video. During the study, we did not find adequate and validated instruments to assess communication skills, and so in stage 2 we developed the translation and transcultural adaptation to Brazilian Portuguese of the Calgary-Cambridge Observation Guide (CCOG). This study did not find instruments that completely answered the assessment necessities regarding training in clinical communication. Further researches about assessment tools are thus required, as discussion about competence parameters in subjective items in assessment. The qualitative analysis revealed more information about the effects in communication skills than the quantitate analysis. We observed that there is a difficulty in questionnaires assessing attitudinal competences and subjective aspects in communication. We conclude that for an effective video-based feedback it becomes important to promote self-evaluation alongside reflective practices, peer-feedback focused in positive reinforcement and pursuing strategies, and a supervisor attentive to the leaner\'s psychology and able to relate the feedback with a well-defined communication theory. The Brazilian CCOG version showed acceptable reliability in the Rasch model indicators and could be part of a systematic assessment of communication skills in Brazil
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Um estudo preliminar sobre humanização hospitalar: dando voz à médicos de uma UTI pediatrica sobre suas vivências em um hospital humanizadoGoldenstein, Eduardo 25 August 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-08-25 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / From the end of the Second World War on, medicine started to develop clinically and
surgically in a way hitherto unknown. Due to more accurate diagnoses, new
therapeutic resources and the development of new drugs and technological
procedures that allowed physicians to risk major surgeries, sicknesses simply
became extinct or controlled and life could start earlier and end later. But all this
technological development ended up causing two new problems and two new
challenges: the increase of sicknesses without well-established physiopathological
bases, such as psychosomatic anxieties and illnesses, and a kind of deconstruction
of the humanistic face of medicine -- a deconstruction that came to be known as the
dehumanization of medicine. Perhaps this dehumanization of medicine should be
understood as a need to reformulate the humanistic bases of the same, adapting to
current technological advances, which certainly have changed the training and the
performance of the physician as he exercises his profession. The focus of our
attention during this research was to go back to the previous matter: the double
concept of dehumanization-humanization of medicine, especially in hospitals.
Theoretical support for understanding these concepts will be presented in the
introductory chapters. The objective of this research has been to analyze the
experience of the clinical practice of ICU pediatricians in a humanized hospital. We,
therefore, adopted a specific qualitative research methodology based on the
phenomenological-existential approach of Heidegger, Boss and Buber. Interviews
were made and analyzed with five ICU pediatricians that work in a humanized
children s hospital The doctors accounts reveal different views on: how to deal with
death, with anxiety and with guilt; the presence of mothers in the ICU and the effect
on hospital routine and medical clinical practice; the recognition (or non-recognition)
of the physician s work by the parents and ICU professionals; (positive or negative)
aspects of the physical environment of the ICU and of working conditions. Starting
from the data collected, a profile can be made of the clinical experiences of those
interviewed, emphasizing the strategies used by them to deal with the difficulties and
adversities generally present in ICUs. The analysis of these experiences has
revealed the importance of listening to the physicians and including the voice of the
doctor in the humanization process of medicine and hospitals. New research fronts,
in which are heard the voice of other doctors, other professionals, the mothers and
the children too, have shown themselves to be important / A partir do final da Segunda Guerra Mundial, a medicina tomou um impulso de
desenvolvimento clínico e cirúrgico até então desconhecidos. Por conta de
diagnósticos mais precisos, de novos recursos terapêuticos, do desenvolvimento de
novas drogas e de procedimentos tecnológicos que propiciaram aos médicos se
arriscarem em cirurgias de grande porte, doenças foram simplesmente extintas ou
controladas, a vida pôde se iniciar mais cedo e terminar mais tarde. Entretanto, toda
esse desenvolvimento tecnológico acabou por gerar dois novos problemas e dois
novos desafios: a expansão de doenças sem bases fisiopatológicas bem
estabelecidas, tais como ansiedades e doenças psicossomáticas, e uma certa
descaracterização da face humanística da medicina, descaracterização essa que
passou a ser conhecida como desumanização da medicina. Possivelmente essa
desumanização da medicina deva ser entendida como uma necessidade de uma
reformulação das bases humanísticas da mesma, numa acomodação com os
avanços tecnológicos vigentes, os quais certamente mudaram a formação e a
atuação do médico no exercício de sua profissão. O foco de atenção nessa pesquisa
se volta para essa última questão: o binômio desumanização humanização da
medicina, especificamente dos hospitais. Subsídios teóricos para a compreensão
destes conceitos estão apresentados nos capítulos introdutórios. O objetivo desta
pesquisa foi analisar a vivência da prática clínica de médicos pediatras intensivistas
de um hospital humanizado. Adotou-se, para tanto, uma metodologia específica de
pesquisa qualitativa referenciada pela abordagem fenomenológica-existencial de
Heidegger, Boss e Buber. Foram realizadas e analisadas entrevistas com cinco
médicos pediatras e intensivistas que trabalham em um hospital infantil humanizado.
As falas dos médicos revelaram diferentes visões sobre: o lidar com a morte, com a
angústia e a culpa; a presença das mães na UTI e suas decorrências na rotina
hospitalar e na prática clínica médica; o reconhecimento (ou não-reconhecimento) do
trabalho médico pelos pais e profissionais da UTI; aspectos (positivos ou negativos)
do ambiente físico da UTI e das condições de trabalho. A partir dos dados colhidos,
pôde-se traçar um perfil geral das vivências clínicas dos entrevistados, com ênfase
nas estratégias por eles usadas para lidar com dificuldades e adversidades em geral
presentes em UTIs. A análise dessas vivências revelou a importância de se ouvir os
médicos e englobar a voz dos médicos no processo de humanização da medicina e
dos hospitais. Novas frentes de pesquisa, nas quais se dê voz a outros médicos, a
outros profissionais, às mães e às próprias crianças revelaram-se importantes
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Erro médico em cirurgia do aparelho digestivo: contribuição para o estudo das provas técnicas, periciais e documentais e suas implicações jurídicas / Medical malpractice in digestive system surgeries: a contribution to the study of technical, expert, and documentary evidence and its legal implications.Opitz Junior, João Baptista 01 September 2005 (has links)
Neste trabalho foram analisados trinta processos judiciais, que tramitam pelos Fóruns Regionais Cíveis de São Paulo, capital e interior e Instituições Periciais da Capital. Fez-se as extrações individualizadas de cada processo, objetivando definir as principais causas e documentos juntados ao mesmo e conseqüências de cada condição. Iniciou-se pela importância prática do tema para efeito de evolução médico-social. Buscou-se estudar a visão da relação médico-paciente, mesmo durante a demanda, a informação ao paciente e seus familiares dos procedimentos e limitadores do ato médico; o documental técnico jurídico juntado ao processo; o preparo técnico-jurídico do médico e, se, a propositura de ação depende da formação e especialização do profissional. Foram analisados processos judiciais de primeira instância no período de 1996 a 2002 correlacionados à cirurgias do aparelho digestivo. Usou-se como parâmetro de análise exclusivamente os documentos juntados aos autos onde buscou-se a existência clara da quebra da relação médico-paciente, a existência de consentimento informado, a verificação do documental juntado à defesa pelas partes ou solicitação judicial e a qualificação do profissional envolvido nas ações. Finalmente, analisados os resultados, chegamos a conclusão que a melhor forma para profilaxia da ação cível indenizatória por erro médico é: a boa relação médico-paciente; a manutenção de prontuário médico preenchido, legível, com carimbo e assinatura; o consentimento informado, que, deve ser elaborado, porém, por si só não é suficiente; e a condição técnico curricular do profissional não é fator atenuante para propositura da ação. / Thirty legal proceedings, which are in progress before the Regional Civil Courts both the Capital and the countryside of the State of Sao Paulo, Brazil, besides Examination Institutions in the Capital city of Sao Paulo, have been analyzed in this work Individual excerpts of each case were taken with the purpose of defining the main causes and documentation attached to them as well the consequences of each condition. The practical importance of the subject for the medical-social evolution has been addressed in the first place. The physician/patient relationship view was sought to be studied, even during the claim, as well as the information of the medical procedures and limitations to the patient and his or her family; the technical/legal documentation attached to the case; the physician technical/legal preparation and whether the filing of the action depends on the professional education and specialization. Trial court cases from 1996 to 2002 related to digestive system surgery have been analyzed. The analysis subject hereof has been based exclusively on the documents attached to the case record, where attempts have been made to evidence the clear existence of the breach of the physician/patient relationship, the existence of informed consent, the examination of the documentation attached to the defense by the parties or court request, and the qualification of the professional involved in the actions. Finally, after the results have been analyzed, a conclusion was reached that the best way of avoiding a civil action for damages due to medical malpractice includes: a good relationship between doctors and patients; keeping the patient record completed, legible, stamped, and signed; informed consent, which must be prepared but it is not sufficient on its own; and the professional technical experience and background do not constitute a mitigating circumstance for filing the action.
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Médicos e pacientes tem sexo e cor? A perspectiva de médicos e residentes sobre a relação médico-paciente na prática ambulatorialSantos, Mafoane Odara Poli 26 June 2012 (has links)
Embora sejam grandes os progressos com a promulgação da Constituição de 1988, que garante constitucionalmente a saúde como direito de todos e dever do Estado, esse direito não tem sido assegurado no mesmo nível e com a mesma qualidade de atenção, em especial, para a população negra. Depois de uma revisão sobre a história a influência das teorias racialistas e de gênero como categoria de análise na medicina, discute-se uma síntese da história recente das práticas médicas no Brasil e a reflexão critica sobre essas práticas centradas no tecnicismo. O objetivo deste estudo, parte da linha de pesquisa Pesquisa Psicossocial da Desigualdade: Relações Étnico-raciais, foi descrever que sentidos e significados médicos e médicas conferem aos temas médico-sociais na sua trajetória e formação, especialmente como concebem os determinantes sociais de gênero e raça Foram entrevistados 25 médicos (13 médicos e 12 médicas) que orientam e são preceptores de alunos da residência médica em um hospital universitário. O roteiro abordava o perfil sócio-demográfico e sua trajetória profissional; o seu nível de conhecimento e contato com os determinantes sociais (pobreza, gênero, cor/raça, nacionalidade, religião dos diferentes grupos populacionais) durante a formação acadêmica; que fatores consideravam relevantes para uma boa relação médico-paciente; seu conhecimento sobre Direitos Humanos e os princípios do Sistema Único de Saúde; as experiências na relação médico-paciente e de cuidado. Depois de um aquecimento propiciado pela situação da entrevista, entre os resultados, o estudo permitiu observar como os médicos entrevistados reconhecem alguns marcadores sociais da diferença que se transformam em desigualdade, os lugares sociais diferentes para homens e mulheres, brancos, amarelos e negros, lugares de maior ou menor privilégio e de obstáculo para o sucesso técnico. As diferenças e desigualdade de gênero foram mais fáceis de serem explicitadas e os entrevistados articulavam um repertório levemente maior para o tema. Todos os entrevistados, em algum momento, usaram o discurso sobre o instintivo e natural, e a maior parte deles compreende o masculino e o feminino de um modo muito conservador, com problemas para encontrar definições para perguntas supostamente simples. No caso da desigualdade racial, observamos que houve uma polarização: de um lado a negação das desigualdades entre brancos e não brancos, do outro temos a valorização da identidade branca, compondo bem com o racismo à brasileira. O contexto social foi associado à pobreza mais que qualquer outro indicador da desigualdade social. Cenas de racismo e sexismo institucional foram frequentes. Os poucos entrevistados que tinham uma noção mais sofisticada sobre gênero e raça eram aqueles que contaram com a oportunidade de desenvolver uma atividade de extensão, a iniciação científica ou que tiveram uma formação mais generalista, mais social. A trajetória trilhada na faculdade contribui, portanto, para a formação / Brazil\'s 1988 Constitution grants health as a human right to all and a duty of the State. Although great progress has been made since its enactment, this right has not been ensured at the same level and with the same service quality, particularly with regard to Afro-Brazilians. With close attention to history and the influence of racial and gendered theories, this article discusses the recent history of medical practices in Brazil and provides critical reflection on those practices that are centered on technique. The main purpose of this study, a part of the Psycho-social research on inequality: ethnic-racial relations research line, is to describe the meanings and significance that doctors give to medical social issues in their education. Special attention is given to their conception of the social determinants of gender and race. Twenty-five doctors (13 men and 12 women) were interviewed. All of them mentor medical students pursuing their residency at a University Hospital. The interviews script centered on their socio-demographic profile, their professional path and the degree of knowledge or contact with social determinants (poverty, gender, race/color, nationality, religion of the different population groups) during their academic formation, the factors they considered as relevant to a good doctor-patient relationship, their knowledge of Human Rights and the principles of the Sistema Único de Saúde (SUS) and their experiences in the care and doctor-patient relationships. Among its results, the study shows how the interviewed doctors recognize several social markers of difference that convert into inequity, the different social places for men and women, the white, the people of Asian descent and the black, places of greater or lower privilege and obstacle for technical success. The gender differences and inequalities were more easily explained and respondents articulated a slightly larger repertoire for the topic. All of the interviewees, at some moment, used the discourse on the instinctive and the natural, and most of them have a very conservative comprehension of the feminine and the masculine, and encountered problems in finding definitions for apparently simple questions. With regards to racial inequality, there was a polarization: on the one hand, the denial of inequalities among the white and the non white, on the other, a consistent evaluation of white identity, linked to the Brazilian racism. The social context was associated with poverty rather than any other indicator of social inequality. Evidence of racism and sexism were frequently observed in the interviews. The few interviewees that had a more sophisticated notion of gender and race were those who had had the chance to develop an extracurricular activity, the scientific initiation, or those who had had a more generalist and social education. Thus, the experience acquired during university contributes to the formation of their notions of social determinants in health
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