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Gouverner la violence : les effets sociaux de la loi de justice et de paix et l’administration de la violence paramilitaire après 13 ans d’application

Oviedo Perez, Manuel Antonio 09 1900 (has links)
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Mulheres saudáveis : biopedagogias de gênero em articulações com discursos da promoção da saúde na estratégia de saúde da família

Jandrey, Circe Maria January 2015 (has links)
En partant de la perspective de l’existence d’articulations entre deux importantes politiques publiques brésiliennes - Stratégie de Santé de la Famille (ESF) et Politique Nationale de Promotion de la Santé (PNaPS) – et du fait de la centralité que leurs discours assument dans le contexte contemporain du pays, la présente étude investigue et analyse des pédagogies utilisées pour la gouvernance de conduites de sujets et de leurs familles, en vue de la promotion de soins de santé. Réalisée dans une unité du réseau public de services d’assistance en matière de santé à Porto Alegre, État du Rio Grande do Sul, elle consiste en une recherche d’inspiration ethnographique et s’appuie sur des références dans les domaines des Études Culturelles, des Études de Genre et de Santé Publique, dans ses approches vis-à-vis des théorisations de l’analyse discursive, proposée par Michel Foucault. Pour la production des données empiriques, une observation participative a été produite, dans des groupes dont les activités étaient dirigées vers la Promotion de la Santé (PS) envers des utilisateurs de l’unité de santé. Les enregistrements des moments d’observation ont été réalisés par l’intermédiaire de l’instrument journal de bord et l’analyse du matériel produit offre la possibilité d’argumenter sur le fait que les activités suivies configurent des articulations biopolitiques entre Soins de Base en Matière de Santé (APS), Stratégie de Santé de la Famille et Politique Nationale de Promotion de la Santé. Elles configurent donc, des instances pédagogiques proposées afin d’énoncer, éduquer et réguler des familles d’utilisateurs de services d’APS/ESF – par-dessus tout, les femmes de ces familles. Des instances qui assument, en particulier, des perspectives de genre. Dans ce sens, les pratiques discursives d’éducation/promotion de santé analysées opèrent sous la condition de pédagogies (biopédagogies) et, dans le cadre d’une compréhension amplifiée, en tant que biopédagogies de genre. Elles constituent des stratégies d’exercice du pouvoir sur la vie des populations (biopouvoir), de façon à ce que les corps (spécialement les féminins) soient mieux gouvernés, en les rendant plus sains et de plus grande longévité. J’assume, tout au long des analyses des matériels de terrain, que des biopédagogies jouent un rôle central dans les exercices de biopouvoir contemporain, du fait qu’elles contribuent au disciplinement individuel des sujets et à la régulation de populations, en les normalisant en tant qu’autonomes et capables de choisir le plus « adéquat » pour ce qui a été diffusé en tant que vie « saine ». Dans le contexte des articulations biopolitiques étudiées, des femmes sont positionnées en tant que principales partenaires des services de promotion de la santé des familles. / Desde a perspectiva da existência de articulações entre duas importantes políticas públicas brasileiras – Estratégia de Saúde da Família (ESF) e Política Nacional de Promoção da Saúde (PNaPS) – e pela centralidade que seus discursos assumem no contexto contemporâneo do país, o presente estudo investiga e analisa pedagogias utilizadas para governamento de condutas de sujeitos e suas famílias com vistas à promoção de cuidados em saúde. Realizado numa unidade da rede pública de serviços assistenciais de saúde em Porto Alegre/RS, constitui-se como pesquisa de inspiração etnográfica e está apoiado em referenciais dos campos dos Estudos Culturais, Estudos de Gênero e de Saúde Pública em suas aproximações às teorizações da análise discursiva proposta por Michel Foucault. Para a produção dos dados empíricos, houve observação participante em grupos cujas atividades estivessem direcionadas à Promoção da Saúde (PS) com usuários da unidade de saúde. Os registros dos momentos de observação se efetivaram por intermédio do instrumento diário de campo, e a analítica do material produzido possibilita argumentar que as atividades acompanhadas conformam articulações biopolíticas entre Atenção Primária à Saúde (APS), Estratégia de Saúde da Família e Política Nacional de Promoção da Saúde. Configuram, então, instâncias pedagógicas propostas para enunciar, educar e regular famílias usuárias de serviços de APS/ESF – sobretudo, as mulheres dessas famílias. Essas instâncias assumem, sobremaneira, perspectivas de gênero. Nesse sentido, as práticas discursivas de educação/promoção de saúde analisadas operam à condição de pedagogias (biopedagogias) e, numa compreensão ampliada, como biopedagogias de gênero. Conformam estratégias de exercício do poder sobre a vida de populações (biopoder), para que corpos (especialmente, os femininos) sejam mais bem governados, tornando-se mais saudáveis e longevos. Assumo, no decorrer das análises dos materiais de campo, que biopedagogias ocupam uma função central nos exercícios do biopoder contemporâneo, por contribuírem ao disciplinamento individual dos sujeitos e à regulação de populações, normalizando-os como autônomos/as e capazes de eleger o mais ‘adequado’ para o que tem sido veiculado como vida ‘saudável’. No contexto das articulações biopolíticas estudadas, mulheres são posicionadas como principais parceiras dos serviços para promover a saúde das famílias. / From the perspective of the existing links between two major Brazilian public policies - Family Health Strategy (ESF) and the National Health Promotion Policy (PNaPS) - and the importance that their discourse has taken on in the contemporary context of the country, this paper investigates and analyzes the pedagogies used to govern the behavior of subjects and their families in order to promote health care. Executed at one of the public health assistance service units in Porto Alegre/RS, it was organized as a study inspired by ethnographic research and is supported by references from the fields of Cultural Studies, Gender Studies, and Public Health in their approaches to the theory of discourse analysis, proposed by Michel Foucault. For the production of empiric data, there was participant observation in groups whose activities were directed toward Health Promotion (PS) with the users of the healthcare unit. The records of the observations were done using a field diary tool, and the analysis of the material that was produced enables one to argue that the monitored activities shape bio-politic connections between Primary Health Care (APS), the Family Health Strategy, and the National Health Promotion Policy. Therefore, they are pedagogical forums for enunciating, educating, and regulating families that are users of the APS/ESF – especially the women in these families. Forums that exceedingly take on gender perspectives. In this sense, the health education/promotion discursive practices that were analyzed operate as pedagogies (bio-pedagogies), and with an enlarged understanding, as gender bio-pedagogies. They shape the strategies for exercising power over the lives of people populations (biopower) so that bodies (especially female) are better governed, becoming healthier and living longer. I assume, throughout the analyses of the field material, that the bio-pedagogies hold a central function in the exercise of contemporary bio-power due to their contribution to the individual disciplining of the subjects and the regulation of populations, normalizing them as autonomous and capable of choosing the most "appropriate" path to what has been propagates as a “healthy” life. In the context of the examined bio-political articulations, women are positions as the main partners of the services to promote family health.
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Mulheres saudáveis : biopedagogias de gênero em articulações com discursos da promoção da saúde na estratégia de saúde da família

Jandrey, Circe Maria January 2015 (has links)
En partant de la perspective de l’existence d’articulations entre deux importantes politiques publiques brésiliennes - Stratégie de Santé de la Famille (ESF) et Politique Nationale de Promotion de la Santé (PNaPS) – et du fait de la centralité que leurs discours assument dans le contexte contemporain du pays, la présente étude investigue et analyse des pédagogies utilisées pour la gouvernance de conduites de sujets et de leurs familles, en vue de la promotion de soins de santé. Réalisée dans une unité du réseau public de services d’assistance en matière de santé à Porto Alegre, État du Rio Grande do Sul, elle consiste en une recherche d’inspiration ethnographique et s’appuie sur des références dans les domaines des Études Culturelles, des Études de Genre et de Santé Publique, dans ses approches vis-à-vis des théorisations de l’analyse discursive, proposée par Michel Foucault. Pour la production des données empiriques, une observation participative a été produite, dans des groupes dont les activités étaient dirigées vers la Promotion de la Santé (PS) envers des utilisateurs de l’unité de santé. Les enregistrements des moments d’observation ont été réalisés par l’intermédiaire de l’instrument journal de bord et l’analyse du matériel produit offre la possibilité d’argumenter sur le fait que les activités suivies configurent des articulations biopolitiques entre Soins de Base en Matière de Santé (APS), Stratégie de Santé de la Famille et Politique Nationale de Promotion de la Santé. Elles configurent donc, des instances pédagogiques proposées afin d’énoncer, éduquer et réguler des familles d’utilisateurs de services d’APS/ESF – par-dessus tout, les femmes de ces familles. Des instances qui assument, en particulier, des perspectives de genre. Dans ce sens, les pratiques discursives d’éducation/promotion de santé analysées opèrent sous la condition de pédagogies (biopédagogies) et, dans le cadre d’une compréhension amplifiée, en tant que biopédagogies de genre. Elles constituent des stratégies d’exercice du pouvoir sur la vie des populations (biopouvoir), de façon à ce que les corps (spécialement les féminins) soient mieux gouvernés, en les rendant plus sains et de plus grande longévité. J’assume, tout au long des analyses des matériels de terrain, que des biopédagogies jouent un rôle central dans les exercices de biopouvoir contemporain, du fait qu’elles contribuent au disciplinement individuel des sujets et à la régulation de populations, en les normalisant en tant qu’autonomes et capables de choisir le plus « adéquat » pour ce qui a été diffusé en tant que vie « saine ». Dans le contexte des articulations biopolitiques étudiées, des femmes sont positionnées en tant que principales partenaires des services de promotion de la santé des familles. / Desde a perspectiva da existência de articulações entre duas importantes políticas públicas brasileiras – Estratégia de Saúde da Família (ESF) e Política Nacional de Promoção da Saúde (PNaPS) – e pela centralidade que seus discursos assumem no contexto contemporâneo do país, o presente estudo investiga e analisa pedagogias utilizadas para governamento de condutas de sujeitos e suas famílias com vistas à promoção de cuidados em saúde. Realizado numa unidade da rede pública de serviços assistenciais de saúde em Porto Alegre/RS, constitui-se como pesquisa de inspiração etnográfica e está apoiado em referenciais dos campos dos Estudos Culturais, Estudos de Gênero e de Saúde Pública em suas aproximações às teorizações da análise discursiva proposta por Michel Foucault. Para a produção dos dados empíricos, houve observação participante em grupos cujas atividades estivessem direcionadas à Promoção da Saúde (PS) com usuários da unidade de saúde. Os registros dos momentos de observação se efetivaram por intermédio do instrumento diário de campo, e a analítica do material produzido possibilita argumentar que as atividades acompanhadas conformam articulações biopolíticas entre Atenção Primária à Saúde (APS), Estratégia de Saúde da Família e Política Nacional de Promoção da Saúde. Configuram, então, instâncias pedagógicas propostas para enunciar, educar e regular famílias usuárias de serviços de APS/ESF – sobretudo, as mulheres dessas famílias. Essas instâncias assumem, sobremaneira, perspectivas de gênero. Nesse sentido, as práticas discursivas de educação/promoção de saúde analisadas operam à condição de pedagogias (biopedagogias) e, numa compreensão ampliada, como biopedagogias de gênero. Conformam estratégias de exercício do poder sobre a vida de populações (biopoder), para que corpos (especialmente, os femininos) sejam mais bem governados, tornando-se mais saudáveis e longevos. Assumo, no decorrer das análises dos materiais de campo, que biopedagogias ocupam uma função central nos exercícios do biopoder contemporâneo, por contribuírem ao disciplinamento individual dos sujeitos e à regulação de populações, normalizando-os como autônomos/as e capazes de eleger o mais ‘adequado’ para o que tem sido veiculado como vida ‘saudável’. No contexto das articulações biopolíticas estudadas, mulheres são posicionadas como principais parceiras dos serviços para promover a saúde das famílias. / From the perspective of the existing links between two major Brazilian public policies - Family Health Strategy (ESF) and the National Health Promotion Policy (PNaPS) - and the importance that their discourse has taken on in the contemporary context of the country, this paper investigates and analyzes the pedagogies used to govern the behavior of subjects and their families in order to promote health care. Executed at one of the public health assistance service units in Porto Alegre/RS, it was organized as a study inspired by ethnographic research and is supported by references from the fields of Cultural Studies, Gender Studies, and Public Health in their approaches to the theory of discourse analysis, proposed by Michel Foucault. For the production of empiric data, there was participant observation in groups whose activities were directed toward Health Promotion (PS) with the users of the healthcare unit. The records of the observations were done using a field diary tool, and the analysis of the material that was produced enables one to argue that the monitored activities shape bio-politic connections between Primary Health Care (APS), the Family Health Strategy, and the National Health Promotion Policy. Therefore, they are pedagogical forums for enunciating, educating, and regulating families that are users of the APS/ESF – especially the women in these families. Forums that exceedingly take on gender perspectives. In this sense, the health education/promotion discursive practices that were analyzed operate as pedagogies (bio-pedagogies), and with an enlarged understanding, as gender bio-pedagogies. They shape the strategies for exercising power over the lives of people populations (biopower) so that bodies (especially female) are better governed, becoming healthier and living longer. I assume, throughout the analyses of the field material, that the bio-pedagogies hold a central function in the exercise of contemporary bio-power due to their contribution to the individual disciplining of the subjects and the regulation of populations, normalizing them as autonomous and capable of choosing the most "appropriate" path to what has been propagates as a “healthy” life. In the context of the examined bio-political articulations, women are positions as the main partners of the services to promote family health.
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Mulheres saudáveis : biopedagogias de gênero em articulações com discursos da promoção da saúde na estratégia de saúde da família

Jandrey, Circe Maria January 2015 (has links)
En partant de la perspective de l’existence d’articulations entre deux importantes politiques publiques brésiliennes - Stratégie de Santé de la Famille (ESF) et Politique Nationale de Promotion de la Santé (PNaPS) – et du fait de la centralité que leurs discours assument dans le contexte contemporain du pays, la présente étude investigue et analyse des pédagogies utilisées pour la gouvernance de conduites de sujets et de leurs familles, en vue de la promotion de soins de santé. Réalisée dans une unité du réseau public de services d’assistance en matière de santé à Porto Alegre, État du Rio Grande do Sul, elle consiste en une recherche d’inspiration ethnographique et s’appuie sur des références dans les domaines des Études Culturelles, des Études de Genre et de Santé Publique, dans ses approches vis-à-vis des théorisations de l’analyse discursive, proposée par Michel Foucault. Pour la production des données empiriques, une observation participative a été produite, dans des groupes dont les activités étaient dirigées vers la Promotion de la Santé (PS) envers des utilisateurs de l’unité de santé. Les enregistrements des moments d’observation ont été réalisés par l’intermédiaire de l’instrument journal de bord et l’analyse du matériel produit offre la possibilité d’argumenter sur le fait que les activités suivies configurent des articulations biopolitiques entre Soins de Base en Matière de Santé (APS), Stratégie de Santé de la Famille et Politique Nationale de Promotion de la Santé. Elles configurent donc, des instances pédagogiques proposées afin d’énoncer, éduquer et réguler des familles d’utilisateurs de services d’APS/ESF – par-dessus tout, les femmes de ces familles. Des instances qui assument, en particulier, des perspectives de genre. Dans ce sens, les pratiques discursives d’éducation/promotion de santé analysées opèrent sous la condition de pédagogies (biopédagogies) et, dans le cadre d’une compréhension amplifiée, en tant que biopédagogies de genre. Elles constituent des stratégies d’exercice du pouvoir sur la vie des populations (biopouvoir), de façon à ce que les corps (spécialement les féminins) soient mieux gouvernés, en les rendant plus sains et de plus grande longévité. J’assume, tout au long des analyses des matériels de terrain, que des biopédagogies jouent un rôle central dans les exercices de biopouvoir contemporain, du fait qu’elles contribuent au disciplinement individuel des sujets et à la régulation de populations, en les normalisant en tant qu’autonomes et capables de choisir le plus « adéquat » pour ce qui a été diffusé en tant que vie « saine ». Dans le contexte des articulations biopolitiques étudiées, des femmes sont positionnées en tant que principales partenaires des services de promotion de la santé des familles. / Desde a perspectiva da existência de articulações entre duas importantes políticas públicas brasileiras – Estratégia de Saúde da Família (ESF) e Política Nacional de Promoção da Saúde (PNaPS) – e pela centralidade que seus discursos assumem no contexto contemporâneo do país, o presente estudo investiga e analisa pedagogias utilizadas para governamento de condutas de sujeitos e suas famílias com vistas à promoção de cuidados em saúde. Realizado numa unidade da rede pública de serviços assistenciais de saúde em Porto Alegre/RS, constitui-se como pesquisa de inspiração etnográfica e está apoiado em referenciais dos campos dos Estudos Culturais, Estudos de Gênero e de Saúde Pública em suas aproximações às teorizações da análise discursiva proposta por Michel Foucault. Para a produção dos dados empíricos, houve observação participante em grupos cujas atividades estivessem direcionadas à Promoção da Saúde (PS) com usuários da unidade de saúde. Os registros dos momentos de observação se efetivaram por intermédio do instrumento diário de campo, e a analítica do material produzido possibilita argumentar que as atividades acompanhadas conformam articulações biopolíticas entre Atenção Primária à Saúde (APS), Estratégia de Saúde da Família e Política Nacional de Promoção da Saúde. Configuram, então, instâncias pedagógicas propostas para enunciar, educar e regular famílias usuárias de serviços de APS/ESF – sobretudo, as mulheres dessas famílias. Essas instâncias assumem, sobremaneira, perspectivas de gênero. Nesse sentido, as práticas discursivas de educação/promoção de saúde analisadas operam à condição de pedagogias (biopedagogias) e, numa compreensão ampliada, como biopedagogias de gênero. Conformam estratégias de exercício do poder sobre a vida de populações (biopoder), para que corpos (especialmente, os femininos) sejam mais bem governados, tornando-se mais saudáveis e longevos. Assumo, no decorrer das análises dos materiais de campo, que biopedagogias ocupam uma função central nos exercícios do biopoder contemporâneo, por contribuírem ao disciplinamento individual dos sujeitos e à regulação de populações, normalizando-os como autônomos/as e capazes de eleger o mais ‘adequado’ para o que tem sido veiculado como vida ‘saudável’. No contexto das articulações biopolíticas estudadas, mulheres são posicionadas como principais parceiras dos serviços para promover a saúde das famílias. / From the perspective of the existing links between two major Brazilian public policies - Family Health Strategy (ESF) and the National Health Promotion Policy (PNaPS) - and the importance that their discourse has taken on in the contemporary context of the country, this paper investigates and analyzes the pedagogies used to govern the behavior of subjects and their families in order to promote health care. Executed at one of the public health assistance service units in Porto Alegre/RS, it was organized as a study inspired by ethnographic research and is supported by references from the fields of Cultural Studies, Gender Studies, and Public Health in their approaches to the theory of discourse analysis, proposed by Michel Foucault. For the production of empiric data, there was participant observation in groups whose activities were directed toward Health Promotion (PS) with the users of the healthcare unit. The records of the observations were done using a field diary tool, and the analysis of the material that was produced enables one to argue that the monitored activities shape bio-politic connections between Primary Health Care (APS), the Family Health Strategy, and the National Health Promotion Policy. Therefore, they are pedagogical forums for enunciating, educating, and regulating families that are users of the APS/ESF – especially the women in these families. Forums that exceedingly take on gender perspectives. In this sense, the health education/promotion discursive practices that were analyzed operate as pedagogies (bio-pedagogies), and with an enlarged understanding, as gender bio-pedagogies. They shape the strategies for exercising power over the lives of people populations (biopower) so that bodies (especially female) are better governed, becoming healthier and living longer. I assume, throughout the analyses of the field material, that the bio-pedagogies hold a central function in the exercise of contemporary bio-power due to their contribution to the individual disciplining of the subjects and the regulation of populations, normalizing them as autonomous and capable of choosing the most "appropriate" path to what has been propagates as a “healthy” life. In the context of the examined bio-political articulations, women are positions as the main partners of the services to promote family health.
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De l'exil au retour : dispositifs de rapatriement et carrières migratoires des retournés congolais (RDC) / From exil to return : repatriation plan and migratory careers of congolese returnees (DRC)

Lardeux, Laurent 15 September 2011 (has links)
A l'interface de la sociologie des migrations et de la sociologie politique, la thèse porte sur les migrations de retour des réfugiés congolais à partir des principaux pays d'acceuil l'afrique centrale. loin d'être regardées dans une perspective linéaire et statique entre deux sédentarités mais analysées à partir d'observation in situ et d'entretiens biographiques réalisés pendant près de seize mois dans les espaces d'accueil et de retour, les migrations de retour son intégrées ici dans un espace migratoire dynamique fait d'oppositions et de transactions entre les dispositifs du flux migratoire qui organisent et réglementent les migrations de retour, et les multiples pratiques formelles et informelles du sujet dont les intenses jeux de tension s'inscrivent dans un contexte soutenu de limitation des flux migratoires et l'accroissement de nouvelles formes de mobilité dans l'espace migratoire d'afrique centrale. / In the interface of the sociology of migration and political sociology, the thesis focuses on return migration of Congolese refugees from the main host countries of central Africa. Far from being observed in a linear and static perspective between two sedentarinesses but analyzed starting from in situ observations and from biographical interviews conducted during 16 months in host and return areas, the migrations of return are integrated in a dynamic migratory space constituted by oppositions and transactions between the biopolitic plans of retention of flows and the circulatory practices of the refugees. The accent is particularly focused on negotiating "biographical crossroads" and migratory careers of refugees from the social, spatial and political capital acquired during the refuge time. How, in these intersections between migratory careers and biopolitical plans, the returnees can define and negotiate their installations in the environment of return ?
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Psychosociologie de l'empowerment : le cas des prostituées transgenre sudaméricaines à Paris / Psychosociology of empowerment : the exemple of transgender South American sex workers in Paris

Andreotti martin, Rafael 04 December 2015 (has links)
Ce travail de recherche s’inscrit dans le cadre de la psychosociologie, de la microsociologie et de l’anthropologie sociale. Nous envisageons l’étude des liens sociaux développés au sein du collectif des prostituées transgenre migrantes d’Amérique du Sud dans la ville de Paris. Pour ce faire, nous devrons penser l’organisation sociale dans leurs pays d’origine ainsi que leurs trajectoires de migration. La subjectivité des personnes transgenre migrantes sera étudiée à différents niveaux : individuel, groupal et communautaire. Nous nous sommes ainsi servis de plusieurs catégories d’analyse comme la classe, la migration, la race, l’ethnie, etc. Nous considérons que l’adoption d’une identité de genre qui ne coïncide pas avec le genre attribué à la naissance mène les personnes transgenre à une place de stigmatisation sociale. En France, nous étudierons le passage du milieu de la prostitution au travail associatif. Nous cherchons à comprendre comment, à partir d’une proposition biopolitique précise de la part des pouvoirs publics (VIH), les acteurs sociaux vont négocier au niveau local une existence sociale possible, en-dehors du statut de « malade ». Cela nous conduira à des réflexions sur le changement du rôle de l’État et des acteurs sociaux à partir de la subjectivité moderne et contemporaine. / This research follows the principles of psychosociology, microsociology and social anthropology. It studies social bonds in communities of migrant transgender prostitutes from South America in Paris. In order to do that, we will start analyzing their social organization in their country of origins, and their migration trajectories. We will think three-level analysis for transgender migrant subjectivity : individual, groupal and community. We will also consider different categories such as class, migration, race, ethnicity, etc. We consider that assuming a gender identity different from the one assigned on birth implies for people a stigmatised social existence. In France, we are going to analyse the transition between two professional identities : from prostitution to self-help organizations. We are looking forward to understand how, following a biopolitical proposition from french government related to HIV, subjects try to negotiate in a local level, different identities beyond the « sick » labelling. This analysis will teach us the historical transitions between State and individual roles in modern and contemporary subjectivity.
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Bioculture : l’adaptivité culturelle dans les discours du gouvernement canadien (1967-2014)

Clément, Renaud January 2017 (has links)
L’idée que les discours du gouvernement Harper représenteraient une rupture fondamentale par rapport à la mythologie nationale établie est répandue dans les discours populaires et universitaires. Selon ces perspectives, une ancienne mythologie canadienne, exemplifiée par les symboles du multiculturalisme et du maintien de la paix, serait animée par l’idéal d’une ouverture exceptionnelle à la diversité. En contraste, la nouvelle symbolique conservatrice serait monolithiquement britannique, monarchique, impérialiste, et raciste. Ce penchant sur la question d’une telle rupture, cette thèse doctorale offre une analyse systématique des discours historiques du gouvernement fédéral, par lesquels l’ancienne mythologie nationale s’est ancrée dans l’imaginaire canadien. À la lumière d’une telle analyse, la nature et l’ampleur des continuités et ruptures entre ancienne et nouvelle mythologies sont évaluées. Du point de vue théorique, cette thèse innove en développant un concept apte à cerner les limites de ces deux systèmes symboliques mythologiques en ce qui a trait à leurs ouvertures relatives à la diversité. Adoptant comme point de départ la biopolitique foucaldienne et les conceptions poststructuralistes de l’identité/différence, la bioculture s’en distingue en étant sensible à la possibilité que les discours identitaires reconnaissent l’importance centrale de la diversité pour assurer l’optimisation de mécanismes adaptifs culturels, de façon analogue aux processus de la biologie évolutive. Une telle grille d’intelligibilité, qui appréhende la culture comme le résultat de la tension entre dynamiques autotransgressive et autopréservative, nous permet de répondre à notre questionnement sur la symbolique nationale.
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L'Ombra di Polemos, i riflessi del Bios : la prospettiva della cura a partire da Jan Patočka e Michel Foucault / The shadow of Polemos, the glares of Bios : the question of care in Jan Patočka and Michel Foucault / L'ombre de Pólemos et les reflets du Bios : La perspective du souci à partir de Jan Patočka et Michel Foucault

Croce, Caterina 20 May 2013 (has links)
À partir des réflexions du phénoménologue tchèque Jan Patočka et des études du philosophe français Michel Foucault, on interroge le thème du souci – de soi, de l’âme, des autres, du monde – en tant que forme de relation éthique. Dans l'éclipse des systèmes de valeurs traditionnelles, les recherches sur la notion du souci peuvent ouvrir une perspective éthique à même de reformuler les termes de la responsabilité collective.Le point de départ c’est un passage du dernier cours de Foucault au Collège de France (Le courage de la vérité), où le philosophe renvoie à la pensée de Patočka. Foucault reconnaît à l'auteur tchèque d'avoir été le seul philosophe contemporain à avoir approfondi le principe ancien de l'epimeleia. Cependant, selon Foucault, sa propre recherche – construite autour de la notion de epimeleia heautou, c'est-à-dire le souci comme mise à l'épreuve, problématisation et stylisation du soi – différerait de celle de Patočka, qui vise plus l'étude de l'epimeleia tes psychés, à savoir l’âme sous le profil ontologique et gnoséologique.Tout d’abord, la thèse de Foucault encourage une analyse de la signification du terme « âme » dans le contexte de la phénoménologie asubjective élaborée par Patočka. En second lieu, elle invite à étudier la notion de « soi » à l’oeuvre dans les derniers textes de Foucault. En interrogeant les rapports entre les processus singulières de subjectivation et le bios en tant que « mode de vie » ou « style d’existence », on arrive à poser le problème de la vie en tant qu’horizon ontologique de l'être en commun. On s’interroge sur la possibilité d’un « souci dubios » qui soit à la fois « lien de vie » et « forme de vie » : souci du bios comme ontologie critique des conditions rendant possible la reconnaissance de la vie en tant que dimension de la co-appartenance, et, en même temps, attitude éthique à se faire charge de sa vulnérabilité. / Starting from the research of the Czech phenomenologist Jan Patočka and the studies of the French philosopher Michel Foucault, this thesis investigates the question of the care – of the self, for the soul, of the others, of the world – as a form of ethical relationship. In the twilight of the traditional value systems, the ethical perspective in researches on the notion of care enables a redefinition of collective responsibility.The starting point is a paragraph of the Foucault’s last course at the Collège de France (Courage Of Truth), where the philosopher refers to Patočka’s work. Foucault marks a separation between his work, focused on the theme of the bios, as opposed to that of Patočka, centred on the issue of the psyche. According to Foucault, his own research on epimeleia heautou as problematization and stylization of the self is different from that of Patočka, who is interested in the ontological and epistemological facets of the concept of soul .First, Foucault’s thesis encourages an analysis of the meaning of the word “soul” in the context of the asubjective phenomenology developed by Patočka. Second, it suggests to focus on the notion of “self” in last texts of Foucault.Questioning the relationship between the processes of subjectivation and the bios as a “style of existence”, we start considering life as ontological horizon of being in common. This thinking allows for the possibility of “care for the bios” as both “bond of life” and “way of life”: as critical ontology of the conditions that govern the recognition of life as ontological dimension of being in common, on the one hand; and as ethical attitude to protect the bios’s vulnerability on the other. / A partire dalle riflessioni del fenomenologo cèco Jan Patočka e dagli studi del filosofo francese Michel Foucault, questa ricerca intende esplorare il tema della cura – di sé, dell’anima, degli altri, del mondo – in quanto forma di relazione etica. Nell’eclissi dei sistemi valoriali tradizionali, le ricerche sulla nozione di cura possono offrire una prospettiva etica capace di riformulare i termini della responsabilità collettiva. Il punto di partenza è un passaggio dell’ultimo corso di Foucault al Collège de France (Il coraggio della verità), dove il filosofo fa riferimento al pensiero di Patočka. Foucault riconosce all’autore ceco di essere stato il solo autore contemporaneo ad aver approfondito il principio antico dell’epimeleia. Tuttavia, secondo Foucault, la propria personale ricerca – articolata attorno alla nozione di epimeleia heautou, cioè di cura come messa alla prova, problematizzazione e stilizzazione di sé – differirebbe da quella di Patočka, più interessata allo studio dell’epimeleia tes psyches, ossia all’anima sotto il profilo ontologico e gnoseologico.Innanzitutto, la tesi di Foucault incoraggia un’analisi del significato del termine “anima” nel contesto della fenomenologia asoggettiva elaborata da Patočka. In secondo luogo, invita a studiare la nozione di “sé” presente negli ultimi testi di Foucault. Indagando i rapporti tra i processi singolari di soggettivazione e il bios in quanto “modo di vita” o “stile di esistenza”, si arriva a porre il problema della vita in quanto orizzonte ontologico dell’essere in comune. Ci si interroga così sulla possibilità di una cura del bios che sia insieme “legame di vita” e “modo di vita”: cura del bios come ontologia critica delle condizioni che rendono possibile il riconoscimento della vita, intesa come dimensione della coappartenenza, e allo stesso tempo attitudine etica a farsi carico della sua vulnerabilità.
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[en] COLONIAL OBJECTIFICATION OF BLACK BODIES: A POST-COLONIAL AND FOUCAULDIAN APPROACH TO THE BLACK EXTERMINATION IN BRAZIL / [pt] OBJETIFICAÇÃO COLONIAL DOS CORPOS NEGROS: UMA LEITURA DESCOLONIAL E FOUCAULTIANA DO EXTERMÍNIO NEGRO NO BRASIL

JULIANA MOREIRA STREVA 30 August 2016 (has links)
[pt] A pesquisa busca questionar a naturalização da violência de Estado direcionada contra os corpos negros no Brasil. Para esta urgente tarefa, o trabalho desenvolve um diálogo central entre a filosofia descolonial e a foucaultiana, dividindo-se em quatro capítulos. O primeiro demonstra o enraizamento desta naturalização desde o período colonial, mostrando a objetificação do corpo negro e a sua invibilização tanto na escravização como no movimento abolicionista. O segundo capítulo aborda o período pós-abolição por meio do projeto de embranqueamento e do racismo científico. O terceiro enfrenta o auto de resistência como prática contemporânea do racismo de Estado da sociedade biopolítica brasileira. Por fim, o quarto pretende refletir sobre resistências e possibilidades de transformações descoloniais desta realidade objetificante e violenta. / [en] The investigation aims to question the naturalization of State s violence against black bodies in Brazil. For this urgent task, the work develops a dialogue between decolonial and foucauldian philosophy, and is divided in four chapters. The first one points out that this naturalization has its roots in brazilian history since colonial time, with the objectification of black bodies during slavery and also at the abolitionist movement. The second one approaches the post-abolition period, its whitening project and the scientific racism. The third part faces the auto de resistência as a contemporary practice of State s racism in the brazilian biopolitic society. Finally, the fourth chapter intends to analyze resistances and possibilities of decolonial transformations of this violent and objectifying reality.
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Les feux de forêt comme processus sociaux plus-qu’humains. Une analyse des rapports dynamiques et enchevêtrés entre Atikamekw Nehirowisiwok, pompiers forestiers, feux et forêts au sein du Nitaskinan

Gonzalez, Noémie 09 September 2022 (has links)
Les feux de forêt sont plus en plus fréquents et intenses ces dernières années, notamment en raison des changements climatiques. De nombreuses communautés autochtones se trouvent en milieu forestier et donc exposées à cet aléa. Dans ce contexte, il est pertinent de se pencher sur les dynamiques des rapports sociaux entre organismes de gestion des feux de forêts, communautés autochtones, forêts et feux. C’est ce que fait cette thèse à travers l’étude spécifique du paysage plus-qu’humain qui s’est constitué autour de trois feux de forêt qui ont menacé la communauté atikamekw de Wemotaci en 1977, 1997 et 2010. Au niveau théorique, cette recherche se place au croisement entre l’anthropologie des catastrophes (Oliver-Smith et Hoffman 2020)et les études autochtones, tout en se positionnant au sein de l’écologie politique (Akrich, Callon et Latour 2006; Tsing 2017; Berkes, Colding et Folke 2003a). La méthodologie déployée mobilise des approches relationnelles inspirées des méthodologies autochtones (Smith 2012; Kovach 2009; Wilson 2008; Absolon Minogiizhigokwe 2011) et les apports des féminismes autochtones (Green 2017a) afin de produire une recherche aux visées anticoloniales et anti-oppressives. L’analyse de ces trois situations de feux de forêt met en lumière une tension. D’une part, elle met en évidence des procédures et politiques officielles de gestion des feux de forêt et des urgences qui considèrent les Autochtones comme devant être pris en charge et les excluent souvent des processus décisionnels. D’autre part, elle documente comment les membres de la communauté atikamekw ont été actifs lors des situations de feu en protégeant leur village et en s’occupant de leurs évacué·e·s. L’analyse des rapports de pouvoir et des mécanismes d’exclusion ont montré que plusieurs dynamiques nourrissent ce processus d’exclusion : une approche biopolitique de la gestion des feux de forêt, une domination du savoir-expert et d’une épistémologie eurocentrée, une essentialisation de certaines différences entre Autochtones et non-autochtones cristallisée autour de la temporalité et de la relation au territoire, et enfin la présence d’une masculinité hégémonique dans le domaine de la lutte contre les feux de forêt. Pourtant cette recherche montre aussi que les Atikamekw Nehirowisiwok sont porteurs et porteuses1 d’une expertise propre en ce qui concerne la gestion des feux de forêt et des urgences, en lien avec la responsabilité de prendre soin du territoire et de la communauté. Cette analyse montre aussi comment le colonialisme patriarcal est présent lors des événements de feux de forêt connectant l’expérience des hommes et femmes atikamekw aux dynamiques genrées du domaine de la gestion des feux et au contexte colonial plus global qui lie communautés autochtones et institutions non autochtones. Cette recherche permet également d’ouvrir une discussion sur les futurismes atikamekw et notamment les possibilités d’avenir qui ont émergé suite aux situations de feux, au-delà des systèmes d’oppressions mis en évidence. Ces résultats permettent d’imaginer une gestion des feux et des urgences différente qui laisserait place à diverses épistémologies et intègrerait les acteurs et savoirs locaux de manière significative dans ses processus. Cette recherche a l’originalité d’apporter une analyse genrée de situations de feux de forêt, en dialogue avec les féminismes autochtones. La place donnée aux entités non-humaines, y compris le feu iel-même1, dans l’analyse de ce réseau multiacteur, permet également d’en arriver à la conclusion que les feux de forêt, et les catastrophes en général sont des processus sociaux plus-qu’humain dans lesquels des futurs peuvent être produits malgré les rapports de pouvoir qui s’y manifestent. / Forest fires have become more frequent and intense in recent years, particularly due to climate change. Many indigenous communities are located in forest areas and are therefore exposed to this hazard. In this context, it is relevant to examine the dynamics of social relationships between forest fire management organizations, Indigenous communities, forests and fires. This is what this thesis does through the specific study of the morethan-human landscape that was formed around three forest fires that threatened the Atikamekw community of Wemotaci in 1977, 1997 and 2010. At the theoretical level, this research is placed at the intersection of the anthropology of disasters (Oliver-Smith and Hoffman 2020) and Indigenous studies, while positioning itself within political ecology (Akrich, Callon, and Latour 2006; Tsing 2017; Berkes, Colding, and Folke 2003a). The methodology deployed mobilizes relational approaches inspired by Indigenous methodologies (Smith 2012; Kovach 2009; Wilson 2008; Absolon Minogiizhigokwe 2011) and contributions from Indigenous feminisms (Green 2017a) to produce a research with anti-colonial and anti-oppressive aims. The analysis of these three wildfire situations highlights a tension. On the one hand, it highlights official wildfire and emergency management procedures and policies that view Indigenous people as needing to be cared for and often exclude them from decision-making processes. On the other hand, it documents how Atikamekw community members were active during the fire situations by protecting their village and caring for their evacuees. The analysis of power relations and mechanisms of exclusion showed that several dynamics feed this process of exclusion: a biopolitical approach to forest fire management, a domination of expert knowledge and a Eurocentric epistemology, an essentialization of certain differences between Indigenous and non-Indigenous people crystallized around temporality and the relationship with the land, and finally the presence of a hegemonic masculinity in the field of forest firefighting. However, this research also shows that the Atikamekw Nehirowisiwok have their own expertise in wildifre and emergency management, linked to the responsibility of taking care of the land and the community. It also shows how patriarchal colonialism is present during wildfire events, connecting the experience of Atikamekw men and women to the gendered dynamics of the fire management field and to the broader colonial context that links Indigenous communities and non-Indigenous institutions. This research also opens up a discussion on Atikamekw futurisms and, in particular, the possibilities of futures that have emerged as a result of fire situations, beyond the systems of oppression that have been highlighted. These results make it possible to imagine a different kind of wildfire and emergency management that would leave room for various epistemologies and would integrate local actors and knowledge in a significant way in its processes. This research has the originality of providing a gendered analysis of forest fire situations, in dialogue with Indigenous feminisms. The place given to non-human entities, including fire itself, in the analysis of this multiactor network, also allows us to conclude that forest fires, and disasters in general, are more-than-human social processes in which futures can be produced despite the power inequalities that are present.

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