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Sexualidade e gênero: estudo das relações afetivas de jovens surdas de uma escola municipal de educação especial de São Paulo / Sexuality and gender: study of affective relations in deaf female young people in special education city scholl.

Ribeiro, Karen 13 May 2011 (has links)
O presente trabalho investiga práticas, experiências e vivências da sexualidade de jovens surdas, usuárias da língua brasileira de sinais, a Libras. Foram realizadas observações, entrevistas e discussões com dez surdas de 12 a 17 anos, estudantes de uma escola municipal de educação especial (EMEE) de São Paulo, voltada para o atendimento de crianças, jovens e adultos/as com surdez, surdocegueira e outras deficiências associadas. Os dados foram analisados de maneira qualitativa, à luz da abordagem sociológica e dos conceitos de surdez, juventude, sexualidade e gênero. Também foram entrevistadas seis professoras, três agentes escolares e uma inspetora de alunos. O estudo investigou como se constitui a sexualidade dessas estudantes e qual o papel desempenhado pela escola e pela família nesse processo. Foi constatado que as jovens apresentam desinformação, dúvidas e mitos sexuais, alguns muito próximos da realidade de jovens, sejam surdos ou não. Mas elas não têm acesso às informações detalhadas relativas à prevenção das DST/AIDS e aos métodos contraceptivos, em função do desconhecimento da Libras pela maioria da população ouvinte, da falta de acesso a livros e revistas e à internet, da ausência de intérpretes de Libras e das legendas ocultas nos programas de TV. Verificou-se que, apesar da pouca fluência em Libras, as mães das jovens são consideradas por elas pessoas significativas em relação aos valores e informações ligados à sexualidade. Na escola, algumas iniciativas ressaltam os aspectos biológicos da sexualidade e não há um programa sistemático de educação sexual que contemple seus aspectos positivos para além da prevenção. Destaca-se, por fim, que a construção da sexualidade dessas jovens é marcada não só pelo controle e pela tutela do sexo feminino, presente em nossa sociedade, mas pela desigualdade social no seu cruzamento entre gênero e deficiência. As jovens percebem a falta de comunicação que as cerca, tanto decorrente da falta de traquejo com a Libras, quanto advinda do silêncio que marca a discussão sobre o sexo na família e na escola. De algum modo se dão conta e às vezes denunciam essa opressão, ainda que nem sempre localizem suas dificuldades em um quadro mais amplo, com o máximo de porosidade entre as fronteiras criadas entre as pessoas surdas e ouvintes, ou, por que não dizer, com o desmoronamento dessa demarcação. / This research investigates the practices and experiences of sexuality by young deaf people who use the Brazilian sign language, known as Libras. Includes observation, interviews and group discussions with ten deaf girls 12 to 17 years old, students in special education city school (EMEE) in São Paulo, specialized in serving children, youths and adults who are deaf, blind-deaf or have other related disabilities. Data was analyzed in a qualitative manner, in the light of the sociological approach and the concepts of deafness, youth, sexuality and gender. Six female teachers, three school agents and a students inspector were also interviewed. The study investigated how the sexuality of those students is formed and which is teh role played by the school and the family in this process. A finding was that these young females have misinformation, doubts and myths associated with sex, some are very close to the reality of young people, either deaf or not. But they do not have access to detailed information regarding STD/AIDS prevention and contraceptive methods, due to the fact that most of the hearing population do not know Libras, the lack of access to books and magazines and to the internet, the absence of Libras interpreters and hidden subtitles in TV programs. Despite the little fluency in Libras, the mothers of the young girls are considered by them as significant persons in the relation to the values and information associated with sexuality. In school, some initiatives emphasize the biological aspects of sexuality and there is not a systematic program on sexual education to include its positive aspects that go beyond prevention. Finally, it must be highlighted that the construction of sexuality for these girls is characterized not only by the control and custody faced by females, as usually happens in our society, but also by the social inequality in the crossroads of gender and disability. The girls perceive the lack of communication around them, both arising from the inability to use Libras and resulting from the silence which shapes the discussion about sex in the family and the school. Somehow they realize and sometimes they denounce such oppression, even if they not always see their difficulties in a broader framework, with the maximum porosity between the frontiers created among the hearing and deaf people, or, why should one not say, the crumbling of this line of demarcation.
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Psicologia comunitária e movimentos sociais: juventude, participação política e enfrentamento de formas de desenraizamento em Comunas do MST / Community Psychology and Social Movements: youth, political participation and coping forms of uprooting in MST Communes

Silva, Danilo de Carvalho 09 May 2016 (has links)
As observações realizadas durante o projeto Psicologia comunitária e educação popular: um estudo das possíveis articulações nas práticas dos movimentos sociais, financiado pelo Programa Ensinar com Pesquisa, levantaram elementos para a discussão sobre os sofrimentos provocados pelo desenraizamento em jovens dos assentamentos do MST. Ao longo de nossa participação nas atividades do Movimento, observamos que os jovens dos assentamentos da Regional Grande São Paulo do MST enfrentavam diversos obstáculos ao seu pertencimento no lugar onde moram, tais como o sentimento de que quando viviam acampados os moradores eram mais unidos; a busca por espaços de convivência e socialização, bem como a busca por acesso aos centros urbanos; e os vários preconceitos e discriminações sofridos no bairro e na escola. Por isso, este projeto discute algumas das formas de resistências manifestadas pelos jovens em relação aos sofrimentos que vivem e em que medida os espaços de pertencimento ligados ao movimento sustentam experiências de elaboração de sofrimentos como o desenraizamento e a humilhação social. Para cumprir este objetivo, abordamos as articulações teóricas entre psicologia comunitária e educação popular, refletindo sobre as formas de apoio desenvolvidas pelos psicólogos aos movimentos sociais, cujas práticas são orientadas por um horizonte emancipatório, e continuamos participando de atividades do Movimento, de oficinas com os jovens assentados. Além disso, recolhemos histórias de vida de cinco jovens participantes do MST na regional grande São Paulo. Observamos, a partir das entrevistas e da participação nas atividades do Movimento e nas oficinas, que as diferentes formas de participação nas comunas deixam nos jovens assentados marcas pelas quais é possível reconhecer a importância do Movimento em suas vidas. Os relatos guardam boas lembranças da infância em meio à precariedade dos acampamentos e mostram como os jovens não são passivos as manifestações de desrespeito por eles sofridas, reagindo às violências morais e físicas que vivem em seu cotidiano, seja, por exemplo, na busca do diálogo com a diretoria de uma escola que frequentam ou se unindo e confrontando a violência que sofrem. Compreendemos que o apontamento dessas formas de resistência contribui para a militância fortalecer a participação política desses jovens no Movimento. Esse fortalecimento, por sua vez, contribui na construção da autonomia dos jovens assentados, construída na participação em uma coletividade e que se realiza no reconhecimento de que dependemos uns dos outros, uma dependência que não é subserviência ou submissão, mas reconhecimento de que a nossa humanidade depende do reconhecimento mútuo da humanidade no outro, ou seja, a experiência compartilhada de enraizamento / The observations made during the project \"Community psychology and popular education: a study of possible links in the social movements practices\", funded by the Program Teaching with Research, raised elements for discussion about the sufferings caused by the uprooting of young people of the MST settlements. Throughout our participation in the Movement\'s activities, we observed that the youth of settlements Regional Greater São Paulo MST faced many obstacles to its membership in the place where they live, such as the feeling that when they lived camped residents were more united; the search for living spaces and socialization, as well as the search for access to urban centers; and the various prejudices and discrimination suffered in the neighborhood and at school. Therefore, this project discusses some of the forms of resistance expressed by young people in relation to the suffering living and to what extent the membership of areas linked to movement support development experiences of suffering as the uprooting and social humiliation. To meet this goal, we approach the theoretical links between community psychology and popular education, reflecting on the forms of support developed by psychologists to social movements, whose practices are guided by an emancipatory horizon, and continue participating in movement activities, workshops with young settlers. Also, we collect life stories of five young participants of the MST in major regional São Paulo. Noted, the interviews and participation in the Movement activities and workshops, the different forms of participation in the communes make us young settlers marks by which you can recognize the importance of the Movement in their lives. Reports keep good memories of childhood amid the precariousness of the camps and show how young people are not passive demonstrations of disrespect they suffered, reacting to the moral and physical violence living in their daily lives, is, for example, in the search for dialogue with the board of a school attending or joining confronting violence and suffering. We understand that the appointment of these forms of resistance contributes to the militancy to strengthen the political participation of these young people in the Movement. This strengthening, in turn, contributes to the construction of autonomy of the settlers young, built on participation in a community and to be held in recognition that depend on each other, a dependence that is not subservience or submission, but recognition that our humanity depends on humanity\'s mutual recognition on the other, that is, the shared experience of rooting
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Gestão municipal de políticas públicas dirigidas à juventude e possíveis aproximações com a promoção da saúde / Municipal management of public policies aimed to youth and possible approaches of health promotion

Andrade, Elisabete Agrela de 25 September 2008 (has links)
RESUMO No campo da saúde pública, as políticas públicas direcionadas à juventude têm sido geralmente, embasadas num modelo biológico que enfatiza a noção de adolescência e juventude como fenômenos atemporais e universais. Ao ter o compromisso de ampliação e qualificação das ações de promoção da saúde no Sistema Único de Saúde, o setor saúde precisa compreender a saúde do jovem de forma ampliada. A partir das aberturas institucionais para a participação da juventude na gestão pública, foi objetivo deste estudo analisar o trabalho dos auxiliares da juventude nas subprefeituras do município de São Paulo, por partir-se do entendimento que além de colaborar para a compreensão das ações voltadas à juventude, poderiam possibilitar a aproximação da saúde pública e a reflexão a respeito dos princípios e estratégias da promoção da saúde. De caráter qualitativo, a primeira parte da pesquisa priorizou os temas: juventude, políticas públicas e promoção da saúde. A segunda parte concentrou-se na análise documental e na coleta de dados junto a esses atores sociais, utilizando-se de aplicação de questionário e entrevista. O discurso teórico conceitual foi convincente quanto à importância deste ator social na construção de políticas públicas dirigidas a juventude, entretanto sua prática mostrou que não foi efetivo pelo pouco mérito e sustentabilidade despendidos ao propósito. O espaço da saúde pública pode ser um lócus privilegiado no sentido de contribuir na revisão de propostas de intervenções para este público. / ABSTRACT In the field of public health, public policies guided to young people have been, generally, based on a biological model which stresses the notion of adolescence and youth as universal and timeless phenomena. By taking the commitment of enlarging and qualifying the actions of health promotion in the Single Health System, the health sector needs to understand the health of the youth in a broad way. The aim of this essay is to analyze the work of youth assistants in the sub city halls of São Paulo, based on institutional openings for the participation of youth in public management. For the basic premise is that not only do they cooperate for the understanding of actions taken towards youth, but they could also allow an approach between public health and the reflections concerning strategies and principles of health promotion. Having a qualitative characteristic, the first part of the research prioritized the following subjects: youth, public policies and health promotion. The second part focused on documentary analysis and data collection with these social actors by applying questionnaire and interviews. The theoretical discourse was convincing about the importance of this social actor in the construction of public policies aimed to youth. However, this practice presented itself ineffective by the little merit and sustainability spent for the purpose. The space of public health can be a privileged locus as regards the contribution it brings to review the proposals of intervention for this public.
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Globalização na escola, para além de um conteúdo / Globalization at school, beyond a content

Bonassi, Edna Celeste Vieira 20 September 2010 (has links)
Esta dissertação trata do ensino da globalização, enquanto conteúdo no último ano do Ensino Fundamental. A pesquisa envida nos caminhos de compreensão da globalização no campo teórico, mas enfocada principalmente em sua materialização no lugar de vivência do aluno, expresso no cotidiano e as relações dialéticas aí geradas a fim de oportunizar condições de contexto dessa temática para encaminhamento do tema nas aulas de Geografia. O nascedouro desta proposta ocorreu em função de contradições e paradoxos no comportamento dos alunos em relação à posse e uso de aparelhos tecnológicos de última geração, e também, das dificuldades, enfrentadas por nós professores, no ensino desse conteúdo. Assim, o objetivo da pesquisa está direcionado para a possibilidade de contextualizar o conteúdo da globalização na perspectiva dialética, considerando as variáveis que se lhe constituem, as dimensões: tecnológica, cultural, política, econômica e social, manifestas e imbricadas no cotidiano. Antes, porém é dedicado um espaço de compreensão do jovem e sua condição no contexto da e na globalização, se perfazendo no lugar do vivido, do cotidiano. O jovem, neste início de século, vive em presentes perpétuos, fragmentados pelas imagens, signos e significados; o tempo presente é um momento aparentemente único, descolado de um passado e supostamente sem vínculo com o futuro. A juventude, enquanto condição está equacionada nos moldes da racionalidade econômica e disponibilizada à globalização através dos sentidos orientados para o mercado de consumo neste momento sócio histórico e cultural, quando os signos, produtos e cultura, tomam a forma de mercadoria e delineiam comportamentos que sugerem o imediatismo e a efemeridade. Demonstramos as relações do contexto através das respostas dadas pelos alunos, seja no questionário de perguntas fechadas ou abertas. Para tanto, se fez necessária a compreensão de elementos constitutivos da globalização, no caso, destaca-se a tecnologia e o consumo, este com conotação cultural, em decorrência da ênfase dada às mercadorias-signos, imagens e bens que, em geral, ganham novos significados no processo, assim como a cidadania atrelada aos direitos de consumo a serviço do capitalismo. Tem-se nessa dialética a relação ensino aprendizagem da e na globalização objetivado no desenvolvimento formativo do aluno. Nesse sentido, destacamos as entrevistas com os professores, a fim de apurar como é articulado o conteúdo da globalização, no último ano do Ensino Fundamental, na intenção de evidenciar as dificuldades desses profissionais com relação ao tema para um posicionamento mediante às questões relevantes e propor sugestões. O encaminhamento, por sua vez, se constitui como eixo de sugestões possíveis para compor a articulação do conteúdo da globalização no movimento dialético das dimensões que lhe perfazem, a fim de favorecer o ensino e aprendizagem desse tema tão complexo. Faz-se necessário ainda tornar significativo o conteúdo a partir da realidade vivida por esses jovens e contribuir para um modo de pensar mais consciente e formador do aluno no desenvolvimento da cidadania. / This dissertation deals with the teaching of globalization as course content in the final year of primary level education. The study endeavors to bring to light how globalization is understood at the theoretical level, however, it mainly focuses on how globalization is inserted into the everyday experience of students, how it is expressed in their day-to-day lives and the dialectic processes that arise therein, with the purpose of taking advantage of the contextual conditions of this subject matter and how it is delivered in Geography classes. The concept for this study arose from the contradictions and paradoxes evident in the behavior of students with regards to their possession and use of the latest generation technological devices, and also from the difficulties that we, as teachers, face in teaching this subject. Thus, the aim of this study concerns the possibility of contextualizing the subject of globalization from a dialectic perspective, considering the variables that constitute it: the technological, cultural, political, economic and social dimensions, which overlap each other in everyday life. Beforehand, however, part of the study is dedicated to the comprehension of youths and their position in the context of globalization, and how it is received in their experiences and daily life. At the beginning of this new century, youths are living in the \"perpetual present\", a world fragmented by a plethora of images, signs and meanings; the present time is an apparently unique moment, detached from the past and with supposedly no link to the future. Youth as a condition is laid out in the moulds of economic rationality and is exposed to globalization through senses that are oriented towards the consumer market at this socio-historical and cultural junction, when signs, products and culture take the form of merchandise and delineate a type of behavior defined by immediatism and ephemerality. The students relationships with the context are demonstrated by the replies they gave in questionnaires containing both closed-ended and open-ended questions. Accordingly, comprehension of the formative elements of globalization is necessary, in this case technology and consumption stand out, the latter with a cultural connotation, as a result of the emphasis given to merchandise comprising of signs, images and goods that, in general, take on new meaning in the process, like citizenship linked to the consumption rights at the service of capitalism. This dialectic process is apparent in the relationship between the teaching and learning of globalization, aimed at the formative development of the student. Accordingly, interviews with teachers are emphasized, with the purpose of ascertaining how the subject of globalization is articulated in the final year of primary level education, with the intention of making evident the difficulties that these professionals face with regards to the subject, when they are confronted by relevant issues, and to propose suggestions. In turn, the promotion of this subject is the axis for possible suggestions to compose the articulation of globalization as subject matter in the dialectic movement of the dimensions it takes on, with the purpose of favoring the teaching and learning of this complex subject. Furthermore, it is necessary to make the content relevant from the standpoint of the reality experienced by these youths and to contribute to a more conscious manner of thinking and educating the student in the development of citizenship.
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O sentido do movimento estudantil contemporâneo pela voz dos estudantes da saúde / The meaning of contemporary student movement throught healt students point of view

Reis, Alessandra Martins dos 24 May 2007 (has links)
O objeto deste trabalho é o movimento estudantil contemporâneo. O objetivo foi caracterizar os estudantes que participam do movimento estudantil contemporâneo, identificar os principais temas discutidos pelo movimento na atualidade, caracterizar as práticas e formas de organização do movimento estudantil e analisar as concepções de saúde tomadas pelo movimento. Trata-se de pesquisa descritiva em que a exposição do objeto se deu, tanto pela via qualitativa, como pela via quantitativa. A coleta dos dados quantitativos ocorreu durante o conselho nacional de entidades de base (CONEB) da União Nacional dos Estudantes (UNE) entre os dias 13 e 16 de abril de 2006; os dados qualitativos foram colhidos entre os meses de abril e novembro de 2006 em Campinas e São Paulo (SP). A população foi constituída de estudantes universitários que participam de centros acadêmicos e outras entidades estudantis. Foram distribuídos aos participantes do CONEB questionários com perguntas fechadas combinando: informações acerca do estudante; questões acerca das condições sociais de suas famílias; questões acerca da participação política e social dos estudantes. Num segundo momento, foram entrevistados apenas estudantes da área da saúde e da UNE. Esse foi o momento em que, através de questões abertas, os estudantes se manifestaram acerca dos temas, do sentido e do impacto do ME, sua relação com os partidos políticos, limites e possibilidades no encaminhamento das organizações estudantis, bem como informações sobre a concepção de saúde e prática relativa às questões de saúde. Foram entrevistados dois representantes da UNE e um representante de cada executiva da saúde: biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, nutrição, odontologia, psicologia, serviço social, terapia ocupacional e veterinária (1 de cada curso), totalizando 15 entrevistas. Valeu-se da técnica de entrevista semi-estruturada. Resultados: os estudantes que fazem parte do movimento estudantil são em sua maioria homens, jovens brancos, solteiros, naturais do eixo sul-sudeste; quando consideradas a situação de trabalho dos pais, renda familiar, posse de moradia familiar, fontes de renda e gastos pessoais, prevalecem condições de existência relativamente estáveis. Os estudantes consideram o movimento estudantil um espaço de organização da juventude para lutar pela transformação social, espaço de formação política em que são discutidos diversos temas, sendo prevalentes os temas da educação e universidade, é um espaço também de disputa política com inserção importante dos partidos políticos. Os estudantes avaliam que o movimento está fragmentado entre executivas de curso e União Nacional dos Estudantes, apesar da sobreposição de atividades desenvolvidas pelas entidades. A concepção de saúde mais enfatizada entre as lideranças estudantis foi a multicausal, representada notadamente por fatores relacionados à esfera do consumo. Sobressaem também concepções que se aproximam do pensamento hegemônico “pós-moderno" centradas no indivíduo, na subjetividade e de caráter idealista. Poucos estudantes consideraram nas suas formulações, de maneira organizada, a categoria da reprodução social na determinação do processo saúde-doença. Pode-se concluir que na área da saúde os estudantes tendem a reproduzir os conceitos da saúde pública, fundamentados na concepção funcionalista da saúde-doença que propõe como intervenção a responsabilização do indivíduo pela sua saúde / The subject of this paper is the student movement. The goal was defining the students who take part of the student movement, identifying themes currently discussed by them, defining the practices and organizational ways of the student movement and analyzing the perception of health they have. It’s a describing research in which the exposure of the subject was done by both qualitative and quantitative ways. The collecting of quantitative data was done during the National Concil of Student Societies (CONEB) organized by National Union of Students (UNE) from April, 13th to April 16th, 2006; qualitative data were collected from April to November 2006 in Campinas and São Paulo (SP). Population was formed by university students who take part of a student society and other student organizations. Firstly, questionnaires were given to the participants of CONEB with open questions matching: information about the student; questions about the social conditions of their families; questions about their social and political initiatives. Secondly, natural science students and students from UNE were interviewed. At this moment, through open questions, students made themselves known about the themes, about the goal and impact of student movement, their involvement with political parties, limits and possibilities in student organizations, also, information about their perception of health and practices related to health issues. Two representatives of UNE and one representative of each regional society of natural science students were interviewed: biomedicine, physical education, nursing, pharmaceutics, physiotherapy, phonoaudiology, medicine, nutrition, dentistry, psychology, social work, occupational therapy and veterinarian medicine (1 of each field), totalizing 15 interviews. The technique of semi-structured interviews was used. Results: students who take part of student movement are most men, young Caucasians, single, from the Southeast; when parents’ jobs are taken into consideration, family income, owning a family dwelling, sources of income and personal expenses, relatively stable living conditions prevail. Students consider student movement an opportunity for youth organization fight against social changes, an opportunity for political constitution by the discussion of several themes, prevailing educational and university ones, it’s also a space of political dispute and the inserting of parties. Students believe that student movement is fragmented among regional societies of each science and National Student Union, despite the overlaying of activities developed by societies. The most mentioned perception of health was the multi-causal, clearly represented by factors related to consumption. Also, perceptions centered in the individual, related to “post modern" hegemony overlay, in subjectivity and idealistically. Few students take into consideration, in an organized way, the category of social reproduction while determining health-sickness process. We can conclude that in natural science field, students tend to believe public health concepts, based on functional conception of health-sickness that suggests the responsibility of each of us for our health as an intervention
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Juventude no SUS: as práticas de atenção à saúde no Butantã / Youth at SUS: health practices in Butantã

Amarante, Andrea Gasparoto de Medeiros 18 May 2007 (has links)
Este trabalho toma como objeto as práticas de atenção à saúde desenvolvidas na rede básica de serviços de saúde voltadas para a juventude. O objetivo geral foi analisar as práticas de saúde específicas para a juventude na rede básica de serviços de saúde da Supervisão Técnica de Saúde Butantã, região Centro-Oeste do município de São Paulo, tomando por referência as políticas públicas brasileiras nessa área. Fundamentando-se no campo da Saúde Coletiva, a juventude é compreendida como uma categoria social, o que submete compreensões centradas nas mudanças biológicas a análises mais amplas, enfatizando a existência de várias juventudes, a depender da inserção de classe social dos jovens. Para isso, identificou-se as práticas de saúde específicas para a juventude a partir dos depoimentos dos trabalhadores e analisou-se a tendência dessas práticas frente às políticas públicas brasileiras, em especial aos programas de saúde (federal, estadual e municipal) da juventude. Dessa forma, os trabalhadores constituíram os sujeitos dessa pesquisa. Utilizou-se a entrevista semi-estruturada como técnica para a coleta dos dados e a análise temática como estratégia para a apreensão da realidade. A análise permitiu elencar categorias empíricas - como o setor saúde percebe a juventude, como o setor saúde percebe o processo saúde-doença, como o setor saúde percebe a questão da educação, como o setor saúde percebe os seus problemas, como deveria ser a resposta do setor saúde frente aos seus problemas, o que os serviços de saúde estão oferecendo para a juventude e quando a juventude procura o serviço de saúde – que foram respondidas sob a ótica dos trabalhadores entrevistados. A análise mostrou que além de poucas, as práticas específicas para a juventude são intermitentes e de natureza casuística, dependendo da “boa vontade" dos trabalhadores para o seu desenvolvimento. Sua tendência frente às políticas públicas brasileiras voltadas para a juventude revela a ausência de um sistema de referência uniforme entre os serviços de saúde da rede básica. Para a superação dessas limitações será necessário o reconhecimento das necessidades de saúde da juventude pelos distritos de saúde do município de São Paulo, em especial pela Supervisão Técnica de Saúde Butantã, tomando-as sob a visão da saúde coletiva, ou seja, respeitando a concepção da determinação social do processo saúde-doença, para que definitivamente possa se implementar um programa em nível distrital. Além disso, é imprescindível o apoio dos gestores dos vários níveis de governo e principalmente das chefias imediatas dos trabalhadores executores das práticas de saúde / This research comprises health practices developed in the public health department, specifically towards young people. The main target was to analyse health practices on young people at the public health department of Health Technical Supervision of Butantã Area, a central-west area of the city of São Paulo, taking as reference the Brazilian public politics in this area. Taking theoretical considerations from the Collective Health field, young people are taken as a social category, which causes the research to be centered from biological changes to wider analyses, emphasizing the existence of different groups of young people, according to their social class. For this reason, it identified specific health practices on young people and analysed the tendency of these practices towards Brazilian public politics, specially the youth health program (federal, state and municipal). This way the workers constitute the subject of this research. A pre-stablished interview was used to collect data and the theme analysis as strategy for reality apprehension. The analysis permitted some empirical categories to be listed – how health department sees young people, how health department sees the health-disease process, how health department sees their own matters, how health department sees their own problems, how health department should face their own problems, what health service has been offering young people and when young people look for health service assistance. The analysis showed that young people practices in basic health services are not only low-numbered, but also unsteady and casual, counting on their workers’ willingness to develop it. Their tendency towards Brazilian public politics for young people shows the absence of a straight-guidelined system between health service and health basic system. Overcoming these limitation there requires acknowledgement of young people’s needs for young-people health care by the community districts of São Paulo, especially by those of Health Technical Supervision of Butantã, taking note of the insight of Collective Health, in other words, respecting the social conception of determination of the health-disease process, so that a district-level program can be definitely implanted. Also the support by various levels of government officials is essential, especially by those in charge of the health-department offices
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Territorialidade, juventudes e suas interfaces com o poder público local. / Territoriality, youths and their interfaces with the local public power.

Araujo, Maria Carla de Ávila 20 June 2007 (has links)
O presente trabalho de pesquisa empírica, de natureza qualitativa, investigou os modos de vida juvenis em duas microáreas de Belo Horizonte-MG, a partir de uma política pública e social da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) - o Programa BH Cidadania - baseada, dentre outros, no princípio da territorialidade, que permite ações integradas de modo a unificar os programas destinados à população considerada em situação de vulnerabilidade. A própria definição territorial proposta pelo Programa foi objeto de análise. Buscou-se, inicialmente, conhecer o universo local definido como território pela PBH e os jovens moradores. O modo como os jovens viviam nas microáreas priorizadas pelo Programa, suas dificuldades, seus desejos, suas relações com o poder público local foram os objetivos centrais deste trabalho. Para tal, foram utilizados questionários, observações e entrevistas semi-estruturadas em profundidade. Como conclusões, foi constatado que, em uma das microáreas, o território demarcado pelo Programa foi meramente administrativo e não houve a correspondência com um marco comum de experiência, demarcado por seus próprios moradores. Na outra, já havia um universo constituído de interações a partir de um estigma territorial, que coincidiu com a demarcação feita pela PBH. O Estado não aparece onde os jovens mais precisam dele, a saber, lazer e trabalho, e não constatou-se uma interação satisfatória entre o poder público e os jovens das duas microáreas. A atuação da prefeitura é pouco conhecida e valorizada. O Programa BH Cidadania, através de sua territorialidade, foi capaz de chegar até os jovens, mas não de assegurar a eles, de modo efetivo, seus direitos básicos. Ainda permanece entre eles a noção de \"privilégio\", por terem sido \"escolhidos\" pela ação do poder público municipal. Enfim, a ação pública no local tem presença empobrecida e não é suficiente para substituir as políticas estruturantes, estas sim capazes de mudar as condições dos jovens para uma melhor vivência da condição juvenil e entrada no mundo do trabalho. / This empiric research study, of qualitative nature, focused on an investigation of ways of life among juvenile populations set in two micro areas in Belo Horizonte - State of Minas Gerais, featuring a public and social policy of that Municipality (Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) -- (BH City Hall) -- namely the \"BH Cidadania Program\" - (BH Citizenship Program). This policy is principally based on, but not limited to - the principle of territoriality which enables integrated action to be taken, thereby permitting the unification of programs directed at populations reputed to be in a status of vulnerability. The territorial definition proposed by this Program was itself also object of analysis. The initial step was to get acquainted with the local universe defined as a territory by the PBH and by the young dwellers themselves. The main points of focus of this study include the way these youngsters lived in the two micro areas set in priority by the Program, their difficulties, their wishes, and their relationship with local public authorities. Extensive resources were used in this work, including questionnaires, monitored watching and semi-structured interviews. Conclusions revealed that for one of these micro-areas, the territory delimited by the Program meant a mere administrative choice, as there was no agreement to any common trace of experience outlined by the dwellers themselves. Conversely, for the other micro area, an existing universe formed by interactions arising from a territorial stigma could be seen, which did coincide with the demarcation made by the PBH. The State is absent just where it is badly needed by the youth, principally as far as leisure and work are concerned, and no satisfactory interaction was observed between the public power and the young population at either micro area under analysis. The performance of the municipality was barely known and barely valued. The \"BH Cidadania\" Program, for its territoriality, was only partially successful in respect of approaching the youngsters, but never in assuring them their basic rights effectively. The concept of \"privilege\" for having been \"chosen\" by the municipal public power still prevails among that population. Lastly, the public interference in the depicted areas appear as a weakened and poor presence, being therefore insufficient to replace structuring policies, obviously the required instruments capable of fully upgrading existing living conditions of the youth into a better enjoyment of the young life experience, and the ultimate access of that population to the business world.
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Participação de jovens em grupos culturais e mobilidade no espaço urbano de São Paulo / Young people participation in cultural groups and mobility in the urban space in São Paulo.

Magalhães, Lilianne Sousa 26 May 2008 (has links)
Trata-se de uma pesquisa qualitativa sobre as trajetórias e a sociabilidade urbana de jovens pertencentes a grupos culturais na cidade de São Paulo. O objetivo fundamental deste estudo foi desvendar a relação existente entre grupos culturais e experiência urbana de jovens de periferia. Para isso, foi preciso saber sobre suas vivências cotidianas: para onde estes/as jovens se deslocam, quais os seus trajetos, de que forma vivenciam e elaboram a experiência da cidade e as maneiras pelas quais se apropriam do espaço urbano e neste constroem os seus circuitos. O problema colocado é: os grupos culturais podem interferir na forma com que jovens se apropriam do espaço urbano? Este trabalho se justifica devido à pouca preocupação existente em entender o/a jovem e sua relação com a cidade, sendo esta tratada, na maioria das vezes, apenas como cenário de práticas culturais. Os/as jovens estudados/as foram encontrados/as em um grupo cultural chamado Cooperifa (Cooperativa Cultural da Periferia) e, para enfrentar o problema proposto, os procedimentos adotados foram: a observação direta, questionário, entrevista e aplicação da atividade denominada cartografia da sociabilidade juvenil, que consistiu na elaboração de mapas para representar os trajetos dos/as jovens pesquisados/as. Foram utilizadas noções como território, segregação espacial, estigma, apropriação, experiência urbana e representação. Foi feita uma descrição da Cooperifa, o ritual do sarau e a sociabilidade vivida, uma caracterização dos/as jovens participantes e foi traçado um perfil dos/as jovens e seu/s grupo/s dentro dos seguintes tipos: jovens cooperiféricos/as, jovens integrantes de grupos multiespaciais, jovens multiparticipantes e jovens integrantes de grupos locais. Na análise dos dados obtidos em campo, mostrou-se como os/as jovens fazem uso dos equipamentos públicos da cidade, a influência do/s grupo/s cultural/is na utilização dos lugares mencionados, lançando luz sobre o bairro, a periferia e os seus territórios. Foi tratado o tema do tempo livre dos/as jovens, seus fazeres, trajetos e pontos de encontro, a interferência de ambientes como família, escola e trabalho. Também foi abordado o cotidiano dos/as jovens antes e após a entrada em algum grupo, a ampliação das suas relações com a cidade e a abertura dos espaços proporcionada pelo/s grupo/s cultural/is. Além disso, indicaram-se alguns fatores que podem influenciar em certa interdição da circulação de jovens. Discutiu-se as formas de pertencimento e mobilidade dos/as jovens em grupos culturais, o que pretendem em seus grupos e analisado os significados atribuídos à Cooperifa. Concluiu-se que grupos culturais contribuem para que a experiência urbana daqueles/as jovens seja alargada, no entanto, foi verificada a existência de modalidades de apropriação de acordo com o tipo de grupo do qual o/a jovem participa, portanto uma mobilidade que comporta peculiaridades. / This is a qualitative research about the trajectories and about the urban sociability of some young people belonging to cultural groups in São Paulo, Brazil. The main goal of this study was to reveal the existing relation between cultural groups and the urban experience of suburban young people. For that purpose, it was necessary to know about their daily experiences: where they go, their routes, how they experience the city and the ways they appropriate the urban space, the same space where they build their circuits. The problem is: Can cultural groups influence the way young people appropriate the urban space? This research is justified due to the little concern about understanding the young people and their relation with the city, which is usually considered only as scenery for cultural practices. The young people studied in this research were found in a cultural group called Cooperifa (Suburban Cultural Cooperative) and the procedures adopted to deal with the proposed problem were: direct observation, questionnaire, interview and an activity called cartography of the young peoples sociability, which consists in the making of maps to represent the trajectories of the studied young people. The study used ideas and terms such as territory, space segregation, social stigma, appropriation, urban experience and representation. A description of Cooperifa was made. The ritual of sarau (a cultural event where people get together to express themselves in an artistic way), was also described. The participating people ,as well as their groups, were characterized and profiled according to the following types: members of Cooperifa, members of multi-space groups, multiparticipating young people and members of local groups. The analysis of data obtained in the field showed how these people use the citys public property such as schools, public parks, courts etc, and the influence of the cultural groups on how they use the mentioned places, shedding light over the neighborhood, the suburbs and its territories. The young peoples spare time, their deeds, their trajectories and meeting places were also studied, as well as the influence of their family, school and work. Another factor approached by this study was the young peoples daily routine before and after they joined any group, the widening of their relations with the city and the creation of spaces brought by the cultural groups. The study points out some factors that contribute to keeping young people from moving around freely. The young peoples ways of mobility in cultural groups and their intention were discussed. It was analyzed the meanings attributed to Cooperifa. It was concluded that cultural groups contribute to the widening of those young peoples urban experience. However, it was also noticed the existence of ways of appropriation according to the kind of group the young person belongs to, therefore it is a mobility that presents peculiarities.
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Projetos para as novas gerações: juventudes e relações de força na política brasileira (1926-1945) / Projects for the new generations: youth and relations of power in brazilian politics (1926-1945)

Santana, Márcio Santos de 10 November 2009 (has links)
A primeira metade do século XX foi marcada por uma profunda alteração no tratamento dado à Questão Social. O Estado assumiu a gestão do problema alterando a maneira de lidar com o segmento pobre da sociedade. A gradual transição de um Estado Liberal para um Estado Corporativo, iniciada na década de 20, foi um marco na intervenção na área social. Forte engenharia social teve início no Brasil nessa época. À direita ou à esquerda do espectro político, grupos plenamente constituídos buscaram na juventude a força social renovadora. Esta tese analisa as disputas pelo controle do poder no Brasil, especificamente a disputa pela juventude, grupo social tido como essencial para reprodução dos projetos políticos em confronto. / The first half of the twentieth century was marked by a profound change in the treatment given to the Social Question. The state took over management of the problem by changing the way of dealing with the poor segment of society. The gradual transition from a Liberal State to a Corporate State, started in the decade of 20, was a mark in the intervention in social problems. Strong social engineering began in Brazil at that time. To the right or left of the political spectrum, fully formed groups sought to force the youth social novel. This thesis analyzes the dispute for control of power in Brazil, specifically the dispute for youth, social group considered essential for replication of the projects in political confrontation. Keywords: Youth Social Matter.
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Juventude, violência e ação coletiva / Youth, violence and collective action

Lico, Fátima Madalena de Campos 03 April 2009 (has links)
Introdução: O presente estudo tem como objeto de análise as ações coletivas para enfrentamento da violência e as construções sociais dos jovens, pais, lideranças e profissionais de saúde, educadores e gestores sobre o que é ser jovem e violência nos distritos administrativos do Jardim Ângela e Grajaú no município de São Paulo. Objetivos: analisar e comparar os processos que orientam as ações coletivas e as experiências participativas de promoção da saúde dos jovens realizadas pelas organizações governamentais e não-governamentais para o enfrentamento e resistência à violência, nos Distritos Administrativos do Grajaú e Jardim Ângela, visando contribuir para a construção de uma cultura de paz e implementação de políticas públicas para a juventude local. Metodologia: estudo de caso qualitativo, que compreendeu a articulação de dados obtidos por meio de entrevistas individuais, formulários semi-estruturados, questionários auto-aplicáveis e levantamentos de dados secundários. Para a análise, a estratégia metodológica principal utilizada foi a triangulação das informações. O referencial teórico fundado na sociologia da ação foi o marco a partir do qual as informações foram analisadas. Resultados: verificou-se uma tendência de queda maior da taxa de mortalidade por agressões/homicídios no distrito do Jardim Ângela do que no de Grajaú, a partir de 2002. Apesar da redução registrada nos índices de violência, estes são, ainda, elevados nos dois distritos em relação ao restante do município. Na análise da rede de proteção aos jovens, constatou-se que as intervenções estão voltadas principalmente para a redução do risco de violência, com foco na educação, cultura, desenvolvimento socioeducativo, que muitas vezes incluem programas educacionais e culturais, prática de esportes e lazer, principalmente. Evidenciou-se que os jovens não atuam como protagonistas nas políticas públicas e nas ações coletivas nos distritos e ainda que aqueles que não freqüentam mais a escola estão excluídos das políticas públicas e dos projetos das entidades. Quanto à visão de juventude, predomina a da fase de dificuldades e de transição para a vida adulta. Para os jovens é uma fase de diversão e de preparo para assumirem as responsabilidades futuras. Seus projetos de vida são: estudar e trabalhar. A família, a escola e o trabalho foram considerados importantes instituições de socialização. Os jovens gostam das regiões onde vivem e não as consideram violentas, contrastando com as percepções sobre a violência dos atores que não residem nos distritos. Foram identificados como principais problemas das regiões a falta de infra-estrutura, de saneamento básico, falta de espaço de convivência, de áreas e equipamentos de lazer e cultura para os jovens. A violência doméstica é um grave problema nas regiões, assim como o consumo de álcool e drogas e a atuação do tráfico. Conclusão: Constatou-se que, no distrito do Jardim Ângela, ocorreu uma maior mobilização da sociedade civil com desenvolvimento de ações coletivas para enfrentamento da violência e, recentemente, no Distrito do Grajaú, vêm ocorrendo ações e articulações entre o poder público e a sociedade civil para o enfrentamento do problema. Em ambos os distritos, os jovens pesquisados não atuam como protagonistas das ações. Aqueles que deixaram de estudar não têm acesso às ações das entidades e tentam realizar seu projeto de vida de outra forma: as meninas engravidam e constituem família; os meninos buscam a rua, o trabalho informal e não-qualificado. As políticas públicas e ações coletivas destinadas à juventude são fragmentadas e desarticuladas em ambos distritos. A rede de proteção aos jovens é difusa, as escolas têm papel preponderante e as entidades têm vocação para a prática assistencial. No DA do Jardim Ângela, o quadro apresenta-se de uma forma pouco diferenciada, cabendo um papel relevante a uma rede de entidades lideradas pela Igreja Católica e a uma ação mais integrada das Unidades de Saúde. / Introduction: The object of analysis of the present study are the collective actions developed to face violence and the social constructions of youths, parents, leaders and health professionals, educators and managers about what it is to be young and about violence in the administrative districts of Jardim Ângela and Grajaú, in the municipality of São Paulo. Objectives: to analyze and compare the processes that guide the collective actions and the participatory experiences of health promotion for youths carried out by governmental and non-governmental organizations, in order to face and resist violence, in the Administrative Districts of Grajaú and Jardim Ângela, aiming to contribute to the construction of a culture of peace and implementation of public policies targeted at the local youths. Methodology: qualitative case study that comprehended the articulation of data obtained through individual interviews, semi-structured forms, selfreported questionnaires and surveys of secondary data. For the analysis, the main methodological strategy used was triangulation of information. The theoretical framework founded on action sociology was the benchmark based on which the information was analyzed. Results: the mortality rate by aggressions/homicides showed a higher decreasing trend in the district of Jardim Ângela compared to Grajaú, from 2003 onwards. Despite the reduction registered in the violence indicators, they are still high in the two districts compared to the rest of the municipality. In the analysis of the youths protection network, it was verified that the interventions\' main objective is to reduce the risk of violence, focusing on education, culture, and socio-educational development. The interventions frequently encompass educational and cultural programs, sports practice and leisure. It was observed that the youths do not act as players in the public policies and in the collective actions in the districts, and also that those who do not attend school anymore are excluded from the public policies and from the entities\' projects. Concerning the view of youth, the ones that predominate are: youth as a phase of difficulties and of transition to adult life; to the youths, it is a phase of entertainment and preparation for assuming future responsibilities. Their life projects are: studying and working. Family, school and work were considered important socialization institutions. The youths like the regions where they live, and they do not consider them violent, in opposition to the violence perceptions of the players that do not live in the districts. The main problems identified in the regions were lack of infrastructure, of basic sanitation, of premises for conviviality, leisure, cultural activities and equipment for the youths. Domestic violence is a serious problem in the regions, as well as alcohol and drug consumption and the traffic\'s actions. Conclusion: in the District of Jardim Ângela, there was a greater mobilization of the civil society, with the development of collective actions to face violence, whereas in the District of Grajaú, there have been recent actions and articulations between the public power and the civil society to face the problem. In both districts, the researched youths are not the players of the actions. Those who do not study anymore do not have access to the entities\' actions and try to fulfill their life projects in another way: girls get pregnant and form a family and boys go to the streets, looking for informal and non-qualified jobs. The public policies and collective actions directed at youths are fragmented and disorganized in both districts. The youths protection network is diffuse, schools have a preponderant role and the entities have a vocation for assistentialism. In Jardim Ângela, the picture is a little different, due to the relevant role played by a network of entities leaded by the Catholic Church, and by the more integrated action of the Health Care Units.

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