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Identidade e dreamtime em Wild cat falling de MudroorooMarucci, Beatriz 12 June 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-06-12 / CAPES / O atual cenário da literatura pós-colonial é extremamente diversificado, com vários exemplos de renomados escritores africanos, canadenses, indianos, latino-americanos, australianos, todos buscando representar e muitas vezes questionar sua identidade cultural. A lista de autores que apresentam as influências negativas ou positivas que a sua cultura sofreu e sofre através do processo de colonização até os dias atuais é incomensurável, entretanto, a literatura australiana se apresenta como um instigante objeto de pesquisa para os estudos pós-coloniais devido a sua singularidade. O escritor aborígene australiano Mudrooroo, por exemplo, nos contempla com o romance Wild cat falling (1965), em que pela primeira vez na história da literatura australiana a minoria aborígene é representada no papel de protagonista. As experiências selecionadas pelo autor para a representação da condição aborígene na Austrália contemporânea envolvem a exclusão social e a criminalidade, mas também a busca por uma afirmação de identidade. O objetivo deste trabalho é analisar a construção da identidade aborígene nesse romance, realizada, em grande parte, através de choques entre o protagonista, que se reconhece como pertencente a essa etnia, e os brancos com os quais convive na Austrália atual. Ainda que essas relações conflituosas se apresentem como um eco da antiga situação colonial, alguns essencialismos são desconstruídos em busca de uma convivência transformada. O tema da jornada de busca aos valores ancestrais, sobretudo através do fenômeno do Dreamtime, em torno do qual toda a narrativa se constrói, sinaliza o fato de que a cultura é “uma fonte de identidade”, suscitando “recentes retornos a ela e à tradição” (SAID, 2011, p. 12). Porém, Mudrooroo representa esse retorno, dando ênfase aos processos de hibridismo e tradução cultural pelos quais seu personagem passa. O resultado é que o personagem se sente mais revigorado e reconciliado com sua herança cultural ao final da narrativa, estando pronto para enfrentar melhor o que tem pela frente. / The current scenario of post-colonial literature is extremely diverse, with several examples of famous African, Canadian, Indian, Latin-American, Australian writers, all seeking to represent and often question their cultural identity. The list of authors who feature the negative or positive influences that their cultures suffered and suffer through the process of colonization to the present day is immeasurable, however, Australian literature is an exciting object for postcolonial studies due to its uniqueness. Australian Aboriginal writer Mudrooroo, for example, presents us with Wild cat falling (1965), a novel in which for the first time in the history of Australian literature the Aboriginal minority is represented as protagonist. The experiences selected by the author to represent the Aboriginal condition in contemporary Australia involve social exclusion and crime, but also the search for an identity. The objective of this study is to analyze the construction of Aboriginal identity in this novel, given largely by clashes between the protagonist, who recognizes himself as belonging to this ethnic group, and the whites with whom he lives in Australia today. Although these conflicting relationships are presented as an echo of the old colonial situation, some essentialisms are deconstructed in search of a transformed coexistence. The theme of the journey in search for ancestral values, especially through the Dreamtime phenomenon, around which the entire narrative is built, signals the fact that culture is “a source of identity,” raising “recent returns to it and to tradition” (SAID, 2011, p. 12). But Mudrooroo portrays this return by focusing on the processes of hybridity and cultural translation his protagonist goes through. The result is that the character feels more reinvigorated and reconciled with his cultural heritage at the end of the narrative, being ready to face what is going to happen to him next.
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Autoritarismo e violência pós-coloniais em Xefina e Quem me dera ser onda / Authoritarianism and violence postcolonial in Xefina and Quem me dera ser ondaFrancisco, Chimica 12 November 2016 (has links)
This work intends to study Mozambique and Angola‘s postcolonial authoritarianism and
violence during the Portuguese colonial domination and the independence of these countries
afterwards, trying to identify and explain its manifestations. Therefore, as corpus to this
comparative study, we took Juvenal Bucuane‘s Xefina (1989), in Mozambique‘s case; and in
Angola‘s case we took Manuel Rui‘s Quem me dera ser onda (1982, 1. ed.). The first one
shows the circumstances where white men (representative of Portuguese colonial power)
subjugates black man, through forced and inhuman works‘ imposition, of physical and
psychological violence, freedom privation, the impossibility to access education and culture
tools, beyond another evils. In Quem me dera ser onda, with Angola‘s independence, we
verify the rise of a petit bourgeois‘ power that did nothing unless to replace the Portuguese
colonizer by a new black ―colonizer‖. Manuel Rui‘s romance keeps both authoritarianism and
violence, from what also comes the problem of patriarchy that configures another way of
domination in this work, because there are men‘s supremacy and women‘s exploration, which
are nonetheless another way of colonization. In order to proceed with this work we brought
many theories, mostly about postcolonial literature, authoritarianism and violence, as well as
the use of an analytical-descriptive methodology about those evils‘ manifestations in the
selected corpus. It was also interesting to notice in the texts teaching and school‘s ideological
role in postcolonial State which influenced a lot in social hierarchizing. Thus, we could verify
authoritarianism and violence issues not only in the period of colonial domination, as carried
on the post-independence period especially in Mozambique and Angola, in 1975. And its
effects still go on and need to be studied until now. / O presente trabalho pretende fazer um estudo sobre o autoritarismo e a violência pós-coloniais
que se verificaram em Moçambique e em Angola durante o período da dominação colonial
portuguesa e logo a seguir a independência desses países, procurando identificar e explicar as
suas manifestações. Para o efeito, tomou-se como corpus desse estudo comparativo, para o
caso de Moçambique, a obra Xefina (1989), de Juvenal Bucuane, e para Angola a obra Quem
me dera ser onda (1982, 1. ed.), de Manuel Rui, que retratam, para o caso de Xefina, as
circunstâncias nas quais o homem branco, representante do poderio colonial português,
subjugava o homem negro, através da imposição de trabalhos forçados e desumanos, da
violência física e psicológica, da privação de liberdade, da impossibilidade de acessar os
equipamentos de educação e cultura, entre outros males. Em Quem me dera ser onda, com a
independência de Angola, verifica-se a ascensão ao poder de uma elite pequeno-burguês que
nada fez senão a substituição do colonizador português branco por um novo ―colonizador‖
negro. O autoritarismo e a violência são igualmente mantidos de que se associa também a
problemática do patriarcado que configura outra forma de dominação presente nesta novela de
Manuel Rui, pois há a supremacia e a exploração da mulher pelo homem o que não deixa de
ser outra forma de colonização. Para a prossecução deste trabalho, foram trazidas várias
teorias, sobretudo, as referentes à matéria sobre a literatura pós-colonial, autoritarismo e
violência, como também a utilização de uma metodologia analítico-descritiva a respeito das
manifestações desses males no corpus selecionado. Foi igualmente interessante perceber, a
partir das obras, o papel ideológico do ensino e da escola no Estado pós-colonial, que muito
contribuiu para a hierarquização social. Portanto, as questões de autoritarismo e de violência
não só se verificaram no período de dominação colonial, como continuaram no pósindependência,
em particular em Moçambique e em Angola, verificada em 1975, e que seus
efeitos continuam e merecem estudos até a atualidade.
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Uma rapsódia portuguesa: testemunhos ficcionais em três romances de Lídia Jorge / A Portuguese rhapsody : fictional testimonies in three novels from Lídia JorgeNicia Petreceli Zucolo 05 August 2014 (has links)
Os romances A costa dos murmúrios (1988), A noite das mulheres cantoras (2011) e A manta do soldado (1998) constituem uma unidade temática na obra de Lídia Jorge. Neles está contemplada a tríade literatura-história-memória, perspectivada pela ótica das narradoras femininas que articulam suas memórias individuais às memórias dos eventos históricos portugueses ao longo dos mais de quarenta anos de ditatura. O presente trabalho analisará os testemunhos ficcionais das narradoras como condutores dessas narrativas, considerando a representação dos testemunhos dessas personagens tocadas em suas vidas pessoais pela trajetória nacional. Estes três romances evidenciam a preocupação social presente na obra da autora, revelando a consciência (ou não) de pertencimento nacional; o falseamento (e reconstrução) de identidades; o questionamento sobre o discurso oficial historiográfico; o esvaziamento do ser ou a busca pela sua constituição. A violência impetrada tanto pelo estado quanto pelos indivíduos, é denunciada entre as oposições e complementaridades que acontecem entre silêncio e som; eco e murmúrio; interdito e alarde / The novels A costa dos murmúrios, A noite das mulheres cantoras e A manta do soldado constitute a thematic unit in Lídia Jorge\'s work. They introduce the triad literature-history-memory by the perspective of female narrators, who articulate their own memories with the memories of Portuguese historical events throughout more than forty years of dictatorship. This thesis is going to analyse the fictional testimonies made by female narrators as a guide for the narratives, considering the representation of these character\'s testimonies affected on their own lives by the national trajectory. These three novels draw attention to the social criticism in the author\'s work, revealing the consciousness (or not) of belonging to a nation; the masquerade (and reconstruction) of identities; the doubt about the official historical discourses; the hollowness of the being or the search for its constitution. The violence required not only by the State, but also by individuals, is noticed in the oppositions and the correspondence between silence and sound; echo and murmuring; forbidden and clamorous
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Michelle Cliffs Abeng and No telephone to heaven: a call to resistance / Michelle Cliffs Abeng and No telephone to heaven: a call to resistanceTeresa Barreto Domingues 20 March 2012 (has links)
Escritores/as pós-coloniais têm se engajado em denunciar o doloroso legado da escravidão e do colonialismo, através da recuperação de histórias previamente apropriadas e distorcidas por narrativas mestras. A investigação e a narrativização do passado esquecido de ex-colônias têm sido uma estratégia empregada no sentido de se reconstruir identidades que foram fragmentadas devido às múltiplas opressões sofridas ou testemunhadas por autores. Michelle Cliff é uma romancista, poeta, e ensaísta diaspórica, nascida na Jamaica e que vive nos Estados Unidos. Ela é uma das muitas vozes pós-coloniais comprometidas com uma literatura de resistência que luta pela descolonização cultural e encoraja o sentimento de pertencimento. O objetivo dessa dissertação é analisar os romances de cunho autobiográfico de Cliff, Abeng (1984) e No Telephone to Heaven (1987), que lidam com questões relacionadas às práticas coloniais e pós-coloniais. Os dois romances retratam a saga da protagonista Clare Savage, através da qual Cliff revela o impacto da colonização no Caribe, denuncia as configurações de poder geradas a partir dos imbricamentos entre raça, gênero e classe, e critica a maneira deturpada como a história da Jamaica é transmitida e disseminada através da educação colonial à qual os Jamaicanos são submetidos. A autora também explora os efeitos que as diásporas exercem no processo de construção identitária e o movimento de resgate e recriação de uma história própria por parte dos sujeitos diaspóricos / Postcolonial writers have been engaged in exposing the painful legacies of slavery and colonialism, through the reclaiming of histories that have been appropriated and distorted by master narratives. The investigation and retelling of the lost past of former colonies has been a strategy used to reconstruct identities fragmented as a result of the multiple oppressions that authors have suffered or witnessed. Michelle Cliff is a diasporic Jamaican-born novelist, poet, and essayist who lives in the United States. She is one of the many postcolonial voices committed to a literature of resistance that struggles for cultural decolonization and encourages the feeling of belonging. The aim of this dissertation is to analyze Cliffs semi-autobiographical novels, Abeng (1984) and No Telephone to Heaven (1987) that deal with matters related to colonial and post-colonial practices. The two novels portray the saga of the protagonist Clare Savage, through which Cliff reveals the impact of colonization on the Caribbean, exposes the configurations of power deriving from the intertwining of race, class, and gender, and criticizes the misrepresentation of Jamaicas history, which is disseminated through the colonial education Jamaicans have been subjected to. The author also explores the effects diasporas have on the process of identity construction and the movement from diasporic subjects to rescue and recreate a history of their own
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Descaminhos narrativos: estudo dos romances \"O sol dos trópicos\" e \"O velório d\'oiro\", de Henrique Galvão e o \"Esplendor de Portugal\", de António Lobo Antunes. / Descaminos narrativos: estudio de las novelas \"O sol dos trópicos\" y \"O velorio d\'oiro\", de Henrique Galvão y el \"Esplendor de Portugal\", de Antônio Lobo AntunesJeane de Cassia Nascimento Santos 05 February 2007 (has links)
O trabalho em questão estabelece um estudo dos romances O velo d?oiro e O sol dos trópicos, de Henrique Galvão e o Esplendor de Portugal, de António Lobo Antunes em dois momentos historicamente importantes para Portugal. Nas duas primeiras narrativas, também conhecidas como Literatura Colonial, escritas nas primeiras décadas do século XX, observaremos o colonizador em seu deslocamento para o espaço africano, onde prevalecendo-se do poder outorgado pelo Império, encontra nas colônias um prolongamento da nação lusitana. Por outro lado, observaremos no crítico romance de Lobo Antunes, a figura do português em dois momentos distintos: no auge da colonização, em que usufruía dos benefícios proporcionados pelo colonialismo e no processo de descolonização, pós 25 de abril, quando afloram seus conflitos, decorrentes da inversão de papéis, conferidos pelos ventos da história / El trabajo en cuestión establece el estudio de los romances O velo d?oiro y O sol dos trópicos, de Henrique Galvao y el Esplendor de Portugal, de Antonio Lobo Antunes en dos momentos históricamente importantes para Portugal. En las dos primeras narrativas, también conocidas como Literatura Colonial, escritas en las primeras décadas del siglo XX, observaremos el colonizador en su desplazamiento para el ámbito africano, donde prevaleciéndose del poder otorgado por el Imperio, encuentra en las colonias una prolongación de la nación lusitana. Por otro lado, observaremos en el crítico romance de Lobo Antunes, la figura del portugués en dos momentos distintos: en el auge de la colonización, cuando disfrutaba de los beneficios proporcionados por el colonialismo y en el proceso de descolonización, pos 25 de abril, cuando afloran sus conflictos, en consecuencia de la inversión de papeles, otorgados por los vientos de la historia
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Representações do espaço na literatura magrebina contemporânea: da literatura argelina à literatura-mundoSilva, Wellington Rogério da 24 August 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-08-24 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta tese toma por objeto obras de três escritores argelinos de língua francesa, a saber, Kateb Yacine, Assia Djebar e Anissa Mohammedi, inseridas na literatura contemporânea do Magrebe. Esses autores percorrem o espaço da própria terra e encontram na expatriação da sua literatura o motivo de sobrevivência. Eles nos fornecem a dimensão duma nova espacialidade como fruto do spatial turn, e do incontornável fenômeno migratório na Argélia desde muito tempo, notadamente durante o período colonial e pós-colonial. Escrevendo atualmente na França ou noutras partes do mundo, mostram, nessa condição, possibilidades novas de inserção da literatura argelina escrita na língua deste que foi o seu antigo colono. Assim, eles se inscrevem numa inter-relação com o mundo, noção desenvolvida por Édouard Glissant pela Poética da Relação. Como rizomas, indo ao encontro do outro, trazem para a problemática segundo a qual as relações entre a literatura e a geografia se tornam essenciais para se pensar a ancoragem da literatura no espaço. Apoiamo-nos nalgumas noções desenvolvidas por alguns pensadores, dentre quais enfatizamos Édouard Glissant e Michel Collot. Por isso, considerando essas relações, concebemos a existência duma Geografia Literária como uma variante para a nossa abordagem Como tratamos de escritores contemporâneos, dialogamos com os processos globalizadores, considerando-os como projetos e não como uma constante na vida humana, ao mesmo tempo em que espaços continuam vazios, na contingência e, por isso mesmo, cheios de encantamento. Desenvolvemos então as noções como a de espaço e espacialidade, relacionando-as às obras escolhidas, que permanecem o nosso principal objeto em relação à espacialidade magrebina: o espaço da mulher árabo-muçulmana, das línguas e da poesia, esta última responsável pela formação da literatura argelina e sua inserção numa literatura-mundo. Concluímos a nossa tese com aportes sobre as possibilidades nossos escritores nos espaços encarnados, e considerando-os como andorinhas costeiras, razões de sobrevivência do sujeito num mundo cada vez mais fragilizado e incerto. / Cette thèse prend pour objet des oeuvres de trois écrivains algériens de langue française, à savoir, Kateb Yacine, Assia Djebar et Anissa Mohammedi, insérées dans la littérature contemporaine au Maghreb. Ces auteurs parcourent l‟espace de la propre terre et trouvent dans l‟expatriation de leur littérature la raison même de survie. Ils nous fournissent la dimension d‟une nouvelle spatialité comme résultat d‟un spatial turn et de l‟incontournable phénomène migratoire en Algérie depuis longtemps, nottament durant la période coloniale et post-coloniale. Écrivant actuellement en France ou ailleurs, ils démontrent dans cette condition des possibilités nouvelles d‟insertion de la littérature algérienne écrite dans la langue de celui qui fut son ancien colon. Ainsi, ils s‟inscrivent dans une interrelation avec le monde, notion développée par Édouard Glissant à partir d‟une poétique de la Relation. En les considérant comme des rhizomes, nous avons développé la problématique selon laquelle les rapport entre la géographie et la littérature devient fondamental pour penser les rapports entre la littérature et l‟espace. Nous avons cherché quelques notions étudiées par des théoriciens, dont Édouard Glissant et Michel Collot. De ce fait, considérant les rapports entre la littérature et la géographie, nous concevons l‟existence d‟une Géographie Littéraire comme une variable dans cette approche. Puisque il s‟agit d‟écrivains contemporains, le dialogue avec les processus de mondialisaion devient aussi important, sachant qu‟il ne s‟agit pas d‟un processus naturel, mais d‟un projet majeur, alors que des espaces restent en friche, dans la contingence et, en l‟occurrence, pleins d‟echantement. Nous avons donc cherché les notions d‟espace et de spatialité et ses rapports aux ouvrages sélectionés, qui restent notre principal objet sur la spatialité maghrébine: l‟espace de la femme arabo-musulmane, des langues et celui de la poésie, celle-ci responsable pour la formation de la littérature algérienne et son insertion dans une littérature-monde. Pour conclure, nous proposons des apports sur les possiblités de nos écrivains dans les espaces incarnés, en les considérant comme des hirondelles de rivage, seule raison de survie du sujet dans un monde de plus en plus fragilisé et incertain.
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A tessitura da imagem cinematográfica em Serras da Desordem de Andrea Tonacci / The weaving of cinematographic image in Andrea Tonaccis Serras da DesordemFaria, Andre Kobashi de 19 March 2018 (has links)
O trabalho analisa a construção da visualidade no filme Serras da Desordem (2006) de Andrea Tonacci. As questões que guiam a pesquisa cercam a construção da visualidade fílmica através da investigação da filmografia do diretor, seu histórico, seu repertório. Paralelamente, buscou-se também aproximar a pesquisa de uma abordagem do cinema como resultado de uma colaboração. Também é explorada uma certa produção do cinema contemporâneo que faz ressonância com Serras da Desordem. Assim, aproximamos a produção de Tonacci dos filmes do diretor Rithy Pahn, S-21:The Khmer Rouge Killing Machine (2003) e LImage Manquante (2013), e de Joshua Oppenheimer, The globalization tapes (2003) e The Act of Killing (2012). Em comum, os filmes apresentam uma posição de crítica pós-colonial, exploração das fronteiras cinematográficas, rememoração e reencenação do passado, entre outras características. Para realizar nossa análise utilizamos os conceitos e autores que trabalham a estética relacional, a crítica de arte através da psicanálise, as idéias do Tercer Cine, a análise fílmica contemporânea, o documentário como obra de arte contemporânea, e as discussões que cercam o realismo e o documentário. Por fim, apresentamos um ensaio fílmico de nosso autoria, que dialoga com os filmes analisados. / This work analises the building visual style of Andrea Tonaccis movie Serras da Desordem (2006). The guide lines of this research relates to the filmic visual construction and investigates the directors filmography, history and repertoire. Besides, pursued also approximate the research to an approach that watches cinema as a result of collaborations. Equally, is explored a certain contemporary cinema scene wich is related to Serras da Desordem. Therefore, we approximate Andrea Tonaccis film production to directors like Rithy Pahn, S-21: The Khmer Rouge Killing Machine (2003) and LImage Manquante (2013), and Joshua Oppenheimer, The globalization Tapes (2003) and The act of killing (2012). In common, the movies have a post-colonial criticism, the exploration of cinematographic borders, recollection and reenactment of the past. To build our analysis we made use of authors and concepts wich think relational aesthetics, art criticism, psychoanalysis, the ideas of Tercer Cine, the contemporary film analysis, documentary as contemporary art, and the discussions about realism and documentary. Finally, a film essay that dialogues with the analysed movies is presented by the author of this research.
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A literatura brasileira em nheengatu: uma construção de narrativas no século XIX / The Brazilian literature in Nheengatu: the narrative construction in the 19th century.Campoi, Juliana Flávia de Assis Lorenção 03 July 2015 (has links)
Os estudos que registram a Amazônia na passagem dos séculos XIX-XX representam um significativo material documental linguístico-antropológico, por sua motivação de registrar os costumes e os valores dos povos indígenas por meio da construção literária, nesta Língua Geral ou Nheengatu, à época deixando de ser a mais falada na região. Carregados de informações científicas, de espaço e de memória, esses textos influenciaram a partir de uma literatura de informação a construção de uma literatura nacional, que corroborou na constituição de uma intencional identidade brasileira. Literatura esta que amplia o universo dos ideais românticos e contribui para o entendimento de um processo de contato de forças e culturas diversas. Busca-se, assim, tratar esse registro documental a partir de questionamentos e comparações acerca do percurso e presentificação da memória, individual e coletiva, dessas sociedades indígenas, por meio dos mitos e narrativas com os ritos e toda sua simbologia do passado integrada à do presente que remetem tanto a diferentes esferas da verdade quanto a diversas concepções de tempo-espaço, e quanto à própria formação da identidade. As narrativas aqui representam esse ciclo em que rupturas e reconfigurações são interpretadas como a formação de uma nova humanidade, porém sem a descontinuidade da ancestralidade a partir da memória. Buscamos traçar um pouco de uma ruptura, a chegada da civilização e suas consequências, a povos milenares por meio de um arcabouço literário construído por intermediários, ou seja, autores que concretizaram a passagem de uma tradição, baseados quase completamente em fontes anteriores, produzindo pesquisas contemporâneas, manuais, dicionários que apresentavam informações dos saberes e cultura dos povos amazônicos. / The studies that register the Amazon in the transition from the 19th to the 20th century represent an expressive linguistic and anthropological material due to the intention of register the habits and values of the indigenous people by the literary construction in Língua Geral (General Language) or Nheengatu, that no longer was the most spoken language in the period. Loaded of memories, landscapes and scientific information, these texts have influenced the construction of a national literature, though the perspective of the literature of information, that corroborated the construction of Brazilian identity formation. This literature expands the universe of romantic ideals and contributes to the understanding of a contact process of various forces and cultures. Therefore, the intention of this documentary record through questions and comparisons about the course and presentification of memory, individual and collective, of indigenous societies, through the myths and narratives that reveal the rites and all symbolism of the past integrated to the present referring to different perspectives of true as to different conceptions of time and space, and the own identity formation. The narratives here represent this cycle where ruptures and reconfigurations are interpreted as the formation of a new humanity, but without the discontinuity of ancestry from memory. We search to draw a rupture, the arrival of civilization and its consequences, to the ancient people through a literary framework constructed by intermediaries, i.e. authors who realized the passage of a tradition, based almost entirely on ancient sources, producing research contemporary, manuals, dictionaries presenting information of the knowledge and culture from Amazon peoples.
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Transgressões em O Deus das Pequenas Coisas, de Arundhati Roy: níveis e motivações em contraponto / Transgressions in The God of Small Things, from Arundhati Roy: levels and motivations in correlationMoura, Taís Leite de 10 April 2018 (has links)
No romance O Deus das Pequenas Coisas (1997) de Arundhati Roy, as transgressões são atitudes que se configuram como abundantes na narrativa, sendo realizadas em sua maioria pelos personagens marginalizados. A fim de obter uma compreensão mais profunda das razões que impulsionam tanto a narrativa quanto os personagens a cometer estas infrações, elas foram divididas em três níveis neste trabalho: pós-colonial, sociopolítico e afetivo. São aqui analisadas as transgressões dos personagens Velutha, Ammu, Estha, Rahel e Sophie. Os níveis das transgressões, suas motivações e os conceitos de trauma individual e cultural são colocados em contraponto para aprofundar a análise da narrativa do romance. No nível pós- colonial, são empregados conceitos de Panikkar (1969), Festino (2007), Forter (2014) e Outka (2011), enquanto Sztompka (2000, 2004), Alexander (2000) e Joseph (2010) permeiam o nível sociopolítico, finalizando o nível afetivo com Caruth (1995), Bose (1998) e Almeida (2002). A hipótese deste trabalho é de que Roy foca nas transgressões para, em primeiro lugar, criticar determinados elementos da sociedade indiana, e para provocar reações em seus leitores. Esta é sustentada através da citação de seus ensaios e discursos na análise do romance. / In The God of Small Things (1997), from Arundhati Roy, the transgressions are substantial throughout the narrative, as the majority of them are performed by marginalized characters. In order to comprehend more deeply the reasons which propel the narrative and the characters to such violations, they were divided into three levels in this work: post-colonial, socio-political and affective. The transgressions analyzed here are the ones performed by the characters Velutha, Ammu, Estha, Rahel and Sophie. The levels of the transgressions, their motivations and the concepts of individual and cultural trauma are all correlated so that the intentions of the narrative are elucidated. In the post-colonial level, the concepts of Panikkar (1969), Festino (2007), Forter (2014) and Outka (2011) are applied, whereas Sztompka (2000, 2004), Alexander (2000) and Joseph (2010) are used for the socio-political level; the affective level is observed with notions from Caruth (1995), Bose (1998) and Almeida (2002). The hypothesis of this work is that Roy focuses on the transgressions of minor characters not only to criticize particular elements from the Indian society but also to trigger the reaction of the readers. This is supported by her essays and speeches quoted along the analysis of the novel.
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Transgressões em O Deus das Pequenas Coisas, de Arundhati Roy: níveis e motivações em contraponto / Transgressions in The God of Small Things, from Arundhati Roy: levels and motivations in correlationTaís Leite de Moura 10 April 2018 (has links)
No romance O Deus das Pequenas Coisas (1997) de Arundhati Roy, as transgressões são atitudes que se configuram como abundantes na narrativa, sendo realizadas em sua maioria pelos personagens marginalizados. A fim de obter uma compreensão mais profunda das razões que impulsionam tanto a narrativa quanto os personagens a cometer estas infrações, elas foram divididas em três níveis neste trabalho: pós-colonial, sociopolítico e afetivo. São aqui analisadas as transgressões dos personagens Velutha, Ammu, Estha, Rahel e Sophie. Os níveis das transgressões, suas motivações e os conceitos de trauma individual e cultural são colocados em contraponto para aprofundar a análise da narrativa do romance. No nível pós- colonial, são empregados conceitos de Panikkar (1969), Festino (2007), Forter (2014) e Outka (2011), enquanto Sztompka (2000, 2004), Alexander (2000) e Joseph (2010) permeiam o nível sociopolítico, finalizando o nível afetivo com Caruth (1995), Bose (1998) e Almeida (2002). A hipótese deste trabalho é de que Roy foca nas transgressões para, em primeiro lugar, criticar determinados elementos da sociedade indiana, e para provocar reações em seus leitores. Esta é sustentada através da citação de seus ensaios e discursos na análise do romance. / In The God of Small Things (1997), from Arundhati Roy, the transgressions are substantial throughout the narrative, as the majority of them are performed by marginalized characters. In order to comprehend more deeply the reasons which propel the narrative and the characters to such violations, they were divided into three levels in this work: post-colonial, socio-political and affective. The transgressions analyzed here are the ones performed by the characters Velutha, Ammu, Estha, Rahel and Sophie. The levels of the transgressions, their motivations and the concepts of individual and cultural trauma are all correlated so that the intentions of the narrative are elucidated. In the post-colonial level, the concepts of Panikkar (1969), Festino (2007), Forter (2014) and Outka (2011) are applied, whereas Sztompka (2000, 2004), Alexander (2000) and Joseph (2010) are used for the socio-political level; the affective level is observed with notions from Caruth (1995), Bose (1998) and Almeida (2002). The hypothesis of this work is that Roy focuses on the transgressions of minor characters not only to criticize particular elements from the Indian society but also to trigger the reaction of the readers. This is supported by her essays and speeches quoted along the analysis of the novel.
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