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Influência da infecção pregressa pelo vírus da hepatite B em portadores de hepatite C crônica: análise histológica / Influence of previous HBV infection in patients with chronic hepatitis C: histological assessmentLisboa Neto, Gaspar 16 June 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: Os vírus das hepatites B (VHB) e C (VHC) são os principais causadores de hepatopatia crônica em todo mundo. Ambos compartilham vias semelhantes de transmissão. Em pacientes portadores crônicos de VHC com sorologia compatível com infecção pregressa pelo VHB (anti-HBcAg[+] e HBsAg [-]), o VHB DNA residual tem sido detectado por técnicas de biologia molecular altamente sensíveis no soro, em células linfomononucleares de sangue periférico e em hepatócitos (como cccDNA), de forma que o anti-HBcAg tem sido associado a pior prognóstico, tanto histológico quanto terapêutico. OBJETIVOS: Analisar a associação entre infecção pregressa pelo VHB nos portadores crônicos do VHC e o dano histológico hepático, além das características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais destes pacientes em região de baixa prevalência para o VHB. MÉTODOS: A prevalência do anti-HBcAg foi avaliada em 574 pacientes portadores crônicos de VHC atendidos durante o ano de 2006 no ambulatório de Hepatites Virais do DMIP-HC FMUSP. Deste grupo, foram selecionados 215 pacientes (98 de 112 com anti-HBcAg[+] e 117 de 462 monoinfectados pelo VHC) para análise comparativa. Ainda, 145 indivíduos foram submetidos à análise estatística multivariada, por metodologia de Regressão Logística sequencial, para identificação de possíveis preditores de fibrose avançada. RESULTADOS: Foram avaliados 98 pacientes com marcadores sorológicos de infecção pregressa pelo VHB. Quarenta e seis indivíduos (47%) possuíam o anti-HBcAg de forma isolada. O principal fator de risco relacionado à infecção viral foi hemotransfusão (31,6%). Contudo, a freqüência de UDI foi maior no grupo com infecção pregressa pelo VHB, em relação aos 117 indivíduos monoinfectados pelo VHC (p<0,05). Não houve diferença estatisticamente significativa quanto ao estadiamento (p=0,40) ou à graduação necroinflamatória histológica (APP, p=0,70) entre esses dois grupos. O tempo de infecção e a taxa de progressão de fibrose também foram semelhantes (p=0,99 e p=0,61, respectivamente). A presença do anti-HBcAg não foi considerada preditora de fibrose hepática avançada (p=0,11), porém identificamos como variáveis independentes o tabagismo acentuado (OR 4,40; IC95%: 1,30-14,87), aumento da ALT (OR 1,01; IC95%: 1,00-1,03), de gamagt (OR 1,01; IC95%: 1,00-1,01) e leucopenia (OR 7,75; IC95%: 2,13-28,23). CONCLUSÃO: A prevalência de infecção pregressa pelo VHB em portadores de infecção crônica pelo VHC foi de 20%, sendo este valor compatível com outros estudos realizados em regiões de endemicidade semelhante. A freqüência do marcador anti-HBcAg isolado foi alta neste grupo, refletindo uma possível supressão da imunidade humoral contra o VHB frente a resposta dirigida ao VHC. A infecção pregressa pelo VHB não parece acentuar ou acelerar o dano histológico hepático no nosso meio. / INTRODUCTION: Hepatitis B (HBV) and C (HCV) virus are the main causers of chronic hepatic disease worldwide. Both viruses share similar transmission routes. In chronic HCV infected patients with serological markers of resolved HBV infection (anti-HBcAg [+] and HBsAg [-]), residual HBV-DNA has been detected through highly sensible techniques in serum, PBMC and hepatocytes (as cccDNA). In fact, anti-HBcAg has been associated with worse prognoses, severe histological liver damage and less sustained virological response to HCV treatment. OBJECTIVE: Assess the relationship between previous HBV infection (anti-HBcAg [+]; HBsAg [-]) in patients with chronic hepatitis C (HCV) and histological damage, considering epidemiological, clinical and laboratorial characteristics of this group in a region of low prevalence for HBV. METHODS: Anti-HBcAg prevalence was evaluated in 574 patients seen during a period of one year in a tertiary center (University of Sao Paulo General Hospital, Sao Paulo, Brazil). Of this group, 215 subjects addressed selection criteria and have been selected for evaluation (98 of 112 carriers of anti-HBcAg and 117 of 462 infected only by HCV). 145 individuals have undergone analysis for identification of predictors of advanced fibrosis through univariate and multivariate stepwise logistic regression. RESULTS: Nineteen-eight subjects with serological markers of previous HBV infection were evaluated. Forty-six (47%) patients had anti-HBcAg in isolated form. The main risk factor for infection was blood transfusion (31,6%). However, the IDU frequency was greater in this group (p<0.05). There was no difference regarding histological staging (fibrosis ranging from 0 to 4, p=0.40) or grading (portal inflammation, p=0.70) compared with subjects infected only by HCV with no markers of HBV infection. The rate of fibrosis progression (in units per year) and the infection length was similar in these two groups (p=0,61 and p=0,99, respectively). Anti-HBcAg was not considered a predictor for advanced fibrosis (p=0.11). However, we identified tobacco smoking (OR 4.40; CI 95%: 1.30-14.87), increased ALT (OR 1.01; CI 95%: 1.00-1.03), increased -gt (OR 1.01; CI 95%: 1.00-1.01) and leucopenia (OR 7.75; CI 95%: 2.13-28.23) as independent variables. CONCLUSION: The prevalence of resolved HBV infection in subjects with chronic hepatitis C was 20%. This result was equivalent to other studies carried out in regions of similar endemicity. The frequency of the isolated anti-HBcAg was higher in this group, reflecting a possible suppression of the humoral immunity against HBV caused by an active immune response directed to HCV. Former and resolved HBV infection does not seem to increase or accelerate histological damage in our geographical area.
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Detecção do DNA do Poliomavírus Humano JC em amostras de líquido cefalorraquidiano de pacientes com AIDS e lesões não expansivas de substância branca do sistema nervoso central / Detection of human polyomavirus JC in cerebrospinal fluid samples from aids patients with non-expansive focal lesions of CNS white matterMaria Cristina Domingues da Silva Fink 25 March 2004 (has links)
Doenças neurológicas focais em pacientes com aids podem ser causadas por vários patógenos oportunistas. Dentre estas se inclui a encefalite por Toxoplasma gondii, os linfomas primários do sistema nervoso central causados pelo vírus Epstein-Barr, as encefalites virais (CMV, HSV, VZV) e a leucoencefalopatia multifocal progressiva (LEMP), causada pelo vírus JC (VJC). O presente estudo teve por objetivos detectar o DNA do vírus JC em amostras de líquido cefalorraquidiano de pacientes com aids e lesões não expansivas de substância branca do SNC, bem como caracterizar esses pacientes com relação ao número de células TCD4+, sexo, idade e ocorrência de outros diagnósticos etiológicos. A detecção do DNA do VJC foi realizada através da técnica de reação em cadeia por polimerase. O protocolo de PCR empregado, anteriormente descrito, utiliza um par de primers complementar à região precoce do vírus JC (antígeno T), resultando em um fragmento de 173 pb. Todas as amostras positivas foram submetidas a etapa posterior de tipagem com enzima de restrição Bam H1, resultando em dois fragmentos menores (120 e 53 pb), característicos do vírus JC. Com o intuito de estimar a sensibilidade da técnica empregada, um controle positivo qüantificável foi padronizado. O fragmento de 173 pb amplificado de uma das amostras de líquor estudadas foi inserido em plasmídio, e o recombinante obtido foi quantificado através de espectrofotometria, titulado e submetido a PCR. Através desta metodologia foi possível estimar que o teste é capaz de detectar a partir de 200 cópias/ µl. A especificidade do teste foi avaliada através da análise de amostras de líquor de pacientes com e sem aids e outros diagnósticos neurológicos, não compatíveis com LEMP. A pesquisa do DNA do vírus JC foi negativa em 119 de 120 amostras testadas, demonstrando uma especificidade de 99,17%. Foram incluídas no estudo 56 amostras de líquor de pacientes com lesão focal não expansiva de substância branca, compatível com LEMP, sendo positiva em 27/56 (48,2%) e negativa em 29/56 (51,8%). Em 23 dos 29 (79,3%) pacientes negativos para o vírus JC foi possível estabelecer um diagnóstico diferencial para os quadros encefalíticos: Toxoplasma gondii (nove casos), complexo cognitivo motor do HIV (CCMHIV) (cinco casos), tuberculose (três casos) e outros diagnósticos (oito casos). Em seis pacientes DNA-VJC negativos não houve um diagnóstico final. A caracterização da população avaliada, dividida em dois grupos, de acordo com o resultado da PCR (DNA-VJC positivo ou DNA-VJC negativo), não demonstrou diferença estatisticamente significante no que diz respeito ao sexo ou idade. No grupo de pacientes DNA-VJC positivos, o número de células TCD4+ foi significativamente mais baixo. Os resultados do presente estudo demonstraram uma alta prevalência do DNA do VJC (48,2%) nesse grupo de pacientes. Foi possível concluir também que, em pacientes com aids e encefalite focal com lesões não expansivas de substância branca do sistema nervoso central, com PCR negativa para o VJC, é necessária uma investigação diagnóstica mais aprofundada já que a maioria desses casos apresenta outros agentes etiológicos, na maioria das vezes passíveis de tratamento. / Focal neurological diseases in aids patients can be caused by a range of opportunistic pathogens such as Toxoplasma gondii, EBV-associated primary CNS lymphomas, viral encephalitis (CMV, HSV, VZV) and JC virus causing the progressive multifocal leukoencephalopathy (PML). In the present study, we evaluated the detection of JC virus DNA in CSF samples from aids patients with white matter non-expansive lesions of CNS by polymerase chain reaction (PCR) and characterize this finding in relation to the number of TCD4+, age, gender, and other etiological diagnosis. The primers used to amplify the T antigen region of JC virus resulted in a fragment of 173 base pairs. Since JC virus harbor a BAM H1 restriction site in this region, digestion of the PCR product with the enzyme resulted in two fragments of 120 and 53 base pairs, characteristic of JC virus. To estimate the sensitivity of the assay, the 173 bp fragment obtained from one of the samples was inserted into a plasmid and the recombinant quantified by spectrophotometry. The sensitivity of the PCR was 200 copies / µL. The specificity of the assay was evaluated in CSF samples from patients with and without aids and other neurological conditions, not suggestive of PML. The PCR resulted negative in 119 of the 120 CSF samples tested showing a specificity of 99,17%. In 56 CSF samples from patients with neurological symptoms and radiological signs of PML, JC virus was detected in 27 (48.2%) by PCR. In 23 of the remaining 29 patients (79.3%) other neurological conditions were diagnosed: T. gondii encephalitis (9 cases), HIV encephalitis (5 cases), tuberculosis (3 cases) and other diagnosis (8 cases). In six patients no neurological disease diagnosis could be established. In the group of patients characterized as JC virus-DNA positive the mean number of TCD4+ was significantly lower as compared to the JC virus-DNA negative patients. No statistical difference was seen in relation to gender or age distribution between the two groups. The results of the present study demonstrated a high prevalence of JC virus DNA (48,2%) in patients with clinical and radiological signs of PML. We concluded that the polymerase chain reaction for JC-virus DNA detection can represent an advance in the diagnosis of PML. aids patients with non-expansive focal lesions of CNS white matter and JC virus-DNA negative by PCR probably have other treatable neurological conditions that must be extensively investigated.
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Prevalência de hipertensão arterial sistêmica e fatores de risco em áreas contaminadas na região do Estuário de Santos e São Vicente e em Bertioga / Hypertension prevalence and risk factors in contaminated areas in the region of the estuary of Santos and São Vicente and BertiogaTatyana Sampaio Ribeiro 01 February 2016 (has links)
O Estuário de Santos - São Vicente é uma região degradada por contaminantes liberados diretamente pelo seu parque industrial no ar, na água e no solo da região, é considerado o exemplo mais importante de degradação ambiental por produtos químicos provenientes de fontes industriais. Existe uma grande associação entre doenças cardiovasculares, principalmente a hipertensão arterial, e a exposição ambiental a esses contaminantes presentes nas áreas, o que gera uma preocupação pois nestas áreas residem um grande número de pessoas expostas a estes contaminantes por um longo período de tempo. No Brasil existe uma grande prevalência de mortes por doenças cardiovasculares, dentre elas a hipertensão. A prevalência de hipertensão no Brasil é de aproximadamente 20%. Objetivo: avaliar a prevalência de hipertensão arterial e seus fatores de risco na população deste estudo. Métodos: Um estudo transversal realizado para avaliar a prevalência da hipertensão em indivíduos com idade entre 19 e 60 anos, bem como fatores de risco para esta doença, em quatro áreas contaminadas localizadas no Estuário (área 1 - Pilões e Água Fria; 2 - Cubatão; área 3 - São Vicente e área 4 - Vicente de Carvalho - Guarujá) e uma área fora do Estuário (área 5 - Bertioga). As associações entre as variáveis categóricas foram testadas através do teste do quiquadrado de Pearson incorporando a correção de Yates ou o teste exato de Fisher. Modelos univariados e múltiplos de regressão logística foram aplicados para avaliar os fatores de risco para a hipertensão. Resultados: A maior prevalência de hipertensão foi encontrada na Área 3 - São Vicente (28,4%), e a maior parte da população relatou morar na região por mais de 20 anos. Os fatores de risco para hipertensão arterial foram: morar nas áreas 2 - Cubatão (OR: 1,3; IC95%: 1,0-1,6) e na área 3 - São Vicente (OR: 1,4; IC95%: 1,1-1,8); ser analfabeto (OR: 1,9; IC95%: 1,1-3,2); morar na região há mais de 20 anos (OR: 1,2; IC95%: 1,0-1,5); faixa etária entre 36-60 anos (OR: 3,9; IC95%: 3.3- 4.6) e exposição ocupacional pregressa a produtos químicos (OR: 1,3; IC95%: 1,1-1,6). Conclusão: Duas décadas após o ápice da contaminação ambiental na região ainda é possível identificar tanto a presença dos contaminantes quanto seus efeitos adversos sobre a população residente nas áreas analisadas. Os resultados indicaram que morar em áreas contaminadas, principalmente por um longo período de tempo, é fator de risco para a hipertensão / The Estuary of Santos - São Vicente is an area degraded by contaminants emitted directly by its industrial park to air, water and soil of the region, and is considered the most important example of environmental degradation by chemicals from industrial sources. There is a strong association between cardiovascular diseases, especially hypertension, and environmental exposure to these contaminants in areas, which It generates a concern since these areas live a large number of people exposed to such contaminants for a long time. In Brazil there is a high prevalence of deaths from cardiovascular diseases, including hypertension. The prevalence of hypertension in Brazil is approximately 20%. Objective: To evaluate the prevalence of hypertension and its risk factors in the study population. Methods: A cross-sectional study to evaluate the prevalence of hypertension in individuals aged between 19 and 60 years, as well as risk factors for this disease in four contaminated areas located in the Estuary (area 1 - Pilões e Água Fria; 2 - Cubatao; Area 3 - São Vicente and area 4 - Vicente de Carvalho - Guaruja) and an area outside Estuary (area 5 - Bertioga). The associations between categorical variables were tested by Pearson\'s chi-square incorporating Yates\' correction or Fisher\'s exact test. Univariate and multiple logistic regression models were applied to evaluate the risk factors for hypertension. Results: The highest prevalence of hypertension was found in Area 3 - São Vicente (28.4%), and most of the population reported living in the region for over 20 years. Risk factors for hypertension were: living in Areas 2 - Cubatao (OR: 1.3; 95% CI: 1.0-1.6) and the area 3 - São Vicente (OR: 1.4; 95% CI: 1 , 1 to 1.8); being illiterate (OR: 1.9; 95% CI: 1.1 to 3.2); living in the region for over 20 years (OR: 1.2; 95% CI: 1.0-1.5); aged between 36-60 years (OR: 3.9; 95% CI: 3.3- 4.6) and previous occupational exposure to chemicals (OR: 1.3; 95% CI: 1.1-1.6). Conclusion: Two decades after the culmination of environmental pollution in the region is still possible to identify both the presence of contaminants as their adverse effects on the resident population in the analyzed areas. The results indicated that live in contaminated areas, particularly over a long period of time, is a risk factor for hypertension
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Qualidade de vida no adolescente e adulto jovem com fibrose cística: correlação com a gravidade da doença / Quality of life in adolescents and young adults with cystic fibrosis: correlations with disease severityDaniela Wickbold Gancz 07 February 2014 (has links)
Introdução: A qualidade de vida em pacientes com fibrose cística (FC) tem sido cada vez mais estudada podendo estar relacionada com dados clínicos e laboratoriais que demonstram a gravidade da doença. Métodos: Estudo prospectivo e transversal com aplicação do questionário de qualidade de vida em FC (CFQ-R) traduzido e validado para o português em pacientes com FC estáveis de 14 a 21 anos. Foram feitas as correlações de domínios do CFQ-R com o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), o escore de Shwachman-Kulczychi (E-SK) e o índice de massa corpórea (IMC), além da comparação dos resultados de todos os domínios entre os sexos e entre pacientes com VEF1 acima ou abaixo de 60% do previsto. Resultados: Foram estudados 31 pacientes, 11 do sexo feminino e 20 do sexo masculino, com idade média de 16,4 ± 2,3 anos. As pontuações dos domínios do CFQ-R foram variáveis mas se situaram ao redor de 80 em mediana. Observaram-se correlações significantes entre o IMC e os domínios peso (r=0,43, p=0,016) e alimentar (r=0,44, p=0,013), VEF1 e domínios físico (r=0,53, p=0,002) e tratamento (r=0,41, p=0,023), E-SK e domínios físico (r=0,39, p=0,03), saúde (r=0,41, p=0,023) e papel social (r=0,37, p=0,041). Houve diferença significativa no grupo com VEF1 acima e abaixo de 60% do previsto nos domínios papel social e saúde. Não houve diferença entre os sexos nos domínios. Conclusões: Observou-se uma heterogeneidade das pontuações do CFQ-R em cada um dos 12 domínios mas com dados que sugerem uma qualidade de vida relativamente preservada na maioria dos pacientes estudados. Houve correlação significativa entre alguns domínios do CFQ-R com parâmetros clínicos e funcionais, demonstrando que o CFQ-R apresenta um poder discriminatório na avaliação da gravidade da doença / Introduction: The quality of life (QoL) of individuals with cystic fibrosis (CF) is a topic of increasing interest that might be associated with clinical and laboratory parameters indicative of disease severity. Methods: Prospective and crosssectional study that applied the validated Portuguese version of a CF-specific QoL questionnaire (CFQ-R) to clinically stable CF patients aged 14 to 21 years. The correlation between the scores on the CFQ-R domains and the values for the forced expiratory volume in one second (FEV1), the Shwachman-Kulczycki score (SKS), and body mass index (BMI) was assessed. The results in all the domains were compared between groups according to gender and to FEV1 above or below 60% of the predicted value. Results: The sample included 31 patients (11 females and 20 males); the average age was 16.4 ± 2.3 years old. The scores on the CFQ-R domains were quite variable, but their median value was approximately 80. A significant correlation was found between BMI and the CFQ-R domains weight (r=0.43, p=0.016) and eating (r=0.44, p=0.013); between FEV1 and the physical (r=0.53, p=0.002) and treatment burden (r=0.41, p=0.023) domains; and between the SKS and the physical (r=0.39, p=0.03), health perceptions (r=0.41, p=0.023), and role (r=0.37, p=0.041) domains. A significant difference was found between the participants with FEV1 above and below 60% of the predicted value on the domains role and health. No difference in the scores was found as a function of gender. Conclusions: The CFQ-R scores exhibited wide variability in all 12 domains; however, they denoted a relatively satisfactory QoL in most of the sample. Some CFQ-R domains exhibited significant correlations with clinical and functional parameters, indicating appropriate discriminatory power to assess the severity of CF
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Avaliação da prevalência e das características da síndrome dos ovários policísticos em adolescentes obesas / Prevalence and characteristics of polycystic ovary syndrome in obese adolescentsMarina Pereira Ybarra Martins de Oliveira 06 June 2016 (has links)
Introdução: o diagnóstico da Síndrome do Ovário Policístico (SOP) na adolescência é desafiador e vem sendo alvo de intensas discussões. Sua prevalência em mulheres adultas em idade fértil varia de 5-10%. Entretanto, a prevalência em adolescentes obesas ainda não foi descrita na literatura. Somado a isso, ainda não é bem estabelecida a relação da SOP com alterações metabólicas e cardiovasculares nesta população. Dessa maneira, objetivamos avaliar a prevalência e as características da SOP na população de adolescentes obesas acompanhadas em um centro hospitalar quaternário. Métodos: realizamos um estudo transversal com 49 adolescentes obesas pós-menarca, com idade média de 15,6 anos. Foi realizada avaliação antropométrica e revisão de prontuários médicos. O hiperandrogenismo clínico e laboratorial foram quantificados utilizando o índice de Ferriman-Gallwey e as dosagens androgênicas, respectivamente. A morfologia ovariana foi avaliada por ultrassonografia suprapúbica. Todas as pacientes tiveram seus perfis metabólicos analisados. Resultados: ao adotarmos a nova Diretriz para SOP na adolescência da Sociedade de Endocrinologia Pediátrica Americana, encontramos uma prevalência de 18,4% de SOP em nossa população de adolescentes obesas. Quando utilizamos os critérios de Rotterdam, da Sociedade de Excesso Androgênico e SOP e do Instituto Nacional de Saúde Americano, as prevalências foram de 26,4%, 22,4% e 20,4%, respectivamente. A irregularidade menstrual foi constatada em 65,3% das pacientes. O hiperandrogenismo clínico foi observado em 16,3% das meninas, e 18,4% tinham concentrações de testosterona total acima do valor de normalidade. A ultrassonografia revelou que 18,4% das meninas tinham ovários policísticos. Adolescentes obesas com SOP apresentaram maior prevalência de síndrome metabólica. Conclusão: a prevalência de SOP em adolescentes obesas é alta quando comparada àquela observada na literatura / Background: polycystic ovary syndrome (PCOS) in adolescence is a challenging diagnosis and therefore has raised intense discussions. Its prevalence in childbearing age women ranges from 5 to 10%. However, the prevalence in obese adolescents has not yet been reported. Besides, the relationship of PCOS with metabolic and cardiovascular disorders in this specific population has not been established. Thus, we aimed to assess the prevalence and characteristics of PCOS in a population of obese adolescents followed at a quarternary hospital. Methods: we performed a cross-sectional study with 49 postmenarcheal obese adolescents with a mean age of 15.6 years. Anthropometric assessment and review of medical records were performed. Clinical and laboratory hyperandrogenism were evaluated using Ferriman-Gallwey index and serum androgens, respectively. The ovarian morphology was evaluated by supra-pubic ultrasound. All patients had their metabolic profile evaluated. Results: the prevalence of PCOS in obese adolescents, according to the new guideline for PCOS in adolescence of the American Pediatric Endocrinology Society, was 18.4%. When assessed by the Rotterdam, the Androgen Excess and PCOS Society and the National Institute of Health criteria, the prevalence of PCOS was 26.4%, 22.4% and 20.4%, respectively. Menstrual irregularity was found in 65.3% of the patients. Clinical hyperandrogenism was observed in 16.3% while 18.4% had total testosterone concentrations above the normal range. Ultrasonography revealed that 18.4% had polycystic ovaries. Obese adolescents with PCOS had higher prevalence of metabolic syndrome. Conclusion: the prevalence of PCOS in obese adolescents is high compared to that observed in the literature
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Variabilidade intrapessoal e interpessoal da ingestão de nutrientes de crianças brasileiras / Within - and between - person variability of nutrient intakes among Brazilians childrenMichelle Alessandra de Castro 04 February 2011 (has links)
Introdução: A precisão e a confiabilidade das estimativas do consumo alimentar são os principais desafios nos estudos sobre nutrição e saúde, visto que a medida dietética não é isenta de erros e que a dieta humana é de natureza variável. Um dos principais componentes de variabilidade da dieta é a variação intrapessoal, que representa a variação da ingestão dos indivíduos ao longo dos dias. Do ponto de vista estatístico, a variância intrapessoal constitui uma importante fonte de erro na análise e interpretação dos dados dietéticos por atenuar medidas de associação, como coeficientes de regressão e risco relativo, e aumentar a proporção dos indivíduos nos extremos da curva de distribuição. Objetivos: Estimar a razão de variâncias da ingestão de energia e nutrientes e calcular o número de medidas dietéticas necessárias à estimativa do consumo habitual de crianças brasileiras. Métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado em 2007 que coletou dados de 3150 crianças de 1 a 6 anos matriculadas em creches e pré-escolas das cidades de Manaus, Natal, Recife, Brasília, Cuiabá, Rio de Janeiro, Viçosa, São Paulo e Caxias do Sul. Em cada cidade, foram avaliadas 250 crianças de creches públicas e 100 de creches particulares. Dados socioeconômicos, antropométricos e de consumo alimentar foram coletados. A pesagem direta de alimentos e o registro alimentar foram os métodos de avaliação do consumo adotados. Modelos de regressão multinível com variância de estrutura complexa foram utilizados para estimar a variância intrapessoal e a variância interpessoal segundo faixa etária (1 a 2 anos; 3 a 6 anos). A variância intrapessoal foi obtida para cada criança e modelada como uma função linear da idade. Calculou-se o número de dias baseado nas razões de variâncias dos nutrientes e no coeficiente de correlação (r) entre a ingestão observada e a ingestão habitual. Resultados: Fibras totais e gorduras apresentaram as maiores razões de variâncias (acima de 6,00), enquanto cálcio, ácido pantotênico e fósforo 5 apresentaram as menores razões (1,33 a 2,30). Considerando r=0,8, são necessários de 2 a 37 dias de avaliação da dieta no grupo de crianças com idade entre 1 e 2 anos, e entre 2 e 16 dias nas crianças de 3 a 6 anos para a estimativa da ingestão habitual. Observou-se, também, tendência de aumento da variância intrapessoal de energia e macronutrientes com a idade da criança. Conclusão: As elevadas razões de variâncias reforçam a necessidade pela coleta de um grande número de medidas dietéticas nas crianças brasileiras e os resultados apontam para mudanças na variância intrapessoal com a idade / Background: The precision and reliability of estimates of food intake are the major challenges in studies about diet and health, since dietary measurement is prone to errors and the human diet exhibits great variation. One of the main components of dietary variability is the within-person variation, which represents the day-to-day variation of intake. From a statistical point of view, the within-person variance is an important source of errors in analysis and interpretation of dietary data because it attenuates the measurements of association, such as coefficients of regression and relative risks, and increases the proportion of individuals on tails of the distribution curve. Objectives: To estimate the variance ratio of energy and nutrient intakes and to calculate the number of days of dietary assessment to the estimation of usual nutrient intakes among Brazilian children. Methods: This is a cross-sectional study performed in 2007 that comprised 3150 children (1 to 6 years) attending daycare and preschools in the municipalities of Manaus, Natal, Recife, Brasília, Cuiabá, Rio de Janeiro, Viçosa, São Paulo and Caxias do Sul. In each municipality, 250 children from public schools and 100 children from private schools were included. Socio-demographic and anthropometric data as well as food intake were collected. Food consumption was measured through weighed food record and estimated food record. Multilevel regression models with complex variance structure were fitted to estimate the within- and between-person variances according to age group (1 to 2 years; 3 to 6 years). The within-person variance was modeled as a linear function of the childs age. The number of days was calculated according to the variance ratio of the nutrients and a hypothetical correlation coefficient (r) between observed and usual intake. Results: Total fiber and total fat showed the greatest variance ratios (>6.00), whereas calcium, pantothenic acid, and phosphorus showed the least ratios (1.33 to 7 2.30). Estimating the usual intake of the nutrients (considering r=0.8) requires between 2 and 37 days for children aged 1 to 2 years, and between 2 and 16 days are necessary for children aged 3 to 6 years. It was also observed an increase in the variance ratios of energy and macronutrients according to age of the child. Conclusion: The elevated variance ratios reinforce the need for collection of a great number of dietary measures in Brazilian children. In addition, the results suggest changes in within-person variance according to age
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A musculatura ventilatória em indivíduos sadios: influência do gênero, da faixa etária, da posição corpórea e do exercício - um estudo transversal / Ventilatory muscles in healthy subjects: influence of gender, age, body position and exercise - a cross-sectional studyLeticia Zumpano Cardenas 12 December 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: Considerando que a literatura aponta para diferença de força relacionada ao gênero e ao envelhecimento, hipotetizamos que as mulheres e os idosos tivessem diferentes comportamentos da musculatura ventilatória ao repouso e ao exercício. Como há uma correlação entre a área de secção transversa dos músculos esqueléticos e a força muscular, e que esta é maior em homens, acreditamos que a espessura do diafragma ao ultrassom pudesse refletir as alterações de força relacionadas ao gênero. Por fim, como os músculos ventilatórios também estão envolvidos em outras funções, como a manutenção da postura, acreditamos que as mudanças de posição corpórea pudessem alterar o grau de sincronia entre os compartimentos (tórax e abdome) e a capacidade de geração de força da musculatura ventilatória. OBJETIVO PRIMÁRIO: Comparar o comportamento da musculatura ventilatória em indivíduos sadios categorizados por gênero e faixas etárias, ao repouso, em diferentes posições corpóreas e ao exercício. OBJETIVOS SECUNDÁRIOS: Caracterizar a mobilidade, a espessura e a capacidade de espessamento do diafragma ao ultrassom; Correlacionar a mobilidade, a espessura e a capacidade de espessamento do diafragma ao ultrassom com a força muscular ventilatória. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal com 60 voluntários sadios de ambos os gêneros, divididos em três faixas etárias: 20-39, 40-59 e 60-80 anos. Os voluntários realizaram espirometria, medidas de PI e PEmáx e SNIP. Foram monitorizados com cateteres para medidas de pressão esofágica, gástrica e transdiagragmática.. Para avaliação de força não volitiva, realizamos estímulo magnético (Twitch) inspiratório e expiratório. Monitorizamos o escaleno, o esternocleidomastóideo, o intercostal paraesternal e o oblíquo externo com eletromiografia de superfície. Para avaliar a sincronia toracoabdominal utilizamos a pletismografia de indutância. Os voluntários eram monitorizados em diferentes posições e durante um teste de esforço cardiopulmonar. Após o teste de esforço, o Twitch era repetido para avaliação de fadiga. Por fim, em um subgrupo realizamos USG do diafragma para avaliar espessura e mobilidade. RESULTADOS: As mulheres apresentam menor força ao repouso e pior acoplamento neuromecanico ao exercício. No pico do exercício, elas têm menor contribuição diafragmática e utilizam um maior percentual da força abdominal máxima. Quanto à sincronia toracoabdominal e fadiga, as mulheres têm valores similares aos dos homens, porém estes valores são atingidos em cargas significativamente mais baixas. Embora mais fracos ao repouso, os idosos não tiveram pior acoplamento neuromecanico ao exercício. Quanto ao recrutamento muscular, sincronia toracoabdominal, trabalho ventilatório e fadiga, os idosos têm valores similares aos mais jovens, porém estes valores são atingidos em cargas significativamente mais baixas. Ao US, as mulheres têm mobilidade diafragmática na respiração profunda, espessura na CPT e fração de espessamento significativamente menores que os homens. A mobilidade do diafragma na respiração profunda, a espessura diafragmática na CPT e a fração de espessamento correlacionaram-se com a função pulmonar e a força muscular ventilatória em indivíduos sadios. A posição supino altera a sincronia entre os compartimentos (tórax e abdome) e a capacidade de geração de força da musculatura ventilatória. CONCLUSÕES:. O gênero, a idade, as mudanças de posição corpórea e o exercício têm influência sobre a musculatura ventilatória. Ao US, as mulheres têm mobilidade diafragmática na respiração profunda, espessura na CPT e fração de espessamento significativamente menores. A força muscular ventilatória tem correlação com as medidas do ultrassom em indivíduos sadios / INTRODUCTION: Since the literature points to lower ventilatory muscle strength in female and elderly, we hypothesized that in female and the elderly, ventilatory muscles behave differently at rest and during exercise. Considering that males are stronger, and that muscle strength correlates to muscular cross-sectional area, we interrogated ifthe thickness of the diaphragm evaluated by ultrasound could reflect the strength differences related to gender. Finally, as the ventilatory muscles are also involved in other functions, such as maintaining posture, we believe that different body positions could influence thoracoabdominal synchrony and the strength of the ventilatory muscles. PRIMARY OBJECTIVE: To compare the behavior of ventilatory muscles in healthy subjects categorized by gender and age range, at rest, in different body positions and during exercise. SECONDARY OBJECTIVES: To characterize mobility, thickness and thickness fraction of the diaphragm evaluated by ultrasound; Correlate mobility, thickness and thickness fraction with ventilatory muscle strength. METHODS: In a cross-sectional study, 60 healthy volunteers of both genders were divided into three age range groups: 20-39, 40-59 and 60-80 years. The volunteers performed spirometry, MIP, MEP and SNIP. They were monitored with balloon catheters for measurement of esophageal, gastric and transdiaphragmatic pressure. In order to evaluate non volitional inspiratory and expiratory strength, we performed magnetic stimulation (Twitch) of phrenic and 10th dorsal roots respectively. We monitored muscle recruitment of scalene, sternocleidomastoid, parasternal intercostal and external oblique with surface electromyography. To assess thoracoabdominal synchrony, we used respiratory inductance plethysmography. Volunteers were evaluated in different positions and during a cardiopulmonary exercise test. After the exercise test, the Twitch was repeated to assess fatigue. In a subgroup we performed ultrasound to evaluate the diaphragm thickness, thickening fraction and mobility. RESULTS: Women are weaker at rest and have worse neuromechanical coupling during exercise. In the end of exercise, women have lower diaphragmatic contribution and use a higher percentage of the maximum abdominal strength. Although women have values of thoracoabdominal synchrony and fatigue similar to those of men, women have completed the exercise at significantly lower workload. Although weaker at rest, the elderly had similar neuromechanical coupling to youngers during exercise. Regarding to ventilatory muscle recruitment, thoracoabdominal synchrony, work of breathing and fatigue, the elderly have similar values to younger group, but again, these values are achieved at significantly lower workloads. Concerning to ultrasound of diaphragm, women have significantly lower diaphragmatic mobility during deep breathing, thickness in the TLC and thickening fraction than men. The mobility of the diaphragm during deep breathing, the diaphragmatic thickness in TLC and the thickening fraction correlates to lung function and respiratory muscle strength. Supine position modifies thoracoabdominal synchrony and ventilatory muscle strength. CONCLUSIONS: Gender, age, body position and exercise influence the behavior of ventilatory muscles. Women have significantly lower diaphragmatic mobility during deep breathing, thickness in the TLC and thickening fraction. The ventilatory muscle strength correlates to ultrasound measurements in healthy subjects
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"Gestação e violência: estudo com usuárias de serviços públicos de saúde da Grande São Paulo"Julia Garcia Durand 06 April 2006 (has links)
Objetivos: a) Estimar a prevalência da violência por parceiro íntimo (VPI) na gestação e verificar sua associação com fatores sócio-demográficos, de saúde reprodutiva, sexual e mental entre usuárias de serviços públicos de saúde da Grande São Paulo; b) Identificar aspectos da vulnerabilidade individual e contextual relacionados à violência. Metodologia: a) entrevistas estruturadas (questionário) com 1922 usuárias, entre 15 e 49 anos, em 14 serviços públicos de saúde; b) 3 grupos focais com gestantes e c) 4 entrevistas em profundidade com mulheres que sofreram VPI na gestação. Resultados: 20% (IC95% 18,2 a 21,8) referem algum episódio de VPI na gestação. Em análise multivariada, observou-se que diversos fatores estão associados à VPI na gestação. As usuárias que referem VPI na gestação apresentam padrão mais grave e freqüente de VPI na vida. Este fenômeno relaciona-se com desproteção na família de origem; gravidez indesejada; mudanças no corpo e na libido da mulher. Conclusão: A alta prevalência de VPI na gestação sugere que esta questão deve ser vista como importante problema de saúde pública / Objectives: a) To examine de prevalence of intimate partner violence (IPV) during pregnancy and its association with demographics and reproductive, sexual and mental health factors among public health care users in São Paulo, Brazil; b) To identify individual and contextual vulnerability to VPI during pregnancy. Methodology: a) interview with 1922 users, aged from 15 to 49, of 14 public health services; b) 3 focal groups with pregnant women c) 4 interviews with women abused during pregnancy. Results: 20% (IC95% 18,2 a 21,8) reported IPV during pregnancy. Multiple logistic regression indicated that several factors are associated with VPI during pregnancy. Women who referred IPV during pregnancy were significantly more likely to have severe and frequent pattern of IPV during their lives. This event is related to unsafe family context, unintended pregnancy, changes on women body and libido. Conclusion: High prevalence rates for IPV during pregnancy points out that this issue should be regarded as a major public health problem
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Verificação da presença de incompetência cronotrópica em pacientes com fibromialgia / Verification of the presence of autonomic impairment and chronotropic incompetence in patients with fibromyalgiaRoberta Potenza da Cunha Ribeiro 17 April 2013 (has links)
Os objetivos deste projeto foram avaliar o comportamento da modulação autonômica cardíaca em resposta ao exercício e logo após o mesmo e verificar a prevalência de insuficiência cronotrópica (IC) na coorte de pacientes com fibromialgia. Métodos: Quatorze mulheres com FM [idade 46 ± 3 anos; índice de massa corpórea (IMC) 26,6 ± 1,4 kg/ m2] e quatorze indivíduos saudáveis (controle) pareados por gênero, IMC (25,4 ± 1,3 kg/m2) e idade (41 ± 4 anos) fizeram parte desse estudo de corte transversal. As participantes foram submetidas a um teste ergoespirométrico em esteira onde foram avaliados o comportamento da frequência cardíaca (FC) durante o teste e logo após o término do mesmo. A reserva cronotrópica (RC) e a FC de recuperação no primeiro (deltaFCR1) e segundo (deltaFCR2) minutos após o teste foram calculadas para verificar a presença de disautonomia e de IC. Resultado: Pacientes com FM apresentaram menor consumo de oxigênio máximo (VO2max) quando comparadas com os sujeitos saudáveis (22 ± 1 versus controle: 32 ± 2 ml/kg/minuto, respectivamente, P < 0,001). Adicionalmente, as pacientes com FM apresentaram menor reserva cronotrópica (72,5 ± 5% versus controle: 106,1 ± 6%, P < 0,001), deltaFCR1 ( 24,5 ± 3bpm versus controle: 32,6 ± 2bpm, P = 0,059) e deltaFRC2 (34,3 ± 4bpm versus controle: 50,8 ± 3bpm, P = 0,002) do que seus pares saudáveis. A prevalência de IC foi de 57,1% entre as pacientes com FM. Conclusões: Pacientes com FM apresentaram disautonomia tanto durante o exercício quanto na recuperação do mesmo, e ainda, essa coorte de pacientes apresentou uma alta prevalência de IC. / We aimed to gather knowledge on the cardiac autonomic modulation in patients with fibromyalgia (FM) in response to exercise and to investigate whether this population suffers from chronotropic incompetence (CI). Methods: Fourteen women with FM (age: 46 ± 3 years; body mass index (BMI): 26.6 ± 1.4 kg/m2) and 14 gender-, BMI- (25.4 ± 1.3 kg/m2), and agematched (age: 41 ± 4 years) healthy individuals (CTRL) took part in this crosssectional study. A treadmill cardiorespiratory test was performed and heart-rate (HR) response during exercise was evaluated by the chronotropic reserve. HR recovery (deltaHRR) was defined as the difference between HR at peak exercise and at both first (deltaHRR1) and second (deltaHRR2) minutes after the exercise test. Results: FM patients presented lower maximal oxygen consumption (VO2 max) when compared with healthy subjects (22 ± 1 versus CTRL: 32 ± 2 mL/kg/minute, respectively; P < 0.001). Additionally, FM patients presented lower chronotropic reserve (72.5 ± 5%versus CTRL: 106.1 ± 6%, P < 0.001), deltaHRR1 (24.5 ± 3hpm versus CTRL: 32.6 ± 2hpm, P = 0.059) and deltaHRR2 (34.3 ± 4hpm versus CTRL: 50.8 ± 3hpm, P = 0.002) than their healthy peers. The prevalence of CI was 57.1% among patients with FM. Conclusions: Patients with FM who undertook a graded exercise test may present CI and delayed HR recovery, both being indicative of cardiac autonomic impairment and higher risk of cardiovascular events and mortality.
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Síndrome metabólica e perfil de adipocitocinas séricas em pacientes adultas jovens com dermatomiosite / Metabolic syndrome and serum adipocytokine features in young adult patients with dermatomyositisMarilda Guimarães Silva 03 May 2016 (has links)
Objetivo. Analisar a frequência de síndrome metabólica em pacientes adultas jovens com dermatomiosite (DM) e a possível associação de síndrome metabólica com as características clínicas e laboratoriais da DM. Posteriormente, analisar os níveis séricos das adipocitocinas em pacientes com DM. Métodos. O presente estudo unicentro e transversal incluiu 35 pacientes com DM, de acordo com os critérios de Bohan e Peter, pareadas por idade e índice de massa corpórea com 48 controles saudáveis. A atividade da doença foi baseada nos parâmetros estabelecidos pelo International Myositis Assessment and Clinical Studies Groups (IMACS). A síndrome metabólica foi definida de acordo com critérios preconizados por Joint Interim Statement de 2009. Resultados. A média de idade foi comparável entre DM e o grupo controle (respectivamente, 33,2 ± 6,5 e 33,3 ± 7,6 anos), com duração média da doença de um ano. Quando comparadas aos indivíduos do grupo controle, as pacientes com DM tinham alta prevalência de síndrome metabólica (34,3 vs. 6,3%; P = 0,001), assim como altos níveis séricos de adiponectina e resistina, em contraste com baixos níveis de leptina. Estas adipocitocinas se correlacionavam com vários parâmetros da dislipidemia em pacientes com DM. Além disto, os casos de DM com síndrome metabólica (N = 12) apresentaram maior faixa etária (36,7 ± 5,6 vs. 31,5 ± 8,0 anos; P = 0,035) e maior atividade da doença do que os casos sem síndrome metabólica (N = 23). Entretanto, a distribuição de adipocitocinas foi similar entre os grupos. Conclusão. Quando comparadas ao grupo controle, as pacientes adultas jovens com DM apresentam maior prevalência de síndrome metabólica e maiores níveis séricos de adiponectina e resistina, em contraste com menores níveis séricos de leptina. Entre as pacientes, a síndrome metabólica correlacionou-se positivamente com a maior faixa etária e com a atividade da doença / Objective. To analyze the frequency of metabolic syndrome in young adult female dermatomyositis (DM) patients and to evaluate the possible association of metabolic syndrome with DM-related clinical and laboratory features. Secondarily, to analyze the serum adipocytokine levels in DM patients. Methods. The present cross-sectional single-center study included 35 DM patients according to the criteria of Bohan and Peter, who were age-, body mass index-matched to 48 healthy controls. The disease activity was based on parameter established by the International Myositis Assessment and Clinical Studies Groups (IMACS). Metabolic syndrome was diagnosed according to the criteria established 2009 Join Interim Statement. Results. The median age was comparable in both the DM and control groups (33.2 ± 6.5 and 33.3 ± 7.6 years, respectively), with median disease duration of 1 year. When compared to healthy control group, the DM patients had a higher prevalence of metabolic syndrome (34.3 vs. 6.3%; P = 0.001), as well high serum adiponectin and resistin levels, in contrast to low serum leptin levels. These adipocytokines correlated with various dyslipidemia parameters in DM patients. Additionally, DM cases with metabolic syndrome (N = 12) were older (36.7 ± 5.6 vs. 31.5 ± 8.0 years; P = 0.035) and have more disease activity index than cases without metabolic syndrome (N = 23). Nevertheless, adipocytokines distribution was similar in both groups. Conclusion. Compared to control group, Adult young female patients with DM show higher metabolic syndrome prevalence and a higher serum adiponectin and resistin levels, in contrast to lower serum leptin levels. Among the patients, the metabolic syndrome correlates positively with older age and with disease activity
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