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Sobre saberes e verdades: as discursividades científica e feiticeira no livro-enunciado de Carlos Castaneda / À propos de connaissances et vérités: les discours scientifique et sorcière dans le livre de Carlos Castaneda

Paula, Carine Fonseca Caetano de 23 September 2014 (has links)
Submitted by Marlene Santos (marlene.bc.ufg@gmail.com) on 2014-12-18T20:47:37Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Carine Fonseca Caetano de Paula - 2014.pdf: 1512217 bytes, checksum: 2ebde6b8c13714fbc598396b1183cbe4 (MD5) license_rdf: 21686 bytes, checksum: f60c8e7b7ea9f3ba141b21b00747aece (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2014-12-22T11:11:42Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Carine Fonseca Caetano de Paula - 2014.pdf: 1512217 bytes, checksum: 2ebde6b8c13714fbc598396b1183cbe4 (MD5) license_rdf: 21686 bytes, checksum: f60c8e7b7ea9f3ba141b21b00747aece (MD5) / Made available in DSpace on 2014-12-22T11:11:42Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Carine Fonseca Caetano de Paula - 2014.pdf: 1512217 bytes, checksum: 2ebde6b8c13714fbc598396b1183cbe4 (MD5) license_rdf: 21686 bytes, checksum: f60c8e7b7ea9f3ba141b21b00747aece (MD5) Previous issue date: 2014-09-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Cette recherche théorique vise a analyser la relation entre le savoir et les vérités dans le livre Le Herbe du Diable de Carlos Castañeda, le résultat du travail ethnographique fait par l'auteur en 1960, chercheur dans le domaine de l'anthropologie sociale, quand Il devient apprenti assistant en faisant le recherche sur le système de cognition des chamans de l'ancien Mexique. A cet effet, ce travail s'inscrit dans le domaine de l'analyse du discours et son orientation méthodologique est de penser historiquement avec Michel Foucault et mettre l'accent essentiellement archéologique de l'analyse du discursive. En suivez le parcours de cette problématisation, est aussi de penser le savoir de la science et de la sorcellerie tandis que matérialité discursive présente dans l'objet de l'analyse, ainsi que leur volonté de vérité dans les jeux de légitimation et de validation sociale demande aussi de parcourrir d'autres voies de compréhension. Un moyen de investigation, même sans approfondir, a été les particularités théoriques et épistémologiques du champs de l´AD, comprendre les moyens par lesquels la pensée de Foucault conclut ce domaine, en particulier, de l'archéologie comme méthode critique de l'analyse de les discursivités. En pensant avec Foucault, une autre façon de réfléchir le récit ethnographique, publié comme un livre, c´est de lui penser comme l´événement discursif et le caractériser comme une déclaration de livre-énonciatif transgresseur, une analyse discursive des conditions historiques de son émergence, l'exercice de son énonciation et les effets de ce qui signifie, et penser comme la fonction de leur mouvement et l'appropriation sociale ont étés générés. Ces parcours parallèles a les problématiques, ont étés importants pour situer le domaine de l´AD dans une perspective critique et donc pour effetuer d´autres opérations discursives, la critique et la déconstruction de la volonté de vérité que le discours scientifique impose à d'autres domaines de la pensé dans les relations du pouvoir qui accompagnent également les savoirs. / A presente pesquisa teórica tem como objetivo principal problematizar a relação entre saberes e verdades no livro A Erva do Diabo de Carlos Castañeda, resultado do trabalho etnográfico desenvolvido pelo autor nos anos de 1960, quando era pesquisador do campo da Antropologia Social e tornou-se aprendiz de feiticeiro, ao pesquisar o sistema de cognição dos xamãs do México antigo. Para tal objetivo, esta dissertação inscreve-se no campo da Análise dos Discursos e tem como orientação metodológica o pensar historicamente “com” Michel Foucault, numa ênfase basicamente arqueológica de análise. Seguir o percurso desta problematização entre os saberes da ciência e da feitiçaria presentes enquanto materialidades discursivas no objeto da análise, bem como suas vontades de verdade nos jogos de validação e legitimação sociais, requereu percorrer também outros trajetos de compreensão. Um deles foi investigar, ainda que sem aprofundamentos, as especificidades teórico-epistemológicas do campo da AD e compreender por quais caminhos o pensamento de Foucault adentra este campo, em especial, a partir da arqueologia como método crítico de análise das discursividades. No pensar “com” Foucault, outro caminho foi conferir ao relato etnográfico publicado como livro um caráter de acontecimento histórico e discursivo e caracterizá-lo como um livro-enunciado transgressor, podendo assim efetuar uma análise propriamente discursiva das condições históricas de seu surgimento, do exercício de sua função enunciativa e dos efeitos de sentido produzidos por sua circulação e apropriação sociais. Esses percursos paralelos à problematização principal foram importantes para situar o campo da AD numa perspectiva crítica de análise e assim efetuar, dentre outras operações discursivas, a crítica e a desconstrução da vontade de verdade que o discurso científico impõe a outros domínios de saber, nas relações de poder que também acompanham os saberes
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A transgressão no evangelho de Saramago: um efeito discursivo / La Transgression dans l Evangelho de Saramago: un effet discoursif.

SILVA JUNIOR, Wilton Divino da 18 December 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-29T16:19:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 WILTON DIVINO DA SILVA JUNIOR.pdf: 893771 bytes, checksum: b263c2cff3d2f94904d3d82ab27ce220 (MD5) Previous issue date: 2009-12-18 / La thématique religieuse est discutée actuellement dans de nombreux domaines discoursifs tels que le médiatique, le littéraire, le scientifique et le cinématographique. Cette discution présente, dans sa majorité, un caractère polemique, étant donné qu‟elle produit des trangressions, à la mesure où de nouvelles lectures et interprétations de la norme religieuse commencent à circuler socialement. Devant le jeu discoursif trangresseur de reprises et de reacclimatations, nous cherchons, tout au long de cette étude, à décrire la transgression comme un effet discoursif à partir des mécanismes qui lui permettent de fonctionner, car nous comprenons que la transgression dans le discours religieux chrétien-catholique (qui est instauré à partir du langage littéraire) constitue un effet discoursif, caracterisé par la rupture relative, à considérer que l‟effet de transgression ne produit pas une inversion des sens, mais un investissement dans l‟ordre discoursif institutionalisé. Nous utilisons, donc, comme référence théorique-métodologique l‟Analyse du Discours de ligne française et de perspective foucautienne. Alors, dans cette recherche, nous proposons une discution sur la notion de Vérité, aussi bien qu‟une discution autour des mécanismes de contrôle discursif présentés dans la classe inaugurale de Michel Foucault dans le Collège de France L Ordre du discours (2006) [1970]. Toute la discution est proposée à partir du livre O Evangelho segundo Jesus Cristo (1999) [1991], de l‟écrivain portugais José Saramago qui a suscité les plus diverses réactions à travers les pays où il a été publié. La plupart de ces réactions ont été des critiques polemiques et méprisantes. Nous essayons de comprendre le fonctionnement de la trangression comme un effet discoursif, à partir d‟une analyse des réactions critiques à l‟oeuvre et à l‟écrivain, aussi bien qu‟à partir des rapports interdiscoursifs constitutifs de l‟Evangelho de Saramago et du mouvement de tranformation des rapports de pouvoir entre Dieu et l‟humanité dans des épisodes de l‟Ancien et du Nouveau Testaments. / A temática religiosa é debatida atualmente em diversos campos discursivos como o midiático, o literário, o científico e o cinematográfico. Esta discussão apresenta, em sua grande maioria, um caráter polêmico, posto que produz transgressões, na medida em que novas leituras e interpretações da norma religiosa passam a circular socialmente. Diante do jogo discursivo transgressor de retomadas e reaclimatações, procuramos, ao longo deste estudo, descrever a transgressão como efeito discursivo a partir dos mecanismos que lhe possibilitam o funcionamento, pois entendemos que a transgressão no discurso religioso cristão-católico que se processa a partir da linguagem literária constitui um efeito discursivo, caracterizado por uma ruptura relativa, tendo em vista que o efeito de transgressão não produz uma inversão dos sentidos, outrossim produz um investimento sobre a ordem discursiva institucionalizada. Para tanto, utilizamos como referencial teórico-metodológico a Análise do Discurso de linha francesa e de perspectiva foucaultiana. Portanto, nesta pesquisa propomos uma discussão acerca da noção de Verdade, assim como em torno dos mecanismos de controle discursivo apresentados na aula inaugural de Michel Foucault no Collége de France A Ordem do Discurso (2006) [1970]. Toda a discussão é proposta a partir da obra O Evangelho segundo Jesus Cristo (1999) [1991], do autor português José Saramago, que provocou as mais diversas reações por todos os países em que foi publicada, sendo a maioria delas reações críticas desdenhosas e polêmicas. Procuramos compreender o funcionamento da transgressão como efeito discursivo, a partir de uma análise das reações críticas à obra e ao autor, bem como das relações interdiscursivas constitutivas do Evangelho de Saramago, assim como do movimento de transformação das relações de poder entre Deus e a humanidade em episódios do Antigo e Novo Testamentos.
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L'après-violence : (ré)conciliations (im)possibles ? / After violence : (re)conciliation (im)possible ?

Colombani, Anouk 28 March 2017 (has links)
Plus d'une cinquantaine de processus de réconciliation nationale ont vu le jour depuis la fin des années 80, pourtant la réponse reste incertaine, est-il possible de se réconcilier ? Il semblerait que les violences extrêmes qui ont émergé durant le XXe siècle aient créé un paradoxe insoluble : d'un côté, il faut se réconcilier pour éviter de nouveaux massacres (la violence n'entraîne-t-elle pas la violence?), de l'autre, il n'a jamais paru aussi incongru d'en appeler à se réconcilier. Qui a le droit d'intimer l'ordre à un survivant de génocide d'accepter la réconciliation ? La thèse fait l'hypothèse que la réconciliation n'en est jamais vraiment une à cause de l'incapacité de la pensée libérale à penser la violence et plus largement de la difficulté des sciences humaines et sociales à faire face à la violence. Il s'agit dès lors de comprendre le roman scientifique que racontent la philosophie libérale et la justice transitionnelle, puis de réfléchir à une philosophie du concret et du détail, qui se rapprocherait de l'histoire et de l'anthropologie afin de saisir au vif ce que nous appelons, sans vraiment nous y intéresser, violence. / More than fifty thousand processes of national reconciliation have been organised since the end of the eighties. Yet the outcome is still uncertain: is reconciliation possible? The instances of extreme violence which emerged in the twentieth century seem to have created an insoluble paradox. On the one hand, we must accept reconciliation to avoid new massacres. (Doesn't violence generate more violence?) On the other, it seems more incongruous than ever to call for reconciliation. Who has the right to order a victim of genocide to agree to r conciliation? The underlying assumption in this work is that reconciliation never really works because liberal theory cannot conceive of violence, and, more generally, social sciences are unable to deal with violence. As a result, we have to understand the scientific storytelling produced by liberal philosophy and transitional justice. We can then oppose the storytelling to a "philosophy of the concrete" and a philosophy of detail, which draw on anthropology and history in order to grasp what we almost incidentally call violence.
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La vraisemblance en matière pénale

Le Drevo, Delphine 30 June 2017 (has links)
Si la manifestation de la vérité apparaît comme l’un des objectifs centraux du procès pénal, confronté à l’obstacle du doute, le droit doit bien souvent se contenter de vraisemblance. Pressés par les nécessités d’agir et de décider, les acteurs de la justice pénale ne pourront pas toujours attendre d’être absolument certains de leur opinion. Afin d’éviter l’écueil de l’immobilisme - qui serait préjudiciable à l’intérêt de la société - ou celui de la précipitation – qui serait préjudiciable à l’intérêt de l’individu -, le droit pénal organise une réaction fondée sur une réalité vraisemblable. La vraisemblance contribue ainsi à la réalisation prudente et efficace du droit pénal. Il faut alors admettre que si la vraisemblance n’est pas une notion spécifiquement juridique, il n’en demeure pas moins que le droit lui reconnaît des effets. L’ambition de cette étude est de démontrer que la vraisemblance innerve l’ensemble de la matière pénale et permet d’y introduire les garanties suffisantes d’objectivité dont elle a besoin, car seule l’existence hautement probable d’une réalité infractionnelle permet de forger le seuil de vraisemblance à partir duquel ce standard va pouvoir produire des effets de droit. Il est alors question d’identifier ces effets de droit, d’en démontrer les ressorts et de déterminer les possibilités de surpassement du doute qu’offre cette notion / If the manifestation of truth appears as one of the central objectives of the criminal trial, confronted with the obstacle of doubt, the law must often be satisfied with verisimilitude. Pressed by the necessity to act and decide, the actors of the criminal justice system can not always wait to be absolutely certain of their opinion. In order to avoid the pitfall of immobilism - which would be prejudicial to the interests of society - or that of precipitation - which would be detrimental to the interest of the individual - the criminal law organizes a reaction based on a plausible reality. The likelihood thus contributes to the prudent and effective realization of criminal law. It must be recognized, then, that while verisimilitude is not a legal concept, the fact remains that the law recognizes its effects. The ambition of this study is to demonstrate that the likelihood serves as a basis for the whole of penal matters and allows the necessary guarantees of objectivity to be introduced, since only a certain degree of conviction allows for the threshold of Likelihood that this standard will produce legal effects. It is then a question of identifying these legal effects, of demonstrating the springs and of determining the possibilities of overcoming the doubt that this notion offers. Likelihood is indeed a formidable tool for overcoming doubt, to which the law assigns two predominant roles : an operative role in the first place, by authorizing the investigating and investigating authorities to act in spite of their doubts. A probative role then, to the extent that the existence of certain facts presents such a likelihood that they benefit from a presumption of truth
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L'expertise dans les procédures contentieuses interétatiques / The use of experts in interstate litigation

Tribolo, Julie 28 March 2017 (has links)
Le traitement des questions scientifiques est aujourd'hui un enjeu majeur pour les acteurs du contentieux interétatique : au-delà de son coût, il s'avère souvent décisif lorsqu'il s'agit pour les états de défendre leurs intérêts et pour le juge international de promouvoir la légitimité et la pérennité de son institution. La science est en effet considérée comme un gage d'objectivité, un outil capable de dire "le vrai" qui s'avère d'autant plus précieux pour les acteurs du contentieux interétatique que l'ordre juridique international est décentralisé. Pourtant, l'on ne peut manquer de constater le profond désenchantement suscité par la science au cours des dernières décennies : outre l'allongement souvent indu des délais, la multiplication des batailles d'experts dans le prétoire a fait naître un sentiment de méfiance grandissant à l'égard de la preuve scientifique, un doute quant à la part de vérité intrinsèque qu'elle est supposée pouvoir revendiquer. Pour déstabilisante qu'elle puisse être au regard de l'enjeu particulier du maintien de la paix, cette constatation ne doit néanmoins pas conduire à dénier à la science sa place et sa pertinence dans le cadre du règlement des différends interétatiques. La présente étude montrera ainsi que, dépouillé de toute prétention particulière à la vérité, l'expertise est susceptible de s'illustrer (et s'illustre parfois déjà) comme un outil utile et productif dans le cadre du règlement juridictionnel des différends entre états ; au-delà, l'on montrera encore que, dans certaines circonstances, l'expert possède même le pouvoir d'apaiser et de rapprocher les parties, favorisant ainsi l'émergence d'un règlement amiable entre elles / Dealing with scientific issues is nowadays a major concern in inter-state disputes : beyond the question of costs, these issues are often decisive for states in succeeding to defend their case and they are no less critical for international tribunals when it comes to promote their legitimacy and ultimately, their survival. Science is indeed perceived as possessing extraordinary qualities for the pursuit of the truth (in the widest sense of this word) and for this reason, it has traditionally been considered a very powerful and precious instrument, mostly in the international legal order which is naturally decentralized. Nevertheless, one cannot but notice the disenchantment science has given rise to over the last decades : the multiplication of expert battles in court has frequently induced an undesirable loss of time as well as a growing feeling of mistrust, both the litigants and the international judiciary finally doubting the power of science for ascertaining the real truth. However destabilizing this reality may be in the particular context of the maintenance of the peace, this study is dedicated to show that science is definitely relevant in the settling of inter-state disputes. Most often deprived nowadays of their alleged (and misleading) capacities for perfect objectivity and the search for truth, experts will be shown to be paradoxically useful and productive actors in the course of international judicial settlement ; moreover, they will be shown to possess, under certain circumstances, a real power for relieving pressure and promoting appeasement between the litigants, thus making it easier for them to reach an amicable settlement of their conflict
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« Par bel mentir » : Mensonges et vérités ambiguës en amour dans les récits courtois des XIIe et XIIIe siècles / « Par bel mentir » : lies and Ambiguous Truths in the Field of Love in XIIth and XIIIth centuries Courtly Narratives

Grodet, Mathilde 08 December 2012 (has links)
La société médiévale accorde une importance particulière à la vérité. La foi en un Dieu omniscient dont le Verbe est vérité garantit cette attitude : pensées et paroles se doivent d’être cohérentes et dénuées de fausseté. Les situations mensongères, nombreuses dans les récits courtois, vont à l’encontre de cette exigence morale. Elles remettent en cause le monde idéal et volontiers manichéen de la littérature courtoise, brouillant les oppositions nettes entre dissimulation et révélation, hypocrisie et sincérité. La dimension généralement discursive du mensonge interroge le travail de l’auteur à une époque où la littérature romane prend conscience de ses enjeux. La question du langage et de son adéquation à la vérité est notamment au cœur des préoccupations. Le statut de la fiction, plus problématique encore, entraîne par ailleurs une tension entre la revendication constante de l’authenticité du récit et la fictionnalisation de la figure de l’auteur, moins poète que conteur. / In Medieval society the truth was held in the highest esteem. The belief in an omniscient God whose Word is truth guarantees this conviction: thoughts and speeches must be coherent and free of falsehood. The deceptive situations, abundant in courtly narratives are a direct contradiction of this moral call. They challenge the ideal and gladly Manichean world of courtly literature, blurring the clear oppositions between dissimulation and revelation, hypocrisy and sincerity. The usually discursive aspect of lie questions the author’s work in a period where the Romanic literature becomes aware of its stakes. The matter of language and its adequacy with truth is a fundamental concern. Furthermore, the status of fiction, even more troublesome, gives way to a constant tension between the authenticity of the narrative and the fictionalisation of the author figure, appearing less a poet and more a storyteller.
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Innocence et vérité dans le procès pénal français et anglo-saxon / The search for the truth in french and anglo-saxon criminal proceedings

Inchauspé, Dominique 07 September 2016 (has links)
Le véritable enseignement de la présente étude réside en ce que, comme déjà évoqué, le poids de l’appareil judiciaire finit par acquérir plus de consistance que le crime lui-même. A « l’aventure criminelle », c’est-à-dire celle, tragique, des faits à réprimer, se substitue « l’aventure judiciaire », celle de la marche de la justice en vue de parvenir au jugement des faits. Qu’il s’agisse du procès pénal français ou anglo-saxon, l’étude démontre que les règles applicables sont d’une telle complexité qu’elles génèrent une logique judiciaire spécifique et presque détachée des faits à traiter. Les praticiens sont souvent surpris du contraste entre les faits à juger, dont les mobiles et les circonstances sont toujours simples, et la solution judiciaire plus et/ou trop élaborée.L’étude démontre encore le caractère immuable et presque immobile de la justice pénale. Qu’il s’agisse de la France ou des pays anglo-saxons, les fondamentaux des deux systèmes judiciaires en concurrence –procédure inquisitoire ou procédure accusatoire- sont les mêmes depuis le Moyen Âge. Certes, des réformes interviennent, le poids du contradictoire s’accroit, les procédures de recours sont organisées, etc. Mais il s’agit toujours en France de faire faire une enquête approfondie avant procès par un organe d’état et, dans les pays anglo-saxons, de voir s’affronter deux thèses avec un avantage pratique à l’accusation.C’est que, comme le démontre aussi l’étude, la philosophie sociale de chacun des deux mondes français et anglo-saxon est différente sur le statut du suspect : objet d’une recherche de la vérité en France et presque coupable chez les Anglo-Saxons.Cette philosophie sociale en recoupe une autre : la philosophie politique. En France, l’individu est assisté car l’Etat est plus grand que lui ; dans les pays anglo-saxons, l’individu est un homme libre et seul responsable de son destin. Dès lors, en France, l’Etat veut forger sa propre opinion sur des faits délictueux ; dans les pays anglo-saxons, l’affrontement des individus (parquetiers et défenseurs) prime le reste. De plus, dans ces pays, la liberté et l’indépendance reconnues à l’individu le rendent davantage responsable de ses faits et gestes, d’où l’importance démesurée accordée à l’aveu. Pour autant, cette philosophie politique d’un citoyen libre et fort est un extraordinaire levier pour l’Histoire de la Liberté et celle aussi de l’Expansion économique. Sans elle, les pays européens du continent n’auraient sans doute pas pu se soustraire à la botte de conquérants. Sans elle, les Etats-Unis ne seraient pas une locomotive du développement.Il ne faudrait pas croire non plus que le monde anglo-saxon n’a fait que peu d’apports positifs au procès pénal. C’est à la loi britannique sur l’Habeas corpus de 1679 que l’on doit l’idée d’un délai raisonnable pour être jugé et, à défaut, le droit à être remis en liberté. C’est encore aux Britanniques que l’on doit l’idée de droits de la défense recensés en tant que tels, d’abord dans certains articles de la Magna Carta de 1212 puis dans le Bill of Rights de 1689. C’est aux Américains que l’on doit l’idée de sacraliser les droits de la défense en leur donnant un contenu constitutionnel par les amendements à la Constitution de 1787, ajoutés à partir de 1789, une idée qui sera reprise bien plus tard dans la Convention Européenne des Droits de l’Homme et des libertés fondamentales.L’étude montre donc que les pays anglo-saxons réputés pragmatiques ont plutôt fait des contributions de principe, sans mesurer que les applications pratiques qu’ils en tirent dénaturent le procès pénal. L’étude montre aussi que la France, réputée pour ses approches dogmatiques et rationnelles mais d’une raison déconnectée des réalités, a une vision bien plus juste du procès pénal.L’étude a enfin montré que, dans le domaine de la justice pénale, les mondes français et anglo-saxons s’ignorent. / This study shows that the criminal process finally acquires more consistency than the crime itself. The “criminal adventure”, namely the tragical story of the crime itself, turns into “the judicial adventure”, namely the path of justice towards the final decision (conviction or dismissal). Whether it deals with the French or with the Anglo-Saxon models, the legal rules are so complicated that they create a judicial logic which is specific and clipped from the facts of the case. In comparison, the motives and the circumstances of a crime are always simple. Accordingly, the judicial issue appears to be more (and often too much) elaborated than the crime itself.The study also shows the unchanging character of the criminal justice. Whether it is in France or in the Anglo-Saxon countries, the fundamentals of the two justices which are concurrent – inquisitorial model and adversary one- are the same that in the Middle Age. Of course, some reforms happened. The importance of the rule of the contradictory increases, etc. However, the main concern of the French justice still deals with a pretrial investigation which is very thoroughly conducted by a state agency. The Anglo-Saxon model always lies in the confrontation of two thesis with a practical advantage given to the prosecution. These different approaches by the two justices are attributable to a different social philosophy. The status of the suspected person greatly differs whether he is prosecuted in France or in the Anglo-Saxon countries: in France, this status is a matter of the search for the truth; in the Anglo-Saxon countries, this status is in practice that of an almost guilty one, even if his guilt must be proved beyond a reasonable doubt.This social and/or ethic philosophy recuts another one: the political philosophy. In France, the individual is assisted since the State is deemed to be “stronger” than him; in the Anglo-Saxon countries, the individual is a free man; accordingly, he is solely responsible for his acts. Therefore, in France, the State wants to fix up its own opinion about the crime; in the Anglo-Saxon countries, the confrontation of the prosecution and the lawyer outdoes all the rest, in particular the truth. Moreover, in these countries, according to the freedom and the independence of the individual, an undue importance is given to confessions.However, the Anglo-Saxon political philosophy is an extraordinary lever for the history and the liberty and also for the economic expansion. Without it, the continental countries would not have been able to be freed from the conquerors of the two world wars and the cold war. Without it, the US would not be a forefront of the progress.We do not consider that the Anglo-Saxon world made few positive contributions to the criminal proceedings. Indeed, this is the famous English Habeas Corpus Act of 1679 which created the idea of a reasonable time to be tried in court and, if not, to be released from prison. From the English comes the idea of an explicit list of rights of the defence, in particular in some articles in the Magna Carta of 1212 and then officially included in the Bill of Rights of 1689. From the Americans comes the idea of making the rights of defence sacred through the amendments of the constitution. We remember that this idea arrived late in Europe with the ECHR.Therefore, the study shows that the Anglo-Saxons countries which benefit from a reputation of pragmatism have rather acted as theoreticians of criminal law. They have provided the world of criminal justice mainly with contributions close to symbols. They have underestimated the consequences of these symbols in the practice of the criminal proceedings. The study shows also that the French, who are often known for their dogmatic approach of problems, have a better understanding of the criminal proceedings.The study shows especially that the Anglo-Saxon world of criminal justice and the French one totally ignore each other.
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De la justice à la fiction : Gianrico Carofiglio et le roman judiciaire / From justice to flctlon : Gianrico Carofiglio and the legal thriller

Faustino, Pauline 26 June 2017 (has links)
L'entrée de Gianrico Carofiglio sur la scène littéraire, en 2002, a permis l'affirmation d'un genre qui, jusque-là, semblait l'apanage de la production américaine. Le roman de procédure italien, écrit par des juristes et offrant une représentation réaliste de l'univers judiciaire, est en plein essor en Italie et rencontre un lectorat important. Cette thèse tente d'en dégager les spécificités et d'en expliquer le succès au travers de l'analyse des cinq romans centrés sur le personnage de ''l'avvocato Guerrieri" . / The entry of Gianrico Carofiglio on the literary scene in 2002 allowed the affirmation of a genre that until then seemed the preserve of the American production. The ltalian legal thriller, written by jurists and offering a realistic representation of the judiciary, is growing in Italy and meets an important readershp. This thesis attempts to identify its specificities and explain its success through the analysis of the five novels centered on the character of the avvocato Guerrieri.
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Blowing the Whistle : Narratives and Frames of Truth-Telling / The Cultural life of Whistleblowing

Agostoni Egede, Carlo 01 February 2018 (has links)
Cette thèse explore le phénomène de whistleblowing et comment il a été encadré, principalement du point de vue anglo-saxon, à travers des lectures proches de récits culturels et une vue critique sur l'érudition existante sur whistleblowing. À travers des lectures rapprochées d'une sélection de cas, la poursuite, l'importance et l'impact de la vérité apparaîtront comme le thème central dans les récits culturelles explorées, mais aussi les moments où la vérité est rendu impuissante, en raison de sa nature coercitive comme factualité. L'impuissance de la vérité vécue par les lanceurs d'alerte ("les whistleblowers") est ce qui relie d'autre part les récits culturels à l'art tragique. Les diseurs de vérité ne sont pas reconnus, et ils entrent dans un conflit tragique parce qu'elles révèlent des vérités qui ne sont pas pratiques pour les gens au pouvoir. En d'autres termes, les whistleblowers, en disant la vérité, cherchent à élargir l'espace épistémique dans la sphère publique et à tenir les gens et le pouvoir responsables. Cependant, ils sont continuellement négativement encadrés avec des métaphores conceptuelles qui obstruent la perception d'eux en tant que conteurs de la vérité. / This dissertation posits that whistleblowing is factual truth-telling, or truthful public denunciation. In scholarship, media, and in the popular perception of whistleblowing, the truth-claim is often overlooked, and in many occasions hampered by the dominant ways it is framed (e.g. as leak, which is explored among other frames as a problematic conceptual metaphor). Interestingly, the representation of the whistleblower is different in cultural narratives. Through close readings of a selection of cases, the pursuit, importance, and impact of truth will appear as the central theme in the explored plots, but also the moments where truth becomes impotent, due to its coercive nature as factuality - a process that furthermore connects whistleblowing with the idea of the tragic. Put differently, the special literary interest of narratives of whistleblowing is to turn ignorance into knowledge, knowledge into telling, and how the unraveling of truth becomes a reversal of fortune for the truth-teller who enters a particular tragic conflict. As frame, as narrative, and as a modern phenomenon of truthful public denunciation, whistleblowing offers particular moments of truth, often about moments of falsehood, and ultimately seeks to be a moment of impetus: for the public to restore justice, and for readerships and audience of narrative and dramatic configurations to choose or to distance themselves from multiple proposals of justice emplotted - not only ethical justice, but also epistemic, hermeneutical, and testimonial justice. In other words, whistleblowers, by telling the truth, seek to expand the epistemic space in the public sphere and hold people and power accountable.
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L'image de Galilée dans le développement de la philosophie des sciences en France entre 1850 et 1950 : l'exemple de Paul Tannery, de Pierre Duhem et d'Alexandre Koyré / Non communiqué

Gueye, Khalifa 21 June 2010 (has links)
Le mérite et la gloire de Galilée sont largement reconnus par ses commentateurs. La grande majorité des historiens lui octroie la paternité de la science moderne. Mais les lieux communs s’arrêtent à ces considérations. Tout se passe comme si le physicien florentin refusait tout enfermement méthodologique préférant prendre la couleur idéologique de ses exégètes. Il constitue un sujet de premier ordre en philosophie des sciences. Le développement de cette dernière, conçue comme discipline à part entière au début du XXe Siècle, s’est accompagnée en France d’une réflexion accrue sur lascience moderne et la philosophie qui la sous-tend. La glorification rationaliste des Lumières et du positivisme avait fait de Galilée le héros qui a permis de mettre la mécanique classique en lieu et place de l’ancienne physique aristotélicienne. Il était considéré par Comte comme l’inventeur de la Science. Au début du XXe S., le temps des révisions était venu. L’empirisme des Lumières et les faits généraux d’Auguste Comte laissent place à une conception aprioriste de la physique moderne défendue par Paul Tannery. La philosophie des sciences en France telle que nous la connaissons estnée avec les travaux de Tannery et de Gaston Milhaud. Si l’image de Galilée dans la pensée de Tannery est très proche de la perception d’Alexandre Koyré de la science moderne, Pierre Duhem, lui, se met en désaccord avec ses deux compatriotes en défendant l’idée d’une continuité entre la science médiévale et la science classique. / Galileo’s merit and fame are largely acknowledged by his commentators. The majority of philosophers refer to him as the father of modern science. But commonplaces stop with these considerations. Everything takes place as if the Florentine physicist refused any methodological imprisonment and did not mind taking the ideological color of his interpreters. His work constitutes a first-rate subject in philosophy of science. The development of the latter as a full-fledged discipline at the beginning of the 20th Century was accompanied in France with an intense reflection on modern science and the philosophy which underlies it. The rationalistic glorification of the Enlightenment and positivism had made Galileo the hero who allowed classical mechanics to replace astrological physics. He was considered by Comte to be the creator of Science. At the beginning of 20th Century it was time for a reevaluation. The empiricism of the Enlightenment and the general facts of Auguste Comte yielded to an aprioristic comprehension of modern physics defended by Paul Tannery. Philosophy of science as it is practiced today in France was shaped by the endeavours of Tannery and Gaston Milhaud. If the image of Galileo in Tannery closely resembles that found in Alexandre Koyré, Pierre Duhem, who defended the idea of a continuity between Medieval Science and Classic Science, stands apart.

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