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Águas da pedagogia da implicação : intercessões da educação para políticas públicas de saúdeFagundes, Sandra Maria Sales January 2006 (has links)
Esta dissertação reporta a construção e apresenta a defesa de uma pedagogia da implicação, proposta que configura o ensino-aprendizagem como a gestão de processos de mudança de si e dos entornos, detectada na realização de cursos de aperfeiçoamento e especialização componentes de um projeto político de saúde. A formação aparecia como eixo estrutural de uma inovadora e ousada política de saúde mental, mas, ao tempo em que rejeitava uma operação pedagógica da transmissão de informações e habilidades, inventava (punha em curso) singularizações e invenções. A organização e os métodos de educação escolhidos tornavam a ação de formação muito mais ousada que a habilitação de pessoas para uma prática técnica, política ou administrativa diferente, funcionavam como agregadores de coletivos, disparadores de desejo e ativadores de processos de mudança, mobilizando atos e estratégias políticas no interesse do acolhimento de pessoas em projetos de vida e de presente, da democracia, da cidadania e da autoria. Essa organização e métodos educacionais permitiram pensar e estudar a proposta de intercessão da educação para as políticas públicas de saúde, em especial, de saúde mental. Para o percurso da escrita, na procura de uma teoria, foi utilizada a imagem das águas e das navegações, coerente com o componente sensível da história, geografia e sentidos vividos pessoalmente, inventariados na realidade e examinados como produção de conhecimento; coerente, também, com uma ilustração metafórica aos aprendizados extraídos do estudo (nascentes, vertentes, cursos das águas, rotas de navegação, âncoras e carta náutica) e, por fim, coerente com as várias imagens que visitam a loucura em sua segregação e dessegregação: a gestação, a nau dos insensatos, o barco do Bispo do Rosário, a terceira margem do rio, a travessia de corredeiras e a nau da liberdade. Os grandes itinerários estão nos cursos de saúde mental coletiva e no "curso" da saúde mental coletiva em sua história, geografia e sentidos nas políticas públicas de saúde; no "curso" da educação permanente em saúde e no "curso" dos movimentos sociais que preenchem uma educação da cidadania. Esses "cursos" produziram a "correnteza" da saúde mental coletiva, modos coletivos de gestão e de atenção em saúde, processos de educação permanente em saúde e o Fórum Gaúcho de Saúde Mental. As âncoras de uma Pedagogia da Implicação são categorias analisadoras, conceitos caixa-de-ferramenta e o encontro com a invenção/criação de dispositivos operadores singulares, tendo em vista propiciar um poder-aprender-saber-fazer no cotidiano dos percursos, bem como na (re)definição das rotas. A saúde mental coletiva não existia antes desse percurso, ela se fez em percurso de desejo molhado pelas vidas singulares de trabalhadores, gestores, participantes e seus familiares e formadores implicados com a despsiquiatrização da loucura e com a gestão de processos de mudança de si e dos entornos. Somente uma pedagogia para dar sustentação a esse movimento, pelo seu caráter de coletivo, de cidade, de pensamento, de aprendizados. Não poderia ser a clínica individual de nossas aflições, porque esta não alcançaria o tempo mesclado dos coletivos, da cidade, dos pensamentos e dos aprendizados. A dissertação emite uma Carta Náutica ou uma carta-leitura das Intercessões da Educação para uma Política Pública de Saúde, com os traçados entrelaçados por matriciamentos e transversalizações, com pontos de sustentação, com vazios de incompletude, produtora de devir e com outras vontades de potência: convite à implicação. Uma carta náutica das transformações da Nau da Liberdade Saúde Mental Coletiva navegando nas águas da pedagogia da implicação. / This dissertation reports the construction and presents the defense of a pedagogy of implication. This proposal shapes the 'teaching-learning' as the management of processes of change in itself and in the environment. It can be detected in the accomplishment of qualification and specialization courses which are part of a political health project. The instruction appeared as a structural axis of an innovative and dared mental health policy, but, at the same it rejected a pedagogical operation of information and abilities transference, and it invented (kept going) singularizations and inventions. The organization and teaching methods chosen turned the action of educating much more daring than the qualification for a different technical, political or administrative practice. They worked aggregating groups, as desire 'triggers' and as activators of change processes, mobilizing acts and political strategies in order to welcome people in life projects related to their current lives, as well as projects of democracy, citizenship and authorship. This organization and educational methods made it possible to think and study the proposal of intercession of the education for the public health policies, especially, of mental health. For the course of the writing, in the search of a theory, I used images of the waters and navigations, and, coherent with the sensible components of history, geography and senses lived personally, inventoried in reality and examined as knowledge production. Coherently as well, I used metaphorical illustration of the learnings which were extracted from the study (nascent, slopes, courses of the waters, broken of navigation, anchors and nautical letter). Finally, consistently with the several images that visit the madness in its segregation and desegregation: the gestation, 'the nau of the senseless ones' , the ship of 'Bispo do Rosário', the third margin of the river, the crossing of rapids and the nau of the freedom. The great itineraries are in the courses of collective mental health, in the 'course' of collective mental health in its history, geography and senses in the public health policies, as well as in the 'course' of continuing health education and in the 'course' of the social movements that fulfill a citizenship education. These 'courses" produced the 'flow' of the collective mental health, collective modes of management and of health care, processes of continuing health education and the Forum 'Gaúcho' of Mental Health. The anchors of a pedagogy of the implication are analyzing categories, concepts, a 'box-of-tools' and also an encounter with the invention/raising of singular operating devices, in order to facilitate a 'being able to-learning-knowing-doing' in the everyday courses, as well as in the (re)definition of the routes. The collective mental health did not exist previously of this route, it was made during the route of desire through the singular lives of workers, managers, participants and their relatives, as well as the trainers involved with the 'despsiquiatrização' of the madness and with the management of change processes inside themselves and in the environment. A pedagogy was needed to give support to this movement, due to its qualities of city, of thinking and of apprenticeship. This could not come from the individual clinic of our afflictions, since it would not reach the mixed time of the collectives, of the city, of the thoughts and of the learnings. The dissertation issues a Nautical Charter or a letter-reading of the Intercessions of the Education for a Public Health Policy, with the layouts interlinked by matrices and transversals, with points of support, with vacuums of incompleteness, producer of devir and other wills of potency: an invitation to the implication. A nautical letter of the transformations of the 'Nau of Freedom of the Public Collective Mental Health' navigating in the waters of the pedagogy of implication. / La presente disertación se refiere a la construcción y presenta la defensa de una pedagogía de la implicación, propuesta que configura la enseñanza-aprendizaje como la gestión de procesos de cambios de sí mismo y de los entornos, detectada en la realización de cursos de perfeccionamento y especialización, componentes de un proyecto político de salud. La formación surgía como eje estructural de una innovadora y osada política de salud mental pero, a la vez que rechazaba una operación pedagógica de la transmisión de informaciones y habilidades, inventava (ponía en marcha) singularizaciones e invenciones. La organización y los métodos de educación elegidos hacían la acción de formación mucho más osada que la habilitación de personas para una práctica técnica, política o administrativa distinta. Las personas se desempañaban como agregadores de colectivos, disparadores de deseo y activadores de procesos de cambio, poniendo en marcha actos y estrategias políticas en el interés de la acogida de personas en proyectos de vida y de presente, de la democracia, de la ciudadanía y de la autoría. Esa organización y métodos educacionales han permitido pensar y estudiar la propuesta de intercesión de la educación para las políticas públicas de salud y, en especial, de salud mental. Para el recorrido de la escrita, en la búsqueda de una teoría, se utilizó la imagen de las águas y de las navegaciones, en sintonía con el componente sensible de la historia, geografía y los sentidos vividos personalmente, inventariados en la realidad y examinados como producción de conocimiento; en sintonía, también, con una ilustración metafórica a los aprendizajes extraídos del estudio (nacientes, vertientes, cursos de águas, rutas de navegación, anclas y cartas náuticas) y, por ende, en sintonía con las variadas imágenes que visitan la locura en su segregación y disegregación (rescatado de la segregación): la gestación, la nave de los locos (stultífera navis), el barco de Bispo do Rosario, la tercera margen del rio, la travesía de correderas y la nave de la libertad. Los grandes itinerarios se encuentran en los cursos de salud mental colectiva y en el "curso" de la salud mental colectiva en su historia, geografía y sentidos en las políticas públicas de salud; en el "curso" de la educación permanente en salud y en el "curso" de los movimientos sociales que rellenan una educación de la ciudadanía. Esos "cursos" han producido la "corriente" de la salud mental colectiva, modalidades colectivas de gestión y de atención en salud, procesos de educación permanente en salud y el Fórum Gaúcho de Salud Mental. Las anclas de una Pedagogía de la Implicación son categorías de análise, conceptos caja-de-herramientas y el encuentro con la invención/creación de dispositivos operadores singulares, teniendo en cuenta proporcionar un poder-aprender-saber-hacer en el cotidiano de los trayectos así como en la redefinición de las rutas. La salud mental colectiva no existía antes de esa puesta en marcha. Ella se hizo en recorridos de deseo, mojado por las vidas singulares de trabajadores, gestores, participantes y sus familiares y formadores comprometidos con la despsiquiatrización de la locura y con la gestión de procesos de cambio de sí mismos y de los entornos. Solamente podría ser una pedagogía que diera sustentación a ese movimiento, por su carácter de colectivo, de ciudad, de pensamiento, de aprendizajes. No podría ser la clínica individual de nuestros sufrimientos porque esa no alcanzaría el tiempo mezclado de los colectivos, de la ciudad, de los pensamientos y de los aprendizajes. La disertación produce una Carta Náutica o una carta-lectura de las Intercesiones de la Educación para una Política Pública de Salud, con cruces entrelazados por construcción de matrices y transversalizaciones, con puntos de apoyatura, con vacíos de incompletud, productora de devenires y con otras voluntades de potencia: invitación a la implicación. Una carta náutica de las transformaciones de la Nave de la Libertad Salud Mental Colectiva navegando en las águas de la pedagogía de la implicación.
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Reprodução, desigualdade e políticas públicas de saúde : uma etnografia da construção do "desejo de filhos"Nascimento, Pedro Francisco Guedes do January 2009 (has links)
A tese discute como sujeitos de diferentes inserções socioeconômicas têm vivenciado o projeto de "ter um filho". Partindo da compreensão de que o "desejo" de ser mãe ou pai não é algo dado, mas construído socialmente, a pesquisa buscou mapear como esse desejo tem sido expresso e quais têm sido as alternativas criadas para sua consecução quando do enfrentamento da "dificuldade para ter filho". Considerando que o sofrimento gerado pela "ausência de filhos" só surge na medida da estimulação desse desejo, investigaram-se os processos pelos quais a noção de infertilidade enquanto categoria médica se consolida e o caminho pelo qual se dissemina no processo de medicalização da vida. A partir de investigação etnográfica em um hospital público que oferece serviços de reprodução assistida e em comunidades na periferia de Porto Alegre, pôde-se identificar como não é automática a transformação da "ausência de filhos" em um "problema de saúde". A percepção de formas diferenciadas de encarar a adoção, bem como o tipo de relação estabelecido com os serviços de saúde permite considerar que o acesso a saúde, de uma forma geral, não está desvinculado do acesso às tecnologias reprodutivas, de forma particular. Considerando a desigualdade econômica da sociedade brasileira e a estrutura desigual de acesso a serviços públicos de saúde, a tese problematiza o discurso de garantia de acesso a essas tecnologias por todos e mapeia as diferentes vozes que articulam esse discurso. Nesse processo a vontade das pessoas de terem filhos se mescla com os demais atores envolvidos como médicos, a indústria farmacêutica e o Estado a partir da definição das políticas de assistência à saúde. / This dissertation discusses how persons of different socioeconomic insertions have experienced the project of "having a child". Starting from the comprehension that the "wish" to be a mother or a father is not a given, but a social construct, the research sought to map out how this wish has been expressed and which have been the alternatives created to achieve this wish when one copes with the "difficulty to have a child". Considering that the suffering generated by the "absence of children" only arises when this wish is stimulated, this dissertation investigated the process by which the notion of infertility is consolidated as a medical category and the route through which it is disseminated in the process of medicalization of life. From an ethnographic research in a public hospital that offers assisted reproduction services and in suburban communities in the city of Porto Alegre, in the southern part of Brazil, this dissertation was able to identify how the transformation of the "absence of children" into a "health problem" is not automatic. The different ways to face adoption and also the kind of relationship established with the health services allows one to consider that the access to health, in general, is not unbounded to the access to reproduction technologies, in particular. Considering the economic inequality of the Brazilian society and the unequal structure of access to public health services, this dissertation problematizes the discourse that guarantees access to these technologies by all parts and maps the different voices that articulate this discourse. In this process, people's will to have children blends in with the other actors involved, as doctors, the pharmaceutical industry and the State defining the health assistance policies.
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Fluxos de utilização de serviços hospitalares no processo de regionalização em municípios da metade sul do RSLima, Maristela Correa Rodrigues de January 2010 (has links)
No Sistema Único de Saúde a regionalização é considerada uma macroestratégia para a organização dos serviços de saúde em um dado território. Sua implementação pressupõe a conformação de sistemas funcionais e hierarquizados que garantam a universalidade, a integralidade, a equidade e resolutividade aos usuários. Na assistência hospitalar, dada a complexidade dos serviços e o pequeno porte da maioria dos municípios brasileiros que não dispõem de condições para ofertar todos os níveis de complexidade em seu território, a regionalização assume relevância na organização dessa rede. O presente estudo busca analisar, sob à perspectiva da regionalização, os fluxos de serviços hospitalares em municípios da Metade Sul do Rio Grande do Sul, por meio do perfil das internações e mobilidade de usuários no período 2000 a 2006. Caracteriza-se como epidemiológico, descritivo e exploratório para o qual se utilizou o Sistema de Informações Hospitalares,associado ao Plano Diretor de Regionalização (PDR) elaborado pela Secretaria Estadual da Saúde como documento que expressa a política e o desenho da regionalização, possibilitou uma análise espacial das microrregiões e macrorregiões às quais pertencem os municípios, através do geoprocessamento das internações hospitalares. A análise da capacidade instalada, do perfil e do fluxo das internações não aponta para a ampliação do acesso às ações e serviços de saúde hospitalares entre os municípios no período estudado. A resolutividade e algumas especificidades encontradas demonstram potencial para aumentar o desempenho dos municípios, como a adoção de políticas públicas que incidam no modelo de atenção desenvolvido pelo município. Há necessidade de reavaliação e readequação permanente do processo de regionalização, a refletir os avanços conquistados e as necessidades e dificuldades persistentes. Propõe-se uma maior coordenação e integração entre os instrumentos organizativos da regionalização: PDR, PPI e PDI. A regionalização como princípio organizacional do SUS, não pode prescindir da união, da participação e do esforço coletivo de gestores, técnicos e estudiosos. Só assim, superando verticalizações, tecendo redes e acordando pactuações, se alcançará a universalidade do acesso, a equidade, a integralidade e resolutividade. / At SUS, regionalization is considered a macro strategy to the organization of health services in a given territory. Its implementation requires the conformation of functional, prioritized systems to ensure universality, comprehensiveness, fairness and resolution to users. Hospital care, given the complexity of services and the small size of most Brazilian towns, where there are no conditions to offer all levels of complexity in their area, the regionalization is relevant in this network organization. This study assesses, in light of regionalization flows of hospital services in towns in the south of Rio Grande do Sul, through the profile of admissions and mobility of users in the period 2000-2006. It is characterized as epidemiological, descriptive and exploratory, and we used for it the Hospital Information System, associated to Director Plan Regionalization – PDR, prepared by the State Department of Health as a document that expresses policy and the design of regionalization, it allowed a spatial analysis of the micro and macro regions to which the municipalities belong, through geoprocessing of hospital admissions. The analysis of capacity, profile and flow of admissions does not point to expanding access to actions and hospital health services among municipalities in the period of the study. The resolution and some specificities we found showed the potential to increase the performance of municipalities, such as adoption of public policies that address health care model developed by the municipality. There is need for reassessment and readjustment of the process of regionalization, to reflect the achievements and the needs and difficulties persisted. We proposed that greater coordination and integration among the tools of organizational regionalization: PDR, PPI and PDI. Regionalization as an organizing principle at SUS cannot do without union participation and collective efforts of managers, technicians and scholars. Only then, overcoming verticalizations, creating networks and agreeing pacts, we will be able to achieve universal access, fairness, completeness and resolution. / En el SUS, la regionalización es considerada una macro estrategia para la organización de los dos servicios de salud en un determinado territorio. Su implementación presupone la conformación de sistemas funcionales y jerarquizados que asegure la universalidad, la integralidad, la equidad y resolutividad a los usuarios. En la asistencia hospitalaria, dada la complexidad de los servicios y el pequeño porte de la mayoría de los municipios brasileños que no disponen de condiciones para ofrecer todos los niveles de complexidad en su territorio, la regionalización asume relevancia en la organización de esa red. El presente estudio busca analizar, a la luz de la regionalización, los flujos de servicios hospitalarios en las municipalidades de la Metade Sul del Rio Grande do Sul, por medio del perfil de las internaciones y movilidad de usuarios en el período 2000 hasta 2006. Se caracteriza como epidemiológico, descriptivo y exploratorio para el cual se utilizó el Sistemas de Informaciones Hospitalarios, asociado al Plano Director de Regionalización (PDR) elaborado por la Secretaría de Estado de la Salud como un documento que expresa la política y el dibujo de la regionalización posibilitó un análisis espacial de las micro y macro-regiones a las cuales pertenecen los municipios, a través de geoprocesamiento de las hospitalizaciones. El análisis de la capacidad instalada, del perfil y del flujo de las internaciones no destaca la ampliación del acceso a las acciones y servicios de salud hospitalarios entre los municipios en el período estudiado. La resolutividad y algunas especificidades encontradas, demuestran potencial para aumentar el desempeño de los municipios como la adopción de políticas públicas que incidan en el modelo de atención desarrollado por la municipalidad. Hay la necesidad de reevaluación y readecuación permanente del proceso de regionalización, a reflejar los avances conquistados y las necesidades y dificultades persistentes. Se propone una mayor coordinación e integración entre los instrumentos organizativos de la regionalización: PDR, PPI y PDI. La regionalización como principio organizacional del SUS, no puede prescindir de la unión, de la participación, y del esfuerzo colectivo de gestores, técnicos y estudiosos. Solamente así, superando verticalizaciones, tejiendo redes y acordando pactos, se alcanzara la universalidad del acceso, la equidad, la integralidad y solutividad.
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[en] RISKY PREGNANCY: MOTHERHOOD AND SOCIAL SUPPORT NETWORK IN A PRE-BIRTH PROGRAM / [pt] GESTAÇÃO DE RISCO: MATERNIDADE E REDES SOCIAIS EM UM PROGRAMA DE PRÉ-NATALGUILHERME DE CARVALHO 30 July 2018 (has links)
[pt] Este estudo dá continuidade ao histórico de pesquisas do autor sobre o tema da maternidade, entendida enquanto um fenômeno humano relacional e situada enquanto etapa normal no ciclo de vida da mulher. O interesse atual repousa sobre a questão da gestação de alto-risco e as relações possíveis com a noção de rede de apoio social. A investigação tem como objetivoa apreciação da experiência do risco gravídico e as repercussões para a vivência da gestante no interior de um programa de pré-natal em uma unidade de saúde do Estado do Rio de Janeiro. Foram entrevistadas 12 mulheres, gestantes regularmente inscritas no programa de pré-natal, e seus relatos submetidos à análise de conteúdo. Foram aplicados dois instrumentos — Roteiro de Avaliação da Gestação (RAG) e a Ficha Biográfica (FB) —, com intuito de coletar informações sobre a composição e a função de redes sociais de apoio utilizadas pelas gestantes, identificar a concepção de risco gravídico adotada pelas mesmas e conhecer alguns dados pessoais e familiares. Os resultados apontam para uma relação entre a concepção de risco e a conscientização das gestantes acerca da necessidade de mudanças comportamentais para o enfrentamento da situação. A concepção de risco identificada pressupõe forte influência e controle do discurso biomédico hegemônico, contudo, a utilização do apoio oferecido por redes sociais parece relativizar este domínio e atuar como instrumento de promoção de saúde para as gestantes. De forma estrutural, figuras próximas e, preferencialmente, do sexo feminino, são mais consultadas e solicitadas para aquisição de suporte. A presença do companheiro é mais solicitada na qualidade de apoio instrumental e a mãe da gestante no que tange ao apoio afetivo. De forma paralela, utilizou-se o conceito de resiliência psicológica como aspecto relevante para a discussão na medida em que variáveis intrapsíquicas foram identificadas como mais intimamente relacionadas ao sucesso da experiência de gestação de risco rumo à saúde, como autonomia, sentimento de auto-eficácia e perseverança. Verificou-se uma forte crença no apoio informacional da equipe e em sua capacidade como agente de promoção de saúde, auxiliando a gestante em sua jornada cotidiana e agindo como fator de proteção diante do diagnóstico clínico de risco gravídico. A rede de apoio social, as variáveis relativas à resiliência psicológica e a equipe de saúde apresentam-se como agentes de promoção de saúde e atuam de forma a diminuir os fatores de risco associados ao diagnóstico clínico, ao participarem da criação de estratégias eficazes de enfrentamento da situação de adversidade. / [en] This study continues the author research on motherhood as a human relational phenomenon in a normal stage of a woman life cycle. The present interest concerns the problem of high risk pregnancy and the possible relations with the notion of social support network. The investigation focuses the experience of risky pregnancy and the consequences for the life of the pregnant woman in a pre-birth program of a health service of the state of Rio se Janeiro. 12 women regularly enrolled n the pre-birth program have been interviewed and all accounts have been fully analysed. Two instruments – pregnancy evaluation schedule and biographic card - have been used to collect the information concerning the organization and the work of the social support network used by the pregnant, identify the ideas of pregnancy risk and get some personal and family data. The results show a strong relation between the risk consciousness and the awareness concerning the necessary behaviour changes to face this situation. The idea of risk supposes a strong influence and control of the hegemonic biomedical speech but the use of the social support network seems to reduce this problem and acts as a health promotion instrument for the pregnant woman. Structurally, close friends, preferably women, are requested for help and support. The presence of the companion is rather requested for instrumental support while the mother of the pregnant woman gives emotional support. In the same way, it has been used the concept of psychological resilience as a relevant aspect for the discussion since intra-psychological variables have been identified as closely related to the success of the risky pregnancy experience for the good health as autonomy, feeling of self efficiency and perseverance. Despite the significant influence of the medical speech through the use of technical instruments by the pre-birth health service staff, it has been identified strong belief in the informational support of this staff and its capacity as an agent to promote health helping the pregnant woman daily and acting as a protection against the pregnancy risk. The social support network, the variables concerning psychological resilience and the health staff act as a health promotion agent and work to reduce the risk factors associated to clinic diagnosis when participating of the creation of creating good strategies to face the situation of adversity.
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A política de formação dos Agentes Comunitários de Saúde: memória de uma formulação em disputa nos anos 2003-2005 / The training policy of Community Health Workers: Memory of a formulation for grabs in the years 2003-2005Márcia Valéria Guimarães Cardoso Morosini 14 April 2009 (has links)
Este estudo trata da formulação da política de formação do agente comunitário de saúde (ACS), buscando compreender as disputas que então se travaram, a partir dos processos políticos relativos à gestão da educação e do trabalho do ACS, implementados no período compreendido entre o início de 2003 e meados de 2005. Para tal fim, foram analisados os documentos debatidos nessa formulação, no intervalo de tempo compreendido entre março de 2003 e julho de 2004, o qual se revelou um período intenso de produção conceitual em torno
dessa política. Nos documentos analisados, revelaram-se posições acerca do perfil social do ACS e do trabalho que este deve realizar, articuladas a concepções de ensino e formação em
saúde, que disputaram o conteúdo e a forma que a política de formação desses trabalhadores deveria assumir. Tais disputas guardam relação também com o modo como esta função se
instituiu no SUS e as contradições geradas desde então; ao mesmo tempo, as posições conflitantes apontam para distintos projetos de saúde, educação e trabalho. Esse processo resultou na publicação do Referencial Curricular para Curso Técnico de Agente Comunitário de Saúde, que consolidou a proposta de formação técnica, mas cuja implementação não tem se dado integralmente, configurando a prevalência de uma qualificação inicial, conforme determina a legislação que orienta o exercício da profissão de ACS. Entretanto, a dissertação indica que o processo não se esgotou, sendo a atual política de formação dos ACS objeto de disputas e demandas, tanto pela sua conservação, quanto pela sua transformação. / This study focuses on the community health agent (from now on, CHA) education policy formulation, aimed at understanding the disputes that occurred within the political processes
relative to CHAs education and work management, implemented in the period between the beginning of 2003 and the middle of 2005. To that end, the documents debated in this formulation were analyzed in the time frame between March 2003 and July 2004, which revealed to be an intense conceptual production period about this policy. In the documents analyzed, positions about the CHAs social profile and the work that he/she has to do turned out to be articulated to teaching and health training conceptions, which disputed both the content and the format that the formation policy of these workers should assume. Such
debates also bear relation to the way this function has been instituted in SUS (Brazilian Public Health System) and the contradictions generated ever since; at the same time, the conflicting positions point out to distinct health, education and work projects. This process resulted in the publication of the Curricular Referential for the Community Health Agent Technician Course, which consolidated the technical education proposal, but whose implementation has not been complete, figuring the prevalence of an initial qualification, as determined by the legislation on CHA profession. However, the dissertation indicates that the subject has not been exhausted, as the current CHA education policy is an object of dispute and demand for its conservation as well as for its transformation.
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A influência das políticas de saúde nos indicadores gerados pelo sistema de informações hospitalares do SUS / The influence of health policies in the indicators derived from the hospital information system of the National Health System in BrazilJacques Levin 10 March 2006 (has links)
O uso das informações e indicadores provenientes do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), tanto para análise de situação de saúde da população como para análise do desse, SUS, é cada vez mais frequente. Tal sistema é, desde sua concepção, fortemente influenciado pelas políticas públicas na área de atenção à saúde, como as definidas
pelas Normas Operacionais e os incentivos e restrições a determinadas práticas. Alterações na operação do sistema introduzem descontinuidades e vieses nas informações, provocando eventuais imprecisões ou mesmo distorções nos resultados da extração de dados do sistema. Para que se possa avaliar o resultados de políticas, a situação da assistência à saúde ou as condições de saúde de uma população, é necessário, portanto, que se tenha uma visão clara e objetiva de quais informações são disponíveis, a sua evolução e como utiliza-las, considerando devidamente as influências exógenas e endógenas do sistema. O presente estudo está estruturado de acordo com o contexto do Sistema de Informações Hospitalares. Como componente da Previdência Social, é estudada a criação do Sistema de Assistência médico-Hospitalar da Previdência Social (SAMHPS), as suas origens e seus eixos estruturantes, assim como a sua expansão para a rede filantrópica e de ensino, com a ampliação de sua cobertura. Já no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), é estudada a incorporação do SAMHPS ao
SUS, levando à criação do SIH/SUS, com a expansão para a rede pública e a sua universalização. A influência das políticas de saúde é analisada a partir da implantação de incentivos e restrições que afetam a assistência hospitalar e seu reflexo nas informações do SIH/SUS. A forma de categorização e a identificação dos prestadores são também examinadas, tendo em vista a sua importância na análise e determinação de políticas de saúde. Outro aspecto que é analisado é a forma de apropriação das informações do diagnóstico que
levou à internação: a adoção da 10 Revisão da Classificação Internacional de Doenças, o caso específico das causas externas e a implantação da Tabela de Compatibilidade entre
Procedimentos e Diagnósticos. Para identificar as mudanças políticas e operacionais do SUS, da regulamentação da assistência hospitalar e do SIH/SUS, foi pesquisada sua legislação Leis, Decretos, Normas Operacionais, Portarias, Instruções e Manuais. O relacionamento entre as informações e as políticas é analisado identificando a implantação destas políticas e verificando o efeito sobre os indicadores da assistência hospitalar obtidos do SIH/SUS. Como conclusão, foi visto que análises que utilizem as séries históricas devem, obrigatoriamente, levar em consideração as modificações, tanto do SUS como do SIH/SUS, para que possam chegar a conclusões mais precisas. Descontinuidades nas séries históricas efetivamente mostram modificações das políticas e da operação do sistema. A facilidade de acesso, a disponibilidade, a oportunidade e rapidez de atualização das informações do SIH/SUS são fatores positivos do sistema; é possível analisar o efeito de determinada ação pouco após a sua implantação. A análise das informações do diagnóstico denota a necessidade de treinamento dos codificadores no uso da CID-10 em morbidade e de uma ampla revisão da Tabela de
Compatibilidade entre Diagnóstico Principal e o Procedimento Realizado. / The use of information and indicators derived from the Hospital Information System (SIH/SUS) of the National Health System in Brazil (SUS) is steadily increasing, either for health situation analysis as for performance analysis. Since its original conception, this system is strongly influenced by public policies in health assistance, as defined by legislation or by incentives and restriction to some medical and hospital practices. Changes in system operation also bring up discontinuities and biases in the information, eventually resulting in imprecision or even distortions in the indicators derived from the system data. In order to evaluate health policies, health assistance situation and population health status, a clear and objective approach is needed, Knowing which information is available, its evolution and how to use it, considering internal and external influences. This study aims to describe and analyze how the SUS health policies influence and are reflected in the information and indicators derived from the SIH/SUS. It is structured according its context. As Social Security component, we study the creation of the Social Security Medical and Hospital Assistance System (SAMHPS), its origins and structure and also its extension to the philanthropic and university hospitals, with its corresponding expansion of coverage. In the context of the National Health system, we have studied the transformation of the SAMPHS into SIH/SUS, its expansion to the public hospital and universal coverage. The influence of health policies is analyzed from the implementation of incentives and restrictions that affected hospital assistance and how if reflects in the SIH/SUS information. Due to their importance in the analysis and determination of health policies, the hospital categorization and identification are also examined. Furthermore, we analyzed how the diagnostic information is captured, considering the adoption of the 10th Revision of the International Classification of Diseases (ICD-10), the specific case of the external causes and the implementation of the Compatibility Table between Procedures and Diagnostics. We have studied the legislation concerning both SUS and SIH/SUS: laws, decrees, operational norms, directives, instructions and manuals, in order to identify SUS operational and political changes, hospital assistance and SIH/SUS regulation. The relationship between information and politics is analyzes identifying the implementation of these policies and verifying the effects in the hospital assistance indicators from the SIH/SUS. Concluding, we have seen that the series analysis must take in account the political and operational changes, either SUS as SIH/SUS, in order to produce more precise conclusions. Time series discontinuities effectively reflect the political and operational changes. The access, availability, opportunity and quick update of the SIH/SUS information are positive factors; they make possible to analyze the effects of some action just after its implementation. Analyzes of the diagnostic information shows the necessity of training in the use of the ICD-10 and also a full revision in the Compatibility Table between Diagnostics and Procedures.
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A saúde integral das mulheres e a educação médica : uma ponte por construirVargas, Regina Beatriz de Andrade January 2012 (has links)
O estudo toma por base a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher lançada, em 1984, como uma política nacional que rompia com um modelo tradicional de assistência à saúde das mulheres, materno-infantil e impositivo, e discute, a partir de evidências, a não conformidade das práticas hoje vigentes de atenção à saúde da população feminina com os princípios que orientam a política. A partir de um resgate histórico da construção dos marcos conceituais e normativos da saúde da mulher e da integralidade em saúde, discute-se a formação de um saber médico fundado em uma racionalidade cartesiana - analítica e mecanicista - como inadequado a uma prática profissional consistente com esses princípios. Sob o facho teórico da epistemologia feminista advogada por Sandra Harding e Helen Longino e caracterizada por um método científico feminista, o qual rechaça a pseudo "neutralidade" da ciência em favor de um fazer científico posicionado a partir da perspectiva e das necessidades das mulheres, a pesquisa levanta a hipótese de que a formação médica constitui um dos obstáculos à implementação efetiva da PNAISM e propõe-se a investigar em que medida os princípios e valores da equidade de gênero e da integralidade em saúde são transmitidos aos estudantes de medicina nas escolas médicas do RS. O estudo revelou esforços por parte de muitas das escolas no sentido de adaptar seus currículos de modo a favorecer uma visão integral da saúde, mas que é preciso aprofundar as mudanças para lograr este objetivo. No que concerne à equidade de gênero e aos princípios que norteiam a saúde integral das mulheres, a pesquisa apontou o despreparo das escolas para uma formação consistente com tais princípios e a prevalência de representações e percepções da mulher que perpetuam o foco materno-infantil na assistência à saúde. / The study is based on the National Policy of Comprehensive Healthcare for Women (PNAISM) launched, in 1984, as an innovative countrywide policy which was to break with the old standard of women's healthcare focused exclusively on mother-baby care, and discusses, upon evidence, the non-conformity of current healthcare practices aimed at women to the principles that guide that policy. Starting from a historical recovery of the building process of both women's health and comprehensive health conceptual and normative framework, we discuss the constitution of a medical knowledge founded on a Cartesian rationality - analytical and technicist - as one improper for a medical practice that is to be coherent with those principles. Under the theoretical light of the feminist epistemology advocated by Sandra Harding and Helen Longino and characterized by a feminist scientific method that rejects the pseudo "value free" character of the scientific knowledge on behalf of a situated scientific method that produces knowledge from women's perspective and needs, we suggest that the existing model of medical education is a major hindrance to the effective implementation of PNAISM and propose to investigate whether and to what extent the principles and values of gender equity and comprehensive healthcare are communicated to medical students in the medical schools of the state of Rio Grande do Sul. The research showed some efforts on the part of many medical schools aimed at adjusting their curricula so that to favor a comprehensive view of health and healthcare, although much deeper changes are needed in order to reach this goal. In what respects to gender equity and to the principles that guide the proposal of comprehensive healthcare aimed at women, the research unveiled the current incapability of medical schools for an education process that is consistent with such principles and the prevalence of representations and perceptions of woman that tend to perpetuate the mother-baby emphasis in women's healthcare. / El estudio parte de la Política Nacional de Atención Integral en Salud de la Mujer, puesta en marcha en 1984 como una política nacional que rompió con el modelo tradicional - materno infantil y autoritario - de atención a la salud de las mujeres, y examina, a partir de evidencias, la disconformidad de las prácticas vigentes de atención a la salud frente a los principios que rigen la política. Partiendo del rescate histórico del proceso de construcción de los marcos conceptuales y normativos de la salud de la mujer y de la salud integral, este estudio discute la inadecuación de una formación del saber médico fundada en la racionalidad cartesiana - analítica y mecanicista - para una práctica profesional coherente con estos principios. Basada en la epistemología feminista conforme expresada por Sandra Harding y Helen Longino, la cual se caracteriza por un método científico feminista y rechaza la pseudo "neutralidad" de la ciencia en favor de una toma de posición científica desde la perspectiva y necesidades de las mujeres, la investigación plantea la hipótesis de que la educación médica es uno de los obstáculos para la aplicación efectiva de PNAISM y se propone investigar en qué medida los principios y valores de la equidad de género y la integridad en salud son transmitidos a los estudiantes en las facultades de medicina del estado de Rio Grande do Sul (Brasil). El estudio ha mostrado que existen esfuerzos por parte de muchas escuelas para adaptar sus planes de estudio con el fin de promover una visión integral de la salud, pero que todavía es necesario profundizar los cambios para lograr este objetivo. En lo que respecta a la igualdad de género y los principios que guían la política de salud integral de las mujeres, el estudio apuntó la inadecuación de las estructuras y contenidos de los currículos de medicina para una formación acorde con estos principios, además del predominio de percepciones y representaciones de la mujer que perpetúan el énfasis en la atención materno-infantil en salud.
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Redes de atenção em saúde : o dilema dos pequenos municípiosMedeiros, Cássia Regina Gotler January 2013 (has links)
O avanço da descentralização e a consolidação da municipalização na área da saúde após a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) têm ocorrido gradualmente e com diferenças significativas entre regiões e entre municípios. Realizamos uma investigação que teve como objetivo geral analisar a rede de atenção à saúde aos portadores de doenças cardiovasculares em dois municípios de pequeno porte pertencentes à 16ª Coordenadoria Regional de Saúde do RS. A abordagem foi qualitativa, do tipo estudo de casos múltiplos comparados. Partimos da tese de que municípios com semelhante estrutura de serviços de saúde, número de habitantes e condições socioeconômicas obtêm resultados diferentes no coeficiente de mortalidade (CM) por doenças cardiovasculares devido à organização e funcionamento de sua rede de atenção à saúde. A coleta e produção dos dados ocorreram por meio de pesquisa documental, grupos focais com equipes gestoras municipais e entrevistas com servidor da gestão estadual e gestores do serviço de referência regional em cardiologia, resultando em um total de 13 sujeitos. A trajetória assistencial percorrida por 4 usuários portadores de doenças cardiovasculares também foi utilizada na análise da rede de atenção à saúde. A interpretação de sentidos e a triangulação de dados foram a forma de tratamento do material empírico. A análise, baseada nos dois referenciais teóricos escolhidos (OPAS, 2011a e Fleury e Ouverney, 2007), expôs uma rede de atenção à saúde parcialmente integrada e relações de interdependência que, embora complementares, apresentam interesses divergentes e pouca confiança entre os atores – condição que dificulta o estabelecimento da governança em rede. São fatores que facilitam a organização e o funcionamento da rede: a definição clara do território e das referências regionais; a existência da Comissão Intergestores Regional (CIR) como espaço de pactuação e controle, mesmo que seus atores ainda não tenham assumido na plenitude seu papel; e a Atenção Básica como porta de entrada para o atendimento. Como dificuldades, salientamos: a pouca integração clínica e dos sistemas de informação entre os serviços da rede; a centralidade do Ministério da Saúde (MS) e da Secretaria Estadual da Saúde (SES) no estabelecimento de regras e domínio de recursos, gerando relações de coerção e não de cooperação entre os entes federados; pouco planejamento e monitoramento de avaliação da rede; baixa capacidade gerencial nos municípios e parâmetros definidos fora da rede – isto é, pelo MS; a quase ausência da participação social na governança da rede; o modelo de atenção ainda pouco atuante nas ações de promoção à saúde, prevenção às doenças e na intersetorialidade. Os mecanismos de cooperação identificados são motivados pela interdependência de recursos entre os atores e, como tais, são mantidos enquanto esta necessidade estiver presente. Os atores não aprofundam a cooperação além da prestação pontual de serviços. Não observamos o acompanhamento do usuário ao longo da rede pelos profissionais de saúde. A coordenação da constituição e funcionamento da rede está bastante concentrada na SES, embora a CIR seja o espaço oficial para isto. Ressaltamos o poder dos prestadores privados em todo o processo, fazendo com que o resultado nem sempre seja o mais adequado para atender as necessidades em saúde da população regional. A análise das trajetórias assistenciais dos usuários do SUS revelou obstáculos importantes para a integralidade e equidade na atenção à saúde destes municípios. As principais diferenças entre os municípios que parecem ter influência sobre o CM são: o tempo de emancipação do município e estruturação dos serviços de saúde, principalmente a Estratégia de Saúde da Família; o acesso precoce a exames e procedimentos preventivos; a diferença de expansão territorial e área rural; e a composição etária da população em relação ao percentual de idosos. / The advancing decentralization and the consolidating municipalization in health care post Sistema Único de Saúde (SUS) creation have grown very differently when comparing regions and counties. We’ve launched an investigation to analyze cardiovascular diseases-aimed health care in two small sized counties belonging to the 16th Coordenadoria Regional de Saúde do RS. We’ve approached the subject as a quality survey, comparing multiple cases. Our starting point was the notion that counties with similar health services structure, population and socio-economic profiles obtain different cardiovascular mortality rates due to their variant health care organization and operation. Data was produced and acquired through desk research, focus groups with state management teams and interviews with state and referral cardiology service managers, a total amount of 13 persons. Also, the analysis comprises health assistance paths covered by 4 distinct patients with cardiovascular diseases. The empirical material was handled in thorough rendering and triangulation. The analysis was based on two previously chosen theoretical backgrounds (OPAS, 2011a and Fleury & Ouverney, 2007) and exposed a partially incorporated health care system and interdependence relations which, despite being complementary, show divergent interests and little trust between actors – condition that toils the establishment of intertwined governance. Listed next are factors that ease health care organization and operation: clear definition of state territory and referral services; Comissão Intergestores Regional (CIR)’s existence as a control and settlement negotiation mediator – even though their actors haven’t fully taken over their functions; Primary Health Care as a service gateway. As difficulties encountered, we list: little clinical and information systems integration in health care; Ministério da Saúde (MS) and Secretaria Estadual da Saúde (SES)’s centrality in establishing rules and steering resources, thus creating coercing relationships; little planning and health care evaluation monitoring; counties have little managing aptitude and guidelines are defined elsewhere – in other words, by the MS; the near absence of social participation in health care governance; model care is still not fully active in health promoting events, in preventing illnesses and in intersectorality. The identified cooperation mechanisms are motivated by interdependence in resources between actors and, as such, they are maintained whenever necessary. Actors do not deepen cooperation beyond specific service providing. We have not followed the user through the system as they exchanged medical professionals. SES coordinates system constitution and operation, even though CIR is officially in charge of that. We highlight private providers’ power throughout the process, not always adequately obtaining results which answer to the people’s health necessities. SUS users’ health assistance paths’ analysis revealed noteworthy obstacles to the integrity and equity in health care. The key mortality rate influent differences between counties are: counties’ emancipation date and their health services organization – especially Estratégia de Saúde da Família; early access to medical examinations and preventive procedures; different territorial expansion and rural area extension; counties’ age group when compared to the elderly percentage. / El avance de la descentralización y la consolidación de la municipalización en el área de la salud tras la creación del Sistema Único de Salud (SUS) están ocurriendo gradualmente y con diferencias significativas entre regiones y entre municipios. Hicimos una investigación que tuvo como objetivo general analizar la red de atención a la salud de portadores de enfermedades cardiovasculares en dos pequeños municipios que pertenecen a la 16ª Coordinadoría Regional de Salud del RS. El abordaje fue cualitativo, del tipo estudio de casos comparados múltiples. Empezamos con la idea, en principio, de que municipios con semejante estructura de servicios de salud, número de habitantes y condiciones socioeconómicas obtienen resultados distintos en la tasa de mortalidad por enfermedades cardiovasculares debido a la organización y funcionamiento de su red de atención a la salud. La recolección y producción de los datos ocurrió a través de investigación documental, grupos focales con equipos gestores municipales y entrevistas con funcionario de la gestión estadual y con gestores del servicio de referencia regional en cardiología, totalizando 13 sujetos. La trayectoria asistencial recorrida por 4 usuarios portadores de enfermedades cardiovasculares también se utilizó en el análisis de la red de atención a la salud. La interpretación de sentidos y la triangulación de datos fueron la manera de tratarse el material empírico. El análisis, basado en las dos referencias teóricas elegidas (OPAS, 2011a y Fleury y Ouverney, 2007) expuso una red de atención a la salud parcialmente integrada y relaciones de interdependencia que, aunque complementarias, presentan intereses divergentes y poca confianza entre los actores – condición que dificulta el establecimiento de la gobernanza en red. Son factores que facilitan la organización y el funcionamiento de la red: la definición clara del territorio y de las referencias regionales; la existencia de Comisión Intergestora Regional (CIR) como espacio para concertar y controlar, aunque sus actores todavía no hayan asumido totalmente su papel; y la Atención Básica como pistoletazo de salida para el atendimiento. Como dificultades, se presentan: poca integración clínica y de los sistemas de información entre los servicios de la red; la centralidad del Ministerio de Salud (MS) y de la Secretaría Estadual de Salud (SES) en el establecimiento de reglas y dominio de recursos, generando relación de coerción y no de cooperación entre los entes federados; poca planificación y monitoreo de evaluación de la red; baja capacidad gerencial en los municipios y parámetros fuera de la red, es decir, por el MS; la casi ausencia de la participación social en la gobernanza de la red; el modelo de atención aún poco activo en las acciones de promoción a la salud, prevención de enfermedades y en la intersectorialidad. Los mecanismos de cooperación identificados son motivados por la interdependencia de recursos entre los actores y, siendo así, son mantenidos mientras esta necesidad esté presente. Los actores no profundizan la cooperación para más allá de la prestación puntual de los servicios. No se observó el acompañamiento del usuario a lo largo de la red por los profesionales de salud. La coordinación de la constitución y el funcionamiento de la red están casi totalmente en manos de la SES, a pesar de la CIR ser el espacio oficial para ello. Ponemos en relieve el poder de los prestadores privados en todo proceso, lo que hace que el resultado ni siempre sea el más adecuado para atender a las necesidades en salud de la población regional. El análisis de las trayectorias asistenciales de los usuarios del SUS reveló obstáculos importantes para la integralidad y equidad en la atención a la salud de estos municipios. Las principales diferencias entre los municipios que parecen tener influencia sobre la tasa de mortalidad son: el tiempo de emancipación del municipio y estructuración de los servicios de salud, principalmente la Estrategia de Salud de la Familia; el acceso precoz a exámenes y procedimientos preventivos; la diferencia de expansión territorial y área rural; y la composición etaria de la población con respecto al porcentual de ancianos.
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Mulheres saudáveis : biopedagogias de gênero em articulações com discursos da promoção da saúde na estratégia de saúde da famíliaJandrey, Circe Maria January 2015 (has links)
En partant de la perspective de l’existence d’articulations entre deux importantes politiques publiques brésiliennes - Stratégie de Santé de la Famille (ESF) et Politique Nationale de Promotion de la Santé (PNaPS) – et du fait de la centralité que leurs discours assument dans le contexte contemporain du pays, la présente étude investigue et analyse des pédagogies utilisées pour la gouvernance de conduites de sujets et de leurs familles, en vue de la promotion de soins de santé. Réalisée dans une unité du réseau public de services d’assistance en matière de santé à Porto Alegre, État du Rio Grande do Sul, elle consiste en une recherche d’inspiration ethnographique et s’appuie sur des références dans les domaines des Études Culturelles, des Études de Genre et de Santé Publique, dans ses approches vis-à-vis des théorisations de l’analyse discursive, proposée par Michel Foucault. Pour la production des données empiriques, une observation participative a été produite, dans des groupes dont les activités étaient dirigées vers la Promotion de la Santé (PS) envers des utilisateurs de l’unité de santé. Les enregistrements des moments d’observation ont été réalisés par l’intermédiaire de l’instrument journal de bord et l’analyse du matériel produit offre la possibilité d’argumenter sur le fait que les activités suivies configurent des articulations biopolitiques entre Soins de Base en Matière de Santé (APS), Stratégie de Santé de la Famille et Politique Nationale de Promotion de la Santé. Elles configurent donc, des instances pédagogiques proposées afin d’énoncer, éduquer et réguler des familles d’utilisateurs de services d’APS/ESF – par-dessus tout, les femmes de ces familles. Des instances qui assument, en particulier, des perspectives de genre. Dans ce sens, les pratiques discursives d’éducation/promotion de santé analysées opèrent sous la condition de pédagogies (biopédagogies) et, dans le cadre d’une compréhension amplifiée, en tant que biopédagogies de genre. Elles constituent des stratégies d’exercice du pouvoir sur la vie des populations (biopouvoir), de façon à ce que les corps (spécialement les féminins) soient mieux gouvernés, en les rendant plus sains et de plus grande longévité. J’assume, tout au long des analyses des matériels de terrain, que des biopédagogies jouent un rôle central dans les exercices de biopouvoir contemporain, du fait qu’elles contribuent au disciplinement individuel des sujets et à la régulation de populations, en les normalisant en tant qu’autonomes et capables de choisir le plus « adéquat » pour ce qui a été diffusé en tant que vie « saine ». Dans le contexte des articulations biopolitiques étudiées, des femmes sont positionnées en tant que principales partenaires des services de promotion de la santé des familles. / Desde a perspectiva da existência de articulações entre duas importantes políticas públicas brasileiras – Estratégia de Saúde da Família (ESF) e Política Nacional de Promoção da Saúde (PNaPS) – e pela centralidade que seus discursos assumem no contexto contemporâneo do país, o presente estudo investiga e analisa pedagogias utilizadas para governamento de condutas de sujeitos e suas famílias com vistas à promoção de cuidados em saúde. Realizado numa unidade da rede pública de serviços assistenciais de saúde em Porto Alegre/RS, constitui-se como pesquisa de inspiração etnográfica e está apoiado em referenciais dos campos dos Estudos Culturais, Estudos de Gênero e de Saúde Pública em suas aproximações às teorizações da análise discursiva proposta por Michel Foucault. Para a produção dos dados empíricos, houve observação participante em grupos cujas atividades estivessem direcionadas à Promoção da Saúde (PS) com usuários da unidade de saúde. Os registros dos momentos de observação se efetivaram por intermédio do instrumento diário de campo, e a analítica do material produzido possibilita argumentar que as atividades acompanhadas conformam articulações biopolíticas entre Atenção Primária à Saúde (APS), Estratégia de Saúde da Família e Política Nacional de Promoção da Saúde. Configuram, então, instâncias pedagógicas propostas para enunciar, educar e regular famílias usuárias de serviços de APS/ESF – sobretudo, as mulheres dessas famílias. Essas instâncias assumem, sobremaneira, perspectivas de gênero. Nesse sentido, as práticas discursivas de educação/promoção de saúde analisadas operam à condição de pedagogias (biopedagogias) e, numa compreensão ampliada, como biopedagogias de gênero. Conformam estratégias de exercício do poder sobre a vida de populações (biopoder), para que corpos (especialmente, os femininos) sejam mais bem governados, tornando-se mais saudáveis e longevos. Assumo, no decorrer das análises dos materiais de campo, que biopedagogias ocupam uma função central nos exercícios do biopoder contemporâneo, por contribuírem ao disciplinamento individual dos sujeitos e à regulação de populações, normalizando-os como autônomos/as e capazes de eleger o mais ‘adequado’ para o que tem sido veiculado como vida ‘saudável’. No contexto das articulações biopolíticas estudadas, mulheres são posicionadas como principais parceiras dos serviços para promover a saúde das famílias. / From the perspective of the existing links between two major Brazilian public policies - Family Health Strategy (ESF) and the National Health Promotion Policy (PNaPS) - and the importance that their discourse has taken on in the contemporary context of the country, this paper investigates and analyzes the pedagogies used to govern the behavior of subjects and their families in order to promote health care. Executed at one of the public health assistance service units in Porto Alegre/RS, it was organized as a study inspired by ethnographic research and is supported by references from the fields of Cultural Studies, Gender Studies, and Public Health in their approaches to the theory of discourse analysis, proposed by Michel Foucault. For the production of empiric data, there was participant observation in groups whose activities were directed toward Health Promotion (PS) with the users of the healthcare unit. The records of the observations were done using a field diary tool, and the analysis of the material that was produced enables one to argue that the monitored activities shape bio-politic connections between Primary Health Care (APS), the Family Health Strategy, and the National Health Promotion Policy. Therefore, they are pedagogical forums for enunciating, educating, and regulating families that are users of the APS/ESF – especially the women in these families. Forums that exceedingly take on gender perspectives. In this sense, the health education/promotion discursive practices that were analyzed operate as pedagogies (bio-pedagogies), and with an enlarged understanding, as gender bio-pedagogies. They shape the strategies for exercising power over the lives of people populations (biopower) so that bodies (especially female) are better governed, becoming healthier and living longer. I assume, throughout the analyses of the field material, that the bio-pedagogies hold a central function in the exercise of contemporary bio-power due to their contribution to the individual disciplining of the subjects and the regulation of populations, normalizing them as autonomous and capable of choosing the most "appropriate" path to what has been propagates as a “healthy” life. In the context of the examined bio-political articulations, women are positions as the main partners of the services to promote family health.
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Modelos de efeito Allee e epidemiológicos de tuberculose / Allee effect and epidemiological models for tuberculosisLindomar Soares dos Santos 04 July 2013 (has links)
A dinâmica de crescimento populacional de uma espécie é permeada pela relação entre as desvantagens da competição intraespecífica e os benefícios da presença de conspecíficos. Para muitas espécies, os benefícios da cooperação podem superar as desvantagens da competição. A correlação positiva entre tamanho populacional e adaptabilidade em populações muito pequenas é conhecida como efeito Allee demográfico. Apesar de haver modelos matemáticos isolados para os diferentes tipos de efeitos Allee, não há um modelo simples que os abranja e os conecte a modelos de crescimento mais gerais (como o de Richards). Propomos unificar modelos de efeitos Allee e o de crescimento de Richards em um modelo que permita um novo ponto de vista sobre o efeito Allee demográfico. Um exemplo do aumento das possibilidades descritivas de tal generalização é a emergência de mais de uma transição cooperação-competição quando considerado um caso particular desse novo modelo (Allee-Gompertz). Apesar da importância do crescimento populacional, a maioria dos modelos básicos de transmissão de doenças infecciosas considera o tamanho populacional constante ou adota simplificações pouco plausíveis. Nesta tese, mostramos as deficiências de um modelo compartimental dinâmico de tuberculose já consagrado e propomos um novo modelo com crescimento populacional logístico. Quando comparados, nosso modelo apresenta previsões mais pessimistas para a erradicação da doença a longo prazo quando testado com parâmetros que definem políticas de controle pouco eficientes. Realizamos tais predições adotando estratégias de controle de países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Visto que esses modelos compartimentais desprezam aspectos espaciais, desenvolvemos uma modelagem computacional de agentes, baseada no modelo proposto, com duas estruturas subjacentes: redes aleatórias e redes reais. A súbita emergência de tuberculose resistente a drogas como consequência de tratamentos ineficazes é também um resultado das implementações desses modelos em dois cenários distintos. Esses resultados são comparados com os do modelo compartimental e com os de um modelo de estrutura subjacente mais simples e, como novo resultado, surge nos dois modelos a possibilidade de erradicação da doença em menos de uma década após o início do tratamento. Esse resultado é possível desde que sejam adotadas estratégias eficientes de controle. / The one-species population growth dynamics is permeated by the relationship between the harms from the intraspecific competition and the benefits from the presence of conspecifics. For many species, the benefits from conspecific cooperation may outweigh the harms from competition. The positive correlation between population size and total fitness in very small population known as demographic Allee effect. Although there are isolated mathematical models for different types of Allee effects, there is not a simple model that covers and connects them to more general growth models (like Richards). We propose to unify models of Allee effects and the Richards growth one in a model that allows a new perspective on the demographic Allee effect. An example of the increased descriptive possibilities of such generalization is the emergence of more than one transition cooperation-competition when considering a particular case of this new model (Gompertz-Allee). Despite the importance of population growth, most basic models of infectious diseases transmission considers population size constant or adopts implausible simplifications. In this thesis, we show the shortcomings of a dynamic compartmental model of tuberculosis already established and we propose a new model with population logistic growth. When compared, our model provides more pessimistic forecasts for the eradication of the disease in the long term if it is tested with parameters that define inefficient control policies. We perform such predictions adopting control strategies from developed and underdeveloped countries. Since these compartmental model disregards spatial aspects, we developed a computational agent model, based on the proposed model, with two underlying structures: random networks and real networks. The sudden emergence of drug-resistant tuberculosis as a result of ineffective treatments is also a result from the implementations of these models in two distinct scenarios. These results are compared with the ones from a compartimental model and with the ones from a model with simpler underlying structure and, as a new result, the possibility of eradicating the disease in less than a decade after beginning the treatment appears on the two models. This result is possible adopting effective control strategies.
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