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A nação e seus outros: uma leitura subalterna de Os Sertões de Euclides da Cunha

Pimentel, Talita Cristina 26 March 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:39:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 3503.pdf: 525283 bytes, checksum: bfb4d66f7d01145cac6857205dc7c328 (MD5) Previous issue date: 2010-03-26 / The present work presents a subordinate reading of Os Sertões of Euclides da Cunha also informed for sources of the Brazilian social thought and the incursion in the historical archives on the episode of Canudos. This at the beginning crystallized a true moral panic of the Republic. Euclides of the Wedge told the revolt of Canudos as a shock between races where the miscegenation gained a fincado historical clipping in the binary division of the Brazilian society in caboclos x mulatos (or interior x the coast). One underlines the panic that account of the Brazilian society with regard to the racial mixture between whites and blacks took and the fear moral of that the life in the cities would be a degenerative threat for our nationality. From this division racial of the society established for Euclides - and endorsed for intellectuals, politicians and artists in the consolidation of the Republic - the hinterland and its people if consecrate as the place and the citizens of a genuine nationality. This allowed, also, that the others were established, the undesirable one in the formation of the Brazilian nationality. / O presente trabalho apresenta uma leitura subalterna de Os Sertões de Euclides da Cunha informada também por fontes do pensamento social brasileiro e da incursão nos arquivos históricos sobre o episódio de Canudos. Este cristalizou um verdadeiro pânico moral no início da República. Euclides da Cunha relatou a revolta de Canudos como um choque entre raças em que a miscigenação ganhou um recorte histórico fincado na divisão binária da sociedade brasileira em caboclos x mulatos (ou interior x litoral). Sublinha-se o pânico moral que tomou conta da sociedade brasileira com relação à mistura racial entre brancos e negros e o temor de que a vida nas cidades seria uma ameaça degenerativa para nossa nacionalidade. A partir dessa divisão racial da sociedade estabelecida por Euclides - e endossada por intelectuais, políticos e artistas na consolidação da República - o sertão e sua gente se consagram como o lugar e os sujeitos de uma nacionalidade genuína. Isto permitiu, também, que se estabelecessem os outros, os indesejáveis na formação da nacionalidade brasileira.
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As crianças de seis anos no ensino fundamental de nove anos e o governamento da infância

Mota, Maria Renata Alonso January 2010 (has links)
Esta Tese tem o objetivo de discutir como o Ensino Fundamental de nove anos está inserido em práticas de governamento da infância e, ainda, como essas práticas possibilitam um outro lugar escolar para as crianças de seis anos de idade. Utilizo os conceitos de governamentalidade, governamento e biopoder, a partir de algumas aproximações com o pensamento de Michel Foucault, entre outros autores que assumem uma perspectiva pósestruturalista. Utilizei como material de pesquisa alguns documentos que tratam da política de Ensino Fundamental de nove anos elaborados pelo Ministério da Educação e pela Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Sul, bem como matérias jornalísticas que estavam sendo publicadas sobre o assunto no período mais intenso da implementação do Ensino Fundamental de nove anos (2005-2008). Organizei o estudo em duas dimensões de análise da política de Ensino Fundamental de nove anos. A primeira dimensão aborda o nível institucional, a partir de três eixos: a inclusão, a gestão e a avaliação. A segunda aborda o discurso sobre os sujeitos, ou seja, como o sujeito infantil de seis anos é narrado no material coletado. Essa segunda dimensão foi analisada a partir de dois eixos: o esmaecimento de fronteiras e a infantilização e a desinfantilização da infância. A análise dos materiais me possibilitou compreender essa política educacional para além do discurso da universalização e da igualdade de oportunidades. Isso implica perceber que incluir “todas” as crianças de seis anos na escola de Ensino Fundamental, passa por uma estratégia voltada para a gestão do risco social e para uma gestão de resultados. Também procurei mostrar que a política de Ensino Fundamental de nove anos pode estar contribuindo para aproximar as crianças de seis anos da lógica escolar já instituída no Ensino Fundamental. No que diz respeito à infantilização e à desinfantilização da infância penso que ainda que esses processos pareçam contraditórios, não são excludentes, eles estão implicados numa mesma racionalidade governamental. É nesse cenário constituído de paradoxos e tensões que se configuram e se subjetivam esses sujeitos infantis de seis anos que estão começando a ocupar este novo lugar no espaço do Ensino Fundamental de nove anos. / This thesis aims to discuss how the nine-year primary education is embedded in practices of childhood government and how these practices allow another school place for six-year-old children. I use the concepts of governmentality, government and biopower, from some approaches to the thought of Michel Foucault, among other authors who take a poststructuralist perspective. I used documents about the nine-year primary education policy prepared by the Ministry of Education and the State of Rio Grande do Sul Education Department as research material, as well as news stories that were being published about the issue during the most intense period of the implementation of the nine-year primary education (2005-2008). I organized the study in two dimensions of analysis of the nine-year primary education policy. The first dimension addresses the institutional level, from three axes: inclusion, management and evaluation. The second deals with the discourse on the subject, in other words, how the six-year-old child subject is narrated in the gathered material. This second dimension was analyzed from two perspectives: the fading of borders and infantilization and disinfantilization of childhood. The analysis of materials enabled me to understand this education policy beyond the discourse of universality and equality of opportunities. This implies realizing that including "all" six-year-old children in primary education involves a strategy focused on social risk and results management. I also tried to show that the nine-year primary education policy may be contributing to bring six-year-old children closer to the scholastic logic which has already been established in primary school. Concerning infantilization and disinfantilization of childhood, although these processes may seem contradictory, they are not mutually exclusive; they are implicated in the same governmental rationality. In this scenario, consisting of paradoxes and tensions, these six-year-old subjects, who are beginning to occupy this new place in the nine-year primary education space, shape and subjectify themselves.
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A epidemia de Fitness: uma questão de saúde pública / The epidemic of Fitness: a public health issue

Bastos, Wanja de Carvalho January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2011-05-04T12:36:29Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2010 / A proposta desse estudo é provocar um estranhamento a respeito de uma condição naturalizada e disseminada, principalmente pelos campos da saúde, política e economia, contudo apenas percebida, inicialmente, nos espaços de atuação da educação física. O fato em questão refere-se à transformação dos hábitos e comportamentos dos indivíduos, alvo de controle por parte de especialistas interessados em promover, a qualquer preço, a saúde, a beleza e o vigor dessas pessoas. No entanto, como o significado da saúde para esse conjunto de profissionais e leigos ficou reduzido aos seus aspectos biológicos, o corpo no século XXI se transformou em terreno favorável às ações obsessivas na ordem da prevenção. Outro ponto abordado no estudo é a rede estabelecida entre este fato e os empreendimentos criados por parte de empresas atuantes no mercado de bens destinados a otimizar a vida e a beleza; tudo isso com o endosso da ciência e da mídia de massa. O estudo, então, parte da visão foucaultiana de biopoder, acompanhando, ainda, as reformulações propostas para o nosso século, por Nikolas Rose, no que se refere a este poder sobre a vida dos indivíduos. É nesse sentido que traduzo a participação dos governos liberais avançados, na engrenagem de responsabilização do sujeito pela vida em si, como também interpreto o ambiente social estabelecido em decorrência desse processo de desqualificação do espaço público, incrementando projetos voltados à ampliação de estilos de vida individualizantes, ou seja, focados no próprio corpo. Dessa maneira, quando explano o interesse dos poderes oficiais e privados em incutir nos indivíduos a responsabilidade pela vida em si e todas as nuances embutidas nesse universo, emergem assuntos alinhados com as frequentes crises de insegurança, medo generalizado da morte e o lamentável perfil egoísta das relações modernas. Portanto, a atuação das autoridades engajadas com a biopolítica do indivíduo, não mais das populações, forja uma situação de sofrimento pouco considerada pela área da saúde. Foi por meio da articulação de conceitos como globalização, história da beleza, longevidade, hedonismo e o pensamento nietzscheano, que criei a base para construir a discussão teórica necessária que apontasse para o que denomino epidemia de fitness. O caminho realizado para atingir as fontes e o método empregado, dos saberes indiciários, partiu de um estudo de caso da Expo Wellness Rio 2009. E ainda, fazendo contraponto a este ambiente ascético, repleto de moralismo, em que as pessoas são impelidas ao autocontrole incessante, adoto a filosofia de Nietzsche para relativizar as certezas e ameaças sentidas pelo homem doente , expressão incessantemente empregada pelo filósofo em seu livro Genealogia da Moral. / The proposal of this study is to create a sensation of weirdness about a condition naturalized and widespread mainly in the fields of health, politics and economics, however, initially only perceived in the activities of physical education. The fact in question relates to the transformation of the habits and behaviors of individuals, subject to control by experts interested in promoting health, beauty and vigor of those people, no matter what it takes. However, as the meaning of health for this group of professionals and lay persons was reduced to its biological aspects, the body in the XXI century became a favorable terrain to obsessed actions in the field of prevention. Another topic is the network established between this fact and the enterprises created by companies whose field of action lies in the production of goods destinated to optimize life and beauty, all of this with the endorsement of science and mass media. Therefore, the study takes support on Foucault’s vision of biopower and follows the reformulations proposed for our century, by Nikolas Rose, with regard to such power on the lives of individuals. That is why I translate the participation of advanced liberal governments in the gear of the subject’s responsibility for life itself, but also I interpret the established social environment as a result of this process of disqualification of the public space, improving projects aimed at the increase of individualizing life styles, which means focused on the body. Thus, when speaking of the interest of official and private powers to instill in individuals the responsibility for life itself and all the nuances embedded in that universe, some issues emerge, in line with the frequent bouts of insecurity, widespread fear of death and the unfortunate selfish profile of modern relations. Therefore, the actions of the authorities concerned with the biopolitics of the individual, and no more of the populations, forge a situation of suffering poorly regarded by the health field. It was through the articulation of concepts such as globalization, history, beauty, longevity, hedonism and the nietzschean thought, that I created the foundation for building the necessary theoretical discussion that would point to what I call a “fitness epidemic”. The way I chose to achieving sources and the methods applied, indiciary knowledge, came from a case study of Expo Wellness Rio 2009. And yet, as a counterpart to this ascetic atmosphere, filled with moralism, in which people are driven to unceasing self-control ; I adopt the philosophy of Nietzsche to the relativize the certainties and threats experienced by the "sick man", a term constantly used by the philosopher in his book Genealogy of Morals.
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As crianças de seis anos no ensino fundamental de nove anos e o governamento da infância

Mota, Maria Renata Alonso January 2010 (has links)
Esta Tese tem o objetivo de discutir como o Ensino Fundamental de nove anos está inserido em práticas de governamento da infância e, ainda, como essas práticas possibilitam um outro lugar escolar para as crianças de seis anos de idade. Utilizo os conceitos de governamentalidade, governamento e biopoder, a partir de algumas aproximações com o pensamento de Michel Foucault, entre outros autores que assumem uma perspectiva pósestruturalista. Utilizei como material de pesquisa alguns documentos que tratam da política de Ensino Fundamental de nove anos elaborados pelo Ministério da Educação e pela Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Sul, bem como matérias jornalísticas que estavam sendo publicadas sobre o assunto no período mais intenso da implementação do Ensino Fundamental de nove anos (2005-2008). Organizei o estudo em duas dimensões de análise da política de Ensino Fundamental de nove anos. A primeira dimensão aborda o nível institucional, a partir de três eixos: a inclusão, a gestão e a avaliação. A segunda aborda o discurso sobre os sujeitos, ou seja, como o sujeito infantil de seis anos é narrado no material coletado. Essa segunda dimensão foi analisada a partir de dois eixos: o esmaecimento de fronteiras e a infantilização e a desinfantilização da infância. A análise dos materiais me possibilitou compreender essa política educacional para além do discurso da universalização e da igualdade de oportunidades. Isso implica perceber que incluir “todas” as crianças de seis anos na escola de Ensino Fundamental, passa por uma estratégia voltada para a gestão do risco social e para uma gestão de resultados. Também procurei mostrar que a política de Ensino Fundamental de nove anos pode estar contribuindo para aproximar as crianças de seis anos da lógica escolar já instituída no Ensino Fundamental. No que diz respeito à infantilização e à desinfantilização da infância penso que ainda que esses processos pareçam contraditórios, não são excludentes, eles estão implicados numa mesma racionalidade governamental. É nesse cenário constituído de paradoxos e tensões que se configuram e se subjetivam esses sujeitos infantis de seis anos que estão começando a ocupar este novo lugar no espaço do Ensino Fundamental de nove anos. / This thesis aims to discuss how the nine-year primary education is embedded in practices of childhood government and how these practices allow another school place for six-year-old children. I use the concepts of governmentality, government and biopower, from some approaches to the thought of Michel Foucault, among other authors who take a poststructuralist perspective. I used documents about the nine-year primary education policy prepared by the Ministry of Education and the State of Rio Grande do Sul Education Department as research material, as well as news stories that were being published about the issue during the most intense period of the implementation of the nine-year primary education (2005-2008). I organized the study in two dimensions of analysis of the nine-year primary education policy. The first dimension addresses the institutional level, from three axes: inclusion, management and evaluation. The second deals with the discourse on the subject, in other words, how the six-year-old child subject is narrated in the gathered material. This second dimension was analyzed from two perspectives: the fading of borders and infantilization and disinfantilization of childhood. The analysis of materials enabled me to understand this education policy beyond the discourse of universality and equality of opportunities. This implies realizing that including "all" six-year-old children in primary education involves a strategy focused on social risk and results management. I also tried to show that the nine-year primary education policy may be contributing to bring six-year-old children closer to the scholastic logic which has already been established in primary school. Concerning infantilization and disinfantilization of childhood, although these processes may seem contradictory, they are not mutually exclusive; they are implicated in the same governmental rationality. In this scenario, consisting of paradoxes and tensions, these six-year-old subjects, who are beginning to occupy this new place in the nine-year primary education space, shape and subjectify themselves.
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A biopolítica no contexto da microjustiça de medicamentos no Estado do Rio de Janeiro: a potência da vida para uma ética de cuidado

Mayernyik, Marcelo de Almeida January 2017 (has links)
Submitted by Ana Lúcia Torres (bfmhuap@gmail.com) on 2017-10-26T14:06:28Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) TESE_MARCELO.MAYERNYIK_VERSÃO.FINAL.pdf: 2684171 bytes, checksum: 0f58c64a11267f042717eaad623a6249 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Lúcia Torres (bfmhuap@gmail.com) on 2017-10-26T14:06:37Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) TESE_MARCELO.MAYERNYIK_VERSÃO.FINAL.pdf: 2684171 bytes, checksum: 0f58c64a11267f042717eaad623a6249 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-10-26T14:06:37Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) TESE_MARCELO.MAYERNYIK_VERSÃO.FINAL.pdf: 2684171 bytes, checksum: 0f58c64a11267f042717eaad623a6249 (MD5) Previous issue date: 2017 / Universidade Federal Fluminense. Instituto de Saúde Coletiva / A judicialização da política de medicamentos oncológicos de alto custo, fruto da complexidade da vida e das relações humanas, suscita questões de ordem econômica, social e política, que efluem de uma cadeia de eventos que envolvem o cidadão, o sistema de saúde e o sistema de justiça, no contexto da microjustiça de medicamentos oncológicos de alto custo, que, por sua vez, perpassa todas as etapas sucessórias de um contencioso, ou seja, desde o início do conflito, o manejo, até o seu desfecho, mobilizando diversos protagonistas que agem e deliberam, em uma dinâmica consecutiva de decisões que impactam diretamente e determinam o cuidado produzido com o cidadão-vulnerado. Neste sentido, tornou-se relevante a operacionalização de uma pesquisa que procurasse desvelar, compreender e contrastar as distintas percepções, sentidos, argumentos e modos de agir, dos diversos protagonistas envolvidos nesses litígios, bem como as suas intencionalidades e contribuições para a defesa da vida e para a promoção de um cuidado resolutivo em saúde. O objetivo geral deste estudo foi investigar a ideia de cuidado estabelecido com o cidadão-vulnerado, na perspectiva dos representantes do Judiciário e do Executivo, à luz da biopolítica, para compreender a dinâmica entre a política da vida e a política sobre a vida, e, entre a biopotência e o biopoder, que se expressam na microjustiça de medicamentos. Os participantes dessa pesquisa são profissionais, do sistema de justiça ou do sistema de saúde, envolvidos, direta ou indiretamente, nos cinco processos-casos selecionados entre os anos 2012 e 2014, julgados em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, cujo pleito era medicamentos oncológicos de alto custo. A operacionalização desta investigação contou com três etapas distintas e sucessivas: a exploração inicial dos argumentos processuais, categorizando as partes de acordo com a afinidade argumentativa, através da dialética, para a elaboração e personalização do roteiro de entrevista; o trabalho de campo, com a aplicação do roteiro para entrevista semiestruturada junto aos participantes; e, a apresentação dos resultados, análise e discussão, que integra, metodologicamente, a dialética, a análise da retórica, o fluxograma descritor e a abordagem qualitativa em profundidade. De acordo com os resultados, observa-se a adoção de distintos parâmetros éticos, contrários ou complementares, tais como os parâmetros de uma ética biomédica, centrada na medicalização; uma ética de mercado, centrada na mercantilização da doença ou da vida; uma ética utilitarista, centrada na maximização do bem-estar comum; ou, propriamente, uma ética de cuidado, centrada na defesa da vida e do direito à saúde; os quais fundamentam a argumentação e orientam o agir deliberativo dos protagonistas envolvidos, podendo promover a potência da vida pelo exercício de uma política em defesa da vida, quando o cuidado produzido é reconhecidamente resolutivo, expressando um compromisso ético com a vida qualificada; ou, podendo promover a potência de morte pelo exercício de uma política sobre a vida, quando, em defesa de interesses avessos a um cuidado singular, os atos resultam em uma assistência insatisfatória e ineficiente ou, na pior das hipóteses, resultam em desassistência, acelerando ou contribuindo para a finitude da vida. Deste modo, conclui-se que todo cuidado é ético, pois toda a ação dos envolvidos, comprometidos com o cuidado, é orientada por parâmetros éticos, mas nem todo cuidado é reconhecido como ético, pois pode resultar na satisfação de interesses divergentes aos propostos nos pactos de cuidados estabelecidos entre os profissionais e o cidadão / The judicialization of politics of high cost oncological drugs, result of the complexity of life and human relations, raises issues of an economic, social and political order, which emanate from a chain of events involving the citizen, the health system and the justice system, in the context of the microjustice of high cost oncological drugs, which, in turn, runs through all successive stages of a litigation, that is, from the beginning of the conflict, handling, until its denouement, mobilizing several protagonists who act and deliberate, in a consecutive dynamics of decisions that directly impact and determine the care produced with the vulnerable citizen. In this sense, it became relevant to operationalize a research that seeks to unveil, understand and contrast the different perceptions, meanings, arguments and ways of acting, the various protagonists involved in these health litigations, as well as their intentions and contributions for the defense of life and for the promotion of resolutive health care. The general objective of this study was to investigate the idea of care established with the vulnerable citizen, from the perspective of the representatives of the Judiciary and the Executive, in the light of biopolitics, to understand the dynamics between politics of life and politics about life, and, between biopotency and biopower, which are expressed in the microjustice of drugs (medicines). The participants in this research are professionals, the justice system or the health system, involved, directly or indirectly, in the five lawsuits-cases selected between the years 2012 and 2014, judged in the second instance by the Court of Justice of Rio de Janeiro, whose demand was high cost oncology drugs. The operation of this investigation had three distinct and successive stages: the initial exploration of arguments of lawsuits, categorizing the parts according to argumentative affinity, through the dialectic, for the elaboration and personalization of the interview script; the fieldwork, with the application of the script for semi-structured interview with the participants; and, the presentation of results, analysis and discussion, which integrates, methodologically, the dialectic, rhetorical analysis, descriptive flowchart and qualitative approach in depth. According to the results, it is observed the adoption of different ethical parameters, contraries or complementary, such as the parameters of a biomedical ethics, centered in the medicalization; an ethics of market, centered on the commodification of disease or life; a utilitarian ethics, centered on the maximization of the common welfare; or, properly, an ethics of care, centered on the defense of life and the right to health; which ground the argument and guide the deliberative action of the protagonists involved, being able to promote the power of life by the exercise of a policy in defense of life, when the care produced is recognized as resolutive, expressing an ethical commitment to a qualified life; or, by promoting the power of death through the exercise of a politics about life, when, in defense of interests that are averse to singular care, the acts result in unsatisfactory and inefficient care or, at worst, result in lack of assistance, accelerating or contributing to the finitude of life. That way, it is concluded that all care is ethical, since all the action of those involved, committed to care, is guided by ethical parameters, but not all care is recognized as ethical, as it can result in the satisfaction of interests divergent from those proposed in the pacts of care established between professionals and the citizen
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Séparer les moustiques des humains à La Réunion. Co-production d'un nouvel ordre socio-naturel en contexte post-colonial / Separate the mosquito from human. Co-production of a new socio-natural order in post-colonial context.

Dupé, Sandrine 04 December 2015 (has links)
En 2005-6, le virus du chikungunya, transmis par les moustiques Aedes albopictus, touche 38% des habitants de La Réunion. Cette épidémie marque la fin de l'usage systématique des insecticides et la refonte des politiques de santé. Les pouvoirs publics enrôlent les citoyens et les moustiques dans l'élaboration de nouvelles frontières, matérielles et symboliques, entre les deux espèces. Cette thèse a pour objectif d'interroger les effets de ces changements de pratiques sur les rapports sociaux de pouvoir en contexte post-colonial, et sur les relations entre humains et moustiques. Pour saisir les dynamiques socio-naturelles à l'œuvre, une ethnographie combinatoire a permis d'observer les co-constructions de savoirs et de pratiques dans plusieurs espaces où s'organise la mise à distance des moustiques. Elle s'est appuyée sur le recueil de discours et l'observation de pratiques au sein du service de lutte contre les moustiques, au cœur d'une équipe de recherche sur la Technique de l'insecte stérile (visant à relâcher des moustiques stériles sur l'île) et auprès de non professionnels de la lutte. Une collecte d'articles de presse et d'archives a achevé de constituer le corpus de données. L'enjeu de cette thèse est de montrer que bien loin d'opérer une simple séparation entre humains et moustiques, les nouvelles pratiques de lutte ont intensifié leurs interactions. En parallèle, elle propose une réflexion sur les dynamiques liées à la coexistence de plusieurs systèmes interprétatifs, permettant d'appréhender – ou non – collectivement la prise en charge du risque épidémique. C'est l’occasion de réfléchir aux relations entre l'État, les scientifiques et les citoyens. / In 2005-6, the chikungunya virus, transmitted by the Aedes albopictus mosquito, affects 38% of the inhabitants of Reunion Island. This outbreak marks the end of the systematic use of insecticides and the consolidation of health policies. Public authorities enlist citizens and mosquitoes in the development of new frontiers, material and symbolic, between the two species. This thesis aims to examine the effects of these changes in practices on the social relations of power in post-colonial context, and the relationship between humans and mosquitoes.To apprehend the socio-natural dynamics at work, a combinatorial ethnography allowed to observe the co-construction of knowledge and practices in several areas where the distancing mosquitoes gets organized. It was based on the collection of speeches and observing practices in the vector control service, in the heart of a research team on the Sterile insect technique (to release sterile mosquitoes on the island) and from non-control professionals. A collection of articles and archives finalized to constitute the body of data.The aim of this thesis is to show that far from making a simple separation between humans and mosquitoes, new management practices have intensified their interactions. In parallel, it proposes a reflection on the dynamics associated with the coexistence of several interpretive systems, allowing to understand - or not - the collective management of epidemic risk. This is an opportunity to reflect on the relationship between the state, scientists and citizens
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Usuários de crack na contemporaneidade : entre urubus diplomados e o canto dos sabiás

Trindade, Jayane Pinheiro 23 February 2015 (has links)
From a genealogical perspective, this theoretical and conceptual work, addresses the current field of mental health, in particular, alcohol and other drugs. The current context sometimes is dominated by criminalizing and medicalized perspectives with regard to the use and care for drug users. Therefore, we have claimed to question such reductionist practices in the light of power analyzes carried out by Michel Foucault‟s genealogical perspective, focusing in particular, the strategic function of Compulsory Admission, used today for crack users in the streets, like the cracolândias in São Paulo and Rio de Janeiro cities.This hospitalization provided by law, is an action taken in individual and specific cases, backed by court order, indicated when the person is endangering his own life or that of third parties and has already exhausted all other intervention resources. The methodology used was the genealogy, in order to understand some power games built throughout history and analyze how these still operate and are updated in the contemporary. Michel Foucault‟s genealogy (Power-Know) analyzes the onset of knowledge, which takes place from conditions of external possibilities for own knowledge, that is, lie them as elements of a strategic nature essentially device. Foucault points out the existence of a network of articulated micro powers to the State and that permeate the entire social structure. For that we used some research and Michel Foucault´s reflections on the disciplinary power and biopower. Thus, from these reflections on trying to understand other possibilities of expansion of the practice regarding crack users in the streets. / A partir de uma perspectiva genealógica, o presente trabalho, de cunho teórico conceitual, aborda o atual campo da saúde mental, em específico, de álcool e outras drogas. O atual contexto, por vezes, é dominado por perspectivas criminalizante e medicalizante no que diz respeito ao uso e aos cuidados aos usuários de drogas. Diante disto, tivemos a pretensão de questionar tais práticas reducionistas a luz das análises do poder realizadas pela perspectiva genealógica de Michel Foucault, focalizando em específico, a função estratégica da Internação Compulsória hoje para usuários de crack em situação de rua, a exemplo das cracolândias, nas capitais São Paulo e Rio de Janeiro. Esta internação, prevista em lei, é uma medida tomada em casos pontuais e específicos, respaldada por ordem judicial, indicada quando a pessoa está pondo em risco sua própria vida ou a de terceiros e quando já se esgotaram todos os outros recursos de intervenção. A metodologia empregada foi à genealogia, com o intuito de compreender alguns jogos de força construídos ao longo da história e analisar como estes ainda operam e se atualizam no contemporâneo. A genealogia (Poder-Saber) de Michel Foucault busca analisar o aparecimento dos saberes, que se dá a partir de condições de possibilidades externas aos próprios saberes, ou seja, os situam como elementos de um dispositivo de natureza essencialmente estratégica. Foucault assinala a existência de uma rede de micro-poderes articulados ao Estado e que permeiam toda a estrutura social. Assim, procuramos analisar o poder partindo não do seu centro (Estado), mas a partir desses micro-poderes que permeiam a estrutura social, considerando suas relações com a estrutura mais geral do poder que seria o Estado. Para isso utilizamos algumas pesquisas e reflexões de Michel Foucault acerca do poder disciplinar e do biopoder. Partimos dessas reflexões na tentativa de entender outras possibilidades de ampliação das práticas de cuidado referentes aos usuários de crack em situação de rua.
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Captive bodies, dissident voices : carcerality and resistance in third-world women's narratives

Boughattas, Imen 11 1900 (has links)
Cette thèse de doctorat renouvelle les réflexions autour du « carcéral » afin de le repenser comme un instrument politique et social coercitif, qui saisit et emprisonne des sujets, des collectivités, des alternatives émancipatrices et des capacités imaginatives. S’appuyant sur des récits de femmes du « tiers monde » (We Lived to Tell : Azadeh Agah, Sousan Mehr, Shadi Parsi, 2007 ; Memoirs from the Women’s Prison : Nawal El Saadawi, 1984 ; Imaginary Maps : Mahasweta Devi, 1994 ; Zoo City : Lauren Beukes, 2010 ; Moxyland : Lauren Beukes, 2008), nous explorons de multiples tropes et sites d’emprisonnement, d’enfermement, de sujétion et d’immobilisation, qui renforcent les logiques carcérales et qui entravent l’agence collective. Nous présentons une critique genrée des mécanismes locaux et mondiaux, micropolitiques et macropolitiques de la violence contre les sujets captifs et les communautés précaires. Ce dispositif de déconstruction se base sur une analyse multidisciplinaire des arrangements carcéraux, qui incluent des institutions punitives, des États-nations hétéronormatifs, des discours patriarcaux, le trafic sexuel, la servitude pour dettes, le capitalisme, la surveillance numérique, la privation économique et la déshumanisation politique. Ce travail de recherche invite également à une relecture de récits carcéraux qui permettent la réinvention des vocabulaires, des pratiques et de l’éthique de résistance, ainsi que l’émergence de projets collectifs de libération qui transgressent les confins politiques, sociaux, discursifs et épistémologiques de l’agenda néolibéral. À travers ses différents cadres théoriques, notre lecture s’engage dans un dialogue critique entre les études littéraires, féministes, postcoloniales et matérialistes, afin d’élucider de nouvelles façons de penser la carcéralité, la liberté et la résistance. / This dissertation seeks to produce new understandings of the “carceral” as a mode of subject formation and social production that captures and contains subjects, collectivities, emancipatory alternatives, and imaginative capacities. Drawing on “Third-World” women’s narratives (We Lived to Tell : Azadeh Agah, Sousan Mehr, Shadi Parsi, 2007 ; Memoirs from the Women’s Prison : Nawal El Saadawi, 1984 ; Imaginary Maps : Mahasweta Devi, 1994 ; Zoo City : Lauren Beukes, 2010 ; Moxyland : Lauren Beukes, 2008), this dissertation investigates multiple tropes and sites of imprisonment, enclosure, subjection, and immobilization that reinforce carceral logics and impede collective agency. Through a multidisciplinary examination of carceral arrangements that include punitive institutions, heteronormative nation states, patriarchal discourses, sexual trafficking, debt bondage, global capital, political dehumanization, digital surveillance, and corporate violence, this dissertation offers a gendered critique of the local and global, micropolitical and macropolitical mechanisms of violence against captive subjects and precarious communities. The dissertation also invites a rereading of carceral narratives that enable the reinvention of vocabularies, ethics, and practices of resistance and the emergence of collective liberatory projects that transgress the political, social, discursive, and epistemological confines of the neoliberal agenda. Through its different theoretical frameworks, this dissertation engages in a critical dialogue between literary, feminist, postcolonial, and materialist studies in order to elucidate new ways of thinking about carcerality, freedom, and resistance.
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Bios éducatifs : problèmes du biopouvoir dans les représentions littéraires et filmiques du milieu éducatif (1984-2015)

Allouch, Hanen 12 1900 (has links)
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SUSTAINABLE LIFESTYLES - AN EXPERIMENT IN LIVING WELL : Northern European examples of sustainable planning

Bratel, Yael January 2012 (has links)
This study examines the concept of sustainable lifestyles. It is concluded that the concept of sustainable lifestyles is derived from the bigger term sustainable development and that the concept sustainable lifestyles exists as an antipode to unsustainable lifestyles. Sustainable lifestyles are still a new concept within the academic field of urban planning and design and some confusion regarding the definition remains. Three case studies were made investigating urban planning for sustainable lifestyles. The sites were Houthaven in Amsterdam, Netherlands, Royal Seaport in Stockholm Sweden and Western Harbour in Malmö, Sweden. Urban planning for sustainable lifestyles was explicitly carried out in the Royal Seaport, in the other two cases the concept of sustainability was approached more generally but nonetheless the methods used were quite similar in all three cases. How people in the society of today are seen as responsible for e.g. buying ecological food, driving ecological vehicles and living a sustainable lifestyle, are analysed through the approaches of governmentality and biopower. There has been a shift from a centralised governing of sustainability implementations to a decentralised one where the individual responsibility stands in focus. There are different views of what a sustainable behaviour and lifestyle could incorporate. According to the technocentric approach, technical solutions to environmental problems are sufficient, but according to the ecocentric approach, behavioural changes are needed in order to obtain sustainability. This has implications for the planning of sustainable lifestyles. In some cases technical solutions are favoured in front of behavioural ones and the other way around. The two tracks of understanding leads to two different pathways of sustainability and a need to recognize and comprehend the differences are crucial in planning for sustainable lifestyles. Sustainable behaviour and habits relate to actions, which e.g. minimizes the use of natural resources or incorporates the switch from an unsustainable habit to a sustainable one. Sustainable behaviour is often referred to as pro-environmental behaviour and circles around consumption. There are several ways of replacing unsustainable habits with sustainable ones discussed in this study. / <p>email: bratel@kth.se</p>

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