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Tensão e extensão: ensaio sobre a ontologia bergsonianaHenriques, Fernando Meireles Monegalha 12 March 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-03-12 / Financiadora de Estudos e Projetos / In this work, our aim is to show how Bergson s consciousness analysis is linked to his ontology. For that, we will begin with an analysis of temporal dimensions that are implicit in the idea of duration. Then, we will approach the idea that Bergson thinks our consciousness as a temporal field within past, present and future are linked. From there, we will try to show that this temporal field acknowledges several levels, as he put forward by his degrees of duration s theory. Thereafter, we will be ready to display the internal link between temporality and ontology according to Bergson, insofar our consciousness will be, for the French philosopher, just one of varied levels composing real s internal structure, insomuch other degrees of duration can be thought being high or low from this average temporal degree that our subjectivity is. Low: minimal temporality of our own body and lowermost duration of the matter. High: the concretion of duration or eternity of life , which is going to be called God by Bergson. In all these cases, the point is to think in duration, that is, to think varied strata of real by their temporal features, defining their respective places in a sole temporal structure, that we can go through by our own being s immanent intuition, in a movemente which Bergson will assert to be the metaphysics itself . These varied degrees of duration, in turn, will reveal being in a reverse relation to the consciousness extension: the bigger the past contraction made by our consciousness, that is, the bigger its intensity, the lesser its extension in the world. We will attempt to show that this idea of a reverse relation between the duration degrees and extension ones permeates a large part of Bergson s work, and it is very helpful in order to make Bergson s work clearer. Finally, our aim is to show how Bergson thinks his ontology from a genetic point of view: for that, we will elucidate what the concept of vital impulse hides and we will understand what the singular procession presented by Bergson in the third chapter of Creative Evolution consists of. / No presente trabalho, procuraremos mostrar como se articulam a análise da consciência de tempo empreendida por Bergson e sua ontologia. Para tanto, partiremos de uma análise das dimensões temporais implícitas na ideia de duração, para daí chegar à ideia de que Bergson pensa nossa consciência como um campo temporal onde se articulam passado, presente e futuro. A partir disso, buscaremos mostrar que esse campo temporal admite para Bergson diversos níveis, como ele procurou mostrar por meio de sua teoria dos graus de duração. Será a partir desse momento que poderemos mostrar a articulação interna entre temporalidade e ontologia para Bergson, na medida em que nossa consciência será para o filósofo francês somente um dos diversos níveis que compõem a estrutura interna do real, sendo que diversos outros graus de duração podem ser pensados acima e abaixo dessa faixa temporal mediana que é a nossa subjetividade. Abaixo: a temporalidade mínima de nosso corpo próprio e a duração ínfima da matéria. Acima: a concreção da duração ou eternidade de vida , que Bergson chamará de Deus. Em todos estes casos, tratar-se-á de pensar em duração, isto é, de pensar os diversos estratos do real a partir de seus aspectos temporais, definindo seus respectivos lugares numa estrutura temporal única, que podemos percorrer por meio de uma intuição imanente de nosso próprio ser, num movimento que Bergson declarará ser a própria metafísica . Esses diversos graus de duração, por sua vez, revelarão estar numa relação inversa com a extensão da consciência: quanto maior a contração do passado operada por nossa consciência, isto é, quanto maior sua intensidade, menor a extensão que ela ocupa no mundo. Buscaremos mostrar que essa ideia de uma relação inversa entre os graus de duração e de extensão permeia grande parte da obra de Bergson, e nos ajuda bastante a esclarecê-la. Por fim, buscaremos mostrar como Bergson pensa sua ontologia de um ponto de vista genético: para tanto, buscaremos elucidar o que está por trás do conceito de impulso vital e compreender no que consiste a singular processão que Bergson nos apresenta no terceiro capítulo de A evolução criadora.
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A condução de si e dos outros através de uma acontecimentalização da história em Michel FoucaultJaquet, Gabriela Menezes January 2016 (has links)
L‟objectif de ce mémoire est de comprendre la possibilité et les développements de ce dont nous percevons comme une forme différente d‟aborder l‟histoire, celle qui privilégie la catégorie d‟événement dans sa composition. Pour soutenir cette idée, nous avons choisi de vérifier son opérabilité à travers l‟oeuvre de Michel Foucault en partant d‟une lecture qui rend explicites les relations entre les domaines du discursif et du non-discursif pour faire état des modifications acquises par son « événementialisation » de l‟histoire. Nous prétendons donc analyser une spécificité qui résulte de cette construction théorique qui vise à réaliser une histoire du présent : la configuration du pouvoir pastoral à partir de la problématique de sa conduction et sa relation avec le diagnostic foucaldien de l‟insurrection iranienne de 1979. / O objetivo deste trabalho é compreender a possibilidade e os desdobramentos do que percebemos como uma forma diferente de abordagem da história, que privilegia a categoria de acontecimento em sua composição. Para tal, escolhemos verificar sua operacionalidade através da obra de Michel Foucault partindo de uma leitura que explicita as relações entre os domínios do discursivo e do não-discursivo para dar conta das modificações trazidas por sua acontecimentalização da história. Pretendemos, desta maneira, analisar uma especificidade decorrente desta construção teórica que visa realizar uma história do presente: a configuração do poder pastoral a partir da problemática da condução e sua relação com o diagnóstico foucaultiano da Insurreição Iraniana de 1979. / The aim of this thesis is to understand the possibility and developments of what we perceive as a differentway of approaching history, one that gives privilege to the category of event in its composition. To achieve this, we have chosen to check its operational plausibility in the work of Michel Foucault based on a reading that makes explicit the relations between the domains of the discursive and the non-discursive. Our objective is to give an account of the modifications brought out by his eventalization of history. We thus aim to analyse a specific result stemming from the theoretical construction whose purpose is to accomplish a history of the present: the configuration of pastoral power as based on the problematic of its conduction and its relation to the Foucauldian diagnosis of the Iranian Insurrection of 1979.
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Foucault, o corpo e a filosofia / Foucaut, the body the philosophyBRITO, Vinícius Vieira 13 June 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-06-13 / Dada a importância atual de se tomar o corpo como objeto de reflexão, analisaremos, nesta dissertação, o surgimento do conceito de corpo na obra do filósofo francês Michel Foucault. Mas ao contrário dos estudos sobre ele, que discutem o corpo sobretudo em Vigiar e Punir e na História da Sexualidade, delimitaremos como objeto o corpo na obra O Nascimento da Clínica, livro que faz uma história do surgimento do corpo-organismo com a emergência da medicina moderna, mais precisamente com a anatomia e fisiologia de Bichat. As dissecações feitas por este médico, no final do século XVIII, possibilitaram às ciências da vida o afastamento do legado de Descartes, que concebe o corpo como uma máquina. Ao traçar esta descontinuidade que culminou com o advento do corpo com órgãos, Foucault provoca uma cisão na história da relação da filosofia com o corpo, que era sempre pensado em referência ao corpo-alma de filosofia cartesiana.
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Deleuze & Guattari: uma ética dos devires / Deleuze & Guattari: une ethique des devenirsCarneiro, Altair de Souza 24 July 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-07-24 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Cette dissertation recherche l éthique des devenirs présente dans les uvres de Gilles Deleuze et Félix Guattari. D abord, elle aborde la Philosophie Pratique créée par les philosophes cités ci-dessus; souligne le privilège donné au mouvement plutôt qu au repos, à la variation continue au détriment de la forme déterminée et de la structure, aux videments qui sont toujours en voie de dissoudre l organisation et la stabilité des structures endurcies, à l indéfini sur ce qui a déjà fini, à la primauté de l informel et de l illimité sur l équilibre des formes et la mesure des limites; elle aborde aussi les paires conceptuelles nomadisme et sédentarisation, déterritorialisation et territoire, moléculaire et molaire. Pour montrer que cette éthique des devenirs se rapporte directement à une politique de l existence, la deuxième partie de la recherche recourt aux procédés artistiques théâtral de Carmelo Bene et littéraire de Franz Kafka; telles créations fonctionnent comme des outils pour la création du concept de mineur , ce qui est indispensable à l invention du concept de devenir, d une fois que tout devenir est mineur. Finalement, au troisième chapitre, on présente une typologie des devenirs qui affirme l immanence de l existence; typologie produite sans prétention d universalité car il ne s agit pas d une représentation pour tous, ni avec de l ambition essentialiste, car elle n affirme pas que ces types soient une essence pour tous, moins encore qu ils soient les uniques composants d une typologie des devenirs; les types choisis ont eu, en tant que critère, la plus grande insistance dans l uvre des philosophes, et ce sont bien eux qui, dans la perspective de cette recherche, rendent possible l accomplissement d une éthique des devenirs, quels qu ils soient: devenir-femme, devenir-enfant, devenir-animal, devenir-révolutionnaire et devenir-imperceptible. La recherche a été produite dans le cadre du Projet Escrileituras: um modo de ler-escrever em meio à vida de l Observatoire de l Education/CAPES/INEP-2010 réalisé conjointement à l UFRGS, à l UNIOESTE, à l UFPel et à l UFMT , qui a comme référentiel théorique la Philosophie de la Différence et s occupe de faire de la pensée le chemin même de sa production; à travers des parcours inconnus et ouverts trace des détours et opère des ruptures avec le déjà su et légitimé comme des vérités instituées; pensée qui opère orientée par une politique et une éthique des devenirs, où la création est indispensable pour rebattre les phénomènes d imitation et de standardisation en produisant des manières de vie inouïes. / Esta dissertação investiga a ética dos devires presente nas obras de Gilles Deleuze e Félix Guattari. Em um primeiro momento aborda a Filosofia Prática criada pelos referidos filósofos; destaca o privilégio que é dado ao movimento ao invés do repouso, à variação contínua em detrimento da forma determinada e da estrutura, aos vazamentos que sempre estão em vias de dissolver a organização e a estabilidade das estruturas enrijecidas, ao indefinido sobre o já acabado, à primazia do informal e ilimitado sobre o equilíbrio das formas e a medida dos limites; também aborda os pares conceituais nomadismo e sedentarismo, desterritorialização e território, molecular e molar. A fim de mostrar que esta ética dos devires está diretamente relacionada com uma política da existência, a segunda parte da pesquisa recorre aos procedimentos artísticos teatral de Carmelo Bene e literário de Franz Kafka, os quais funcionam como ferramentas para a criação do conceito de menor , o qual é imprescindível para a invenção do conceito de devir, uma vez que todo devir é menor. Por fim, no terceiro capítulo, é apresentada uma tipologia dos devires que afirma a imanência da existência; tipologia produzida sem pretensão de universalidade, porque não se trata de uma representação para todos, nem com ambição essencialista, pois não afirma que estes tipos sejam uma essência para todos, menos ainda que sejam os únicos componentes de uma tipologia dos devires; os tipos escolhidos tiveram como critério a maior insistência na obra dos filósofos, e são eles que, na perspectiva desta pesquisa, possibilitam a efetivação de uma ética dos devires, quais sejam: devir-mulher, devir-criança, devir-animal, devir-revolucionário e devir-imperceptível. A pesquisa foi produzida no âmbito do Projeto Escrileituras: um modo de ler-escrever em meio à vida do Observatório da Educação/CAPES/INEP-2010 realizado concomitantemente na UFRGS, na UNIOESTE, na UFPel e na UFMT , o qual tem como referencial teórico a Filosofia da Diferença e ocupa-se de fazer do pensamento o próprio caminho de sua produção; através de percursos desconhecidos e abertos traça desvios e opera rupturas com o já sabido e legitimado como verdades instituídas; pensamento este que opera orientado por uma política e uma ética dos devires, em que a criação é imprescindível para rebater os fenômenos de imitação e de padronização produzindo modos de vida inauditos.
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Da filosofia do nada à filosofia da práxis: Sartre em movimento / Philosophy of the nothing philosophy of praxis: Sartre in movementFeltrin, Ricardo Fabricio 26 July 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-07-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The intent of this dissertation is to analyze the transition from philosophy to philosophy of praxis in Jean-Paul Sartre. It is proposed to analyze the speculative ancestry between these two periods in order to show the possibility of being-for-itself to be guided by a profile more optimistic, one can find the ontological project articulated the theory of engagement. The starting point is the contingency, we launched-in-world, everything is contingent, this notion opposes the inflection of necessity in which the world can only be originated by consciousness. The phenomenal world is there before our eyes to be discovered, to be intended by consciousness. In Sartre, it does not put the primacy of being teleological knowing, in the sense that there is no essence fanning existence, consciousness occurs through a process of emptying the "decompression" of being; solved if the ground under the bias is essentialist " kicked out "of consciousness, then, at least, Sartre would be proposing a kind of fundamental crisis and this criticism culminated with what he calls ontological anguish or despair. There is no reason to live, life would refer to total failure, to nothing, its absurdity. With the reality of the world, the circumstances, the facticity and contingency, after all, always precede the existence of the essence. Philosophically arises existence in terms of subjectivity and great thinkers have proposed to articulate precisely the way in which we can know not only the world, but the man in his ontological context and, in the case of Sartre's thought, this occurs in his ontology for the rule of existential phenomenological actualism, which will always answer the fundamental design of the evidence to choose life in the form of free project while not the world be made of other consciousnesses, each subject does not act in your project solitarily, and questioning the intersubjectivity, of being-for-another, in his presence, leads to the action conflicted because the being-for-another aims the restriction of freedom that does not belong. Note also sharp distinction as the author think the conception of subjectivity in the ancestry of his works (Being and Nothingness and Critique of Dialectical Reason). Although talk of radical change, the route undertaken by Sartre is nothing more than the necessary maturity and convergent adaptation his existentialism, pouring for some optimism, which can only be understood in terms of engagement. This innovative concept goes beyond a design centered on sympathy or antipathy to targeting policy, but the final understanding of Sartre is the resumption of authenticity and its confluence ethics, intending to blame the individual in recognition of their project. Optimism is not lyrical, much less prosaic, is immanent and present, the being-for-itself is coated this "power" to transgress the cases put, resigned to any attempt to dogmatize or substantiate the reality of human hampering their freedom first to make yourself as being-possible. / O intento desta dissertação consiste em analisar a passagem da filosofia do nada à filosofia da práxis em Jean-Paul Sartre. Propõe-se analisar a ascendência especulativa entre os dois períodos, procurando evidenciar a possibilidade de o ser-Para-si orientar-se por um perfil mais otimista, um encontro possível do projeto ontológico articulado pela teoria do engajamento. O ponto de partida é a contingência, estamos lançados-no-mundo, tudo é contingencial, esta noção contrapõe-se à inflexão da necessidade na qual o mundo só pode ser originado pela consciência. O mundo fenomênico está aí diante de nossos olhos para ser descoberto, para ser intencionado pela consciência. Em Sartre ela não se reveste pela primazia teleológica de ser cognoscente, no sentido de não haver nenhuma essência ventilando a existência, a consciência ocorre por um processo de esvaziamento, de descompressão do ser; se o fundamento equacionado sob o viés essencialista é expulso da consciência, então, no mínimo, Sartre estaria propondo uma espécie de crise fundamental e tal crítica culminaria com aquilo que ele chama de angústia ontológica ou desespero não havendo razão para viver, a vida remeteria ao fracasso total, a nada, a sua absurdidade. Com a realidade do mundo, das circunstâncias, da facticidade e da contingência, a existência sempre precederá a essência. Filosoficamente se coloca e existência em termos de subjetividade e os grandes pensadores se propuseram a articular rigorosamente a maneira pela qual poderemos conhecer, não somente o mundo, mas o homem em seu contexto ontológico e, no caso do pensamento sartriano, isto ocorre de sua ontologia para o primado do atualismo fenomenológico existencial, que sempre atenderá ao projeto fundamental na evidência de a vida escolher-se em forma de projeto livre. Não obstando o mundo ser constituído por outras consciências; cada sujeito não age no seu projeto solitariamente, e a problematização da intersubjetividade, do ser-Para-outro, na sua presença, desemboca na ação conflituosa porque o ser-Para-outro tem por finalidade o cerceamento da liberdade que não lhe pertence. Nota-se ainda distinção acentuada na forma de o autor pensar a concepção da subjetividade na ascendência de suas obras (O ser e o nada e a Crítica da razão dialética). Embora se fale em mudança radical, o percurso empreendido por Sartre nada mais é que o amadurecimento necessário e convergente da adaptação de seu existencialismo, vertendo para certo otimismo, o qual só pode ser compreendido em termos de engajamento. Este conceito inovador vai além de uma concepção centrada na simpatia ou antipatia à segmentação política, mas o entendimento final de Sartre é a retomada da autenticidade e de sua confluência ética, tencionando responsabilizar cada indivíduo no reconhecimento de seu projeto. O otimismo não é lírico, muito menos prosaico, é imanente e atual, o ser-Para-si está revestido deste poder de transgredir as situações postas, resignadas a toda tentativa de dogmatizar ou fundamentar a realidade humana obstando de sua liberdade primeira, de fazer-se enquanto ser-possível.
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Contribuições da ética da antiguidade ao problema da formação do psicanalista: uma interlocução entre Lacan e Foucault / Les contributions de l éthique dans la philosophie antique au problème de la formation psychanalyste: un dialogue entre Lacan et Foucault.Rosa, Miriam Izolina Padoin Dalla 04 February 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-02-04 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Dans notre recherche, nous nous interrogeons sur la formation du psychanalyste aujourd'hui. Nous croyons que la formation à l'éthique est au c ur de qui choisit de suivre les chemins de la psychanalyse. Lacan et Foucault nous accompagnent dans ce voyage. D'une part, le travail de Lacan, L'éthique de la psychanalyse, nous guide sur le chemin de la psychanalyse parce que, de notre point de vue, il se trouve en doute la prétendue psychanalyste de formation en éthique, d'autre part, le chemin de la philosophie, les textes de Foucault traitant des pratiques éthiques considérés dans l'antiquité nous permettent d'enquêter sur l'éthique chez les grecs, comme le philosophe problématisé des uvres de la philosophie antique. Ce qui nous conduit à cette étude était l'agitation dans le travail clinique quotidien, l'écoute et acte psychanalytique, ainsi que las inquietudes causés par l'enseignement de la psychanalyse à l'université, qui défient le psychanalyste de trouver une forme de gestion qui tient compte de l'éthique de la transmission de la psychanalyse. Le malaise se traduit par la question: est ma pratique éthique en tant que psychanalyste? En conséquence, nous laissons le travail à L'Éthique a Nicomaque et de définir les éléments clés qui sous-tendent le discours psychanalytique nous guider par les séminaires de Lacan. Ensuite, choisissez les trois derniers cours donnés par Michel Foucault au Collège de France, L'Herméneutique du Sujet, Gouvernement de Soi et des Autres et Le Courage de la Vérité, afin de comprendre la philosophie morale de l'Antiquité. Nous trouvons ces cours, les différentes pratiques de soi présentés par la perspective de Foucault, comme la poursuite de la maîtrise de soi à travers des pratiques d'auto-soins, l'autonomie gouvernementale et la parrhesia. De cette lecture nous nous interrogeons sur le dialogue entre l'éthique du désir, recherché par la pratique de l' analyse personnelle, visant à rectifier subjective, du point de vue de Lacan et opérateurs éthique dans la philosophie antique témoigne Foucault. Notre hypothèse est que la recherche de l'attitude éthique articule ces deux discours. Même s'il existe des différences entre la psychanalyse et la pensée de Foucault sur les pratiques éthiques considérés parmi les anciens. Nous croyons que la formation éthique de l'analyste est sans fin, et l'analyse personnelle serait entraîné par des principes similaires à ceux trouvés dans la philosophie antique, comme dans la métaphore de l' Plutarque artiste et problématisé par Foucault, dans laquelle l'artiste cesse de fonctionner (écouter le sujet de l'autre), recul, les gains d'un point de vue et examine (propre analyse) qui est en train de vie avec les principes de cet art. / Em nossa pesquisa nos interrogamos sobre a formação do psicanalista na atualidade. Consideramos que a formação ética é central para aquele que escolhe seguir as sendas da psicanálise. Lacan e Foucault nos acompanham neste caminho. De um lado, a obra de Lacan, A ética da Psicanálise, nos orienta na via da psicanálise, pois, em nossa perspectiva, nela situa-se a problematização ética suposta na formação do psicanalista; de outro lado, na via da filosofia, os textos de Foucault que tratam das práticas consideradas éticas na antiguidade nos permitem investigar a ética entre os gregos, tal como o filósofo a problematizou, a partir de obras de filosofia antiga. O que nos conduziu neste estudo foi a inquietação cotidiana no trabalho clínico, a escuta e o ato psicanalíticos, bem como a inquietação provocada pelo ensino da psicanálise na universidade, os quais desafiam o psicanalista a encontrar uma forma de manejo que considere a transmissão ética da psicanálise. Essa inquietação se traduz pela seguinte interrogação: é ética a minha prática como psicanalista? Nesse sentido, partimos da obra Ética a Nicômacos e definimos os principais elementos que sustentam o discurso psicanalítico nos orientando pelos seminários de Lacan. Em seguida, escolhemos os três últimos cursos proferidos por Foucault no Collège de France, A Hermenêutica do Sujeito, O governo de si e dos outros e Coragem da Verdade, com o intuito de compreender a ética na filosofia da antiguidade. Encontramos, nestes cursos, diferentes práticas de si apresentadas pela perspectiva foucaultiana, tais como: a busca do domínio de si por meio das práticas do cuidado de si, do governo de si e da parrhesía. A partir desta leitura nos questionamos quanto à interlocução entre a ética do desejo, buscada pela prática da análise pessoal, que visa a retificação subjetiva, na perspectiva de Lacan, e os operadores éticos na filosofia antiga evidenciados por Foucault. Nossa hipótese é que a busca pela atitude ética articula esses dois discursos, mesmo que existam diferenças entre o pensamento foucaultiano e o psicanalítico acerca das práticas consideradas éticas entre os antigos. Consideramos que a formação ética do analista é interminável, e na análise pessoal haveriam princípios semelhantes aqueles encontrados na filosofia antiga, tal como na metáfora do artista de Plutarco e problematizada por Foucault, em que o artista para de trabalhar (escutar o sujeito no outro), recua, ganha uma perspectiva distante e examina (na própria análise) o que realmente está fazendo com os princípios dessa arte.
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O discurso como um elemento de articulação entre a arqueologia e a genealogia de Michel Foucault / The speech as an element of the link between archaeology and genealogy of Michel FoucaultVandresen, Daniel Salésio 30 June 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-06-30 / This paper aims to examine and make some form of discourse analysis proposed by Michael Foucault, as a means able to articulate the archaeological projects and pedigree. This approach enables ask the two moments of philosophy foucaultiana not as independent periods, in which a arises in terms of opposition or exceeded the previous, but, by contrast, show how two ventures that complement. To perform this task if you want to investigate the path of configuring the archaeological analysis, showing that this project is an instrument of Foucault alternative for the anthropological conceptions of modernity. In the description of archaeology, first moved to their remoteness regarding epistemological approach, then presents the analysis of the speech as fundamental to understand the discontinuity that make up the orders of knowledge. Finally, it is understood that the enterprise herd must be understood as a draft analysis that gives rise to what was already present in archaeology, but still had not emerged as a particular area of analysis: the relationship of power. Foucault says in the work Microfísica of Power (1979) but that did not use the word power as a field of analysis in the works prior to 1968, he was in the know. This assertion can be inferred that the movements of thought of Foucault not involve a division between a static phase dominated the know (archaeology) and one where the predominant power (genealogical). What unites and differentiates its analysis is not a subject to which they relate, but, rather, the area where they are located. While the archaeology want to describe the speech to reveal how knowing it appears regulated, the pedigree or show how the discursive practices are a know-power that allows the exercise of power. Thus, the description of the regularity of archaeological speeches allows the pedigree locate the points of struggle in which the intellectual must exercise their criticism. For Foucault the speech is presented as a complex reality and that, therefore, we must analyze it in different levels. First, the speech appears as a regulated, on the other hand, it is controversial and strategic. My criticism of archaeology and genealogy are the modern constituent of the subject can only take place where there knowledge and power have been housing: in the speech. Finally it is shown that both the archaeology as the
pedigree are part of the proposed Foucault's philosophy of doing a critical task of this through the problematization of thought as an event. / O presente trabalho tem como objetivo analisar e apresentar certa modalidade de análise do discurso proposto por Michael Foucault, como um meio capaz de articular os projetos arqueológico e genealógico. Esta perspectiva permite indagar os dois momentos da filosofia foucaultiana não como períodos independentes, em que um se coloca em termos de oposição ou de superação ao anterior, senão que, pelo contrário, mostrar como dois empreendimentos que se complementam. Para realizar essa tarefa pretende-se investigar a trajetória de configuração da análise arqueológica, evidenciando que este projeto de Foucault constitui um instrumento alternativo em relação as concepções antropológicas da modernidade. Na descrição da arqueologia, primeiro desenvolve-se seu afastamento em relação a abordagem epistemológica, depois apresenta-se a análise do discurso como fundamental para compreender a descontinuidade que compõe as ordens dos saberes. Por fim, compreende-se que o empreendimento genealógico deve ser entendido como uma proposta de análise que faz aparecer o que já estava presente na arqueologia, mas que ainda não havia surgido como um domínio específico de análise: as relações de poder. Foucault declara na obra Microfísica do Poder (1979) que embora não tenha usado a palavra poder como um campo de análise nas obras anteriores a 1968, ele estava presente no saber. Desta afirmação pode-se inferir que os movimentos do pensamento de Foucault não implicam uma divisão estática entre uma fase onde predomina o saber (arqueologia) e outra onde predomina o poder (genealógica). O que une e diferencia suas análises não é o objeto a que se referem, mas, antes, o domínio em que se situam. Enquanto a arqueologia pretende descrever o discurso para revelar como o saber nele aparece regulado; a genealogia quer mostrar como nas práticas discursivas há uma relação saber-poder que permite o exercício do poder. Deste modo, a descrição arqueológica da regularidade dos discursos permite a genealogia localizar os pontos de luta em que o intelectual deve exercer sua crítica. Para Foucault o discurso apresenta-se como uma realidade complexa e que, por tanto, é preciso analisá-lo em diferentes níveis. Por um lado, o discurso aparece como um conjunto regulado; por outro lado, mostra-se polêmico e estratégico. Assim, a crítica que arqueologia e genealogia fazem a concepção moderna do sujeito constituinte só pode realizar-se onde o saber e o poder vêm se alojar: no discurso. Enfim, demonstra-se que tanto a arqueologia quanto a genealogia fazem parte da proposta de Foucault de fazer da filosofia uma tarefa crítica do presente através da problematização do pensamento como um acontecimento.
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Evolução e criação em Bergson / Evolution and creation in BergsonRech, Luiz Ricardo 29 November 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-11-29 / This research investigates one of the celebrated concepts through which Henri Bergson was known: the vital impulse. As in all the author's thought, this idea provides direct relationships with all his philosophy, which is why it is necessary one approach to the notion of metaphysical employed by the philosopher. In fact, it is a metaphysical approach to the problem of evolution that Bergson is proposing in Creative Evolution. The dialogue established with the biology of his time serves as the backdrop for the exhibition of what Bergson calls the limits of scientific method. In addition to this dialogue, it is important to comprehend, too, as the concept emerges, which is its internal coordination in the philosophy of the author and what the implications later in their thinking. / A presente pesquisa busca investigar um dos célebres conceitos pelos quais Henri Bergson ficou conhecido: o elã vital. Como em todo o pensamento do autor, essa ideia estabelece relações diretas com toda a sua filosofia, razão pela qual se faz necessária uma abordagem da própria noção de metafísica empregada pelo filósofo. De fato, é uma abordagem metafísica sobre o problema da evolução das espécies que Bergson está propondo em A evolução criadora. O diálogo estabelecido com a biologia de sua época serve de pano de fundo para a exposição do que Bergson chama de limites do método científico. Para além desse diálogo, é importante compreender, também, como surge o conceito, qual é a sua articulação interna na filosofia do autor e quais as implicações posteriores em seu pensamento.
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Montaigne e a política / Montaigne and the policyConceição, Gilmar Henrique da 25 November 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-11-25 / Commonly, human nature is considered unknown for Montaigne once we are all impregnated and bypassed customs, but poses different problems Montaigne inquiring about the possibility of political actions that enable a company to remain in balance and be improved, in spite of evil present in human nature perceived inconsistency of reason, and parties in conflict. Note that considers possible to improve the state of imperfection of man, but better does not mean eliminate the imperfection. Montaigne considers herself fully and visibly facing out, born to society and friendship (III, 3, p. 55) and broods primarily about state affairs and the world: "[...] haul me to the matters State and the universe best pleased when I'm alone "(III, 3, 56). He rejects the idealization of society, the best policy is one that exists. But, we highlight two jobs that makes the word politics: the first as "obligation to the public good", the second as "the practice of governments." Anyway, consider that living out of politics is to live outside of humanity and did not neglect public duties. Indeed, in Montaigne does not find the word with an unambiguous policy. In view of Montaigne is not possible absolute judgments in politics only because we share and we can not be located entirely outside of any particular perceptive condition to examine whether, on the one hand, the things themselves, and the other the way they present themselves in each one of those circumstances. The argument considers the act of "taking sides" involves, in itself, a presumption of knowledge, then he invites us to observe that this same assumption is present despite our view oscillates between the conflicting views that the ever, we hold as if they had, in general, a strength greater than they can reveal if considered over time. From this we can see that he discusses the political certainties given the insecure nature of the intellectual faculty, who frequently receives false things, hence the need for "moderation" and "dialogue" between the parties. So there is a questionable character in all parties. Unlike the certainty of "I just know that I know nothing" and "I think therefore I am ', Montaigne takes on the motto of Pyrrhus (" Que sais-je? ") which expresses most clearly mark the position of our author. / Comumente, a natureza humana é considerada desconhecida para Montaigne uma vez que estamos todos impregnados e contornados pelos costumes, porém Montaigne coloca diferentes problemas indagando sobre a possibilidade de ações políticas que permitam a uma sociedade manter-se em equilíbrio e ser melhorada, apesar da maldade presente na natureza humana percebida, da inconsistência da razão, e dos partidos em conflito. Observe-se que considera possível melhorar o estado de imperfeição do homem, mas melhorar não significa eliminar a imperfeição. Montaigne se considera uma pessoa inteiramente e visivelmente voltada para fora, nascida para a sociedade e a amizade (III, 3, p. 55) e medita principalmente acerca dos negócios do Estado e do mundo: [...] lanço-me aos assuntos de Estado e ao universo de melhor grado quando estou sozinho (III, 3, 56). Ele recusa a idealização da sociedade; a melhor política é a que existe. Mas, podemos destacar dois empregos que faz da palavra política: o primeiro como obrigação ao bem público , o segundo como prática dos governos . De qualquer forma, considera que viver fora da política é viver fora da humanidade e não se omite das funções públicas. Na realidade, em Montaigne não encontramos a palavra política com um sentido unívoco. Na perspectiva de Montaigne não é possível julgamentos absolutos em política porque somente vemos partes e não podemos nos situar absolutamente fora de alguma circunstância perceptiva determinada para examinar independentemente, de um lado, as próprias coisas e, de outro, a maneira como se apresentam em cada uma dessas circunstâncias. O argumento considera como o ato de tomar partido envolve, por si mesmo, uma presunção de conhecimento; em seguida, ele nos convida a observar que essa mesma presunção se faz presente a despeito de nosso juízo oscilar entre opiniões contraditórias a que, a cada vez, nos agarramos como se tivessem, de modo geral, uma solidez maior do que elas podem revelar se consideradas no decorrer do tempo. Disso podemos perceber que ele problematiza as certezas políticas dado o caráter inseguro da faculdade intelectual, que recebe freqüentemente coisas falsas, daí a necessidade da moderação e do diálogo entre os partidos. Portanto, há um caráter duvidoso em todos os partidos. Diferente das certezas do eu só sei que nada sei e do penso, logo existo , Montaigne toma para si a divisa de Pirro ( Que sais-je? ) cuja interrogação expressa com mais clareza o posicionamento de nosso autor.
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Os fundamentos de legitimidade do direito político em Rousseau / The legitimacy foundation in Rousseau´s political lawRoman, Jaqueline Fátima 04 July 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-07-04 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This work aims to investigate what are the legitimacy foundations of political law in the thoughts of Jean Jacques Rousseau. For the Geneva-born philosopher, the man is not a political being by nature, as politics is directly related to social life. Only in the social state it is possible to talk about such law. However, the present work starts with the study of the state of nature, and eventually it will approach the social state. This is justified by the fact that it is in this state that Rousseau, through the hypothetical natural man, builds the idea of what he considers to be a reference of human being. Leaning on the natural man, he finds arguments to differ artificial and natural features of man. The study of the state of nature is also important because in it there are feelings that will be necessary to form a society founded on the legitimate political law, as it is the case of love of oneself. This might be the starting point to understand the legitimacy foundation in Rousseau s political law. Starting from the study of the differences between the state of nature and the social state, it is possible to show why the pact between rich and poor, founded on the inequality, is considered illegitimate by Rousseau, and also reason about the necessary political foundations for the building of a legitimate civil pact. What are the necessary conditions for the man to live in society as free as before? In Rousseau s point of view, the man cannot renounce his freedom; otherwise he will lose his human condition, as each man has the same value as the others from his species, and therefore cannot dominate or obey others. Thus, a civil pact similar to the pact between rich and poor is completely illegitimate to Rousseau because it allows the domination of a man over another, denaturalizing him. The free man is the one that obeys only his own will. But how can we envisage life in society with the obedience of solely one s own will, that is, from what reference is it possible to found a legitimate pact and, consequently, Political Law? To solve this problem, our philosopher proposes a new civil pact, and in it the idea of popular sovereignty: people reunited in assembly are the only legitimate sovereign and apt to approve laws which they have to obey. These laws must be in accordance with the general will, which aims at the common well-being and the public utility. That way, each man votes according to his conscience, without any influences, and obeys only his own will, which is consequently reflected in the laws he has approved. Therefore, a man cannot relegate to a representative the power to approve laws, because the exercise of sovereignty is inalienable. This is the legitimate way that Rousseau found for the man to obey but not to serve. / O presente trabalho tem como objetivo investigar quais são os fundamentos de legitimidade do direito político no pensamento de Jean Jacques Rousseau. Para o filósofo genebrino, o homem não é um ser político por natureza, tendo em vista que a política está diretamente relacionada com a vida social. Somente no estado social se pode falar em tal direito. No entanto, o presente trabalho inicia com o estudo do estado de natureza, para posteriormente, abordar o estado social. Tal fato se justifica, porque é nesse estado que Rousseau, através do homem no estado de natureza, constrói a ideia do que considera ser um referencial de ser humano. É debruçado sobre o homem no estado de natureza que ele encontra argumentos para diferenciar características artificiais e naturais do homem. O estudo do estado de natureza também é importante porque nele já existem sentimentos que serão necessários para a formação de uma sociedade fundamentada em um direito político legítimo, como é o caso do amor de si. Talvez seja esse o ponto de partida para a compreensão dos fundamentos de legitimidade do direito político em Rousseau. A partir do estudo das diferenças entre o estado natural e o estado social, é possível demonstrar porque o pacto dos ricos, fundamentado na desigualdade, é considerado ilegítimo para Rousseau, e ainda discorrer sobre os fundamentos políticos necessários para a construção de um pacto civil legítimo. Quais são as condições necessárias para que o homem se mantenha em sociedade tão livre quanto antes? Na visão de Rousseau, o homem não pode renunciar a sua liberdade, sob pena de perder a condição humana, porque cada homem possui o mesmo valor que os demais de sua espécie, e por isso não pode dominar ou obedecer. Assim, um pacto civil nos moldes do denominado pacto dos ricos é para Rousseau completamente ilegítimo, porque legaliza a dominação de um homem sobre o outro, desnaturando-o. O homem livre é aquele que obedece somente a sua própria vontade. Mas como equacionar a vida em sociedade com a obediência somente aos seus próprios desígnios, ou seja, a partir de que referência se torna possível fundamentar um pacto legítimo e, por conseqüência, o Direito Político? Para resolver esse problema, nosso filósofo propõe um novo pacto civil, e nele a ideia da soberania popular: o povo reunido em assembléia é o único soberano legítimo e apto para aprovar leis que tem de obedecer. Essas leis devem estar de acordo com a vontade geral, que sempre visa o bem comum e a utilidade pública. Assim, cada homem vota de acordo com sua consciência, sem influências, e obedece somente a sua própria vontade, que consequentemente esta refletida nas leis que aprova. Desta forma, o homem não pode delegar a um representante o poder de aprovar as leis, porque o exercício da soberania é inalienável. Essa é a forma legítima que Rousseau encontrou para o homem obedecer sem servir.
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