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Da crise da modernidade à República de Platão : uma interpretação straussiano-platônica do melhor regimeRosa, João Pedro da Silva January 2018 (has links)
Este trabalho busca desvelar e sistematizar claramente os princípios straussianos de filosofia política clássica e, especificamente, os princípios straussiano-platônicos do melhor regime. Isto é, este trabalho busca desvelar o que Leo Strauss acredita ser o começo da filosofia política clássica, o que Leo Strauss acredita ser a “metodologia” clássica à filosofia política e, especificamente, as conclusões de Platão sobre o melhor regime. Os primeiros são princípios straussianos, porque advêm da interpretação de Leo Strauss sobre vários filósofos clássicos; os últimos são straussiano-platônicos, pois advêm de uma interpretação straussiana de Platão. Por fim, a análise de Leo Strauss sobre a crise da modernidade e sobre a historiografia da filosofia são apresentadas a fim de que possamos entender por que e como trilhar o caminho straussiano aos clássicos. / This work intends to state and arrange clearly the Straussian principles of classical political philosophy and, especially, the Straussian-Platonic principles of the best regime. That is, this work intends to state what Leo Strauss thought to be the beginnings of classical political philosophy, what Leo Strauss thought to be a classical “methodology” for political philosophy and, finally, Plato's conclusions about the best regime. The first two are Straussian principles because they ensued from Leo Strauss' interpretation of various classical political philosophers and the last ones are Straussian-Platonic because they ensued from a Straussian interpretation of Plato. That being said, Leo Strauss' analysis of the crisis of modernity and Leo Strauss' historiography of philosophy are presented as requirements for a better understanding of what consists the Straussian way back to the classics.
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Brasil e África do Sul: os paradoxos da democracia. Memória política em democracias com herança autoritária / Brazil and South Africal: the democracy´s paradoxes - political memory in democracies with autoritarian legacyTeles, Edson Luis de Almeida 31 August 2007 (has links)
As catástrofes coletivas impostas pelos regimes autoritários, sejam eles racistas, tal como o apartheid na África do Sul, sejam eles diretamente políticos, tal como a ditadura militar no Brasil, implicam esforços diários de reflexão e ação política. O que caracteriza estes governos é a violação aos direitos de seus cidadãos por meio de um brutal aparato policial-militar. E o pior: todo esse esquema foi montado e mantido pelo Estado, que institucionalizou a prisão, a tortura, o desaparecimento e o assassinato. As sociedades têm enfrentado o seguinte problema: como conciliar o passado doloroso com um presente democrático, administrando os conflitos que com a mera passagem institucional de um governo de exceção para um democrático não se encerraram. Isto porque as violações aos direitos humanos não se restringiram às instituições políticas, mas, indo muito além, atingiram os indivíduos e alteraram significativamente a subjetividade dessas sociedades. A oposição entre a razão política pacificadora do Estado e as memórias doloridas sobre a ditadura militar brasileira obstrui a expressão pública da dor e reduz a memória às emoções privadas. A sociedade sul-africana, valorizando as narrativas, tornou públicas estas experiências ao divulgar as narrativas construídas em seu espaço, criando um impacto na sociedade, seja em suas subjetividades ou mesmo nas políticas públicas adotadas posteriormente. Abriu mão de punir quem confessasse tudo, em nome de uma conciliação nacional. Já no Brasil, a conciliação promovida entre a anistia de 1979 e a democratização de 1985 teve por preço a omissão das memórias do horror. Nossa idéia é que diante da queda de investimento no diálogo e na convivência pública democrática, a publicidade dos traumas e ressentimentos por meio das narrativas poderia contribuir para a consumação do luto e para o aprimoramento dos elos sociais. / The collective catastrophes imposed by authoritarian regimes, be they of racist character, like apartheid in South Africa, or be they of strictly political character, like the military dictatorship in Brazil, require daily efforts of reflection as well as political action. These governments were characterized by their systematic violation of their citizens\' rights by brutal military and police apparatus. Worst of all, the whole scheme was set up and maintained by a State which institutionalized imprisonment, torture, disappearance and murder. Thus, these societies are left today to face a difficult issue: how to reconcile such painful past with a democratic present, and still manage the conflicts that do not end with a mere institutional passage from a dictatorial government to a democratic one. Human rights violations were not limited to political institutions, but went far beyond; they reached individuals, and they modified the subjectivity of those societies significantly. The opposition between the State pacificatory political reason and the painful memories regarding Brazilian military dictatorship obstructs public expression of pain and reduces memory to private emotions. In contrast, by valuing the narratives of the past, the South African society tried to recover the memory of the painful moments making these experiences public by publishing their narratives. South Africans gave up punishing those State criminals with the only condition they would confess everything, in order to foster a national conciliation. In Brazil, however, the ideal of a national conciliation to put an end to military rule paid the huge price of silencing the memories of pain, torture, and death. This had an impact on society, on its subjectivity and even on the public politics adopted later. Our point of view is that due to the lack of investment in the dialogue and in the democratic social communion the publicizing of traumas and resentments by means of narratives could contribute to realization of the mourning, thus promoting social bonds.
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Ordem, poder e valores: legitimidade, legitimação e o uso da força no direito internacional contemporâneo / Ordem, power and values: legitimacy, legitimation and the use of force in contemporany international lawLeite Neto, Rogaciano Bezerra 22 May 2009 (has links)
Este trabalho procura investigar a revitalização da teoria da guerra justa nas suas formas tradicional e na Filosofia Política Contemporânea. Assim como a sua influência, dentro de um fenômeno amplo de moralização do Direito Internacional Público, acerca dos casos polêmicos sobre o uso da força armada, em especial as intervenções humanitárias e a legítima defesa antecipatória. Analisa a recepção destas idéias na doutrina do Direito Internacional, da Filosofia do Direito Internacional e nas Comissões Internacionais que trataram do uso da força armada nos últimos anos. / This work wants to investigate the revitalization of the theory of just war in its traditional way and in Contemporary Political Philosophy. As such as its influence, inside the matter of moralization of International Law, on the polemical cases about the use of armed force, especially humanitarian interventions and anticipatory self-defense. Analyses the reception of these ideas on the doctrine of International Law, Philosophy of International Law, and International Commissions which dealt with the use of armed force in the last years.
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Direito à verdade: origens da conceituação e suas condições teóricas de possibilidade com base em reflexões de Hannah Arendt / Right to the truth: origins of the conceptualization and its theoretical conditions of possibility based on reflections of Hannah ArendtOsmo, Carla 06 May 2014 (has links)
O direito à verdade frente a graves violações de direitos humanos foi criado recentemente e tem um significado jurídico que permanece incerto em diversos aspectos relevantes. As divergências em torno do seu conceito, que ainda está em formação, geram problemas práticos quando se busca tornar esse direito efetivo. A tese analisa a questão que está na base do debate jurídico-dogmático sobre esse direito, a saber, o significado que o termo verdade adquire ao se tornar o seu objeto. É feita uma investigação sobre a forma como este tema é abordado pelos estudos sobre justiça de transição e sobre como se deu a emergência e o desenvolvimento do direito à verdade no direito internacional dos direitos humanos, nas esferas universal e interamericana. O objetivo é, depois, buscar compreender o que, de um ponto de vista teórico, fez com que surgisse na história e no pensamento político-jurídico a necessidade de sua criação e passou a alimentar o esforço para a sua conceituação. Essa análise aponta que a verdade almejada com o direito em estudo tem outras dimensões para além da busca de informações desconhecidas sobre casos individuais de violações a direitos humanos. Como o tema da verdade, sabidamente, é de enorme extensão no campo filosófico, o presente trabalho faz uso de temas de reflexão de Hannah Arendt, que para essa temática tem tido grande repercussão inclusive em sede doutrinária, com o fim de, por meio de um desenvolvimento extensivo, examinar as diferentes dimensões do problema. / The right to the truth concerning gross human rights violations was created recently, and has a legal meaning that remains uncertain in many relevant aspects. The disagreements about its concept, which is still in development, cause practical problems when one tries to make this right effective. The thesis analyses the issue that underlies the legal-dogmatic debate about this right, i.e., the meaning of the term truth when it becomes its object. An investigation is undertaken on how this theme is addressed by studies on transitional justice and also on the emergence and development of the right to the truth in international human rights law, in the universal and in the inter-American systems. The goal is then to try to understand what, from a theoretical point of view, led to the emergence in history and political-legal thought of the need for its creation, and began to feed the effort to its conceptualization. This analysis indicates that the truth sought with the right examined here has dimensions other than the search for unknown information about individual cases of human rights violations. The theme of truth being, as known, a subject of enormous extension in the philosophical field, the present study makes use of topics of reflection by Hannah Arendt, which have had a great repercussion on this subject even in legal dogmatic thought, in order to examine, through an extensive development, the different dimensions of the problem. By doing so, it is intended to shed light on the way the conceptualization of the right to the truth is being consolidated and on the difficulties it faces.
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Violência e epifania: a liberdade interior na filosofia política de John Milton / Violence and epiphany: the inner liberty in John Milton´s political philosophyAlmeida, Martim Vasques da Cunha de Eça e 05 May 2015 (has links)
John Milton (1608 1674) é conhecido não só como o poeta do épico Paraíso perdido, mas também como um dos grandes teóricos e polemistas do período das Guerras Civis Inglesas. Seu principal tema é o problema da liberdade em um reino que se transformou segundo ele em uma tirania de reis e potentados religiosos, onde o súdito não era mais adequadamente representado por seu soberano; de acordo com Milton, como o rei não era mais o representante justo do reino, ele não deveria mais exercer as suas funções, sendo necessária a sua deposição e, em alguns casos extremos, o regicídio (como foi defendido pelo próprio poeta); assim, a solução proposta junto com outros panfletários anti-realistas, que nunca atingiram a riqueza retórica e a ousadia teórica de Milton é o surgimento de uma república inglesa, inspirada nos moldes ciceronianos e de clara influência secular-humanista. A partir de agora, o verdadeiro representante do governo deve ser o povo, mais precisamente a commonwealth, formada por indivíduos capazes de dominar as paixões que os podem transformá-los em escravos e viver de acordo com a vontade da razão e da prudência. A liberdade interior dos membros desta república se dá dentro desta commonwealth, onde eles podem exercer a liberdade civil (em que o indivíduo pode viver com tranqüilidade desde que respeite as leis da república), a liberdade doméstica (em que se pode escolher qual é o tipo de educação que pretende ter, quais são as pessoas com quem pretende se relacionar, etc.) e a liberdade religiosa (a possibilidade de escolher uma religião sem a interferência do governo ou de qualquer outra seita religiosa que se classifique como oficial). / John Milton (1608 - 1674) is known not only for his epic Paradise Lost, but also as one of the great theorists and polemicists of the period of the English Civil Wars. Its main theme is the problem of freedom in a kingdom that has become a tyranny of kings and religious potentates, where the subject was not properly represented by his sovereign; according to Milton, as the king was no longer the right representative of the kingdom, he should no longer perform his duties, requiring the deposition and in some extreme cases, the regicide (as argued by him); thus, the proposed solution along with other anti-royalist pamphleteers, who never reached Milton´s rhetoric and the theoretical boldness is the emergence of an English republic. From now on, the true representative of the government should be the people, specifically the commonwealth, made up of individuals able to master the passions that can turn them into slaves and live according to the will of reason and prudence. The Freedom of the Republic takes place within this commonwealth, where its members can exercise civil liberty (in which the individual can live with peace of mind provided if it complies with the laws of the Republic), domestic freedom (where you can choose what kind education you want to have, who are the people you want to relate, etc.) and religious freedom (the ability to choose a religion without interference from the government or any other religious sect that classify them as \"official\").
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Heidegger e a metafísica do Dasein: o acontecimento irruptivo da transcendência em meio ao ente na totalidadeSOUZA, Charleston Silva de 04 December 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-12-04 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente trabalho objetiva delinear os momentos nos quais o problema da transcendência ganha uma caracterização mais precisa no interior do pensamento de Martin Heidegger. A ideia de ultrapassamento do ente em direção ao Ser que acompanha continuamente o Dasein no relacionar-se com o ente, isto é, a transcendência, não serve para qualificar isto que ultrapassa o homem (Deus, por exemplo), mas bem um ultrapassamento próprio ao homem mesmo. Quando Heidegger, ao expor sua interpretação do conceito aristotélico sobre o tempo, afirma que “o tempo é aquilo que se acha mais além, analogamente se dá uma interpretação e acepção correspondente ao sentido do Ser, isto é, uma caracterização transcendental, na qual esta é compreendida como “além de”. O acompanhamento analítico do conceito de transcendência será realizado em dois momentos centrais. Primeiramente, mostrar-se-á como esta problemática aparece à luz da tematização da temporalidade. Heidegger esboça um nexo entre temporalidade e transcendência, na medida em que o ser-no-mundo é o fenômeno no qual se anuncia originariamente em que medida o Dasein é, segundo sua essência, para além de si. Além do mais, visto que objetivamos mostrar como surge o projeto de uma metafísica do Dasein no interior do projeto filosófico heideggeriano, torna-se necessária a compreensão de que a protagonização referente ao problema da transcendência mostra-se como uma das características fundamentais deste projeto. No final, mostrar-se-á como esta “fenomenologia da transcendência”, levada a termo, finalmente, pelo fio condutor dos problemas do fundamento e da liberdade, tenta evidenciar a metafísica como acontecimento fundamental no Dasein. / The present study aims to delineate the moments in which the problem of transcendence gets a more precise characterization inside the thought of Martin Heidegger. The idea of surpassing of beings towards Being that continually follows the Dasein in its relations with the beings, that is, transcendence, does not serve to qualify what surpasses the man (God, for example), but really a surpassing of the man himself. When Heidegger, exposing his interpretation of Aristotle's concept of time, says that "time is what is beside-of, it is similarly gives an interpretation and meaning corresponding to the meaning of Being, that is, a transcendental characterization, where it is understood as a "besides". The analytical accompaniment of the concept of transcendence will be exposed in two central moments. First, it will be exposed how this problem appears by the light of the themes of temporality. Heidegger outlines a connection between temporality and transcendence, in that the being-in-the-world is the phenomenon in which originally it is announced how the Dasein is, in essence, besides themselves. Moreover, if we aim to show the rise of the metaphysics of Dasein inside Heidegger's philosophical project, it becomes necessary to understand that the protagonism of the problem of transcendence shows up as one of the keys of this project. In the end, it will be showed up how this "phenomenology of transcendence", finally, it is constituted through the ways of the problems of the foundation and the freedom, trying to show how the metaphysics is a fundamental event in the Dasein.
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Amor, beleza e reminiscência: sobre a educação erótico-filosófica da alma no "Fedro" de PlatãoCOSTA, Rafael Davi Melém da 11 August 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-08-11 / Nossa pesquisa procura explicitar de que maneira podemos reconhecer no diálogo Fedro, de Platão, a proposta de uma educação erótico-filosófica da alma (psiche), em que a associação entre amor (eros), beleza (kalon) e reminiscência (anamnesis) serve de base para a harmonização do psiquismo a partir de uma contribuição ativa das dimensões não-reflexivas da alma, junto à parte intelectiva, em busca da excelência (arete) e felicidade (eudaimonia) humanas. / Our research aims at showing how we can recognize in Plato’s Phaedrus a proposal of an eroticphilosophical education of the soul (psiche), one in which the association between love (eros), beauty (kalon) and recollection (anamnesis) serves as the basis to the harmonization of the human psyche through an active contribution of the non-reflexive parts of the soul, along with the intellect, in search of human excellence (arete) and happiness (eudaimonia).
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Silêncio e abertura na arte contemporânea: reflexões a partir de HeideggerFERREIRA, Yasmin Pires 28 March 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-03-28 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Partindo do lugar que o silêncio ocupa no pensamento de Martin Heidegger, como
elemento capaz de suscitar percepções diferenciadas do mundo, esta pesquisa
pretende alavancar uma discussão acerca da utilização do silêncio como fator de
abertura na arte contemporânea. Acredita-se que, na peculiaridade da sua
existência em um cenário dominado pela técnica, o silêncio possa provocar uma
genuína experiência no público. Isto posto, para alcançar seus objetivos, o trabalho
irá situar o silêncio enquanto uma forma autêntica de manifestação da linguagem em
Heidegger, e também trará para análise a compreensão de John Cage acerca do
mesmo, dado o seu caráter paradigmático e a sua relevância no contexto das artes
contemporâneas. Por fim, serão analisadas obras que corroborem a proposta
exposta, em uma aproximação com as noções de abertura e experiência na arte. / Starting from the place that silence occupies in the thought of Martin Heidegger as an
element capable of provoking different perceptions of the world, this research intends
to create a discussion about the use of silence as a factor of openness in
contemporary art. We believe that, in the peculiarity of its existence in a social
scenario dominated by technique, silence can cause a genuine experience in the
public. In order to achieve its goals, this work will situate silence as an authentic form
of language manifestation in Heidegger, and will also bring John Cage's
understanding of it to the analysis, given its paradigmatic character and relevance in
the context of the contemporary arts. Finally, we will be analyzing artworks that
corroborate the exposed proposal, in an approximation with the notions of openness
and art experience.
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A tensão entre proximidade e distância no segundo momento do pensamento de NietzscheSILVA, André Diogo Santos da 22 March 2018 (has links)
Submitted by Rosana Moreira (rosanapsm@outlook.com) on 2018-06-25T17:31:03Z
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Previous issue date: 2018-03-22 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / As reflexões sobre a proximidade e a distância ocorrem, principalmente, no segundo momento do pensamento de Nietzsche (1876 a 1882), na medida em que ele desenvolve, por volta de 1879, a ideia de “doutrina das coisas mais próximas”, e, alguns anos depois, em 1882, a noção de “distância artística”. Entretanto, neste período ele também critica a ideia de oposição, dado que este conceito alude a uma filosofia metafísica. Outro conceito encontrado na filosofia nietzschiana que expressaria também uma relação entre antagonismos é a ideia de tensão, que reflete uma maior dinamicidade. Sendo assim, o problema da presente pesquisa consiste na seguinte questão: seria possível qualificar a relação entre os conceitos de proximidade e distância, identificados em obras pertencentes ao segundo momento dos escritos de Nietzsche, como uma tensão, e não apenas uma oposição (em face da crítica do filósofo a esta ideia)? A partir deste problema geral, foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos: 1. Delimitar a especificidade da tensão, principalmente a partir da comparação com os conceitos de oposição e antagonismo; 2. Caracterizar a proximidade através da ideia da “doutrina das coisas mais próximas” e de outras ideias afins, principalmente nos dois volumes de Humano, demasiado humano e em Aurora; 3. Encontrar vestígios do conceito de distância nos escritos nietzschianos, destacando-se A Gaia Ciência, obra que contém reflexões sobre a “distância artística”; 4. Justificar uma tensão entre os conceitos anteriores, identificando textos onde Nietzsche sugere esta relação (e não uma oposição) entre proximidade e distância. Desenvolveu-se estes quatro objetivos através de uma metodologia bibliográfica e histórico-filológico, atentando-se, principalmente, à análise dos escritos de Nietzsche no segundo momento de sua produção intelectual. Como um dos resultados da presente investigação, destaca-se aquele que aponta que a tensão entre proximidade e distância em Nietzsche é observada de forma mais intensa, primeiramente, no âmbito do conhecimento – em que o pensador precisa ora se aproximar do objeto, ora se distanciar da sua busca apaixonada pelo conhecimento – e, a seguir, na esfera da amizade – que difere de um simples “amor ao próximo” pois, em uma elevada amizade, o indivíduo é capaz, também, de se distanciar do seu amigo. / Reflections on proximity and distance occur mainly in the second moment of Nietzsche’s thinking (1876 to 1882), in so far as he developed, around 1879, the idea of “doctrine of the nearest things”, and, some years later, in 1882, the notion of “artistic distance”. However, in this period he also criticizes the idea of opposition, since this concept alludes to a metaphysical philosophy. Another concept found in Nietzschean philosophy that would also express a relation between antagonisms is the idea of tension, which reflects a greater dynamicity. Thus, the problem of the present research consists in the following question: could it be possible to characterize the relation between the concepts of proximity and distance, identified in works belonging to the second moment of Nietzsche’s writings, as a tension, and not only an opposition (in view of the philosopher’s criticism of this idea)? From this general problem, the following specific objectives were established: 1. To delimit the specificity of the tension, mainly from the comparison with the concepts of opposition and antagonism; 2. To characterize proximity through the idea of the “doctrine of nearest things” and other related ideas, especially in the two volumes of Human, all too human and in The Down; 3. Find traces of the concept of distance in the Nietzschean writings, highlighting The Gay Science, a work that contains reflections on “artistic distance”; 4. To justify a tension between the previous concepts, identifying texts where Nietzsche suggests this relation (and not an opposition) between proximity and distance. These four objectives were developed through a bibliographical and historical-philological methodology, focusing mainly on the analysis of Nietzsche’s writings at the second moment of his intellectual production. As one of the results of the present investigation, we highlight the one that points out that the tension between proximity and distance in Nietzsche is observed more intensely, first, in the scope of knowledge – in which the thinker needs, one moment, to approach the object, the next to distance himself from his passionate quest for knowledge – and then, in the sphere of friendship – which differs from a simple “love of neighbor”, for in a high friendship the individual is also capable of distancing himself from his friend.
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A “Cultura de Si” em FoucaultFREITAS, Frank Alexandre Rosa 26 March 2018 (has links)
Submitted by Rosana Moreira (rosanapsm@outlook.com) on 2018-06-25T19:14:20Z
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Previous issue date: 2018-03-26 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Partindo dos últimos trabalhos de Michel Foucault, nos deparamos com uma virada significativa em sua filosofia, através do estudo da noção grega do cuidado de si. Noção essa que, segundo Pierre Hadot, teria sido atraída por alguns aspectos de sua abordagem em relação a filosofia antiga como exercícios espirituais. A partir dessa nova perspectiva Foucault pensa o sujeito que constrói a si mesmo a partir de exercícios, práticas e técnicas de si. Consecutivamente, esta dissertação tem como objetivo analisar a “Cultura de Si” que é amplamente trabalhada e pesquisada por Foucault, em seus últimos trabalhos, e principalmente a partir da Hermenêutica do Sujeito, curso de 1982; além da História da Sexualidade II e III e outros textos correlatos de aspectos da ética antiga. Portanto partimos da análise da cultura de si feita por Foucault até as convergências e divergências criticamente empreendidas por Hadot. Para finalmente chegarmos, no capitulo III de nossa dissertação, para compreendermos como Foucault analisa a cultura de si após o curso de 1982. O que muda nos cursos posteriores. O que muda nos dois últimos volumes da História da sexualidade em relação à Hermenêutica do Sujeito. Também, a questão da atualidade da cultura de si e sua relação com as práticas sociais atuais para a possibilidade de uma estética da existência será objeto de investigação. Voltamo-nos então a questão de se haveria ou não em Foucault esta proposta de reatualização de uma ética antiga, buscando refletir sobre as maneiras em que seja possível entender, através do olhar que ele dirigiu a antiguidade, uma arte de viver. / Based on the recent works of Michel Foucault, we face a significant turning point in his philosophy, through the study of the Greek notion of care of the self. That notion, according to Pierre Hadot, would have been attracted by some aspects of his approach to ancient philosophy as spiritual exercises. From this new perspective Foucault thinks the subject who builds himself with exercises, practices and techniques of himself. Consequently, this dissertation aims to analyze “The Culture of the Self”, that is extensively worked and researched by Foucault, in his last works and mainly from The Hermeneutics of The Subject, a 1982 course; besides the History of Sexuality II and III, and other related texts to the aspects of old ethics. Thus, we start from the Foucault’s analysis of The Culture of the Self to the convergences and divergences critically undertaken by Hadot. Finally, we can arrive in chapter III of our dissertation, to understand how Foucault analyzes The Culture of the Self after the course of 1982. What changes in the later courses. What changes in the last two volumes of the History of Sexuality in relation to the Hermeneutics of the Subject. Also, the question of the actuality of The Culture of the Self and its relation to the current social practices for the possibility of an aesthetic of existence is another object of investigation. We then turn to the question of whether or not Foucault would propose to re-evaluate an ancient ethic, in order to reflect about the ways in which is possible to understand, through the look he has given to antiquity, an art of living.
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