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Transexualidade(s) e travestilidade(s) no jornalismo: uma análise discursiva das notícias produzidas em Pernambuco pelo Aqui PE e Jornal do CommercioCAEIRO, Rui Miguel Pereira 29 February 2016 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2016-08-26T13:34:53Z
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Previous issue date: 2016-02-29 / CAPEs / A presente investigação é instigada por dois pressupostos: 1) compreendendo a grande mídia como instituição integrada, e originada, no sistema capitalista, ela é foco de complexas lutas de/pelo poder para/de influenciar a produção de significados e representações sociais – ou seja, é espaço privilegiado no (re)conhecimento da (in)existência e (in)visibilização de vozes, temas e mundos, assim colaborando na (re)construção social da realidade; 2) na sociedade brasileira, pessoas trans constituem um dos grupos político-identitários que maior marginalização sofre diariamente – de ordem estrutural, muitas das violências transfóbicas/ cissexistas que enfrentam são resultado, e resultam, do/no apagamento de suas vozes, historicamente patologizadas/ criminalizadas pelos saberes ‘oficiais’ (principalmente os construídos pela medicina e ciências psi, reproduzidos nos mais variados espaços públicos e privados). Nossa hipótese é que a mídia é, também, espaço de (re)produção de violências e exclusão de pessoas trans – hipótese essa que ao final afirmamos, e justificamos, como verdadeira. Desta forma, o trabalho tem três objetivos centrais: 1) analisar os discursos produzidos (jan.2014 – jan.2015) por Aqui PE e Jornal de Commercio (versões impressas) acerca de transexualidade(s) e travestilidade(s); 2) através de entrevistas semi-estruturadas com alguns dos sujeitos envolvidos na produção noticiosa (editoras/es dos cadernos analisados), lançar pistas sobre algumas das concepções acerca de transexualidade e travestilidade que circulam nas redações dos jornais, bem como sobre outras variáveis que condicionem a construção noticiosa dos temas; 3) alinhavando teorizações provenientes, principalmente, das Teorias do Jornalismo, Estudos Críticos do Discurso e Estudos Queer, refletir sobre as possibilidades de mudança discursiva, portanto social, acerca da(s) transexualidade(s), travestilidade(s) e, necessária-simultaneamente, cisgeneridade(s). / The investigation is instigated by two assumptions: 1) understanding the mainstream media as an institution integrated, and originated, in the capitalist system, it is the focus of complex struggles of/for power to influence the production of meanings and social representations – i.e., its a privileged space for the recognition of (in)existence and (in)visibility of voices, themes and worlds, thus collaborating in the reconstruction of reality; 2) in Brazilian society, transgender people are one of the political/identity groups that, on daily bases, experience social marginalization – structural, many of the transphobic/ cissexists violence they face are the result, and result, from / in the deletion of their voices, historically pathologized/ criminalized by 'official' knowledge (mostly built by medicine and psychological sciences, reproduced in various public and private spaces). Our hypothesis is that the media is, also, space of (re)production of violence and exclusion of transgender people - a hypothesis that at the end we found to be true. Thus, the work has three main objectives: 1) to analyze the discourses produced (jan.2014 - jan.2015) on Aqui PE and Jornal do Commercio (printed versions) about transsexuality(s); 2) through semi-structured interviews with some of those involved in news production (publishers of the analyzed books), provide clues about some of the conceptions of transsexuality circulating in newsroom and newspapers, as well as other variables that condition the construction of news topics; 3) tacking theories derived mainly from Journalism Theories, Critical Discourse Studies and Queer Studies, reflect on the possibilities of discursive change, therefore social changes, about transgenderity and, necessary- simultaneously, cisgenderity.
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Gênero, corpo, saúde e direitos : experiência e narrativas de homens (trans) e homens (boys) em espaços públicosCORDEIRO, Ana Carolina Silva 02 August 2016 (has links)
Submitted by Fernanda Rodrigues de Lima (fernanda.rlima@ufpe.br) on 2018-08-21T20:11:47Z
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Previous issue date: 2016-08-02 / CAPES / CNPq / Este trabalho tem como foco pessoas que tiveram seus corpos assignados ao nascer como femininos, mas se identificam como homens e que estão presentes em espaços públicos na Região Metropolitana de Recife- RMR. Possui como interlocutores indivíduos com uma diversidade de classe, raça, vivência de gênero e sexualidade. Para ter acesso a esses foram estabelecidas parcerias com várias instituições de direitos, saúde e educação. Foi realizada uma análise dos sentidos e significados construídos sobre saúde, corpo, gênero e direitos, focando nos desafios para o reconhecimento como homens na sociedade a partir das narrativas dos interlocutores. Além dos interlocutores que se identificam como (trans), há, na pesquisa, interlocutores que se identificam como homens, mas utilizam outros termos, como (boys). Os diferentes espaços de interlocução indicam inserção em grupos sociais diferentes. Os interlocutores homens (boys) se identificam como pertencentes às classes populares, enquanto entre os homens(trans), a maioria se identifica como pertencentes às classes médias. Nas estratégias metodológicas para desenvolver os objetivos e as questões apresentadas, utilizaram-se: revisão de literatura, análise de documentos, e procedimentos etnográficos que incluíram entrevistas semi-estruturadas, história oral, observação participante, tudo registrado no Diário de campo. Foram realizadas entrevistas formais com 15 homens (trans), 6 homens (boys), 3 militantes transativistas e 5 profissionais. Há experiências comuns entre os interlocutores em se tratando da transição do gênero: o processo de auto-identificação e auto-definição como homens, geradas a partir da inadequação com as imposições atribuídas sócio-culturalmente ao gênero feminino; os relacionamentos afetivo-sexuais e conjugalidades são importantes nesse processo, sobretudo, a presença do sentimento de ser homem; a experimentação do estigma de diferentes formas; a maneira de significar o corpo e o desejo de masculinização do corpo. É quase unânime a vontade de realizar mastectomia; e a inserção em espaços em que é possível, em graus diferentes, desenvolver e construir corpos e subjetividades e assegurar direitos. Apesar das experiências em comum, foram percebidas diferenciações que são cruciais para a concretização ou não de seus projetos de vida. Essas se relacionam com o contexto sócio-econômico-cultural em que esses indivíduos costumam circular. As informações sobre a transexualidade masculina ainda têm pouca visibilidade e ficam mais restritas a ambientes universitários, de pesquisas na área de gênero e sexualidade, na militância LGBT e (trans), entre outros espaços limitados. O conhecimento das transmasculinidades e de questões relacionadas, como direitos à saúde, nome social, podem ser facilitados por um determinado capital cultural, referente a classes médias e altas. Muitos homens (boys) ficam à margem desses direitos, e isso contribui para que esses interlocutores criem outras formas de alcançarem o reconhecimento e busca por direitos. Para ambos os grupos, há vários desafios para esse reconhecimento social e legal: patologização das identidades (trans), o cissexismo/transfobia/misoginia que esses sofrem, quando não acompanhados por racismo/homofobia, e outras opressões. Além do mais, o atual cenário político-social violento é nocivo às pessoas que transicionam o gênero. / The present research focuses on people who had their bodies assigned as females at birth, but who see themselves as having male gender identity, and are present in public spaces in the Metropolitan Region of Recife- RMR. It delas with a range of individuals with a diversity of class, race, gender experience and sexuality/ class, race, gender experience and diverse sexualities. To Interact with these people, partnerships were made with human rights, health and educational institutions. An analysis of the senses and meanings constructed on health, body, gender and rights, focusing on challenges for recognition as men in society, was carried out using the base of narratives odf participants in the research.. Some participants in the research identify themselves as transsexual males (trans), and others who use other terms, like (boys). These terms indicate roughly an insertion in different social groups: homens(boys) are identified as belonging to popular classes, and most homens(trans) identify themselves as belonging to middle classes. The methodolical strategy to attain the objectives and address the issues presented in this study were: literature review, document analysis, as well as ethnographic procedures including semi-structured interviews, oral history, participant observation, all registered in field diaries. The formal interviews were done with 15 (trans) men, 6 (boys) men, 3 transactivists militants and 5 professionals. There are common experiences between the two profiles of participants concerning the gender transition: the processes of self-identification and self-definition as men, resulting from their inadequacy with the socio-cultural markers for females. Affective-sexual relationships and conjugalities are important in this process, and above all, the feeling of being a man; and having faced different types of stigma; and the ways to signify their body and their desire to „masculinizie‟ it. Almost all wish to perform a mastectomy and, when possible, in different degrees, wish to develop and build their bodies and subjectivities and ensure the recognition of their rights. Despite the common experiences, differences crucial to the achievement of their life projects were perceived, especially with respect to the socio-economic and cultural context in which these individuals frequent. Information about male transsexuality still has poor visibility, generally being restricted to university environments, to research in the area of gender and sexuality, to LGBT and (trans)activism, among other limited spaces. Knowledge about male transsexuality and related issues, such as rights to health and social name, can be facilitated by a certain cultural capital, referring to middle and upper classes. Many homens(boys) remain on the fringe of these rights, and this contributes to the creation of other ways to achieve recognition and to search for rights by them. Of course, for both groups, there are several challenges to achieve this social and legal recognition: pathologization of (trans) identities; cissexism / transphobia / misogyny that they suffer, that often can be accompanied by racism / homophobia and other oppressions. Furthermore the current political and social scene is violent and harmful to people who are transitioning gender.
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Formação das pessoas transexuais na Universidade Federal de Sergipe : enfrentamento e resistência das normas de gênero no espaço acadêmicoSantos, Adriana Lohanna dos 26 February 2018 (has links)
São Cristóvão, SE / Esta pesquisa teve como objetivo central analisar o processo de formação e permanência das pessoas transexuais na Universidade Federal de Sergipe, refletindo sobre suas trajetórias de vida como estudantes universitári@s e as estratégias de enfrentamento e resistências das normas de gênero. A análise desenvolvida é influenciada pelos pressupostos pós-estruturalistas, visto que essa abordagem nos possibilita a desestabilização de rótulos e estereótipos, a partir da problematização e questionamentos das verdades (re) produzidas sobre gênero, sexualidade e desejo, com foco na transitoriedade e na contingência. O texto fundamenta-se nos conceitos de transexualidade (Berenice Bento), gênero e normas de gênero (Judith Butler, Guacira Louro), sexualidade (Michel Foucault e Preciato) Heteronormatividade (Judith Butler, Rogério Junqueira). A abordagem de pesquisa adotada foi a qualitativa no processo metodológico, utilizando estratégias de produção de dados a partir da realização de sete entrevistas narrativas com estudantes de diversos cursos de graduação da Universidade Federal de Sergipe. A partir dos resultados, identificou-se quem são @s estudantes transexuais da universidade e suas trajetórias formativas; provocou a reflexão acerca da descoberta da identidade trans, através do espaço universitário, e como são experienciadas as vivências trans dentro do cotidiano acadêmico. Ainda, foram identificadas as estratégias de permanência e de resistência utilizadas pel@s estudantes transexuais, tais como a negação do uso do banheiro na universidade e o silenciamento dentro das salas de aulas. A pesquisa também apontou as políticas institucionais voltadas para as pessoas trans e sua aplicabilidade, como por exemplo, a portaria que autoriza o uso do nome social e a criação e implementação do Ambulatório de atendimento a pessoas transexuais (Ambulatório Trans), no Campus de lagarto. Como política de enfrentamento e resistência às normas de gênero, a presença de estudantes transexuais possibilitou o surgimento de coletivos ativistas na Universidade Federal de Sergipe, contribuindo para socialização dos saberes trans a partir de reuniões e eventos, como a Semana da Visibilidade Trans. Portanto, conclui-se que, ao refletir acerca das narrativas formativas de estudantes transexuais na Universidade Federal de Sergipe, faz-se necessário desfazer ideias preconcebidas sobre corpo, gênero e sexualidade, para que possamos não mais analisar os corpos, os gêneros e as sexualidades das pessoas transexuais, mas aprender a partir deles.
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A vivência afetivo-sexual de mulheres transgenitalizadas / The affective-sexual experience of transgenitalized womenMaria Jaqueline Coelho Pinto 07 March 2008 (has links)
A transexualidade é uma forma de manifestação da sexualidade humana, caracterizada por um forte desejo de correção cirúrgica. No cenário atual, indivíduos que se sentem pertencentes a uma identidade de gênero oposta ao seu sexo biológico, aos poucos têm sido ouvidos em suas reivindicações. Essa problemática é antiga, o que o torna atual é a possibilidade legal de \"mudar de sexo\". Partindo dessa premissa, a presente pesquisa, realizada com tdez transexuais MtF já submetidas à cirurgia de transgenitalização no Hospital de Base José do Rio Preto-SP/FAMERP, objetiva a compreensão dos sentido e significado atribuído por elas à vivência afetivo-sexual após a cirurgia de transgenitalização. Os depoimento obtidos por meio de uma entrevista mediada pela seguinte questão: Como está sendo sua vivência afetivo-sexual após a cirurgia de transgenitalização? Para análise, utilizamos a metodologia qualitativa viabilizada pela suspensão fenomenológica, que consiste na leitura e releitura dos depoimentos, discriminação das unidades de significados, elaboração categorias e identificação das convergências e divergências nos discursos. Para compreensão dos depoimentos buscamos o auxílio de perspectivas teóricas biológicas, psicológicas e sócio-culturais. Na análise dos depoimentos foram destacadas as categorias de significados: 1) descoberta do corpo transgenitalizado; 2) temporalidade da relação sexual após a cirurgia; 3) temor da revelação; 4) vivência afetivo-sexual; 5) papelsocial de gênero; 6) a temporalidade da mulher transgenitalizada. Como resultados, encontramos o reconhecimento de uma imagem em harmonia com seus corpos, integrando sua identidade biológica à psicológica. A ansiedade e a insegurança entre o desejo e o medo do novo surgem no início das atividades sexuais após a cirurgia. O temor da revelação está presente e representado pelo medo da não aceitação social e a ocorrência de agressões psicológicas ou ) fisicas decorrentes do seuI estigma. Em sua vivência afetivo-sexual, emerge a satisfação pessoal pela nova possibilidade de vida. Seus relacionamentos apresentam componentes do estigma e dos estereótipo a ele associados. A expressão do estigma aparece no papel social de gênero. Dentro da temporalidade surge a satisfação com o corpo e o novo papel de gênero e, a busca relacionamentos afetivo-sexuais. A cirurgia de transgenitalização constitui um grande passo na temática da transexualidade, possibilitando à mulher transgenitalizada a aquisição de uma identidade integral compatível com o seu psiquismo. A partir dela, emergiram sensações, sentimentos e prazeres, possibilitando relações afetivo-sexuais e sociais integradas a sua existência. No cenário atual, a transgenitalização passou a ser compreendida, por essas mulheres como um dos elementos necessários, embora não o único, para o seu reconhecimento e inserção social no mundo contemporâneo / Transsexuality is a form of manifestation of human sexuality characterized by a strong desire for surgical correction. ln the present scenario, individuals who feel they belong to a gender identity opposed to their biological sex have been increasingly heard in their reivindiction. It is ancient issue - what is new about is the legal and ethical possibility of \"changing sex-. Based on such premises, the research carried out with teu MtF transsexuals submitted to the transgenitalization surgery aims to understand the sense and meaning they attribute to their affective-sexual experiences following the surgery. The results showed us the recognition of an image in harmony with their bodies, integrating their biological and psychological identities; the anxiety and insecurity regarding their desire and fear of the unknown that emerge when they start their sexual activity following the surgery; the fear to reveal their identity, represented by the fear of social inacceptance and physical or psychological aggression derived from their personal satisfaction of a new llife that emerges from their sexual experiences; components of the stigma and stereotypes associated to it in their relationships; the expression of the stigma in the gender social role; their satisfaction with their body and their new gender role; and the search for affectiv-sexual relationships. The collaborators\' statements were collected in an interview guided by the following question:How have you experienced your affective-sexual life following transgenitalization surgery? For the analysis we applied the qualitative methodology supported by the phenomenological suspension, which consists in the researcher\'s reading and rereading of the statements collected for the discrimination of units of meaning elaboration of categories, and identification of converging speeches. For an understanding of the collaborators\' statements, we sought the aid of biological, psychological and social-cultural theory perspectives. ln the analysis we highlight six categories of meaning: 1) finding out the transgenitalized body; 2) temporality of first sexual relation following the surgery; 3) fear of revelation; 4) affective-sexual experience; 5) gender social role; 6) temporality of the transgenitalized woman. We found in their answers the recognition of an image in harmony with their bodies, which integrates their biological and sociological identities. As a result of this integration, new sensations, feelings, and pleasures have emerged, offering these the women the possibility of integrated social and affective-sexual existence. Today, transgenitalization has been understood by these women as one of the paramount elements necessary recognition of themselves and to their insertion in the contemporary world. We defend, in short, that the transgenitalization surgery is a great step towards understanding transsexuality and its particularities, which enable transgenitalized women the acquisition of an integral identity compatible with their psychism
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Trajetórias Trans: apoio social e relações afetivo-sexuais de transexuais / Trans paths: social support and affective-sexual relations of transsexualsMariana Furtado Silva 27 June 2018 (has links)
Estudos mostram que transexuais vivenciam preconceitos e discriminação em suas relações familiares e sociais, o que pode acarretar vivências de sofrimento, ansiedade e depressão. Existem evidências de que o vínculo satisfatório com um parceiro afetivo e a presença de uma rede de apoio pessoal adequada atuam como proteção em relação a manifestações de estresse, ansiedade e depressão, além de serem igualmente protetivos durante a revelação e assunção da transexualidade. Contudo, pouco se conhece sobre a rede de apoio e a qualidade dos relacionamentos afetivo-sexuais das pessoas transexuais em processo de transição. A partir de tais considerações, o presente estudo teve por objetivo investigar os relacionamentos familiares e afetivo-sexuais de pessoas transexuais e compreender como esses relacionamentos estão inseridos na sua rede de apoio social. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo-exploratório, com delineamento transversal. Como referencial metodológico foi utilizado o estudo de casos múltiplos e como marco teórico, a teoria dos roteiros sexuais de Gagnon e Simon. Participaram do estudo doze pessoas. São seis mulheres transexuais e seis homens transexuais, com idades entre 19 e 58 anos, que vem sendo acompanhados por um serviço ambulatorial especializado vinculado ao sistema de saúde pública. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação dos seguintes instrumentos: roteiro de entrevista semiestruturada, com questões que buscavam circunscrever a rede familiar e de apoio social, Genograma, Mapa de Rede. Os dados da entrevista foram submetidos à análise de conteúdo na modalidade temática, e a interpretação dos resultados foi pautada no referencial teórico adotado. Os resultados obtidos indicam ambiguidade na reação de familiares frente à revelação da transexualidade, oscilando entre aceitação e rejeição. Os relacionamentos afetivos estabelecidos pelos(as) participantes tendem a se fragilizar e se desfazer frente à pressão do julgamento social e à dificuldade de reconhecimento do gênero assumido. O processo de construção da identidade como mulher ou homem transexual é marcado por mudanças nas concepções de gênero, de sexualidade e de papéis sociais, destacando o nome social e a luta pelo reconhecimento legal e obtenção dos novos documentos como faceta crucial nesse processo. A presença de uma rede apoio social, com participação ativa de familiares e amigos, parece exercer uma função de proteção e acolhimento frente às inúmeras dificuldades enfrentadas pelas pessoas transexuais em seu processo de transição, ocasionadas pelo preconceito e intolerância enfrentados. / Studies show that transsexuals experience prejudice and discrimination in their family and social relations, which can lead to experiences of suffering, anxiety and depression. There is evidence that a satisfactory attachment to an affective partner and the presence of an adequate personal support network act as protection against manifestations of stress, anxiety and depression, as well as being equally protective during the revelation and assumption of transsexuality. However, little is known about the support network and the quality of the affective-sexual relationships of transsexual people in transition. Based on these considerations, the present study aimed to investigate the family and affective-sexual relationships of transsexual people and to understand how these relationships are inserted in their social support network. This is a qualitative, descriptive-exploratory study, with a crosssectional design. As a methodological reference, the study of multiple cases was used, and as theoretical framework, the theory of the sexual scripts of Gagnon and Simon. Twelve people participated in the study. Six transsexual women and six transsexual men, aged between 19 and 58 years, accompanied by a specialized outpatient service linked to the public health system. Data collection was performed through the application of the following instruments: semi-structured interview script, with questions that sought to circumscribe the family network and social support, Genogram, Network Map. The data of the interview were submitted to content analysis in the thematic modality, and the interpretation of the results was based on the adopted theoretical framework. The results indicate ambiguity in the reaction of family members to the revelation of transsexuality, oscillating between acceptance and rejection. The affective relationships established by the participants tend to become fragile and undo in the face of the pressure of social judgment and the difficulty of recognizing the gender assumed. The process of constructing identity as a transsexual woman or man is marked by changes in conceptions of gender, sexuality and social roles, highlighting the social name and the struggle for legal recognition and obtaining new documents as a crucial facet in this process. The presence of a social support network, with the active participation of family and friends, seems to play a protective and welcoming role in the face of innumerable difficulties faced by transsexual people in their transition process, caused by prejudice and intolerance.
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Processo de transexualização: uma trajetória de militância trans na cidade de Juiz de Fora 2011-2016Nunes, Marina Cápua 30 September 2016 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-03-13T11:53:47Z
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Previous issue date: 2016-09-30 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A presente dissertação visa descrever e analisar uma trajetória de militância trans na cidade de Juiz de Fora, a incluindo na discussão antropológica dos estudos de gênero e sexualidade. A saber, à trajetória de vida de Beatriz, entre 2011 e 2016 na cidade de Juiz de Fora, que participou da fundação do VisiTrans e é militante pelo Coletivo da Diversidade Sexual e de Gênero “Duas Cabeças”, e sua luta é pelas “pessoas que passam pelo o que eu passo”. Ou seja, não só pelo percuso das transformações corporais, mas pelas faltas e falhas de políticas públicas que patologizam sua subjetividade ao invés reconhecer pessoas trans como sujeitos de direito. Esta trajetória percorre o caminho da implementação das primeiras políticas públicas para a diversidade sexual e de gênero no Brasil e dos conflitos sexuais nacionais decorrentes desta concessão de direitos que reverberam na cidade mineira de Juiz de Fora. Especificamente esta pesquisa apresenta uma análise etnográfica sobre a paulatina introdução desta trajetória de vida na militância universitária pela diversidade sexual e de gênero na Universidade Federal de Juiz de Fora buscando refletir e compreender como esta trajetória, ao agenciar sua militância, segue negociando sua autonomia trans nos âmbitos da saúde, do direito e da política. Assim foi possível alcançar algumas considerações sobre três aspectos, o primeiro sobre a restrição da autonomia trans no âmbito da saúde e do direito que levaram esta trajetória a aderir e agenciar estratégias locais eficazes, porém, que demosntram a necessidade do aperfeiçoamento do processo transexualizador do SUS e a despatologização da transexualidade. O segundo sobre como em uma situação de conflito sexual na política a autonomia trans ao mesmo tempo pode ser cerceada e pode ser protagonizada em níveis distintos. E terceiro sobre em que termos políticos torna-se possível uma autonomia trans incorporada. / This thesis aims to describe and analyze a trans militancy trajectory in the city of Juiz de Fora including in the anthropological discussion of gender and sexuality studies. Namely, the Beatriz trajectory of life, between 2011 and 2016 in the city of Juiz de Fora, who participated in the foundation of VisiTrans and she is militant by the Collective of Sexual Diversity and Gender "Duas Cabeças", and their struggle is for the “people who lives what I live”. In other words, not just only by way of the body changes, but for the faults and public policy failures that pathologizing the subjectivity instead to recognize the transsexual people as subjects of law. This path runs along the path of implementation of the first public policies for the gender and sexual diversity in Brazil and of the national sexual conflicts arising from this grant of rights reverberate in the city of Juiz de Fora. Specifically this research presents an ethnographic analysis of the gradual introduction of this trajectory in the university militancy for gender and sexual diversity in the Universidade Federal de Juiz de Fora seeking to reflect and understand how this path to entice their militancy continues to negotiate its transsexual autonomy in the health, law and policy areas. Thus it was possible to achieve some considerations about three aspects, first of all on the transsexual restriction autonomy on the scope of health and rights that led this trajectory to subscribe to and procuring effective local strategies, though, demonstrating the need for improvement of SUS transsexual process and despathologization of transsexuality. The second on in a sexual conflict in the transsexual autonomy policy can be decreased and at the same time be carried out at distinct levels. And the third on which political terms it is possible a built transsexual autonomy.
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Negociando com as normas: transexualidades masculinas, reconhecimentos e agênciasRibeiro, Daniel de Oliveira Medeiros 30 August 2018 (has links)
Submitted by Geandra Rodrigues (geandrar@gmail.com) on 2018-11-06T16:48:12Z
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Previous issue date: 2018-08-30 / A partir das histórias de vida de três homens transexuais, buscou-se contribuir para uma escuta antropológica acerca da transexualidade, entendendo esta como um fenômeno sócio-histórico complexo. Através dos relatos apresentados, procurou-se analisar diferentes formas de interação social por que passam esses sujeitos e as maneiras como as enfrentam. Para tanto, observou-se as experiências individuais de autoconstrução e de compreensão de si, assim como das normas sociais, com relação às quais se forjam tais experiências, partindo de uma noção de sujeito formado nas relações e que não pode existir fora dos quadros normativos que estabelecem os termos de seu reconhecimento e condicionam o reconhecimento intersubjetivo. Um sujeito cuja capacidade reflexiva e de ação é entendida como possível em negociação com as normas. Priorizou-se uma elaboração textual e teórica que partisse das falas dos entrevistados e, junto a elas, foram sendo elaborados os principais temas abordados nesta pesquisa: o reconhecimento de si como pessoa trans; as disputas surgidas no campo das relações familiares, amorosas e de trabalho, dentre outras; e como a transexualidade se insere num quadro maior dos estudos de gênero. Outro ponto importante, cujo debate mostrou-se fecundo a partir dos relatos analisados, foi a sugestão do “ceder” como forma de agência – tendo em vista a conceituação proposta por Saba Mahmood (2006) –, que se daria numa de uma gradação variável de acordo com cada situação social. / From the life histories of three transsexual men, we sought to contribute to an anthropological listening about transsexuality, understanding it as a complex socio-historical phenomenon. Through the accounts presented, we tried to analyze different forms of social interaction that these subjects go through and the ways they face them. In order to do so, we have observed the individual experiences of self-construction and self-understanding, as well as that of the comprehension of social norms, on which such experiences are forged, starting from a notion of a subject formed in the relationships and which cannot exist outside the normative frameworks that establish the terms of their recognition and the conditions to intersubjective recognition. A subject whose reflexive and action ability is understood as possible in negotiation with the norms. It was prioritized a textual and theoretical elaboration that departed from the accounts given by the interviewees and, together with them, the main themes addressed in this research were elaborated: the recognition of self as a trans person; the disputes arising in the fields of family, love and work relations, among others; and how transsexuality fits in a larger picture of gender studies. Another important point, whose debate proved fruitful from the analyzed accounts, was the suggestion of “ceding” as a form of agency - in view of the conceptualization proposed by Saba Mahmood (2006) -, which would occur in a gradation variable according to with each social situation.
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A \'verdade\' produzida nos autos: uma análise de decisões judiciais sobre retificação de registro civil de pessoas transexuais em Tribunais brasileiros / The \"truth\" produced in the process: an analysis of judicial decisions about transsexuals rectification of civil registry in Brazilian courts of justiceLuiza Ferreira Lima 14 October 2015 (has links)
A retificação de nome e sexo em registro civil tendo como justificativa a inadequação à identidade de gênero documentada não foi, no Brasil, objeto de tratamento legislativo. Diante da incompletude da lei, cabe ao Poder Judiciário, representado por magistrados/as, decidir pleitos (realizados majoritariamente por pessoas transexuais) que versam sobre este tema com base em normas mais abrangentes existentes, costumes e entendimento jurisprudencial. Esta é uma dissertação sobre os discursos veiculados nestas decisões judiciais a partir de pesquisa feita em bancos de dados de sites de todos os Tribunais de Justiça Estaduais do Brasil e no Arquivo do Poder Judiciário da comarca de São Paulo. Meu objetivo é analisar: a construção de categorias extralegais como sexo e transexualidade; as articulações com saberes biomédicos; as apropriações e reinterpretações de documentos legais; e o estabelecimento de normas e limites de subjetividade política especifica a pessoas transexuais a partir do exercício de poder estatal pelo ato da escrita. / The change of name and \"sex\" in civil identifications having as motive the belonging to another gender identity than the one in the document is not something due to the Brazilian law. Facing this legislative gap, it is up to Brazilian State Courts, represented by judges, to decide lawsuits (initiated in majority by transsexual people) about this theme using ampler, more general existing rules, customary behavior and case laws. This dissertation is about the discourses transmitted in these judicial decisions based on a research made on all State Courts websites databases and on the Judiciary Power Archive of the City of São Paulo. My objective is to analyze the construction of extralegal categories such as sex and transsexuality; the articulation with biomedical knowledges; the appropriations and reinterpretations of legal documents; and the establishment of norms and limits to political subjectivity specific to transsexual people through the exercise of State power by the act of writing.
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O gênero e a ciência da saúde: produção em torno da transexualidade no Portal de pesquisa da Biblioteca Virtual de Saúde / Gender and \"science\" in health: scientific production over transsexuality on Virtual Health Library Search Portal (VHL)Diego Sousa de Carvalho 03 November 2014 (has links)
Este trabalho se compõea partir de levantamento bibliográfico na base de dados do Portal da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando marcadores específicos sobre a pesquisa em transexualidade. A produção científica será discutida de forma críticano objetivo de explorar de que formas a instituição saúde no corpo teórico reflete suas práticas, sob quais perspectivas tem pensado e descrito o fenômeno da transexualidade, se no campo da doença e das técnicas de intervenção sobre esta, ou se vendo possibilidades de cuidado no campo humano, articulando argumentos do ponto de vista social. Tendo em vista que a genealogia da transexualidade está diretamente ligada à uma instituição clínica, sua instituição como categoria nosológica reflete diretamente na implantação de novos aspectos subjetivos no campo do gênero, e requer constantemente pensar como se dão as estratégias de análise do tema, e se, enquanto categoria clínica, têm se pensado mecanismos de compreensão sensíveis para além do viés patológico. / This work has been written over bibliographic revision over Virtual Health Library Search Portal (VHL) database, trough specifical book markings on transsexuality research. Scientific production will be critically discussed in order to explore which ways health institution in a theorical corpus reflects its practices, under which perspectives it has been thinking e describing the transsexuality phenomenon, if in the field of illness and the interventions over it, or seeing possibilities in human care field, articulating arguments of a social standpoint. Considering that the genealogy of transsexuality is directly linked to a clinical institution, its institution as a nosological category reflects directly on the implementation of new subjective aspects in the field of gender, and constantly it requires thinking about how are the strategies of analysis on this theme, and if, as a clinical category, sensitive mechanisms of comprehension have been thought for beyond the pathological bias.
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Travestis e mulheres trans vivendo com HIV/Aids: estudo transversal mensurando adesão à TARV e qualidade de vida em um centro de referência em HIV/Aids da cidade de São Paulo, Brasil / Adherence to antiretroviral treatment and quality of life in the population of transgender women living with HIV / AIDS: a cross-sectional study in the city of São Paulo, BrazilSabino, Thiago Emerson 23 August 2018 (has links)
Estimativas mundiais apontam que 19% das travestis e mulheres trans estão vivendo com HIV/Aids; no Brasil, a prevalência está acima de 30%. Essas taxas são crescentes e expressam a falta de atenção à saúde desta população. Raros estudos abordam a adesão dessa população aos antirretrovirais, com resultados preocupantes demonstrando falhas na adesão; além disso, escassos trabalhos científicos descrevem a qualidade de vida de travestis e mulheres trans vivendo com HIV/Aids. Este estudo teve por objetivos: (i) descrever a adesão à terapia antirretroviral de travestis e mulheres trans vivendo com HIV/Aids; (ii) identificar fatores associados com a adesão à terapia antirretroviral; (iii) mensurar a qualidade de vida entre travestis e mulheres trans vivendo com HIV/Aids; (iv) identificar fatores associados à qualidade de vida; e (v) explorar a associação entre qualidade de vida e adesão à terapia. A ferramenta para estimar a adesão foi o autorrelato desenvolvido pelo grupo Terry Beirn Community Programs for Clinical Reserch on Aids, além do parâmetro clínico carga viral. Para avaliação da qualidade de vida o questionário utilizado foi o Patient Report Outcomes Quality of Life - HIV (PROQOL-HIV). Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP e pelo comitê de ética e pesquisa do Centro de Referência e Treinamento CRT Santa Cruz, além de estar em consonância com as diretrizes da resolução nº 510 de 2016 pelo Conselho Nacional em Saúde. Os dados foram analisados no programa STATA 15.1, sendo aplicados teste qui-quadrado, teste da soma dos postos de Wilcoxon, cálculo da correlação não paramétrica de Spearman e modelo de regressão logística multivariada. Cento e seis travestis e mulheres trans vivendo com HIV/Aids foram incluídas nesse estudo, das quais 90% declararam adesão ao tratamento; idade mais avançada foi identificada como fator associado a melhor adesão. O escore de qualidade de vida esteve entre boa a excelente em cinco dos 8 domínios do PROQOL-HIV; e menor escolaridade, depressão e uso de drogas ilícitas foram fatores associados com pior escore de qualidade de vida. Não observamos correlação estatisticamente significante entre qualidade de vida e adesão. Nosso estudo sugere que os resultados obtidos possam estar relacionados ao modelo de atendimento adotado no centro recrutador. Estudos multicêntricos, com maior número de participantes e que considere unidades de atendimento localizadas em regiões remotas e menos favorecidas são necessários para expressar a real situação da adesão aos antirretrovirais e qualidade de vida de travestis e mulheres trans. / Worldwide estimates indicate that 19% of transgender women are living with HIV / AIDS; in Brazil, the prevalence is above 30%. The increase of the numbers express the lack of health care for this population. Rare previous studies address transgender women adherence to antiretroviral, with poor results and worrying results; In addition, rare scientific studies describe the quality of life in this population. This study focused on evaluating adherence to antiretroviral therapy, identified predictors for adherence, assessed quality of life, identified predictors for quality of life and explored the association between adherence and quality of life in a population of transgender women living with HIV/AIDS. We interviewed 106 transgender women treated at the outpatient clinic of the HIV / AIDS referral center in São Paulo about their adherence to antiretroviral, using a self-reported tool developed by Terry Beirn\'s group Community Programs for Clinical Research on AIDS and about quality of life using Patient Report Outcomes Quality of Life - HIV (PROQOL-HIV) questionnaire. We also used viral suppression as an indicator of adherence. Prior to the study, ethical clearance was obtained from a Health Research Ethics Committee and informed consent obtained from the study participants. Results formed part of adherence assessment. Data was analyzed using STATA 15.1, with x-square, Wilcoxon test, Spearman test and logistical regression analysis was performed. The sample declared 90% adherence to treatment in self-report, was created a new variable to measure adherence considering viral suppression and self-report, the results decrease to 78% of participants adherent; statistical analyses showed that younger transgender women have more chances to report low adherence. Most participants reported well to excellent quality of life, and lower schooling, depression, and illicit drug use were predictors for a worse quality of life score. We did not observe a statistically significant correlation between quality of life and adherence. Our study suggests good results from the service model adopted at the recruiting center. Multicentric studies with a larger number of participants and considering service units located in remote and less favored regions are necessary to express the real situation of adherence to antiretroviral and quality of life of transgender women.
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